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Desenvolvimento de
competências
relacionais e
profissionais para
uma melhor inclusão
Migrações Forçadas e Refugiados:
Perspetivas Teóricas e aplicadas
das Ciências Sociais
Andreia Ferreira Pinto
Introdução
Serão abordados temas relacionados com as
competências que, seja individualmente ou de forma
coletiva, devemos desenvolver para que haja uma
melhor inclusão.
O processo da Interculturalidade contribui para o
fortalecimento da coesão social e da construção de
uma sociedade intercultural, e contribui para o
desenvolvimento da saúde, da alteridade, das
identidades, das pertenças culturais e da comunicação
entre indivíduos, grupos e nações.
Competências a
nível individual,
intercultural,
a nível de
cidadania e ao
nível tecnológico:
É necessário aprendermos a viver com:
- a diversidade cultural
- a coabitação
- o diálogo
- a aprendizagem intercultural
É fundamental
Educar para a
interculturalidade,
para a cidadania e
para a cultura de
paz
01
Promover os
direitos
económicos, sociais
e culturais
(promover o
enquadramento
psicossocial,
familiar, cultural,
sanitário e jurídico)
02
Favorecer a
dignidade, a
comunicação e as
relações positivas
com indivíduos
culturalmente
diferentes
03
Aprender a lidar
com os conflitos,
alteridades e
emoções
04
Desenvolver
conhecimentos,
atitudes e
competências para
melhor compreender
o comportamento
humano e para uma
intervenção eficaz,
no contexto de
pluralidade cultural
05
Refletir sobre os
padrões de
atuação, de modo
a prevenir, a
reduzir e a fazer,
face aos diferentes
tipos de conflitos,
em contexto
intercultural
06
1
A problemática das migrações e
da diversidade cultural veio
colocar inúmeros desafios às
sociedades em diversos setores,
particularmente na saúde.
2
Implicou um novo
reposicionamento metodológico,
epistemológico e político ao nível
da teoria, da pesquisa e da
intervenção.
3
Exigiu esforços na reformulação
de estratégias e de políticas
públicas para melhorar a saúde e
a qualidade de vida.
• As barreiras impostas pela linguagem, na evolução do cuidado,
revelam a falta de estrutura nos serviços de saúde
• O contato inicial entre profissionais de saúde e pacientes é
prejudicado pela ausência de intérpretes e/ou tradutores que
possam articular o compartilhamento de singularidades dos
diferentes grupos
• Os sistemas de saúde são falhos/inacessíveis
• Há falta de alimentos e a água
• Há falta de informação referente aos direitos e deveres dos
migrantes
• São obrigados a separarem-se da sua família
• A mobilidade geográfica prejudica a adaptação e a saúde mental
O diálogo
cultural tem de
estar presente
no quotidiano
É essencial:
Criar redes de apoio que
trabalhem de modo
intersectorial (entre agentes
públicos, e saúde, de
educação e de serviços
sociais), por forma a
favorecer o vínculo
paciente/equipa
Estabelecer de laços de
confiança nas relações de
cuidado, bem como das
famílias
Desenvolver/implementar
uma educação voltada para
os profissionais de saúde
que trabalham com esta
temática
Formular uma política clara e
consistente para integração
de refugiados
Formar profissionais de
saúde na área da
comunicação e
conhecimento da cultura
dos migrantes, para que
não lhes sejam impostos
modelos rígidos e não se
sintam inadaptados
Dar apoio
psicológico/psiquiátrico,
oferecido pela sociedade
Garantir que há segurança,
de forma a erradicar a
discriminação racial
Exemplos de políticas a adotar para que
se assegure a completa integração
Elaborar projetos/ações
que visam garantir direitos
e melhores condições de
vida
Melhorar a saúde
mental dos refugiados
Promover
oportunidades de
apoio social para
intervir a favor dos
migrantes
Estabelecer uma
discussão/diálogo entre
serviços e membros da
comunidade para garantir que
as suas respostas sejam
sensíveis à diversidade
cultural, às necessidades e às
crenças dos refugiados sobre
saúde
Desenvolver novas
formas de relações
sociais, interculturais e
novas práticas de
cidadania
Promover e respeitar as
esperanças/medos dos seus
cidadãos e responder às
suas necessidades
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privilegiado de diálogo
Intercultural, de
concretização de direitos
de cidadania e de
qualidade de vida
Prover espaços onde os
indivíduos se possam
encontrar, partilhar
costumes culturais e
religiosos e exercer os
seus direitos
Aprender a viver e a respeitar a
multiplicidade de pertenças e
referências sobre a forma de
dicotomias de exclusividade e de
exclusão, mas de modo plural
continuo e complementar
É importante adotar modelos explicativo sistémicos, multifatoriais e
holísticos pois permitirá ter em conta a globalidade e a complexidade
dos processos e fatores que intervêm nas relações de saúde e
doença, da diversidade das experiências de adaptação e das
vivências psicológicas culturais/sociais dos indivíduos e dos grupos.
É indispensável implementar estratégias e políticas baseadas numa
perspetiva de equidade e solidariedade e em políticas sociais
sanitárias e educativas coordenadas, adaptadas às características e
necessidades dos diversos grupos étnico.
Conclusão
As políticas sociais e os cuidados de saúde ao nível local,
nacional e internacional têm de ser humanizados e
sensíveis às necessidades dos indivíduos, grupos e
comunidades.
O mundo necessita de uma nova abordagem de
cidadania para os migrantes, que incorpora a dinâmica
da mudança da diversidade cultural, os princípios
fundamentais dos direitos humanos, a inclusão, a
igualdade de oportunidades e o pleno acesso à
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Desenvolvimento competências inclusão

  • 1. Desenvolvimento de competências relacionais e profissionais para uma melhor inclusão Migrações Forçadas e Refugiados: Perspetivas Teóricas e aplicadas das Ciências Sociais Andreia Ferreira Pinto
  • 2. Introdução Serão abordados temas relacionados com as competências que, seja individualmente ou de forma coletiva, devemos desenvolver para que haja uma melhor inclusão. O processo da Interculturalidade contribui para o fortalecimento da coesão social e da construção de uma sociedade intercultural, e contribui para o desenvolvimento da saúde, da alteridade, das identidades, das pertenças culturais e da comunicação entre indivíduos, grupos e nações.
  • 3. Competências a nível individual, intercultural, a nível de cidadania e ao nível tecnológico: É necessário aprendermos a viver com: - a diversidade cultural - a coabitação - o diálogo - a aprendizagem intercultural
  • 4. É fundamental Educar para a interculturalidade, para a cidadania e para a cultura de paz 01 Promover os direitos económicos, sociais e culturais (promover o enquadramento psicossocial, familiar, cultural, sanitário e jurídico) 02 Favorecer a dignidade, a comunicação e as relações positivas com indivíduos culturalmente diferentes 03 Aprender a lidar com os conflitos, alteridades e emoções 04 Desenvolver conhecimentos, atitudes e competências para melhor compreender o comportamento humano e para uma intervenção eficaz, no contexto de pluralidade cultural 05 Refletir sobre os padrões de atuação, de modo a prevenir, a reduzir e a fazer, face aos diferentes tipos de conflitos, em contexto intercultural 06
  • 5. 1 A problemática das migrações e da diversidade cultural veio colocar inúmeros desafios às sociedades em diversos setores, particularmente na saúde. 2 Implicou um novo reposicionamento metodológico, epistemológico e político ao nível da teoria, da pesquisa e da intervenção. 3 Exigiu esforços na reformulação de estratégias e de políticas públicas para melhorar a saúde e a qualidade de vida.
  • 6. • As barreiras impostas pela linguagem, na evolução do cuidado, revelam a falta de estrutura nos serviços de saúde • O contato inicial entre profissionais de saúde e pacientes é prejudicado pela ausência de intérpretes e/ou tradutores que possam articular o compartilhamento de singularidades dos diferentes grupos • Os sistemas de saúde são falhos/inacessíveis • Há falta de alimentos e a água • Há falta de informação referente aos direitos e deveres dos migrantes • São obrigados a separarem-se da sua família • A mobilidade geográfica prejudica a adaptação e a saúde mental
  • 7. O diálogo cultural tem de estar presente no quotidiano É essencial: Criar redes de apoio que trabalhem de modo intersectorial (entre agentes públicos, e saúde, de educação e de serviços sociais), por forma a favorecer o vínculo paciente/equipa Estabelecer de laços de confiança nas relações de cuidado, bem como das famílias Desenvolver/implementar uma educação voltada para os profissionais de saúde que trabalham com esta temática Formular uma política clara e consistente para integração de refugiados Formar profissionais de saúde na área da comunicação e conhecimento da cultura dos migrantes, para que não lhes sejam impostos modelos rígidos e não se sintam inadaptados Dar apoio psicológico/psiquiátrico, oferecido pela sociedade Garantir que há segurança, de forma a erradicar a discriminação racial
  • 8. Exemplos de políticas a adotar para que se assegure a completa integração Elaborar projetos/ações que visam garantir direitos e melhores condições de vida Melhorar a saúde mental dos refugiados Promover oportunidades de apoio social para intervir a favor dos migrantes Estabelecer uma discussão/diálogo entre serviços e membros da comunidade para garantir que as suas respostas sejam sensíveis à diversidade cultural, às necessidades e às crenças dos refugiados sobre saúde Desenvolver novas formas de relações sociais, interculturais e novas práticas de cidadania Promover e respeitar as esperanças/medos dos seus cidadãos e responder às suas necessidades Fazer da cidade um lugar privilegiado de diálogo Intercultural, de concretização de direitos de cidadania e de qualidade de vida Prover espaços onde os indivíduos se possam encontrar, partilhar costumes culturais e religiosos e exercer os seus direitos Aprender a viver e a respeitar a multiplicidade de pertenças e referências sobre a forma de dicotomias de exclusividade e de exclusão, mas de modo plural continuo e complementar
  • 9. É importante adotar modelos explicativo sistémicos, multifatoriais e holísticos pois permitirá ter em conta a globalidade e a complexidade dos processos e fatores que intervêm nas relações de saúde e doença, da diversidade das experiências de adaptação e das vivências psicológicas culturais/sociais dos indivíduos e dos grupos. É indispensável implementar estratégias e políticas baseadas numa perspetiva de equidade e solidariedade e em políticas sociais sanitárias e educativas coordenadas, adaptadas às características e necessidades dos diversos grupos étnico.
  • 10. Conclusão As políticas sociais e os cuidados de saúde ao nível local, nacional e internacional têm de ser humanizados e sensíveis às necessidades dos indivíduos, grupos e comunidades. O mundo necessita de uma nova abordagem de cidadania para os migrantes, que incorpora a dinâmica da mudança da diversidade cultural, os princípios fundamentais dos direitos humanos, a inclusão, a igualdade de oportunidades e o pleno acesso à cidadania!