2. EIXO III - Cultura e Desenvolvimento
Sustentável ¹
Foco: a importância estratégica da cultura no
processo de desenvolvimento
3. 3.1 Centralidade e transversalidade da cultura
No mundo atual as diferenças não se definem apenas pela ideologia, mas pela
religião, idioma, história, costumes e, até mesmo, pela auto-identificação
subjetiva das pessoas.
Com o advento da globalização ocorre:
-Fragmentação das identidades coletivas
-Enfraquecimento do poder mobilizador das
identidades nacionais.
-Proliferação de identidades coletivas que são constituídas e dissolvidas,
impulsionada por eventos ou motivos às vezes fúteis, como uma partida de
futebol ou a morte de uma celebridade.
4. 3.1 Centralidade e transversalidade da cultura - continuação
O acesso às identidades é, contudo, um campo de luta e exclusão social. No
topo da pirâmide estão os que constituem e desarticulam suas identidades mais
ou menos à vontade. Na base, os que tiveram negado o acesso à escolha da
identidade e se vêem oprimidos por identidades impostas que humilham,
desumanizam, estigmatizam: “sem teto”, “favelado”, “jeca”.
Para enfrentar esses novos desafios as políticas culturais precisam sair da
posição periférica e colocarem-se no cerne das políticas governamentais, assim
como manter relacionamento estratégico com outras políticas.
6. Alguns exemplos de interfaces entre as ações de políticas públicas:
Cultura e Comunicação
Através dos programas de inclusão digital,
pois o novos aparatos tecnológicos de
transferência e armazenamento de informações
influenciam as dinâmicas de expressão,
fruição e consumo cultural. A convergência
digital pode ser o ambiente futuro de circulação
da cultura, mas para isso é necessária que as
tecnologias de informação e comunicação sejam
descentralizadas e democratizadas.
7. Alguns exemplos de interfaces entre as ações de políticas públicas:
Cultura e Ciência e Tecnologia
Deve-se reforçar a premissa de que o desenvolvimento científico tem que
incorporar a diversidade cultural do país, com seus múltiplos conhecimentos e
técnicas.
Cultura e Saúde
Criação de ambientes lúdicos através das artes que auxiliem nos tratamentos.
Cultura e Segurança Pública
Manejar símbolos capazes de encantar, humanizar e reconstituir possibilidades
de vida, pode contribuir para a redução da violência.
8. 3.2 Patrimônio Cultural, Meio Ambiente e Turismo
O Decreto-lei 25, de 1937, acolhido pela CF/88 e continua em vigor, prevê a
proteção não só de bens do patrimônio histórico e artístico, como também de
monumentos naturais e sítios de valor paisagístico, arqueológico e etnológico.
Movimento ambientalista – conceito de desenvolvimento sustentável, para
conciliar crescimento econômico e preservação da natureza
Sustentabilidade Cultural – erradicação da miséria, pobreza e analfabetismo.
Pressupõe também respeitar e proteger a diversidade cultural.
Tendo como referência os conceitos de sustentabilidade cultural e ambiental é
possível dialogar positivamente com as políticas de turismo, desde que seja ele
também sustentável.
10. 3.3 Cultura, território e desenvolvimento local
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostram que os 10%
mais ricos do Brasil são responsáveis por aproximadamente 40% do consumo
cultural. A grande maioria é constituída por pessoas de alta escolaridade e estão
concentrados nas regiões metropolitanas.
Os empregos culturais formais na área da cultura também estão concentrados
nas regiões de maior densidade econômica, particularmente no Sudeste e, nessa
região, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A indústria cultural concentra
cerca de 98% desses empregos. O percentual de participação, assim como a
desigualdade salarial entre mulheres e negros em relação a homens e brancos
ainda é bastante desproporcional.
11. SUGESTÃO PARA NORTEAR A DISCUSSÃO DO EIXO TEMÁTICO ²
1) Como interagem cultura e as demais ações de políticas públicas em seu
município?
2) Como se encontra a situação local em relação à: cultura e consumo; serviços
culturais e empregos (formal e informal)?
3) Que propostas poderão promover a articulação efetiva entre a cultura, meio
ambiente e turismo no município de Itamaraju tendo em foco a sustentabilidade
12. OBRIGADO!
Facilitadora: Délia de Oliveira Ladeia
Pedagoga Especialista em Planejamento Educacional
Técnica da Secretaria Municipal da Educação
Coordenadora do Pólo da Universidade Aberta do Brasil de
Itamaraju/Bahia
deliaeducadora @gmail.com .br
¹ Sínteses produzidas a partir do Texto Base da II Conferência Nacional de Cultura. Secretaria
da Articulação Institucional Brasília, 2009. Para conhecer o texto na íntegra acesse:
http://blogs.cultura.gov.br/cnc/2009/08/03/texto-base-da-ii-cnc/
² Sugestões para nortear a discussão: Equipe da Itamaraju/Bahia
Ministério
da Cultura
13. PARA O HOMEM A NATUREZA NUCA É EXCLUSIVAMENTE
NATURAL: ESTA SEMPRE CARREGADA DE UM VALOR
14. FRONTEIRA ENTRE O NATURAL E O NATURAL / ENTRE O
NATURAL E ARTIFICIAL
15. A CULTURA esta sempre em movimento.
Em toda cultura tem uma população que nasce, cresce e morre. Em
cada mente está presente os valores culturais
16. “Estou otimista, porque a vida tem os seus próprios caminhos para
evitar a extinção: e também os seres humanos têm os seus próprios
caminhos. Eles vão dar continuidade à tradição da vida”. (Shiva).