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1. ANÁLISE DE TEXTOS
ANÁLISE DE TEXTOS
Gêneros e Tipos Textuais
Em outras palavras, “Gênero Textual é um concei-
to geral que engloba textos com características co-
muns em relação à linguagem, ao conteúdo e à estru-
tura, utilizados em determinadas situações comunica-
cionais, orais ou escritas.” Constituem-se como exem-
plos de gêneros: cartas, bulas, e-mails, anúncios, pos-
tais, avisos, artigos, requerimentos, editais, crônicas,
fábulas, contos, rezas, piadas, receitas, notícias, pro-
vérbios, entre muitos outros.
Sempre que nos comunicamos por meio de pala-
vras, empregamos um gênero. Os textos (orais ou es-
critos) constituem gêneros cuja especificidade depen-
de da situação de interação verbal, do momento em
que ela ocorre e das relações que a envolvem.
Os estudos referentes à comunicação agrupam os
gêneros textuais por domínio discursivo. Daí
encontrarmos vários tipos de domínio discursivo: jor-
nalístico, didático, científico, religioso, jurídico etc. As
fronteiras entre esses domínios são, em algumas situ-
ações comunicativas, meio nebulosas, pois os gene-
ros podem ter uma configuração híbrida, circulando
por vários domínios.
Vejamos agora alguns exemplos de gêneros textu-
ais usados no cotidiano e suas respectivas caracterís-
ticas gerais:
 E-mail – É uma mensagem enviada e recebida atra-
vés de um sistema de correio eletrônico. Como é utili-
zado em diversas situações comunicacionais, formais
ou informais, a linguagem pode variar. Tem a estrutu-
ra padrão da carta e, em geral, os parágrafos são cur-
tos.
 Poema – É a unidade da poesia, em versos com ou
sem rima. Esse gênero textual, em geral, apresenta
recursos de sonoridade e ritmo, bem como palavras
em sentido conotativo e figuras de linguagem. O con-
teúdo da composição poética é, em geral, abstrato,
expressivo, subjetivo e conotativo.
 Fábula – É um gênero textual que transmite um en-
sinamento e cujos personagens, em geral, são ani-
mais personificados. A linguagem pode ser formal ou
informal, tendendo as fábulas modernas ao humor.
 Conto – É um gênero textual que apresenta um uni-
co conflito, tomado já próximo do seu desfecho. En-
cerra uma história com poucos personagens, e tam-
bém tempo e espaço reduzidos. A linguagem pode ser
formal ou informal.
 Charge – É um desenho humorístico, com ou sem
legenda ou balão. É a crítica humorística de um fato
ou acontecimento específico e aborda temas sociais,
econômicos e, sobretudo, políticos.
 História em quadrinho – É uma narrativa visual
que expressa a língua oral e apresenta um enredo rá-
pido, empregando somente imagem ou associando
palavra e imagem.
ALGUNS EXEMPLOS DE TEXTOS
EXPOSITIVOS
1. Instrucional:
 Receita Culinária – É um texto instrucional com
duas partes: ingredientes e modo de fazer. Pode
apresentar título e outras informações (tempo de pré-
paro, rendimento, caloria, etc.). A linguagem é clara,
objetiva e concisa.
 Manual – Sua finalidade é orientar sobre o funcio-
namento de um aparelho, regras de um jogo, etc.
2. Informativo:
 Notícia – É um gênero textual cujo objetivo é infor-
mar ao leitor fatos atuais, com simplicidade, concisão
e precisão. A linguagem desse texto jornalístico é for-
mal, clara e objetiva.
 Reportagem – É um gênero textual que enfoca, de
forma abrangente, assuntos e não necessariamente
fatos novos. A linguagem desse texto jornalístico é
formal, objetiva e direta.
 Gráfico – É uma representação gráfica de dados fí-
sicos, econômicos e sociais.
 Entrevista – É um gênero textual cuja finalidade é
obter opiniões de uma pessoa a respeito de um as-
sunto e divulgar informações sobre a vida pessoal ou
profissional dela. Pode ou não aparecer em textos
jornalísticos.
1.1.1. Opinativo / Expressivo:
 Editorial – É um gênero textual que expressa a
opinião de um jornal ou revista, ou de seus editores, a
respeito de um fato noticiado.
 Resenha Crítica – Gênero em que se fornecem in-
formações e uma análise a respeito de uma produção
artística ou científica.
 Crônica – É um gênero textual em que se apresen-
tam fatos do cotidiano com uma linguagem geralmen-
te informal, levando o leitor a refletir.
 Carta-argumentativa – Apresenta uma reclamação,
uma solicitação, ou ambas, a uma autoridade ou pes-
soa responsável.
 TIPOS TEXTUAIS
As principais bancas examinadoras que elaboram
as provas dos grandes concursos públicos no país de-
nominam tipologia textual o estudo dos chamados
modos de organização discursiva (CARNEIRO, A. D.:
2001). São eles:
 Descritivo – Verifica-se um relato detalhado de
elementos (seres, objetos, cenas, processos...) em
um momento único, identificando-os, localizando-os e
qualificando-os.
 Narrativo – São narrados fatos reais ou fictícios e
apresentados personagens em determinados espaço
e tempo.
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 Dissertativo – Defende uma tese, organizando
ideias e opiniões com a intenção de convencer o
interlocutor sobre um determinado assunto, através de
argumentos.
 IDENTIFICANDO OS TIPOS TEXTUAIS ...
Com base nos textos abaixo, todos construídos a
partir da sugestão do famoso quadro “O quarto de
Vincent em Arles”, de Van Gogh, identifique a que
categoria tipológica pertence cada um:
Texto 01
Van Gogh viajou para Paris no final de dezembro e,
no início de janeiro, alugou o quarto onde iria morar
por um longo tempo. Logo que lhe foi permitido ocu-
par o aposento, para lá transportou seus poucos per-
tences, especialmente alguns quadros e fotografias.
Em seguida, instalou o cavalete de pintura ao pé da
janela, por onde entrava a luminosidade necessária e
começou imediatamente a pintar, certo do sucesso
que, no entanto, iria tardar muito.
Texto 02
O quarto estava localizado na parte velha de Paris.
Não era grande nem luxuoso, mas tinha tudo aquilo
de que o artista necessitava naquele momento de sua
vida: uma cama-beliche, duas cadeiras e uma mesa,
sobre a qual ficava uma bacia e uma jarra d’ água.
Uma grande janela envidraçada iluminava fartamente
o aposento, deixando sobre o assoalho de tábua cor-
rida um rastro de luz. Nas paredes ao lado da cama
havia dois quadros e algumas fotografias que lembra-
vam ao pintor a sua origem.
Texto 03
O fato de viver longe de casa pode ter contribuído
para uma maior disposição artística do pintor. De fato,
a história pessoal dos grandes artistas parece relaci-
onar certa dose de sofrimento à maior capacidade de
produção: assim foi com Camões, Cervantes, Dante e
muitos outros. A alegria, ao contrário, parece estéril,
não leva derivativos. Van Gogh certamente transpor-
tou a saudade e a solidão para as telas que pintou em
seu quarto de Paris.
Quando produzimos um texto em qualquer gênero
discursivo, precisamos decidir se teremos de narrar
algum acontecimento, expor ideias, argumen-tar,
descrever alguma situação ou cena, dar instru-ções
ou ordens. Em cada um desses casos, devemos
recorrer a estruturas específicas, características de
cada um desses “tipos de composição” dos textos: a
narração, a exposição, a argumentação, a descrição e
a injunção.
Existem textos em que recorremos a mais de um
tipo de composição, em função dos objetivos a serem
alcançados. Em síntese, os tipos dizem respeito à
característica de natureza linguística.
Em contos, por exemplo, é muito comum encon-
trarmos trechos descritivos e trechos narrativos. Uma
carta pessoal, por exemplo, pode apresentar em sua
constituição linguística um trecho narrativo, um trecho
descritivo e até ser finalizada com um parágrafo de
profunda reflexão (texto dissertativo); mas, como gê-
nero, é, no todo, uma carta, com as características de
um texto que dialoga diretamente com um interlocutor
para falar questões pessoais.
Uma reportagem de um telejornal também é um
gênero textual, pois tem natureza funcional e intera-
tiva, comprometida com a informação e com o teles-
pectador; mas contém elementos próprios da nar-
ração e da descrição, utilizados para que o telespec-
tador possa compreender bem a situação enfocada.
ANÁLISE DE TEXTOS
Compreensão e Interpretação
COMPREENSÃO OU INTELECÇÃO DE TEXTO
Consiste em analisar o que realmente está escrito,
ou seja, coletar dados do texto.
 Exemplos de enunciados:
“Com base no texto...”, “Pela compreensão global
do texto...”, “O autor afirma que...”, entre outros.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Consiste em saber o que se infere (conclui) do que
está escrito.
 Exemplos de enunciados:
“O texto possibilita o entendimento de que...”, “A
ideia central que perpassa o texto...”, “Infere-se do
texto que...” , entre outros.
ERROS CAPITAIS NA ANÁLISE DE TEXTOS
1o
. Extrapolação – É o fato de se fugir do texto.
Ocorre quando se interpreta o que não está escrito.
Muitas vezes são fatos reais, mas que não estão
expressos no texto. Deve-se ater somente ao que
está relatado.
2o
. Redução – É o fato de se valorizar uma parte do
contexto, deixando de lado a sua totalidade. Deixa-se
de considerar o texto como um todo para se ater
apenas à parte dele.
3o
. Contradição – É o fato de se entender justamente
o contrário do que está escrito. É bom que se tome
cuidado com algumas palavras, como: “pode”, “deve”,
“não”; verbo “ser”; etc.
Comentário:
No texto 1 (narrativo), o quarto é visto por um
narrador em sucessivos momentos de tempo. No
texto 2 (descritivo), o observador apreende o
mesmo quarto de Van Gogh num determinado
momento de tempo, fornecendo dele alguns
elementos (não todos), a fim de identificá-lo,
localizá-lo e qualificá-lo. Já no texto 3 (dissertativo)
ocorre uma discussão atemporalizada sobre a
influência da dor na criação artística.
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PRATICANDO
UFPE 2008
TEXTO 1
180 milhões de linguistas
Os cronistas esportivos não se cansam de repetir o
clichê de que o Brasil tem 180 milhões de técnicos.
Afinal, qualquer torcedor sabe escalar a seleção melhor
do que o Dunga.Qualquer tropeço da esquadra nacional
é motivo de críticas acerbas e inflamadas em todas as
esquinas do país. E todos – menos o técnico – sabem
diagnosticar onde está o erro.
Pois cheguei à conclusão de que o Brasil tem 180
milhões de lingüistas.Isso mesmo! Somos 180 milhões
de cidadãos que adoram palpitar sobre as línguas em
geral e sobre a língua portuguesa em particular. E
fazemos isso com a sem-cerimônia e desenvoltura de
grandes experts (ou espertos) no assunto.
Quando se trata da língua, não é raro ouvirmos os
maiores disparates, eivados de preconceito e miopia
intelectual, proferidos amiúde em tom solene e
professoral por pessoas que às vezes mal têm o ensino
fundamental completo.
Frases chauvinistas como “o português é a mais bela e
perfeita língua do mundo”,“o francês é o idioma da lógica
e do equilíbrio” ou “só é possível filosofar em alemão” já
se tornaram lugar-comum em discussões do gênero. (...)
O pior de tudo é que cidadãos leigos não se intimidam
em debater sobre questões de língua com especialistas.
(...) É que existe a crença mais ou menos generalizada
de que medicina e direito, por exemplo, são matérias de
alta especialidade, ao passo que a língua é assunto de
domínio público.Afinal,nem todos clinicam ou advogam;
mas todos falam.E,portanto, qualquer um sabe “ensinar
o padre-nosso ao vigário”.
Já ouvi mais de uma vez a afirmação de que o português
se originou do grego – ou, pior ainda, do celta ou do
fenício. Trata-se de uma tremenda mixórdia de
informações desencontradas, entreouvidas aqui e ali,
colhidas às vezes de fonte não confiável, ou destorcidas
pelos “ruídos da comunicação”.
Voltando ao esporte bretão, acredito que os técnicos são
uns grandes injustiçados e incompreendidos. Afinal,
mesmo quando o time perde, um treinador, que respira
futebol 24 horas por dia, deve entender do métier mais
do que um torcedor que, muitas vezes, nem sabe chutar
uma bola direito.
Pois o mesmo vale para a língua: um lingüista é um
estudioso que dedica a sua vida a estudar a estrutura, o
funcionamento,o processamento cerebral,o uso social e
a evolução histórica das línguas com o mesmo rigor
teórico e metodológico com que um biólogo estuda a
anatomia, a fisiologia e a evolução das espécies, ou o
astrônomo estuda os astros e a história do Universo. Só
que, assim como ainda há pessoas que acreditam na
astrologia mais do que na astronomia, também os
curiosos e palpiteiros da linguagem têm mais crédito do
que os linguistas. Pobre Dunga!
(Aldo Bizzochi. Língua Portuguesa. Ano II, n. 22, agosto de
2207, pp. 56-57. Adaptado.)
02. A unidade do Texto 1 decorre de proce-
dimentos de convergência – de idéias e de
formas –, como podemos conferir a seguir.
(A) O texto, em geral, encerra uma crítica àqueles
que, fundamentados apenas em intuições ou
análises apressadas, assumem posturas de
especialistas.
(B) O ponto de vista defendido pelo autor do texto se
apóia numa analogia entre representantes de
dois campos distintos da atividade social.
(C) Pelo desenvolvimento das idéias ao longo do
texto, podemos concluir que a figura a quem o
autor concede primazia pertence ao âmbito do
entretenimento.
(D) Em linhas gerais, o autor do texto, mais que o
comum das pessoas, se apóia numa visão
científica e consistente do fenômeno da
linguagem.
(E) No final do texto, o autor deixa de fazer
analogias e julga o trabalho dos lingüistas sem
buscar parâmetros em outros setores da vida
acadêmica.
03. Pela análise da composição do Texto 1,
chegamos à conclusão de que se trata:
(A) de uma narração; há uma sucessão de fatos, em
um cenário, com protagonistas e antagonistas
bem definidos.
(B) de uma descrição, numa perspectiva unilateral;
ou seja, apenas um item é, em todo o texto,
objeto de consideração.
(C) de um texto de comentário, destinado à expo-
sição de determinada visão acerca de uma
questão social comumente posta em discussão.
(D) de um conjunto de instruções, que se propõem a
regular o comportamento das pessoas face a
uma dada situação.
(E) de um texto de natureza argumentativa: em seu
desenvolvimento, podem ser vistos pontos de
vista e argumentos de sustentação.
04. É possível identificar certas passagens do
texto que, por diferentes recursos, o tornam
maisexpressivo. A esse propósito, analise os
comentários a seguir.
(A) Em: “miopia intelectual”, “vive e respira futebol”,
o autor recorreu a sentidos literais: em um texto
deste gênero, não cabem metáforas e meto-
nímias.
(B) Em: “ensinar o padre-nosso ao vigário”, há o
recurso a uma intertextualidade explícita; o autor
apela para os saberes do domínio popular.
(C) Em: “grandes experts (ou espertos) no assunto”,
há um trocadilho que assenta na proximidade da
forma entre os dois termos, embora os sentidos
pretendidos sejam bem diferentes.
(D) Em: “críticas acerbas e inflamadas em todas as
esquinas do país”, há uma hipérbole, ou seja,
uma espécie de redundância de sentido
(E) Em: “E todos – menos o técnico – sabem
diagnosticar onde está o erro”, a afirmação é
visivelmente irônica.
05. Os sentidos expressos em um texto decor-
rem, entre outros recursos, dos significados
das palavras em uso. Analise as indicações,
entre parênteses, acerca dos valores semân-
ticos de algumas expressões.
(A) “fazemos isso com a sem-cerimônia” (parci-
mônia, moderação); “cidadãos leigos” (cidadãos
afoitos, ousados).
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(B) “uma tremenda mixórdia de informações” (uma
mistura de itens incoerentes). “informações
entreouvidas aqui e ali” (percebidas confu-
samente).
(C) “disparates, eivados de preconceito” (despro-
pósitos eivados de preconceito); “eivados de
preconceito” (fundamentados em preconceitos).
(D) “grandes experts no assunto” (peritos, especia-
lizados); “tom solene e professoral” (tom que
inspira credibilidade).
(E) “críticas acerbas e inflamadas” (críticas ásperas,
pungentes); “palpiteiros da linguagem têm mais
crédito” (são merecedores de maior confia-
bilidade).
06. Relaçõessemânticassinalizadaspor algumas
expressões vão “costurando” o texto e lhe
emprestando unidade. Veja os trechos trans-
critos e analisados abaixo.
(A) “Qualquer tropeço da esquadra nacional é motivo
de críticas acerbas e inflamadas em todas as
esquinas do país”: pode-se constatar nesse
trecho uma relação de causa e efeito.
(B) “sobre as línguas em geral e sobre a língua
portuguesa em particular”: há aqui uma espécie
de oposição explicitamente sinalizada.
(C) “medicina e direito, por exemplo, são matérias de
alta especialidade, ao passo que a língua é
assunto de domínio público”: um sentido de
oposição põe em articulação as duas afirmações.
(D) “mixórdia (...) colhidas às vezes de fonte não
confiável, ou destorcidas pelos “ruídos da
comunicação”: o conectivo sublinhado expressa
um sentido de conclusão.
(E) “os curiosos e palpiteiros da linguagem têm mais
crédito do que os lingüistas”: a declaração se
fundamenta na expressão de uma análise
comparativa.
07. Focalizando aspectos mais propriamente
lingüísticos do Texto 1, em específico, a
concordância verbo-nominal – uma das
marcas da norma-padrão – , analise os
seguintes enunciados.
(A) Cada um dos tropeços da esquadra nacional
merecem críticas acerbas e inflamadas. O verbo
destacado concorda com o núcleo do sujeito
”tropeços”.
(B) Qualquer um dos torcedores sabe “ensinar o
padre-nosso ao vigário”. O indefinido no singular,
na categoria de sujeito, deixa o verbo também no
singular.
(C) Trata-se de informações desencontradas. Nesse
caso, é facultativo o uso do verbo no singular ou
no plural, pois o sujeito está indeterminado.
(D) Houveram pessoas que acreditaram na astro-
logia mais do que na astronomia. O verbo subli-
nhado, com o sentido que atualiza, não aceita
flexão. O plural, portanto, contraria a norma-
padrão.
(E) Se mais pessoas houvessem acreditado na
astronomia mais do que na astrologia, os
resultados teriam sido outros. O verbo haver,
nesse caso, admite flexão, pois funciona como
verbo auxiliar do verbo principal acreditar.
08. Em um texto, encontramos, por vezes,
trechos bem mais complexos, do ponto de
vista das informações que relacionam.
Analise, por exemplo, o trecho seguinte:
Afinal (1), mesmo quando o time perde (2),
um treinador, que respira futebol 24 horaspor
dia, (3) deve entender do métier mais do que
um torcedor (4) que, muitas vezes, nem sabe
chutar uma bola direito (5). Considere as
considerações que são feitas a seguir.
(A) Em: Afinal (1), pode-se ver o propósito do autor
de anunciar uma idéia conclusiva.
(B) Em: mesmo quando o time perde (2), há, no
todo, um sentido de concessão e de tempo.
(C) Em: um treinador, que respira futebol 24 horas
por dia, (3), o segmento sublinhado é explicativo.
(D) Em: “(treinador) deve entender do métier mais do
que um torcedor” (4), pode-se perceber uma
relação de adição, sinalizada pela expressão em
destaque.
(E) Em: “(torcedor) que, muitas vezes, nem sabe
chutar uma bola direito (5), ocorre, mais uma
vez, um segmento explicativo.
UFPE 2008 (Assistente em Administração)
TEXTO 1
A LÍNGUA BRASILEIRA
A questão da língua que se fala, a necessidade
de nomeá-la, é uma questão necessária e que se
coloca impreterivelmente aos sujeitos de uma dada
sociedade de uma dada nação. Porque a questão da
língua que se fala toca os sujeitos em sua autonomia,
em sua identidade, em sua autodeterminação. E
assim é com a língua que falamos: falamos a língua
portuguesa ou a língua brasileira?
Esta é uma questão que se coloca desde os
princípios da colonização no Brasil, mas que adquire
uma força e um sentido especiais ao longo do século
XIX. Durante todo o tempo, naquele período, o
imaginário da língua oscilou entre a autonomia e o
legado de Portugal. De um lado, algumas vozes
defendiam nossa autonomia, propugnando por uma
língua nossa, a língua brasileira. De outro, os
gramáticos e eruditos consideravam que só podíamos
falar uma língua, a língua portuguesa, sendo o resto
apenas brasileirismos, tupinismos, escolhos ao lado
da língua verdadeira. Temos, assim, em termos de
uma língua imaginária, uma língua padrão, apagando-
se, silenciando-se o que era mais nosso e que não
seguia os padrões: nossa língua brasileira.
Assim, em 1823, por ocasião da Assembléia
Constituinte, tínhamos pelo menos três formações
discursivas: a dos que propugnavam por uma língua
brasileira, a dos que se alinhavam do lado de uma
língua (padrão) portuguesa e a formação discursiva
jurídica, que, professando a lei, decidia pela língua
legitimada, a língua portuguesa.
Embora no início do século XIX muito se tenha
falado da língua brasileira, como a Constituição não
foi votada, mas outorgada por D. Pedro, em 1823,
decidiu-se que a língua que falamos é a língua
portuguesa. E os efeitos desse jogo político, que nos
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ÉticaPortuguês
acompanha desde a aurora do Brasil, nos fazem
oscilar sempre entre uma língua outorgada, legado de
Portugal, intocável, e uma língua nossa, que falamos
em nosso dia-a-dia, a língua brasileira. (...)
Isso quer dizer que até hoje não decidimos se
falamos português ou brasileiro. Embora a cultura
escolar se queira, muitas vezes, esclarecedora em
sua racionalidade e moderna em sua abertura, acaba
sempre se curvando à legitimidade da língua portu-
guesa que herdamos e, segundo dizem, adaptamos
às nossas conveniências, mas que permanece em
sua forma dominante inalterada, intocada: a língua
portuguesa. E quem não a fala, ainda que esteja no
Brasil, que seja brasileiro, erra, é um mal falante, um
marginal da língua. É, pois, impressionante como a
ideologia da língua pura, a verdadeira, faz manter o
imaginário da língua portuguesa.
ORLANDI, Eni P. A língua brasileira.In: Ciênciae Cultura, vol. 57, n°
2. São Paulo, abril/junho de 2005, pp.29-30. Adaptado.
01. A compreensão do Texto 1 nos permite
afirmar que ele tem, como principal objetivo:
(A) enaltecer a variedade europeia da língua
portuguesa, colocando-a em posição de destaque
em relação à língua do Brasil.
(B) criticar a Constituição Brasileira de 1823, por ter
sido ela o instrumento no qual se decidiu que a
nossa língua é o português.
(C) narrar os principais acontecimentos ocorridos
durante o século XIX, que culminaram na
autonomia da língua brasileira.
(D) explicar o percurso histórico que justifica o fato de
não termos ainda assumido que a nossa língua é
a brasileira, e não a portuguesa.
(E) comentar acerca dos principais fatores que
contribuíram para a consolidação de uma língua
brasileira, com características próprias.
02. No que se refere à organização geral do Texto
1, analise as afirmações abaixo.
1) O texto é introduzido com considerações gerais
acerca da relação que há entre o nome de uma
língua e a identidade dos sujeitos que a falam.
2) A partir do segundo parágrafo, as idéias vão sen-
do apresentadas em uma sequência temporal,
que vai da colonização brasileira até os dias
atuais.
3) Dada a sua importância para a argumentação que
se faz no texto, o século XIX é particularmente
enfatizado.
4) No início do último parágrafo, podemos encontrar
a resposta à pergunta feita no parágrafo
introdutório.
Estão corretas:
(A) 1, 2, 3 e 4.
(B) 2, 3 e 4, apenas.
(C) 1, 3 e 4, apenas.
(D) 1, 2 e 4, apenas.
(E) 1, 2 e 3, apenas.
03. No século XIX, “gramáticos e eruditos consi-
deravam que só podíamosfalar uma língua, a
língua portuguesa, sendo o resto apenas
brasileirismos, tupinismos, escolhos ao lado
da língua verdadeira.”
Com base nesse trecho (2º §), podemos
concluir que, nessa época, para gramáticos e
eruditos, a língua brasileira era:
(A) venerada.
(B) valorizada.
(C) ensinada.
(D) inexistente.
(E) depreciada.
04. A Constituição de 1988 (Cap. III, Art. 13), ora
vigente, declara que “a língua portuguesa é o
idioma oficial da República Federativa do
Brasil.” Se comparada à Constituição de
1823, outorgada por D. Pedro, podemos dizer
que a Constituição atual contribui para
confirmar a seguinte informação do Texto 1:
(A) A questão da língua que se fala toca os sujeitos
em sua autonomia, em sua identidade.
(B) Isso quer dizer que até hoje não decidimos se
falamos português ou brasileiro.
(C) Em 1823, por ocasião da Assembléia Constituin-
te, tínhamos pelo menos três formações
discursivas.
(D) A questão de que língua falamos adquire uma
força e um sentido especiais ao longo do século
XIX.
(E) No século XIX, gramáticos e eruditos conside-
ravam que só podíamos falar uma língua, a
língua portuguesa.
05. “Embora no início do século XIX muito se
tenha falado da língua brasileira, como a
Constituição não foi votada, mas outorgada
por D. Pedro, em 1823, decidiu-se que a
língua que falamos é a língua portuguesa.”
Nesse trecho, ostermosdestacados indicam,
respectivamente, as relações lógico-
semânticas de:
(A) concessão e comparação.
(B) oposição e condição.
(C) concessão e causa.
(D) causa e conformidade.
(E) oposição e comparação.
06. Analise asformasverbaisdestacadasno texto
a seguir.
Diversos autores já proporam (1) que a língua
que falamos, aqui no Brasil, passe a ser
chamada “língua brasileira”. Os opositores
dessa idéia, entretanto, nunca se disporam (2)
a discutir o assunto, com bases mais
científicas, e o governo nunca interveio (3)
nesse assunto. A verdade é que, enquanto a
discussão se manter (4) no nível acadêmico
apenas, nada irá mudar. E mais: parece que o
povo, alheio à questão, até se entretém (5)
com ela.
Estão corretas, apenas:
(A) 1, 2 e 4.
(B) 1 e 4.
(C) 3 e 4.
(D) 2 e 4.
(E) 3 e 5.
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TEXTO 2
O que é a língua portuguesa?
O português é a língua que os portugueses, os
brasileiros, muitos africanos e alguns asiáticos apren-
dem no berço, reconhecem como patrimônio nacional
e utilizam como instrumento de comunicação, quer
dentro da sua comunidade, quer no relacionamento
com as outras comunidades lusofalantes.
Essa língua não dispõe de um território contínuo,
mas de vastos territórios separados, em vários
continentes; e não é privativa de uma comunidade,
mas é sentida como sua, por igual, em comunidades
distanciadas. Por isso, apresenta grande diversidade
interna, consoante as regiões e os grupos que a
usam. Mas, também por isso, é uma das principais
línguas internacionais do mundo.
É possível ter percepções diferentes quanto à
unidade ou diversidade internas do português, confor-
me a perspectiva do observador. Quem se concentrar
na língua dos escritores e da escola colherá uma
sensação de unidade. Quem comparar a língua falada
de duas regiões ou grupos sociais não escapará a
uma sensação de diversidade, até mesmo de divisão.
A diversidade lingüística que o português apre-
senta através do seu enorme espaço pluricontinental
é, inevitavelmente, muito grande, e certamente vai
aumentar com o tempo. Isso contribui para que os
lingüistas se achem divididos: alguns acham que, já
neste momento, o português de Portugal e o portu-
guês do Brasil são línguas diferentes; outros acham
que constituem variedades bastante distanciadas
dentro de uma mesma língua.
Texto disponível em:http://doc.jurispro.net.
Acesso em 19/04/2008. Adaptado.
07. Acerca da língua portuguesa, analise o que
se afirma a seguir.
1) É falada em quatro continentes.
2) Apresenta diversidades que tendem a diminuir
com o passar do tempo.
3) Pode parecer homogênea para quem a observa.
4) É falada por comunidades muito distantes, o que
contribui para a sua diversidade.
São idéias presentes no Texto 2:
(A) 1, 2, 3 e 4.
(B) 1, 2 e 3, apenas.
(C) 1, 2 e 4, apenas.
(D) 1, 3 e 4, apenas.
(E) 2, 3 e 4, apenas.
08. No último parágrafo, o autor do Texto 2 afirma
que alguns lingüistas defendem a separação
entre o português brasileiro e o europeu,
enquanto outros defendem que as diferenças
não passam de variedades de uma mesma
língua. Assinale o trecho do Texto 1 no qual
sua autora claramente revela defender a
primeira posição.
(A) “E os efeitos desse jogo político, que nos acom-
panha desde a aurora do Brasil, nos fazem oscilar
sempre entre uma língua outorgada, legado de
Portugal, intocável, e uma língua nossa, que
falamos em nosso dia-a-dia, a língua brasileira.”
(B) “A questão da língua que se fala, a necessidade
de nomeá-la, é uma questão necessária e que se
coloca impreterivelmente aos sujeitos de uma
dada sociedade de uma dada nação.”
(C) “Embora no início do século XIX muito se tenha
falado da língua brasileira, como a Constituição
não foi votada, mas outorgada por D. Pedro, em
1823, decidiu-se que a língua que falamos é a
língua portuguesa.”
(D) “Durante todo o tempo, naquele período, o
imaginário da língua oscilou entre a autonomia e
o legado de Portugal. De um lado, algumas vozes
fortes defendiam nossa autonomia, propugnando
por uma língua nossa, a língua brasileira.”
(E) “Embora a cultura escolar se queira, muitas
vezes, esclarecedora em sua racionalidade e
moderna em sua abertura, acaba sempre se
curvando à legitimidade da língua portuguesa.”
09. “O português é a língua que os portugueses,
os brasileiros, muitosafricanose alguns Ásia-
ticos aprendem no berço”. Analise os termos
destacados a seguir, quanto à sua função.
1) Portugal colonizou bastantes nações, por isso a
língua portuguesa se espalhou pelo mundo.
2) O português é uma língua falada em territórios
separados, de vários continentes.
3) Diversos autores acreditam que o português de
Portugal é uma língua diferente da do Brasil.
4) Alguns lingüistas defendem que o português
europeu e o brasileiro são bastante diferentes.
Têm a mesma função de “muitos” os termos
destacados em:
(A) 1, 2, 3 e 4.
(B) 2, 3 e 4, apenas.
(C) 1, 2 e 3, apenas.
(D) 2 e 3, apenas.
(E) 1 e 4, apenas.
10. Acerca de elementoslingüísticospresentesno
Texto 2, analise as afirmações a seguir.
1) “O português é a língua que os portugueses, os
brasileiros, muitos africanos e alguns asiáticos
aprendem no berço.” – O artigo com que se inicia
esse enunciado é obrigatório; sem ele, seu
sentido ficaria comprometido.
2) “aprendem no berço, reconhecem como patri-
mônio nacional e utilizam como instrumento de
comunicação, quer dentro da sua comunidade,
quer no relacionamento com as outras comu-
nidades lusofalantes.” – Nesse trecho, os termos
destacados equivalem a “tanto... quanto”.
3) “Por isso, apresenta grande diversidade interna,
consoante as regiões e os grupos que a usam.” –
Nesse trecho, o termo sublinhado equivale a
“conforme”.
Está(ão) correta(s):
(A) 1, 2 e 3.
(B) 2 e 3, apenas.
(C) 1 e 3, apenas.
(D) 1 e 2, apenas.
(E) 3, apenas.
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UFPE 2012 (Administrador)
Racismo, não.
Celebramos há pouco (21 de março) o Dia Inter-
nacional para Eliminação da Discriminação Racial. A
data foi instituída pela ONU, para expressar a repulsa
universal ao massacre ocorrido em Johanesburgo, na
África do Sul, em 21 de março de 1960. Vinte mil
negros protestavam pacificamente contra a lei do
passe, que restringia os locais onde podiam circular.
O Exército atirou contra a multidão, matando sessenta
e nove pessoas e ferindo cento e oitenta e seis.
No Brasil, o racismo foi rechaçado de forma
intransigente. Nossa Constituição repudia essa prática
abjeta. Também não se tolera o racismo camuflado,
aquele que existe na prática mas tem vergonha de
apresentar-se com este nome. A discriminação racial
não humilha apenas aqueles que são discriminados.
Todos somos vilipendiados, não importando nossa
raça, quando alguém sofre discriminação.
Votada pelo Congresso, foi promulgada pelo
Presidente da República, em 13 de maio de 1997, a
Lei n° 9.459. Definiu os “crimes de racismo” e
estabeleceu penas para os mesmos. Não bastava que
a Constituição tivesse condenado o racismo, embora
isso fosse importante. Para que houvesse processo e
punição contra os autores de crimes de racismo, era
preciso uma lei que definisse tais crimes, em suas
diversas modalidades, e que estabelecesse a
respectiva pena para cada crime definido. Assim, por
exemplo, injuriar alguém recorrendo a elementos
referentes à raça, cor, etnia ou origem passou a ser
crime mais grave que a injúria comum.
Outro avanço significativo foi a sanção e
promulgação, pelo Presidente da República, do
Estatuto da Igualdade Racial, em 20 de julho de 2010.
O Estatuto prevê a criação de programas e medidas
específicas para reduzir a desigualdade racial no país.
Obriga as escolas a inserirem no currículo o ensino da
história da África e da população negra no Brasil. O
Estatuto definiu como crime a conduta de dificultar,
por preconceito, a promoção funcional de pessoas
negras no setor público ou privado. Para esse crime
foi cominada pena de até cinco anos de reclusão.
Dois presidentes da República, de dois partidos
competidores, promulgaram, num lapso de 13 anos
(1997 e 2010), duas leis que se completam e guardam
absoluta sintonia. Certos princípios suplantam os
autores políticos que se encontravam em cena
quando o princípio foi consagrado. O eventual titular
do Poder passa porque o Poder é, por natureza,
passageiro. O princípio, a ideia, a causa permanecem
porque a História se constrói através de gerações.
João Baptista Herkenhoff. Diário de Pernambuco,
01/04/2012, p.B15. Adaptado.
11. Um tema pode ser abordado a partir de
diversas perspectivas. No caso do Texto 1, o
racismo é abordado com foco:
(A) nos documentos legalmente instituídos que
amparam medidas antirracistas.
(B) nas celebrações contra o racismo, atualmente
bastante disseminadas pelo mundo.
(C) nas políticas públicas que, surpreendentemente,
ainda apoiam atitudes racistas.
(D) no poder presidencial, que ora defende ora
condena a discriminação racial.
(E) na acirrada luta que se travou no Brasil para que
o racismo fosse considerado crime.
12. O Texto 1 provê a informação de que:
(A) o forte repúdio ao massacre ocorrido em
Johanesburgo em 21 de março de 1960 resultou
na promulgação da Lei n° 9.459, no Brasil.
(B) embora a Constituição brasileira repudie atos
explícitos de racismo, estimula-se aqui o racismo
camuflado, que continua a vigorar no país.
(C) atos discriminatórios motivados pela raça não se
configuram apenas como uma ofensa pessoal,
mas têm uma repercussão social mais ampla.
(D) nossa Carta Magna não apenas definiu os crimes
de racismo em suas diversas modalidades, mas
também determinou as penas para eles.
(E) o ensino de história da África e da população
negra no Brasil passou a ser opcional nas
escolas, a partir do Estatuto da Igualdade Racial.
13. Vai de encontro às ideias do Texto 1 a
seguinte informação:
(A) foi geral a reação contrária à decisão do Exército
sul-africano de atirar contra manifestantes negros
que protestavam de forma pacífica contra a lei
que restringia os locais onde eles podiam circular.
(B) a partir da promulgação da Lei n° 9.459, o ato de
ofender alguém valendo-se de suas caracte-
rísticas raciais ou étnicas passou a ser um crime
de maior gravidade que a ofensa comum.
(C) com a sanção e promulgação do Estatuto da
Igualdade Racial, o Governo pretendeu incentivar
a criação de programas e medidas específicas
para reduzir a desigualdade racial no país.
(D) a partir do Estatuto da Igualdade Racial, corre o
risco de enfrentar uma pena de até cinco anos de
reclusão a pessoa que, por preconceito, dificultar
a promoção funcional de negros no setor público
ou privado.
(E) a ferrenha disputa existente entre dois presiden-
tes da República, de dois partidos competidores,
se revela nas contradições que há entre a Lei n°
9.459 e o Estatuto da Igualdade Racial.
14. “No Brasil, o racismo foi rechaçado de forma
intransigente.”. O sentido global desse enun-
ciado está preservado em:
(A) No Brasil, o racismo foi camuflado após muita luta.
(B) No Brasil, o racismo foi repelido sem nenhuma
tolerância.
(C) No Brasil, o racismo foi fomentado de maneira
vergonhosa.
(D) No Brasil, o racismo foi considerado crime por
força de lei.
(E) No Brasil, o racismo foi superado de forma
definitiva.
15. No que concerne a algumas relações semân-
ticas presentes no Texto 1, analise as
proposições a seguir.
1) No trecho: “A data foi instituída pela ONU, para
expressar a repulsa universal ao massacre ocor-
rido em Johanesburgo, na África do Sul, em 21 de
março de 1960.”, evidencia-se uma relação de
finalidade.
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2) No trecho: “Não bastava que a Constituição
tivesse condenado o racismo, embora isso fosse
importante”, o segmento final estabelece uma
relação concessiva com o anterior.
3) No trecho: “Para que houvesse processo e
punição contra os autores de crimes de racismo,
era preciso uma lei que definisse tais crimes, em
suas diversas modalidades”, o primeiro segmento
é a condição do que se afirma em seguida.
4) O trecho: “O princípio, a ideia, a causa perma-
necem porque a História se constrói através de
gerações.”, traz uma relação de causalidade.
Estão corretas:
(A) 2, 3 e 4, apenas.
(B) 1, 2 e 3, apenas.
(C) 1, 3 e 4, apenas.
(D) 1, 2 e 4, apenas.
(E) 1, 2, 3 e 4.
16. Tendo em mente as regras da concordância
(verbal e nominal), analise os enunciados a
seguir.
1) A existência de crimes que envolvem diferenças
raciais são intoleráveis em um país civilizado.
2) Precisam ser combatidos com rigor os crimes cujo
fundamento são as questões raciais.
3) A maior parte dos brasileiros desconhece que
existem tantos crimes raciais.
4) No futuro, certamente haverão novos meios de
combater os crimes raciais.
Estão de acordo com as recomendações
gramaticais os enunciados:
(A) 2 e 3, apenas.
(B) 1 e 4, apenas.
(C) 1 e 3, apenas.
(D) 2, 3 e 4, apenas.
(E) 1, 2, 3 e 4.
17. “Para que houvesse processo e punição con-
tra os autores de crimes de racismo, era pre-
ciso uma lei que definisse tais crimes”. O
segmento destacado desse trecho foi refor-
mulado, de acordo com as proposições a
seguir.
1) era preciso uma lei pela qual tais crimes fossem
regulados.
2) era preciso uma lei com a qual tais crimes
estivessem sujeitos.
3) era preciso uma lei em que tais crimes
estivessem vinculados.
4) era preciso uma lei à qual tais crimes estivessem
atrelados.
As normasda regência estão respeitadas em:
(A) 1, 2, 3 e 4.
(B) 2, 3 e 4, apenas.
(C) 2, apenas.
(D) 1 e 3, apenas.
(E) 1 e 4, apenas.
18. Assinale a alternativa na qual todas as formas
verbais estão corretamente empregadas.
(A) Denuncie, sempre que você ver atos discrimi-
natórios criminosos.
(B) O direito à igualdade entre as raças só foi
conquistado quando a lei interveio.
(C) Antigamente, era impensável que um negro
deposse contra um branco.
(D) Líderes visionários preveram a igualdade de
direitos entre negros e brancos.
(E) A verdade é que os negros nunca se manteram
submissos aos brancos.
19. Analise o uso dos sinais de pontuação, nos
pares de enunciados apresentados a seguir.
1) - Celebramos há pouco o Dia Internacional para
Eliminação da Discriminação Racial.
- Celebramos, há pouco, o Dia Internacional para
Eliminação da Discriminação Racial.
2) - Também não se tolera o racismo camuflado,
aquele que existe na prática mas tem vergonha
de apresentar-se com este nome.
- Também não se tolera o racismo camuflado,
aquele que existe na prática, mas tem vergonha
de apresentar-se com este nome.
3) - Certos princípios suplantam os autores políticos
que se encontravam em cena quando o princípio
foi consagrado.
- Certos princípios suplantam os autores políticos,
que se encontravam em cena quando o princípio
foi consagrado.
4) - O princípio, a ideia, a causa permanecem
porque a História se constrói através de gerações.
- O princípio, a ideia, a causa permanecem,
porque a História se constrói através de gerações.
A alteração da pontuação modificou o sentido
global dosenunciados na(s) proposição(ões):
(A) 1, 2, 3 e 4.
(B) 1 e 4, apenas.
(C) 3, apenas.
(D) 2 e 4, apenas.
(E) 1, 2 e 3, apenas.
TEXTO 2
(Imagem disponível em:
w w w .racismoadrianaisabella.blogspot.com.
Acesso em 15/03/2012.)
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20. Objetivando transmitir sua mensagem-denún-
cia, o autor do Texto 2 estabelece uma relação
entre:
A) as raças e os coeficientes de inteligência, em
nosso país.
B) as raças e os níveis de desnutrição infantil, no
Brasil.
C) as raças e a garantia da assistência à saúde, ao
longo da vida.
D) as raças e a possibilidade de sucesso em várias
áreas.
E) as raças, a garantia à saúde e a expectativa de
vida.
Gabarito
1. D 2. A 3. E 4. B 5. C
6. E 7. D 8. A 9. C 10. B
11. Nula 12. D 13. E 14. C 15. B
16. E 17. A 18. B 19. A 20. D
2. ORTOGRAFIA OFICIAL
EMPREGO DOS “PORQUÊS”
01. PORQUE – Conjunção coordenativa explicativa (=
pois) ou subordinativa causal.
Ex.: Passou, porque estudou muito.(explicação)
Porque estava doente, faltou ao trabalho. (causal)
02. PORQUÊ – Usado como substantivo, sinônimo de
motivo, razão. Vem sempre precedido por uma pala-
vra determinante = artigo, pronome, etc.)
Ex.: Não sei o porquê de tanta complicação.
(= o motivo / a razão)
03. POR QUE
 Nas interrogativas diretas vem anteposto.
Ex.: Por que você não estuda com mais empenho?
 Quando equivale a “pelo (a)(s) qual (is)” e flexões.
Ex.: São muitas as dificuldades por que passamos.
 Quando depois dele vier subentendida ou expressa
a palavra razão (ou motivo) nas frases interrogativas
indiretas.
Ex.: Não sei por que você se foi tão depressa.
(por que motivo / razão)
04. POR QUÊ – É usado em fim de frase interrogativa
ou de oração.
Ex.: Você não estuda com mais empenho por quê?
 Observação
Em final de frase a palavra que deve ser sempre
acentuada, por se tratar de um monossílabo tônico
terminado em e.
Ex.: Está preocupado com quê?/ Medo de quê?
OUTRAS EXPRESSÕES
01. ONDE / AONDE
 AONDE – Dá idéia de movimento ou aproximação.
Usado diante de verbos que indicam movimento. (ir,
chegar, dirigir-se, etc.)
Ex.: Aonde vais com tanta pressa?
Chegamos aonde queríamos.
 ONDE – Indica lugar fixo ou onde se passa algo.
Ex.: Onde fica aquela loja?
Os livros estão onde você queria.
02. MAU / MAL
 MAU – É adjetivo ( contrário de BOM ).
Ex.: Rodrigo nunca está de mau humor.
Ele não é mau aluno.
 MAL
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 Advérbio (= “erradamente”; oposto de BEM)
Ex.: Nosso time jogou muito mal.
 Substantivo (= “doença”, “moléstia”).
Ex.: A corrupção é um grande mal.
 Conjunção temporal (= “assim que”, “quando”).
Ex.: Mal entrou e já foi reclamando de tudo.
03. CESSÃO / SESSÃO / SECÇÃO / SEÇÃO
 CESSÃO (= ceder, dar ; doação).
Ex.: Ele fez a cessão dos seus direitos autorais.
 SESSÃO (= Intervalo de tempo, encontro/ evento).
Ex.: O casal viu o filme na sessão das oito.
 SECÇÃO ou SEÇÃO (= parte / segmento /
subdivisão)
Ex.: Visitamos a seção de esportes daquela loja.
Fizemos uma secção horizontal no plano
geométrico.
04. ACERCA DE / HÁ CERCA DE / CERCA DE / A
CERCA DE
 ACERCA DE – “sobre”, “a respeito de”.
Ex.: Houve uma palestra acerca dos problemas
locais.
 HÁ CERCA DE – “Indica um período aproximado de
tempo já transcorrido”.
Ex.: Há cerca de um ano nós chegamos aqui.
(=fazer)
Há cerca de cem pessoas naquela sala. (=existir)
 CERCA DE – “durante, aproximadamente”.
Ex.: Cerca de trinta pessoas vieram ao encontro.
 A CERCA DE – “idéia de distância/tempo
aproximado”.
Ex.: A casa fica a cerca de cem metros da praia.
Estamos a cerca de dez minutos da praia.
05. HÁ / A – Na indicação de tempo
 HÁ – Indica tempo passado (= fazer).
Ex.: Há anos que nos encontramos.
 A – Preposição, usada para indicar tempo futuro.
Ex.: Viajarei daqui a dois meses.
06. AFIM / A FIM
 AFIM – É adjetivo (igual, semelhante); relaciona-se
com a idéia de afinidade.
Ex.: Eles possuem comportamentos afins.
 A FIM – Surge na locução prepositiva “a fim de”, que
significa “para” e indica idéia de finalidade.
Ex.: Todos estudam a fim de fazer boas provas.
07. AO INVÉS DE / EM VEZ DE
 AO INVÉS DE – “inverso/contrário de”.
Ex.: Ao invés de subir, desceu rapidamente.
 EM VEZ DE – “no lugar de”.
Ex.: Em vez de jogar tênis, preferimos futebol.
08. EM PRINCÍPIO / A PRINCÍPIO
 EM PRINCÍPIO – “= em geral”.
Ex.: Em princípio, concordo com tudo isso.
 A PRINCÍPIO – “= no início”.
Ex.: A princípio, eu lecionava inglês; agora, leciono
espanhol.
09. AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A
 AO ENCONTRO DE – Favorável, “aproximar-se de”.
Ex.: Quando a viu, foi rápido ao seu encontro.
Sua opinião veio ao encontro da minha.
 DE ENCONTRO A – Indica oposição, choque,
colisão.
Ex.: O caminhão foi de encontro ao muro.
10. SENÃO / SE NÃO
 SE NÃO – Usado equivalendo a caso não.
Ex.: Se não chover amanhã, iremos à praia.
Esperarei um pouco; se não vier, irei embora.
 SENÃO – Usado equivalendo a:
* do contrário
Ex.: Desça daí, senão vai cair.
* a não ser
Ex.: Não faz outra coisa senão reclamar.
* mas sim
Ex.: Não tive o intuito de exigir, senão de pedir.
EXERCÍCIOS
01. Entre as opções abaixo, somente uma
completa corretamente as lacunas apresen-
tadasa seguir. Assinale-a: Na cidade carente,
os .......... resolveram .......... seus direitos,
fazendo um .......... assustador.
(A) mendingos; reivindicar; rebuliço
(B) mindigos; reinvidicar, rebuliço
(C) mindigos; reivindicar, reboliço
(D) mendigos; reivindicar, rebuliço
(E) mendigos; reivindicar, reboliço
02. Foram insuficientesas....... apresentadas, .......
de se esclarecerem os ...... .
(A) escusas - a fim - mal-entendidos
(B) excusas - afim - mal-entendidos
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(C) excusas - a fim - malentendidos
(D) excusas - afim - malentendidos
(E) escusas - afim - mal-entendidos
03. Só não se completa com z:
(A) repre( )ar
(B) pra( )o
(C) bali( )a
(D) abali( )ado
(E) despre( )ar
04. ___________ ninguém compareceu? Ninguém
sabe o motivo_________ ele não compareceu.
(A) Porquê – por quê
(B) Por que – por que
(C) Por que – porque
(D) Por quê – por quê
(E) Porque – porque
05. Não fui ao baile ___________ não sabia. Se
soubesse teria ido ___________ gosto de
festa. Como não me avisaram fui ao cinema, e
todos sabem que fui ________ gosto
(A) Porquê - por quê – porquê
(B) porque - por que – porquê
(C) porque - por quê – porquê
(D) Porquê - por que – porquê
(E) Porque - porque – porque
06. Ainda não sei _______________ gosto de
música. Compro CD e gostaria de saber
____________________ compro sempre.
(A) Porquê – por quê
(B) Por que – porque
(C) Porque – porque
(D) Por quê – por quê
(E) Por que – por que
07. Considere o seguinte diálogo:
I. A- Por que você está triste?
II. B- Porque ela me deixou.
III. A- E ela fez isso por quê?
IV. B- Não sei o porquê. Tentei acabar com as
causas da crise por que passávamos.
V. A- Ah! Você se perdeu nos porquês.
Do ponto de vista gramatical, os termos subli-
nhadosestão corretamente empregados em:
(A) IV somente.
(B) I, III e V somente.
(C) II e IV somente.
(D) I, II, III, IV e V.
(E) II e V somente.
08. (FUVEST) Estava ....... a ....... da guerra, poisos
homens ....... nos erros do passado.
(A) eminente, deflagração, incidiram
(B) iminente, deflagração, reincidiram
(C) eminente, conflagração, reincidiram
(D) preste, conflaglação, incidiram
(E) prestes, flagração, recindiram
09. (FUVEST) Indique a alternativa correta:
(A) O ladrão foi apanhado em flagrante.
(B) Ponto é a intercessão de duas linhas.
(C) As despesas de mudança serão vultuosas.
(D) Assistimos a um violenta coalizão de caminhões.
(E) O artigo incerto na Revista das Ciências foi lido
por todos nós.
10. (PUC-MG) "Durante a .......... solene era .......... o
desinteresse do mestre diante da ..........
demonstrada pelo político."
(A) seção - fragrante - incipiência
(B) sessão - flagrante - insipiência
(C) sessão - fragrante - incipiência
(D) cessão - flagrante - incipiência
(E) seção - flagrante - insipiência
11. Se substituirmos a palavra sublinhada pela
palavra entre parênteses não alteramos o
sentido dos enunciados, exceto em:
(A) É o que descrevemos nos cultos de procedência
banto. (proveniência)
(B) Torna-se difícil cindir magia e religião em suas
origens. (fundir)
(C) A forma de magia evocatória confunde-se com o
próprio ritual religioso. (invocatória)
(D) Alguns povos fazem distinção entre o sacerdote e
o feiticeiro clandestino. (escuso)
(E) Em geral, magia e ritual religioso se fusionam.
(amalgamam)
12. Na ...... plenária estudou-se a ...... de direitos
territoriais a ..... .
(A) sessão - cessão - estrangeiros
(B) seção - cessão - estrangeiros
(C) secção - sessão - extrangeiros
(D) sessão - seção - estrangeiros
(E) seção - sessão - estrangeiros
13. Assinale a única alternativa que apresenta
erro no emprego dos "porquês":
(A) Por que insistes no assunto?
(B) O carpinteiro não fez o serviço porque faltou
madeira.
(C) Não revelou porque não quis contribuir.
(D) Ele tentou explicar o porquê da briga.
(E) Ele recusou a indicação não sei por quê.
14. Considerando o uso apropriado do termo
sublinhado, identifique em que sentença do
diálogo abaixo há um erro de grafia:
(A) Por que você não entregou o trabalho ao
professor?
(B) Você quer mesmo saber o porquê?
(C) Claro. A verdade é o princípio por que me
oriento.
(D) Pois, acredite, eu não sei porque fiz isso.
(E) Você está mentindo. Por quê?
15.
- .......... me julgas indiferente? - .......... tenho meu
ponto de vista.
- E não o revelas ..........? - Nem sei o .......... .
Assinale a alternativa que preenche
adequadamente as lacunas:
(A) Por que, Porque, por que, por quê
(B) Por que, Porque, por quê, porquê
(C) Porque, Por que, porque, por quê
(D) Por quê, Porque, por que, porquê
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(E) Porque, Porque, por quê, por quê
16. Assinale a frase gramaticalmente correta:
(A) Não sei por que discutimos.
(B) Ele não veio por que estava doente.
(C) Mas porque não veio ontem?
(D) Não respondi porquê não sabia.
(E) Eis o porque da minha viagem.
17. Indique a letra na qual as palavras comple-
mentam, corretamente, os espaços das frases
abaixo:
1. Quem possui deficiência auditiva não consegue
.......... os sons com nitidez.
2. Hoje são muitos os governos que passaram a
combater o .......... de entorpecentes com rigor.
3. O Diretor do presídio .......... pesado castigo aos
prisioneiros revoltosos.
(A) discriminar - tráfico - infligiu
(B) discriminar - tráfico - infringiu
(C) descriminar - tráfego - infringiu
(D) descriminar - tráfego - infligiu
(E) descriminar - tráfico - infringiu
18. A grafia da palavra sublinhada está incorreta
na alternativa:
(A) Ele tomou um analgésico, porque estava com dor
de cabeça.
(B) O Governo prometeu acabar com todos os
previlégios.
(C) Precisamos comprar uma bússola para a
excursão.
(D) Depois dos cumprimentos, ele pôde sentar-se.
(E) Apesar de jovem, teve um enfarte fulminante.
19. Tristeza é substantivo derivado de triste. Por
isso, escreve-se com "z". Não segue o mesmo
processo:
(A) beleza (D) riqueza
(B) pobreza (E) princeza
(C) lindeza
20. No último .......... da orquestra sinfônica, houve
.......... entre osconvidados, apesar de ser uma
festa .......... .
(A) conserto - flagrantes descriminações –
beneficente
(B) concerto - fragrantes discriminações -
beneficiente
(C) conserto - flagrantes descriminações -
beneficiente
(D) concerto - fragrantes discriminações - beneficente
(E) concerto - flagrantes discriminações – beneficente
3. PADRÃO ESCRITO / NÍVEL CULTO
Semântica
Parte da gramática que trata do estudo do
significado das palavras, seja esse literal ou mesmo
contextual.
1. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Sentidos Real e Figurado
 CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO
 Conotação – Sentido figurado, metafórico.
Ex.: Ana é uma gata.
 Denotação – Sentido real, dicionarizado.
Ex.: Répteis são animais vertebrados.
 SINONÍMIA E ANTONÍMIA
 Sinônimos - Palavras de significados semelhan-tes.
Ex.: Cláudia é muito generosa / bondosa.
 Antônimos - Palavras de significados opostos.
Ex.: Muitos alunos foram bem / mal nas provas.
 HIPERONÍMIA
Hiperônima é a palavra que possui um sentido
mais geral, com relação a outras de sentido mais
específico. (contrário = hipônima)
Ex: peixe é hiperônimo de sardinha, atum, cação;
 PARONÍMIA
Palavras que possuem significados diferentes,
mas são muito parecidas no som e na escrita.
ALGUNS PARÔNIMOS
1. Absolver (perdoar)
Absorver (sorver)
2. Descrição (ato de relatar)
Discrição (ser discreto)
3. Acostumar (contrair hábito)
Costumar (ter por hábito)
4. Descriminar (inocentar)
Discriminar (distinguir)
5. Despensa (p/ mantimentos)
Dispensa (licença)
6. Aprender (instruir-se)
Apreender (assimilar)
7. Eminente (célebre)
Iminente (próximo)
8. Cavaleiro (h. a cavalo)
Cavalheiro (h. educado)
9. Flagrante (evidente)
Fragrante (perfumado)
10. Deferir(atender)
Diferir (ser diferente)
11. Infligir (aplicar castigo)
Infringir (violar)
12. Ratificar (confirmar)
Gabarito
1. D 2. A 3. A 4. B 5. E
6. E 7. D 8. B 9. A 10.B
11. B 12. A 13. C 14. D 15. B
16. A 17. A 18. B 19. E 21. E
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Retificar (corrigir)
 HOMONÍMIA
 Homógrafos - Mesma grafia, mas sons diferentes.
Ex.: O começo da aula foi tranqüilo.
(ê - substantivo)
Eu começo a entender esse tema.
(é - verbo).
 Homófonos - Possuem o mesmo som, mas grafias
diferentes.
Ex.: Fomos ao concerto, ontem à noite (música)
Mariana fez um conserto em sua sala. (reparo)
 Homônimos Perfeitos - Têm a mesma grafia e o
mesmo som.
Ex.: Eu cedo os livros para os alunos. (verbo)
Bianca levantou cedo hoje. (adv. de tempo)
ALGUNS HOMÔNIMOS
1. Acender (pôr fogo)
Ascender (subir)
2. Acento (sinal gráfico)
Assento(lugar de sentar-se)
3. Aço (metal)
Asso (verbo)
4. Banco (assento)
Banco (relac. a finanças)
5. Caçar (pegar animais)
Cassar (anular)
6. Cela (pequeno quarto)
Sela (arreio)
Sela (verbo)
7. Censo (recenseamento)
Senso (juízo)
8. Concerto (musical)
Conserto (reparo/verbo)
9. Coser (costurar)
Cozer (cozinhar)
10. Ruço (desbotado)
Russo (da Rússia)
11. Espiar (observar)
Expiar (sofrer castigo)
12. Sexta (numeral ordinal /
redução de sexta- feira)
Cesta (recipiente)
Sesta (descanso, após
o almoço)
13. Cerrar (fechar)
Serrar (cortar)
 CAMPO LEXICAL E CAMPO SEMÂNTICO
1) Campo lexical – é constituído por palavras que se
relacionam entre si, designando referentes que cabem
numa área particular da realidade. São palavras que
poderiam “conviver”, “coexistir” num mesmo contexto.
Ex: cão, galinha, vaca, peru, porco, pato.
2) Campo semântico – diz respeito às diferentes
acepções que uma mesma palavra pode assumir em
contextos diferentes.
Ex: A palavra são indicando:
um estado de saúde (Rodrigo está são hoje);
verbo ser (Vocês são demais!)
Indicando santo (São Jorge)
EXERCÍCIOS
Preencha as lacunas com um dos termos entre
parênteses:
01. Em tempos de crise, é necessário ________ a
despensa de alimentos. (sortir - surtir)
02. Os direitos de cidadania do rapaz foram
________ pelo governo. (caçados - cassados)
03. O __________ dos senadores é de oito anos.
(mandado-mandato)
04. A Marechal Rondon estava coberta pela
__________ (cerração - serração)
05. César não teve __________ de justiça. (censo -
senso)
06. Todos os __________ haviam sido ocupados.
(acentos-assentos)
07. Devemos uma __________ quantia ao banco.
(vultosa - vultuosa)
08. A próxima __________ começará atrasada.
(seção - sessão)
09. __________ -.se, mas havia hostilidade entre
eles. (cumprimentaram - comprimentaram)
10. Na ________________ das avenidas, houve uma
colisão. (intersecção - intercessão)
11. O __________ no final do dia estava insuportável.
(tráfego - tráfico)
12. O marido entrou vagarosamente e passou
__________ (despercebido - desapercebido)
13. Você não pode __________ as leis. (infligir -
infringir)
14. Após o bombardeio, o navio atingido __________
(emergiu- imergiu)
15. Vários __________ japoneses chegaram a São
Paulo nas primeiras décadas do século.
(emigrantes - imigrantes)
16. Não há __________ de raças naquele país.
(discriminação - descriminação)
17. Após anos de luta, consegui a __________
(dispensa - despensa)
18. A chegada do __________ diplomata era
__________ ( eminente - iminente).
19. O corpo ________________ era formado por
doutores. (docente- discente)
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20. Houve alguns __________ na reunião. (acidentes
- incidentes)
21. Fomos __________ pelos anfitriões. (destratados
- distratados)
22. A __________ dos direitos da emissora foi uma
das tarefas do governo. (seção - cessão)
23. Ali, na __________ de eletrodomésticos, há uma
grande liquidação. (seção - cessão)
24. Ele é um senhor __________ (distinto - destinto)
25. Dei o __________ mate ao gerente, por causa do
__________ sem fundos. (cheque - xeque)
26. A nuvem de gafanhotos __________ a plantação.
(infestou - enfestou)
27. Joana realizou um belo __________ com o seu
piano. (conserto - concerto)
28. Todos eles __________ o prazer da bela melodia.
(fruem - fluem)
29. Estava muito __________ para __________
quanto custava aquele aparelho. (apreçar -
apressar)
30. Nas festas de São João é comum __________
balões e vê-los __________ (ascender - acender)
31. As pessoas foram recolhidas a suas __________
(celas - selas)
32. Segui a __________ médica, mas não obtive
resultados. (proscrição - prescrição)
33. Alguns modelos __________ serão vendidos.
(recreados - recriados)
34. A bandeira de São Paulo tem __________ pretas.
(listas - listras)
35. Para passar, precisava __________ as lições.
(apreender - aprender)
36. O réu __________ suas culpas. (expiará -
espiará)
37. Encontrei uma carteira com __________ de cem
dólares. (cédulas - sédulas)
38. Iremos à __________ para lermos deliciosa
__________ medieval. (xácara - chácara)
39. Na hora da __________, os mexicanos dormem.
(cesta-sesta)
40. Percebe-se que ele ainda é meio __________,
pois não tem prática de comércio. (incipiente -
insipiente)
GABARITO
1. Sortir
2. cassados
3. mandato
4. cerração
5. senso
6. assentos
7. vultosa
8. sessão
9. cumprimentaram
10. intersecção
11. tráfego
12. despercebido
13. infringir
14. imergiu
15. imigrantes
16. discriminação
17. dispensa
18. eminente / iminente
19. docente
20. incidentes
21. destratados
22. cessão
23. seção
24. distinto
25. xeque / cheque
26. infestou
27. concerto
28. fruem
29. apressado / apreçar
30. acender / ascender
31. celas
32. prescrição
33. recriados
34. listras
35. aprender
36. expiará
37. cédulas
38. chácara / xácara
39. sesta
40. incipiente
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4. NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
MUDANÇAS NO ALFABETO
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas
as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y
Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham
desaparecido da maioria dos dicionários da nossa
língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de
medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W
(watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros
(e seus derivados): show, playboy,
playground, windsurf, kung fu, yin, yang,
William, kaiser, Kafka, kafkiano.
TREMA
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a
letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos
grupos gue, gui, que, qui.
Como era Como fica
agüentar aguentar
lingüeta lingueta
lingüiça linguiça
qüinqüênio quinquênio
sagüi sagui
seqüência sequência
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras
estrangeiras e em suas derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano.
MUDANÇAS NAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e
ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento
tônico na penúltima sílaba).
Como era Como fica
andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
bóia boia
estréia estreia
estréio (verbo estrear) estreio
heróico heroico
idéia ideia
Atenção: essa regra é válida somente para palavras
paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as
palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis.
Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o
acento no i e no u tônicos quando vierem depois de
um ditongo.
Como era Como fica
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
cauíla cauila
feiúra feiura
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u
estiverem em posição final (ou seguidos de s), o
acento permanece.
Ex: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas
em êem e ôo(s).
Como era Como fica
abençôo abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
dôo (verbo doar) doo
enjôo enjoo
lêem (verbo ler) leem
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vêem (verbo ver) veem
vôos voos
zôo zoo
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os
pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s),
pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era Como fica
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo.
Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos.
Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra. Comi uma pera.
Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito
perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a
pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas
hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é
verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por
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mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular
do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus
derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir,
advir etc.).
Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos
estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em
todas as aulas.
• É facultativo o uso do acento circunflexo para
diferenciar as palavras forma/ fôrma. Em alguns
casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja
este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das
formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do
presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos
terminados em guar, quar e quir, como aguar,
averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar,
delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias
em algumas formas do presente do indicativo, do
presente do subjuntivo e também do imperativo.
VEJA:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas
formas devem ser acentuadas.
Exemplos:
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua,
enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque,
delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas
deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal
sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais
fortemente que as outras):
Exemplos:
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua,
enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque,
delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a
primeira, aquela com a e i tônicos.
USO DO HÍFEN
Algumas regras do uso do hífen foram
alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda
de matéria controvertida em muitos aspectos, para
facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos
um resumo das regras que orientam o uso do hífen
com os prefixos mais comuns, assim como as novas
orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso
do hífen em palavras formadas por prefixos ou por
elementos que podem funcionar como prefixos, como:
aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto,
circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro,
hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo,
pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi,
sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de
palavra iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano
perde o h).
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em
vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo
elemento.
Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o
segundo elemento, mesmo quando este se inicia por
o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar,
cooperação, cooptar, coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em
vogal e o segundo elemento começa por consoante
diferente de r ou s.
Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
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autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno
Atenção: com o prefi xo vice, usa-se sempre o hífen.
Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em
vogal e o segundo elemento começa por r ou s.
Nesse caso, duplicam-se essas letras.
Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente.
Ultrassom
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen
se o segundo elemento começar pela mesma vogal.
Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-infl acionário
anti-infl amatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o
hífen se o segundo elemento começar pela mesma
consoante.
Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico
Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal,
superinteressante, superproteção.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de
palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante
de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-
navegação, pan-americano etc.
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se
usa o hífen se o segundo elemento começar por
vogal.
Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós,
pré, pró, usa-se sempre o hífen.
Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-
guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais
palavras que ocasionalmente se combinam, formando
não propriamente vocábulos, mas encadeamentos
vocabulares.
Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que
perderam a noção de composição.
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Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição
de uma palavra ou combinação de palavras coincidir
com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.
Exemplos:
Na cidade, conta-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-alunos.
EXERCÍCIOS
01. Identifique a alternativa em que há um
vocábulo cuja grafia não atende ao previsto no
Acordo Ortográfico:
(A) aguentar – tranquilidade – delinquente – arguir –
averiguemos;
(B) cinquenta – aguemos – linguística – equestre –
eloquentemente;
(C) apaziguei – frequência – arguição – delinquência
– sequestro;
(D) averiguei – inconsequente – bilíngue – linguiça –
quinquênio;
(E) sequência – redargüimos – lingueta –
frequentemente – bilíngue.
02. Assinale a opção em que figura uma forma
verbal grafada, consoante a nova ortografia,
erroneamente:
(A) verbo ter:
Tem detém contém mantém retém
Têm detêm contêm mantêm retêm
(B) verbo vir:
Vem advém convém intervém provém
Vêm advêm convêm intervêm provêm
(C) verbos ler e crer:
Lê relê crê descrê
Leem releem creem descreem
(D) verbos dar e ver:
Dê desdê vê revê provê
Deem desdeem veem reveem provêm
(E) verbos derivados de ter:
abstém atém obtém entretém
abstêm atêm obtêm entretêm
03. Identifique a alternativa em que um dos
vocábulos, segundo o Acordo Ortográfico,
recebeu indevidamente acento gráfico:
(A) céu – réu – véu;
(B) chapéu – ilhéu – incréu;
(C) anéis – fiéis – réis;
(D) mói – herói – jóia;
(E) anzóis – faróis – lençóis.
04. As sequências abaixo contêm paroxítonas
que, segundo determinada regra do Acordo
Ortográfico, não são acentuadas. Deduza qual
é essa regra e assinale a alternativa a que ela
não se aplica:
(A) aldeia – baleia – lampreia – sereia;
(B) flavonoide – heroico – reumatoide – prosopopeia;
(C) apoia – corticoide – jiboia – tipoia;
(D) assembleia – ideia – ateia – boleia;
(E) Crimeia – Eneias – Leia – Cleia.
05. Identifique a opção em que todas as palavras
compostas estão grafadas de acordo com as
novas regras:
(A) anti-higiênico – antiinflamatório – antiácido –
antioxidante – anti-colonial – antirradiação –
antissocial;
(B) anti-higiênico – anti-inflamatório – antiácido –
antioxidante – anticolonial – antiradiação – anti-
social;
(C) anti-higiênico – anti-inflamatório – antiácido –
antioxidante – anticolonial – antirradiação –
antissocial;
(D) anti-higiênico – anti-inflamatório – anti-ácido –
anti-oxidante – anticolonial – antirradiação –
antissocial;
(E) anti-higiênico – anti-inflamatório – anti-ácido –
anti-oxidante – anti-colonial – antirradiação –
antissocial.
06. O uso do acento diferencial, consoante as
novas regras, é facultativo nos seguintes
casos, exceto em:
(A) fôrma (significando molde)
(B) pôde (no pretérito perfeito do indicativo);
(C) cantámos (no pretérito perfeito do indicativo);
(D) amámos (no pretérito perfeito do indicativo);
(E) dêmos (no presente do subjuntivo).
07. Identifique a alternativa em que todas as
palavrascompostasestão grafadasde acordo
com as novas regras:
(A) miniquadro – minissubmarino – minirretrospectiva
– mini-saia;
(B) sub-bibliotecário – sub-humano – sub-hepático –
sub-região;
(C) infra-assinado – infra-estrutura – infra-hepático –
infravermelho;
(D) hiperácido – hiperespaço – hiper-humano –
hiperrealista;
(E) contra-acusação – contra-indicação –
contraespionagem – contra-harmônico.
Gabarito
1. E 2. D 3. D 4. A 5. C
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6. B 7. B
5. PADRÃO ESCRITO / NÍVEL CULTO
Acentuação Gráfica
REGRAS GERAIS
01. PROPAROXÍTONAS
 Acentuam-se todas.
Ex.: mágico, antípoda, cânfora
02. PAROXÍTONAS
 Acentuam-se as terminadas em: ã (s), ão (s); ei (s),
en; i(s); om, ons; us, um, uns; ditongo oral (crescente
ou decrescente) seguido ou não de S; ps; RouXiNoL
Ex.: ímã(s), órgão(s); pônei (s), hífen; júri, lápis;
iândom, íons; bônus, álbum (uns); série(s), jóquei(s);
bíceps; éter, látex, próton, cônsul.
 Não se acentuam:
 Vocábulos terminados com em, ens:
Ex.: nuvem, homens
 Os prefixos paroxítonos terminados em i e r:
Ex.: anti, semi, super, inter
03. OXÍTONAS E MONOSSÍLABOS
 Acentuam-se vocábulos e monossílabos tônicos
terminados em A, E, O (S), mesmo seguidos de LO
(S), LA (S).
Ex.: pá(s), café(s), jiló(s);
cantá-la(s), fazê-la(s), pô-lo(s)
 Acentuam-se vocábulos terminados por -em, -ens
(com duas ou mais sílabas)
Ex.: armazém, parabéns
Observação: Não se acentuam as oxítonas
terminadas em u(s) ou i(s) Ex.: caju, tupi
04. HIATOS
 Acentuam-se:
 U / I (tônicos)  Quando vierem sozinhos na sílaba
ou seguidos de “S”.1
Ex.: car-na-ú-ba, a-ça-í, ba-ús, pa-ís
 Observações:
1) Não se acentuam, portanto, vocábulos como:
ra-i-nha (diante de NH), ra-iz, flu-ir (diante de
consoante que não seja o S), xi-i-ta (hiato i
seguido de vogal idêntica).
2) Palavras como ál-co-ol, al-co-ó-la-tra são
acentuadas por outra regra (ambas são
proparoxítonas), mesmo o acento gráfico tendo
aparecido em posições diferentes.
3) Os verbos TER e VIR não dobram a letra nas
formas plurais, mas recebem acento diferencial.
Ex.: tem (sing.) / têm (pl.); vem (sing.) / vêm (pl.)
contém (sing.) / contêm (pl.);
convém (sing.) / convêm (pl.)
05. OUTROS SINAIS GRÁFICOS
 Acento grave  Indica a crase (aa)
Ex.: Fomos a a biblioteca. (Fomos à biblioteca)
 Til  Indica nasalidade de a e o.
Ex.: cãibra, propõe
 Cedilha  Representa o som /se/ (ç)
Ex.: caiçara, paçoca
 Apóstrofo  Indica a supressão de um fonema.
Ex.: minh’alma, pingo d’ouro
SÍLABA TÔNICA DE ALGUNS VOCÁBULOS
01. São Oxítonos – cateter, condor, ruim, ureter,
Nobel, mister;
02. São Paroxítonos – avaro, austero, aziago,
ciclope, filantropo, ibero, pudico, juniores, látex,
recorde, rubrica, têxtil, dúplex.
03. São Proparoxítonos – aerólito, ínterim, aríete,
lêvedo, bávaro, crisântemo, monólito, trânsfuga.
 Observação: Há palavras que admitem dupla
pronúncia (prosódia):
 Ajax / Ájax; alópata / alopata; anídrido / anidrido;
 acróbata / acrobata; biópsia / biopsia;
 crisântemo / crisantemo; Dário / Dario;
 Gândavo / Gandavo; hieróglifo / hieroglifo ;
 Madagáscar / Madagascar (mais geral);
 Oceânia /Oceania; ortoépia / ortoepia;
 oxímoro / oximoro; projétil / projetil; réptil/reptil;
 sóror/soror; transístor/transistor; xérox/xerox; etc.
O melhor mesmo é não “chutar”. As dúvidas
quanto à prosódia devem ser resolvidas por meio de
consulta a um bom dicionário.
EXERCÍCIOS
01. À luz de seu magnífico ............-de-sol,
..............., parece uma cidade ............... . (novo
acordo ortográfico – adaptado)
(A) por, Paranavaí, tranquila
(B) por, Paranavai, tranquila
(C) por, Paranavai, tranqüila
(D) pôr, Paranavaí, tranqüila
(E) pôr, Paranavaí, tranquila
02. Por favor, .......... com esse .......... pois
precisamos de .......... . (novo acordo
ortográfico – adaptado)
(A) para, ruído, tranqüilidade
(B) para, ruido, tranquilidade
(C) para, ruído, tranqüilidade
(D) pára, ruido, tranqüilidade
(E) para, ruído, tranquilidade
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03. Terminado o .........., o .......... recebeu ..........
aplausos. (novo acordo ortográfico –
adaptado)
(A) vôo - herói - veemêntes
(B) voo - heroi - veemêntes
(C) vôo - heroi - veementes
(D) voo, herói, veemêntes
(E) voo, herói, veementes
04. Entre as frasesque seguem, a única correta é:
(A) Ele se esqueceu de que? (novo acordo
ortográfico)
(B) Era tão ruím aquele texto, que não deu para
distribui-lo entre os presentes.
(C) Embora devessemos, não fomos excessivos nas
críticas.
(D) O juíz nunca negou-se a atender às reivindica-
ções dos funcionários.
(E) Não sei por que ele mereceria minha consi-
deração.
05. Marque a alternativa correta quanto à divisão
silábica: (novo acordo ortográfico)
(A) fi-a-do, flui-do, ru-im
(B) se-cre-ta-ri-a, ins-tru-ir, né-ctar
(C) co-o-pe-rar, tung-stê-nio, i-guais
(D) cir-cui-to, subs-cre-ver, a-po-te-ose
(E) abs-ces-so, ri-tmo, sub-ju-gar
06. Assinale a frase incorreta quanto à
acentuação gráfica: (novo acordo ortográfico)
(A) A funcionária remeterá os formulários até o início
do próximo mês.
(B) Ninguém poderia prever que a catástrofe traria
tamanho ônus para o país.
(C) Este voo está atrasado; os senhores tem que
embarcar pela ponte aerea e fazer conexão no
Rio para Florianopolis.
(D) O pronunciamento feito pelo diretor na
assembleia revestia-se de caráter inadiável.
(E) Segundo o regulamento em vigor, o órgão
competente tomará as providências cabíveis.
07. Assinale o trecho que apresenta erro de
acentuação gráfica: (novo acordo ortográfico)
(A) Inequivocamente, estudos sociológicos mostram
que, para ser eficaz, o chicote, anátema da
sociedade colonial, não precisava bater sobre as
costas de todos os escravos.
(B) A diferença de ótica entre os díspares
movimentos que reivindicam um mesmo amor à
natureza se enraízam para além das firulas das
discussões político-partidárias.
(C) No âmago do famoso santuário, erguido sob a
égide dos conquistadores, repousam enormes
caixas cilíndricas de oração em forma de mantras,
onde o novel na fé se purifica.
(D) O alvo da diatribe, o fenômeno da reprovação
escolar, é uma tolice inaceitável, mesmo em um
paradígma de educação deficitária em relação
aos menos favorecidos.
(E) Assustada por antigas endemias rurais, a, até
então, álacre sociedade brasileira tem, enfim,
consciência do horror que seria pôr filhos em um
mundo tão inóspito.
08. Assinale a alternativa em que todas as
palavras estejam acentuadas corretamente:
(novo acordo ortográfico)
(A) Quero pôr um ponto final nessa polêmica.
(B) Com desconfiança, apos sua rúbrica em todos os
documentos.
(C) Preferem maçã à pêra.
(D) Lavou o pêlo do animal com sabão comum.
(E) Como bom contador, ele gosta de idéias novas.
09. Assinale o item em que ocorre erro
ortográfico: (novo acordo ortográfico)
(A) ele mantém / eles mantêm
(B) ele dê / eles deem
(C) ela contém / elas contêm
(D) ele vê / eles veem
(E) ele contém / eles contêem
10. Aponte a opção em que as duas palavras são
acentuadas devido à mesma regra: (novo
acordo ortográfico)
(A) saí - dói
(B) relógio - própria
(C) só - sóis
(D) dá - custará
(E) até – pé
11. Assinale a opção em que o vocábulo apresen-
ta ao mesmo tempo um encontro consonantal,
um dígrafo consonantal e um ditongo
fonético:
(A) ninguém
(B) coalhou
(C) iam
(D) nenhum
(E) murcham
12. As silabadas, ou erros de prosódia, são fre-
quentesno uso da língua. Assinale a alterna-
tiva onde não ocorre nenhuma silabada: (novo
acordo ortográfico)
(A) Eis aí um protótipo de rúbrica de um homem
vaidoso.
(B) Para mim a humanidade está dividida em duas
metades: a dos filântropos e a dos misântropos.
(C) Os arquétipos de iberos são mais pudicos que se
pensa.
(D) Nesse ínterim chegou o médico com a contagem
de leucócitos e o resultado da cultura de levêdos.
(E) Ávaro de informações, segui todas as pegadas do
éfebo.
13. Assinale a alternativa em que todas as
palavras estão corretamente grafadas: (novo
acordo ortográfico)
(A) raiz, raízes, sai, apóio, Grajau
(B) carretéis, funis, índio, hífens, atrás
(C) buriti, ápto, âmbar, dificil, almoço
(D) órfão, afável, cândido, caráter, Cristóvão
(E) chapéu, rainha, tatu, fossil, conteúdo
14. Na palavra consequência o acento gráfico se
justifica em função de ser: (novo acordo
ortográfico)
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(A) proparoxítona terminada em ditongo decrescente
(B) paroxítona terminada em ditongo crescente
(C) paroxítona terminada em ditongo decrescente
(D) proparoxítona terminada em ditongo
(E) paroxítona terminada em ditongo nasal
15. Assinale a alternativa incorreta quanto à
acentuação: (novo acordo ortográfico)
(A) Eu pélo o pêlo pelo prazer de pelar.
(B) É macio o pelo do cão.
(C) Comi a pera.
(D) É o polo Norte.
(E) Os professores mandaram pôr este álbum sobre a
mesa.
16. Conforme a numeração, assinale a alternativa
correta no que se refere à acentuação gráfica:
(novo acordo ortográfico)
I - erro II - sede
III - torre IV - almoço
V - governo
(A) nenhuma das alternativas está correta
(B) apenas os números II e III estão corretos
(C) apenas os números II e IV estão corretos
(D) apenas os números IV e V estão corretos
(E) todas as numerações estão corretas
17. Apenasuma dasalternativasabaixo apresenta
erro de acentuação. Assinale-a: (novo acordo
ortográfico)
(A) baú, véu
(B) lêem, vôo
(C) comer, antirrábico
(D) super-homem, órgão
(E) raízes, bênção
18. Todasaspalavrasabaixo obedecem à mesma
regra de acentuação, exceto: (novo acordo
ortográfico)
(A) já
(B) nós
(C) pés
(D) dói
(E) há
19. Assinale a alternativa em que todas as
palavrasestão corretas quanto à acentuação
gráfica: (novo acordo ortográfico)
(A) Grajaú, balaustre, urubús
(B) árduo, língua, raiz
(C) raizes, fúteis, água
(D) heróico, assembléia, côroa
(E) túneis, apôio, equilíbrio
Gabarito
1. E 2. E 3. E 4. E 5. A
6. C 7. D 8. A 9. E 10. B
11. E 12. C 13. D 14. B 15. A
16. E 17. B 18. D 19. B
6. CATEGORIAS GRAMATICAIS
Funcionalidade no Texto
1. CONJUNÇÃO
Une orações ou termos semelhantes
Para se ter um bom domínio sobre o estudo das
conjunções é preciso também estar bastante atento
às relações lógico-discursivas por elas estabelecidas,
através dos processos de coordenação e
subordinação:
 CONJUNÇÕES COORDENATIVAS:
A) CONCLUSIVAS
 Valores semânticos:
conclusão, fechamento, finalização ...
 logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois
(posposto ao verbo), etc.
Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no
concurso.
B) ADITIVAS
 Valores semânticos:
adição, soma, acréscimo ...
 e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda,
como também, etc.
Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.
C) ADVERSATIVAS
 Valores semânticos:
oposição, contraste, adversidade, ressalva ...
 mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no
entanto, etc.
Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.
D) ALTERNATIVAS
 Valores semânticos:
alternância, escolha ou exclusão
 ou...ou; ora...ora; já...já; seja... seja; quer... quer,
não ... nem , etc.
Ex.: Ora estudava, ora trabalhava.
E) EXPLICATIVAS
 Valores semânticos:
explicação, justificativa, motivo, razão ...
 porque, pois (antes do verbo), que, porquanto etc.
Ex.: Vamos indo, que já é tarde.
 CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:
A) TEMPORAIS
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 Valores semânticos:
tempo(ralidade), relação cronológica ...
 logo que, quando, enquanto, até que, antes que,
depois que, desde que, assim que, sempre que etc.
Ex.: Enquanto todos dormiam, eu estudava.
B) CONDICIONAIS
 Valores semânticos:
condição (condicionalidade), pré-requisito, algo
supostamente esperado ...
 Se, caso, desde que, contanto que, exceto se,
salvo se etc.
Ex.: Se você estudar muito, passará nas provas.
C) PROPORCIONAIS
 Valores semânticos:
proporção, proporcionalidade, simultaneidade,
concomitância ...
 à medida que, à proporção que, ao passo que,
quanto mais (ou menos)... mais/menos, tanto mais (ou
menos)... mais/menos etc.
Ex.: À medida que estudava, aprendia o assunto.
D) FINAIS
 Valores semânticos:
finalidade, objetivo, intenção, intuito ...
 a fim de que, para que, que e porque (= para que)
etc.
Ex.: Fez tudo a fim de que passasse nas provas.
E) CAUSAIS
 Valores semânticos:
causa(lidade), motivo, razão ...
 porque, como, uma vez que, visto que, já que,
posto que etc.
Ex.: Já que tu não vais à loja, eu também não irei.
F) CONSECUTIVAS
 Valores semânticos:
conseqüência, resultado, produto ...
 que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho) etc.
Ex.: Falou tanto que ficou rouco.
G) CONCESSIVAS
 Valores semânticos:
concessão, contraste, consentimento, licença,
quebra de expectativa ...
 embora, ainda que, se bem que, mesmo que,
mesmo quando, posto que, apesar de que,
conquanto, não obstante etc.
Ex.: Embora discordasse, aceitei suas condições.
H) CONFORMATIVAS
 Valores semânticos:
conformidade, consonância, igualdade / seme-
lhança, concordância ...
 conforme, como, segundo, consoante [todas com o
mesmo valor de “conforme”] etc.
Ex.: Tudo saiu conforme combinamos.
H) COMPARATIVAS
 Valores semânticos:
comparação, analogia, paralelo, ...
 como, mais...do que, menos...do que, tão... como,
tanto... quanto ... etc.
Ex.: Ele dorme como um urso. (dorme)
 LOCUÇÕES CONJUNTIVAS: Duas ou mais
palavras empregadas com valor de conjunção.
Ex.: se bem que, a fim de que, ainda que etc.
 Observações:
1) A conjunção e (aditiva) pode aparecer com valor
adversativo.
Ex.: “É ferida que dói e não se sente”.
(= mas) (Camões)
2) A conjunção mas (adversativa) pode aparecer
com valor aditivo.
Ex.: Era um homem trabalhador, mas principal-
mente honesto.
3) A relação de causa-conseqüência é de natureza
sintático-semântica e independe da classificação
sintática do período.
Ex.: Falou tanto | que ficou muito rouco.
causa conseqüência
4) Conjunção Integrante x pronome relativo
 Conjunção Integrante: QUE  “isso / esse (a)”
Ex.: Necessito de que me ajudem.
(=Necessito disso)
Pronome Relativo: QUE  “o (a) (s) qual (is)”
Ex.: O livro que eu li é ótimo. ( que = o qual)
3. ADVÉRBIO
Indica circunstância (circunstante)
Modifica: verbo, adjetivo ou advérbio
 CIRCUNSTÂNCIAS:
Ex.: Saiu com os amigos (companhia).
Conversaremos outro dia. (tempo)
Falava-se sobre a guerra ao terrorismo. (assunto)
 LOCUÇÃO ADVERBIAL: Duas ou mais palavras
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com valor de advérbio.
Ex.: às vezes, às pressas, à direita, à noite, etc.
 FLEXÃO DO ADVÉRBIO:
O advérbio é uma classe invariável em gênero e
número, mas flexiona-se em grau. À semelhança do
adjetivo, admite dois graus: comparativo e superlativo.
Ex.1: Bianca fala tão alto quanto Mariana.
(comparativo de igualdade)
Ele agiu mais / menos rápido (do)que eu.
(comparativo de superioridade / inferioridade)
Ex.2: Jéssica dança muito rápido / rapidíssimo.
(superlativo analítico / sintético)
 OUTRAS CONSIDERAÇÕES:
1) Certos advérbios podem apresentar-se no dimi-
nutivo ou repetidos, mas ambos com valor de
superlativo.
Ex.: Hoje cheguei cedinho. (=muito cedo)
Todos chegaram cedo, cedo.
2) Quando se coordenam vários advérbios termi-
nados em –mente, pode-se usar esse sufixo apenas
no último advérbio.
Ex.: Ela estudava calma, tranqüila e sossega-
damente.
3) Antes de particípios usam-se as formas analíticas:
mais bem, mais mal.
Ex.: Aqueles candidatos estão mais bem (mais mal)
preparados que os outros.
 OPERADORES ARGUMENTATIVOS:
A argumentação faz parte da linguagem na
medida em que desejamos, quando falamos ou
escrevemos, persuadir nosso interlocutor. Existem
palavras que são responsáveis pela sinalização da
argumentação, são os operadores ou marcadores
argumentativos.
O usuário da língua deve se conscientizar do
valor argumentativo dessas marcas para que as
perceba no discurso do outro e as utilize com eficácia
no seu próprio discurso.
Os mais empregados são os seguintes:
Inclusive, até
mesmo, até
mesmo
ao menos
pelo menos
no mínimo
Estabelecem a hierarquia numa
escala, assinalando o elemento
mais forte.
Estabelecem a hierarquia numa
escala, assinalando o elemento o
mais fraco.
e, também,
nem, tanto
…….. como,
não só ........
mas também,
além de,
além disso
Ligam elementos de duas ou mais
escalas orientadas no mesmo
sentido.
aliás
além do mais
Introduzem um argumento
decisivo.
ainda
já
Marca excesso ou introduz um
argumento a favor.
Indica mudança de estado.
mas, porém,
contudo,
embora, ainda
que, posto que,
apesar de que
Marcam oposição.
isto é, quer
dizer, ou seja,
em outras
palavras
Ajustam, esclarecem a afirmação
anterior.
quase
pouco
apenas
um pouco
Orientam no sentido da afirmação.
Orientam no sentido da negação.
2. SUBSTANTIVO
Dá nome aos seres
6.1  CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO
 Simples: possui um só radical.
Ex.: tempo, sol, terreiro...
 Composto: são formados de mais de um radical.
Ex.: passatempo, girassol, pé-de-moleque...
 Comum: indica um nome comum a todos os seres
de uma espécie.
Ex.: colégio, homem, vegetal...
 Próprio: particulariza um único ser da mesma
espécie.
Ex.: Pernambuco, Cláudia, Brasil...
 Concreto: nomeia seres de existência real ou
imaginária. (de natureza independente)
Ex.: Deus, fada, caneta, Cebolinha...
 Abstrato: designa estados, qualidades, ações e
sensações/sentimentos dos seres. (de natureza
dependente)
Ex.: amor, fome, beleza, viagem, igualdade...
 Primitivo: não tem origem em outra palavra
portuguesa.
Ex.: mar, terra, céu, pedra...
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 Derivado: tem origem em outra palavra portuguesa.
Ex.: marujo, terremoto, pedreiro...
 COLETIVOS: nomeiam agrupamentos de seres da
mesma espécie.
Ex.: biblioteca (de livros), antologia (de trechos de
leitura), banca (de examinadores)...
(Obs.: o coletivo é um substantivo singular, mas com
idéia de plural.)
6.2  FLEXÃO DO SUBSTANTIVO
 FLEXÃO DE GÊNERO:
1) Uniforme (grafia única para masculino e feminino)
 Epiceno: cobra macho / fêmea
 Comum-de-dois: o / a estudante
 Sobrecomum: a criança, o indivíduo
2) Biforme (duas grafias: masculino e feminino)
 Desinenciais: aluno / aluna
 Heterônimos: homem / mulher
 Observações:
1) Substantivo tido como de gênero duvidoso ou
livre: o / a personagem.
2) Gênero aparente: Existem certos substantivos
que, variando de gênero, variam em seu significado.
Por exemplo, o rádio (aparelho receptor) e a rádio
(estação emissora), o capital (dinheiro) e a capital
(cidade), etc.
3) Substantivos de origem grega terminados em
EMA ou OMA são masculinos. Por exemplo: o
axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o
teorema, etc.
 FLEXÃO DE NÚMERO:
1) Substantivos Simples
A) os terminados em vogal, ditongo oral e N fazem o
plural pelo acréscimo de S.
Ex.: troféu  troféus; ímã  ímãs,
elétron  elétrons
 Casos particulares:
 cânon e cânones
 espécimen (espécimens ou especímenes)
hífen (hifens ou hífenes)
pólen (pollens ou pólenes)
B) os terminados em IL fazem o plural de duas
maneiras:
 Quando oxítonos, em IS.
Ex.: canil  canis...
 Quando paroxítonos, em EIS.
Ex.: míssil  mísseis.
 Atenção:
 réptil (répteis) ou reptil (reptis)
projétil (projéteis) ou projetil (projetis)
 mal (males), mel (méis ou meles)
cônsul (cônsules)
C) os terminados em S fazem o plural de duas
maneiras:
 Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
acréscimo de ES.
Ex.: ás  ases, retrós  retroses...
 Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam
invariáveis.
Ex.: o lápis  os lápis; o ônibus  os ônibus...
 Observação: Cais e cós são invariáveis.
D) os terminados em ÃO fazem o plural de três
maneiras.
Ex.: avião  aviões
(a maioria e muitos aumentativos)
alemão  alemães
cidadão  cidadãos
E) os terminados em X:
 Monossílabo – Ex.: fax  os fax ou faxes
 Dissílabo – Ex.: tórax  os tórax (invariáveis)
2) Substantivos Compostos
 NÃO SEPARADOS POR HÍFEN:
Acrescenta-se o -s.
Ex.: pernalongas, pontapés, passatempos
 SEPARADOS POR HÍFEN:
A) Flexionam-se os dois elementos, quando for:
 substantivo + substantivo  couves-flores
 substantivo + adjetivo  amores-perfeitos
 adjetivo + substantivo  gentis-homens
 numeral + substantivo  quintas-feiras
B) Flexiona-se somente o 2º elemento, quando for:
 verbo + substantivo
 guarda-roupas , tira-dúvidas
 palavra invariável + palavra variável
 contra-ataques
 grão, grã e bel seguidos de substantivos
 grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres
 palavras repetidas ou imitativas
 reco-recos
 Observações
1) Se os elementos repetidos forem verbos:
Ex.: corre(s)-corres, pisca(s)-piscas
2) Só devem ir para o plural os elementos repre-
sentados por substantivos, adjetivos e numerais.
Verbos, advérbios e prefixos (co-, ex-, vice- etc.)
ficam invariáveis.
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Éric Santos
 
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  • 1. 1 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês 1. ANÁLISE DE TEXTOS ANÁLISE DE TEXTOS Gêneros e Tipos Textuais Em outras palavras, “Gênero Textual é um concei- to geral que engloba textos com características co- muns em relação à linguagem, ao conteúdo e à estru- tura, utilizados em determinadas situações comunica- cionais, orais ou escritas.” Constituem-se como exem- plos de gêneros: cartas, bulas, e-mails, anúncios, pos- tais, avisos, artigos, requerimentos, editais, crônicas, fábulas, contos, rezas, piadas, receitas, notícias, pro- vérbios, entre muitos outros. Sempre que nos comunicamos por meio de pala- vras, empregamos um gênero. Os textos (orais ou es- critos) constituem gêneros cuja especificidade depen- de da situação de interação verbal, do momento em que ela ocorre e das relações que a envolvem. Os estudos referentes à comunicação agrupam os gêneros textuais por domínio discursivo. Daí encontrarmos vários tipos de domínio discursivo: jor- nalístico, didático, científico, religioso, jurídico etc. As fronteiras entre esses domínios são, em algumas situ- ações comunicativas, meio nebulosas, pois os gene- ros podem ter uma configuração híbrida, circulando por vários domínios. Vejamos agora alguns exemplos de gêneros textu- ais usados no cotidiano e suas respectivas caracterís- ticas gerais:  E-mail – É uma mensagem enviada e recebida atra- vés de um sistema de correio eletrônico. Como é utili- zado em diversas situações comunicacionais, formais ou informais, a linguagem pode variar. Tem a estrutu- ra padrão da carta e, em geral, os parágrafos são cur- tos.  Poema – É a unidade da poesia, em versos com ou sem rima. Esse gênero textual, em geral, apresenta recursos de sonoridade e ritmo, bem como palavras em sentido conotativo e figuras de linguagem. O con- teúdo da composição poética é, em geral, abstrato, expressivo, subjetivo e conotativo.  Fábula – É um gênero textual que transmite um en- sinamento e cujos personagens, em geral, são ani- mais personificados. A linguagem pode ser formal ou informal, tendendo as fábulas modernas ao humor.  Conto – É um gênero textual que apresenta um uni- co conflito, tomado já próximo do seu desfecho. En- cerra uma história com poucos personagens, e tam- bém tempo e espaço reduzidos. A linguagem pode ser formal ou informal.  Charge – É um desenho humorístico, com ou sem legenda ou balão. É a crítica humorística de um fato ou acontecimento específico e aborda temas sociais, econômicos e, sobretudo, políticos.  História em quadrinho – É uma narrativa visual que expressa a língua oral e apresenta um enredo rá- pido, empregando somente imagem ou associando palavra e imagem. ALGUNS EXEMPLOS DE TEXTOS EXPOSITIVOS 1. Instrucional:  Receita Culinária – É um texto instrucional com duas partes: ingredientes e modo de fazer. Pode apresentar título e outras informações (tempo de pré- paro, rendimento, caloria, etc.). A linguagem é clara, objetiva e concisa.  Manual – Sua finalidade é orientar sobre o funcio- namento de um aparelho, regras de um jogo, etc. 2. Informativo:  Notícia – É um gênero textual cujo objetivo é infor- mar ao leitor fatos atuais, com simplicidade, concisão e precisão. A linguagem desse texto jornalístico é for- mal, clara e objetiva.  Reportagem – É um gênero textual que enfoca, de forma abrangente, assuntos e não necessariamente fatos novos. A linguagem desse texto jornalístico é formal, objetiva e direta.  Gráfico – É uma representação gráfica de dados fí- sicos, econômicos e sociais.  Entrevista – É um gênero textual cuja finalidade é obter opiniões de uma pessoa a respeito de um as- sunto e divulgar informações sobre a vida pessoal ou profissional dela. Pode ou não aparecer em textos jornalísticos. 1.1.1. Opinativo / Expressivo:  Editorial – É um gênero textual que expressa a opinião de um jornal ou revista, ou de seus editores, a respeito de um fato noticiado.  Resenha Crítica – Gênero em que se fornecem in- formações e uma análise a respeito de uma produção artística ou científica.  Crônica – É um gênero textual em que se apresen- tam fatos do cotidiano com uma linguagem geralmen- te informal, levando o leitor a refletir.  Carta-argumentativa – Apresenta uma reclamação, uma solicitação, ou ambas, a uma autoridade ou pes- soa responsável.  TIPOS TEXTUAIS As principais bancas examinadoras que elaboram as provas dos grandes concursos públicos no país de- nominam tipologia textual o estudo dos chamados modos de organização discursiva (CARNEIRO, A. D.: 2001). São eles:  Descritivo – Verifica-se um relato detalhado de elementos (seres, objetos, cenas, processos...) em um momento único, identificando-os, localizando-os e qualificando-os.  Narrativo – São narrados fatos reais ou fictícios e apresentados personagens em determinados espaço e tempo.
  • 2. 2 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês  Dissertativo – Defende uma tese, organizando ideias e opiniões com a intenção de convencer o interlocutor sobre um determinado assunto, através de argumentos.  IDENTIFICANDO OS TIPOS TEXTUAIS ... Com base nos textos abaixo, todos construídos a partir da sugestão do famoso quadro “O quarto de Vincent em Arles”, de Van Gogh, identifique a que categoria tipológica pertence cada um: Texto 01 Van Gogh viajou para Paris no final de dezembro e, no início de janeiro, alugou o quarto onde iria morar por um longo tempo. Logo que lhe foi permitido ocu- par o aposento, para lá transportou seus poucos per- tences, especialmente alguns quadros e fotografias. Em seguida, instalou o cavalete de pintura ao pé da janela, por onde entrava a luminosidade necessária e começou imediatamente a pintar, certo do sucesso que, no entanto, iria tardar muito. Texto 02 O quarto estava localizado na parte velha de Paris. Não era grande nem luxuoso, mas tinha tudo aquilo de que o artista necessitava naquele momento de sua vida: uma cama-beliche, duas cadeiras e uma mesa, sobre a qual ficava uma bacia e uma jarra d’ água. Uma grande janela envidraçada iluminava fartamente o aposento, deixando sobre o assoalho de tábua cor- rida um rastro de luz. Nas paredes ao lado da cama havia dois quadros e algumas fotografias que lembra- vam ao pintor a sua origem. Texto 03 O fato de viver longe de casa pode ter contribuído para uma maior disposição artística do pintor. De fato, a história pessoal dos grandes artistas parece relaci- onar certa dose de sofrimento à maior capacidade de produção: assim foi com Camões, Cervantes, Dante e muitos outros. A alegria, ao contrário, parece estéril, não leva derivativos. Van Gogh certamente transpor- tou a saudade e a solidão para as telas que pintou em seu quarto de Paris. Quando produzimos um texto em qualquer gênero discursivo, precisamos decidir se teremos de narrar algum acontecimento, expor ideias, argumen-tar, descrever alguma situação ou cena, dar instru-ções ou ordens. Em cada um desses casos, devemos recorrer a estruturas específicas, características de cada um desses “tipos de composição” dos textos: a narração, a exposição, a argumentação, a descrição e a injunção. Existem textos em que recorremos a mais de um tipo de composição, em função dos objetivos a serem alcançados. Em síntese, os tipos dizem respeito à característica de natureza linguística. Em contos, por exemplo, é muito comum encon- trarmos trechos descritivos e trechos narrativos. Uma carta pessoal, por exemplo, pode apresentar em sua constituição linguística um trecho narrativo, um trecho descritivo e até ser finalizada com um parágrafo de profunda reflexão (texto dissertativo); mas, como gê- nero, é, no todo, uma carta, com as características de um texto que dialoga diretamente com um interlocutor para falar questões pessoais. Uma reportagem de um telejornal também é um gênero textual, pois tem natureza funcional e intera- tiva, comprometida com a informação e com o teles- pectador; mas contém elementos próprios da nar- ração e da descrição, utilizados para que o telespec- tador possa compreender bem a situação enfocada. ANÁLISE DE TEXTOS Compreensão e Interpretação COMPREENSÃO OU INTELECÇÃO DE TEXTO Consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto.  Exemplos de enunciados: “Com base no texto...”, “Pela compreensão global do texto...”, “O autor afirma que...”, entre outros. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito.  Exemplos de enunciados: “O texto possibilita o entendimento de que...”, “A ideia central que perpassa o texto...”, “Infere-se do texto que...” , entre outros. ERROS CAPITAIS NA ANÁLISE DE TEXTOS 1o . Extrapolação – É o fato de se fugir do texto. Ocorre quando se interpreta o que não está escrito. Muitas vezes são fatos reais, mas que não estão expressos no texto. Deve-se ater somente ao que está relatado. 2o . Redução – É o fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a sua totalidade. Deixa-se de considerar o texto como um todo para se ater apenas à parte dele. 3o . Contradição – É o fato de se entender justamente o contrário do que está escrito. É bom que se tome cuidado com algumas palavras, como: “pode”, “deve”, “não”; verbo “ser”; etc. Comentário: No texto 1 (narrativo), o quarto é visto por um narrador em sucessivos momentos de tempo. No texto 2 (descritivo), o observador apreende o mesmo quarto de Van Gogh num determinado momento de tempo, fornecendo dele alguns elementos (não todos), a fim de identificá-lo, localizá-lo e qualificá-lo. Já no texto 3 (dissertativo) ocorre uma discussão atemporalizada sobre a influência da dor na criação artística.
  • 3. 3 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês PRATICANDO UFPE 2008 TEXTO 1 180 milhões de linguistas Os cronistas esportivos não se cansam de repetir o clichê de que o Brasil tem 180 milhões de técnicos. Afinal, qualquer torcedor sabe escalar a seleção melhor do que o Dunga.Qualquer tropeço da esquadra nacional é motivo de críticas acerbas e inflamadas em todas as esquinas do país. E todos – menos o técnico – sabem diagnosticar onde está o erro. Pois cheguei à conclusão de que o Brasil tem 180 milhões de lingüistas.Isso mesmo! Somos 180 milhões de cidadãos que adoram palpitar sobre as línguas em geral e sobre a língua portuguesa em particular. E fazemos isso com a sem-cerimônia e desenvoltura de grandes experts (ou espertos) no assunto. Quando se trata da língua, não é raro ouvirmos os maiores disparates, eivados de preconceito e miopia intelectual, proferidos amiúde em tom solene e professoral por pessoas que às vezes mal têm o ensino fundamental completo. Frases chauvinistas como “o português é a mais bela e perfeita língua do mundo”,“o francês é o idioma da lógica e do equilíbrio” ou “só é possível filosofar em alemão” já se tornaram lugar-comum em discussões do gênero. (...) O pior de tudo é que cidadãos leigos não se intimidam em debater sobre questões de língua com especialistas. (...) É que existe a crença mais ou menos generalizada de que medicina e direito, por exemplo, são matérias de alta especialidade, ao passo que a língua é assunto de domínio público.Afinal,nem todos clinicam ou advogam; mas todos falam.E,portanto, qualquer um sabe “ensinar o padre-nosso ao vigário”. Já ouvi mais de uma vez a afirmação de que o português se originou do grego – ou, pior ainda, do celta ou do fenício. Trata-se de uma tremenda mixórdia de informações desencontradas, entreouvidas aqui e ali, colhidas às vezes de fonte não confiável, ou destorcidas pelos “ruídos da comunicação”. Voltando ao esporte bretão, acredito que os técnicos são uns grandes injustiçados e incompreendidos. Afinal, mesmo quando o time perde, um treinador, que respira futebol 24 horas por dia, deve entender do métier mais do que um torcedor que, muitas vezes, nem sabe chutar uma bola direito. Pois o mesmo vale para a língua: um lingüista é um estudioso que dedica a sua vida a estudar a estrutura, o funcionamento,o processamento cerebral,o uso social e a evolução histórica das línguas com o mesmo rigor teórico e metodológico com que um biólogo estuda a anatomia, a fisiologia e a evolução das espécies, ou o astrônomo estuda os astros e a história do Universo. Só que, assim como ainda há pessoas que acreditam na astrologia mais do que na astronomia, também os curiosos e palpiteiros da linguagem têm mais crédito do que os linguistas. Pobre Dunga! (Aldo Bizzochi. Língua Portuguesa. Ano II, n. 22, agosto de 2207, pp. 56-57. Adaptado.) 02. A unidade do Texto 1 decorre de proce- dimentos de convergência – de idéias e de formas –, como podemos conferir a seguir. (A) O texto, em geral, encerra uma crítica àqueles que, fundamentados apenas em intuições ou análises apressadas, assumem posturas de especialistas. (B) O ponto de vista defendido pelo autor do texto se apóia numa analogia entre representantes de dois campos distintos da atividade social. (C) Pelo desenvolvimento das idéias ao longo do texto, podemos concluir que a figura a quem o autor concede primazia pertence ao âmbito do entretenimento. (D) Em linhas gerais, o autor do texto, mais que o comum das pessoas, se apóia numa visão científica e consistente do fenômeno da linguagem. (E) No final do texto, o autor deixa de fazer analogias e julga o trabalho dos lingüistas sem buscar parâmetros em outros setores da vida acadêmica. 03. Pela análise da composição do Texto 1, chegamos à conclusão de que se trata: (A) de uma narração; há uma sucessão de fatos, em um cenário, com protagonistas e antagonistas bem definidos. (B) de uma descrição, numa perspectiva unilateral; ou seja, apenas um item é, em todo o texto, objeto de consideração. (C) de um texto de comentário, destinado à expo- sição de determinada visão acerca de uma questão social comumente posta em discussão. (D) de um conjunto de instruções, que se propõem a regular o comportamento das pessoas face a uma dada situação. (E) de um texto de natureza argumentativa: em seu desenvolvimento, podem ser vistos pontos de vista e argumentos de sustentação. 04. É possível identificar certas passagens do texto que, por diferentes recursos, o tornam maisexpressivo. A esse propósito, analise os comentários a seguir. (A) Em: “miopia intelectual”, “vive e respira futebol”, o autor recorreu a sentidos literais: em um texto deste gênero, não cabem metáforas e meto- nímias. (B) Em: “ensinar o padre-nosso ao vigário”, há o recurso a uma intertextualidade explícita; o autor apela para os saberes do domínio popular. (C) Em: “grandes experts (ou espertos) no assunto”, há um trocadilho que assenta na proximidade da forma entre os dois termos, embora os sentidos pretendidos sejam bem diferentes. (D) Em: “críticas acerbas e inflamadas em todas as esquinas do país”, há uma hipérbole, ou seja, uma espécie de redundância de sentido (E) Em: “E todos – menos o técnico – sabem diagnosticar onde está o erro”, a afirmação é visivelmente irônica. 05. Os sentidos expressos em um texto decor- rem, entre outros recursos, dos significados das palavras em uso. Analise as indicações, entre parênteses, acerca dos valores semân- ticos de algumas expressões. (A) “fazemos isso com a sem-cerimônia” (parci- mônia, moderação); “cidadãos leigos” (cidadãos afoitos, ousados).
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(A) “Qualquer tropeço da esquadra nacional é motivo de críticas acerbas e inflamadas em todas as esquinas do país”: pode-se constatar nesse trecho uma relação de causa e efeito. (B) “sobre as línguas em geral e sobre a língua portuguesa em particular”: há aqui uma espécie de oposição explicitamente sinalizada. (C) “medicina e direito, por exemplo, são matérias de alta especialidade, ao passo que a língua é assunto de domínio público”: um sentido de oposição põe em articulação as duas afirmações. (D) “mixórdia (...) colhidas às vezes de fonte não confiável, ou destorcidas pelos “ruídos da comunicação”: o conectivo sublinhado expressa um sentido de conclusão. (E) “os curiosos e palpiteiros da linguagem têm mais crédito do que os lingüistas”: a declaração se fundamenta na expressão de uma análise comparativa. 07. Focalizando aspectos mais propriamente lingüísticos do Texto 1, em específico, a concordância verbo-nominal – uma das marcas da norma-padrão – , analise os seguintes enunciados. (A) Cada um dos tropeços da esquadra nacional merecem críticas acerbas e inflamadas. O verbo destacado concorda com o núcleo do sujeito ”tropeços”. (B) Qualquer um dos torcedores sabe “ensinar o padre-nosso ao vigário”. O indefinido no singular, na categoria de sujeito, deixa o verbo também no singular. (C) Trata-se de informações desencontradas. Nesse caso, é facultativo o uso do verbo no singular ou no plural, pois o sujeito está indeterminado. (D) Houveram pessoas que acreditaram na astro- logia mais do que na astronomia. O verbo subli- nhado, com o sentido que atualiza, não aceita flexão. O plural, portanto, contraria a norma- padrão. (E) Se mais pessoas houvessem acreditado na astronomia mais do que na astrologia, os resultados teriam sido outros. O verbo haver, nesse caso, admite flexão, pois funciona como verbo auxiliar do verbo principal acreditar. 08. Em um texto, encontramos, por vezes, trechos bem mais complexos, do ponto de vista das informações que relacionam. Analise, por exemplo, o trecho seguinte: Afinal (1), mesmo quando o time perde (2), um treinador, que respira futebol 24 horaspor dia, (3) deve entender do métier mais do que um torcedor (4) que, muitas vezes, nem sabe chutar uma bola direito (5). Considere as considerações que são feitas a seguir. (A) Em: Afinal (1), pode-se ver o propósito do autor de anunciar uma idéia conclusiva. (B) Em: mesmo quando o time perde (2), há, no todo, um sentido de concessão e de tempo. (C) Em: um treinador, que respira futebol 24 horas por dia, (3), o segmento sublinhado é explicativo. (D) Em: “(treinador) deve entender do métier mais do que um torcedor” (4), pode-se perceber uma relação de adição, sinalizada pela expressão em destaque. (E) Em: “(torcedor) que, muitas vezes, nem sabe chutar uma bola direito (5), ocorre, mais uma vez, um segmento explicativo. UFPE 2008 (Assistente em Administração) TEXTO 1 A LÍNGUA BRASILEIRA A questão da língua que se fala, a necessidade de nomeá-la, é uma questão necessária e que se coloca impreterivelmente aos sujeitos de uma dada sociedade de uma dada nação. Porque a questão da língua que se fala toca os sujeitos em sua autonomia, em sua identidade, em sua autodeterminação. E assim é com a língua que falamos: falamos a língua portuguesa ou a língua brasileira? Esta é uma questão que se coloca desde os princípios da colonização no Brasil, mas que adquire uma força e um sentido especiais ao longo do século XIX. Durante todo o tempo, naquele período, o imaginário da língua oscilou entre a autonomia e o legado de Portugal. De um lado, algumas vozes defendiam nossa autonomia, propugnando por uma língua nossa, a língua brasileira. De outro, os gramáticos e eruditos consideravam que só podíamos falar uma língua, a língua portuguesa, sendo o resto apenas brasileirismos, tupinismos, escolhos ao lado da língua verdadeira. Temos, assim, em termos de uma língua imaginária, uma língua padrão, apagando- se, silenciando-se o que era mais nosso e que não seguia os padrões: nossa língua brasileira. Assim, em 1823, por ocasião da Assembléia Constituinte, tínhamos pelo menos três formações discursivas: a dos que propugnavam por uma língua brasileira, a dos que se alinhavam do lado de uma língua (padrão) portuguesa e a formação discursiva jurídica, que, professando a lei, decidia pela língua legitimada, a língua portuguesa. Embora no início do século XIX muito se tenha falado da língua brasileira, como a Constituição não foi votada, mas outorgada por D. Pedro, em 1823, decidiu-se que a língua que falamos é a língua portuguesa. E os efeitos desse jogo político, que nos
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É possível ter percepções diferentes quanto à unidade ou diversidade internas do português, confor- me a perspectiva do observador. Quem se concentrar na língua dos escritores e da escola colherá uma sensação de unidade. Quem comparar a língua falada de duas regiões ou grupos sociais não escapará a uma sensação de diversidade, até mesmo de divisão. A diversidade lingüística que o português apre- senta através do seu enorme espaço pluricontinental é, inevitavelmente, muito grande, e certamente vai aumentar com o tempo. Isso contribui para que os lingüistas se achem divididos: alguns acham que, já neste momento, o português de Portugal e o portu- guês do Brasil são línguas diferentes; outros acham que constituem variedades bastante distanciadas dentro de uma mesma língua. Texto disponível em:http://doc.jurispro.net. Acesso em 19/04/2008. Adaptado. 07. Acerca da língua portuguesa, analise o que se afirma a seguir. 1) É falada em quatro continentes. 2) Apresenta diversidades que tendem a diminuir com o passar do tempo. 3) Pode parecer homogênea para quem a observa. 4) É falada por comunidades muito distantes, o que contribui para a sua diversidade. São idéias presentes no Texto 2: (A) 1, 2, 3 e 4. (B) 1, 2 e 3, apenas. (C) 1, 2 e 4, apenas. (D) 1, 3 e 4, apenas. (E) 2, 3 e 4, apenas. 08. No último parágrafo, o autor do Texto 2 afirma que alguns lingüistas defendem a separação entre o português brasileiro e o europeu, enquanto outros defendem que as diferenças não passam de variedades de uma mesma língua. Assinale o trecho do Texto 1 no qual sua autora claramente revela defender a primeira posição. (A) “E os efeitos desse jogo político, que nos acom- panha desde a aurora do Brasil, nos fazem oscilar sempre entre uma língua outorgada, legado de Portugal, intocável, e uma língua nossa, que falamos em nosso dia-a-dia, a língua brasileira.” (B) “A questão da língua que se fala, a necessidade de nomeá-la, é uma questão necessária e que se coloca impreterivelmente aos sujeitos de uma dada sociedade de uma dada nação.” (C) “Embora no início do século XIX muito se tenha falado da língua brasileira, como a Constituição não foi votada, mas outorgada por D. Pedro, em 1823, decidiu-se que a língua que falamos é a língua portuguesa.” (D) “Durante todo o tempo, naquele período, o imaginário da língua oscilou entre a autonomia e o legado de Portugal. De um lado, algumas vozes fortes defendiam nossa autonomia, propugnando por uma língua nossa, a língua brasileira.” (E) “Embora a cultura escolar se queira, muitas vezes, esclarecedora em sua racionalidade e moderna em sua abertura, acaba sempre se curvando à legitimidade da língua portuguesa.” 09. “O português é a língua que os portugueses, os brasileiros, muitosafricanose alguns Ásia- ticos aprendem no berço”. Analise os termos destacados a seguir, quanto à sua função. 1) Portugal colonizou bastantes nações, por isso a língua portuguesa se espalhou pelo mundo. 2) O português é uma língua falada em territórios separados, de vários continentes. 3) Diversos autores acreditam que o português de Portugal é uma língua diferente da do Brasil. 4) Alguns lingüistas defendem que o português europeu e o brasileiro são bastante diferentes. Têm a mesma função de “muitos” os termos destacados em: (A) 1, 2, 3 e 4. (B) 2, 3 e 4, apenas. (C) 1, 2 e 3, apenas. (D) 2 e 3, apenas. (E) 1 e 4, apenas. 10. Acerca de elementoslingüísticospresentesno Texto 2, analise as afirmações a seguir. 1) “O português é a língua que os portugueses, os brasileiros, muitos africanos e alguns asiáticos aprendem no berço.” – O artigo com que se inicia esse enunciado é obrigatório; sem ele, seu sentido ficaria comprometido. 2) “aprendem no berço, reconhecem como patri- mônio nacional e utilizam como instrumento de comunicação, quer dentro da sua comunidade, quer no relacionamento com as outras comu- nidades lusofalantes.” – Nesse trecho, os termos destacados equivalem a “tanto... quanto”. 3) “Por isso, apresenta grande diversidade interna, consoante as regiões e os grupos que a usam.” – Nesse trecho, o termo sublinhado equivale a “conforme”. Está(ão) correta(s): (A) 1, 2 e 3. (B) 2 e 3, apenas. (C) 1 e 3, apenas. (D) 1 e 2, apenas. (E) 3, apenas.
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A discriminação racial não humilha apenas aqueles que são discriminados. Todos somos vilipendiados, não importando nossa raça, quando alguém sofre discriminação. Votada pelo Congresso, foi promulgada pelo Presidente da República, em 13 de maio de 1997, a Lei n° 9.459. Definiu os “crimes de racismo” e estabeleceu penas para os mesmos. Não bastava que a Constituição tivesse condenado o racismo, embora isso fosse importante. Para que houvesse processo e punição contra os autores de crimes de racismo, era preciso uma lei que definisse tais crimes, em suas diversas modalidades, e que estabelecesse a respectiva pena para cada crime definido. Assim, por exemplo, injuriar alguém recorrendo a elementos referentes à raça, cor, etnia ou origem passou a ser crime mais grave que a injúria comum. Outro avanço significativo foi a sanção e promulgação, pelo Presidente da República, do Estatuto da Igualdade Racial, em 20 de julho de 2010. O Estatuto prevê a criação de programas e medidas específicas para reduzir a desigualdade racial no país. Obriga as escolas a inserirem no currículo o ensino da história da África e da população negra no Brasil. O Estatuto definiu como crime a conduta de dificultar, por preconceito, a promoção funcional de pessoas negras no setor público ou privado. Para esse crime foi cominada pena de até cinco anos de reclusão. Dois presidentes da República, de dois partidos competidores, promulgaram, num lapso de 13 anos (1997 e 2010), duas leis que se completam e guardam absoluta sintonia. Certos princípios suplantam os autores políticos que se encontravam em cena quando o princípio foi consagrado. O eventual titular do Poder passa porque o Poder é, por natureza, passageiro. O princípio, a ideia, a causa permanecem porque a História se constrói através de gerações. João Baptista Herkenhoff. Diário de Pernambuco, 01/04/2012, p.B15. Adaptado. 11. Um tema pode ser abordado a partir de diversas perspectivas. No caso do Texto 1, o racismo é abordado com foco: (A) nos documentos legalmente instituídos que amparam medidas antirracistas. (B) nas celebrações contra o racismo, atualmente bastante disseminadas pelo mundo. (C) nas políticas públicas que, surpreendentemente, ainda apoiam atitudes racistas. (D) no poder presidencial, que ora defende ora condena a discriminação racial. (E) na acirrada luta que se travou no Brasil para que o racismo fosse considerado crime. 12. O Texto 1 provê a informação de que: (A) o forte repúdio ao massacre ocorrido em Johanesburgo em 21 de março de 1960 resultou na promulgação da Lei n° 9.459, no Brasil. (B) embora a Constituição brasileira repudie atos explícitos de racismo, estimula-se aqui o racismo camuflado, que continua a vigorar no país. (C) atos discriminatórios motivados pela raça não se configuram apenas como uma ofensa pessoal, mas têm uma repercussão social mais ampla. (D) nossa Carta Magna não apenas definiu os crimes de racismo em suas diversas modalidades, mas também determinou as penas para eles. (E) o ensino de história da África e da população negra no Brasil passou a ser opcional nas escolas, a partir do Estatuto da Igualdade Racial. 13. Vai de encontro às ideias do Texto 1 a seguinte informação: (A) foi geral a reação contrária à decisão do Exército sul-africano de atirar contra manifestantes negros que protestavam de forma pacífica contra a lei que restringia os locais onde eles podiam circular. (B) a partir da promulgação da Lei n° 9.459, o ato de ofender alguém valendo-se de suas caracte- rísticas raciais ou étnicas passou a ser um crime de maior gravidade que a ofensa comum. (C) com a sanção e promulgação do Estatuto da Igualdade Racial, o Governo pretendeu incentivar a criação de programas e medidas específicas para reduzir a desigualdade racial no país. (D) a partir do Estatuto da Igualdade Racial, corre o risco de enfrentar uma pena de até cinco anos de reclusão a pessoa que, por preconceito, dificultar a promoção funcional de negros no setor público ou privado. (E) a ferrenha disputa existente entre dois presiden- tes da República, de dois partidos competidores, se revela nas contradições que há entre a Lei n° 9.459 e o Estatuto da Igualdade Racial. 14. “No Brasil, o racismo foi rechaçado de forma intransigente.”. O sentido global desse enun- ciado está preservado em: (A) No Brasil, o racismo foi camuflado após muita luta. (B) No Brasil, o racismo foi repelido sem nenhuma tolerância. (C) No Brasil, o racismo foi fomentado de maneira vergonhosa. (D) No Brasil, o racismo foi considerado crime por força de lei. (E) No Brasil, o racismo foi superado de forma definitiva. 15. No que concerne a algumas relações semân- ticas presentes no Texto 1, analise as proposições a seguir. 1) No trecho: “A data foi instituída pela ONU, para expressar a repulsa universal ao massacre ocor- rido em Johanesburgo, na África do Sul, em 21 de março de 1960.”, evidencia-se uma relação de finalidade.
  • 8. 8 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês 2) No trecho: “Não bastava que a Constituição tivesse condenado o racismo, embora isso fosse importante”, o segmento final estabelece uma relação concessiva com o anterior. 3) No trecho: “Para que houvesse processo e punição contra os autores de crimes de racismo, era preciso uma lei que definisse tais crimes, em suas diversas modalidades”, o primeiro segmento é a condição do que se afirma em seguida. 4) O trecho: “O princípio, a ideia, a causa perma- necem porque a História se constrói através de gerações.”, traz uma relação de causalidade. Estão corretas: (A) 2, 3 e 4, apenas. (B) 1, 2 e 3, apenas. (C) 1, 3 e 4, apenas. (D) 1, 2 e 4, apenas. (E) 1, 2, 3 e 4. 16. Tendo em mente as regras da concordância (verbal e nominal), analise os enunciados a seguir. 1) A existência de crimes que envolvem diferenças raciais são intoleráveis em um país civilizado. 2) Precisam ser combatidos com rigor os crimes cujo fundamento são as questões raciais. 3) A maior parte dos brasileiros desconhece que existem tantos crimes raciais. 4) No futuro, certamente haverão novos meios de combater os crimes raciais. Estão de acordo com as recomendações gramaticais os enunciados: (A) 2 e 3, apenas. (B) 1 e 4, apenas. (C) 1 e 3, apenas. (D) 2, 3 e 4, apenas. (E) 1, 2, 3 e 4. 17. “Para que houvesse processo e punição con- tra os autores de crimes de racismo, era pre- ciso uma lei que definisse tais crimes”. O segmento destacado desse trecho foi refor- mulado, de acordo com as proposições a seguir. 1) era preciso uma lei pela qual tais crimes fossem regulados. 2) era preciso uma lei com a qual tais crimes estivessem sujeitos. 3) era preciso uma lei em que tais crimes estivessem vinculados. 4) era preciso uma lei à qual tais crimes estivessem atrelados. As normasda regência estão respeitadas em: (A) 1, 2, 3 e 4. (B) 2, 3 e 4, apenas. (C) 2, apenas. (D) 1 e 3, apenas. (E) 1 e 4, apenas. 18. Assinale a alternativa na qual todas as formas verbais estão corretamente empregadas. (A) Denuncie, sempre que você ver atos discrimi- natórios criminosos. (B) O direito à igualdade entre as raças só foi conquistado quando a lei interveio. (C) Antigamente, era impensável que um negro deposse contra um branco. (D) Líderes visionários preveram a igualdade de direitos entre negros e brancos. (E) A verdade é que os negros nunca se manteram submissos aos brancos. 19. Analise o uso dos sinais de pontuação, nos pares de enunciados apresentados a seguir. 1) - Celebramos há pouco o Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial. - Celebramos, há pouco, o Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial. 2) - Também não se tolera o racismo camuflado, aquele que existe na prática mas tem vergonha de apresentar-se com este nome. - Também não se tolera o racismo camuflado, aquele que existe na prática, mas tem vergonha de apresentar-se com este nome. 3) - Certos princípios suplantam os autores políticos que se encontravam em cena quando o princípio foi consagrado. - Certos princípios suplantam os autores políticos, que se encontravam em cena quando o princípio foi consagrado. 4) - O princípio, a ideia, a causa permanecem porque a História se constrói através de gerações. - O princípio, a ideia, a causa permanecem, porque a História se constrói através de gerações. A alteração da pontuação modificou o sentido global dosenunciados na(s) proposição(ões): (A) 1, 2, 3 e 4. (B) 1 e 4, apenas. (C) 3, apenas. (D) 2 e 4, apenas. (E) 1, 2 e 3, apenas. TEXTO 2 (Imagem disponível em: w w w .racismoadrianaisabella.blogspot.com. Acesso em 15/03/2012.)
  • 9. 9 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês 20. Objetivando transmitir sua mensagem-denún- cia, o autor do Texto 2 estabelece uma relação entre: A) as raças e os coeficientes de inteligência, em nosso país. B) as raças e os níveis de desnutrição infantil, no Brasil. C) as raças e a garantia da assistência à saúde, ao longo da vida. D) as raças e a possibilidade de sucesso em várias áreas. E) as raças, a garantia à saúde e a expectativa de vida. Gabarito 1. D 2. A 3. E 4. B 5. C 6. E 7. D 8. A 9. C 10. B 11. Nula 12. D 13. E 14. C 15. B 16. E 17. A 18. B 19. A 20. D 2. ORTOGRAFIA OFICIAL EMPREGO DOS “PORQUÊS” 01. PORQUE – Conjunção coordenativa explicativa (= pois) ou subordinativa causal. Ex.: Passou, porque estudou muito.(explicação) Porque estava doente, faltou ao trabalho. (causal) 02. PORQUÊ – Usado como substantivo, sinônimo de motivo, razão. Vem sempre precedido por uma pala- vra determinante = artigo, pronome, etc.) Ex.: Não sei o porquê de tanta complicação. (= o motivo / a razão) 03. POR QUE  Nas interrogativas diretas vem anteposto. Ex.: Por que você não estuda com mais empenho?  Quando equivale a “pelo (a)(s) qual (is)” e flexões. Ex.: São muitas as dificuldades por que passamos.  Quando depois dele vier subentendida ou expressa a palavra razão (ou motivo) nas frases interrogativas indiretas. Ex.: Não sei por que você se foi tão depressa. (por que motivo / razão) 04. POR QUÊ – É usado em fim de frase interrogativa ou de oração. Ex.: Você não estuda com mais empenho por quê?  Observação Em final de frase a palavra que deve ser sempre acentuada, por se tratar de um monossílabo tônico terminado em e. Ex.: Está preocupado com quê?/ Medo de quê? OUTRAS EXPRESSÕES 01. ONDE / AONDE  AONDE – Dá idéia de movimento ou aproximação. Usado diante de verbos que indicam movimento. (ir, chegar, dirigir-se, etc.) Ex.: Aonde vais com tanta pressa? Chegamos aonde queríamos.  ONDE – Indica lugar fixo ou onde se passa algo. Ex.: Onde fica aquela loja? Os livros estão onde você queria. 02. MAU / MAL  MAU – É adjetivo ( contrário de BOM ). Ex.: Rodrigo nunca está de mau humor. Ele não é mau aluno.  MAL
  • 10. 10 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês  Advérbio (= “erradamente”; oposto de BEM) Ex.: Nosso time jogou muito mal.  Substantivo (= “doença”, “moléstia”). Ex.: A corrupção é um grande mal.  Conjunção temporal (= “assim que”, “quando”). Ex.: Mal entrou e já foi reclamando de tudo. 03. CESSÃO / SESSÃO / SECÇÃO / SEÇÃO  CESSÃO (= ceder, dar ; doação). Ex.: Ele fez a cessão dos seus direitos autorais.  SESSÃO (= Intervalo de tempo, encontro/ evento). Ex.: O casal viu o filme na sessão das oito.  SECÇÃO ou SEÇÃO (= parte / segmento / subdivisão) Ex.: Visitamos a seção de esportes daquela loja. Fizemos uma secção horizontal no plano geométrico. 04. ACERCA DE / HÁ CERCA DE / CERCA DE / A CERCA DE  ACERCA DE – “sobre”, “a respeito de”. Ex.: Houve uma palestra acerca dos problemas locais.  HÁ CERCA DE – “Indica um período aproximado de tempo já transcorrido”. Ex.: Há cerca de um ano nós chegamos aqui. (=fazer) Há cerca de cem pessoas naquela sala. (=existir)  CERCA DE – “durante, aproximadamente”. Ex.: Cerca de trinta pessoas vieram ao encontro.  A CERCA DE – “idéia de distância/tempo aproximado”. Ex.: A casa fica a cerca de cem metros da praia. Estamos a cerca de dez minutos da praia. 05. HÁ / A – Na indicação de tempo  HÁ – Indica tempo passado (= fazer). Ex.: Há anos que nos encontramos.  A – Preposição, usada para indicar tempo futuro. Ex.: Viajarei daqui a dois meses. 06. AFIM / A FIM  AFIM – É adjetivo (igual, semelhante); relaciona-se com a idéia de afinidade. Ex.: Eles possuem comportamentos afins.  A FIM – Surge na locução prepositiva “a fim de”, que significa “para” e indica idéia de finalidade. Ex.: Todos estudam a fim de fazer boas provas. 07. AO INVÉS DE / EM VEZ DE  AO INVÉS DE – “inverso/contrário de”. Ex.: Ao invés de subir, desceu rapidamente.  EM VEZ DE – “no lugar de”. Ex.: Em vez de jogar tênis, preferimos futebol. 08. EM PRINCÍPIO / A PRINCÍPIO  EM PRINCÍPIO – “= em geral”. Ex.: Em princípio, concordo com tudo isso.  A PRINCÍPIO – “= no início”. Ex.: A princípio, eu lecionava inglês; agora, leciono espanhol. 09. AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A  AO ENCONTRO DE – Favorável, “aproximar-se de”. Ex.: Quando a viu, foi rápido ao seu encontro. Sua opinião veio ao encontro da minha.  DE ENCONTRO A – Indica oposição, choque, colisão. Ex.: O caminhão foi de encontro ao muro. 10. SENÃO / SE NÃO  SE NÃO – Usado equivalendo a caso não. Ex.: Se não chover amanhã, iremos à praia. Esperarei um pouco; se não vier, irei embora.  SENÃO – Usado equivalendo a: * do contrário Ex.: Desça daí, senão vai cair. * a não ser Ex.: Não faz outra coisa senão reclamar. * mas sim Ex.: Não tive o intuito de exigir, senão de pedir. EXERCÍCIOS 01. Entre as opções abaixo, somente uma completa corretamente as lacunas apresen- tadasa seguir. Assinale-a: Na cidade carente, os .......... resolveram .......... seus direitos, fazendo um .......... assustador. (A) mendingos; reivindicar; rebuliço (B) mindigos; reinvidicar, rebuliço (C) mindigos; reivindicar, reboliço (D) mendigos; reivindicar, rebuliço (E) mendigos; reivindicar, reboliço 02. Foram insuficientesas....... apresentadas, ....... de se esclarecerem os ...... . (A) escusas - a fim - mal-entendidos (B) excusas - afim - mal-entendidos
  • 11. 11 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês (C) excusas - a fim - malentendidos (D) excusas - afim - malentendidos (E) escusas - afim - mal-entendidos 03. Só não se completa com z: (A) repre( )ar (B) pra( )o (C) bali( )a (D) abali( )ado (E) despre( )ar 04. ___________ ninguém compareceu? Ninguém sabe o motivo_________ ele não compareceu. (A) Porquê – por quê (B) Por que – por que (C) Por que – porque (D) Por quê – por quê (E) Porque – porque 05. Não fui ao baile ___________ não sabia. Se soubesse teria ido ___________ gosto de festa. Como não me avisaram fui ao cinema, e todos sabem que fui ________ gosto (A) Porquê - por quê – porquê (B) porque - por que – porquê (C) porque - por quê – porquê (D) Porquê - por que – porquê (E) Porque - porque – porque 06. Ainda não sei _______________ gosto de música. Compro CD e gostaria de saber ____________________ compro sempre. (A) Porquê – por quê (B) Por que – porque (C) Porque – porque (D) Por quê – por quê (E) Por que – por que 07. Considere o seguinte diálogo: I. A- Por que você está triste? II. B- Porque ela me deixou. III. A- E ela fez isso por quê? IV. B- Não sei o porquê. Tentei acabar com as causas da crise por que passávamos. V. A- Ah! Você se perdeu nos porquês. Do ponto de vista gramatical, os termos subli- nhadosestão corretamente empregados em: (A) IV somente. (B) I, III e V somente. (C) II e IV somente. (D) I, II, III, IV e V. (E) II e V somente. 08. (FUVEST) Estava ....... a ....... da guerra, poisos homens ....... nos erros do passado. (A) eminente, deflagração, incidiram (B) iminente, deflagração, reincidiram (C) eminente, conflagração, reincidiram (D) preste, conflaglação, incidiram (E) prestes, flagração, recindiram 09. (FUVEST) Indique a alternativa correta: (A) O ladrão foi apanhado em flagrante. (B) Ponto é a intercessão de duas linhas. (C) As despesas de mudança serão vultuosas. (D) Assistimos a um violenta coalizão de caminhões. (E) O artigo incerto na Revista das Ciências foi lido por todos nós. 10. (PUC-MG) "Durante a .......... solene era .......... o desinteresse do mestre diante da .......... demonstrada pelo político." (A) seção - fragrante - incipiência (B) sessão - flagrante - insipiência (C) sessão - fragrante - incipiência (D) cessão - flagrante - incipiência (E) seção - flagrante - insipiência 11. Se substituirmos a palavra sublinhada pela palavra entre parênteses não alteramos o sentido dos enunciados, exceto em: (A) É o que descrevemos nos cultos de procedência banto. (proveniência) (B) Torna-se difícil cindir magia e religião em suas origens. (fundir) (C) A forma de magia evocatória confunde-se com o próprio ritual religioso. (invocatória) (D) Alguns povos fazem distinção entre o sacerdote e o feiticeiro clandestino. (escuso) (E) Em geral, magia e ritual religioso se fusionam. (amalgamam) 12. Na ...... plenária estudou-se a ...... de direitos territoriais a ..... . (A) sessão - cessão - estrangeiros (B) seção - cessão - estrangeiros (C) secção - sessão - extrangeiros (D) sessão - seção - estrangeiros (E) seção - sessão - estrangeiros 13. Assinale a única alternativa que apresenta erro no emprego dos "porquês": (A) Por que insistes no assunto? (B) O carpinteiro não fez o serviço porque faltou madeira. (C) Não revelou porque não quis contribuir. (D) Ele tentou explicar o porquê da briga. (E) Ele recusou a indicação não sei por quê. 14. Considerando o uso apropriado do termo sublinhado, identifique em que sentença do diálogo abaixo há um erro de grafia: (A) Por que você não entregou o trabalho ao professor? (B) Você quer mesmo saber o porquê? (C) Claro. A verdade é o princípio por que me oriento. (D) Pois, acredite, eu não sei porque fiz isso. (E) Você está mentindo. Por quê? 15. - .......... me julgas indiferente? - .......... tenho meu ponto de vista. - E não o revelas ..........? - Nem sei o .......... . Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas: (A) Por que, Porque, por que, por quê (B) Por que, Porque, por quê, porquê (C) Porque, Por que, porque, por quê (D) Por quê, Porque, por que, porquê
  • 12. 12 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês (E) Porque, Porque, por quê, por quê 16. Assinale a frase gramaticalmente correta: (A) Não sei por que discutimos. (B) Ele não veio por que estava doente. (C) Mas porque não veio ontem? (D) Não respondi porquê não sabia. (E) Eis o porque da minha viagem. 17. Indique a letra na qual as palavras comple- mentam, corretamente, os espaços das frases abaixo: 1. Quem possui deficiência auditiva não consegue .......... os sons com nitidez. 2. Hoje são muitos os governos que passaram a combater o .......... de entorpecentes com rigor. 3. O Diretor do presídio .......... pesado castigo aos prisioneiros revoltosos. (A) discriminar - tráfico - infligiu (B) discriminar - tráfico - infringiu (C) descriminar - tráfego - infringiu (D) descriminar - tráfego - infligiu (E) descriminar - tráfico - infringiu 18. A grafia da palavra sublinhada está incorreta na alternativa: (A) Ele tomou um analgésico, porque estava com dor de cabeça. (B) O Governo prometeu acabar com todos os previlégios. (C) Precisamos comprar uma bússola para a excursão. (D) Depois dos cumprimentos, ele pôde sentar-se. (E) Apesar de jovem, teve um enfarte fulminante. 19. Tristeza é substantivo derivado de triste. Por isso, escreve-se com "z". Não segue o mesmo processo: (A) beleza (D) riqueza (B) pobreza (E) princeza (C) lindeza 20. No último .......... da orquestra sinfônica, houve .......... entre osconvidados, apesar de ser uma festa .......... . (A) conserto - flagrantes descriminações – beneficente (B) concerto - fragrantes discriminações - beneficiente (C) conserto - flagrantes descriminações - beneficiente (D) concerto - fragrantes discriminações - beneficente (E) concerto - flagrantes discriminações – beneficente 3. PADRÃO ESCRITO / NÍVEL CULTO Semântica Parte da gramática que trata do estudo do significado das palavras, seja esse literal ou mesmo contextual. 1. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO Sentidos Real e Figurado  CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO  Conotação – Sentido figurado, metafórico. Ex.: Ana é uma gata.  Denotação – Sentido real, dicionarizado. Ex.: Répteis são animais vertebrados.  SINONÍMIA E ANTONÍMIA  Sinônimos - Palavras de significados semelhan-tes. Ex.: Cláudia é muito generosa / bondosa.  Antônimos - Palavras de significados opostos. Ex.: Muitos alunos foram bem / mal nas provas.  HIPERONÍMIA Hiperônima é a palavra que possui um sentido mais geral, com relação a outras de sentido mais específico. (contrário = hipônima) Ex: peixe é hiperônimo de sardinha, atum, cação;  PARONÍMIA Palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas no som e na escrita. ALGUNS PARÔNIMOS 1. Absolver (perdoar) Absorver (sorver) 2. Descrição (ato de relatar) Discrição (ser discreto) 3. Acostumar (contrair hábito) Costumar (ter por hábito) 4. Descriminar (inocentar) Discriminar (distinguir) 5. Despensa (p/ mantimentos) Dispensa (licença) 6. Aprender (instruir-se) Apreender (assimilar) 7. Eminente (célebre) Iminente (próximo) 8. Cavaleiro (h. a cavalo) Cavalheiro (h. educado) 9. Flagrante (evidente) Fragrante (perfumado) 10. Deferir(atender) Diferir (ser diferente) 11. Infligir (aplicar castigo) Infringir (violar) 12. Ratificar (confirmar) Gabarito 1. D 2. A 3. A 4. B 5. E 6. E 7. D 8. B 9. A 10.B 11. B 12. A 13. C 14. D 15. B 16. A 17. A 18. B 19. E 21. E
  • 13. 13 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês Retificar (corrigir)  HOMONÍMIA  Homógrafos - Mesma grafia, mas sons diferentes. Ex.: O começo da aula foi tranqüilo. (ê - substantivo) Eu começo a entender esse tema. (é - verbo).  Homófonos - Possuem o mesmo som, mas grafias diferentes. Ex.: Fomos ao concerto, ontem à noite (música) Mariana fez um conserto em sua sala. (reparo)  Homônimos Perfeitos - Têm a mesma grafia e o mesmo som. Ex.: Eu cedo os livros para os alunos. (verbo) Bianca levantou cedo hoje. (adv. de tempo) ALGUNS HOMÔNIMOS 1. Acender (pôr fogo) Ascender (subir) 2. Acento (sinal gráfico) Assento(lugar de sentar-se) 3. Aço (metal) Asso (verbo) 4. Banco (assento) Banco (relac. a finanças) 5. Caçar (pegar animais) Cassar (anular) 6. Cela (pequeno quarto) Sela (arreio) Sela (verbo) 7. Censo (recenseamento) Senso (juízo) 8. Concerto (musical) Conserto (reparo/verbo) 9. Coser (costurar) Cozer (cozinhar) 10. Ruço (desbotado) Russo (da Rússia) 11. Espiar (observar) Expiar (sofrer castigo) 12. Sexta (numeral ordinal / redução de sexta- feira) Cesta (recipiente) Sesta (descanso, após o almoço) 13. Cerrar (fechar) Serrar (cortar)  CAMPO LEXICAL E CAMPO SEMÂNTICO 1) Campo lexical – é constituído por palavras que se relacionam entre si, designando referentes que cabem numa área particular da realidade. São palavras que poderiam “conviver”, “coexistir” num mesmo contexto. Ex: cão, galinha, vaca, peru, porco, pato. 2) Campo semântico – diz respeito às diferentes acepções que uma mesma palavra pode assumir em contextos diferentes. Ex: A palavra são indicando: um estado de saúde (Rodrigo está são hoje); verbo ser (Vocês são demais!) Indicando santo (São Jorge) EXERCÍCIOS Preencha as lacunas com um dos termos entre parênteses: 01. Em tempos de crise, é necessário ________ a despensa de alimentos. (sortir - surtir) 02. Os direitos de cidadania do rapaz foram ________ pelo governo. (caçados - cassados) 03. O __________ dos senadores é de oito anos. (mandado-mandato) 04. A Marechal Rondon estava coberta pela __________ (cerração - serração) 05. César não teve __________ de justiça. (censo - senso) 06. Todos os __________ haviam sido ocupados. (acentos-assentos) 07. Devemos uma __________ quantia ao banco. (vultosa - vultuosa) 08. A próxima __________ começará atrasada. (seção - sessão) 09. __________ -.se, mas havia hostilidade entre eles. (cumprimentaram - comprimentaram) 10. Na ________________ das avenidas, houve uma colisão. (intersecção - intercessão) 11. O __________ no final do dia estava insuportável. (tráfego - tráfico) 12. O marido entrou vagarosamente e passou __________ (despercebido - desapercebido) 13. Você não pode __________ as leis. (infligir - infringir) 14. Após o bombardeio, o navio atingido __________ (emergiu- imergiu) 15. Vários __________ japoneses chegaram a São Paulo nas primeiras décadas do século. (emigrantes - imigrantes) 16. Não há __________ de raças naquele país. (discriminação - descriminação) 17. Após anos de luta, consegui a __________ (dispensa - despensa) 18. A chegada do __________ diplomata era __________ ( eminente - iminente). 19. O corpo ________________ era formado por doutores. (docente- discente)
  • 14. 14 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês 20. Houve alguns __________ na reunião. (acidentes - incidentes) 21. Fomos __________ pelos anfitriões. (destratados - distratados) 22. A __________ dos direitos da emissora foi uma das tarefas do governo. (seção - cessão) 23. Ali, na __________ de eletrodomésticos, há uma grande liquidação. (seção - cessão) 24. Ele é um senhor __________ (distinto - destinto) 25. Dei o __________ mate ao gerente, por causa do __________ sem fundos. (cheque - xeque) 26. A nuvem de gafanhotos __________ a plantação. (infestou - enfestou) 27. Joana realizou um belo __________ com o seu piano. (conserto - concerto) 28. Todos eles __________ o prazer da bela melodia. (fruem - fluem) 29. Estava muito __________ para __________ quanto custava aquele aparelho. (apreçar - apressar) 30. Nas festas de São João é comum __________ balões e vê-los __________ (ascender - acender) 31. As pessoas foram recolhidas a suas __________ (celas - selas) 32. Segui a __________ médica, mas não obtive resultados. (proscrição - prescrição) 33. Alguns modelos __________ serão vendidos. (recreados - recriados) 34. A bandeira de São Paulo tem __________ pretas. (listas - listras) 35. Para passar, precisava __________ as lições. (apreender - aprender) 36. O réu __________ suas culpas. (expiará - espiará) 37. Encontrei uma carteira com __________ de cem dólares. (cédulas - sédulas) 38. Iremos à __________ para lermos deliciosa __________ medieval. (xácara - chácara) 39. Na hora da __________, os mexicanos dormem. (cesta-sesta) 40. Percebe-se que ele ainda é meio __________, pois não tem prática de comércio. (incipiente - insipiente) GABARITO 1. Sortir 2. cassados 3. mandato 4. cerração 5. senso 6. assentos 7. vultosa 8. sessão 9. cumprimentaram 10. intersecção 11. tráfego 12. despercebido 13. infringir 14. imergiu 15. imigrantes 16. discriminação 17. dispensa 18. eminente / iminente 19. docente 20. incidentes 21. destratados 22. cessão 23. seção 24. distinto 25. xeque / cheque 26. infestou 27. concerto 28. fruem 29. apressado / apreçar 30. acender / ascender 31. celas 32. prescrição 33. recriados 34. listras 35. aprender 36. expiará 37. cédulas 38. chácara / xácara 39. sesta 40. incipiente
  • 15. 15 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês 4. NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO MUDANÇAS NO ALFABETO O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt); b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. TREMA Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Como era Como fica agüentar aguentar lingüeta lingueta lingüiça linguiça qüinqüênio quinquênio sagüi sagui seqüência sequência seqüestro sequestro tranqüilo tranquilo Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano. MUDANÇAS NAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO 1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Como era Como fica andróide androide apóia (verbo apoiar) apoia apóio (verbo apoiar) apoio asteróide asteroide bóia boia estréia estreia estréio (verbo estrear) estreio heróico heroico idéia ideia Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus. 2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Como era Como fica baiúca baiuca bocaiúva bocaiuva cauíla cauila feiúra feiura Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Ex: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). Como era Como fica abençôo abençoo crêem (verbo crer) creem dêem (verbo dar) deem dôo (verbo doar) doo enjôo enjoo lêem (verbo ler) leem magôo (verbo magoar) magoo perdôo (verbo perdoar) perdoo povôo (verbo povoar) povoo vêem (verbo ver) veem vôos voos zôo zoo 4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Como era Como fica Ele pára o carro. Ele para o carro. Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte. Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo. Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos. Comi uma pêra. Comi uma pera. Atenção: • Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. • Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por
  • 16. 16 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês mim. • Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. • É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? 5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir. 6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. VEJA: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: • verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. • verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam. b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): Exemplos: • verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. • verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam. Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos. USO DO HÍFEN Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo. As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc. 1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-higiênico anti-histórico co-herdeiro macro-história mini-hotel proto-história sobre-humano super-homem ultra-humano Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h). 2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial agroindustrial anteontem antiaéreo antieducativo autoaprendizagem autoescola autoestrada autoinstrução coautor coedição extraescolar infraestrutura plurianual semiaberto semianalfabeto semiesférico semiopaco Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. 3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: anteprojeto antipedagógico autopeça
  • 17. 17 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês autoproteção coprodução geopolítica microcomputador pseudoprofessor semicírculo semideus seminovo ultramoderno Atenção: com o prefi xo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc. 4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos: antirrábico antirracismo antirreligioso antirrugas antissocial biorritmo contrarregra contrassenso cosseno infrassom microssistema minissaia multissecular neorrealismo neossimbolista semirreta ultrarresistente. Ultrassom 5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos: anti-ibérico anti-imperialista anti-infl acionário anti-infl amatório auto-observação contra-almirante contra-atacar contra-ataque micro-ondas micro-ônibus semi-internato semi-interno 6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos: hiper-requintado inter-racial inter-regional sub-bibliotecário super-racista super-reacionário super-resistente super-romântico Atenção: • Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção. • Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. • Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum- navegação, pan-americano etc. 7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos: hiperacidez hiperativo interescolar interestadual interestelar interestudantil superamigo superaquecimento supereconômico superexigente superinteressante superotimismo 8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos: além-mar além-túmulo aquém-mar ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente pós-graduação pré-história pré-vestibular pró-europeu recém-casado recém-nascido sem-terra 9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi- guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo. 11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.
  • 18. 18 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês Exemplos: girassol madressilva mandachuva paraquedas paraquedista pontapé 12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: Na cidade, conta-se que ele foi viajar. O diretor recebeu os ex-alunos. EXERCÍCIOS 01. Identifique a alternativa em que há um vocábulo cuja grafia não atende ao previsto no Acordo Ortográfico: (A) aguentar – tranquilidade – delinquente – arguir – averiguemos; (B) cinquenta – aguemos – linguística – equestre – eloquentemente; (C) apaziguei – frequência – arguição – delinquência – sequestro; (D) averiguei – inconsequente – bilíngue – linguiça – quinquênio; (E) sequência – redargüimos – lingueta – frequentemente – bilíngue. 02. Assinale a opção em que figura uma forma verbal grafada, consoante a nova ortografia, erroneamente: (A) verbo ter: Tem detém contém mantém retém Têm detêm contêm mantêm retêm (B) verbo vir: Vem advém convém intervém provém Vêm advêm convêm intervêm provêm (C) verbos ler e crer: Lê relê crê descrê Leem releem creem descreem (D) verbos dar e ver: Dê desdê vê revê provê Deem desdeem veem reveem provêm (E) verbos derivados de ter: abstém atém obtém entretém abstêm atêm obtêm entretêm 03. Identifique a alternativa em que um dos vocábulos, segundo o Acordo Ortográfico, recebeu indevidamente acento gráfico: (A) céu – réu – véu; (B) chapéu – ilhéu – incréu; (C) anéis – fiéis – réis; (D) mói – herói – jóia; (E) anzóis – faróis – lençóis. 04. As sequências abaixo contêm paroxítonas que, segundo determinada regra do Acordo Ortográfico, não são acentuadas. Deduza qual é essa regra e assinale a alternativa a que ela não se aplica: (A) aldeia – baleia – lampreia – sereia; (B) flavonoide – heroico – reumatoide – prosopopeia; (C) apoia – corticoide – jiboia – tipoia; (D) assembleia – ideia – ateia – boleia; (E) Crimeia – Eneias – Leia – Cleia. 05. Identifique a opção em que todas as palavras compostas estão grafadas de acordo com as novas regras: (A) anti-higiênico – antiinflamatório – antiácido – antioxidante – anti-colonial – antirradiação – antissocial; (B) anti-higiênico – anti-inflamatório – antiácido – antioxidante – anticolonial – antiradiação – anti- social; (C) anti-higiênico – anti-inflamatório – antiácido – antioxidante – anticolonial – antirradiação – antissocial; (D) anti-higiênico – anti-inflamatório – anti-ácido – anti-oxidante – anticolonial – antirradiação – antissocial; (E) anti-higiênico – anti-inflamatório – anti-ácido – anti-oxidante – anti-colonial – antirradiação – antissocial. 06. O uso do acento diferencial, consoante as novas regras, é facultativo nos seguintes casos, exceto em: (A) fôrma (significando molde) (B) pôde (no pretérito perfeito do indicativo); (C) cantámos (no pretérito perfeito do indicativo); (D) amámos (no pretérito perfeito do indicativo); (E) dêmos (no presente do subjuntivo). 07. Identifique a alternativa em que todas as palavrascompostasestão grafadasde acordo com as novas regras: (A) miniquadro – minissubmarino – minirretrospectiva – mini-saia; (B) sub-bibliotecário – sub-humano – sub-hepático – sub-região; (C) infra-assinado – infra-estrutura – infra-hepático – infravermelho; (D) hiperácido – hiperespaço – hiper-humano – hiperrealista; (E) contra-acusação – contra-indicação – contraespionagem – contra-harmônico. Gabarito 1. E 2. D 3. D 4. A 5. C
  • 19. 19 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês 6. B 7. B 5. PADRÃO ESCRITO / NÍVEL CULTO Acentuação Gráfica REGRAS GERAIS 01. PROPAROXÍTONAS  Acentuam-se todas. Ex.: mágico, antípoda, cânfora 02. PAROXÍTONAS  Acentuam-se as terminadas em: ã (s), ão (s); ei (s), en; i(s); om, ons; us, um, uns; ditongo oral (crescente ou decrescente) seguido ou não de S; ps; RouXiNoL Ex.: ímã(s), órgão(s); pônei (s), hífen; júri, lápis; iândom, íons; bônus, álbum (uns); série(s), jóquei(s); bíceps; éter, látex, próton, cônsul.  Não se acentuam:  Vocábulos terminados com em, ens: Ex.: nuvem, homens  Os prefixos paroxítonos terminados em i e r: Ex.: anti, semi, super, inter 03. OXÍTONAS E MONOSSÍLABOS  Acentuam-se vocábulos e monossílabos tônicos terminados em A, E, O (S), mesmo seguidos de LO (S), LA (S). Ex.: pá(s), café(s), jiló(s); cantá-la(s), fazê-la(s), pô-lo(s)  Acentuam-se vocábulos terminados por -em, -ens (com duas ou mais sílabas) Ex.: armazém, parabéns Observação: Não se acentuam as oxítonas terminadas em u(s) ou i(s) Ex.: caju, tupi 04. HIATOS  Acentuam-se:  U / I (tônicos)  Quando vierem sozinhos na sílaba ou seguidos de “S”.1 Ex.: car-na-ú-ba, a-ça-í, ba-ús, pa-ís  Observações: 1) Não se acentuam, portanto, vocábulos como: ra-i-nha (diante de NH), ra-iz, flu-ir (diante de consoante que não seja o S), xi-i-ta (hiato i seguido de vogal idêntica). 2) Palavras como ál-co-ol, al-co-ó-la-tra são acentuadas por outra regra (ambas são proparoxítonas), mesmo o acento gráfico tendo aparecido em posições diferentes. 3) Os verbos TER e VIR não dobram a letra nas formas plurais, mas recebem acento diferencial. Ex.: tem (sing.) / têm (pl.); vem (sing.) / vêm (pl.) contém (sing.) / contêm (pl.); convém (sing.) / convêm (pl.) 05. OUTROS SINAIS GRÁFICOS  Acento grave  Indica a crase (aa) Ex.: Fomos a a biblioteca. (Fomos à biblioteca)  Til  Indica nasalidade de a e o. Ex.: cãibra, propõe  Cedilha  Representa o som /se/ (ç) Ex.: caiçara, paçoca  Apóstrofo  Indica a supressão de um fonema. Ex.: minh’alma, pingo d’ouro SÍLABA TÔNICA DE ALGUNS VOCÁBULOS 01. São Oxítonos – cateter, condor, ruim, ureter, Nobel, mister; 02. São Paroxítonos – avaro, austero, aziago, ciclope, filantropo, ibero, pudico, juniores, látex, recorde, rubrica, têxtil, dúplex. 03. São Proparoxítonos – aerólito, ínterim, aríete, lêvedo, bávaro, crisântemo, monólito, trânsfuga.  Observação: Há palavras que admitem dupla pronúncia (prosódia):  Ajax / Ájax; alópata / alopata; anídrido / anidrido;  acróbata / acrobata; biópsia / biopsia;  crisântemo / crisantemo; Dário / Dario;  Gândavo / Gandavo; hieróglifo / hieroglifo ;  Madagáscar / Madagascar (mais geral);  Oceânia /Oceania; ortoépia / ortoepia;  oxímoro / oximoro; projétil / projetil; réptil/reptil;  sóror/soror; transístor/transistor; xérox/xerox; etc. O melhor mesmo é não “chutar”. As dúvidas quanto à prosódia devem ser resolvidas por meio de consulta a um bom dicionário. EXERCÍCIOS 01. À luz de seu magnífico ............-de-sol, ..............., parece uma cidade ............... . (novo acordo ortográfico – adaptado) (A) por, Paranavaí, tranquila (B) por, Paranavai, tranquila (C) por, Paranavai, tranqüila (D) pôr, Paranavaí, tranqüila (E) pôr, Paranavaí, tranquila 02. Por favor, .......... com esse .......... pois precisamos de .......... . (novo acordo ortográfico – adaptado) (A) para, ruído, tranqüilidade (B) para, ruido, tranquilidade (C) para, ruído, tranqüilidade (D) pára, ruido, tranqüilidade (E) para, ruído, tranquilidade
  • 20. 20 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês 03. Terminado o .........., o .......... recebeu .......... aplausos. (novo acordo ortográfico – adaptado) (A) vôo - herói - veemêntes (B) voo - heroi - veemêntes (C) vôo - heroi - veementes (D) voo, herói, veemêntes (E) voo, herói, veementes 04. Entre as frasesque seguem, a única correta é: (A) Ele se esqueceu de que? (novo acordo ortográfico) (B) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo entre os presentes. (C) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas. (D) O juíz nunca negou-se a atender às reivindica- ções dos funcionários. (E) Não sei por que ele mereceria minha consi- deração. 05. Marque a alternativa correta quanto à divisão silábica: (novo acordo ortográfico) (A) fi-a-do, flui-do, ru-im (B) se-cre-ta-ri-a, ins-tru-ir, né-ctar (C) co-o-pe-rar, tung-stê-nio, i-guais (D) cir-cui-to, subs-cre-ver, a-po-te-ose (E) abs-ces-so, ri-tmo, sub-ju-gar 06. Assinale a frase incorreta quanto à acentuação gráfica: (novo acordo ortográfico) (A) A funcionária remeterá os formulários até o início do próximo mês. (B) Ninguém poderia prever que a catástrofe traria tamanho ônus para o país. (C) Este voo está atrasado; os senhores tem que embarcar pela ponte aerea e fazer conexão no Rio para Florianopolis. (D) O pronunciamento feito pelo diretor na assembleia revestia-se de caráter inadiável. (E) Segundo o regulamento em vigor, o órgão competente tomará as providências cabíveis. 07. Assinale o trecho que apresenta erro de acentuação gráfica: (novo acordo ortográfico) (A) Inequivocamente, estudos sociológicos mostram que, para ser eficaz, o chicote, anátema da sociedade colonial, não precisava bater sobre as costas de todos os escravos. (B) A diferença de ótica entre os díspares movimentos que reivindicam um mesmo amor à natureza se enraízam para além das firulas das discussões político-partidárias. (C) No âmago do famoso santuário, erguido sob a égide dos conquistadores, repousam enormes caixas cilíndricas de oração em forma de mantras, onde o novel na fé se purifica. (D) O alvo da diatribe, o fenômeno da reprovação escolar, é uma tolice inaceitável, mesmo em um paradígma de educação deficitária em relação aos menos favorecidos. (E) Assustada por antigas endemias rurais, a, até então, álacre sociedade brasileira tem, enfim, consciência do horror que seria pôr filhos em um mundo tão inóspito. 08. Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam acentuadas corretamente: (novo acordo ortográfico) (A) Quero pôr um ponto final nessa polêmica. (B) Com desconfiança, apos sua rúbrica em todos os documentos. (C) Preferem maçã à pêra. (D) Lavou o pêlo do animal com sabão comum. (E) Como bom contador, ele gosta de idéias novas. 09. Assinale o item em que ocorre erro ortográfico: (novo acordo ortográfico) (A) ele mantém / eles mantêm (B) ele dê / eles deem (C) ela contém / elas contêm (D) ele vê / eles veem (E) ele contém / eles contêem 10. Aponte a opção em que as duas palavras são acentuadas devido à mesma regra: (novo acordo ortográfico) (A) saí - dói (B) relógio - própria (C) só - sóis (D) dá - custará (E) até – pé 11. Assinale a opção em que o vocábulo apresen- ta ao mesmo tempo um encontro consonantal, um dígrafo consonantal e um ditongo fonético: (A) ninguém (B) coalhou (C) iam (D) nenhum (E) murcham 12. As silabadas, ou erros de prosódia, são fre- quentesno uso da língua. Assinale a alterna- tiva onde não ocorre nenhuma silabada: (novo acordo ortográfico) (A) Eis aí um protótipo de rúbrica de um homem vaidoso. (B) Para mim a humanidade está dividida em duas metades: a dos filântropos e a dos misântropos. (C) Os arquétipos de iberos são mais pudicos que se pensa. (D) Nesse ínterim chegou o médico com a contagem de leucócitos e o resultado da cultura de levêdos. (E) Ávaro de informações, segui todas as pegadas do éfebo. 13. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: (novo acordo ortográfico) (A) raiz, raízes, sai, apóio, Grajau (B) carretéis, funis, índio, hífens, atrás (C) buriti, ápto, âmbar, dificil, almoço (D) órfão, afável, cândido, caráter, Cristóvão (E) chapéu, rainha, tatu, fossil, conteúdo 14. Na palavra consequência o acento gráfico se justifica em função de ser: (novo acordo ortográfico)
  • 21. 21 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês (A) proparoxítona terminada em ditongo decrescente (B) paroxítona terminada em ditongo crescente (C) paroxítona terminada em ditongo decrescente (D) proparoxítona terminada em ditongo (E) paroxítona terminada em ditongo nasal 15. Assinale a alternativa incorreta quanto à acentuação: (novo acordo ortográfico) (A) Eu pélo o pêlo pelo prazer de pelar. (B) É macio o pelo do cão. (C) Comi a pera. (D) É o polo Norte. (E) Os professores mandaram pôr este álbum sobre a mesa. 16. Conforme a numeração, assinale a alternativa correta no que se refere à acentuação gráfica: (novo acordo ortográfico) I - erro II - sede III - torre IV - almoço V - governo (A) nenhuma das alternativas está correta (B) apenas os números II e III estão corretos (C) apenas os números II e IV estão corretos (D) apenas os números IV e V estão corretos (E) todas as numerações estão corretas 17. Apenasuma dasalternativasabaixo apresenta erro de acentuação. Assinale-a: (novo acordo ortográfico) (A) baú, véu (B) lêem, vôo (C) comer, antirrábico (D) super-homem, órgão (E) raízes, bênção 18. Todasaspalavrasabaixo obedecem à mesma regra de acentuação, exceto: (novo acordo ortográfico) (A) já (B) nós (C) pés (D) dói (E) há 19. Assinale a alternativa em que todas as palavrasestão corretas quanto à acentuação gráfica: (novo acordo ortográfico) (A) Grajaú, balaustre, urubús (B) árduo, língua, raiz (C) raizes, fúteis, água (D) heróico, assembléia, côroa (E) túneis, apôio, equilíbrio Gabarito 1. E 2. E 3. E 4. E 5. A 6. C 7. D 8. A 9. E 10. B 11. E 12. C 13. D 14. B 15. A 16. E 17. B 18. D 19. B 6. CATEGORIAS GRAMATICAIS Funcionalidade no Texto 1. CONJUNÇÃO Une orações ou termos semelhantes Para se ter um bom domínio sobre o estudo das conjunções é preciso também estar bastante atento às relações lógico-discursivas por elas estabelecidas, através dos processos de coordenação e subordinação:  CONJUNÇÕES COORDENATIVAS: A) CONCLUSIVAS  Valores semânticos: conclusão, fechamento, finalização ...  logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), etc. Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso. B) ADITIVAS  Valores semânticos: adição, soma, acréscimo ...  e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, etc. Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso. C) ADVERSATIVAS  Valores semânticos: oposição, contraste, adversidade, ressalva ...  mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, etc. Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas. D) ALTERNATIVAS  Valores semânticos: alternância, escolha ou exclusão  ou...ou; ora...ora; já...já; seja... seja; quer... quer, não ... nem , etc. Ex.: Ora estudava, ora trabalhava. E) EXPLICATIVAS  Valores semânticos: explicação, justificativa, motivo, razão ...  porque, pois (antes do verbo), que, porquanto etc. Ex.: Vamos indo, que já é tarde.  CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS: A) TEMPORAIS
  • 22. 22 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês  Valores semânticos: tempo(ralidade), relação cronológica ...  logo que, quando, enquanto, até que, antes que, depois que, desde que, assim que, sempre que etc. Ex.: Enquanto todos dormiam, eu estudava. B) CONDICIONAIS  Valores semânticos: condição (condicionalidade), pré-requisito, algo supostamente esperado ...  Se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se etc. Ex.: Se você estudar muito, passará nas provas. C) PROPORCIONAIS  Valores semânticos: proporção, proporcionalidade, simultaneidade, concomitância ...  à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (ou menos)... mais/menos, tanto mais (ou menos)... mais/menos etc. Ex.: À medida que estudava, aprendia o assunto. D) FINAIS  Valores semânticos: finalidade, objetivo, intenção, intuito ...  a fim de que, para que, que e porque (= para que) etc. Ex.: Fez tudo a fim de que passasse nas provas. E) CAUSAIS  Valores semânticos: causa(lidade), motivo, razão ...  porque, como, uma vez que, visto que, já que, posto que etc. Ex.: Já que tu não vais à loja, eu também não irei. F) CONSECUTIVAS  Valores semânticos: conseqüência, resultado, produto ...  que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho) etc. Ex.: Falou tanto que ficou rouco. G) CONCESSIVAS  Valores semânticos: concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa ...  embora, ainda que, se bem que, mesmo que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, não obstante etc. Ex.: Embora discordasse, aceitei suas condições. H) CONFORMATIVAS  Valores semânticos: conformidade, consonância, igualdade / seme- lhança, concordância ...  conforme, como, segundo, consoante [todas com o mesmo valor de “conforme”] etc. Ex.: Tudo saiu conforme combinamos. H) COMPARATIVAS  Valores semânticos: comparação, analogia, paralelo, ...  como, mais...do que, menos...do que, tão... como, tanto... quanto ... etc. Ex.: Ele dorme como um urso. (dorme)  LOCUÇÕES CONJUNTIVAS: Duas ou mais palavras empregadas com valor de conjunção. Ex.: se bem que, a fim de que, ainda que etc.  Observações: 1) A conjunção e (aditiva) pode aparecer com valor adversativo. Ex.: “É ferida que dói e não se sente”. (= mas) (Camões) 2) A conjunção mas (adversativa) pode aparecer com valor aditivo. Ex.: Era um homem trabalhador, mas principal- mente honesto. 3) A relação de causa-conseqüência é de natureza sintático-semântica e independe da classificação sintática do período. Ex.: Falou tanto | que ficou muito rouco. causa conseqüência 4) Conjunção Integrante x pronome relativo  Conjunção Integrante: QUE  “isso / esse (a)” Ex.: Necessito de que me ajudem. (=Necessito disso) Pronome Relativo: QUE  “o (a) (s) qual (is)” Ex.: O livro que eu li é ótimo. ( que = o qual) 3. ADVÉRBIO Indica circunstância (circunstante) Modifica: verbo, adjetivo ou advérbio  CIRCUNSTÂNCIAS: Ex.: Saiu com os amigos (companhia). Conversaremos outro dia. (tempo) Falava-se sobre a guerra ao terrorismo. (assunto)  LOCUÇÃO ADVERBIAL: Duas ou mais palavras
  • 23. 23 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês com valor de advérbio. Ex.: às vezes, às pressas, à direita, à noite, etc.  FLEXÃO DO ADVÉRBIO: O advérbio é uma classe invariável em gênero e número, mas flexiona-se em grau. À semelhança do adjetivo, admite dois graus: comparativo e superlativo. Ex.1: Bianca fala tão alto quanto Mariana. (comparativo de igualdade) Ele agiu mais / menos rápido (do)que eu. (comparativo de superioridade / inferioridade) Ex.2: Jéssica dança muito rápido / rapidíssimo. (superlativo analítico / sintético)  OUTRAS CONSIDERAÇÕES: 1) Certos advérbios podem apresentar-se no dimi- nutivo ou repetidos, mas ambos com valor de superlativo. Ex.: Hoje cheguei cedinho. (=muito cedo) Todos chegaram cedo, cedo. 2) Quando se coordenam vários advérbios termi- nados em –mente, pode-se usar esse sufixo apenas no último advérbio. Ex.: Ela estudava calma, tranqüila e sossega- damente. 3) Antes de particípios usam-se as formas analíticas: mais bem, mais mal. Ex.: Aqueles candidatos estão mais bem (mais mal) preparados que os outros.  OPERADORES ARGUMENTATIVOS: A argumentação faz parte da linguagem na medida em que desejamos, quando falamos ou escrevemos, persuadir nosso interlocutor. Existem palavras que são responsáveis pela sinalização da argumentação, são os operadores ou marcadores argumentativos. O usuário da língua deve se conscientizar do valor argumentativo dessas marcas para que as perceba no discurso do outro e as utilize com eficácia no seu próprio discurso. Os mais empregados são os seguintes: Inclusive, até mesmo, até mesmo ao menos pelo menos no mínimo Estabelecem a hierarquia numa escala, assinalando o elemento mais forte. Estabelecem a hierarquia numa escala, assinalando o elemento o mais fraco. e, também, nem, tanto …….. como, não só ........ mas também, além de, além disso Ligam elementos de duas ou mais escalas orientadas no mesmo sentido. aliás além do mais Introduzem um argumento decisivo. ainda já Marca excesso ou introduz um argumento a favor. Indica mudança de estado. mas, porém, contudo, embora, ainda que, posto que, apesar de que Marcam oposição. isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras Ajustam, esclarecem a afirmação anterior. quase pouco apenas um pouco Orientam no sentido da afirmação. Orientam no sentido da negação. 2. SUBSTANTIVO Dá nome aos seres 6.1  CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO  Simples: possui um só radical. Ex.: tempo, sol, terreiro...  Composto: são formados de mais de um radical. Ex.: passatempo, girassol, pé-de-moleque...  Comum: indica um nome comum a todos os seres de uma espécie. Ex.: colégio, homem, vegetal...  Próprio: particulariza um único ser da mesma espécie. Ex.: Pernambuco, Cláudia, Brasil...  Concreto: nomeia seres de existência real ou imaginária. (de natureza independente) Ex.: Deus, fada, caneta, Cebolinha...  Abstrato: designa estados, qualidades, ações e sensações/sentimentos dos seres. (de natureza dependente) Ex.: amor, fome, beleza, viagem, igualdade...  Primitivo: não tem origem em outra palavra portuguesa. Ex.: mar, terra, céu, pedra...
  • 24. 24 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Tiago Xavier © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ÉticaPortuguês  Derivado: tem origem em outra palavra portuguesa. Ex.: marujo, terremoto, pedreiro...  COLETIVOS: nomeiam agrupamentos de seres da mesma espécie. Ex.: biblioteca (de livros), antologia (de trechos de leitura), banca (de examinadores)... (Obs.: o coletivo é um substantivo singular, mas com idéia de plural.) 6.2  FLEXÃO DO SUBSTANTIVO  FLEXÃO DE GÊNERO: 1) Uniforme (grafia única para masculino e feminino)  Epiceno: cobra macho / fêmea  Comum-de-dois: o / a estudante  Sobrecomum: a criança, o indivíduo 2) Biforme (duas grafias: masculino e feminino)  Desinenciais: aluno / aluna  Heterônimos: homem / mulher  Observações: 1) Substantivo tido como de gênero duvidoso ou livre: o / a personagem. 2) Gênero aparente: Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado. Por exemplo, o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora), o capital (dinheiro) e a capital (cidade), etc. 3) Substantivos de origem grega terminados em EMA ou OMA são masculinos. Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema, etc.  FLEXÃO DE NÚMERO: 1) Substantivos Simples A) os terminados em vogal, ditongo oral e N fazem o plural pelo acréscimo de S. Ex.: troféu  troféus; ímã  ímãs, elétron  elétrons  Casos particulares:  cânon e cânones  espécimen (espécimens ou especímenes) hífen (hifens ou hífenes) pólen (pollens ou pólenes) B) os terminados em IL fazem o plural de duas maneiras:  Quando oxítonos, em IS. Ex.: canil  canis...  Quando paroxítonos, em EIS. Ex.: míssil  mísseis.  Atenção:  réptil (répteis) ou reptil (reptis) projétil (projéteis) ou projetil (projetis)  mal (males), mel (méis ou meles) cônsul (cônsules) C) os terminados em S fazem o plural de duas maneiras:  Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de ES. Ex.: ás  ases, retrós  retroses...  Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis. Ex.: o lápis  os lápis; o ônibus  os ônibus...  Observação: Cais e cós são invariáveis. D) os terminados em ÃO fazem o plural de três maneiras. Ex.: avião  aviões (a maioria e muitos aumentativos) alemão  alemães cidadão  cidadãos E) os terminados em X:  Monossílabo – Ex.: fax  os fax ou faxes  Dissílabo – Ex.: tórax  os tórax (invariáveis) 2) Substantivos Compostos  NÃO SEPARADOS POR HÍFEN: Acrescenta-se o -s. Ex.: pernalongas, pontapés, passatempos  SEPARADOS POR HÍFEN: A) Flexionam-se os dois elementos, quando for:  substantivo + substantivo  couves-flores  substantivo + adjetivo  amores-perfeitos  adjetivo + substantivo  gentis-homens  numeral + substantivo  quintas-feiras B) Flexiona-se somente o 2º elemento, quando for:  verbo + substantivo  guarda-roupas , tira-dúvidas  palavra invariável + palavra variável  contra-ataques  grão, grã e bel seguidos de substantivos  grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres  palavras repetidas ou imitativas  reco-recos  Observações 1) Se os elementos repetidos forem verbos: Ex.: corre(s)-corres, pisca(s)-piscas 2) Só devem ir para o plural os elementos repre- sentados por substantivos, adjetivos e numerais. Verbos, advérbios e prefixos (co-, ex-, vice- etc.) ficam invariáveis.