O documento discute as manifestações populares no Brasil em 2013, citando suas origens na insatisfação com problemas urbanos como transporte público, especulação imobiliária e violência, assim como a crise na representatividade política e a repressão policial. Também menciona a cobertura inicialmente negativa da mídia e como os protestos levaram a novas pautas e algumas conquistas para a população.
2. O Junho de 2013
• A maior mobilização desde as Diretas Já e 1992;
o Impeachment do Collor
• Apatia Social.
• Diferenças das manifestações atuais em relação às
anteriores:
o Pautas difusas e contraditórios;
o sem organização centralizada;
o Reclamações na saúde, educação e mobilidade urbana;
o Ações violentas e depredação do patrimônio.
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4. Origem
• Problemas dos centros urbanos:
o Crescimento desenfreado , sem planejamento e ilegal;
o A especulação imobiliária;
o A violência
o A mobilidade Urbana
o O transporte público – O aumento das tarifas (o estopim).
• Clima democrático – democratização;
• A Crise no modelo democrático :
o O problema da representatividade;
o A constituição é inascessível;
o A crise entre os poderes e a corrupção;
o A repressão policial violenta;
o Redes Sociais X Meios-de-Comunicação.
• Os gastos com a copa.
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7. A Mídia
• Primeiro Momento:
o Rótulo de Vândalos;
o Transtornos nas cidades;
o Repressão Policial.
• Segundo Momento:
o “APOIO”;
o Diferenciação dos Manifestantes
o Estímulo – protestos contra a presidenta, o aborto, redução da
maioridade penal e hostilidade contra a esquerda.
o Movimento “sem partido”:
o Enfraquecido ideologicamente - despolitização
o Uso da bandeira e do hino
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9. O Resultado
• Novas Agendas – “positivas”;
• Redução das tarifas e fortalecimento da pauta do
passe livre;
• Derrubou a PEC 37;
• Royalties do petróleo – Educação e Saúde;
• Tipificação da corrupção como crime ediondo;
• Fim do voto secreto no Congresso.
10. Black Blocs.
• Jovens mascarados e vestidos de preto andam em
grupo no meio de protestos. Portam bandeiras
negras ou símbolos anarquistas, quebram vidraças,
entram em confronto com a polícia e embora não
possuam líderança clara, têm nome definido: Black
Blocs.
• Os Black Blocs não são uma organização
permanente. Pelo caráter anarquista desses
grupos, eles não têm um líder ou um representante
para falar com o governo, por exemplo. Antes e
depois de uma manifestação, eles não existem
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12. Black Blocs
• No Brasil, como em outras partes, os Black Blocs usam o
Facebook para postar vídeos, fotos e organizar atos. Foi
por meio do perfil Black Bloc Egypt que jovens egípcios
convocaram ataques ao palácio presencial e o
fechamento de pontes no Cairo.
• Da década de 1990 em diante, a técnica Black Bloc se
espalhou pelas cenas anarquistas, punk, anti-facistas e
ecológicas. E ganhou força em mobilizações contra o
neoliberalismo e o capitalismo, como na reunião da
Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1999, em
Seattle, em 2001, em Roma, ou durante a reunião do
G20 em Toronto, em 2010.
• Segundo Dupuis-Déri, os Black Blocs são em geral
indivíduos com ativa participação política no dia a dia.
13. Black Blocs
• Os Black Blocs são sintomáticos de uma crescente
insatisfação mundial com os governos e o sistema
econômico. A violência em um movimento social
sempre tende a assustar e afastar as pessoas, isso é
senso comum. Mas há casos em que a violência
chamou a atenção da mídia, levantou um debate
público, denunciou repressões.
• Os atos violentos são dirigidos a alvos determinados
como as forças de segurança e os bancos. Casos de
furtos ou roubos não são comuns.
Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/09/13082
2_black_block_protestos_mm.shtml
14. N a véspera do Dia Sete de Setembro, a presidenta Dilma Rousseff fez um pronunciamento em
cadeia de rádio e TV no qual
afirmou que a população tem o direito de se indignar e de cobrar mudanças. No Dia da
Independência, protestos contra a corrupção foram convocados em pelo menos 135 cidades do
país.
O Estado de S.Paulo, capa, 7/9/2013 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens seguintes, relativos às manifestações
populares ocorridas ao longo do presente ano.
38 No caso da maior metrópole brasileira, São Paulo, os protestos deveram-se ao exorbitante
aumento das tarifas dos ônibus urbanos, fato que se repetia pela segunda vez em menos de um
semestre, praticamente inexistindo manifestações de cobrança quanto ao comportamento ético
dos agentes públicos.
39 O cancelamento do desfile militar do Dia da Independência, na capital federal e em diversas
cidades do país, foi decisão tomada por governantes tendo em vista a dimensão dos protestos.
40 Durante as manifestações de rua, grupos como o Black Bloc cujos membros usaram máscaras
para impedir que fossem identificados, colaboraram com as forças policiais para impedir atos de
violência, como, por exemplo, a depredação de bens públicos e privados.
41 Entre os elementos motivadores das manifestações populares que tomaram conta das ruas no
último mês de junho, em várias cidades brasileiras, os serviços públicos de baixa qualidade
oferecidos à população, como é o caso dos transportes urbanos, ocuparam posição de destaque
na pauta dos protestos.
42- O tradicional Grito dos Excluídos, que é organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil e reúne diversos movimentos sociais em passeatas paralelas às cerimônias de comemoração
do Dia da Independência, também se fez presente nas ruas, em várias cidades.
GAB: E E E C C