1. FORMAÇÃO ECONOMICA DO BRASIL: A CANA-DE-AÇÚCAR
Fatores que possibilitaram o empreendimento da cana-de-açúcar no Brasil
• Os portugueses tinham experiência anterior a produção açucareira já havia sido utilizada
nas ilhas do atlântico e assim, nessa época, o açúcar era considerado um bem precioso.
• Condições naturais favoráveis o clima (quente e úmido) e o solo (massapê), no litoral, são
propícios ao plantio de cana.
• Procura no mercado europeu o açúcar é um produto de ampla aceitação no mercado
consumidor europeu. Esse foi o aspecto decisivo.
As dificuldades de Portugal e o papel da Holanda
Portugal enfrentava uma crise financeira e os custos para a economia açucareira eram altos (colonos,
instrumentos, montagem de engenhos etc.). Assim, as navegações (no século XV) foram financiadas
por mercadores e banqueiros holandeses (judeus expulsos) mesmo existindo o pacto colonial. Eles
possuíam o capital e os navios necessários, assim, faziam o investimento, transporte, refino e
distribuição. Porém, obtinham vultosos lucros que vinham da comercialização do produto. Eles
monopolizavam a lucrativa comercialização do açúcar no continente.
A montagem da produção açucareira
A produção voltava-se à exportação. Assim, se produzia muito para ganhar capital para cobrar o alto
investimento. Plantation é a monocultura, latifúndio, trabalho escravo, produção para o mercado
externo. Engenho: moenda, caldeira e casa de purgar.
Casa-grande vivia o senhor de engenho, parentes e empregados subordinados;
Senzala construção miserável (sem ventilação e higiene) onde habitavam os negros escravos;
Capela local que centralizava a vida social e religiosa;
Moenda onde se moía a cana para tirar o caldo;
Caldeira onde o caldo era fervido para livrá-lo das impurezas e engrossar;
Casa de Purgar onde o açúcar purificado tomava o formato de pães.
As atividades complementares
Mandioca
Alimento básico, muitas vezes escravos passavam fome porque as áreas reservadas para cana-
de-açúcar era maior que a plantação de subsistência.
Pecuária
O gado era usado como alimento, no transporte e trabalhava na moenda.
Tabaco
2º produto mais exportado, junto com a aguardente, era utilizado no escambo. Plantado em
lugares específicos porque desgasta o solo rapidamente (o estrume servia como adubo).
Algodão
Servia como matéria-prima para formar roupas para os escravos, mal era exportado.
O escravo africano no Brasil
Os países europeus procuravam acumular capital, Portugal, com uma pouca população e baixos
salários, não ocorria a estimulação da vinda para trabalhar no Brasil, assim, adotaram o trabalho
escravo. Logo, os escravos, acostumados com o trabalho agrícola, tornaram-se fundamentais na
produção açucareira. Muitos negros morriam durante a viagem nos porões do navio negreiro
(péssimas condições). Os jesuítas eram contra a escravidão a escravidão, assim, catequizavam os
índios para aumentar os fiéis. Os africanos eram escravizados após guerras entre tribos e vendidos em
leilões como mercadorias no Brasil. Os escravos que “escapavam” formavam quilombos, porque no
trabalho havia maus tratos (alimentação, senzala e castigos).