A Síndrome de Peter Pan descreve adultos socialmente imaturos que se recusam a crescer. O nome vem da personagem Peter Pan, que nunca envelhece. Um psiquiatra estudou a síndrome em 1983, mas ela não é reconhecida como doença. Pode ser influenciada pela educação dos pais e manifestar-se na adolescência e vida adulta.
1. Escola Secundária Artística António Arroio
Português
2010/2011
Apresentação oral 2º Período
Síndrome de Peter Pan
O termo Síndrome de Peter Pan surgiu em meados do século XX para
descrever um adulto que é socialmente imaturo, irresponsável, rebelde,
narcisista, dependente e que está em negação em relação ao envelhecimento,
sendo esta mais comum nos homens.
O nome desta síndrome provém da personagem principal da peça “Peter
and Wendy”de James M. Barrie publicada em 1911,onde Peter Pan representa
um rapaz que se recusa a crescer e que passa a vida a ter aventuras mágicas,
personagem essa que demonstrava algumas das características desta
síndrome, sendo a mais relevante a negação em relação ao envelhecimento. A
partir desta peça chegou-se a pensar que o autor sofresse da síndrome e por
assim dizer que se identificava com a personagem principal.
Esta peça serviu também de estudo ao Dr. Dan Kiley que publicou em
1983 o livro“The Peter Pan Syndrome: Men Who Have Never Grown Up”
(Sindrome de Peter Pan: O Homem que Nunca Cresce”) onde expôs e explica
a síndrome, baseando-se também em alguns dos seus pacientes que
demonstravam sinais desta, como uma doença psicológica, mas esta nunca foi
aceite pela Medicina e assim sendo não se encontra nem nos livros de
Psicologia nem nos de Medicina. Como esta não foí aceite pela Medicina os
tratamentos existentes são aproveitados de outras síndromes, tendo sempre
em conta o estado do doente.
Segundo alguns especialista em psicologia, a sindrome apenas se
começa a desenvolver na adolescência, manifestando-se já com mais
“preocupações” na fase adulta, mas esta tem como influência a educação que
os progenitores dão à criança na sua infância, como por exemplo: serem
“super” protectores ou não darem tarefas do dia-a-dia para a criança executar.
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2. Já na mitologia existia referências a deuses crianças, sendo estes
designados em latim por “puer aeternus” (eterna criança), exemplos desse
deus são: Iacchus, Tammuz, Attis e Adonis.
Carl Gustav Jung, um psicanalista suíço, classifica o tremo “puer” como
um arquétipo, isto é, um elemento primordial e estrutural da mente humana, um
modelo de algo que se vai formar na mente. Este classifica o arquetipo como
bipolar e por isso existe um aspecto positivo e negativo. O aspecto positivo é o
facto de existir esperança para o futuro mas o lado negativo sobrepoem-se a
este, pois é o facto da pessoa se recusar a crescer.
Podemos assim concluir que a síndrome de Peter Pan apesar de não ter
sido aceite pela Medicina é mais complexa do que parece, pois pode contribuir
para a “incapacidade” social e laboral de um adulto.
Bibliografia:
• http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Peter_Pan
• http://en.wikipedia.org/wiki/Puer_aeternus
• http://www.worlddreambank.org/P/PETERPAN.HTM
• http://www.medterms.com/script/main/art.asp?articlekey=8534
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Arqu%C3%A9tipo
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_and_Wendy
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