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A CRISE NA
UCRANIA
A Situação da Ucrania
• Em 2013, ela teve um déficit em conta corrente
equivalente a mais de 8% do PIB e um déficit
orçamentário de mais de 6,5%.
• Deveria pagar 8 bilhões de dólares em dívida externa no
ano, incluindo 3,7 bilhões de dólares para o Fundo
Monetário Internacional (FMI) referente a um
empréstimo de 2008. E têm de pagar à Rússia cerca de
12 bilhões de dólares por um ano de fornecimento de
gás.
•
• No outono, a UE e o FMI discutiram sobre um possível acordo de auxílio para a
Ucrânia semelhante ao arranjo de 15,5 bilhões de dólares fornecidos em 2010.
• Mas ficou claro desde o início que, tanto por causa da gravidade da crise econômica
na Ucrânia quanto pela suspensão do acordo de 2010, depois que apenas 3,4
milhões de dólares foram desembolsados ​​porque a Ucrânia havia se recusado a
implementar uma das condições, qualquer ajuda viria com condições mais difíceis.
Como:
o Maior flexibilidade da taxa de câmbio para a moeda da Ucrânia faria com que
ela se desvalorizasse frente ao dólar, aumentando assim o custo do petróleo
importado e do gás, sendo que ambos estão com preços cotados em dólar.
o A Ucrânia também teria de eliminar gradualmente o subsídio familiar substancial
para o custo da energia, uma das condições do acordo de 2010 que a Ucrãnia
recusou-se a implementar.
•
• No entanto, a UE e o FMI poderiam ter fornecido à Ucrânia a
assistência financeira necessária e amortecido o impacto de curto
prazo de suas condições.
• Mas por alguma razão – seja por causa da crise da zona do euro,
seja pela preocupação da UE com a criação de um sindicato
bancário, a aversão em fornecer fundos para um não-membro da
UE que tinha desrespeitado as condições do contrato anterior, a
aversão em ajudar Yanukovych e seu governo, ou o conhecimento
do acordo no início de novembro entre Putin e Yanukovych – e
apesar do fato de que eles comprometeram bilhões de euros com
um punhado de membros da zona do euro nos últimos quatro anos,
eles viraram as costas para a Ucrânia e ao fazê-lo abriram as portas
para Putin.
•
O que motiva os protestos?
• Os protestos começaram quando Yanukovych rejeitou, em novembro,
um acordo com a União Europeia, preferindo uma aproximação
comercial com a Rússia.
• Milhares de pessoas - favoráveis à integração com a Europa - deram
início a manifestações pacíficas e à ocupação da Praça da
Independência.
• Desde então, houve repressão policial aos protestos, a aprovação de
leis restringindo as manifestações e a prisão de ativistas - fazendo com
que as demonstrações antigoverno se intensificassem.
• Muitas pessoas começaram a protestar menos por causa da integração
à Europa e mais por temer que Yanukovych estivesse tentando servir
aos seus próprios interesses e aos de Moscou.
O que causou a violência de fevereiro?
• O derramamento de sangue de 20 de fevereiro foi o mais
grave até o momento. Acredita-se que 77 pessoas tenham
sido mortas e 600 feridas em 48 horas.
• Vídeos mostram franco-atiradores disparando contra
manifestantes. Os dois lados se culpam mutuamente, mas
ainda não está claro quem atirou a primeira pedra ou
disparou o primeiro tiro.
• Governo e oposição fizeram, então, um acordo, que previa
anistia a manifestantes presos e a desocupação, por parte
dos opositores, de prédios estatais.
• A oposição também pedia que o Parlamento discutisse
mudanças na Constituição para reduzir os poderes
presidenciais. Como isso não foi aceito, opositores
promoveram manifestações diante do Legislativo.
Quem são os manifestantes?
• Os protestos são mais fortes na região de Kiev e no oeste
ucraniano (onde é maior a afinidade com a Europa e o
Ocidente) do que no leste e no sul, onde fala-se russo graças
à imigração durante o período soviético.
• Os líderes de três partidos da oposição - Vitali Klitschko, do
movimento Udar, pró-UE; Arseniy Yatsenyuk, do Fatherland,
maior grupo opositor; e Oleh Tyahnybo, da extrema direita
Svoboda- estão na Praça da Independência, tentando
direcionar os protestos e angariar apoio.
• Mas parte da população mantém sua desconfiança quanto a
eles. O partido Fatherland, em especial, é criticado por seus
anos recentes no governo e considerado como parte do
establishment político.
• Alguns grupos de extrema direita estão na dianteira dos
confrontos com a polícia, mas não está claro se eles têm
apoio de grande parte dos ucranianos.
O que está em jogo?
• A crise na Ucrânia faz parte de um cenário maior. O
presidente russo, Vladimir Putin, quer fazer de seu país
uma potência global, que rivalize com EUA, China e UE.
• Para isso, ele está criando uniões aduaneiras com
outros países e vê a Ucrânia como parte crucial disso -
inclusive pelos profundos laços históricos e culturais
entre ambos.
• Já a UE defende que a aproximação com a Europa e
eventual entrada no bloco europeu trariam bilhões de
euros à Ucrânia, modernizando sua economia e dando-
lhe acesso ao mercado comum europeu.
A Crise
• Os grupos oposicionistas passaram a exigir a renúncia do
presidente e do primeiro-ministro. Também decidiram criar um
quartel-general da resistência nacional e organizar uma greve
em todo o país. O primeiro-ministro Mykola Azarov renunciou
em 28 de janeiro, mas isso não foi o suficiente para encerrar
a crise.
• Em 21 de janeiro, após uma escalada ainda mais forte da
violência, um acordo entre assinado entre Yanukovich e os
líderes da oposição determinou a realização de eleições
presidenciais antecipadas no país e a volta à Constituição de
2004, que reduz os poderes presidenciais. O acordo também
previa a formação de um "governo de unidade", em uma
tentativa de solucionar a violenta crise política.
A Destituição do Presidente
• No dia seguinte à assinatura do acordo, o presidente deixou Kiev e foi para paradeiro
desconhecido. Com sua ausência da capital, sua casa, escritório e outros prédios do
governo foram tomados pela oposição.
• De seu paradeiro desconhecido, Yanukovich disse ter sido vítima de um "golpe de
Estado".
• Após a mudança na câmara, os deputados votaram pela destituição de Yanukovich (22/02)
por abandono de seu cargo e marcaram eleições antecipadas para 25 de maio. O
presidente recém-eleito do Parlamento, o opositor Oleksander Turchynov, assumiu o
governo temporariamente, afirmando que o país estava pronto para conversar com a
liderança da Rússia para melhorar as relações bilaterais, mas que a integração europeia
era prioridade.
• Yanukovich teve sua prisão decretada pela morte de civis. Após dias desaparecido, ele
apareceu na Rússia, acusou os mediadores ocidentais de traição, disse não reconhecer a
legitimidade do novo governo interino e prometeu continuar lutando pelo país.
• . Em 18 de fevereiro, a violência dos enfrentamentos entre manifestantes e forças de
segurança chegou a níveis inéditos - até o momento, o governo calcula 88 mortos na
onda de confrontos.
• As autoridades ucranianas pediram sua extradição. Ao
mesmo tempo, a União Europeia congelou seus ativos e de
outros 17 aliados por desvio de fundos públicos.
• Alguns dias depois, a imprensa local informou que ele foi
internado em estado grave, possivelmente por um infarto.
• Em 27 de fevereiro, o Parlamento aprovou um governo de
coalizão que vai governar até as eleições de maio, com o pró-
europeu Arseny Yatseniuk como premiê interino.
Oposição
• Líderes da oposição
Um dos principais nomes da oposição é Vitali Klitschko, campeão de boxe que se transformou no líder
de um movimento chamado Udar (soco). Ele planeja concorrer à presidência da Ucrânia, com o lema
"um país moderno com padrões europeus". Após a deposição de Yanukovich, Klitschko assumiu sua
candidatura para as eleições de maio de 2014.
• Arseniy Yatsenyuk, líder do segundo maior partido ucraniano, chamado Batkivshchyna (Pátria),
apontado premiê interino, também é um grande opositor. Ele é aliado de Yulia Tymoshenko, ex-primeira-
ministra-presa acusada de abuso de poder e principal rival política do presidente Yanukovich.
• Tymoshenko estava presa desde 2011, e acabou solta no mesmo dia da deposição do presidente. Em
discurso aos manifestantes, ela pediu que os protestos continuassem e disse que será candidata nas
eleições de 25 de maio.
• A libertação de Tymoshenko era pré-condição para a assinatura do acordo da União Europeia com a
Ucrânia. Principal adversária do atual presidente na eleição de 2010, foi presa em 2011, condenada a
sete anos por abuso de poder em um acordo sobre gás com a Rússia, em 2009.
• Também compõem a oposição grupos ultranacionalistas, como o Svoboda (liberdade), liderado por Oleh
Tyahnybok, o Bratstvo (Irmandade) e o Setor Direito - este último liderado, Dmitri Yarosh, que também
informou que será candidato nas eleições.
Interesse russo
• Para analistas, a decisão do governo de suspender a negociações pela entrada na UE se
deve diretamente à forte pressão da Rússia. A Rússia adotou medidas como inspeções
demoradas nas fronteiras e o banimento de doces ucranianos, além de ter ameaçado com
várias outras medidas de impacto econômico.
• A Ucrânia está em uma longa disputa com Moscou sobre o custo do gás russo. Em meio à
crise, a companhia russa Gazprom decidiu acabar a partir de abril com a redução do preço
do gás vendido à Ucrânia, o que prejudicará a economia do país. A empresa também
ameaçou cortar o fornecimento de gás.
• Além disso, no leste do país – onde ainda se fala russo – muitas empresas dependem das
vendas para a Rússia. Yanukovich ainda tem uma grande base de apoio no leste da
Ucrânia, onde ocorreram manifestações promovidas por seus aliados.
• Após a deposição do presidente, a Rússia disse ter "graves dúvidas" sobre a legitimidade
do novo governo na Ucrânia, e afirmou que o acordo de paz apoiado pelo Ocidente no
país foi usado como fachada para um golpe.
• Crimeia
A Crimeia
• A destituição de Yanukovich aumentou a tensão na Crimeia, onde as
manifestações pró-Rússia se intensificaram, com a invasão de prédios
do governo e dois aeroportos.
• Com o aumento das tensões separatistas, o Parlamento russo
aprovou, a pedido do presidente Vladimir Putin, o envio de tropas à
Crimeia para “normalizar” a situação.
• A região aprovou um referendo para debater sua autonomia e elegeu
um premiê pró-Rússia, Sergei Aksyonov, não reconhecido pelo governo
central ucraniano. No dia 4 de março, ele afirmou planejar assumir o
controle militar da península.
• Dois dias depois, em 6 de março, o Parlamento da Crimeia aprovou
sua adesão à Rússia e marcou um referendo para definir o status da
região para 16 de março e 96% definiu a anexação da Criméia a
Rússia.
A Crimeia
• O movimento russo levou o presidente dos EUA, Barack Obama, a pedir a Putin o recuo
das tropas na Crimeia. Para Obama, Putin violou a lei internacional com sua intervenção.
• Os EUA também ameaçaram a Rússia com sanções, e suspenderam as transações
comerciais com o país, além de um acordo de cooperação militar. A Rússia respondeu
afirmando que o estabelecimento de sanções também afetaria os EUA.
• A União europeia também disse que poderia impor sanções, sendo criticada por Moscou,
que ameaçou uma retaliação.
• A Ucrânia convocou todas suas reservas militares para reagir a um possível ataque russo
e afirmou que se trata de uma "declaração de guerra". Segundo o país, mais de 30 mil
soldados russos já foram enviados à região. Os Estados Unidos estimam o efetivo russo
na região em 20 mil militares.
• Em meio à crise, o Ocidente pressionou a Rússia por uma saída diplomática. A escalada
de tensão também levou a uma ruptura entre as grandes potências, com o G7
condenando a ação e cancelando uma reunião com a Rússia.
G7 e G8
• G7 é formado líderes responsáveis pela geração da
maioria das riquezas do mundo, os chamados países
desenvolvidos:
o Estados Unidos
o Japão
o Alemanha
o Reino Unido
o França
o Itália
o Canadá
O Gás
• A Rússia fornece actualmente um terço do gás natural
que a Europa necessita e mais de metade deste é
transportado através da Ucrânia.
• Há cinco anos (2009), quando o abastecimento foi
interrompido por duas semanas, passava pela Ucrânia
não metade mas 80% do gás russo destinado à UE,
lembram investigadores do Instituto para os Estudos de
Energia da Universidade de Oxford
O Gás
• Hoje, a UE depende menos da Ucrânia e do próprio gás
russo. Reduziu a sua dependência em relação ao país
de passagem com a conclusão em 2012 do Nord
Stream, o grande gasoduto promovido pela Rússia e
Alemanha e que ao Norte da Europa, através do mar
Báltico, sem passar pela Ucrânia.
• A Rússia investiu também em novos terminais no
mar Báltico e no mar Negro. No último ano, a Alemanha
reduziu, por exemplo, para quase metade o gás russo
que recebeu via Ucrânia, tendo passado de 21 mil
milhões de metros cúbicos para 11,71 mil milhões de
metros cúbicos.
O Gás
• A UE diversificou também as suas fontes para
responder ao crescimento do consumo. Compra hoje
mais gás natural da Noruega e mais gás liquefeito
(GNL), que lhe chega por mar, da Nigéria, Qatar e
Líbia. Há pouco mais de dez anos, em 2003, a Rússia
era a origem de 45,1% das importações de gás da UE
contra 31,9% hoje, de acordo com o Eurostat.
• Mas se em termos percentuais, o peso da Rússia tem
baixado, no total de gás comprado de Moscou, o volume
tem-se mantido relativamente estável na última década.
• Do ponto de vista de Moscou, a venda de gás e
petróleo à Europa garante-lhe mais de metade das
receitas do orçamento federal e mais de 70% das suas
exportações.
• E cerca de 40% das receitas do gigante estatal russa
Gazprom vêm do gás vendido aos europeus. Quanto a
Kiev, depende fortemente do gás russo, comprando-lhe
mais de metade do que o país consome.
O Gás
• Entre a Rússia e a Europa também há um grande e
histórico comércio de petróleo. Os europeus até
compram mais petróleo à Rússia do que gás. Em 2013,
foi a origem de 36% das importações dos países
europeus da OCDE, mas o traçado do seu transporte
não depende tanto da Ucrânia e, para além disso, é uma
matéria-prima mais fácil de adquirir no mercado global e
de transportar.
• O oleoduto Druzhba, que atravessa a Ucrânia,
transportou, em 2013, apenas 8% das exportações de
petróleo da Rússia para a Europa.
(IADES 2014 – CONAB)
A charge apresentada faz uma clara alusão à crise na Ucrânia. Quanto ao tema,
assinale a alternativa correta.
a) A União Europeia se encontra em uma difícil situação nesse conflito, pois apoia
os ucranianos na sua integridade territorial e, ao mesmo tempo, depende das
importações de gás da Rússia.
b) A Ucrânia possui uma explícita divisão: o oeste é pró-Rússia, tanto étnica como
economicamente, enquanto o oeste é pró-Ocidente e europeizante.
c) A revolta popular na Ucrânia se iniciou com a decisão do presidente Viktor
Yanukovich de rejeitar um acordo comercial com a Rússia e aceitar a ajuda
econômica da União Europeia e dos Estados Unidos.
d) A Rússia de Vladimir Putin quer continuar com um grande domínio sobre a
Ucrânia, pois depende das importações de gás desse país para se abastecer.
e) A anexação da Península da Crimeia pela Rússia foi o estopim da crise
ucraniana, quando a população crimeana saiu às ruas exigindo permanecer ligada
à Crimeia.
•
Letra A
Eleições
Pedro Poroshenko
• Poroshenko é um bilionário proprietário do grupo Roshen Chocolates, de um
canal de televisão e de várias fábricas.
• O novo presidente disse que quer restaurar a paz na região leste do país - onde
separatistas pró-Rússia ainda estão em conflito com as forças do governo
interino-, mas deixou claro que não vai negociar com os que qualificou como
terroristas que querem transformar a Ucrânia em um Estado sem lei.
• "O objetivo deles é transformar o leste da Ucrânia em uma Somália. Eu não vou
permitir que ninguém faça isso ao nosso Estado e espero que a Rússia apoie
essa minha abordagem”, afirmou o novo presidente."
• O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que seu país está “aberto para o
diálogo” com Poroshenko, mas deixou claro que é necessário que o uso da
força contra os separatistas seja suspenso.
• O novo presidente ucraniano afirmou que espera se reunir com os líderes
russos no início do mês que vem, após um viagem para a Polônia onde ele vai
se encontrar com o presidente americano, Barack Obama, e líderes europeus.
• Em sua campanha, Poroshenko também havia prometido fortalecer os laços
com a União Europeia.
• Poroshenko afirmou que vai apoiar a realização de uma
eleição parlamentar ainda em 2014.
• O magnata também afirmou que nunca vai reconhecer o que
ele chamou de "ocupação da Crimeia" pela Rússia
• No total, 18 candidatos disputaram a eleição presidencial,
vista como uma votação crucial para unir o país.
• O presidente americano, Barack Obama, afirmou que a
eleição na Ucrânia foi um "passo importante para avançar
com os esforços do governo ucraniano para unificar o país".
•
BRICS
• O Brics (em inglês, "bricks" significa "tijolos"), grupo que representa os
países emergentes como forma de se contrapor às potências, é
integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
• o Brics foi formulado pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim
O'Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic
BRICs”.
• Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito,
incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em
2011, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou
a sigla BRICS.
• Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países fundadores
representou 65% da expansão do PIB mundial.
• Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul),
totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial.
Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é
ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%.
6a Cúpula do BRICS
• Brasil será cenário de outro evento internacional, no
qual desponta uma tabela entre Rússia e Argentina –
mas no âmbito diplomático e econômico.
• Não por acaso, foi a Rússia quem convidou a Argentina
para participar da 6ª Cúpula do Brics, em Fortaleza, num
momento de extrema tensão vivido pelos dois países,
cada qual em seu hemisfério e com suas peculiaridades.
Dilma – Putin - Pranab Mukherjee - Xi Jinping - Jacob Zuma
• No caso argentino, trata-se de buscar apoio na crise
com os credores especulativos que lhe cobram
judicialmente 100% do valor dos títulos não
renegociados de sua dívida externa – são 7% do total de
credores (os outros 93% aceitaram a reestruturação,
mas poderão vir a cobrar o mesmo, alegando
isonomia).
• No caso russo, a tentativa é de amenizar o isolamento
ao qual o país se submeteu durante o confronto na
Ucrânia.
• A reunião do Brics deverá dar prioridade às discussões em torno da criação do banco de
desenvolvimento dos cinco países, o que lhes daria uma coesão hoje inexistente. Novo
Banco de Desenvolvimento (NDB). Esse será o principal anúncio da cúpula que se inicia
hoje. A instituição terá sede em Xangai ou Nova Délhi, com aporte inicial de US$ 50
bilhões.
• A meta é que seja uma alternativa ao Banco Internacional de Reconstrução e
Desenvolvimento (Bird), o Banco Mundial. Além do capital de US$ 100 bilhões a que
pretende chegar, a palavra "alternativa" é música aos ouvidos argentinos. A China entrará
com US$ 41 bilhões; o Brasil, a Rússia e Índia com US$ 18 bilhões cada; e a África do Sul
com US$ 5 bilhões.
• De certa maneira, a criação do Arranjo (o Arranjo Contingente de Reservas, CRA,
instituição de socorro) é um FMI em miniatura, e servirá para ajudar os cinco países
fundadores do grupo em caso de crises de liquidez.
• À medida que o banco e o arranjo são espelhos do Banco Mundial e do FMI, mostram a
capacidade do Brics de não depender dessas instituições.

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Crise na Ucrânia

  • 2. A Situação da Ucrania • Em 2013, ela teve um déficit em conta corrente equivalente a mais de 8% do PIB e um déficit orçamentário de mais de 6,5%. • Deveria pagar 8 bilhões de dólares em dívida externa no ano, incluindo 3,7 bilhões de dólares para o Fundo Monetário Internacional (FMI) referente a um empréstimo de 2008. E têm de pagar à Rússia cerca de 12 bilhões de dólares por um ano de fornecimento de gás. •
  • 3. • No outono, a UE e o FMI discutiram sobre um possível acordo de auxílio para a Ucrânia semelhante ao arranjo de 15,5 bilhões de dólares fornecidos em 2010. • Mas ficou claro desde o início que, tanto por causa da gravidade da crise econômica na Ucrânia quanto pela suspensão do acordo de 2010, depois que apenas 3,4 milhões de dólares foram desembolsados ​​porque a Ucrânia havia se recusado a implementar uma das condições, qualquer ajuda viria com condições mais difíceis. Como: o Maior flexibilidade da taxa de câmbio para a moeda da Ucrânia faria com que ela se desvalorizasse frente ao dólar, aumentando assim o custo do petróleo importado e do gás, sendo que ambos estão com preços cotados em dólar. o A Ucrânia também teria de eliminar gradualmente o subsídio familiar substancial para o custo da energia, uma das condições do acordo de 2010 que a Ucrãnia recusou-se a implementar. •
  • 4. • No entanto, a UE e o FMI poderiam ter fornecido à Ucrânia a assistência financeira necessária e amortecido o impacto de curto prazo de suas condições. • Mas por alguma razão – seja por causa da crise da zona do euro, seja pela preocupação da UE com a criação de um sindicato bancário, a aversão em fornecer fundos para um não-membro da UE que tinha desrespeitado as condições do contrato anterior, a aversão em ajudar Yanukovych e seu governo, ou o conhecimento do acordo no início de novembro entre Putin e Yanukovych – e apesar do fato de que eles comprometeram bilhões de euros com um punhado de membros da zona do euro nos últimos quatro anos, eles viraram as costas para a Ucrânia e ao fazê-lo abriram as portas para Putin. •
  • 5. O que motiva os protestos? • Os protestos começaram quando Yanukovych rejeitou, em novembro, um acordo com a União Europeia, preferindo uma aproximação comercial com a Rússia. • Milhares de pessoas - favoráveis à integração com a Europa - deram início a manifestações pacíficas e à ocupação da Praça da Independência. • Desde então, houve repressão policial aos protestos, a aprovação de leis restringindo as manifestações e a prisão de ativistas - fazendo com que as demonstrações antigoverno se intensificassem. • Muitas pessoas começaram a protestar menos por causa da integração à Europa e mais por temer que Yanukovych estivesse tentando servir aos seus próprios interesses e aos de Moscou.
  • 6.
  • 7. O que causou a violência de fevereiro? • O derramamento de sangue de 20 de fevereiro foi o mais grave até o momento. Acredita-se que 77 pessoas tenham sido mortas e 600 feridas em 48 horas. • Vídeos mostram franco-atiradores disparando contra manifestantes. Os dois lados se culpam mutuamente, mas ainda não está claro quem atirou a primeira pedra ou disparou o primeiro tiro. • Governo e oposição fizeram, então, um acordo, que previa anistia a manifestantes presos e a desocupação, por parte dos opositores, de prédios estatais. • A oposição também pedia que o Parlamento discutisse mudanças na Constituição para reduzir os poderes presidenciais. Como isso não foi aceito, opositores promoveram manifestações diante do Legislativo.
  • 8. Quem são os manifestantes? • Os protestos são mais fortes na região de Kiev e no oeste ucraniano (onde é maior a afinidade com a Europa e o Ocidente) do que no leste e no sul, onde fala-se russo graças à imigração durante o período soviético. • Os líderes de três partidos da oposição - Vitali Klitschko, do movimento Udar, pró-UE; Arseniy Yatsenyuk, do Fatherland, maior grupo opositor; e Oleh Tyahnybo, da extrema direita Svoboda- estão na Praça da Independência, tentando direcionar os protestos e angariar apoio. • Mas parte da população mantém sua desconfiança quanto a eles. O partido Fatherland, em especial, é criticado por seus anos recentes no governo e considerado como parte do establishment político. • Alguns grupos de extrema direita estão na dianteira dos confrontos com a polícia, mas não está claro se eles têm apoio de grande parte dos ucranianos.
  • 9.
  • 10. O que está em jogo? • A crise na Ucrânia faz parte de um cenário maior. O presidente russo, Vladimir Putin, quer fazer de seu país uma potência global, que rivalize com EUA, China e UE. • Para isso, ele está criando uniões aduaneiras com outros países e vê a Ucrânia como parte crucial disso - inclusive pelos profundos laços históricos e culturais entre ambos. • Já a UE defende que a aproximação com a Europa e eventual entrada no bloco europeu trariam bilhões de euros à Ucrânia, modernizando sua economia e dando- lhe acesso ao mercado comum europeu.
  • 11. A Crise • Os grupos oposicionistas passaram a exigir a renúncia do presidente e do primeiro-ministro. Também decidiram criar um quartel-general da resistência nacional e organizar uma greve em todo o país. O primeiro-ministro Mykola Azarov renunciou em 28 de janeiro, mas isso não foi o suficiente para encerrar a crise. • Em 21 de janeiro, após uma escalada ainda mais forte da violência, um acordo entre assinado entre Yanukovich e os líderes da oposição determinou a realização de eleições presidenciais antecipadas no país e a volta à Constituição de 2004, que reduz os poderes presidenciais. O acordo também previa a formação de um "governo de unidade", em uma tentativa de solucionar a violenta crise política.
  • 12. A Destituição do Presidente • No dia seguinte à assinatura do acordo, o presidente deixou Kiev e foi para paradeiro desconhecido. Com sua ausência da capital, sua casa, escritório e outros prédios do governo foram tomados pela oposição. • De seu paradeiro desconhecido, Yanukovich disse ter sido vítima de um "golpe de Estado". • Após a mudança na câmara, os deputados votaram pela destituição de Yanukovich (22/02) por abandono de seu cargo e marcaram eleições antecipadas para 25 de maio. O presidente recém-eleito do Parlamento, o opositor Oleksander Turchynov, assumiu o governo temporariamente, afirmando que o país estava pronto para conversar com a liderança da Rússia para melhorar as relações bilaterais, mas que a integração europeia era prioridade. • Yanukovich teve sua prisão decretada pela morte de civis. Após dias desaparecido, ele apareceu na Rússia, acusou os mediadores ocidentais de traição, disse não reconhecer a legitimidade do novo governo interino e prometeu continuar lutando pelo país. • . Em 18 de fevereiro, a violência dos enfrentamentos entre manifestantes e forças de segurança chegou a níveis inéditos - até o momento, o governo calcula 88 mortos na onda de confrontos.
  • 13. • As autoridades ucranianas pediram sua extradição. Ao mesmo tempo, a União Europeia congelou seus ativos e de outros 17 aliados por desvio de fundos públicos. • Alguns dias depois, a imprensa local informou que ele foi internado em estado grave, possivelmente por um infarto. • Em 27 de fevereiro, o Parlamento aprovou um governo de coalizão que vai governar até as eleições de maio, com o pró- europeu Arseny Yatseniuk como premiê interino.
  • 14. Oposição • Líderes da oposição Um dos principais nomes da oposição é Vitali Klitschko, campeão de boxe que se transformou no líder de um movimento chamado Udar (soco). Ele planeja concorrer à presidência da Ucrânia, com o lema "um país moderno com padrões europeus". Após a deposição de Yanukovich, Klitschko assumiu sua candidatura para as eleições de maio de 2014. • Arseniy Yatsenyuk, líder do segundo maior partido ucraniano, chamado Batkivshchyna (Pátria), apontado premiê interino, também é um grande opositor. Ele é aliado de Yulia Tymoshenko, ex-primeira- ministra-presa acusada de abuso de poder e principal rival política do presidente Yanukovich. • Tymoshenko estava presa desde 2011, e acabou solta no mesmo dia da deposição do presidente. Em discurso aos manifestantes, ela pediu que os protestos continuassem e disse que será candidata nas eleições de 25 de maio. • A libertação de Tymoshenko era pré-condição para a assinatura do acordo da União Europeia com a Ucrânia. Principal adversária do atual presidente na eleição de 2010, foi presa em 2011, condenada a sete anos por abuso de poder em um acordo sobre gás com a Rússia, em 2009. • Também compõem a oposição grupos ultranacionalistas, como o Svoboda (liberdade), liderado por Oleh Tyahnybok, o Bratstvo (Irmandade) e o Setor Direito - este último liderado, Dmitri Yarosh, que também informou que será candidato nas eleições.
  • 15. Interesse russo • Para analistas, a decisão do governo de suspender a negociações pela entrada na UE se deve diretamente à forte pressão da Rússia. A Rússia adotou medidas como inspeções demoradas nas fronteiras e o banimento de doces ucranianos, além de ter ameaçado com várias outras medidas de impacto econômico. • A Ucrânia está em uma longa disputa com Moscou sobre o custo do gás russo. Em meio à crise, a companhia russa Gazprom decidiu acabar a partir de abril com a redução do preço do gás vendido à Ucrânia, o que prejudicará a economia do país. A empresa também ameaçou cortar o fornecimento de gás. • Além disso, no leste do país – onde ainda se fala russo – muitas empresas dependem das vendas para a Rússia. Yanukovich ainda tem uma grande base de apoio no leste da Ucrânia, onde ocorreram manifestações promovidas por seus aliados. • Após a deposição do presidente, a Rússia disse ter "graves dúvidas" sobre a legitimidade do novo governo na Ucrânia, e afirmou que o acordo de paz apoiado pelo Ocidente no país foi usado como fachada para um golpe. • Crimeia
  • 16. A Crimeia • A destituição de Yanukovich aumentou a tensão na Crimeia, onde as manifestações pró-Rússia se intensificaram, com a invasão de prédios do governo e dois aeroportos. • Com o aumento das tensões separatistas, o Parlamento russo aprovou, a pedido do presidente Vladimir Putin, o envio de tropas à Crimeia para “normalizar” a situação. • A região aprovou um referendo para debater sua autonomia e elegeu um premiê pró-Rússia, Sergei Aksyonov, não reconhecido pelo governo central ucraniano. No dia 4 de março, ele afirmou planejar assumir o controle militar da península. • Dois dias depois, em 6 de março, o Parlamento da Crimeia aprovou sua adesão à Rússia e marcou um referendo para definir o status da região para 16 de março e 96% definiu a anexação da Criméia a Rússia.
  • 17. A Crimeia • O movimento russo levou o presidente dos EUA, Barack Obama, a pedir a Putin o recuo das tropas na Crimeia. Para Obama, Putin violou a lei internacional com sua intervenção. • Os EUA também ameaçaram a Rússia com sanções, e suspenderam as transações comerciais com o país, além de um acordo de cooperação militar. A Rússia respondeu afirmando que o estabelecimento de sanções também afetaria os EUA. • A União europeia também disse que poderia impor sanções, sendo criticada por Moscou, que ameaçou uma retaliação. • A Ucrânia convocou todas suas reservas militares para reagir a um possível ataque russo e afirmou que se trata de uma "declaração de guerra". Segundo o país, mais de 30 mil soldados russos já foram enviados à região. Os Estados Unidos estimam o efetivo russo na região em 20 mil militares. • Em meio à crise, o Ocidente pressionou a Rússia por uma saída diplomática. A escalada de tensão também levou a uma ruptura entre as grandes potências, com o G7 condenando a ação e cancelando uma reunião com a Rússia.
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  • 19. G7 e G8 • G7 é formado líderes responsáveis pela geração da maioria das riquezas do mundo, os chamados países desenvolvidos: o Estados Unidos o Japão o Alemanha o Reino Unido o França o Itália o Canadá
  • 20. O Gás • A Rússia fornece actualmente um terço do gás natural que a Europa necessita e mais de metade deste é transportado através da Ucrânia. • Há cinco anos (2009), quando o abastecimento foi interrompido por duas semanas, passava pela Ucrânia não metade mas 80% do gás russo destinado à UE, lembram investigadores do Instituto para os Estudos de Energia da Universidade de Oxford
  • 21. O Gás • Hoje, a UE depende menos da Ucrânia e do próprio gás russo. Reduziu a sua dependência em relação ao país de passagem com a conclusão em 2012 do Nord Stream, o grande gasoduto promovido pela Rússia e Alemanha e que ao Norte da Europa, através do mar Báltico, sem passar pela Ucrânia. • A Rússia investiu também em novos terminais no mar Báltico e no mar Negro. No último ano, a Alemanha reduziu, por exemplo, para quase metade o gás russo que recebeu via Ucrânia, tendo passado de 21 mil milhões de metros cúbicos para 11,71 mil milhões de metros cúbicos.
  • 22. O Gás • A UE diversificou também as suas fontes para responder ao crescimento do consumo. Compra hoje mais gás natural da Noruega e mais gás liquefeito (GNL), que lhe chega por mar, da Nigéria, Qatar e Líbia. Há pouco mais de dez anos, em 2003, a Rússia era a origem de 45,1% das importações de gás da UE contra 31,9% hoje, de acordo com o Eurostat. • Mas se em termos percentuais, o peso da Rússia tem baixado, no total de gás comprado de Moscou, o volume tem-se mantido relativamente estável na última década.
  • 23. • Do ponto de vista de Moscou, a venda de gás e petróleo à Europa garante-lhe mais de metade das receitas do orçamento federal e mais de 70% das suas exportações. • E cerca de 40% das receitas do gigante estatal russa Gazprom vêm do gás vendido aos europeus. Quanto a Kiev, depende fortemente do gás russo, comprando-lhe mais de metade do que o país consome.
  • 24. O Gás • Entre a Rússia e a Europa também há um grande e histórico comércio de petróleo. Os europeus até compram mais petróleo à Rússia do que gás. Em 2013, foi a origem de 36% das importações dos países europeus da OCDE, mas o traçado do seu transporte não depende tanto da Ucrânia e, para além disso, é uma matéria-prima mais fácil de adquirir no mercado global e de transportar. • O oleoduto Druzhba, que atravessa a Ucrânia, transportou, em 2013, apenas 8% das exportações de petróleo da Rússia para a Europa.
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  • 26. (IADES 2014 – CONAB)
  • 27. A charge apresentada faz uma clara alusão à crise na Ucrânia. Quanto ao tema, assinale a alternativa correta. a) A União Europeia se encontra em uma difícil situação nesse conflito, pois apoia os ucranianos na sua integridade territorial e, ao mesmo tempo, depende das importações de gás da Rússia. b) A Ucrânia possui uma explícita divisão: o oeste é pró-Rússia, tanto étnica como economicamente, enquanto o oeste é pró-Ocidente e europeizante. c) A revolta popular na Ucrânia se iniciou com a decisão do presidente Viktor Yanukovich de rejeitar um acordo comercial com a Rússia e aceitar a ajuda econômica da União Europeia e dos Estados Unidos. d) A Rússia de Vladimir Putin quer continuar com um grande domínio sobre a Ucrânia, pois depende das importações de gás desse país para se abastecer. e) A anexação da Península da Crimeia pela Rússia foi o estopim da crise ucraniana, quando a população crimeana saiu às ruas exigindo permanecer ligada à Crimeia. •
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  • 32. Pedro Poroshenko • Poroshenko é um bilionário proprietário do grupo Roshen Chocolates, de um canal de televisão e de várias fábricas. • O novo presidente disse que quer restaurar a paz na região leste do país - onde separatistas pró-Rússia ainda estão em conflito com as forças do governo interino-, mas deixou claro que não vai negociar com os que qualificou como terroristas que querem transformar a Ucrânia em um Estado sem lei. • "O objetivo deles é transformar o leste da Ucrânia em uma Somália. Eu não vou permitir que ninguém faça isso ao nosso Estado e espero que a Rússia apoie essa minha abordagem”, afirmou o novo presidente." • O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que seu país está “aberto para o diálogo” com Poroshenko, mas deixou claro que é necessário que o uso da força contra os separatistas seja suspenso. • O novo presidente ucraniano afirmou que espera se reunir com os líderes russos no início do mês que vem, após um viagem para a Polônia onde ele vai se encontrar com o presidente americano, Barack Obama, e líderes europeus. • Em sua campanha, Poroshenko também havia prometido fortalecer os laços com a União Europeia.
  • 33. • Poroshenko afirmou que vai apoiar a realização de uma eleição parlamentar ainda em 2014. • O magnata também afirmou que nunca vai reconhecer o que ele chamou de "ocupação da Crimeia" pela Rússia • No total, 18 candidatos disputaram a eleição presidencial, vista como uma votação crucial para unir o país. • O presidente americano, Barack Obama, afirmou que a eleição na Ucrânia foi um "passo importante para avançar com os esforços do governo ucraniano para unificar o país". •
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  • 39. BRICS • O Brics (em inglês, "bricks" significa "tijolos"), grupo que representa os países emergentes como forma de se contrapor às potências, é integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. • o Brics foi formulado pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O'Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. • Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICS. • Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países fundadores representou 65% da expansão do PIB mundial. • Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%.
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  • 41. 6a Cúpula do BRICS • Brasil será cenário de outro evento internacional, no qual desponta uma tabela entre Rússia e Argentina – mas no âmbito diplomático e econômico. • Não por acaso, foi a Rússia quem convidou a Argentina para participar da 6ª Cúpula do Brics, em Fortaleza, num momento de extrema tensão vivido pelos dois países, cada qual em seu hemisfério e com suas peculiaridades.
  • 42. Dilma – Putin - Pranab Mukherjee - Xi Jinping - Jacob Zuma
  • 43. • No caso argentino, trata-se de buscar apoio na crise com os credores especulativos que lhe cobram judicialmente 100% do valor dos títulos não renegociados de sua dívida externa – são 7% do total de credores (os outros 93% aceitaram a reestruturação, mas poderão vir a cobrar o mesmo, alegando isonomia). • No caso russo, a tentativa é de amenizar o isolamento ao qual o país se submeteu durante o confronto na Ucrânia.
  • 44. • A reunião do Brics deverá dar prioridade às discussões em torno da criação do banco de desenvolvimento dos cinco países, o que lhes daria uma coesão hoje inexistente. Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). Esse será o principal anúncio da cúpula que se inicia hoje. A instituição terá sede em Xangai ou Nova Délhi, com aporte inicial de US$ 50 bilhões. • A meta é que seja uma alternativa ao Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), o Banco Mundial. Além do capital de US$ 100 bilhões a que pretende chegar, a palavra "alternativa" é música aos ouvidos argentinos. A China entrará com US$ 41 bilhões; o Brasil, a Rússia e Índia com US$ 18 bilhões cada; e a África do Sul com US$ 5 bilhões. • De certa maneira, a criação do Arranjo (o Arranjo Contingente de Reservas, CRA, instituição de socorro) é um FMI em miniatura, e servirá para ajudar os cinco países fundadores do grupo em caso de crises de liquidez. • À medida que o banco e o arranjo são espelhos do Banco Mundial e do FMI, mostram a capacidade do Brics de não depender dessas instituições.