2. Irã
• A política Irã baseia-se na Constituição de 1979,1
que fez do país uma república teocrática islâmica
na qual os vários poderes são supervisionados por
um corpo de clérigs.
• Líder Supremo
• O Líder Supremo ou Guia Supremo é o chefe de
Estado do Irã. É eleito pela Assembleia dos Peritos
para um mandato vitalício, em função dos seus
conhecimento de teologia islâmica; aquele órgão
pode também destituí-lo. O cargo é ocupado pelo
Aiatolá Ali Khamenei desde junho de 1989, quando
sucedeu Ruhollah Khomeini.
3. Irã
• O poder executivo do Estado iraniano é exercido
pelo Presidente, que deve ser um xiita iraniano,
eleito por sufrágio universal para um mandato de
quatro anos. Os candidatos ao cargo devem ser
previamente aprovados pelo Conselho dos
Guardiães.
• Segundo a constituição do Irã, o Presidente é a
mais alta autoridade do país após o Guardião
Supremo.
• atual ocupante do cargo é Hassan Rohani, desde
agosto de 2013
6. Irã
• O acordo sobre o programa nuclear iraniano
anunciado no último fim de semana ainda é preliminar,
• . O pacto de seis meses foi negociado entre o grupo
5+1, formado pelos cinco membros permanentes do
Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos,
França, China, Grã-Bretanha e Rússia) mais a
Alemanha, e a república islâmica
• . Neste período, a proposta é chegar a um documento
mais abrangente, que envolva de fato o
desmantelamento de instalações que podem ser
usadas para a fabricação da bomba atômica – e não
apenas uma desaceleração do programa nuclear,
prevista no acordo atual, em troca do alívio de parte
das sanções econômicas impostas ao Irã.
7.
8.
9. Irã
• De imediato, o pacto desagradou Israel e Arábia
Saudita, inimigos do Irã que ficaram desapontados
com o aliado Estados Unidos. Descrentes de que o
regime dos aiatolás vá cumprir as exigências do
documento atual ou negociar algo mais
abrangente, os dois países também veem reduzida
sua influência sobre o governo americano e
temem um fortalecimento da república islâmica na
região.
10. Irã
• O analista Elbridge Colby, consultor membro da
empresa de consultoria CNA e ex-conselheiro da
Secretaria de Defesa dos EUA, afirma que as
preocupações de Israel e dos países do Golfo
Pérsico, como a Arábia Saudita, vão além do
programa nuclear iraniano. “Eles temem que o Irã
esteja buscando alcançar a hegemonia regional.
Estas nações do Oriente Médio estão muito
preocupadas com o apoio do Irã a Assad e com
as ligações de Teerã com o Hezbollah.
11. Irã
• professor de política do Oriente Médio, F. Gregory Gause III, citado em
reportagem da revista), vai na mesma linha ao dizer que o temor dos
sauditas não é apenas com a arma atômica, mas com uma espécie de
reabilitação internacional do Irã que provoque uma mudança no
equilíbrio geopolítico que enfraqueça a posição da Arábia Saudita
como o país mais influente na região. “Eles temem que o acordo seja
um prelúdio de um arranjo entre iranianos e americanos que vai deixar o
Irã como poder dominante no Líbano, na Síria e no Iraque”.
• Síria – Atualmente, sauditas e iranianos travam uma corrida para
fornecer armas para os atores da guerra civil na Síria, com os primeiros
ao lado dos rebeldes e o Irã apoiando o ditador Bashar Assad. O
aumento da influência do Irã no explosivo cenário da região se fez sentir
na semana passada, quando terroristas realizaram um atentado contra
a embaixada do país no Líbano, em represália ao apoio dado ao
ditador e ao grupo terrorista Hezbollah, rival da facção responsável pelo
ataque – que, por sua vez, é ligada à Al Qaeda.
12. • Teerã é hoje, ao lado da Moscou, o principal apoiador
do regime Assad, fornecendo armas e apoio logístico.
Mas a ajuda ao ditador, que superaria centenas de
milhões de dólares por mês, segundo analistas, teria se
tornado um peso excessivo para o combalido tesouro
iraniano. “Os combates na Síria são dispendiosos e
cansativos para o Irã e para a Rússia.
• um dos temores dos sauditas está relacionado à
substancial minoria xiita concentrada no leste do país e
sua potencial afinidade com o Irã. Outra preocupação
é o Iraque, pois os sauditas não querem um estado xiita
pró-iraniano em sua fronteira norte. Mas o Irã pediu a
colaboração americana exatamente para evitar o
surgimento de um governo contrário à república
islâmica no Iraque.
13.
14. • Em artigo publicado no site da companhia
americana de análise estratégica Stratfor, George
Friedman afirma que os EUA não estão
abandonando seus aliados Israel e Arábia Saudita
ao fechar o acordo com o Irã. Considera, no
entanto, que os termos do relacionamento podem
estar mudando: “A mudança é que o apoio dos
EUA se dará em um contexto de balanço de
poder, particularmente entre Irã e Arábia Saudita.
(...) O balanço de poder mais natural é sunitas
versus xiitas, árabes versus iranianos. O objetivo não
é a guerra, mas cada lado ter força suficiente para
paralisar o outro”