O documento discute conceitos, critérios de sucesso e insucesso em implantodontia, bem como complicações cirúrgicas e pós-prótese. É destacado que os critérios de sucesso incluem a imobilidade do implante e ausência de sintomas ou perda óssea excessiva. As complicações mais comuns são infecções, dor, mobilidade e fraturas, que podem ser devidas a fatores biológicos, técnicos ou de planejamento.
2. conceitos
• Sobrevivência : significa que o implante
instalado continua na cavidade oral do
paciente, não levando em conta a
qualidade da sua função e do tecido
ósseo de suporte.
• Sucesso : é um conceito amplo e de maior
valor para a avaliação dos implantes
osteointegrados
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3. Critérios de sucesso
• Deve ser imóvel, indolor e não apresentar
desconforto ao paciente.
• Não deve atingir estruturas anatômicas
adjacentes como nervo alveolar, mentual,
assim como não apresentar imagem
radiolúcida ao seu redor.
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4. Critérios de sucesso de Schnitmann e Shulmann
Características Características
• Mobilidade menor de 1mm em • Ausência de danos aos dentes
qualquer direção adjacentes
• Radiolucidez graduada mas • Ausência de anestesia,
sem critério definido parestesia ou violação do
• Perda óssea inferior a 1/3 do canal mandibular, seio maxilar
comprimento vertical do ou assoalho da fossa nasal
implante • Estar de acordo com estes
• Inflamação gengival passível critérios em 75% dos casos,
de tratamento por um período mínimo de 5
anos
• Ausência de sintomatologia e
infecção
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5. Critérios de sucesso de Schnitmann e Shulmann
Critérios subjetivos Critérios objetivos
• Perda óssea inferior a 1/3 da
altura vertical do implante
• Função adequada
• Bom equilíbrio oclusal e
dimensão vertical adequada
• Ausência de desconforto • Inflamação gengival passível
de tratamento
• Estética favorecida • Mobilidade menor que 1 mm
em qualquer direção
• Ausência de sintomatologia e
• Satisfação emocional e infecção
psicológica
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6. Critérios de sucesso de Schnitmann e Shulmann
Critérios objetivos
• Ausência de danos aos tecidos e dentes adjacentes
• Ausência de anestesia, parestesia ou violação do canal
mandibular, seio maxilar ou assoalho da fossa nasal
• Estar de acordo com estes critérios em 75% dos casos, por
um período mínimo de 5 anos
Fonte: Conferência de Desenvolvimento dos Implantes
Odontológicos, realizado em Harvard, Boston, 1978, através
do National Institute of Health (NIH)
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7. Critérios de sucesso por Albrektsson et al (1996)
• Imobilidade ao teste clínico
• Sem evidencias de radiolucidez periimplantar
• A perda óssea vertical deve ser menor que 0,2 mm no
primeiro ano do implante em função e 0,1 mm a cada ano
subseqüente
• Ausência de sinais e sintomas persistentes e ou irreversíveis,
tais como dor, infecção, neuropatias , parestesias ou
violação do canal mandibular
• Números mínimos em torno de 85% aos cinco anos e de
80% aos 10 anos do implantedo Nascimento Fleig
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em função
8. Considerações a cerca de insucessos
• O percentual de sucesso em
implantodontia é bastante alto, mas o
profissional deverá estar preparado para
enfrentar o fracasso.
• Informar o paciente destas possibilidades,
dos fracassos, complicações e os
métodos de minimizá-las é crucial para
evitar problemas futuros
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9. Considerações a cerca de insucessos
• Como qualquer técnica está sujeita a
incidência de falhas, que podem ser
classificadas em:
– Falhas biológicas (devido a qualidade do local
a ser implantado)
– Falhas iatrogêncas (dependentes do
profissional)
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10. Considerações a cerca de insucessos
• Geralmente, as falhas em implantodontia
devem-se a: imprudência na seleção dos
pacientes, número de consultas
inadequadas, algumas falhas técnicas
cirúrgicas, fase protética e laboratorial e
principalmente planejamento incorreto.
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11. Considerações a cerca de insucessos
• As complicações são otimizadas pelo alto
índice do uso da técnica, inclusive por
profissionais de pouca experiência e
escassos conhecimentos teóricos.
• Tal conduta contribui para a elevação dos
índices de fracasso em implantodontia.
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12. Considerações a cerca de insucessos
• Fatores biológicos: incluem osso de baixa
qualidade ou de inadequado volume,
fumo, irradiação, imunossupressão, etc.
• Fatores iatrogênicos: casos inapropriados,
falha no planejamento, pobreza no design
protético, dificuldades protéticas, etc.
• Fatores mecânicos: hábitos
parafuncionais
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13. Complicações na área cirúrgica
Problema Aspecto Causas Tratamento
Fratura mandibular clínico
Dor, edema, Reabsorção severa Redução e fixação
mobilidade óssea da mandíbula ou da fratura
técnica traumática
Embolia gasosa Dor, palidez e Sistema de Médico
sudorese, pode ser refrigeração dos
letal motores de irrigação
interna
Enfisema cirúrgico Aumento brusco de Introdução de ar no Remoção do ar no
volume intra- interior dos tecidos momento em que
muscular ocorrer com pressão
manual
Hematoma Aumento de volume Coleção de sangue Controle intra-
localizado, flutuação coagulado no operatório da
a palpação, dor e interior dos tecidos hemorragia,
mudança de compressa e
coloração tecidual aplicação de gelo
pós-cirúrgico
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14. Complicações na área cirúrgica
Problema Aspecto clínico Causa Tratamento
Edema Deformação da face e Traumatismo Uso de medicação,
desconforto estético e cirúrgico cuidados pós ,
funcional cuidados trans
Ecmose Área arroxeada na Extravasamento Técnica cirúrgica
pele ou mucosa sangüíneo de adquada
pequena proporção
Deglutição ou Se não houver ponta Posição do paciente Muitas vezes o
aspiração de perfuro cortante o na cadeira, sedação reflexo de tosse
instrumentos ou risco é minimizado remove o objeto
componentes
Hemorragia Aumento de volume Lesão de artéria Utilizar os meios de
iatrogênica em região durante instalação estancamento de
submandibular e de implantes hemorragias
assoalho de boca,
causando elevação da
língua
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15. Complicações na área cirúrgica
Problema Aspecto clínico Causa Tratamento
Introdução sinusal Sensação de pressão Intempestividade na Retirar através de
do implante na face, cefaléia realização do acesso antral
difusa procedimento
Roscas expostas Roscas expostas Crista alveolar muito Cobertura das
através de retração estreita roscas com
gengival procedimentos
cirúrgicos
Dor pós-operatória Presença de Osteíte devido ao Remoção do
abscesso, exudato, preparo muito implante
edema e dor agressivo ou
contaminação
bacteriana
Exposição do A área fica exposta a Mucosa muito fina, Higiene oral rigorosa
Cover-screw infecções subclínicas, trauma mecânico, e controle
podendo ocorrer vascularização
pequenos abscessos prejudicada
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16. Complicações na área cirúrgica
Problema Aspecto Causa Tratamento
Mobilidade do clínico
Dor ao toque Qualidade óssea Remoção do implante
implante inadequada, preparo
impreciso
Deiscência da ferida Exposição óssea, Necrose do retalho Planejamento prévio
cirúrgica exposição de de mucosa, tensão
membrana ou do do retalho, ação
próprio implante muscular sobre o
retalho, sutura
inadequada, edema
Danos ao hexágono Os componentes não Assentamento Remoção do implante
externo do implante adaptam ao implante inadequado do
montador, sub-
instrumentação do
osso, torque
excessivo
Distúrbios Insensibilidade do Incisão ou Verificar a causa
neurossensoriais lábio inferior compressão do
nervo alveolar
inferior
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17. Complicações pós-prótese
Problema Aspecto Causa Tratamento
clínico
Periimplantite Inflamação, Placa bacteriana Terapia periodontal
hiperplasia,
sangramento, perda
óssa, mobilidade
Mucosite Inflamação Placa bacteriana, Manutenção de higiene
periimplantar, edema má higiene oral oral
e sangramento a
sondagem
Hiperplasia Crescimento Má higiene oral, Manutenção de higiene
inflamatório gengival mau relacionamento oral
entre a prótese e a
estrutura da barra
Dor ou sensibilidade Inflamação e Não assentamento Remoção,
ao ajustar o parafuso hiperplasia gengival correto da prótese remodelação e
de fixação da prótese reinserção da prótese
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18. Complicações pós-prótese
Problema Aspecto Causa Tratamento
clínico
Perda de um ou mais Prótese móvel Problemas oclusais, Ajuste de oclusão e
parafusos protéticos prótese sem reavaliação após duas
adaptação passiva semanas
Dor após inserção da Hiperplasia, Não integração do Depende do
prótese inflamação, dor e implante, diagnóstico
edema periimplantite, falta
de adaptação dos
componentes
protéticos
Implantes em posição Dificuldade de Falta de Remoção dos
e angulação confecção da prótese, planejamento implantes
desfavorável prejuízo funcional,
desconforto
Falta de adaptação Perda óssea gengival Implantes inseridos Remoção dos
da prótese em má posição implantes
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19. Complicações pós-prótese
Problema Aspecto Causa Tratamento
clínico
Fratura do abutment Prótese móvel Problemas oclusais, Modificar o design da
ou do parafuso design protético prótese, melhorar a
protético desfavorável oclusão
Fratura do material Fratura de resina ou Problemas oclusais, Verificar oclusão,
protético porcelana parafunção, confeccionar placa
acidentes miorrelaxante
Fratura da barra Falta de adaptação da Armação de metal Modificar design da
prótese na barra fraca ou extensa, prótese
parafunção,
acidente
Fratura do implante Inflamação, dor e Sobrecarga oclusal Re-planejar o caso
edema
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20. Complicações pós-prótese
Problema Aspecto Causa Tratamento
clínico
Perda óssea contínua Imagem radiográfica Sobrecarga oclusal Modificar o design da
em torno de um ou prótese, melhorar a
mais implantes oclusão
Problemas fonéticos Paciente não Alteração da Fechar o espaço inter-
persistentes após consegue pronunciar dimensão vertical e implantar (atenção para
dois a três meses certos fonemas espaço amplo entre a higienização)
os implantes
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35. Conclusão
• As perdas dos implantes se concentram
nos dois primeiros anos de uso.
• São maiores na região posterior da
maxila, o que leva crer que a qualidade de
osso tem influencia marcante no
prognóstico de sucesso.
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36. Conclusão
A principal diferença estatística entre os
implantes convencionais e os
osteointegráveis é que os primeiros
aumentam o fracasso com o passar dos
anos enquanto os modernos diminuem
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