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FICHA RESUMO DO TEXTO
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- UFPel
Área: Subprojeto das Ciências Sociais
Nome do Bolsista: Jessica Rodrigues Araujo Cunha
Referência Bibliográfica: VEIGA – NETO, Alfredo José da. Currículo, Disciplina
e Interdisciplinaridade.
Título do texto: Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade.
O autor irá tratar no artigo a questão da interdisciplinaridade no sistema de
ensino brasileiro, destacando logo no início do artigo, que houve sim um
movimento interdisciplinar no país, porém os resultados não foram os
esperados.
As questões que surgem com a interdisciplinaridade repousam sobre o porquê
de mudar e como mudar.
A culpa da ciência
A partir desse tópico, o autor irá buscar uma explicação do porquê da frase que
dá nome desse tópico, pois segundo o mesmo, o método utilizado pela ciência
leva o indivíduo quando interessado em aprender algo, a fragmentar esse
objeto de conhecimento, ou seja, dessa forma deve-se fracionar o
conhecimento em disciplinas, para então aprender algo a fundo.
Para a ciência a chave para o conhecimento, é a fragmentação.
O autor cita então o filósofo francês Georges Gusdorf, que vem com a ideia de
restaurar a união que foi perdida durante esse período, acrescentando então
junto ao conhecimento dito técnico e cientifico, outras dimensões pertencentes
ao pensamento humano, com destaque a ética.
A interdisciplinaridade como terapêutica
Durante a década de 70 no Brasil, o filósofo Hilton Japiassu, junto com os
pensamentos e ideias de Gusdorf, Jantsch e Piaget, o autor identificou quatro
níveis progressivos que vão de multidisciplinaridade, passando pela
pluridisciplinar e interdisciplinar, chegando então a transdiciplinaridade.
No nível da multidisciplinaridade, as especialidades estão isoladas, ou seja, as
disciplinas não conversam.
Na pluridisciplinaridade, as disciplinas trocam conhecimentos, porém não criam
um conhecimento fora delas.
Na interdisciplinaridade já existe uma interação maior entre as disciplinas, onde
haveria um novo tipo de conhecimento.
O último nível, o transdisciplinar, haveria uma fusão disciplinar, onde não se
conseguiria mais identificar os limites entre as antigas disciplinas. A
transdiciplinaridade vem para restaurar a aliança perdida que foi citada
anteriormente.
O que aconteceu com o “movimento interdisciplinar”?
O movimento que aconteceu no Brasil se deu durante a década de 70 e foi
pensada para aquele contexto.
O autor irá então fazer uma análise sobre o movimento, escolhendo alguns
pontos, como por exemplo o que teria dado certo nesse movimento.
O primeiro ponto para o movimento não ter vingado, foi a questão de não se
conseguir mudar algo que está enraizado em nós por atos ou decretos.
Ele ainda diz que a busca de um saber unificado é algo difícil de ser alcançado.
Por isso, quando se tenta fundir duas ou mais disciplinas, surgem “fenômenos
epistemológicos”, como quando as disciplinas não se fundem, mas só
conversam entre si, ou partes delas se fundem formando uma nova, porém
essa nova não representa o que elas eram, pois a nova disciplina nunca é uma
síntese das anteriores que lhe deram origem.
A escola deve ser muito mais do que ensinar conteúdos, valores e práticas, ela
é o lugar onde se coloca em funcionamento as bases daquilo que FOCAULT
(1991, p.121) denominou a razão de estado. O sujeito moderno tem de se auto
governar.
O autor acredita que se pode ter sucesso no emprego da interdisciplinaridade.
Porém no Brasil, durante o movimento que ele se refere que aqui ocorreu, o
máximo de sucesso que se obteve foi o estabelecimento de currículos ou
práticas pedagógicas pluridisciplinares.
Que lições podemos tirar de tudo isso?
Essa última parte do artigo, o autor deixou para comentar sobre os aspectos e
problemas produtivos para a teoria educacional. O autor separa esses aspectos
e problemas por eixos.
O primeiro eixo é constituído pela reflexão e investigação epistemológica, que
se agrupam em torno das discussões sobre a possibilidade de se efetuar a
interdisciplinaridade.
O segundo eixo diz respeito sobre o movimento interdisciplinar no Brasil e os
seus desdobramentos.
O terceiro eixo tem caráter político, onde constituiu-se das questões referentes
aos resultados práticos e soluções pedagógicas.
Por fim o autor deixa claro que buscou mostrar no artigo as dificuldades que se
tem quando se faz qualquer alteração na relação poder-saber, mostrando que
na verdade é muito mais do que simplesmente mexer na disciplinaridade.
Análise crítica do texto: O autor num primeiro momento busca mostrar como
surgiu o problema da fragmentação do nosso ensino no mundo moderno,
mostrando também suas consequências e com isso pode ser mudado e quais
seriam os métodos para essa possível mudança.
O ponto que mais chama atenção durante a leitura do artigo, é que
diferentemente de tantos outros que dizem que a mudança no sistema de
ensino precisa ser implantada, como se fosse uma peça de automóvel que se
se troca com um simples gesto, o autor é realista e sincero ao mostrar que
mudar ou tentar mudar algo que está enraizado em nós não é tão simples, e
através desse pensamento, ele mostra todas as dificuldades que seriam
encontradas nesse longo caminho.

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Fichamento Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade

  • 1. FICHA RESUMO DO TEXTO Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- UFPel Área: Subprojeto das Ciências Sociais Nome do Bolsista: Jessica Rodrigues Araujo Cunha Referência Bibliográfica: VEIGA – NETO, Alfredo José da. Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade. Título do texto: Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade. O autor irá tratar no artigo a questão da interdisciplinaridade no sistema de ensino brasileiro, destacando logo no início do artigo, que houve sim um movimento interdisciplinar no país, porém os resultados não foram os esperados. As questões que surgem com a interdisciplinaridade repousam sobre o porquê de mudar e como mudar. A culpa da ciência A partir desse tópico, o autor irá buscar uma explicação do porquê da frase que dá nome desse tópico, pois segundo o mesmo, o método utilizado pela ciência leva o indivíduo quando interessado em aprender algo, a fragmentar esse objeto de conhecimento, ou seja, dessa forma deve-se fracionar o conhecimento em disciplinas, para então aprender algo a fundo. Para a ciência a chave para o conhecimento, é a fragmentação. O autor cita então o filósofo francês Georges Gusdorf, que vem com a ideia de restaurar a união que foi perdida durante esse período, acrescentando então junto ao conhecimento dito técnico e cientifico, outras dimensões pertencentes ao pensamento humano, com destaque a ética. A interdisciplinaridade como terapêutica Durante a década de 70 no Brasil, o filósofo Hilton Japiassu, junto com os pensamentos e ideias de Gusdorf, Jantsch e Piaget, o autor identificou quatro níveis progressivos que vão de multidisciplinaridade, passando pela pluridisciplinar e interdisciplinar, chegando então a transdiciplinaridade.
  • 2. No nível da multidisciplinaridade, as especialidades estão isoladas, ou seja, as disciplinas não conversam. Na pluridisciplinaridade, as disciplinas trocam conhecimentos, porém não criam um conhecimento fora delas. Na interdisciplinaridade já existe uma interação maior entre as disciplinas, onde haveria um novo tipo de conhecimento. O último nível, o transdisciplinar, haveria uma fusão disciplinar, onde não se conseguiria mais identificar os limites entre as antigas disciplinas. A transdiciplinaridade vem para restaurar a aliança perdida que foi citada anteriormente. O que aconteceu com o “movimento interdisciplinar”? O movimento que aconteceu no Brasil se deu durante a década de 70 e foi pensada para aquele contexto. O autor irá então fazer uma análise sobre o movimento, escolhendo alguns pontos, como por exemplo o que teria dado certo nesse movimento. O primeiro ponto para o movimento não ter vingado, foi a questão de não se conseguir mudar algo que está enraizado em nós por atos ou decretos. Ele ainda diz que a busca de um saber unificado é algo difícil de ser alcançado. Por isso, quando se tenta fundir duas ou mais disciplinas, surgem “fenômenos epistemológicos”, como quando as disciplinas não se fundem, mas só conversam entre si, ou partes delas se fundem formando uma nova, porém essa nova não representa o que elas eram, pois a nova disciplina nunca é uma síntese das anteriores que lhe deram origem. A escola deve ser muito mais do que ensinar conteúdos, valores e práticas, ela é o lugar onde se coloca em funcionamento as bases daquilo que FOCAULT (1991, p.121) denominou a razão de estado. O sujeito moderno tem de se auto governar. O autor acredita que se pode ter sucesso no emprego da interdisciplinaridade. Porém no Brasil, durante o movimento que ele se refere que aqui ocorreu, o máximo de sucesso que se obteve foi o estabelecimento de currículos ou práticas pedagógicas pluridisciplinares.
  • 3. Que lições podemos tirar de tudo isso? Essa última parte do artigo, o autor deixou para comentar sobre os aspectos e problemas produtivos para a teoria educacional. O autor separa esses aspectos e problemas por eixos. O primeiro eixo é constituído pela reflexão e investigação epistemológica, que se agrupam em torno das discussões sobre a possibilidade de se efetuar a interdisciplinaridade. O segundo eixo diz respeito sobre o movimento interdisciplinar no Brasil e os seus desdobramentos. O terceiro eixo tem caráter político, onde constituiu-se das questões referentes aos resultados práticos e soluções pedagógicas. Por fim o autor deixa claro que buscou mostrar no artigo as dificuldades que se tem quando se faz qualquer alteração na relação poder-saber, mostrando que na verdade é muito mais do que simplesmente mexer na disciplinaridade. Análise crítica do texto: O autor num primeiro momento busca mostrar como surgiu o problema da fragmentação do nosso ensino no mundo moderno, mostrando também suas consequências e com isso pode ser mudado e quais seriam os métodos para essa possível mudança.
  • 4. O ponto que mais chama atenção durante a leitura do artigo, é que diferentemente de tantos outros que dizem que a mudança no sistema de ensino precisa ser implantada, como se fosse uma peça de automóvel que se se troca com um simples gesto, o autor é realista e sincero ao mostrar que mudar ou tentar mudar algo que está enraizado em nós não é tão simples, e através desse pensamento, ele mostra todas as dificuldades que seriam encontradas nesse longo caminho.