O documento discute os conceitos de sistemas de informação, definindo-os como um conjunto de componentes inter-relacionados que coleta, processa, armazena e distribui informações para apoiar a tomada de decisões, coordenação e controle de uma organização. Ele explica que sistemas de informação são compostos por emissores e receptores de dados conectados por canais de comunicação, e discute os componentes-chave de sistemas de informação, incluindo dados, informações, conhecimento, módulos de comunicação, memória
1. Administração de Sistemas de Informação
O que são Sistemas de Informação
1. Dado, Informação e conhecimento;
2. Módulo de Comunicação
3. Memória
4. Processador
5. Sistema de Informação (não informatizado)
6. Sistemas de Informação Empresarial
O quê é um Sistema
A teoria geral dos sistemas foi formulada pelo biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy no início
da década de 1930, mas foi publicada apenas em 1968. A partir de sua formulação diversos outros
autores desenvolveram o tema e a Teoria dos Sistemas é hoje uma formulação teórica que atende às
mais diversas ciências.
Veja como ele definiu sistema:
"Um sistema pode ser definido como um complexo de elementos em interação "
Observe as outras definições de sistema a seguir:
“sistema é um conjunto de partes coordenadas, que concorrem para a realização de um
conjunto de objetivos” ;
“sistema é um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou partes
que interagem formando um todo unitário e complexo” ;
“sistema é um conjunto de componentes e processos que visam transformar determinadas
entradas em saídas” .
Esses conceitos são bastante abrangentes e podem ser aplicados a inúmeras situações do mundo
real. São úteis e genéricos o bastante para definir sistemas orgânicos, sociais, econômicos, políticos,
matemáticos, físicos e outros.
Assim, pode-se chamar tanto um organismo vivo, como uma fábrica, um modelo matemático ou
um programa de computador de sistema, afinal todos são compostos por diferentes elementos que
interagem entre si e geram algum tipo de resultado.
Esses elementos e a relação que se estabelece entre eles é que determina como o sistema funciona.
Sistema é constituído de dois elementos básicos:
Uma coleção de objetos (físicos);
Uma relação lógica entre eles (lógicos)
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2. Ex: Sistema Bancário
- Bancos (físicos)
- Regras e leis específicas do setor (lógicos)
Sistema Solar
- Sol e os seus planetas
- Leis gravitacionais (lei de Newton)
Ex: A linha de montagem inventada por Henry Ford era parte de um sistema de
informação.
Sistema de Informação
Sistema de Informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes
inter-relacionados que coleta (ou recupera), processa, armazena e distribui informações
destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização.
Além de dar suporte à tomada de decisões, à coordenação e ao controle, esses sistemas
também auxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos
complexos e criar novos produtos.
Sistema de Informação é constituído por uma série de emissores e receptores de dados,
conectados por canais de comunicação (elementos físicos); por onde fluem os dados
relacionados com o funcionamento da empresa (elementos lógicos).
Três atividades em um sistema de informação produzem as informações de que as
organizações necessitam para tomar decisões, controlar operações, analisar problemas e
criar novos produtos ou serviços. Essas atividades são a entrada, o processamento e a saída.
A entrada captura ou coleta dados brutos de dentro da organização ou de seu ambiente
externo;
O processamento converte esses dados brutos em uma forma mais significativa;
A saída transfere as informações processadas às pessoas que as utilizarão ou às atividades
em que serão empregadas.
Os sistemas de informação também requerem um feedback, que é a entrada que volta a
determinados membros da organização para ajudá-los a avaliar ou corrigir o estágio de
entrada.
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3. Funções de um Sistema de Informações
Ambiente
Fornecedores Clientes
Organização
Dado, Informação e Conhecimento
Processar
Dado - Representação convencionada de uma grandeza qualquer. Expresso em unidades
Entrada Classificar
padronizadas, pode ser obtido por observação, medidores ou processo automático. Refere-
Saída
Organizar
Calcular
Feedback
se a algo que é preciso conforme o tipo de medição feita e corresponde diretamente ao
processo em que é coletado. Diante do fato de ser padronizado, é de conversão previsível e
Agências Acionistas Concorrentes
fácil de interpretar; contudo não é capaz de nos informar muita coisa a respeito de um
Reguladoras
Loudon & Loudon
Dado – Informação - Conhecimento
Dado: Projetos, natureza, início, definidos.
Os dados são armazenados em um arquivo e não têm qualquer significação nem para as
pessoas nem para os computadores.
São uma seqüência de bits (binary digits), obtidos por meio de uma tabela ASCII
“Dado: elemento que representa eventos ocorridos na empresa ou circunstâncias físicas,
antes que tenham sido organizados ou arranjados de maneira que as pessoas possam
entender e usar.” (Rossini & Palmisano)
Informação – podemos afirmar que a informação pode ser composta a partir de um
conjunto de dados relevantes, em virtude de serem apresentados de forma que possamos
compará-los, permitindo que análises sejam feitas. Esta relevância é obtida primeiramente
pela introdução de outros dados de mesmo tipo, o que já insere uma comparação intrínseca,
bem como do fornecimento de outros detalhes, como o ambiente a que se referem os dados,
como foram coletados e de que forma foram convertidos.
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4. Informação: “Os projetos são de natureza temporária e tem datas definidas de início e
fim.”
Somente pessoas tem condições de transformar dados em informações por meio de sua
interpretação.
É preciso que os produtos fornecidos pelos Sistemas de Informação, (relatórios, consultas
em tela, etc) explicitem seu significado, caso contrário somente haverá dados inúteis e não
informação.
“Informação: Dado configurado de forma adequada ao entendimento e à utilização pelo ser
humano.” (Rossini & Palmisano)
Conhecimento – pode ser entendido como sendo o conjunto obtido pela informação e o
contexto associado, envolvendo a percepção do ambiente, do sistema em que foi composta
e coletada e como este sistema age, “funciona”.
Conhecimento: um texto sobre características de projetos.
Conhecimento é um conjunto de informações interligadas e logicamente relacionadas. É um
nível mais elevado do que um mero conjunto de informações.
Ex. Teoria da Administração
Tabela de conceito – dados / informação / conhecimento
Dado Informação Conhecimento
Valores das vendas hoje Histórico de vendas do mês, Estudo de perfil do
Histórico das vendas deste mês consumidor;
e nos últimos anos; Receptividade do consumidor
Crescimento do mercado; a novas ofertas e promoções;
Posição dos concorrentes Retorno de campanhas
publicitárias;
Estudos de Ciclo de Vida do
produto
Qualidade da Informação
Quais as características que tornariam os produtos de informação valiosos e úteis para
você?
Uma maneira de responder a essa pergunta é examinar as características ou atributos da
qualidade da informação. Informações antiquadas, inexatas ou difíceis de entender não
seriam muito significativas, úteis ou valiosas para os usuários finais. As pessoas desejam
informações de alta qualidade, ou seja, produtos de informação cujas características,
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5. atributos ou qualidades ajudam a torná-los valiosos para elas. Devemos imaginar a
informação como dotada de três dimensões: tempo, conteúdo e forma.
Dimensão do Tempo
Prontidão A informação deve ser fornecida quando for necessária
Aceitação A informação deve estar atualizada quando for necessária
Freqüência A informação deve ser fornecida tantas vezes quantas forem
Período necessárias
A informação pode ser fornecida sobre períodos passados,
presentes e futuros
Dimensão do Conteúdo
Precisão A informação deve estar isenta de erros
Relevância A informação deve estar relacionada às necessidades de
Integridade informação de um receptor específico para uma situação
Concisão específica
Amplitude Toda informação que for necessária deve ser fornecida
Desempenho A informação pode ter um alcance amplo ou estreito, ou um
foco interno ou externo
A informação pode revelar desempenho pela mensuração das
atividades concluídas, do progresso realizado ou dos recursos
acumulados
Dimensão da Forma
Clareza A informação deve ser fornecida de uma forma que seja fácil
Detalhe de compreender
Ordem A informação pode ser fornecida em forma detalhada ou
Apresentação resumida
Mídia A informação pode ser organizada em uma seqüência
predeterminada
A informação pode ser apresentada em forma narrativa,
numérica, gráfica ou outras
A informação pode ser fornecida na forma de documentos em
papel impresso, monitores de vídeo ou outras mídias
Modulo de Comunicação
A comunicação se dá por meio de quatro elementos: Emissor, receptor, canal e protocolo.
Emissor canal de comunicação com protocolo receptor
Emissor (information source)
Emite dados codificados por meio de ondas de rádio, sonoras, etc.
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6. Não confundir dados com suporte de dados.
Ex. no texto suporte de dados são as ondas luminosas (eletromagnéticas) que os
olhos recebem, e os dados são são os sinais lógicos que o cérebro assimila, o que
resulta da variação das ondas luminosas (intensidade e cor).
Sem variação não há informação.
Os dados são abstratos e o suporte é físico.
Receptor (information reciever)
O receptor recebe os dados passando-os para frente.
O canal de comunicação (communication channel) é o meio físico pelo qual passam
os dados do emissor para o receptor.
Pode ser de qualquer natureza: água, ar, fibra óptica, cabo metálico, etc.
Protocolo (protocol)
É uma linguagem comum entre o receptor e o emissor. Se o protocolo não
for conhecido ou pelo receptor ou pelo emissor a comunicação não se dá.
Ex. TCP/IP (Telecommunication Control Protocol/Internet Protocol) é o
protocolo utilizado pela Internet; a língua Portuguesa é um protocolo de
comunicação.
Exemplo de Módulo de Comunicação: aula onde um emissor (professor), um canal (ar), um
protocolo (língua portuguesa) e o receptor (aluno).
Memória
Memória é um dispositivo físico que armazena dados durante um tempo que pode ser
longo ou curto.
Ex. cérebro humano, folha de papel, parede de uma caverna com inscrições arqueológicas,
DVD (Digital Vídeo Disk), RAM (randon access memory), hard disk (winchester), ROM
(read only memory), etc.
Os dados ficam armazenados em um predeterminado formato para que possam ser depois
lidos e atendidos. Ex. TXT, PDF, EXE, GIF, etc.
Saiba mais sobre memória consultando o site www.kingston.com
Processador
Um processador é o conjunto de circuitos que respondem e processam as instruções básicas
que fazem o computador funcionar, em outras palavras, executa as instruções dos
programas de computador.
Sistema de Informação
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7. Um Sistema de Informação é um sistema especializado no processamento e na
comunicação de dados (máquinas) ou de informações (organismos vivos).
É constituído por um conjunto de módulos (objetos) de comunicação, de controle,
de memórias e de processadores, interligados entre si por meio de uma rede com protocolo
comum. As relações lógicas entre esses módulos são definidas pelos programas executados
pelo Sistema de Informação.
As pessoas são parte integrante desse sistema. De nada adianta investir grandes
somas em equipamentos modernos se as pessoas não estiverem preparadas para aceitá-los
e usá-los adequadamente.
Os componentes de um sistema de informação computadorizado
Hardware
A aquisição de hardware, ou seja, os equipamentos necessários à instalação de um sistema
de informações deve ser precedida de um estudo detalhado da função que cada
equipamento desempenhará no novo ambiente empresarial que surgirá a partir a
implantação de um projeto de sistema de informação.
Software
A escolha de um software para a implantação de um Sistema de Informação não deve ser
baseado somente nos sucessos obtidos por este software em outras empresas do mesmo
segmento, pois sem um levantamento detalhado das características operacionais da empresa
corre-se o risco de transportar para o ambiente empresarial práticas incompatíveis que
podem, ao contrário de melhorar os processos empresariais criar novas dificuldades.
Telecomunicações
Alguem disse que ‘o inferno é um lugar que não está conectado a nada’. De fato no mundo
globalizado de hoje a empresa que, mesmo tendo os melhores sistemas de informações, se
não estiver conectada provavelmente estará em grandes dificuldades em manter ou ampliar
seu negócio.
Telecomunicação é a troca de informações por qualquer meio em redes de computadores.
O uso de meios de telecomunicações nas empresas permite:
Superar barreiras geograficas: captar informacoes sobre transacoes comerciais de locais
distantes;
Superar barreiras de tempo: fornecer informacoes para locais remotos imediatamente
após serem requisitados;
Superar barreiras de custos: reduzir os custos dos meios mais convencionais de
comunicaçao;
Superar barreiras estruturais: apoiar conexões para obter vantagem competitiva.
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8. Base de dados
Os dados são um recurso organizacional essencial que precisa ser administrado como
outros importantes ativos das empresas. A maioria das organizações não conseguiria
sobreviver ou ter sucesso sem dados de qualidade sobre suas operações internas e seu
ambiente externo.
Procedimentos
É natural que toda empresa tem seus procedimentos, pois de outra forma viveríamos no
ambiente empresarial verdadeira desordem. No entanto o que vemos freqüentemente é que
os procedimentos empresariais são de extrema informalidade. É como se tivéssemos uma
tribo indígena, onde a escrita fosse desconhecida e os usos e costumes passassem de
geração em geração.
Os procedimentos devem ser formais, isto é, escritos e deverão descrever os processos
empresariais, suas conexões e seus responsáveis.
Pessoas
Pessoas são parte vital dos sistemas de informação, pois sem elas não será possível a
adequada interpretação das informações.
As pessoas deverão estar motivadas e treinadas para que um projeto de sistema de
informação atinja seus objetivos.
Conceito de SI
TI = hardware + software + telecomunicação
SI = TI + Pessoas + Procedimentos
Por quê estudar SI ?
Durante muitos anos, a mão de obra e o capital foram considerados os únicos fatores
diretamente ligados ao crescimento econômico. O conhecimento, a educação e o capital
intelectual eram considerados fatores externos, de incidência relativa na economia. Esse
conceito mudou de forma drástica nas economias modernas. O crescimento econômico e a
produtividade dos paises desenvolvidos se baseiam cada vez mais no conhecimento e na
informação. Na era industrial, o bem estar foi criado quando se substituiu a mão de obra por
maquinas. Essa ‘nova economia’ baseada no conhecimento – knowledge-based economy –
é definida como aquela em que a geração e a utilização do conhecimento desempenham um
papel predominante na criação do bem estar social.
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9. Veja no quadro a seguir a chave da velha e da nova economia.
Aspectos determinantes Velha Economia Nova Economia
Características gerais
Mercados Estáveis Dinâmicos
Âmbito da competitividade Nacional Global
Estrutura organizacional Hierárquica e burocrática Em rede
Indústria
Organização da produção Produção em massa Produção flexível
Principais motores do Capital e mão de obra Inovação e conhecimento
crescimento
Principais motores Mecanização Digitalização
tecnológicos
Fontes de vantagens Redução de custos via Inovação, qualidade, tempo
competitivas economias de escala de acesso a mercados
Importância da pesquisa e Baixa a moderada Alta
inovação
Relações com outras Muito pouco freqüentes Alianças, parcerias
empresas
Capital Humano
Objetivos políticos Pleno emprego Salários-renda mais
elevados
Competências Específicas ao posto de Competências genéricas
trabalho
Requisitos de educação Titulação ou técnica Formação contínua
completa
Relações de trabalho Chefe-empregado Colaborativas
Emprego Estável Mercado por risco e
oportunidade
Governo
Relações governo-empresas Requisitos impositivos Fomentar as oportunidades
de crescimento
Regulamentação Dominar e controlar Flexibilidade
O enorme e rápido desenvolvimento das novas tecnologias da informação e
telecomunicações é claramente responsável por essa nova economia e esta contribuindo
para criar o que conhecemos atualmente como a sociedade da informação. Estima-se que,
na maioria dos países desenvolvidos, mais de 50% do PIB são gerados sobre a base de
investimentos em produtos, isto é, bens e serviços de alta tecnologia, fundamentalmente em
tecnologia da informação e comunicações.
O conhecimento de SI é essencial para criar empresas competitivas, gerenciar corporações
globais e prover os clientes com produtos e serviços de valor.
SI tornou-se vital para o sucesso da gestão das empresas e organizações
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10. Cenários futuros
fusões entre antigos concorrentes para formar conglomerados globais;
i. Ambev -> Imbev
ii. Gillette comprou a Procter & Gramble por 53 bilhões de dolares
Contínuo enxugamento das corporações para focar o seu negócio central;
Melhorar a eficiência;
Esforços para reduzir as barreiras comerciais;
Internacionalização das organizações empresariais e dos mercados;
Decisões empresariais cada vez mais complexas.
Sistemas de Informações nas Áreas Funcionais das Empresas
Finanças e Contabilidade
Vendas
Marketing
Fabricação
Recursos Humanos
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11. Mudança no papel do profissional de SI
Desafios para as Empresas
•Desenvolver
estratégia de
crescimento •Setor maduro
•Monitorar A •Processos Ineficientes
nível e custos
dos serviços
•Sites WEB
•Intranets
•Software de T SI SE
planejamento
colaborativo
•Personalizar produtos •Aumentar serviço de
•Interagir com clientes atendimento
•Clientes •Trocar idéias e relatórios •Aumentar receita
•Varejistas O •Coordenar produção com •Reduzir custos
•Funcionários vendas
A maioria dos altos executivos precisam ter a correta compreensão sobre SI.
O SI desempenha três (3) papéis:
1. Suporte de seus processos e operações;
2. Suporte na tomada de decisões de seus funcionários e gerentes e;
3. Suporte em suas estratégias em busca de vantagens competitivas.
*Vantagem competitiva: uma vantagem competitiva corresponde a um benefício
significativo e, preferencialmente, de longo prazo de uma empresa sobre a sua
concorrência.
Conhecimento de TI/SI e de seus recursos tem causado muitos problemas e dificuldades
dentro das empresas principalmente para as atividades ligadas ao Planejamento
Estratégico.
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12. Mudança nos negócios
A TI/SI estão redefinindo os fundamentos dos negócios:
Atendimento aos clientes;
Operações;
Estratégias de produto e de marketing;
Distribuição;
Etc
Dependem muito ou totalmente dos SI.
Questões para reflexão:
P - Uma solução SI visa basicamente atingir quais objetivos?
R – criar condições para a análise de informações que norteiam decisões estratégicas.
(conhecimento)
P – o quê você entende por “processos de negócios” e “mapeamento operacional da
empresa”?
P – o quê você entende por “a tendência é o atendimento da necessidade das empresas de
analisar informações para ganhar escala e aumentar as receitas”?
P – o quê você entende por “homogeneização de infra-estrutura”?
P – você já ouviu falar em Linux? Do que se trata?
As Redes Globais e a Internet
1. O que é a Internet
A Internet começou como uma rede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, criada
para interligar cientistas e professores universitários em todo o mundo. Mesmo hoje,
nenhum individuo pode conectar-se diretamente com a Net, embora qualquer pessoa que
tenha um computador, um modem e queira pagar uma pequena taxa de utilização mensal
possa acessá-la por meio de um Provedor de Serviços de Internet (Internet Service
Provider – ISP), uma organização comercial com conexão permanente com a Internet que
vende conexões temporárias a assinantes. As pessoas também podem acessar a Internet por
meio de serviços on-line bastante conhecidos como Terra, IG, etc.
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13. Ninguém é dono da Internet e ela não tem nenhuma organização administrativa formal.
Essa falta de centralização foi proposital, para que ficasse menos vulnerável a ataques de
terroristas em tempos de guerra, já que é uma criação do Departamento de Defesa para
compartilhamento de dados. (Sistemas de Informacao Gerenciais – Laudon & Laudon)
2. Conectando computadores
Há duas maneiras mais comuns de se ligar computadores entre si; ou se usa a arquitetura
cliente servidor ou a arquitetura ponto a ponto, como podemos ver na figura a seguir:
Arquitetura Cliente Servidor
Servidor
Cliente
Cliente
Cliente
Cliente Cliente
Na arquitetura Cliente Servidor os computadores denominados Clientes, conectam-se a
computadores chamados Servidores e recebem destes informações solicitadas, como
planilhas, e-mail, páginas WEB, e outras informações.
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14. Arquitetura Ponto a Ponto
Na arquitetura ponto a ponto os computadores conectam-se em seqüência para troca de
informações, não havendo um servidor propriamente dito. Este tipo de conexão é comum
para download de arquivos mp3.
3. Origens da Internet
HISTÓRICO DA Internet
1957 EUA criam a ARPA - Advanded Research Projects Agency (órgão do departamento de
defesa).
1962 Começam os estudos da utilização de comutação de pacotes para redes de computadores.
1967 Início do projeto da rede ARPANET.
1969 O início de tudo...A rede ARPANET começa a operar com apenas 4 computadores.
1971 A rede ARPANET já possui 15 nós. O programa " e-mail " é criado.
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15. 1972 O primeiro " e-mail " é enviado na rede ARPANET.
1973 Vint Cerf (o pai da INTERNET) apresenta em um congresso a idéia básica da INTERNET.
1975 Bill Gates e Paul Allen desistem dos estudos em Harvard.
1979 Nasce a USENET. As primeiras escolas se conectam à ARPANET.
1982 Nasce a primeira definição de INERNET: um conjunto de redes que utilizam o protocolo
TCP/IP.
1984 O número de redes interligadas já ultrapassa 1.000 unidades.
1986 Explode o número de conexões entre Universidades.
1988 O primeiro vírus lançado na INTERNET afeta 6.000 subredes, das 60.000 existentes.
1988 O IRC - Internet Realy Chat é criado por Jarkko Oikarinen.
1989 O número de redes interligadas já ultrapassa 100.000 unidades.
1990 Surge o primeiro provedor comercial da INTERNET: The World (world.std.org). A ARPANET
acaba.
1991 Tim Berners-Lee cria o World Wide Web - WWW.
1992 O número de redes interligadas já ultrapassa 1.000.000 de unidades.
1993 A Web se torna domínio público. A mídia descobre a INTERNET.
1994 A Web se torna o 2º serviço mais popular da Rede, atrás apenas do FTP. Começam a surgir
shoppings virtuais.
1994 Jim Clark e Marc Andreessen fundam a NETSCAPE. Surgem os primeiros provedores
comerciais no Brasil.
1995 A Web ultrapassa o FTP e passa a ser o serviço mais utilizado da Rede. Bill Gates se rende a
INTERNET.
1995 Começa a surgir Java, VML e as ferramentas de busca com alta tecnologia.
1996 A Microsoft investe milhões de dólares e cria uma divisão de INTERNET.
1997 Estimativas da IDC-International Data Corporation são de 20 milhões de domínios registrados
na Web nos EUA.
1998 No final do ano o número de usuários no mundo é estimado em 150 milhões.
1999 O Brasil será responsável por 88% de todas as vendas on line na América Latina em 1999,
segundo um estudo de Boston Consulting Group (BCG).
2000 O comércio eletrônico passou de 1,09 milhão de visitantes, em set/2000, para 2,61 milhões
em set/2002, de acordo com medição do Ibope eRatings.
2001 Entre 2000 e 2001, o número de usuários de internet no mundo aumentou 27%.
2002 Há 627 milhões de usuários de internet no mundo.
2002 A ONU contabilizou 171.600 mil de páginas de internet no mundo em 2002.
2002 Serviços financeiros na Internet cresceu 192% em número de usuários nos últimos dois anos
(set/2000 a set/2002), de acordo com medição do Ibope eRatings.
2003 Segundo o PNAD 2003 (IBGE) 11,4% dos domicílios brasileiros tinham um computador com
acesso a internet em 2003. Este percentual correspondia a um total de 7 milhões de domicílios ou
19,3 milhões de pessoas.
2003 Segundo a UIT em 2003 o Brasil era o 11º em número de usuários de internet, o 5º em
número de Hosts (servidores) e o 10º em número de PCs no mundo.
2003 Há 676 milhões de usuários de internet no mundo – 11,8% da população do planeta de 2003.
2003 No total, a ONU contabilizou 233 milhões de páginas de internet no mundo em 2003, 35,8% a
mais do que em 2002.
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16. 2004 A quantidade de usuários de internet no Brasil, hoje, é de aproximadamente 18 milhões
(cerca de 8% da população brasileira), um número reconhecido na área técnica e que representa a
sétima posição no mundo.
2004 O Yankee Group, Instituto de Pesquisa Americano, em um estudo chamado "A Second
Wave: The Brazilian Internet User Forecast" projeta para o Brasil o número de 42,3 milhões de
usuários de Internet, já em 2006.
Fonte: Revista guia da internet.br nº 12, Gazeta Mercantil mai/99, http://www.teleco.com.br/internet.asp
4. Intranet e extranet
A Intranet é uma rede corporativa interna que usa os padrões da Internet e da World Wide
Web. A Intranet está isolada da Internet por um dispositivo chamado Firewall, situado entre
a rede pública e a rede interna.
Justificativas para o uso das Intranets
1. Alternativa barata e poderosa de comunicação interna;
1. Listas telefônicas internas
2. Formulários diversos
3. Manuais de procedimento
2. Reduzir a necessidade do uso de papel;
1. Pela simples eliminação dos documentos citados anteriormente.
3. Disponibilizar as informações corporativas em todos os locais da empresa.
1. Eliminar ilhas de informação
2. Quebrar os muros internos
A Extranet é uma rede baseada na tecnologia web, que une os recursos da intranet de uma
companhia com os de seus clientes, fornecedores ou outros parceiros de negocio.
5. Usos da Internet
Suporte a venda de produtos aos clientes;
Permitem fazer pedidos à fornecedores;
Permitem que clientes acessem informações sobre a produção, estoque, pedidos ou
contas a receber;
ESTATÍSTICAS MUNDIAIS DA INTERNET - 1997
82 % dos usuários são americanos.
45% dos usuários são casados.
68% dos usuários são homens.
80% dos usuários buscam notícias.
52% dos usuários salvam as páginas para o acesso offline.
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17. 34% dos usuários fornecem dados falsos em formulários.
76% dos usuários reclamam da velocidade de acesso.
20% dos usuários utilizam o browser mais de 20 horas por semana.
Fonte: Revista guia da internet.br nº 12, 1997
PRINCIPAIS USOS DA INTERNET
45% Navegação na Web
29% E-mail
11% Chat
10% Download
5% Outros
Fonte: Jornal do Brasil - 11/97
COMPRAS PELA INTERNET
19% Já compraram
62% Pensam em comprar
19% Nunca comprariam
COMÉRCIO ELETRÔNICO GLOBAL (estimativas)
As vendas diretas ao consumidor e negócios entre empresas em 1998 deverá girar em torno de
US$ 31 bilhões ; no ano 2000 ficará em torno de US$ 131 bilhões e 2002 chegará a US$ 348
bilhões.
Fonte: Jornal do Brasil nov/97, Gazeta Mercantil out/98
Conheça o perfil do internauta brasileiro, segundo pesquisa do Ibope (2003):
- Classe social: 84% são das classes A e B;
- Idade: 73% dos usuários estão acima dos 20 anos;
- Frequência de acesso à Internet: 71% acessam uma ou mais vezes ao dia.
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18. O impacto da Internet na Sociedade
1. Uma mudança cultural
As mudanças tecnológicas têm alterado profundamente o modo de viver da
sociedade. Automóveis com sistema eletrônico de controle dos motores, telefones
celulares, computadores cada vez mais poderosos, etc.
O que no século XIX demorava vinte e cinco anos (uma mudança de vulto),
atualmente ocorre em cinco anos ou menos. Exemplos destas mudanças a seguir:
Biblioteca -> Google – Google Earth
Datilografas -> todas as pessoas devem saber datilografia
Telefonistas -> novos sistemas de telefonia
Secretárias -> comunicação direta dentro da hierarquia
Quem não se adaptar ....
Desemprego tecnológico
Aposentadoria
Quem quiser se adaptar...
Volta à escola para aprender novas habilidades
“O analfabeto do século XXI não será aquele que não souber ler ou escrever, mas o que não
puder aprender, desaprender e aprender de novo.” Alvin Toffler.
O ambiente empresarial está se transformando cada vez mais rápido e as organizações têm
de reagir mais rapidamente a essas mudanças.
2. Mundo real e Mundo Virtual
Ex. Simulador de vôo.
O treinando em um dado momento da simulação assume aquela situação como real.
Ex. Cursos a distância
Você pode freqüentar um curso sem sair de sua mesa (casa ou escritório)
3. Impacto na sociedade
Desemprego tecnológico.
Em alguns países este impacto está sendo mais sentido. Nos EUA onde perto de 70% da
população já tem acesso a Internet a mudança é maior, no Brasil onde atualmente apenas
8% da população acessa rotineiramente a Internet os impactos estão sendo sentidos com
menor intensidade, muito embora o custo disto para o futuro será muito maior.
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19. 4. Onde o trabalhador do futuro trabalhará? (Teletrabalho)
A necessidade de fornecer aos funcionários a possibilidade de trabalhar remotamente
está em alta. Mas algumas regras precisam ser seguidas
Até recentemente, o pior pesadelo de um executivo podia envolver a perda da chave de uma
saída de emergência em caso de incêndios ou a ocorrência de um desastre natural, como um
terremoto ou um furacão. A idéia de centenas de funcionários morrendo em um ataque
terrorista era inimaginável, assim como a noção de que um único acontecimento poderia
interromper indefinidamente necessidades de negócios tão básicas como telecomunicações
e transportes.
A destruição do World Trade Center levou muitas empresas a repensar o hábito de manter
os empregados em uma única estrutura altamente visível. As companhias que estavam no
WTC estão estudando como conduzir o negócio agora, já que os empregados foram
espalhados por escritórios em Manhattan e muitos ainda estão trabalhando em casa.
Embora a idéia das organizações virtuais existisse com modelos baseados na internet, a
perda do WTC cristalizou o conceito e o transformou numa necessidade comercial.
O sucesso das empresas virtuais depende de muitos fatores, mas a maioria deles envolve
questões de tecnologia, pessoal e cultura. Entres as principais preocupações de tecnologia
estão:
• Aumento da largura de banda: com vídeo, áudio e compartilhamento de documentos em
tempo real, redes de grande largura de banda são cruciais. Isso inclui mais banda para
outros países e continentes, assim como a empregados remotos.
• Uma visão completa e integrada das ferramentas colaborativas: só o e-mail não é o
suficiente. As companhias virtuais precisam de compartilhamento de documentos, instant
messaging, apresentação remota e e-conferência.
• Redes de competência: ela é vital para construir diretórios que articulem com clareza o
conhecimento dentro da empresa e onde ele pode ser encontrado. Isso pode ser feito com
ferramentas automatizadas, como o Lotus Discovery Server; o Organik, da Orbital
Software, e o KnowledgeMail, da Tacit, ou através do uso de processos que reúnam e
validem a competência através de bancos de dados ou ferramentas de busca baseadas na
Web.
Os mais importantes problemas de cultura e os relacionados ao pessoal são:
• Formação de idéias: à medida que as companhias ligadas em rede crescem e os grupos se
tornam a estrutura comercial dominante, elas precisam dar tempo e prover financiamento
para que os grupos vitais se encontrem, se conheçam e tenham idéias. Essa fase é muitas
vezes negligenciada, tornando os grupos menos eficientes porque os funcionários não
compartilham suas visões e acabam construindo relações fracas com membros de outros
grupos remotos.
19
20. • Encontros presenciais: uma empresa virtual bem-feita não abre mão de encontros físicos,
mas os limita a questões importantes e visitas circunstanciais. Todos os encontros físicos
deveriam ser antecipados para que o espaço de trabalho seja disponibilizado aos visitantes.
Os visitantes devem estar conscientes dos encontros ou de outras atividades que possam ser
de seu interesse enquanto fazem a visita. As empresas também deveriam montar áreas de
visitantes que sejam designadas baseando-se nas agendas de viagem para que, quando os
visitantes cheguem, possam rapidamente localizar espaço, em vez de procurar e brigar por
ele.
• Pensar regionalmente: nas grandes cidades existem claramente problemas de
produtividade causados por excesso de trânsito. Nesses casos, as empresas deveriam levar
em consideração escritórios satélites em bairros mais distantes, ligadas às áreas urbanas
através de tecnologias. Essas iniciativas solucionam o tempo de locomoção das pessoas nas
áreas suburbanas e se tornam extensões lógicas da companhia, criando alternativas claras
para backup e sites de recuperação, espaço de escritório e instalações técnicas. As
acomodações também deveriam ser feitas nos escritórios regionais e nos home offices para
serviços e suprimentos locais. Por exemplo, suporte e conserto de PCs e suprimentos de
escritório.
• Estabelecer comunidades de prática: redes de competência, como as realizadas pelos
softwares de gestão de conhecimento, deveriam espelhar as comunidades de prática ou
pequenos grupos com experiência em certas áreas. Os processos de continuidade comercial
exigem que as comunidades de prática tenham pessoas com perfis de habilidade em
localidades. A empresa deveria fazer perfis individuais, assim como capacidades baseadas
no conhecimento.
Educação: as empresas precisam treinar o pessoal em técnicas que maximizem sua
eficiência em um ambiente distribuído. Isso significa prover as melhores ferramentas para
cada tipo de trabalho, assim como uma base sólida de ferramentas de colaboração,
capacitação, dinâmica de grupo e comunicação interpessoal.
• Prêmios e lições aprendidas: o comportamento colaborativo deve ser encorajado. As
companhias precisam desenvolver rapidamente as lições locais que impulsionem cada vez
mais o aprendizado e a colaboração. Elas também precisam realinhar os incentivos para
premiar os que participam e encorajam o crescimento do modelo de aprendizado
colaborativo.
A curto prazo, as empresas precisam estabelecer padrões de instant messaging, reexaminar
a distribuição de servidor de colaboração e começar a educar os empregados sobre as
práticas exigidas para trabalhar com sucesso em um ambiente distribuído.
A nova realidade dos negócios depende da internet não só para negociar e prestar serviços,
mas também como uma amarração principal na rede de companhias que unem as vozes, os
rostos, os produtos e as habilidades de empregados, parceiros e clientes.
Por Robert K. Weiler - InformationWeek Brasil - Janeiro 2002
20
21. Sistemas de Informação em perspectiva
Classificação dos Sistemas de Informações
Os sistemas de informações são classificados de diversas formas, e estas classificações
somente atendem às necessidades de contribuir nas atividades de planejamento,
desenvolvimento ou aquisição de soluções para as organizações (DA Rezende, 2005).
Também permitem aos gestores terem uma visão geral dos sistemas existentes ou
necessários para as organizações, assim como fundamentar os recursos de tecnologia de
informação e recursos humanos requeridos nestas atividades.
Segundo o critério de suporte a decisões, a classificação dos sistemas de informação pode
ser: operacional, gerencial e estratégico.
O Sistema de Informações, Loudon & Loudon (1996)
Coordenação
Sistemas
Estratégicos
Sistemas
Táticos
Sistemas de
Aplicação Apoio a decisão
Funcional
Sistemas
Especialistas
Sistemas
Operacionais
Vendas Produção Administração
Base do Dados e
Sistema de Hardware Software arquivo Telecomunicação
Computação
Sistemas de informações segundo a forma evolutiva
Sistemas de informações manuais são os sistemas que não utilizam recursos de tecnologia
da informação. Ex. sistema de estoque em fichas; sistema de contabilidade em livros de
papel; sistema de folha de pagamento sem os recursos da informática.
21
22. Sistemas de informação mecanizados, são os sistemas de informações que utilizam
recursos da tecnologia da informação de forma mecânica, ou seja, sem valor agregado. São
chamados de sistemas “burros” e não integrados, que exigem cálculo manual ou digitação
em excesso. Ex. sistema de estoque que não baixa a quantidade vendida; sistema de venda
que exige a digitação por extenso do nome do produto e não calcula valores de vendas.
Sistemas de informação informatizados são os sistemas que utilizam os recursos da
tecnologia da informação de forma inteligente e com valor agregado. São chamados
inteligentes porque são agregados e minimizam a digitação e o trabalho manual dos seus
usuários. Ex. sistema de vendas que baixa a quantidade vendida no sistema de estoque, gea
lançamentos integrados nos sistemas de contas a receber e de contabilidade; sistema de
estoque que gera sugestão de compras; sistema de produção que avisa a falta de matéria
prima.
Sistemas de informação automatizados são aqueles que dizem respeito aos sistemas que
utilizam recursos da automação comercial, bancária ou industrial. Ex. sistema de vendas em
lojas e supermercados com leitora de código de barras.
Sistemas de informação gerenciais e estratégicos dizem respeito aos sistemas
direcionados aos gestores e à alta administração respectivamente. São também conhecidos
como sistemas de suporte a decisão.
1. Sistema de processamento de transações
Os Sistemas de Informações Transacionais (ou Operacionais) são o mais baixo nível de
sistemas de informações, atendendo às necessidades do nível operacional da empresa. É
utilizado pelos profissionais em todos os níveis de execução.
Esse sistema tem como função executar e cumprir os planos elaborados por todos os outros
sistemas, pois serve como base na entrada de dados.
Normalmente é um sistema computadorizado e estabelece o desempenho e os resultados
diários de todas as rotinas necessárias para a elaboração dos negócios da empresa.
Exemplos: sistema de reserva de passagem aérea, reserva de hotel, ordens de pagamentos,
ordens de embarque, entrada de títulos nos sistemas de contas a pagar e a receber, etc.
A maioria das empresas possui cinco tipos de sistemas transacionais: vendas e marketing;
produção; finanças; contabilidade; recursos humanos.
As principais características dos sistemas transacionais são:
a. Identificação do evento (transação);
b. Tem como finalidade: intercalar, listar, ordenar, atualizar;
c. Possibilidade de criar relatórios detalhados, lista e sumário;
d. Pode ser utilizado em todos os níveis de execução da empresa por atender às
necessidades do nível operacional da organização.
22
23. Características dos Sistemas de informações Transacionais
INPUTS PROCESSAMENTO OUTPUTS USUÁRIOS
Evento, transação Intercalar, listar, Relatório detalhado, Operário, nível
ordenar, atualizar lista, sumário básico da estrutura,
seus supervisores
Como exemplos, estão nesta classificação os seguintes sistemas de informações:
a. Planejamento e controle da produção; com nome do produto, data da produção;
b. Faturamento; nome do item de venda, preço do item;
c. Contas a pagar e a receber; valor do título, data do vencimento;
d. Estoque; código do material, tipo de material;
e. Folha de pagamento; valor do salário; valor do provento; nome do funcionário;
f. Contabilidade fiscal; valor do lançamento, natureza do lançamento;
g. Etc.
As informações geradas pelos sistemas de informações transacionais são analíticas,
detalhadas, e apresentadas no tempo singular.
2. Sistemas de Informações Gerenciais
Sistemas de informações gerenciais (SIG), também chamados de sistemas de apoio à gestão
organizacional ou sistemas gerenciais. Contemplam o processamento de grupos de dados
das operações e transações operacionais, transformando-os em informações agrupadas para
gestão. Trabalham com dados sintetizados das operações das funções organizacionais,
auxiliando na tomada de decisão do corpo gestor.
Resumindo, é todo e qualquer sistema que manipula informações agrupadas para contribuir
para o corpo gestor da organização.
Como exemplos de sistemas de informações gerenciais citamos:
a. Planejamento e controle da produção; com informações sobre o total de peças
produzidas; número de peças com defeito;
b. Faturamento; com o valor do faturamento do dia, valor acumulado do mês;
c. Contas a pagar e a receber; número de títulos do dia, número de inadimplentes;
d. Estoque; percentuais de estoque distribuídos por grupo de materiais; quantidade de
peças disponíveis;
e. Contabilidade fiscal; com informações sobre o valor acumulado de impostos a
recolher no mês, valor total dos tributos;
f. Folha de pagamento; valor acumulado dos salários, valor dos encargos sociais;
Em um SI, as informações são apresentadas em grupos, ou sintetizadas, tais com totais,
percentuais, acumuladores, e normalmente apresentadas no tempo gramatical plural.
23
24. Características dos Sistemas de Informações Gerenciais
INPUTS PROCESSAMENTO OUTPUTS USUÁRIOS
Modelos simples, Relatório de rotina, Relatórios sumários, Gerentes,
dados sumariados modelos simples, relatórios de coordenadores,
das transações ou baixo nível de análise exceção supervisores de
operações, grande segundo escalão
volume de dados
3. Sistema de apoio à decisão
É o sistema de informações desenvolvido para atender às necessidades do nível estratégico
da corporação. Os sistemas de apoio à decisão auxiliam a direção da corporação a tomar
decisões em um ambiente de rápidas mudanças que podem ocorrer, geralmente, ao longo de
um único dia. Os SAD usam informações internas geradas pelos demais sistemas de
informações (SIT/SIG e outros), além de fontes externas, tais como nível de preço dos
competidores, oferta do produto existente no mercado.
É o sistema que mais trabalha com modelos de análise de dados. O SAD está estruturado
para que seus usuários trabalhem em tempo real com seus resultados.
Suas principais características são:
a. Focaliza a decisão, ajuda a alta gerência das empresas no processo de
tomada de decisão;
b. Enfatiza a flexibilidade, adaptabilidade e respostas rápidas;
c. Permite que os usuários inicializem e controlem as entradas e saídas;
d. Oferece suporte e ajuda para a solução de problemas cujas soluções podem
não estar especificadas em seu desenvolvimento;
e. Dá suporte a estilos individuais de tomada de decisão dos gerentes que com
ele trabalhem;
f. Usam sofisticados modelos de análise e modelagem de dados.
Nos sistemas de informação de apoio a decisão, as informações são apresentadas de forma
macro, sempre relacionados com o meio ambiente interno ou externo da organização.
4. Sistemas de telecomunicações
Telecomunicações é a troca de informação por qualquer meio (voz, dados, texto,
imagens, áudio, vídeo) em redes de computadores. As principais tendências que
estão ocorrendo no campo das telecomunicações tem um impacto importante nas
decisões gerenciais nesta área. Veja no gráfico a seguir as principais tendências
na indústria, tecnologias e aplicações de telecomunicações que aumentam
significativamente as alternativas de decisão enfrentadas pelos gerentes e
profissionais das organizações.
24
25. Telecomunicações é a comunicação de informações por meios eletrônicos, em
geral a certa distância. Anteriormente, telecomunicações significava transmissão
de voz por linhas telefônicas. Hoje, grande parte da transmissão de
telecomunicações é a transmissão digital de dados. Computadores são usados
para transmitir dados de um local para outro. Estamos atualmente no meio de
uma revolução nas telecomunicações, que está espalhando a tecnologia de
comunicações e os serviços de telecomunicações por todo o globo.
Tendências do setor
Para fornecedores, empresas, alianças e serviços de rede mais competitivos,
acelerada pela desregulamentação e pelo crescimento da Internet e da Rede
Mundial de Computadores.
Expectro de serviços de
telecomunicações hoje
existentes
TV Comercial
TV de alta definição
Pay-per-view
Vídeo por demanda
TV interativa
Videogames interativos
Compras por catálogos
em vídeo
Ensino à distância
Multimídia eletrônica
Redes de imagens
Serviços de transação
Acesso à Internet/dados
em alta velocidade
Telecomutação
Videoconferência
Telefonia por vídeo
Comunicações pessoais
ISDN (Rede Digital
Integrada de Serviços)
Serviços telefônicos
convencionais
25
26. Tendências da tecnologia
Para a utilização extensiva da Internet, fibras ópticas digitais e tecnologias
sem fio para criar interconexões globais e locais de alta velocidade para voz,
dados, imagens e comunicações em vídeo e áudio.
Tecnologia de rede Internet como plataforma tecnológica, são os principais
direcionadores da atual tecnologia de telecomunicações. Conjunto de
navegadores da rede, editores de páginas eletrônicas em HTML, servidores
de Internet e intranet, software de gerenciamento de rede, produtos de rede,
dispositivos de segurança, etc.
Sistemas abertos são sistemas de informação que utilizam padrões comuns
para hardware e software, aplicações e redes. Os sistemas abertos, como a
Internet, as intranets e extranets nas empresas, criam um ambiente de
computação aberto ao fácil acesso por usuários finais e seus sistemas de
computadores de em rede. Os sistemas abertos propiciam maior
conectividade, ou seja , a capacidade de os computadores em rede e outros
dispositivos acessarem e se comunicarem facilmente e compartilharem
informações.
26
27. Glossário
ASCII
American Standard Code for Information Interchange, ou Código Americano para
Intercâmbio de Informação.
EBCDIC
Extended Binary Coded Decimal Interchange Code, ou Código de Intercâmbio
Decimal Extendido Codificado em Binário; é utilizado pelos Mainframes IBM.
Tabela Unicode
Unicode Worldwide Character Standard ou Padrão Mundial de Código Único para
Caracteres; é uma extensão da tabela ASCII para incluir o alfabeto latino como os
não latinos de 24 linguagens diferentes (chinês, russo, árabe, etc). Ela permite ler
um texto em russo ou em chinês na Internet.
GPRS
General Packet Radio Services (GPRS) is a packet-based wireless communication service
that promises data rates from 56 up to 114 Kbps and continuous connection to the Internet
for mobile phone and computer users. The higher data rates will allow users to take part in
video conferences and interact with multimedia Web sites and similar applications using
mobile handheld devices as well as notebook computers. GPRS is based on Global System
for Mobile (GSM) communication and will complement existing services such circuit-switched
cellular phone connections and the Short Message Service (SMS).
In theory, GPRS packet-based service should cost users less than circuit-switched services
since communication channels are being used on a shared-use, as-packets-are-needed
basis rather than dedicated only to one user at a time. It should also be easier to make
applications available to mobile users because the faster data rate means that middleware
currently needed to adapt applications to the slower speed of wireless systems will no
longer be needed. As GPRS becomes available, mobile users of a virtual private network
(VPN) will be able to access the private network continuously rather than through a dial-up
connection.
GPRS will also complement Bluetooth, a standard for replacing wired connections between
devices with wireless radio connections. In addition to the Internet Protocol (IP), GPRS
supports X.25, a packet-based protocol that is used mainly in Europe. GPRS is an
evolutionary step toward Enhanced Data GSM Environment (EDGE) and Universal Mobile
Telephone Service (UMTS).
GSM
GSM (Global System for Mobile communication) is a digital mobile telephone system that is
widely used in Europe and other parts of the world. GSM uses a variation of time division
27
28. multiple access (TDMA) and is the most widely used of the three digital wireless telephone
technologies (TDMA, GSM, and CDMA). GSM digitizes and compresses data, then sends it
down a channel with two other streams of user data, each in its own time slot. It operates at
either the 900 MHz or 1800 MHz frequency band.
GSM is the de facto wireless telephone standard in Europe. GSM has over 120 million
users worldwide and is available in 120 countries, according to the GSM MoU Association.
Since many GSM network operators have roaming agreements with foreign operators,
users can often continue to use their mobile phones when they travel to other countries.
American Personal Communications (APC), a subsidiary of Sprint, is using GSM as the
technology for a broadband personal communications service (PCS). The service will
ultimately have more than 400 base stations for the palm-sized handsets that are being
made by Ericsson, Motorola, and Nokia. The handsets include a phone, a text pager, and
an answering machine.
GSM together with other technologies is part of an evolution of wireless mobile
telemmunication that includes High-Speed Circuit-Switched Data (HCSD), General Packet
Radio System (GPRS), Enhanced Data GSM Environment (EDGE), and Universal Mobile
Telecommunications Service (UMTS).
28
29. A confiabilidade dos Sistemas de Informação
1. Confiabilidade de Hardware
Qualquer máquina ou organismo é inconfiável, no sentido de que pode falhar sem
aviso prévio. Alguns falham menos, outros mais, mas todos falham.
O quanto um sistema falha é determinado pela Teoria da Confiabilidade.
Consideremos um maquinismo composto por várias peças trabalhando em série, isto
é, o maquinismo só funciona se todas as peças funcionarem ao mesmo tempo. Por
exemplo, o sistema que faz um carro andar é composto das peças: anéis do pistão,
pistão, pino da biela, biela, bronzinas, parafusos, eixo de manivela (virabrequim),
mancais, etc. Se apenas uma dessas peças falhar, o conjunto todo não funciona e o carro
pára. Qual a chance desse sistema falhar?
Vamos simplificar, usando apenas duas peças.
Sabe-se que, funcionando durante 1000 horas (sua vida útil), apenas 5% das peças
do tipo A (todas iguais) falham. Então a confiabilidade da peça A é de 95%, e sua
inconfiabilidade é de 5%.
Suponhamos que outra peça, do tipo B, também tenha a mesma confiabilidade.
Montamos um sistema composto por essas duas peças trabalhando em série, isto é, se
uma falhar, os sistema todo falha.
Para calcular a confiabilidade do sistema, usamos uma árvore de probabilidades,
conforme figura abaixo.
Sistema falhou
Peça B não Falha 4,75%
95%
Peça A Falha Peça B Falha Sistema falhou
5% 0,25%
5%
Peça B Falha Sistema falhou
5% 4,75%
Peça A não Falha
95%
Peça B não Falha Sistema não falhou
95% 90,25%
Figura: Arvore de probabilidade para duas peças em série
29
30. Esse gráfico indica todas as possibilidades que podem ocorrer com o sistema
funcionando durante 1000 horas. Como se nota, o sistema não falhou em apenas uma
das quatro possibilidades, com uma probabilidade de 0,95 X 0,95 = 90,25%.
Assim um sistema constituído de dois componentes em série, cada um com
confiabilidade de 95%, tem uma confiabilidade de 90,25% e a sua inconfiabilidade é de
9,75%. Em outras palavras, o sistema composto pelos dois componentes A e B falhará
em 9,75% dos casos e um período de 1000 horas.
Esse resultado demonstra que quanto mais componentes em série um sistema tiver
menor será sua confiabilidade. A possibilidade de falha é um risco com a qual temos
que conviver, para tanto são necessários os planos de contingência, isto é, planos que
prevejam como proceder quando o sistema fatalmente falhar.
Há três maneiras de aumentar a confiabilidade de qualquer sistema seja ele humano,
mecânico, eletrônico ou combinado.
1. mantendo o sistema o mais simples possível (número mínimo de
componentes);
2. usando componentes o mais confiáveis possíveis;
3. usando redundância, isto é, duplicando em paralelo o sistema.
Um exemplo de redundância é o utilizado em aviões que possuem vários
computadores ligados em série. Para o avião funcionar bastaria apenas um
computador, mas em caso de falha deste único computador o avião cairia. Então os
engenheiros projetam o sistema com três ou mais computadores pois em caso de
falha de um dos computadores os outros assumem o controle.
Para entender porque a redundância aumenta a confiabilidade dos sistemas,
montamos novamente uma árvores de probabilidades para um sistema paralelo
A//B, como indicado na figura abaixo. Tomamos o sistema A, já tratado, com
confiabilidade de 90,25% e inconfiabilidade de 9,75%, e fazemos com que opere em
paralelo com um sistema idêntico a ele, o sistema B.
Para o sistema A//B falhar, é necessário que ambos, A e B falhem ao mesmo
tempo, o que só ocorre em um caso, com probabilidade de 0,95% (0,0975 X
0,0975). Nos demais casos A//B sempre funcionará, com probabilidade (1-
0,95%)=99,05%.
30
31. Sistema A//B falhou
Sistema B Falha 0,95%
9,75%
Sistema A Falha Sistema B não Falha Sistema A//B não falhou
9,75% 90,25% 8,80%
Sistema B Falha Sistema A//B não falhou
9,75% 8,80%
Sistema A não Falha
95%
Sistema B não Falha Sistema A//B não falhou
90,25% 81,45%
Figura: árvore de probabilidades para dois sistemas em paralelo
Em resumo, se um sistema de confiabilidade de 90,25% for tornado redundante com
outro sistema idêntico e em paralelo, o sistema composto pelos dois vai ter uma
confiabilidade de 99,05%, ou uma inconfiabilidade de 0,95%. Aumentamos a
confiabilidade de 90,25% para 99,05%, usando redundância.
A CONFIABILIDADE NUNCA CHEGARÁ A 100%
2. Confiabilidade do software
Os softwares por serem sistemas não físicos são menos vulneráveis a falhas, pois
durante o processo de desenvolvimento passam por inúmeros testes. No entanto um
software como o Word, por exemplo, que tem mais de 300 mil linhas de código algum
bug (expressão inglesa que significa besouro e é utilizada para definir qualquer defeito
em softwares), deve existir somente aguardando o momento de se manifestar.
Outro fator de falhas de software é o chamado peopleware ou a influência da ação
humana sobre o software, abaixo vejamos algumas dessas influências:
Fadiga Humana: o número de erros cometidos aumenta com o passar das
horas, tornando-se alto depois de umas oito horas de trabalho consecutivo.
Uma pessoa que trabalha em excesso tem baixa confiabilidade no fim do
31
32. expediente, pois seu cérebro está esgotado (os bugs cerebrais aumentam),
precisando de descanso para recuperar sua confiabilidade.
Problemas pessoais: preocupações com a família, dívidas a pagar e desvios
de personalidade são causas de erros durante o trabalho.
Desajustes com a empresa: mau ambiente de trabalho, perseguições
políticas, medo de ser despedido, chefia incompetente ou mal preparada para
o cargo.
Interesses pessoais: que podem ocasionar fraudes (erros deliberados).
Incompetência: falta de treinamento, de interesse ou de motivação para a
função exercida.
Exercício: Para exemplos atuais pesquise no site do Google por “falhas de software”.
Liste três casos de falhas em softwares a partir do site citado.
Segurança dos computadores
1. Hackers – aquele que mexe nas coisas, fuçador.
Geralmente começa com um garoto que gosta muito de computador, que começa
estudar o funcionamento de programas e redes, e com o tempo descobre novas formas
de acessar outros computadores e então passa a cometer os chamados cybercrimes
invadindo outros computadores e roubando informações.
Atualmente muitas empresas contratam hackers para trabalhar em suas instalações e
descobrir eventuais falhas de segurança. Também há um mercado promissor para
empresas de segurança em tecnologia da informação.
Características
1. Indivíduo que adora explorar os detalhes de sistemas programáveis e ampliar suas
habilidades, em oposição à maioria dos usuários que prefere aprender apenas o mínimo
necessário.
2. Indivíduo que desenvolve programas com entusiasmo (e até de forma obsessiva) ou que
prefere programar a se preocupar com os aspectos teóricos da programação.
3. Indivíduo que desenvolve programas com rapidez e qualidade.
4. Especialista em um determinado programa ou que costuma usá-lo com grande
freqüência, como um hacker do Unix.
5. Especialista ou entusiasta de um determinado tipo. O indivíduo pode ser um hacker em
astronomia, por exemplo.
32
33. 6. Indivíduo que adora desafios intelectuais envolvendo sucesso criativo ou superação de
limitações.
7. [depreciativo]: Indivíduo malicioso e intruso que tenta obter acesso a informações
confidenciais através de espionagem. Daí os termos hacker de senha, hacker de rede. É
preferível ser chamado de hacker pelos outros a se intitular um hacker. Os hackers
consideram-se uma elite (um privilégio baseado na habilidade), embora recebam com
alegria os novos membros. Eles sentem, entretanto, uma certa satisfação egocêntrica em
serem identificados como hackers (mas se você tentar ser um deles e não consegue, é
considerado falso).
Dentro de Hacker, pode existir 3 divisões
O próprio Hacker: É aquela pessoa que possui uma grande facilidade de análise,
assimilação, compreensão e capacidades surpreendentes de conseguir fazer o que quiser
(literalmente) com um computador. Ela sabe perfeitamente que nenhum sistema é
completamente livre de falhas, e sabe onde procurar por elas, utilizando de técnicas das
mais variadas (aliás, quanto mais variado, mais valioso é o conhecimento do hacker).
Cracker: Possui tanto conhecimento quanto os hackers, mas com a diferença de que, para
ele, não basta entrar em sistemas, quebrar senhas, e descobrir falhas. Ele precisa deixar um
aviso de que esteve lá, geralmente com recados mal-criados, algumas vezes destruindo
partes do sistema, e até aniquilando com tudo o que vê pela frente. Também são atribuídos
aos crackers programas que retiram travas em softwares, bem como os que alteram suas
características, adicionando ou modificando opções, muitas vezes relacionadas à pirataria.
Phreaker: É especializado em telefonia. Faz parte de suas principais atividades as ligações
gratuitas (tanto local como interurbano e internacional), reprogramação de centrais
telefônicas, instalação de escutas (não aquelas colocadas em postes telefônicos, mas
imagine algo no sentido de, a cada vez que seu telefone tocar, o dele também o fará, e ele
poderá ouvir sua conversa), etc. O conhecimento de um phreaker é essencial para se buscar
informações que seriam muito úteis nas mãos de mal-intencionados. Além de permitir que
um possível ataque a um sistema tenha como ponto de partida provedores de acessos em
outros países, suas técnicas permitem não somente ficar invisível diante de um provável
rastreamento, como também forjar o culpado da ligação fraudulenta, fazendo com que o
coitado pague o pato (e a conta).
Fatos e história
A quantidade de ações criminosas que um hacker pode realizar é grande, e sempre novas
são descobertas. Eis alguns exemplos dessas ações às quais todos estamos sujeitos:
a. Gerar um cartão de crédito válido, mas falso, e fazer compras com ele;
b. “bombardear” uma conta de e-mail com milhares de e-mails, bloqueando
sua caixa de correio, e-mail bomb:
i. um caso de e-mail bomb: em 2003, o jornal The Strits Times,
informa que um chinês de 15 anos enviou 161.064 e-mails para um
33
34. professor que o havia tratado mal, paralisando a caixa postal do
mestre.
c. Invasão de um banco, transferindo dinheiro de uma conta para a sua;
d. Invadir uma rede de computadores e copiar as senhas usadas;
e. Ficar observando o trafego de uma rede, coletando informações;
f. Provocar a parada de um computador que administra uma rede (servidor) da
Internet ou em um computador específico;
g. Alterar o conteúdo de uma home page
h. Construir um vírus;
i. Copiar software comercial (pirataria);
j. Trocar música pela Internet (P2P ou peer to peer);
Hackers Famosos
Kevin David Mitnick (EUA)
O mais famoso hacker do mundo.
Atualmente em liberdade condicional, condenado por fraudes no
sistema de telefonia, roubo de informações e invasão de sistemas.
Os danos materiais são incalculáveis
Kevin Poulsen (EUA)
Amigo de Mitnick, também especializado em telefonia, ganhava
concursos em rádios. Ganhou um Porsche por ser o 102º ouvinte a
ligar, mas na verdade ele tinha invadido a central telefônica, e isso foi
fácil demais.
Mark Abene (EUA)
Inspirou toda uma geração a fuçar os sistemas públicos de
comunicação - mais uma vez, a telefonia - e sua popularidade chegou
ao nível de ser considerado uma das 100 pessoas mais "espertas" de
New York. Trabalha atualmente como consultor em segurança de
sistema.
34
35. John Draper (EUA)
Praticamente um ídolo dos três acima, introduziu o conceito de
Phreaker, ao conseguir fazer ligações gratuitas utilizando um apito de
plastico que vinha de brinde em uma caixa de cereais. Obrigou os
EUA a trocar de sinalização de controle nos seus sistemas de
telefonia.
Johan Helsingius (Finlândia)
Responsável por um dos mais famosos servidores de email anônimo.
Foi preso após se recusar a fornecer dados de um acesso que
publicou documentos secretos da Church of Scientology na Internet.
Tinha para isso um 486 com HD de 200Mb, e nunca precisou usar seu
próprio servidor.
Vladimir Levin (Rússia)
Preso pela Interpol após meses de investigação, nos quais ele
conseguiu transferir 10 milhões de dólares de contas bancárias do
Citibank. Insiste na idéia de que um dos advogados contratados para
defendê-lo é (como todo russo neurótico normalmente acharia), na
verdade, um agente do FBI. Ele não é tão feio quanto parece nesta
foto.
Robert Morris (EUA)
Espalhou "acidentalmente" um worm que infectou milhões de
computadores e fez boa parte da Internet parar em 1988. Ele é filho de
um cientista chefe do National Computer Security Center, parte da
Agência Nacional de Segurança. Ironias...
35
36. Fonte: http://www.portugal-global.com.pt/varios/hackers/hackers.htm
2. Vírus
Atualmente são tantas as pragas que afetam os computadores que se criou uma nova
categoria para classificar estes programas parasitas. Surgiu o termo MALWARES que é a
abreviação de malicious-logic software, ou programa com lógica mal-intencionada.
Os vírus surgiram na década de 80 e atualmente já existem mais de 50.000 vírus
conhecidos.
O vírus é um programa feito, geralmente em linguagem baixa (linguagem C ou
assembly), e que fica “hospedado” em um outro programa executável. Programa
executável, como o próprio nome sugere, pode ser executado em um computador para
produzir entrada ou saída de dados. Exemplos de programas executáveis são: o Word, o
Excel, o PowerPoint, o Windows Media Player, o Messenger, e outros que podem ser
utilizados para as diversas funções do computador.
Ações comuns executadas pelos vírus:
1. reproduz-se;
2. envia e-mails para outras pessoas com uma cópia do vírus; os destinatários são
encontrados na lista de endereços de e-mail da vítima;
3. executa a função definida pelo hacker que o criou (ex. apagar arquivos do disco).
Tipos de vírus
Worm (verme) não precisa “parasitar” nenhum programa. Ele pode ser executado a partir
de um anexo de e-mail, quando então se duplica e envia uma cópia para outra pessoa,
continuando o processo. Também pode, em paralelo, danificar a máquina que o hospeda.
APPLET é um executável programado numa linguagem chamada Java e caminha junto
com páginas HTML, de onde é executado. Um applet não se reproduz, e a maioria é
inofensiva. Os applets são usados para produzir animações quando se acessa um site.
Trojan (Cavalo de Tróia) é um tipo de vírus que vem agregado a algum programa, e como
no caso da mitologia vem na forma de um presente.
Todos os vírus produzem alguma forma de dano aos dados existentes no micro
hospedeiro, como examinar o que está sendo digitado e enviar esta informação a alguém,
registrar hábitos do usuário do computador para enviar a alguma agência de publicidade,
apagar dados existentes, apagar o conteúdo de arquivos, etc.
36
37. 3. Como proteger
Atualmente ter um computador leva a uma atividade adicional que é a de ser um perito em
segurança, caso contrário você terá que gastar uma boa quantia de dinheiro pagando para
terceiros recuperarem seus dados, quando isto for possível.
Alguns cuidados, as pessoas e as empresas, precisam ser tomados para proteger os dados
gravados nos computadores.
Ter um antivírus atualizado
Programa Antivirus é um tipo de programa que procura nos periféricos de
armazenamento dos computadores por virus conhecidos ou potenciais. O mercado
para este tipo de programa cresceu muito em virtude do crescimento do uso
comercial da Internet.
Ter um verificar de spyware
Ter um firewall atualizado (hardware para empresas e software para uso domestico)
Um firewall, trabalha com um programa de roteamento, examinando cada pacote da
rede para determinar se o pacote de dados entra ou não na rede. Um firewall
freqüentemente é instalado em um computador especialmente projetado para este
fim e este computador fica separado do resto da rede de modo que que qualquer
solicitação não entra diretamente na rede sem antes ser analisado pelo firewall.
Ter uma política de segurança
Uma política de segurança deverá abranger várias áreas do negócio para a proteção
do mesmo, exemplos de tópicos envolvidos numa política de segurança:
Análise de risco;
Regras de acesso a diferentes níveis e funcionários;
Segurança física;
Segurança de dados e softwares;
Segurança de rede;
etc
Práticas para evitar fraudes na Internet (www.internetsegura.org)
1) Proteja seu computador
Tenha instalado antivírus (de preferência atualizado automaticamente, porque nós temos a
tendência de esquecer de fazer as atualizações manualmente), um firewall e um anti-spams.
37
38. 2) Não forneça senhas
Nunca informe qualquer senha para qualquer pessoa ou para qualquer pedido de
cadastramento ou recadastramento sob nenhum argumento.
3) Atenção no destinatário
Recuse qualquer e-mail cujo o remetente seja desconhecido, ou que sua identidade levante
suspeitas. Essas mensagens devem ser deletadas. Preste atenção em endereços falsos.
4) Pagamento
Um das formas mais comuns de aplicação de golpes é a exigência de pagamentos
antecipados. Certifique-se sobre a procedência do site e em caso de dúvida, contate a
empresa através do atendimento on-line ou telefone fixo. Ao sentir qualquer desconfiança,
não efetue o pagamento.
5) Dados pessoais
Forneça somente seus dados pessoais como CPF e RG para sites reconhecidos e de
procedência confiável. Em caso de dúvida da procedência do site, não forneça os seus
dados pessoais
6) Participação de sorteios
Todo sorteio deve estar devidamente regularizado através da Caixa Econômica Federal, do
SEAE (Secretária de Acompanhamento Econômico) ou SUSEP (Superintendência de
Seguros Privados). Recuse participar de sorteios de ofertas tentadoras e milagrosas, pois
normalmente ações como estas são armadilhas para roubar dados e identidades.
7) Ofertas tentadoras
Não aceite ofertas tentadoras via email , geralmente encaminhadas por logins falsos, que
prometem prêmios instantâneos ou descontos especiais.
8) Programas de invasão
Cuidado com mensagens beneficentes ou que contenham ../imagens de catástrofes, atos de
barbárie, pornografia, acidentes etc que são enviadas para que sejam abertas. A curiosidade
do internauta é explorada pelos falsários, com o intuito de aplicar golpes. Geralmente os
arquivos com as supostas ../imagens carregam programas de invasão que se instalam
ocultamente no computador do usuário, para posteriormente roubar senhas e dados
cadastrais da pessoa.
9) E-mails
Não abrir anexos de e-mails vindos de desconhecidos ou mesmo de conhecidos mas com
texto suspeito ou sem sentido. Leia as mensagens antes de clicar nos links. Esse tipo de
mensagem contém muitos erros gramaticais. Se ficar tentado em clicar no link de uma
mensagem, verifique antes se a extensão é um arquivo .exe ou .zip , ou se refere a um
38
39. formulário. Caso positivo delete imediatamente a mensagem Exemplo :
http://65.75.191.196/emailscan.EXE
Criptografia
Criptografia (do grego Kryptós, escondido + graphia, escrita) é uma forma de codificar um
texto sigiloso, evitando que estranhos o leiam.
A criptografia foi utilizada pelos generais romanos quando desejavam enviar mensagens e
queria mantê-las secretas até que o destinatário as recebessem. Inicialmente a criptografia
se restringia a simples troca de letras, por exemplo, o A pelo X etc; cuja chave era de
conhecimento somente do destinatário.
Este tipo de criptografia funcionou até a Segunda Guerra Mundial, quando do exército
americano decifrou os códigos do exército alemão. Depois os alemães inventaram uma
máquina chamada ENIGMA que ainda hoje é considerada moderna.
No entanto com a proliferação da Tecnologia da Informação novas técnicas foram
desenvolvidas tornando, na atualidade, virtualmente impossível que um arquivo
incriptografado ser lido por qualquer pessoa que não tenha a chave para decifrar o código.
A criptografia é um assunto tratado com tão grande importância que os Estados Unidos
somente liberou a exportação de programas sofisticados de criptografia após 1999.
Projeto e Implantação de Sistemas de Informação
1. Etapas do processo
Processo de
Iniciação Processo de
Planejamento
Processo de
Controle
Processo de
Execução
Processo de
Encerramento
39
40. Etapas ou Processos de um projeto de acordo com o PMBOK (Project Management
Book of Knowledgement)
Processo de Iniciação
Esta fase, que dá inicio ao projeto, é caracterizada por um conjunto de percepções, vontades
e interesses, em geral estimulado por uma demanda/necessidade manifestada por uma
entidade externa ou uma oferta/oportunidade com origem na organização ou grupo que
empreenderá o projeto. Segue-se a identificação da necessidade ou da oportunidade e da
maneira de supri-las, isto é, identifica-se o problema e concebe-se a fase de iniciação, que,
uma vez concluída com sucesso, define o comprometimento da organização em prosseguir
com a fase seguinte. É comum fazer-se uma estimativa aproximadas dos esforços a serem
despendidos, especialmente em termos de recursos necessários e estimativas de custos e
prazos, para dar base à autorização do projeto.
A iniciação é o processo de reconhecimento formal que um novo projeto existe ou que um
projeto existente deve continuar em sua próxima fase. A iniciação formal liga o projeto
com o trabalho em execução na organização. Em algumas organizações um projeto é
formalmente iniciado somente depois da conclusão de um estudo de viabilidade, de um
plano preliminar ou de qualquer outra forma equivalente de análise que foi iniciada
separadamente. Alguns tipos de projetos, especialmente projetos de serviços internos e
projetos para o desenvolvimento de novos produtos, são iniciados informalmente e alguma
quantidade limitada de trabalho é feita para assegurar as aprovações necessárias para a
iniciação formal. Os projetos são, tipicamente, autorizados como resultado de uma ou mais
das seguintes situações :
· Uma demanda de mercado
por exemplo, uma companhia de óleo autoriza um projeto para construir uma nova
refinaria em resposta à uma escassez crônica de gasolina.
· Uma necessidade do negócio
por exemplo, uma companhia de treinamento autoriza um projeto para criar um
novo curso para incrementar as receitas.
· Um pedido (uma exigência) de cliente
por exemplo, uma empresa pública de energia elétrica autoriza um projeto para
construção de uma nova subestação para servir um novo parque industrial.
· Um avanço tecnológico
por exemplo, uma firma eletrônica autoriza um novo projeto para desenvolver um
jogo para vídeo após a introdução do vídeo cassete.
· Uma exigência legal
por exemplo, um fabricante de tintas autoriza um projeto para estabelecer
orientações para manuseio de materiais tóxicos.
40
41. Esses estímulos podem ser, também, chamados de problemas, oportunidades ou exigências
do negócio. O tema central de todos esses termos é que a gerência deve, geralmente, tomar
a decisão sobre como responder.
Processos de Planejamento
Planejamento
de escopo Detalhamento
escopo do escopo
escopo
Estimativa de
Planejamento Duração das Definição das
de recursos atividades atividades
recursos
Sequências
das atividades
Estimativa atividades
de custos
custos
Desenvol. do
cronograma
Orçamento de
custos
Plano do Projeto
O planejamento do do escopo fornece a documentação que servirá de base para tomada
de decisões futuras no projeto e para confirmar ou desenvolver um entendimento comum
do escopo entre as partes envolvidas. Com o progresso do projeto, a declaração do escopo
pode necessitar ser revisada para refletir as mudanças do escopo do projeto.
O detalhamento do escopo significa na subdivisão dos principais subprodutos do projeto
em componentes menores e mais manejáveis para se ter condição de :
Melhorar a precisão das estimativas de custo, tempo e recurso.
Definir um baseline para medir e controlar o desempenho.
Facilitar uma atribuição clara de responsabilidades.
41
42. Para as outras demais atividades do Processo de Planejamento várias técnicas e ferramentas
são utilizadas, conforme descrito abaixo:
- Técnicas de levantamento de dados
As técnicas de levantamento de dados constituem-se em relevantes ferramentas de
concepção, desenvolvimento, implantação e gestão de sistemas de informação.
Momento da utilização: fase de concepção, início ou estudo preliminar do projeto.
Importância: está ligada ao sucesso do projeto de sistemas de informação que
depende fundamentalmente das atividades de levantamento de dados. Essas
atividades permitirão à equipe multidisciplinar envolvida analisar situações, relatar
problemas ou dificuldades e sugerir propostas que possam contribuir para a solução
de problemas ou melhoria dos temas investigados.
Ações necessárias: definição das técnicas de levantamento de dados baseadas em
fatores culturais, políticos, econômicos-financeiros, operacionais, gerenciais e
estratégicos; elaboração de um planejamento voltado a atingir os objetivos, custos e
prazos do projeto; e capacitação dos integrantes da equipe.
Um inadequado levantamento de dados pode comprometer o desempenho e o
resultado do projeto, principalmente no que tange à identificação do problemas da
organização, na definição de propostas de soluções, no cumprimento das exigências
do projeto e na imagem institucional da organização. Também pode ocasionar um
diagnóstico pobre, induzir conclusões comprometedoras, não identificar as causas
dos problemas, gerar soluções medíocres, provocar custos elevados, comprometer
os prazos, omitir processos fundamentais e levar a equipe ou a organização ao
descrédito.
- Levantamento de dados
As principais fases do levantamento de dados são:
Planejamento ou preparação;
Realização ou levantamento de dados;
Interpretação ou análise de dados;
Conclusão e documentação.
A distribuição do tempo para estas fases deve ser equilibrada conforme sua
importância, pois o dimensionamento de poucas horas para uma fase pode
comprometer a seguinte, mesmo que o tempo desta seja ideal para sua
execução.
- Técnicas de levantamento de dados
42
43. Existem inúmeras técnicas de levantamento de dados. Todas as técnicas, que
podem ser utilizadas em conjunto, possuem um conceito próprio e suas
respectivas vantagens e desvantagens.
Destacam-se principalmente essas:
Entrevista;
Observação pessoal;
Questionário;
Seminário ou dinâmica de grupo;
Pesquisa;
Estudo de casos;
Survey;
Outros.
Na prática emprega-se a técnica mista, que é a integração de todas as
técnicas.
- Documentação do levantamento de dados
Os dados obtidos devem ser sistematicamente documentados. Não podem
ser confiados puramente à memória humana.
Dessa forma, podem ser criados ou utilizados os chamados “papéis de
trabalho” (ou documentos para levantamento de dados). Esses documentos
darão suporte a utilização dessas ferramentas e suas respectivas regras.
Destacam-se as seguintes formas de documentação: fluxogramas; diagramas
de objetos; diagramas de fluxo de dados; organogramas; descrições
narrativas; etc.
Metodologia de sistemas de informação
Uma metodologia completa constitui-se em uma abordagem organizada para atingir um
objetivo, por meio de passos preestabelecidos. É um “roteiro” ou um processo dinâmico e
interativo para desenvolvimento estruturado de projetos de sistemas de informação
(inclusive de software) visando à qualidade, produtividade, efetividade e inteligência desses
projetos.
Esse roteiro não é uma técnica tão-somente, pois se pode utilizar qualquer técnica para o
desenvolvimento do projeto de sistema de informação. A metodologia deve ser de toda a
organização e para toda a organização, de maneira que seja elaborada e utilizada por todos.
Ela deve ser amplamente discutida e detalhadamente avaliada por todos na organização:
gestores, desenvolvedores e usuários, ou seja, por uma equipe multidisciplinar. Também
deve ser revisada, atualizada e completamentada na medida do desenvolvimento dos
projetos de sistemas de informação.
Premissas e justificativas da metodologia do sistema de informação
43
44. As premissas para o desenvolvimento de sistemas de informação requerem as
proposições necessárias para que o projeto seja elaborado de forma competente e
satisfatória.
São três as premissas necessárias para o desenvolvimento de sistemas de informação
de forma metodológica:
Modularidade;
A modularidade não tolera o desenvolvimento de projetos de
sistemas de informação sem uma metodologia estruturada, ou seja, o
projeto deve ser desenvolvido em partes integradas;
Existência;
A existência retrata que sempre um sistema de informação deve ser
desenvolvido com uma metodologia, mesmo que ainda não esteja
fortemente sedimentada;
Equipe multidisciplinar;
Esta premissa exige que todo e qualquer projeto de sistemas de
informação deve ser desenvolvido por uma equipe multidisciplinar e
integrada.
As justificativas relatam as causas que comprovam a necessidade do uso
metodológico de um roteiro para desenvolver o projeto de sistemas de informação.
São seis as principais justificativas para o desenvolvimento metodológico de
sistemas de informação, onde seus produtos:
Fornecem a visão do estado do projeto a qualquer instante;
Servem como meio de comunicação entre os envolvidos;
Indicam a forma de participação de todos os envolvidos;
Detalham as fases e subfases dos níveis adequados aos interesses da
equipe envolvida;
Mantém um histórico documental do projeto;
São sempre bases para as fases e subfases seguintes.
Equipe multidisciplinar do projeto de sistemas de informação
A equipe multidisciplinar do projeto se sistemas de informação deve ser constituída
e capacitada antes de iniciar suas atividades. Pode sofrer alterações no decorrer de
cada fase. Deve ser multifuncional e adequada para cada projeto de sistemas de
informação e para cada organização, respeitando sua cultura, filosofia e políticas.
Deve sempre considerar os valores e talentos internos da organização.
44
45. Basicamente, têm-se como figuras principais quatro componentes ou papéis:
Patrocinador: pode ser um diretor ou gestor da maior função organizacional
envolvida ou o representante do cliente contratante. Possui alto poder de decisão,
formal ou informal, para determinar os objetivos específicos, prazos e negociar o
planejamento do projeto. Deve participar das reuniões, aprovações e avaliação dos
principais resultados e produtos. Essencialmente tem duas responsabilidades
fundamentais, ou seja, o patrocínio financeiro e o apoio político necessário ao
projeto.
Gestor do projeto: pode ser um cliente ou usuário diretamente ligado aos
procedimentos operacionais e sistêmicos do projeto. Deve possuir bom poder de
decisão e de negociação. Tem participação direta e efetiva no projeto, em todas as
reuniões e aprovação e avaliação de todos os resultados e produtos. É responsável
pelo cumprimento do planejamento do projeto, constituindo-se no maior executor
do projeto. Recomenda-se que esse gestor sempre seja um componente da equipe do
cliente ou usuário, principalmente que detenha o conhecimento do negócio em
questão. E que a unidade de tecnologia da informação (ou organização fornecedora)
fique na posição de prestadora de serviço, auxiliando e orientando a gestão do
projeto. Por um lado, o cliente como gestor do projeto tem mais força política na
organização, e de outro lado, determinando ele os prazos e os recursos para o
desenvolvimento do projeto, o que lhe dá mais satisfação e motivação. Nesse
sentido, o gestor da unidade da tecnologia da informação (gestor de
informática) não deve ser o gestor do projeto.
A equipe usuária ou do cliente pode ser composta de gestores ou técnicos do
negócio, assistentes ou auxiliares. São os executores das atividades operacionais
planejadas, ou seja, são as pessoas que dominam as funções organizacionais
envolvidas.
A equipe técnica pode ser composta de técnicos em informática, analistas de
sistemas ou engenheiros de software. São os executores das atividades que
envolvem os recursos da tecnologia da informação, ou seja, são as pessoas que
dominam as funções da informática necessárias na organização envolvida.
Ainda podem aparecer outros componentes para grandes projetos de sistemas de
informação ou para softwares especialistas em um domínio específico:
Gestor técnico;
Coordenador do projeto (líder técnico);
Engenheiro do conhecimento ou especialista;
Web design;
Assessores;
Consultores internos ou externos.
45