"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
Processos investigativos em educação
1. Universidade Federal de santa Maria
Centro de Educação
Processos Investigativos em Educação
Drª Elena Mallmann
A mãe, o filho e a Síndrome de Down
O trabalho A mãe, o filho e a síndrome de Down. deMichelle
Costa está licenciado com uma LicençaCreative Commons -
Atribuição 4.0 Internacional.
Aluna: Michelle Costa
2. UMA EXPERIÊNCIA DIFERENTE
Alteração genética de maior ocorrência no mundo,
a Síndrome de Down, gera vários problemas
orgânicos e também a deficiência
mental.(Schwartzman2003)
Sabemos que o nascimento de um bebê com SD
acaba impondo aos pais e familiares uma série de
dificuldades, podendo ser um elemento perturbador
na vida dos mesmos, dentre os estudos científicos
voltados para a deficiência mental, a maioria
focaliza a vivência emocional dos pais e familiares ,
visando o bem estar emocional.
3. Uma das pesquisadoras teve contato com várias
formas que cada pessoa desenvolve para lidar com
o acontecimento as quais se baseiam pelo menos
em parte, na forma como foram criadas, bem como
no sistema social em que estão inseridas.
Para Winnicott, seria a dedicação quase que total
da mãe para com o bebê a base para o
desenvolvimento humano saudável, pois elas
promovem ambiente acolhedor, atenta e
cuidadosa, que sabe adaptar-se continuamente
mas que por vezes falha com seu bebê “mãe
suficiente boa”.
4. Evidentemente nem todas as mãe conseguem ser
“suficientemente boas”. Há as que sentem medo de
serem sugadas pela atenção que seu bebê requer
e entegam essa tarefa para uma outra pessoa, e as
que mergulham neste estado de entrega e têm
dificuldades em sair.
Com esta perspectiva foram entrevistadas 4 mães
de pessoas com Síndrome de Down.
5. COMPRENDENDO OS CAMPOS PSICOLÓGICOS
VIVENCIAS
O momento em que ficaram sabendo que seu filho
não correspondia ao filho idealizado, o tão
sonhado, surge o primeiro campo psicológico não
consciente: O LUTO, associado ao diagnóstico da
Síndrome de Down.
O luto pode ser associado com o fracasso materno
de ter gerado um filho imperfeito.
Assim notou –se que as mães falavam da ocasião
nascimento, não do bebê, mas de uma síndrome
que mal conheciam e com a qual pouco sabiam o
que fazer.
6. Para ilustrar uma das mães entrevistadas, disse ter
batizado sua filha com SD, seis meses após o
nascimento, diferente do que fez com sua primeira
filha sem SD, que batizara nos primiros dias de
vida.
O segundo campo psicológico vivencial refere-se
as dúvidas levantadas pelas mães, a respeito do
futuro do filho.
Irá para escola e conseguirá aprender?
Como será sua adolescência?
Terá condições de trabahar?
Poderá namorar ter relações sexuais?
7. Essas perguntas expressam as dúvidas e os
temores que os pais tem, pois as atitudes
preconceituosas e as discriminações socias geram
grande preocupação com o futuro do filho.
Os pais sentem medo de morrer antes que seus
filhos, por medo de não ter quem cuide deles,um
exemplo é o relato de um pai, “sabe eu e minha
esposa, depois que nossa filha com SD nasceu
sentimos que não temos mais o direito de morrer”...
Os campos psicológicos encontrados não podem
ser ignorados, pois tal condutas pode ser
prejudicial para o desenvolvimento dos portadores
de SD.
8. As quatro mães entrevistadas expressaram o
quanto foi díficil enxergar o que não queriam ver,
divididas entre a primeira imagem que traziam
dentro de si de um bebê pequeno e frágil, porém
sadio e a de seus recém nascidos reais rotulados
pela síndrome.
Assim podemos pensar que o bebê com deficiência
não recebe os olhos esperançosos e acolhedores
de seus pais, pelo contrário, recebe, em seu lugar,
ohos medrosos, ansiosos, angustiados por causa
de uma nova realidade.
9. Todas as reflexões apresentadas na pesquisa
fazem parte do drama humano, e requerem
atenção, acolhimento e constante estudo. Acredita-
se que tudo é mutativo e que o contexto
grupal/social sempre está presente.
Levantou-se algumas questões a serem pensadas,
acerca da vivênia da mãe com seu filho com SD,
acredita-se que este trabalho tenha sugerido a
capacidade do ser humano redescobrir a vida, na
dor e na alegria quando se aprende com aquilo de
inesperado que se apresenta diante de seus
sentidos.