PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
Inês de Castro
1. Escola E.B 2,3 De Vila Caiz
Inês de Castro
Trabalho realizado por:
Anabela Cerqueira nº2 PTC
Paula Cerqueira nº4 PTC
Daniel Pinto nº 8EIC
2011/2012
2. Escola E.B 2,3 De Vila Caiz
Introdução
Este trabalho vai abordar um dos episódios d´Os Lusíadas de
Luís de Camões, mais concretamente o de «Inês de Castro».
Inicialmente,iremos elaborar a bibliografia de Luís Vaz de
Camões para, de seguida, realizar uma entrevista com base na
pesquisa efetuada.
No final, para além do resumo do episódio acima mencionado,
iremos analisar a estrutura formal do mesmo.
2011/2012
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Biografia
Não se sabe ao certo quando Luís Vaz de Camões
nasceu, dizem por aí que foi entre 1524 e 1525 e
provavelmente em Lisboa. Camões é filho de Simão Vaz de
Camões e de Ana de Sá e Macedo.
Luís Vaz de Camões embarca para Ceuta, em
1549,e, nessa altura,perde o olho direito numa
escaramuça contra os Mouros. Mais tarde, em
1551, regressou a Lisboa. Passado um ano,
numa briga, Camões fere um funcionário da
Cavalariça Real e é preso. Em 1553, é
libertado e embarca para o Oriente.
Em 1554, parte de Goa em perseguição
a navios mercantes mouros, sob o comando de Fernando de Meneses.
No ano seguinte, em 1556,é nomeado provedor-mor em Macau e naufraga nas
Costas do Camboja.
Luís de Camões é preso em 1562 por não ter pago as suas dívidas e é libertado
pelo vice-rei Conde de Redondo e distinguido seu protegido. Passado alguns anos, em
1567,Luís de Camões segue para Moçambique. Voltou a Lisboa na sua nau Santa Clara,
em 1570. Aproximava-se a morte dele, não se sabe ao certo quando faleceu mas sabe-se
que morreu de peste e em Lisboa, entre os anos 1579 e 1580.
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Obra de Luís de Camões
Obras de Camões
1572- Os Lusíadas
Lírica
1595 - «Amor é fogo que arde sem se ver»
1595 - «Eu cantarei o amor tão docemente»
1595 - «Verdes são os campos»
1595 - «Que me quereis, perpétuas saudades?»
1595 - «Sobolos rios que vão»
1595 - «Transforma-se o amador na cousa amada»
1595 - «Sete anos de pastor Jacob servia»
1595 - «Alma minha gentil, que te partiste»
1595 - «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades»
1595 - «Quem diz que Amor é falso ou enganoso»
Teatro
1587 - El-Rei Seleuco
1587 - Auto de Filodemo
1587 - Anfitriões
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Entrevista a Luís de Camões
Boa tarde, eu sou a Paula e ela a Anabela e hoje vamos ter connosco um
convidado especial, Luís de Camões, que escreveu a epopeia Os Lusíadas.
Vamos então começar com a entrevista…
1- Luís, sabe ao certo quando é que nasceu? Posso trata-lo só por Luís?
R: Não, não sei ao certo, sei que foi entre 1524 e 1525. Não, prefiro que
me trate por Luís de Camões, assim pareço ainda mais importante do que já sou. (rindo-
-se).
2- Sabe ao menos onde foi o local onde nasceu?
R: Se não me engano, foi em Lisboa.
3- Tem uma história um pouco engraçada de como perdeu o olho. Conte-nos
onde foi.
R: Se bem me lembro, foi numa guerra contra os Mouros, sabe como é… até a
mim me acontecem dessas coisas…
4- Ouve-se dizer por aí que feriu um funcionário da Cavalariça Real e que foi
preso. É verdade?
R: Sim, é verdade. Andei um ano sempre em brigas com ele e já estava
bastante cansado, por isso tive mesmo que o agredir. Também tenho o direito de me
defender, não?!Mas pensei que por ser uma pessoa importante não fosse preso. Eu bem
não queria, mas eles insistiram tanto e eu fiz-lhes a vontade. (rindo-se)
5- Pode-nos dizer em que ano é que partiu de Goa?
R: Foi em 1554, fui em perseguição a navios mouros.
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6- Luís de Camões por não ter pago as suas dívidas foi preso?
R: Sim, tinha mais em que gastar o dinheiro… mas no fim tive uma grande
sorte, fui libertado pelo vice-rei Conde de Redondo. Não sei se já ouviu falar
nele, já?
7- Aqui quem faz as perguntas sou eu!Bem, continuando… Decidiu voltar para
Moçambique em que ano?
R: Em 1567.
- Muito obrigada por ter vindo e ter respondido às nossas perguntas.
- Não tem que agradecer, quem agradece sou eu…Cada vez me sinto mais
importante...
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Resumo do episódio de «Inês de Castro»
O episódio de Inês de Castro encontra-se no
canto III d' Os Lusíadas, desenrola-se entre as
estrofes 118 e 135 e pertence ao Plano Narrativo da
História de Portugal.
É Vasco da Gama quem conta ao rei de Melinde,
este trágico episódio que começa com o regresso
vitorioso de D. Afonso IV, mais conhecido por o
“Bravo”, da Batalha do Salado.
Antes ainda de se centrar em Inês, o
narrador começa por chamar a nossa atenção, na
estrofe 119, para o cruel amor, que considera como principal culpado da morte de Inês.
O amor é relatado como um feroz e tirano, desejoso de sangue humano.
Na estrofe 120, o narrador centra a sua atenção em Inês, que descreve como uma
jovem linda e alegre que passeava despreocupadamente pelos campos do Mondego,
onde costumava encontrar-se com o príncipe D. Pedro. A Natureza surge como amiga e
confidente de Inês, testemunha do amor entre os dois.
Alertado pelo suspirar do povo que não via com bons olhos a recusa de D. Pedro
em casar-se, o rei, D. Afonso IV, acaba por, contra a sua vontade, ordenar a morte de
Inês. O rei é claramente desculpabilizado por Camões que atribui culpas ou ao amor, ou
ao destino, ou ao povo.
Na estrofe 124, os carrascos levam Inês perante o rei, que, apesar de comovido,
é, mais uma vez, convencido pela vontade do povo.
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Estrutura Formal
O episódio de «Inês de Castro» é composto por 19 estrofes em que cada uma
tem 8 versos, logo este episódio é composto por 19 oitavas.
De seguida, procedemos àanálise da estrofe 118 e concluímos que o esquema
rimático é ABABABCC, logoé rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada
nos dois últimos.
Posteriormente, procedemos à escansão dessa mesma estrofe:
Pa/ssa/da es/ta/ tão/ prós/pe/ra/ vi/tó/ria
Tor/na/do/ Afon/so à/Lu/si/ta/na/ te/rra
A/se/lo/grar/da/paz/com/tan/ta/gló/ria
Quan/ta/sou/be/ga/nhar/na/du/ra/gue/rra
O/ca/so/tris/te e/di/no/da/me/mó/ria
Que/do/se/pul/cro os/ho/mens/de/sen/te/rra
A/con/te/ceru/da/mí/se/ra e/ mes/qui/nha
Que/de/pois/de/ser/mor/ta/foi/Rai/n/ha
Após efectuada a escansão, concluímos que todos os versos têm dez sílabas
métricas, logo são versos decassilábicos.
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Conclusão
Nós gostámos muito de realizar este trabalho, porque ficámos a saber mais sobre
a história de amor trágica de Inês de Castro e D. Pedro, tendo sido o amor o causador de
diversas tragédias nas suas vidas.
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