Culpa e responsabilidade moral em casos de negligência e intenções malévolas
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4. Os 38 vizinhos de Kitty são culpados
porque agiram de forma negligente
dado que bastava fazer um
telefonema (polícia) para salvar
Kitty.
5. Se são culpados, então também são
moralmente responsáveis pela sua morte pois
agiram com conhecimento de causa, isto é,
com conhecimento das circunstâncias (Kitty
estava a ser vítima de um brutal ataque), e das
consequências (poderia morrer). Além disso, os
38 vizinhos de Kitty agiram sem coações
internas ou externas.
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7. A Sofia não é moralmente responsável pelo que
sucedeu com os seus filhos porque agiu sob coação
externa, ou seja, o oficial alemão obrigou-a a
escolher entre os seus dois filhos. Também não é
culpada porque não agiu com intenções malévolas
nem de forma negligente.
9. O médico é culpado de negligência, pois deveria ter feito
o exame sem perfurar um órgão vital do paciente.
Se é culpado, então é moralmente responsável pelo seu
estado, pois agiu com conhecimento de causa, isto é, com
conhecimento das circunstâncias (qualquer distração
poderia levar à perfuração de um órgão vital), e das
consequências (poderia entrar em coma e morrer).
10. O homem de 40 anos é culpado porque agiu com
intenções malévolas, pois como ele próprio
confessou, escolheu a arma do crime que
proporcionasse maior sofrimento à sua mulher.
Se é culpado, então é moralmente responsável
pela sua morte, pois agiu com conhecimento de
causa, isto é, com conhecimento das
circunstâncias e das consequências: o
esfaqueamento da mulher iria provocar a sua
morte.
11. Quem deve ser moralmente
responsabilizado pela morte da
criança de três anos é o pai porque
agiu de forma negligente, deixando
uma arma carregada em cima do
frigorífico, ao alcance das crianças.
12. Se é culpado, também é
moralmente responsável porque
agiu com conhecimento de causa,
com consciência das circunstâncias
(a arma estava carregada e ao
alcance das crianças) e das
consequências (a morte de
alguém).