A espinha bífida é uma malformação congênita grave onde há uma abertura nas vértebras que pode danificar a medula espinhal. Ela é causada pela falta de ácido fólico durante a gestação e pode causar paralisia, hidrocefalia e outras complicações que requerem cirurgia.
2. Entre as anomalias congénitas compatíveis
com a vida, a espinha bífida é uma das mais
importantes, uma das mais graves e a mais
frequente
Ana Cordeiro
3. É uma malformação congénita pelo não
encerramento dos arcos posteriores de algumas
vértebras durante o período fetal, o que provoca
danos no sistema nervoso central. O nome
espinha bífida está relacionada com o facto de
haver uma abertura inapropriada nos ossos da
coluna.
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4. Não são muito claras à luz da ciência, mas o
ácido fólico é um fator importante de prevenção
desta problemática.
O ácido fólico é uma vitamina do complexo B
essencial ao bom funcionamento do corpo
humano e está presente em alimentos como os
brócolos, o feijão, as lentilhas, os espinafres e a
couve de Bruxelas, entre outros.
A sua utilização é aconselhada diariamente,
pelo menos durante as primeiras 12 semanas de
conceção da criança.
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5. ● Espinha bífida oculta – raramente causa deficiência e a
maioria das pessoas não sabe que a tem, pois pode estar
oculta por um tufo de pêlos.
● Espinha bífida quística – divide-se em duas formas,
meningocelo e mielomeningocelo.
No primeiro tipo, existe uma bolsa que contém
membranas que cobrem a espinal-medula e o líquido
cefalorraquidiano (LCR). Este líquido protege o cérebro e a
espinal-medula. As raízes nervosas, não estão muito
danificadas, por isso existem poucos sinais de deficiência.
No segundo, é o tipo de espinha bífida mais grave e
mais comum. Neste caso a bolsa contém raízes nervosas e a
parte da espinal-medula que está lesionada.
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6. ● Hidrocefalia: consiste na obstrução de circulação do líquido cefalorraquidiano
nas cavidades cerebrais. Este líquido circula entre o cérebro e o crânio com a
finalidade de proteger o cérebro e a medula. Esta pode ocorrer após o
nascimento ou desenvolver-se progressivamente, atingindo uma desproporção
no perímetro cefálico do bebé.
● Alterações neurológicas: ocorrem conforme a localização da lesão, podendo
surgir paralisia da cintura pélvica e das extremidades inferiores com perca de
sensibilidade.
● Alterações ortopédicas: afetam fundamentalmente a anca, a espinha dorsal e
os pés. Na anca dá-se luxação com paralisia e desequilíbrio muscular. Na
espinha dorsal, surgem lordoses, cifoses e escolioses. Nos pés e joelhos surgem
as deformidades.
● Alterações das funções urológicas e intestinais: compreendem a alteração do
controlo dos esfíncteres ficando propensa ao descontrolo fisiológico; na função
intestinal, sofre de obstipação e na função urológica de incontinência ou
dificuldade em esvaziar a bexiga.
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7. A criança que nasce com espinha bífida passa
grande parte do tempo nos hospitais, pois
necessita de algumas cirurgias de modo a poder
minimizar os problemas associados à sua
patologia.
Intervenção cirúrgica para remoção do quisto
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8. Para prevenção de hidrocefalia, é colocado uma
válvula, de modo a extrair o liquido
cefalorraquidiano, via jugular, ou do abdómen.
Intervenção cirúrgica para colocação do by-pass
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9. As crianças e jovens com espinha bífida podem
apresentar grandes dificuldades de
aprendizagem na 1ª infância e de integração
social na adolescência devido a três principais
causas:
1ª - Sequelas da hidrocefalia, que embora
controlada medicamente, pode originar
alterações nas funções intelectuais;
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10. 2ª - Falta de experiências, decorrentes de
longos períodos de hospitalização, as
dificuldades de deslocação e manipulação;
3ª - Alterações de comportamento.
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