2. Introdução “ O lugar a partir do qual fala o sujeito é constitutivo do que ele diz ” (E. Orlandi) “ Para o espírito científico qualquer conhecimento é uma resposta a uma pergunta. Se não tem pergunta não pode ter conhecimento científico. Nada se da tudo se constrói”. (G. Bachelard )
3. GARDER, Jostein. Ei! Tem alguém aí? São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997. Pp.27-28
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15. Definição de Método Geomêtrico : “ A análise, então, toma aquilo que é procurado como se fosse admitido e disso, através de sucessivas conseqüências ( s ), passa para algo que é admitido como resultado de síntese: pois, na análise, assumimos aquilo que se procura como se (já) tivesse sido feito ( s), e investigamos de que é que isto resulta, e novamente qual é a causa antecedente deste último, e assim por diante até que, seguindo nossos passos na ordem inversa, alcancemos algo já conhecido ou pertencente à classe dos primeiros princípios; e a tal método chamamos de análise, como solução de trás para diante ( Mas na síntese, revertendo o processo, tomamos como já feito o que se alcançou por último na análise, e, colocando na sua ordem natural de conseqüências o que eram antecedentes e conectando-os sucessivamente uns aos outros, chegamos finalmente à construção do que era procurado; e a isso chamamos síntese” (ROBINSON, 1983, p. 7).
16. Heurística do método Assim, a análise é sempre seguida de uma síntese, que, de um lado, constitui uma verificação da análise, com o objetivo de assegurar que não se cometeu erro algum e, por outro lado, uma vez constatada a inexistência de erro, constitui a demonstração ou solução efetiva, cuja busca motivara a realização da análise.
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22. A construção do problema “ Ante todo, hay que saber plantear los problemas. Y a pesar de lo que se diga, en la vida científica los problemas no se plantean por sí mismos. Precisamente este sentido del problema da el carácter del verdadero espíritu científico. Para el espíritu científico cualquier conocimiento es una respuesta a una pregunta. Si no ha habido pregunta no puede haber conocimiento científico. Nada se da, todo se construye” (Bachelard,G. Epistemologia , Barcelona Anagrama , 1989: 189).
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26. PROBLEMA (3) Pergunta- síntese OU QUESTÃO BÁSICA QUADRO DE QUESTÕES : QUESTÃO 1 QUESTÃO 2 QUESTÃO 3 QUESTÃO 4 QUESTÃO 5.....6......7…. MULTIPLAS INDAGAÇÕES (Múltiplos olhares) SITUAÇÃO PROBLEMA
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34. Distinção entre conhecer um objeto e saber algo em torno do objeto . Segundo Russell “A distinção entre experiência direta (acquaintance) e conhecimento acerca de (knowledge about) é a distinção entre as coisas que nos estão imediatamente presentes e as que nós alcançamos somente por meio de frases denotativas”. O conhecimento segundo Abbagnano (p. 160) se refere a procedimentos para a verificação de um objeto qualquer, verificação que torna possível a descrição, o cálculo ou a previsão controlável de um objeto. Entendendo-se por objeto qualquer entidade, fato, coisa, realidade ou propriedade que possa ser submetido a tal procedimento. Isso supõe uma relação imediata ou próxima entre o sujeito conhecedor e o objeto ser conhecido . O conhecimento exige a relação imediata do objeto e o sujeito na mesma dimensão espaço-temporal, para permitir a verificação, já os saberes comunicam através de frases denotativas informações sobre o objeto sem precisar essa presença verificadora. [
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36. Previsão da resposta ou “metodologia” Previsão de: a) fontes: bibliográficas, documentares, testemunhais (vivas), observação direta ou participante, experimentais, modelos (iconográficos, ciberespaciais, metafóricos) b) instrumentos de coleta de informações e dados: fichas, questionários, entrevistas, diários de campo, gravador, vídeo, tabelas de registro, materiais e instrumentos equipamentos, protocolos, quadro de medidas e parâmetros, modelos informatizados, modelos metafóricos, paradigmas c) técnicas de tratamentos de dados e informações: quantitativas (estatísticas, computacionais) qualitativas (análise de conteúdo, interpretação e construção do discurso..) d) organização e sistematização de resultados. Esquemas, tabelas, índices fórmulas, teoremas, proposições silogismos, argumentações e) hipóteses (respostas parciais provisórias que orientam a coleta e a organização de resultados).
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38. Relação dialética entre pergunta e resposta Capítulos ( elaboração da resposta ) Apresentação e organização das respostas, discussão e interpretação de resultados, conclusões e recomendações Introdução (atualização do projeto) : justificativa, problema, pergunta ,obj e tivo e metodologia: (como foi realizada a pesquisa) 2.Relatório, dissertação ou tese (ênfase na resposta ) Metodologia ( caminho da resposta ): previsão de a) fontes, b) instrumentos, c) técnicas, d) organização e sistematização de resultados, e) critérios e categorias de análise, f) hipóteses, g) interpretação de resultados (referencial teórico) Problema : a) Situação problema (espaço, tempo e movimento), b) Indicadores, c) antecedentes, estudos preliminares, d) questões norteadoras, e) Pergunta –síntese. Justificativa, objetivos 1. Projeto de pesquisa (ênfase na da pergunta ) Resposta Pergunta Fases
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44. REFERÊNCIAS ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia . São Paulo: Mestre Jou, 1970. BACHELARD, G. Epistemologia. Barcelona: Anagrama, 1989. CHEPTULIN, A. Dialética materialista . São Paulo: Alfa-Omega, KOPNIN, P.V. A dialética como lógica e teoria do conhecimento . Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 1978. KOSIK, K. Dialética do concreto . Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. SANCHEZ GAMBOA, S. Pesquisa em Educação: Métodos e Epistemologias . Chapecó: Argós: 2008 SÁNCHEZ GAMBOA, S. Epistemologia da Educação Física: as inter-relações necessárias . Maceió: EdUfal, 2207 s