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A Teoria MiogênicaA Teoria Miogênica
do Infarto do Miocárdiodo Infarto do Miocárdio
(tradução)
Quarta Conferência Internacional sobre
Ciências Cardíacas Avançadas
KingKing ofof OrgansOrgans, 2012, 2012
Reino da Arábia SauditaReino da Arábia Saudita
Carlos MonteiroCarlos Monteiro
InfarctInfarct CombatCombat ProjectProject
http://infarctcombat.orghttp://infarctcombat.org
 “O“O pacientepaciente coronáriocoronário nãonão morremorre dede doençadoença coronáriacoronária,, eleele
morremorre dede doençadoença miocárdicamiocárdica”*”*
 *Burch GE and col., Ischemic*Burch GE and col., Ischemic cardiomyopathycardiomyopathy, Am Heart J. 1972 Mar;83(3):340, Am Heart J. 1972 Mar;83(3):340--5050
 É importante notar que a teoria da trombose coronária, introduzida porÉ importante notar que a teoria da trombose coronária, introduzida por
James BryanJames Bryan HerrickHerrick, em 1912, permanece sofrendo sérias dúvidas, em 1912, permanece sofrendo sérias dúvidas
quanto ao seu relacionamento de causa e efeito.quanto ao seu relacionamento de causa e efeito.
 Isto levouIsto levou FriedbergFriedberg ee HornHorn a sugerirem em 1939 de que o termoa sugerirem em 1939 de que o termo
trombose coronária deveria ser abandonado em favor do mais genéricotrombose coronária deveria ser abandonado em favor do mais genérico
infarto agudo do miocárdio. Em seu trabalho dizem que “asinfarto agudo do miocárdio. Em seu trabalho dizem que “as
características clínicas e electrocardiográficas da trombose coronáriacaracterísticas clínicas e electrocardiográficas da trombose coronária
podem ser observadas em pacientes nos quais o trombo na artériapodem ser observadas em pacientes nos quais o trombo na artéria
coronária não é subsequentemente achado em necropsia, como foi notadocoronária não é subsequentemente achado em necropsia, como foi notado
porpor LibmanLibman,, ObendorferObendorfer,, BuchnerBuchner,, HamburgerHamburger ee SaphirSaphir, Dietrich,, Dietrich, LevyLevy ee
BruennBruenn e outros.”e outros.”
 Depois desse tempo muitos outros investigadores chegaram a mesmaDepois desse tempo muitos outros investigadores chegaram a mesma
conclusão como veremos adiante...conclusão como veremos adiante...
 ** FriedbergFriedberg CKCK andand Horn H.Horn H. AcuteAcute myocardialmyocardial infarctioninfarction notnot duedue toto coronarycoronary
arteryartery occlusionocclusion. J.. J. AmAm MedMed AssocAssoc 1939;112(17):1939;112(17):16751675--16791679
 (1941) Hermann e colegas acharam que a oclusão trombótica poderia(1941) Hermann e colegas acharam que a oclusão trombótica poderia
ocorrer sem o infarto quando a circulação colateral parecesse adequada eocorrer sem o infarto quando a circulação colateral parecesse adequada e
se um infarto acontecesse, ele poderia ser atribuído a um trombo oclusivose um infarto acontecesse, ele poderia ser atribuído a um trombo oclusivo
em uma localização crítica na árvore coronária.em uma localização crítica na árvore coronária.
 (Angina(Angina PectorisPectoris,, coronarycoronary failurefailure andand acuteacute myocardialmyocardial infarctioninfarction: The role: The role ofof
coronarycoronary occlusionsocclusions andand collateralcollateral circulationcirculation, JAMA 1941;116(2):91, JAMA 1941;116(2):91--97;97; MultipleMultiple
freshfresh coronarycoronary occlusionsocclusions inin patientspatients withwith antecedentantecedent shockshock,, ArchArch InternIntern MedMed
1941;68(2):1811941;68(2):181--198; Experimental198; Experimental studiesstudies onon thethe effecteffect ofof temporarytemporary occlusionocclusion ofof
coronarycoronary arteriesarteries; The; The productionproduction ofof myocardialmyocardial infarctioninfarction, American Heart, American Heart
JournalJournal 1941 V22;I31941 V22;I3 --374374--389)389)
 (1951) Miller e colegas apontaram que os infartos subendocárdicos foram(1951) Miller e colegas apontaram que os infartos subendocárdicos foram
raramente associados com trombos coronários.raramente associados com trombos coronários.
 ((MyocardialMyocardial infarctioninfarction withwith andand withoutwithout acuteacute coronarycoronary occlusionocclusion: A: A pathologicpathologic
studystudy. AMA. AMA ArchArch InternIntern MedMed 1951;88(5):5971951;88(5):597--604)604)
 (1960) Spain(1960) Spain andand BradessBradess acharam completa obstrução coronária deacharam completa obstrução coronária de
natureza aterosclerótica representando cerca de 75% dos casos, enatureza aterosclerótica representando cerca de 75% dos casos, e
trombose coronária recente em apenas 25% dos casos autopsiados.trombose coronária recente em apenas 25% dos casos autopsiados.
Também, eles observaram incidência crescente de trombose coronáriaTambém, eles observaram incidência crescente de trombose coronária
com crescente duração de sobrevida após o infarto do miocárdio. Menoscom crescente duração de sobrevida após o infarto do miocárdio. Menos
de uma hora com 16% de trombose, entre 1 e 24 horas com 37% e em maisde uma hora com 16% de trombose, entre 1 e 24 horas com 37% e em mais
do que 24 horas com 52% de trombose coronária*.do que 24 horas com 52% de trombose coronária*.
 (Spain, DM(Spain, DM andand BradessBradess VA. TheVA. The relationshiprelationship ofof coronarycoronary thrombosisthrombosis toto coronarycoronary
atherosclerosisatherosclerosis andand ischemicischemic heartheart diseasedisease –– aa necropsynecropsy studystudy coveringcovering aa periodperiod ofof
2525 yearsyears,, AmAm JJ MedMed SciSci, 240:7, 240:7--1, 1960; Spain DM1, 1960; Spain DM andand BradessBradess VA.VA. FrequencyFrequency ofof
coronarycoronary thrombosisthrombosis relatedrelated toto durationduration ofof survivalsurvival fromfrom onsetonset ofof acuteacute fatalfatal
episodesepisodes ofof myocardialmyocardial ischemiaischemia.. CirculationCirculation, 22:816, 1960), 22:816, 1960)
 (1970)(1970) HellstromHellstrom demonstrou experimentalmente a trombose coronáriademonstrou experimentalmente a trombose coronária
secundária ao infarto agudo do miocárdio, causada por ligadura dasecundária ao infarto agudo do miocárdio, causada por ligadura da
artéria coronária.artéria coronária.
 ((HellstromHellstrom, HR., HR. MyocardialMyocardial infarctioninfarction as a causeas a cause ofof coronarycoronary thrombosisthrombosis..
CirculationCirculation, 42,, 42, SupplSuppl. III); 165, 1970). III); 165, 1970)
 (1972) William Roberts sugeriu que os trombos arteriais coronários são(1972) William Roberts sugeriu que os trombos arteriais coronários são
consequências ao invés de causas do infarto agudo do miocárdio. Em seuconsequências ao invés de causas do infarto agudo do miocárdio. Em seu
estudo envolvendo 107 pacientes os quais foram submetidos à necropsiaestudo envolvendo 107 pacientes os quais foram submetidos à necropsia
ele descobriu que somente 54% daqueles com infartoele descobriu que somente 54% daqueles com infarto transmuraltransmural, e, e
somente 10% daqueles com necrose subendocárdica tiveram um trombosomente 10% daqueles com necrose subendocárdica tiveram um trombo
na artéria relacionada ao infarto.na artéria relacionada ao infarto.
 ((FrequencyFrequency of coronary thrombosis related to duration of survivalof coronary thrombosis related to duration of survival fromfrom onset ofonset of
acute fatal episodes of myocardial ischemia, Circulation,acute fatal episodes of myocardial ischemia, Circulation, 22:816, 196022:816, 1960;; RobertsRoberts,,
W.CW.C.:;.:; Coronary arteries in fatal acute myocardial infarction,Coronary arteries in fatal acute myocardial infarction, Circulation,42:215Circulation,42:215,,
1972, Roberts W. C1972, Roberts W. C.).)
 (1980)(1980) DeWoodDeWood ee colegascolegas demonstraramdemonstraram aa prevalênciaprevalência dada oclusãooclusão totaltotal
coronáriacoronária durantedurante asas primeirasprimeiras horashoras dodo infartoinfarto transmuraltransmural porpor meiomeio dada
arteriografiaarteriografia coronáriacoronária.. SeusSeus resultadosresultados foramforam aceitosaceitos pelapela comunidadecomunidade
cardiológicacardiológica comocomo aa evidênciaevidência clínicaclínica definitivadefinitiva sobresobre oo papelpapel causalcausal dada
trombosetrombose nono infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio..
 ((DeWoodDeWood MA, Spores J,MA, Spores J, NotskeNotske R et al. Prevalence of total coronaryR et al. Prevalence of total coronary oclusionoclusion
during the early hours ofduring the early hours of transmuraltransmural myocardial infarction. Nmyocardial infarction. N EnglEngl J MedJ Med
1980;303:8971980;303:897--902)902)
 (1996)(1996) QuintilianoQuintiliano H. deH. de MesquitaMesquita apontouapontou queque aa interpretaçãointerpretação dadadada porpor
DeWoodDeWood sobresobre aa imagemimagem angiográficaangiográfica,, sugestivasugestiva dede trombotrombo
intracoronáriointracoronário,, nãonão correspondecorresponde aa realidaderealidade absolutaabsoluta sese eleele representarepresenta umum
trombotrombo verdadeiroverdadeiro ouou simplesmentesimplesmente agregadosagregados plaquetáriosplaquetários queque sãosão
precocesprecoces,, instáveisinstáveis ouou reversíveisreversíveis,, geralmentegeralmente registradosregistrados nasnas primeirasprimeiras
horashoras dada anginaangina instávelinstável e noe no cursocurso dodo infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio..
 (Book:(Book: RemédioRemédio boicotadoboicotado substituisubstitui cirurgiacirurgia dede ponteponte dede safenasafena,, CompsetCompset,,, 1996), 1996)
 ((2005) Giorgio2005) Giorgio BaroldiBaroldi ee colegascolegas,, discutindodiscutindo osos achadosachados dede DeWoodDeWood,,
disseramdisseram queque aa primeiraprimeira questãoquestão principal éprincipal é quantasquantas dasdas 87%87% oclusõesoclusões
cineangiográficascineangiográficas sãosão pseudopseudo--oclusõesoclusões e se oe se o trombotrombo ““emem camadascamadas””
recuperadorecuperado nana cirurgiacirurgia dede ponteponte dede safenasafena era umera um verdadeiroverdadeiro trombotrombo ouou
umum coágulocoágulo oo qualqual frequêntementefrequêntemente mostramostra umauma estratificaçãoestratificação dede
elementoselementos dodo sanguesangue nãonão vistosvistos nana formaçãoformação dodo trombotrombo.. DisseramDisseram aindaainda
queque o “o “trombotrombo”” vermelhovermelho,, nomeadamentenomeadamente oo coágulocoágulo, é, é frequêntementefrequêntemente ee
errôneamenteerrôneamente consideradoconsiderado comocomo trombotrombo..
 EmEm outrooutro trabalhotrabalho publicadopublicado nono mesmomesmo anoano disseramdisseram queque aa frequênciafrequência dede
umum trombotrombo oclusivooclusivo éé significativamentesignificativamente maismais altaalta emem infartosinfartos maioresmaiores,,
suportandosuportando suasua formaçãoformação secundáriasecundária..
 ((BaroldiBaroldi G,G, BigiBigi R,R, CortigianiCortigiani L: Ultrasound imaging versusL: Ultrasound imaging versus morphopathologymorphopathology inin
cardiovascular diseases: coronary collateralcardiovascular diseases: coronary collateral and myocardialand myocardial ischemia.ischemia. CardiovascCardiovasc
Ultrasound 2005, 3:6; GiorgioUltrasound 2005, 3:6; Giorgio BaroldiBaroldi, Riccardo, Riccardo BigiBigi andand LauroLauro CortigianiCortigiani..
Ultrasound imaging versusUltrasound imaging versus morphopathologymorphopathology in cardiovascularin cardiovascular diseases.diseases.
Myocardial cell damage. Cardiovascular Ultrasound 3:32Myocardial cell damage. Cardiovascular Ultrasound 3:32., 2005)., 2005)
 (2001(2001)) EmEm umum númeronúmero significantesignificante dede casoscasos aa examinaçãoexaminação angioscópicaangioscópica
continua acontinua a acharachar trombotrombo nana presumidapresumida lesãolesão culpadaculpada,, emem 66 mesesmeses apósapós oo
infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio..
 ((YasunoriYasunori Ueda, MasanoriUeda, Masanori AsakuraAsakura, et al. 2001. The healing process of infarct, et al. 2001. The healing process of infarct--
related plaque: Insights fromrelated plaque: Insights from 18 months18 months of serialof serial angioscopicangioscopic followfollow--up. Amup. Am CollColl
CardiolCardiol, 38:1916, 38:1916--19221922.).)
 ((1998) Murakami1998) Murakami usandousando catéterescatéteres intracoronáriosintracoronários parapara aspiraraspirar tecidostecidos
oclusivosoclusivos,, durantedurante oo infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio,, confirmouconfirmou osos achadosachados
patológicospatológicos dede queque oo trombotrombo coronáriocoronário estáestá ausenteausente emem umum substancialsubstancial
númeronúmero dede pacientespacientes indicandoindicando queque eleele contribuicontribui poucopouco parapara aa
patogênesepatogênese dodo infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio..
 (Murakami(Murakami T. Intracoronary aspirationT. Intracoronary aspiration thrombectomythrombectomy for acute myocardialfor acute myocardial
infarction, Am. J Cardiology 1998 Oct 1;82(7):839infarction, Am. J Cardiology 1998 Oct 1;82(7):839--44)44)
 (2005(2005)) RittersmaRittersma ee colegascolegas examinaramexaminaram material dematerial de trombotrombo recolhidorecolhido porpor
meiomeio dede aspiraçãoaspiração usandousando catétercatéter dede trombectomiatrombectomia percutâneopercutâneo emem 211211
pacientespacientes passandopassando porpor intervençãointervenção coronarianacoronariana percutâneapercutânea primáriaprimária
dentrodentro dede seisseis horashoras dodo inícioinício dosdos sintomassintomas.. ElesEles entãoentão estabeleceramestabeleceram,, porpor
indicadoresindicadores histológicoshistológicos, a, a idadeidade dodo trombotrombo aspiradoaspirado.. EssesEsses
pesquisadorespesquisadores acharamacharam trombotrombo emem 199 dos 211199 dos 211 pacientespacientes,, dosdos quaisquais
trombotrombo recenterecente foifoi identificadoidentificado emem poucopouco menosmenos dada metademetade. De. De outrooutro
ladolado,, 51%51% dasdas amostrasamostras dede pacientespacientes contiveramcontiveram trombotrombo queque tinhatinha
mudançasmudanças líticaslíticas ouou organizadasorganizadas sugerindosugerindo queque eleele teriateria sese originadooriginado diasdias
ouou semanassemanas antes doantes do eventoevento oclusivooclusivo.. ElesEles disseramdisseram queque
““Surpreendentemente, as características clínicas não diferiram entre osSurpreendentemente, as características clínicas não diferiram entre os
pacientes com trombo recente e aqueles com trombo "mais antigo" ,pacientes com trombo recente e aqueles com trombo "mais antigo" ,
embora os homens fossem mais propensos a ter trombo recente do que asembora os homens fossem mais propensos a ter trombo recente do que as
mulheresmulheres.”.”
 ((RittersmaRittersma SZH, van derSZH, van der WalWal AC, Koch KT, et al. PlaqueAC, Koch KT, et al. Plaque instabilityinstability frequentlyfrequently
occurs days or weeks before occlusive coronary thrombosis.occurs days or weeks before occlusive coronary thrombosis. AA pathologicalpathological
thrombectomythrombectomy study in primary percutaneousstudy in primary percutaneous coronary interventioncoronary intervention. Circulation. Circulation
2005;2005; 111:1160111:1160--1165)1165)
 O estudo PASSION, recentemente publicado, achou que o uso daO estudo PASSION, recentemente publicado, achou que o uso da
aspiração de trombo complementando aaspiração de trombo complementando a intervençãointervenção coronarianacoronariana
percutâneapercutânea primáriaprimária (PPCI) não afetou as taxas de eventos cardíacos(PPCI) não afetou as taxas de eventos cardíacos
adversos principais em 2 anos de seguimento, comparado com PPCIadversos principais em 2 anos de seguimento, comparado com PPCI
convencional. Então, baseado nesse estudo, é razoável dizer que aconvencional. Então, baseado nesse estudo, é razoável dizer que a
aspiração de trombo não previne a ocorrência do infarto do miocárdio.aspiração de trombo não previne a ocorrência do infarto do miocárdio.
 Martin AMartin A VinkVink,, MauritsMaurits TT DirksenDirksen, et al., et al. LackLack ofof longlong--termterm clinicalclinical benefitbenefit ofof
thrombusthrombus aspirationaspiration duringduring primaryprimary percutaneouspercutaneous coronarycoronary interventionintervention withwith
paclitaxelpaclitaxel--elutingeluting stentsstents oror barebare--metalmetal stentsstents: Post: Post--hochoc analysisanalysis ofof thethe PASSIONPASSION
trialtrial.. CatheterizationCatheterization andand CardiovascularCardiovascular InterventionsInterventions, 1 May 2012;Volume 79:, 1 May 2012;Volume 79:
IssueIssue 66,, pagespages 870870--877877
 OO infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio associadoassociado comcom artériasartérias coronáriascoronárias normaisnormais
éé umauma condiçãocondição bastantebastante conhecidaconhecida. A. A taxataxa geralgeral dede prevalênciaprevalência dodo
infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio comcom artériasartérias coronáriascoronárias normaisnormais éé
consideradaconsiderada serser baixabaixa,, variandovariando dede 1%1% a 12a 12%% dependendodependendo dada
definiçãodefinição dede artériasartérias coronáriascoronárias ““normaisnormais.”.”
 ((LegrandLegrand V,V, DeliegeDeliege M,M, HenrardHenrard L, Boland J,L, Boland J, KulbertusKulbertus H:H: PatientsPatients withwith
myocardialmyocardial infarctioninfarction andand normalnormal coronarycoronary arteriogramarteriogram.. ChestChest 1982,1982,
82(6):82(6):678678--685; Raymond685; Raymond R, Lynch J,R, Lynch J, UnderwoodUnderwood D,D, LeathermanLeatherman J,J, RazaviRazavi
M:M: MyocardialMyocardial infarctioninfarction andand normalnormal coronarycoronary arteriographyarteriography: a: a 1010 yearyear
clinicalclinical andand riskrisk analysisanalysis ofof 7474 patientspatients. J. J AmAm CollColl CardiolCardiol 19881988, 11(3):471, 11(3):471--
477477.).)
 (1993)(1993) ArbustiniArbustini ee colegascolegas descobriramdescobriram emem umauma sériesérie de 132de 132 autópsiasautópsias dede
coraçõescorações dede pacientespacientes,, queque morrerammorreram dede causascausas nãonão--cardíacascardíacas,, queque oo
trombotrombo coronáriocoronário foifoi mostradomostrado sobreporsobrepor a ía íntima da artéria coronária,
independentemente do tipo de placa e gravidade.independentemente do tipo de placa e gravidade.
 ArbustiniArbustini E, Grasso M,E, Grasso M, DiegoliDiegoli M, et al.M, et al. CoronaryCoronary thrombosisthrombosis in nonin non--cardiaccardiac deathdeath..
CoronCoron ArteryArtery DisDis 1993;4:7511993;4:751––9.9.
 Uma recente revisão e comentário classificado como “Uma recente revisão e comentário classificado como “StateState--ofof--thethe--ArtArt””
publicado no Jornal do Americanpublicado no Jornal do American CollegeCollege ofof CardiologyCardiology, chegou a, chegou a
seguinte conclusão:seguinte conclusão:
 “Um largo corpo de evidência conclusivamente sugere que a obstrução“Um largo corpo de evidência conclusivamente sugere que a obstrução
da artéria coronária é somente 1 elemento em um complexo processoda artéria coronária é somente 1 elemento em um complexo processo
fisiopatológico multifatorial que leva a doença isquêmica do coraçãofisiopatológico multifatorial que leva a doença isquêmica do coração
(IHD) e que a presença de lesões obstrutivas em pacientes com IHD não(IHD) e que a presença de lesões obstrutivas em pacientes com IHD não
necessariamente implica um papel causativo. Uma abordagem maisnecessariamente implica um papel causativo. Uma abordagem mais
compreensiva parece ser necessária para refocar estratégias preventivas ecompreensiva parece ser necessária para refocar estratégias preventivas e
terapêuticas e para decrescer a morbidade e mortalidade. Para esse efeitoterapêuticas e para decrescer a morbidade e mortalidade. Para esse efeito
nós propomos uma mudança na abordagem para incluir a célulanós propomos uma mudança na abordagem para incluir a célula
miocárdica e o vaso coronário”miocárdica e o vaso coronário”
 (Mario(Mario MarzilliMarzilli,, C. NoelC. Noel BaireyBairey MerzMerz,, William,, William E.E. BodenBoden, Robert, Robert O.O. BonowBonow,,
 Paola G.Paola G. CapozzaCapozza,, William M.William M. ChilianChilian,, AnthonyAnthony N.N. DeMariaDeMaria,, GiacintaGiacinta GuariniGuarini,,
AldaAlda HuqiHuqi,, DoralisaDoralisa MorroneMorrone,, ManeshManesh R.R. PatelPatel,, WilliamWilliam S.S. WeintraubWeintraub.. ObstructiveObstructive
coronarycoronary atherosclerosisatherosclerosis andand ischemicischemic heartheart diseasedisease:: AnAn elusiveelusive link!. JACClink!. JACC VolVol 60,60,
No. 11, 2012;No. 11, 2012; SeptemberSeptember 11: 95111: 951--6)6)
Um dosUm dos maioresmaiores desenvolvimentosdesenvolvimentos dodo DoutorDoutor
MesquitaMesquita nana ciênciaciência médicamédica foifoi aa TeoriaTeoria MiogênicaMiogênica
dodo InfartoInfarto dodo MiocárdioMiocárdio,, emem 1972.1972. AA TeoriaTeoria
MiogênicaMiogênica suportasuporta oo usouso dede glicosídeosglicosídeos cardíacoscardíacos
((cardiotônicoscardiotônicos)) parapara aa prevençãoprevenção ee tratamentotratamento
clínicoclínico dede síndromessíndromes coronáriascoronárias agudasagudas. Entre. Entre
outrosoutros desenvolvimentosdesenvolvimentos estãoestão aa CirurgiaCirurgia dodo
AneurismaAneurisma Ventricular doVentricular do CoraçãoCoração realizadarealizada porpor
CharlesCharles BaileyBailey emem 19541954 e oe o primeiroprimeiro DiagnósticoDiagnóstico dodo
InfartoInfarto dodo VentrículoVentrículo DireitoDireito,, emem vivo,vivo, pelopelo ECG,ECG,
feitofeito emem 1958.1958. ((EleEle realizourealizou maismais dodo queque 3030
contribuiçõescontribuições pioneiraspioneiras parapara aa literaturaliteratura médicamédica))
O Dr.O Dr. MesquitaMesquita faleceufaleceu emem 20002000 aosaos 8282 anosanos dede idadeidade..
SeuSeu memorialmemorial estáestá nana seguinteseguinte páginapágina dada internet:internet:
http://www.infarctcombat.org/qhm/homepage.htmlhttp://www.infarctcombat.org/qhm/homepage.html
 AA ateroscleroseaterosclerose coronáriacoronária e oe o fluxofluxo coronáriocoronário lentolento emem coronáriascoronárias
extramuraisextramurais normaisnormais,, desenvolvemdesenvolvem processoprocesso isquêmicoisquêmico miocárdicomiocárdico
atravésatravés dodo desequilibriodesequilibrio entreentre demandademanda e oe o suprimentosuprimento sanguineosanguineo parapara
osos segmentossegmentos miocárdicosmiocárdicos,, dependentesdependentes dasdas artériasartérias coronáriascoronárias direitadireita ee
esquerdaesquerda.. BasicamenteBasicamente, as, as grandesgrandes artériasartérias coronáriascoronárias extramuraisextramurais sãosão
responsáveisresponsáveis pelapela nutriçãonutrição miocárdicamiocárdica segmentarsegmentar ee principalmenteprincipalmente pelopelo
equilibrioequilibrio contrátilcontrátil dede cadacada segmentosegmento dada paredeparede ventricular.ventricular.
 TodaToda vezvez queque éé desenvolvidadesenvolvida umauma insuficiênciainsuficiência coronáriacoronária relativarelativa atravésatravés
dodo esforçoesforço físicofísico ouou stressstress psicopsico--emocionalemocional resultaresulta perdaperda dede contratilidadecontratilidade
imediataimediata dada áreaárea isquêmicaisquêmica ee simultâneasimultânea exaltaçãoexaltação contrátilcontrátil dosdos demaisdemais
segmentossegmentos ventricularesventriculares nãonão afetadosafetados.. A continuidade repetitiva de taisA continuidade repetitiva de tais
manifestações isquêmicas tendem a contribuir para a instalação demanifestações isquêmicas tendem a contribuir para a instalação de
segmentos assinérgicos, pela isquemia + perda de contratilidade esegmentos assinérgicos, pela isquemia + perda de contratilidade e
sobrecarga imposta pelos demais segmentos ventriculares íntegros.sobrecarga imposta pelos demais segmentos ventriculares íntegros.
durante a fase de ejeção ventricular.durante a fase de ejeção ventricular.
 Dessa maneira, aDessa maneira, a coronariopatiacoronariopatia contribui para a deterioração docontribui para a deterioração do
segmento ventricular, constituindo as áreas desegmento ventricular, constituindo as áreas de miocardiosclerosemiocardiosclerose ouou
doença miocárdica segmentar, possível sede futura do enfarte miocárdico.doença miocárdica segmentar, possível sede futura do enfarte miocárdico.
 Livro “Teoria Miogênica do Enfarte Miocárdico”, 1979.Livro “Teoria Miogênica do Enfarte Miocárdico”, 1979.
 Aterosclerose CoronáriaAterosclerose Coronária
 Fluxo Coronário LentoFluxo Coronário Lento
 ↓↓
 AnginaAngina PectorisPectoris EstávelEstável –– CoronariopatiaCoronariopatia SilenciosaSilenciosa
 11-- Isquemia miocárdica RelativaIsquemia miocárdica Relativa
 22-- Perda de Contratilidade RecíprocaPerda de Contratilidade Recíproca
 ↓↓
 Fatores Físicos eFatores Físicos e PsicoPsico--EmocionaisEmocionais EstressantesEstressantes
 / ou/ ou
 Fatores FarmacológicosFatores Farmacológicos –– Agentes Inotrópicos NegativosAgentes Inotrópicos Negativos
 ↓↓
 Doença Miocárdica SegmentarDoença Miocárdica Segmentar
 Doença Miocárdica SegmentarDoença Miocárdica Segmentar
 ↓↓
 Angina do Peito Instável/ Síndrome IntermediáriaAngina do Peito Instável/ Síndrome Intermediária
 Quadro ClínicoQuadro Clínico EnfartanteEnfartante
 11-- Insuficiência Miocárdica RegionalInsuficiência Miocárdica Regional
 22-- Isquemia Miocárdica RecíprocaIsquemia Miocárdica Recíproca
 ↓↓
 Necrose Miocárdica PrimáriaNecrose Miocárdica Primária
 (Enfarte)(Enfarte)
 ↓↓
 EstáseEstáse Coronária ou Fragmentação e Deslocamento deCoronária ou Fragmentação e Deslocamento de
 Placa Ateromatosa por EdemaPlaca Ateromatosa por Edema
 ↓↓
 Trombose Coronária SecundáriaTrombose Coronária Secundária
 (Não Obrigatória)(Não Obrigatória)
 O termo coronário se tornou sinônimo de isquemia e é usado para definirO termo coronário se tornou sinônimo de isquemia e é usado para definir
uma lesão aterosclerótica oclusiva, que é acreditada ser a responsável poruma lesão aterosclerótica oclusiva, que é acreditada ser a responsável por
todos os padrões clínicos.todos os padrões clínicos.
 Assim, dentro do sentido da teoria miogênica do infarto do miocárdio,Assim, dentro do sentido da teoria miogênica do infarto do miocárdio,
tomarei a liberdade de usar alguns novos termos mais adequados a elatomarei a liberdade de usar alguns novos termos mais adequados a ela
como por exemplo doençacomo por exemplo doença coronáriocoronário--miocárdicamiocárdica ao invés de doençaao invés de doença
arterial coronária , doença isquêmica do coração ou doença coronariana, earterial coronária , doença isquêmica do coração ou doença coronariana, e
síndromes miocárdicas agudas ao invés de síndromes coronárias agudas.síndromes miocárdicas agudas ao invés de síndromes coronárias agudas.
 Costumamos usar alternativamente os termos infarto ou enfarte, poisCostumamos usar alternativamente os termos infarto ou enfarte, pois
enquanto o primeiro é mais usado no sul do País o segundo é o maisenquanto o primeiro é mais usado no sul do País o segundo é o mais
usado em outras regiões do Brasil e, de forma quase exclusiva, emusado em outras regiões do Brasil e, de forma quase exclusiva, em
Portugal.Portugal.
 DiversosDiversos estudosestudos têmtêm mostradomostrado umauma conexãoconexão próximapróxima entre asentre as
catecolaminascatecolaminas e oe o infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio. A. A hiperatividadehiperatividade dodo sistemasistema
nervosonervoso simpáticosimpático, com, com umauma intensaintensa efusãoefusão dede catecolaminascatecolaminas
((adrenalinaadrenalina//epinefrinaepinefrina ee noradrenalinanoradrenalina//norepinefrinanorepinefrina)) tambémtambém ocorreocorre nana
anginaangina instávelinstável,, alternativamentealternativamente chamadachamada dede prépré--infartoinfarto ouou síndromesíndrome
intermediáriaintermediária,, sendosendo menormenor ee menosmenos longalonga dodo queque nono infartoinfarto agudoagudo dodo
miocárdiomiocárdio. A. A cardiomiopatiacardiomiopatia dede TakotsuboTakotsubo,, tambémtambém conhecidaconhecida comocomo
síndromesíndrome dodo coraçãocoração partidopartido –– precipitadaprecipitada porpor stressstress emocionalemocional agudoagudo, e, e
representandorepresentando umum súbitosúbito ee temporáriotemporário enfraquecimentoenfraquecimento dodo miocárdiomiocárdio,,
queque simulasimula umum quadroquadro clínicoclínico dodo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio,, dada mesmamesma formaforma
têmtêm umauma intensaintensa efusãoefusão dede catecolaminascatecolaminas..
 ((IncreasedIncreased cardiaccardiac sympatheticsympathetic nervousnervous activityactivity inin patientspatients withwith unstableunstable coronarycoronary
heartheart diseasedisease,, McCanceMcCance AJ, Thompson PA,AJ, Thompson PA, ForfarForfar JC.JC. EurEur Heart J 1993Heart J 1993
Jun;14(6):751Jun;14(6):751--7 ;7 ; SympatheticSympathetic neuralneural hyperactivityhyperactivity andand itsits normalizationnormalization followingfollowing
unstableunstable anginaangina andand acuteacute myocardialmyocardial infarctioninfarction, Graham LN, Smith PA et al., Graham LN, Smith PA et al. ClinClin
SciSci ((LondLond) 2004 Jun;106(6):605) 2004 Jun;106(6):605--11)11)
 StressStress agudoagudo ((ouou sobrecargasobrecarga no stress)no stress)
 AlémAlém dede intensaintensa atividadeatividade físicafísica,, particularmenteparticularmente nana competiçãocompetição emem
esportesesportes,, ouou esforçosesforços nãonão--usuaisusuais,, ultrapassandoultrapassando osos limiteslimites dasdas condiçõescondições
dodo coraçãocoração,, ouou aindaainda oo usouso pesadopesado dede drogasdrogas estimulantesestimulantes,, existemexistem
muitosmuitos fatoresfatores dede riscorisco parapara síndromessíndromes miocárdicasmiocárdicas agudasagudas,, baseadasbaseadas emem
recentesrecentes situaçõessituações de stress gravede stress grave ouou de stressde stress emocionalemocional súbitosúbito,, comocomo::
 SeparaçãoSeparação conjugalconjugal ouou divórciodivórcio,, perdaperda dede trabalhotrabalho ouou aposentadoriaaposentadoria,,
perdaperda dede receitareceita ouou fracassofracasso nosnos negóciosnegócios,, conflitosconflitos familiaresfamiliares
importantesimportantes,, importanteimportante injúriainjúria ouou doençadoença pessoalpessoal,, mortemorte ouou doençadoença dede
umum membromembro dada famíliafamília,, choquechoque dede umauma festafesta surpresasurpresa,, rouboroubo armadoarmado ouou
outrooutro tipotipo dede violênciaviolência,, discussãodiscussão acaloradaacalorada,, ameaçasameaças ouou atosatos dede guerraguerra,,
terremotosterremotos,, acompanharacompanhar o time deo time de preferênciapreferência emem jogosjogos dede futebolfutebol aoao
vivo, etc…vivo, etc…
 AA recenterecente descobertadescoberta dosdos cardiotônicoscardiotônicos endógenosendógenos ((digital,digital, estrofantinaestrofantina,,
proscilaridinaproscilaridina,, etc..),etc..), isoladosisolados dede tecidostecidos humanoshumanos ee fluídosfluídos corporaiscorporais,, podepode
representarrepresentar um forteum forte argumentoargumento parapara aa teoriateoria miogênicamiogênica dodo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio..
 UmaUma elevadaelevada concentraçãoconcentração dede cardiotônicoscardiotônicos endógenosendógenos temtem sidosido encontradaencontrada sobsob
diferentesdiferentes condiçõescondições taistais comocomo desbalanceamentodesbalanceamento nana bombabomba dede sódiosódio//potássiopotássio,,
hipertensãohipertensão,, arritmiasarritmias cardíacascardíacas,, insuficiênciainsuficiência renalrenal crônicacrônica,, insuficiênciainsuficiência cardíacacardíaca
congestivacongestiva ee infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio.. ExercíciosExercícios físicosfísicos vigorososvigorosos comocomo tambémtambém
situaçõessituações de stressde stress fisiológicofisiológico podempodem tambémtambém elevarelevar aa concentraçãoconcentração dede
cardiotônicoscardiotônicos endógenosendógenos nono organismoorganismo..
 PensamosPensamos queque osos cardiotônicoscardiotônicos achadosachados nana naturezanatureza podempodem complementarcomplementar umauma
deficientedeficiente produçãoprodução dosdos cardiotônicoscardiotônicos endógenosendógenos pelopelo organismoorganismo humanohumano ee
consequentementeconsequentemente suportarsuportar oo metabolismometabolismo cardíacocardíaco ee protegerproteger oo coraçãocoração dodo infartoinfarto,,
comocomo propostoproposto nana teoriateoria miogênicamiogênica..
 Duas citações relacionadas a esses achados:Duas citações relacionadas a esses achados:
 “O coração doente é ávido por“O coração doente é ávido por cardiotônicoscardiotônicos””
 QuintilianoQuintiliano H. de Mesquita, 1997H. de Mesquita, 1997
 ““CardiotônicosCardiotônicos são a insulina para a doença cardiovascular”são a insulina para a doença cardiovascular”
 Carlos Monteiro, 2005Carlos Monteiro, 2005
 (1912) James Herrick:(1912) James Herrick: ProclamouProclamou oo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio (IM)(IM) comocomo
consequênciaconsequência dede trombosetrombose coronáriacoronária ee cardiotônicoscardiotônicos (digital e(digital e
estrofantinaestrofantina)) comocomo aa melhormelhor terapiaterapia.. EleEle declaroudeclarou: “O: “O oportunooportuno usouso dessedesse
remédioremédio podepode ocasionalmenteocasionalmente salvarsalvar aa vidavida".".
 (1926) Louis(1926) Louis HammanHamman:: PartilhouPartilhou dosdos mesmosmesmos conceitosconceitos ee entusiasmoentusiasmo dede
HerrickHerrick quantoquanto aoao usouso dodo cardiotônicocardiotônico parapara tratartratar o IM.o IM. EleEle dissedisse::
 “O“O pacientepaciente devedeve serser prontamenteprontamente ee totalmentetotalmente digitalizadodigitalizado...... NãoNão
somentesomente estáestá oo coraçãocoração digitalizadodigitalizado melhormelhor preparadopreparado para suportar opara suportar o
fardo adicional de certas arritmiasfardo adicional de certas arritmias ,, masmas eleele éé tambémtambém estimuladoestimulado aa levarlevar
adianteadiante seusseus melhoresmelhores esforçosesforços.. QuantoQuanto desejável os melhores esforçosdesejável os melhores esforços
possam ser quando uma grande área do músculo cardíaco é infartada,possam ser quando uma grande área do músculo cardíaco é infartada,
não precisa comentários adicionais.”não precisa comentários adicionais.”
 ((JAMA,59: 2015,JAMA,59: 2015, 1912 ;1912 ; BullBull Johns Hopkins Hosp.; 38: 273,Johns Hopkins Hosp.; 38: 273, 19261926))
 ((1934) Ernst1934) Ernst EdensEdens:: ApósApós 33 anosanos usandousando aa estrofantinaestrofantina porpor viavia intravenosaintravenosa
nana angina doangina do peitopeito e noe no infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio,, emem maismais dodo queque 100100
pacientespacientes,, declaroudeclarou:: "" SubsequentementeSubsequentemente aoao reconhecimentoreconhecimento dada
estrofantinaestrofantina comocomo aa melhormelhor ee maismais segurasegura medicinamedicina parapara oo infartoinfarto dodo
miocárdiomiocárdio nãonão temostemos oo direitodireito dede usáusá--lala emem umum pacientepaciente somentesomente porpor
razõesrazões científicascientíficas e testes,e testes, dandodando preferênciapreferência aa outrosoutros remédiosremédios ee
perdendoperdendo tempotempo preciosoprecioso parapara aa curacura".". EleEle dissedisse tambémtambém queque chegaráchegará oo
momentomomento nono qualqual aa omissãoomissão dodo usouso dada estrofantinaestrofantina seriaseria vistavista comocomo umauma
falhafalha profissionalprofissional..
 (Munchener(Munchener Medizinischen Wochenschrift; 37, 1934)Medizinischen Wochenschrift; 37, 1934)
 (1950) Ferdinand(1950) Ferdinand R.R. SchemmSchemm:: PreconizouPreconizou oo usouso livrelivre dede restriçãorestrição dada
digitaldigital parapara oo tratamentotratamento dodo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio.. EleEle usouusou a digitala digital emem
265265 pacientespacientes registrandoregistrando umauma mortalidademortalidade de 10%. Nade 10%. Na práticaprática noticiounoticiou
queque aoao invésinvés dede qualquerqualquer danodano miocárdicomiocárdico , o, o cardiotônicocardiotônico apresentouapresentou
compatibilidadecompatibilidade com ocom o infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio,, razãorazão dede efeitosefeitos
salutaressalutares ee menormenor mortalidademortalidade..
 (1951) John(1951) John MartinMartin AskeyAskey:: AplicouAplicou a digitala digital emem 5050 pacientespacientes comcom infartoinfarto
agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio, de forma, de forma concecutivaconcecutiva.. CitandoCitando osos resultadosresultados
conseguidosconseguidos porpor SchemmSchemm com a digitalcom a digital referiureferiu queque aa profissãoprofissão médicamédica eraera
incapazincapaz dede dede tomartomar a totala total vantagemvantagem dessedesse valiosovalioso remédioremédio,, oferecendooferecendo
oo pensamentopensamento de Henry Thoreau: “de Henry Thoreau: “NuncaNunca éé tardetarde demaisdemais parapara abandonarabandonar
nossosnossos preconceitospreconceitos.. NenhumaNenhuma forma deforma de pensamentopensamento emboraembora antigaantiga,,
podepode serser confiávelconfiável semsem provaprova.”.” EssasEssas afirmaçõesafirmações dede AskeyAskey foramforam
colocadascolocadas durantedurante aa apresentaçãoapresentação dede seusseus resultadosresultados ee dada apreciaçãoapreciação dosdos
procedimentosprocedimentos clínicosclínicos ee experimentaisexperimentais dada épocaépoca.. DaDa mesmamesma formaforma
demonstroudemonstrou umauma saudávelsaudável apreensãoapreensão emem frentefrente dada acomodaçãoacomodação ee
desinteressedesinteresse sobresobre esseesse tematema tãotão excitanteexcitante..
 ((PostgradPostgrad Med.; 385, 1950; JAMA; 146: 1008, 1951)Med.; 385, 1950; JAMA; 146: 1008, 1951)
 (1955) Norman(1955) Norman H.H. Boyer:Boyer: DisseDisse queque apósapós umauma inesperadainesperada masmas afortunadaafortunada
experiênciaexperiência usandousando a digitala digital porpor viavia intravenosaintravenosa cessoucessou seuseu medomedo sobresobre oo
usouso dada digitaldigital aplicandoaplicando--a aa a partirpartir dessedesse momentomomento emem umauma sequênciasequência dede
5050 pacientespacientes comcom infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio..
 (1970) Berthold Kern:(1970) Berthold Kern: UsouUsou aa estrofantinaestrofantina sublingualsublingual emem maismais dodo queque
15.00015.000 pacientespacientes cardíacoscardíacos,, durantedurante oo períodoperíodo de 1947 a 1968,de 1947 a 1968, resultandoresultando
emem umauma muitomuito baixabaixa taxataxa dede mortalidademortalidade ee poucospoucos infartosinfartos dodo miocárdiomiocárdio..
 (New(New EnglandEngland J.J. MedMed; 252: 536,; 252: 536, 1955; Der1955; Der MyokardMyokard--InfarktInfarkt.. HaugHaug VerlagVerlag..
HeidelbergHeidelberg, 1970), 1970)
 (1972)(1972) QuintilianoQuintiliano H. deH. de MesquitaMesquita:: AdvogouAdvogou queque oo tratamentotratamento comcom
cardiotônicoscardiotônicos deveriadeveria serser começadocomeçado oo maismais cedocedo possívelpossível emem ordemordem dede
corrigircorrigir oo colapsocolapso miocárdicomiocárdico regionalregional emem progressoprogresso.. EleEle tambémtambém colocoucolocou
queque aa administraçãoadministração dodo cardiotônicocardiotônico protegeprotege asas fibrasfibras miocárdicasmiocárdicas emem
colapsocolapso,, isquêmicasisquêmicas,, masmas viáveisviáveis dede seremserem mantidasmantidas longelonge dada necrosenecrose oo
queque certamentecertamente iriairia ocorrerocorrer nono casocaso dede nãonão usouso dessedesse remédioremédio..
UltrapassandoUltrapassando oo períodoperíodo agudoagudo oo cardiotônicocardiotônico deveriadeveria serser usadousado,,
segundosegundo eleele,, comocomo umum tratamentotratamento dede manutençãomanutenção, o, o qualqual sese misturamistura comcom
aa profilaxiaprofilaxia dodo infartoinfarto,, emem ordemordem de defender ode defender o miocárdiomiocárdio isquêmicoisquêmico emem
seuseu ladolado funcionalfuncional. Durante. Durante 77 anosanos aplicouaplicou oo cardiotônicocardiotônico (digital e(digital e
estrofantinaestrofantina)) porpor viavia intravenosaintravenosa emem 11831183 pacientespacientes comcom infartoinfarto agudoagudo,,
registrandoregistrando umauma sobrevidasobrevida dede cercacerca de 90%. O Professorde 90%. O Professor MesquitaMesquita foifoi
premiadopremiado emem 19751975 com ocom o PrêmioPrêmio dede TradiçãoTradição ErnstErnst EdensEdens pelapela SociedadeSociedade
InternacionalInternacional Contra oContra o InfartoInfarto dodo MiocárdioMiocárdio,, sediadasediada emem Stuttgart,Stuttgart,
AlemanhaAlemanha..
 (Mesquita(Mesquita, QH De: Angina de esforço e síndrome de enfarte miocárdico iminente:, QH De: Angina de esforço e síndrome de enfarte miocárdico iminente:
aspectos sintomáticos dependentes de insuficiência miocárdica regional. Notaaspectos sintomáticos dependentes de insuficiência miocárdica regional. Nota
prévia. Trabalho apresentado ao XXVIII Congresso Brasileiro de Cardiologia,prévia. Trabalho apresentado ao XXVIII Congresso Brasileiro de Cardiologia,
Curitiba (PR), Julho deCuritiba (PR), Julho de 1972)1972)

 (1974)(1974) PritpalPritpal PuriPuri demonstrou que a área hipocontrátil intermediáriademonstrou que a área hipocontrátil intermediária
entre o infarto e o miocárdio normal respondeu aoentre o infarto e o miocárdio normal respondeu ao cardiotônicocardiotônico
Estrofantina mantendo contratilidade normal começando pelaEstrofantina mantendo contratilidade normal começando pela
isquemia miocárdica e hipocontratilidade.isquemia miocárdica e hipocontratilidade.
 (1975)(1975) BankaBanka e colegas confirmaram os experimentos dee colegas confirmaram os experimentos de PuriPuri usandousando
a Digital,a Digital, registrando os mesmos resultados.registrando os mesmos resultados.
 (( PritpalPritpal SS PuriPuri. Modification of experimental myocardial infarct size by. Modification of experimental myocardial infarct size by
cardiac drugs, Am Jcardiac drugs, Am J CardiolCardiol, 33 :52, 1974; Banka, VS,, 33 :52, 1974; Banka, VS, BodenheimerBodenheimer, MM,, MM,
HelfantHelfant, RH e, RH e ChaddaChadda, KD: Digitalis in experimental acute myocardial, KD: Digitalis in experimental acute myocardial
infarction. Differential effects on contractile performance of ischemic, borderinfarction. Differential effects on contractile performance of ischemic, border
andand nonischemicnonischemic ventricular zones in the dog, Am Jventricular zones in the dog, Am J CardiolCardiol, 35:801, 1975), 35:801, 1975)
 (1975) Pizarello e col. e Morrison e col. em 1976 mostraram que nas
reações enzimáticas seriadas usando a digital o infarto foi sustado e,
assim, o cardiotônico poderia ser considerado como capaz de salvar as
fibras miocárdicas viáveis.
 (1980) Morrison e colegas confirmaram que não houve mudança na
isoenzima MB da creatina quinase (CKMB) em um grupo de pacientes
com insuficiência cardíaca após o infarto do miocárdio que tomaram a
digital, em contraste a observações anteriores feitas em animais em
seguida a ligação da artéria coronária que mostrou extensão da área do
infarto após a administração da digital.

 ((PizarelloPizarello R,R, RedutoReduto L, Geller K,L, Geller K, GullotaGullota S, Morrison JS, Morrison J –– Protection of the ischemicProtection of the ischemic
myocardium in man by digitalis. Circulation 1975; 51myocardium in man by digitalis. Circulation 1975; 51--52 (52 (supplsuppl III): 895; MorrisonIII): 895; Morrison
J,J, PizarelloPizarello R,R, RedutoReduto L,L, GullotaGullota SS –– Effect of digitalis on predicted myocardialEffect of digitalis on predicted myocardial
infarct size. Circulation 1976; 53infarct size. Circulation 1976; 53--54 (54 (SupplSuppl II): 102; Morrison J,II): 102; Morrison J, CoromilasCoromilas J,J,
Robbins M et alRobbins M et al –– Digitalis and myocardial infarction in man. Circulation 1980; 62:Digitalis and myocardial infarction in man. Circulation 1980; 62:
88--16)16)
 (1980) Peter(1980) Peter SchmidsbergerSchmidsberger, Médico e Jornalista: Relatou os resultados, Médico e Jornalista: Relatou os resultados
obtidos pelo Professor Mesquita no Brasil informando que Rolfobtidos pelo Professor Mesquita no Brasil informando que Rolf DorhmanDorhman
do Hospital Wald em Berlim, Alemanha, conseguiu durante 5 anosdo Hospital Wald em Berlim, Alemanha, conseguiu durante 5 anos
resultados similares aos do Professor Brasileiro aplicando o mesmoresultados similares aos do Professor Brasileiro aplicando o mesmo
tratamento com a estrofantina no infarto agudo do miocárdio.tratamento com a estrofantina no infarto agudo do miocárdio.
 (1993)(1993) QiaoQiao DR:DR: DisseDisse queque nosnos estudosestudos hemodinâmicoshemodinâmicos oo efeitoefeito benéficobenéfico dada
cedilanidecedilanide éé maiormaior dodo queque seuseu efeitoefeito adversoadverso,, concluindoconcluindo queque a digitala digital podepode
ser,ser, seguramenteseguramente ee efetivamenteefetivamente,, usadausada nono tratamentotratamento dodo infartoinfarto agudoagudo..
 (So(So BekämpftBekämpft einein BrasilianerBrasilianer DenDen HerzinfarktHerzinfarkt ""-- BUNTE magazine 10/04/1980,BUNTE magazine 10/04/1980,
OffenburgOffenburg –– Germany;Germany; R.E.DohrmannR.E.Dohrmann;; H.D.JanischH.D.Janisch && M.KesselM.Kessel:: KlinischKlinisch--
poliklinischepoliklinische StudieStudie überüber diedie WirksamkeitWirksamkeit von gvon g--StrophanthinStrophanthin beibei Angina pectorisAngina pectoris
undund MyokardinfarktMyokardinfarkt,;,; CardiolCardiol Bull (Bull (CardiologischesCardiologisches Bulletin) 14/15: 183Bulletin) 14/15: 183--187, 1977;187, 1977;
QiaoQiao DR. A study on the hemodynamic effect ofDR. A study on the hemodynamic effect of cedilanidcedilanid in the treatment of acutein the treatment of acute
myocardial infarction,myocardial infarction, ZhonghuaZhonghua XinXin XueXue GuanGuan BingBing ZaZa ZhiZhi. 1993. 1993 AprApr;21(2):83;21(2):83--4)4)
 (1995) Leor J e(1995) Leor J e colegascolegas:: AcharamAcharam emem pacientespacientes sese recuperandorecuperando dodo infartoinfarto
dodo miocárdiomiocárdio queque aa mortalidademortalidade emem umum anoano foifoi significativamentesignificativamente maiormaior
entreentre osos pacientespacientes tratadostratados comcom umauma dosedose plenaplena [19 de 112 (17%)] do[19 de 112 (17%)] do queque
osos pacientespacientes tratadostratados comcom umauma baixabaixa dose dedose de digoxinadigoxina [1 de 41 (2%)][1 de 41 (2%)]
 ((LeorLeor J,J, GoldbourtGoldbourt UU etet al.al. DigoxinDigoxin andand increasedincreased mortalitymortality amongamong patientspatients
recoveringrecovering fromfrom acuteacute myocardialmyocardial infarctioninfarction:: importanceimportance ofof digoxindigoxin dose,dose,
CardiovascCardiovasc DrugsDrugs TherTher 19951995 OctOct;9(5):723;9(5):723--9)9)
 “Eu desejava que fosse fácil escrever sobre a Digital“Eu desejava que fosse fácil escrever sobre a Digital ––Eu desespero em agradar aEu desespero em agradar a
mim mesmo ou instruir a outros em um assunto tão difícil. É muito mais fácilmim mesmo ou instruir a outros em um assunto tão difícil. É muito mais fácil
escrever sobre uma doença do que sobre um remédio. A anterior está nas mãos daescrever sobre uma doença do que sobre um remédio. A anterior está nas mãos da
natureza e um observador consciencioso com olhar para um razoável julgamentonatureza e um observador consciencioso com olhar para um razoável julgamento
não falhará em descrever a aparência; O segundo estará sempre sujeito aosnão falhará em descrever a aparência; O segundo estará sempre sujeito aos
caprichos, as inexatidões e a estupidez do ser humano. Williamcaprichos, as inexatidões e a estupidez do ser humano. William WitheringWithering, carta, carta
de 29 de setembro de 1778de 29 de setembro de 1778..
 “Digital: Um“Digital: Um remédioremédio dadodado porpor Deus”Deus” porpor Friedrich LudwigFriedrich Ludwig KreysigKreysig –– BerlimBerlim,,
18141814
 “Digital: O“Digital: O ópioópio dodo CoraçãoCoração”” porpor JeanJean BaptisteBaptiste BouillaudBouillaud –– Paris, 1841Paris, 1841
 OO riscorisco de umde um infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio ouou dede outrosoutros eventoseventos miocárdicosmiocárdicos agudosagudos
nãonão éé proporcionalproporcional aa severidadeseveridade dada estenoseestenose coronáriacoronária.. DiversosDiversos estudosestudos nosnos
quaisquais maismais dodo queque umauma angiografiaangiografia foifoi realizadarealizada emem pacientespacientes queque tiveramtiveram
síndromessíndromes miocárdicasmiocárdicas agudasagudas mostrarammostraram queque aa maioriamaioria dessasdessas síndromessíndromes
parecerampareceram terter sidosido desenvolvidasdesenvolvidas dede lesõeslesões queque nana primeiraprimeira angiografiaangiografia
causaramcausaram estenosesestenoses nãonão significativassignificativas.. EssasEssas lesõeslesões estenóticasestenóticas menosmenos severasseveras
levaramlevaram aoao infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio porqueporque elaselas nãonão desenvolveramdesenvolveram umauma circulaçãocirculação
colateralcolateral suficientesuficiente aoao redorredor,, queque iríairía prevenirprevenir ouou limitarlimitar aa extensãoextensão dada necrosenecrose
miocárdicamiocárdica.. IssoIsso significasignifica queque umauma reduçãoredução de 30% node 30% no calibrecalibre dada artériaartéria podepode terter
umum riscorisco aumentadoaumentado parapara oo infartoinfarto comparadacomparada comcom umauma obstruçãoobstrução de 90%.de 90%.
 (Ambrose J A,(Ambrose J A, TannenbaumTannenbaum M A et al, Angiographic progression of coronary arteryM A et al, Angiographic progression of coronary artery
disease and the development of myocardial infarction, J Amdisease and the development of myocardial infarction, J Am CollColl CardiolCardiol 1988; 12:561988; 12:56--62;62;
Little W C et al, Can coronary angiography predict the site of a subsequent myocardialLittle W C et al, Can coronary angiography predict the site of a subsequent myocardial
infarction in patients with mild to moderate coronary artery disease?, Circulation 1988;infarction in patients with mild to moderate coronary artery disease?, Circulation 1988;
78:115778:1157--66; John A Ambrose,66; John A Ambrose, ValentinValentin FusterFuster, The risk of coronary occlusion is not, The risk of coronary occlusion is not
proportional to the prior severity of coronaryproportional to the prior severity of coronary stenosesstenoses, Editorial, Heart 1998; 79:3, Editorial, Heart 1998; 79:3--4)4)
 O Dr.O Dr. QuintilianoQuintiliano dede MesquitaMesquita,, dissedisse emem seuseu livrolivro ““TeoriaTeoria MiogênicaMiogênica dodo
EnfarteEnfarte MiocárdicoMiocárdico, 1979 (, 1979 (pagpag. 134):. 134):
 “A rede de circulação colateral nem sempre é capaz de evitar o enfarte miocárdico,“A rede de circulação colateral nem sempre é capaz de evitar o enfarte miocárdico,
porque seu desenvolvimento é realizado em função do aspecto anatômico do processoporque seu desenvolvimento é realizado em função do aspecto anatômico do processo
obstrutivo e nem sempre é suficiente para atender as exigências da atividade físicaobstrutivo e nem sempre é suficiente para atender as exigências da atividade física
comum docomum do coronariopatacoronariopata. O papel do. O papel do cardiotônicocardiotônico parece ser o de completar os efeitos daparece ser o de completar os efeitos da
circulação colateral, dando condições de verdadeiro suporte contra a falência miocárdicacirculação colateral, dando condições de verdadeiro suporte contra a falência miocárdica
regional eregional e ipsoipso factofacto de prevenir o enfarte miocárdico.de prevenir o enfarte miocárdico.
 UmaUma recenterecente metameta--análiseanálise confirmouconfirmou queque pacientespacientes comcom doençadoença cardíacacardíaca
comcom umauma bembem desenvolvidadesenvolvida circulaçãocirculação coronáriacoronária colateralcolateral têmtêm umauma melhormelhor
sobrevidasobrevida comparadacomparada comcom pacientespacientes comcom colateraiscolaterais menosmenos desenvolvidasdesenvolvidas*.*.
 *Meier P, Hemingway H, Lansky AJ, et al. The impact of the coronary collateral*Meier P, Hemingway H, Lansky AJ, et al. The impact of the coronary collateral
circulation on mortality: a metacirculation on mortality: a meta--analysis.analysis. EurEur Heart J 2011; DOI:Heart J 2011; DOI:
10.1093/10.1093/eurheartjeurheartj/ehr308*/ehr308*
Dentro de meu ponto de vista, em adição aos efeitos inotrópicos positivosDentro de meu ponto de vista, em adição aos efeitos inotrópicos positivos
sobresobre a contratilidade doa contratilidade do músculo cardíaco, osmúsculo cardíaco, os cardiotônicoscardiotônicos podem terpodem ter
também possíveis efeitos na doença cardiovascular, incluindo na interrupçãotambém possíveis efeitos na doença cardiovascular, incluindo na interrupção
das síndromes miocárdicas agudas, através da redução dos níveisdas síndromes miocárdicas agudas, através da redução dos níveis
aumentados de catecolaminas no sangue e na redução da resultante elevaçãoaumentados de catecolaminas no sangue e na redução da resultante elevação
na produção e acumulação dena produção e acumulação de lactatolactato pelo músculo cardíaco.pelo músculo cardíaco.
((SchobelSchobel HP et al. 1991HP et al. 1991.. ContrastingContrasting effectseffects ofof digitalisdigitalis andand dobutaminedobutamine onon baroreflexbaroreflex
sympatheticsympathetic controlcontrol inin normalnormal humanshumans,, CirculationCirculation V84,V84, 11181118--1129; M1129; M GheorgiadeGheorgiade andand
D Ferguson, 1991.D Ferguson, 1991. DigoxinDigoxin: A: A neurohormonalneurohormonal modulatormodulator inin heartheart failurefailure? 84: 2181? 84: 2181--2186;2186;
GutmanGutman Y,Y, BoonyavirojBoonyaviroj P.P. NaunynNaunyn SchmiedebergsSchmiedebergs. 1977.. 1977. MechanismMechanism ofof inhibitioninhibition ofof
catecholaminecatecholamine releaserelease fromfrom adrenaladrenal medullamedulla byby diphenylhydantoindiphenylhydantoin andand byby lowlow
concentrationconcentration ofof ouabainouabain (10 ((10 (--10) M).10) M). ArchArch PharmacolPharmacol Feb;296(3Feb;296(3):):293293--6);6); SchadeSchade DS.DS.
The role ofThe role of catecholaminescatecholamines in metabolic acidosis. Ciba Foundin metabolic acidosis. Ciba Found SympSymp. 1982;87:235. 1982;87:235--53)53)
 AA teoriateoria miogênicamiogênica recomenda o uso dorecomenda o uso do cardiotônicocardiotônico + dilatador+ dilatador
coronário nacoronário na coronáriocoronário--miocardiopatiamiocardiopatia crônica estável, com e sem enfartecrônica estável, com e sem enfarte
prévio, a longo prazo, complementando os efeitos benéficos e protetoresprévio, a longo prazo, complementando os efeitos benéficos e protetores
da circulação coronária colateral frente as severas obstruções coronárias;da circulação coronária colateral frente as severas obstruções coronárias;
tendo como objetivo a correção do estado de deficiência contrátil regionaltendo como objetivo a correção do estado de deficiência contrátil regional
do miocárdio isquêmico e a preservação dodo miocárdio isquêmico e a preservação do inotropismoinotropismo miocárdico, comomiocárdico, como
prevenção da angina instável, enfarte miocárdico, insuficiência cardíaca eprevenção da angina instável, enfarte miocárdico, insuficiência cardíaca e
graves arritmias que levam a morte súbita.graves arritmias que levam a morte súbita.
 TrechosTrechos dodo trabalhotrabalho dede MesquitaMesquita QHdeQHde et al “et al “EfeitosEfeitos do Cardiotônico + Dilatadordo Cardiotônico + Dilatador
Coronário naCoronário na CoronarioCoronario--MiocardiopatiaMiocardiopatia Crônica Estável, Com e Sem EnfarteCrônica Estável, Com e Sem Enfarte
Prévio,Prévio, A Longo Prazo”,A Longo Prazo”, Ars Cvrandi 2002 (setembro);Ars Cvrandi 2002 (setembro);35:7. Texto disponível na35:7. Texto disponível na
seguinte página da web:seguinte página da web: http://www.infarctcombat.org/qhm/cme.pdfhttp://www.infarctcombat.org/qhm/cme.pdf
O Dr.O Dr. MesquitaMesquita ee colegascolegas informaminformam queque osos seguintesseguintes efeitosefeitos devemdevem sese
enfatizadosenfatizados nono usouso ininterruptoininterrupto dosdos cardiotônicoscardiotônicos + dilatadores coronários na+ dilatadores coronários na
coronáriocoronário--miocardiopatiamiocardiopatia crônica estável, com ou sem infarto do miocárdiocrônica estável, com ou sem infarto do miocárdio
prévio:prévio:
 Neutralizar os efeitos inotrópicos negativos da isquemia;Neutralizar os efeitos inotrópicos negativos da isquemia;
 Preservar a função ventricular, nivelando por cima os segmentosPreservar a função ventricular, nivelando por cima os segmentos
isquêmicosisquêmicos –– deficientes contráteisdeficientes contráteis –– com os segmentos não isquêmicos,com os segmentos não isquêmicos,
anulando o deletério confronto segmentar;anulando o deletério confronto segmentar;
 Prevenir a Angina instável, Enfarte miocárdico, Insuficiência cardíaca ePrevenir a Angina instável, Enfarte miocárdico, Insuficiência cardíaca e
Morte SúbitaMorte Súbita ––instabilidade sintomática e miocárdica, garantindo o estadoinstabilidade sintomática e miocárdica, garantindo o estado
permanente de estabilidade;permanente de estabilidade;
 Aumentar e propiciar sobrevidaAumentar e propiciar sobrevida tranqüilatranqüila, confortável e longa,, confortável e longa,
predominantemente assintomática, diante dos esforços comuns e de acordopredominantemente assintomática, diante dos esforços comuns e de acordo
com os parâmetros alcançados.com os parâmetros alcançados.
 NovamenteNovamente,, eleseles disseramdisseram queque: “: “A circulação coronária colateral tem o seu papelA circulação coronária colateral tem o seu papel
fundamental no destino dosfundamental no destino dos coronariopatascoronariopatas e representa o reforço compensatório dae representa o reforço compensatório da
“Natureza”, complementado pelo“Natureza”, complementado pelo cardiotônicocardiotônico, na preservação da contratilidade, na preservação da contratilidade
miocárdica.miocárdica..”.”
 QuintilianoQuintiliano MesquitaMesquita ee seuseu assistenteassistente CláudioCláudio BaptistaBaptista,, emem umum trabalhotrabalho
publicadopublicado emem 2002,2002, analisaramanalisaram de formade forma prospectivaprospectiva osos dados de umdados de um
períodoperíodo de 28de 28 anosanos (1972(1972 -- 2000)2000) usandousando glicosídeosglicosídeos cardíacoscardíacos emem baixabaixa
concentraçãoconcentração ((baixabaixa dosagemdosagem),), emem pacientespacientes comcom doençadoença coronáriacoronária--
miocárdicamiocárdica estávelestável comcom ouou semsem prévioprévio infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio*.*. SeusSeus
resultadosresultados mostrarammostraram muitomuito baixasbaixas taxastaxas nana mortalidademortalidade ee morbidademorbidade. Os. Os
pacientespacientes foramforam divididosdivididos emem doisdois gruposgrupos......
 *Cardiotônico*Cardiotônico: Insuperável na Preservação da Estabilidade como Preventivo das: Insuperável na Preservação da Estabilidade como Preventivo das
Síndromes Coronárias e Responsável pela Prolongada Sobrevida”,Síndromes Coronárias e Responsável pela Prolongada Sobrevida”, QuintilianoQuintiliano H.H.
de Mesquita e Cláudio A S Baptista,de Mesquita e Cláudio A S Baptista, ArsArs CvrandiCvrandi 2002 (maio); 35:32002 (maio); 35:3 .. DisponivelDisponivel nana
seguinte página da web:seguinte página da web: httphttp://://www.infarctcombat.org/28anos/digitalicos.htmlwww.infarctcombat.org/28anos/digitalicos.html
OO primeiroprimeiro grupogrupo incluiuincluiu 994994 pacientespacientes semsem infartoinfarto prévioprévio,,
apresentandoapresentando emem 2828 anosanos aa seguinteseguinte morbidademorbidade ee mortalidademortalidade::
 -- InfartoInfarto dodo miocárdiomiocárdio:: 1414 casoscasos (1.4%)(1.4%)
 -- InsuficiênciaInsuficiência cardíacacardíaca: 35 cases (3.5%): 35 cases (3.5%)
 -- MorteMorte porpor InsuficiênciaInsuficiência cardíacacardíaca:: 3232 casoscasos (3.2%)(3.2%)
 -- MorteMorte súbitasúbita: 72: 72 casoscasos (7.2%)(7.2%)
 -- MorteMorte porpor AcidenteAcidente vascular cerebral:vascular cerebral: 1313 casoscasos (1.3%)(1.3%)
 -- MorteMorte porpor Cancer:Cancer: 1414 casoscasos (1.4%)(1.4%)
 -- MortalidadeMortalidade porpor outrasoutras causascausas: 11: 11 casoscasos (1.1%)(1.1%)
 -- MortalidadeMortalidade total:total: 142142 casoscasos (14.2%)(14.2%) -- (0.5%(0.5% porpor anoano!)!)
 -- IdadeIdade médiamédia nono óbitoóbito:: 7676 anosanos
OO segundosegundo grupogrupo incluiuincluiu 156156 pacientespacientes comcom infartoinfarto prévioprévio,,
apresentandoapresentando emem 2828 anosanos aa seguinteseguinte morbidademorbidade ee mortalidademortalidade::
 -- ReRe--infartoinfarto:: 88 casoscasos (5.1%)(5.1%)
 -- InsuficiênciaInsuficiência cardíacacardíaca: 35 cases (3.5%): 35 cases (3.5%)
 -- MorteMorte porpor insuficiênciainsuficiência cardíacacardíaca:: 1717 casoscasos (10.8%)(10.8%)
 -- MorteMorte súbitasúbita: 32: 32 casoscasos (20.5%)(20.5%)
 -- MorteMorte porpor acidenteacidente vascular cerebral:vascular cerebral: 77 casoscasos (4.4%)(4.4%)
 -- MorteMorte porpor Cancer:Cancer: 33 casoscasos (1.9%)(1.9%)
 -- MortalidadeMortalidade porpor outrasoutras causascausas: 5 cases (3.2%): 5 cases (3.2%)
 -- MortalidadeMortalidade total:total: 6464 casoscasos ((40.8%)40.8%) -- (1.45% per(1.45% per year!)year!)
 -- IdadeIdade médiamédia nono óbitoóbito:: 72 years72 years
 Manutenção Terapêutica PermanenteManutenção Terapêutica Permanente
 CardiotônicosCardiotônicos empregados:empregados:
 ProscilaridinaProscilaridina--AA: 0.75: 0.75--1.501.50mgmg/dia/dia
 AcetildigoxinaAcetildigoxina: 0.50: 0.50mgmg/dia/dia
 LanatosideoLanatosideo--C: 0.50C: 0.50mgmg/dia/dia
 DigitoxinaDigitoxina: 0.1: 0.1mgmg/dia/dia
 Digoxina: 0.125Digoxina: 0.125--0.250.25mgmg/dia/dia
 BetametildigoxinaBetametildigoxina: 0.10: 0.10--0.200.20mgmg/dia/dia
 Dilatadores coronários e Antagonistas de cálcio:Dilatadores coronários e Antagonistas de cálcio:
 VerapamilVerapamil: 120: 120--240mg/dia240mg/dia
 PrenilaminaPrenilamina 120120--180mg/dia180mg/dia
 NifedipinaNifedipina 2020--30mg/dia30mg/dia
 FendilinaFendilina: 100: 100--150mg/dia150mg/dia
 DiltiazemDiltiazem: 90: 90--180mg/dia180mg/dia
 Texto disponível emTexto disponível em httphttp://www.infarctcombat.org/qhm/cme.pdf://www.infarctcombat.org/qhm/cme.pdf
 AA teoriateoria miogênicamiogênica recomendarecomenda oo usouso dodo cardiotônicocardiotônico ++ dilatadordilatador
coronáriocoronário nono tratamentotratamento dada anginaangina instávelinstável parapara correçãocorreção dada insuficiênciainsuficiência
miocárdicamiocárdica regional,regional, apresentadaapresentada comocomo oo fatorfator determinantedeterminante nono
mecanismomecanismo fisiopatológicofisiopatológico dessadessa alarmantealarmante síndromesíndrome clínicaclínica,, usualmenteusualmente
caracterizandocaracterizando oo prépré--infartoinfarto..
 Trechos do artigo deTrechos do artigo de MesquitaMesquita QHdeQHde et al “Efeitos do Cardiotônico + Dilatadoret al “Efeitos do Cardiotônico + Dilatador
Coronário na AnginaCoronário na Angina Instável” Texto disponível na seguinte página da web:Instável” Texto disponível na seguinte página da web:
http://http://www.infarctcombat.org/qhm/eai.pdfwww.infarctcombat.org/qhm/eai.pdf
 ResultadosResultados
 Tolerância medicamentosa perfeita.Tolerância medicamentosa perfeita.
 Imediato desaparecimento dos episódios dolorosos espontâneos a partirImediato desaparecimento dos episódios dolorosos espontâneos a partir
da primeira injeção doda primeira injeção do cardiotônicocardiotônico..
 Sustação da síndrome clínica nos 199Sustação da síndrome clínica nos 199 ptspts; com registro de apenas 1 caso; com registro de apenas 1 caso
que evoluiu para o infarto do miocárdio no 8que evoluiu para o infarto do miocárdio no 8°° dia de evolução.dia de evolução.
 Nenhum óbitoNenhum óbito
 AlteraçõesAlterações ECGGráficasECGGráficas com desaparecimento rápidocom desaparecimento rápido
 Manifestações arrítmicas benignas (20,5%) de fácil resolução, transitóriasManifestações arrítmicas benignas (20,5%) de fácil resolução, transitórias
e sem repercussão hemodinâmica.e sem repercussão hemodinâmica.
 Inexpressivas alterações enzimáticas nas primeiras 24 horas.Inexpressivas alterações enzimáticas nas primeiras 24 horas.
 Terapêutica de ataque na angina instável, durante 6 diasTerapêutica de ataque na angina instável, durante 6 dias
 CardiotônicosCardiotônicos::
 EstrofantinaEstrofantina--K : 0.25K : 0.25--0.340.34 mgmg/dia, EV/dia, EV
 EstrofantinaEstrofantina--G : 0.25G : 0.25--0.500.50 mgmg/dia, EV/dia, EV
 LanatosideoLanatosideo--C : 0.40C : 0.40 mgmg/dia, EV/dia, EV
 Digoxina : 0.50Digoxina : 0.50 mgmg//dayday, EV, EV
 MetildigoxinaMetildigoxina : 0.20: 0.20--0.300.30 mgmg/dia, VO/dia, VO
 ProscilaridinaProscilaridina--AA : 1.50: 1.50--2.02.0 mgmg/dia, VO/dia, VO
 Dilatadores coronários:Dilatadores coronários:
 Dipiridamol : 20Dipiridamol : 20 mg/mg/dayday, EV, EV
 VerapamilVerapamil : 240: 240 mg/mg/dayday, VO, VO
 PrenilaminaPrenilamina : 180: 180 mg/mg/dayday, VO, VO
 NifedipinaNifedipina : 30: 30 mg/mg/dayday, VO, VO
 * A* A estrofantinaestrofantina KK ouou GG (EV(EV)) foifoi empregadaempregada emem 150150 pacientespacientes,, Digital (EVDigital (EV)) emem 3030
pacientespacientes e,e, excepcionalmenteexcepcionalmente,, porpor via oral,via oral, MetildigoxinaMetildigoxina emem 11 pacientepaciente ee
ProscilaridinaProscilaridina--AA emem 1818 pacientespacientes..
 EVEV:: Via endovenosaVia endovenosa VVOO:: Via OralVia Oral
 PorquêPorquê quadroquadro clínicoclínico enfartanteenfartante??
 PorPor queque com ocom o usouso dede cardiotônicoscardiotônicos oo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio podepode serser
interrompidointerrompido comocomo ocorreuocorreu emem 63.5% dos63.5% dos casoscasos tratadostratados pelopelo Dr.Dr. MesquitaMesquita..
 MesquitaMesquita QHdeQHde et al “et al “EfeitosEfeitos do Cardiotônico + Dilatadordo Cardiotônico + Dilatador Coronário noCoronário no QuadroQuadro
ClínicoClínico EnfartanteEnfartante“.“. TextoTexto disponíveldisponível nana seguinteseguinte páginapágina dada web:web:
httphttp://://www.infarctcombat.org/qhm/eqce.pdfwww.infarctcombat.org/qhm/eqce.pdf
ResultadosResultados
 Absoluta tolerância medicamentosaAbsoluta tolerância medicamentosa
 Redução na administração de analgésicos e entorpecentesRedução na administração de analgésicos e entorpecentes
 Baixa incidência de arritmias cardíacasBaixa incidência de arritmias cardíacas
 Baixa incidência de insuficiência cardíacaBaixa incidência de insuficiência cardíaca
 Baixa incidência de choqueBaixa incidência de choque cardiogênicocardiogênico
 Baixa relativa dos picos das reações enzimáticasBaixa relativa dos picos das reações enzimáticas
 Baixa MortalidadeBaixa Mortalidade
 Quadro clínico mais tranquilo e seguroQuadro clínico mais tranquilo e seguro
 Terapêutica de ataque do quadro clínicoTerapêutica de ataque do quadro clínico enfartanteenfartante durantedurante 66 diasdias
 CardiotônicosCardiotônicos::
 EstrofantinaEstrofantina--K: 0,25K: 0,25--0,340,34 mgmg/dia, EV/dia, EV
 EstrofantinaEstrofantina--G: 0,25G: 0,25--0,500,50 mgmg/dia, EV/dia, EV
 LanatosideoLanatosideo--C: 0,40C: 0,40 mgmg/dia, EV/dia, EV
 Digoxina: 0,50Digoxina: 0,50 mgmg/dia, EV/dia, EV
 Dilatadores coronários:Dilatadores coronários:
 Dipiridamol: 20Dipiridamol: 20 mgmg/dia, EV/dia, EV
 VerapamilVerapamil: 240: 240 mgmg/dia, VO/dia, VO
 PrenilaminaPrenilamina: 180: 180 mgmg/dia, VO/dia, VO
 NifedipinaNifedipina: 30: 30 mgmg/dia, VO/dia, VO
 * A Estrofantina* A Estrofantina--K ou G foi empregada em 962K ou G foi empregada em 962 ptspts e a Digital em 147e a Digital em 147 ptspts nana
primeira fase do tratamentoprimeira fase do tratamento
 EV: Endovenosa VO: Via oralEV: Endovenosa VO: Via oral
 Resultados (Índices de complicações clínicas):Resultados (Índices de complicações clínicas):
 -- ExtrassistolesExtrassistoles ventriculares: 24.1%ventriculares: 24.1%
 -- Bloqueio AV parcial: 5.8%Bloqueio AV parcial: 5.8%
 -- Bloqueio AV total: 4.6%Bloqueio AV total: 4.6%
 -- Taquicardia atrial: 1.7%Taquicardia atrial: 1.7%
 -- FlutterFlutter –– fibrilaçãofibrilação atrial: 4.4%atrial: 4.4%
 -- Taquicardia +Taquicardia + fibrilaçãofibrilação ventricular: 2.7%ventricular: 2.7%
 -- AssistoliaAssistolia: 4.5%: 4.5%
 -- ChoqueChoque cardiogênicocardiogênico: 2%: 2%
 -- Edema agudo de pulmão: 1.3%Edema agudo de pulmão: 1.3%
 -- Insuficiência cardíaca: 1%Insuficiência cardíaca: 1%
 -- Mortalidade global: 12.2%Mortalidade global: 12.2%
 -- MortalidadeMortalidade por idade: 9.4% nos pacientes abaixo de 70 anos epor idade: 9.4% nos pacientes abaixo de 70 anos e
de 26.6% nos pacientes acima de 70 anosde 26.6% nos pacientes acima de 70 anos
Este livro emEste livro em língua portuguesalíngua portuguesa pode ser baixado gratuitamente empode ser baixado gratuitamente em
http://http://www.infarctcombat.org/LivroTM/qhm.htmlwww.infarctcombat.org/LivroTM/qhm.html
 Apresentações emApresentações em VideoVideo e eme em PowerpointPowerpoint, assim como artigos e, assim como artigos e
outras informações sobre a teoria miogênica em:outras informações sobre a teoria miogênica em:
 http://www.infarctcombat.org/TeoriaMiogenica.htmlhttp://www.infarctcombat.org/TeoriaMiogenica.html

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Teoria Miogênica do Infarto

  • 1. A Teoria MiogênicaA Teoria Miogênica do Infarto do Miocárdiodo Infarto do Miocárdio (tradução) Quarta Conferência Internacional sobre Ciências Cardíacas Avançadas KingKing ofof OrgansOrgans, 2012, 2012 Reino da Arábia SauditaReino da Arábia Saudita Carlos MonteiroCarlos Monteiro InfarctInfarct CombatCombat ProjectProject http://infarctcombat.orghttp://infarctcombat.org
  • 2.  “O“O pacientepaciente coronáriocoronário nãonão morremorre dede doençadoença coronáriacoronária,, eleele morremorre dede doençadoença miocárdicamiocárdica”*”*  *Burch GE and col., Ischemic*Burch GE and col., Ischemic cardiomyopathycardiomyopathy, Am Heart J. 1972 Mar;83(3):340, Am Heart J. 1972 Mar;83(3):340--5050
  • 3.  É importante notar que a teoria da trombose coronária, introduzida porÉ importante notar que a teoria da trombose coronária, introduzida por James BryanJames Bryan HerrickHerrick, em 1912, permanece sofrendo sérias dúvidas, em 1912, permanece sofrendo sérias dúvidas quanto ao seu relacionamento de causa e efeito.quanto ao seu relacionamento de causa e efeito.  Isto levouIsto levou FriedbergFriedberg ee HornHorn a sugerirem em 1939 de que o termoa sugerirem em 1939 de que o termo trombose coronária deveria ser abandonado em favor do mais genéricotrombose coronária deveria ser abandonado em favor do mais genérico infarto agudo do miocárdio. Em seu trabalho dizem que “asinfarto agudo do miocárdio. Em seu trabalho dizem que “as características clínicas e electrocardiográficas da trombose coronáriacaracterísticas clínicas e electrocardiográficas da trombose coronária podem ser observadas em pacientes nos quais o trombo na artériapodem ser observadas em pacientes nos quais o trombo na artéria coronária não é subsequentemente achado em necropsia, como foi notadocoronária não é subsequentemente achado em necropsia, como foi notado porpor LibmanLibman,, ObendorferObendorfer,, BuchnerBuchner,, HamburgerHamburger ee SaphirSaphir, Dietrich,, Dietrich, LevyLevy ee BruennBruenn e outros.”e outros.”  Depois desse tempo muitos outros investigadores chegaram a mesmaDepois desse tempo muitos outros investigadores chegaram a mesma conclusão como veremos adiante...conclusão como veremos adiante...  ** FriedbergFriedberg CKCK andand Horn H.Horn H. AcuteAcute myocardialmyocardial infarctioninfarction notnot duedue toto coronarycoronary arteryartery occlusionocclusion. J.. J. AmAm MedMed AssocAssoc 1939;112(17):1939;112(17):16751675--16791679
  • 4.  (1941) Hermann e colegas acharam que a oclusão trombótica poderia(1941) Hermann e colegas acharam que a oclusão trombótica poderia ocorrer sem o infarto quando a circulação colateral parecesse adequada eocorrer sem o infarto quando a circulação colateral parecesse adequada e se um infarto acontecesse, ele poderia ser atribuído a um trombo oclusivose um infarto acontecesse, ele poderia ser atribuído a um trombo oclusivo em uma localização crítica na árvore coronária.em uma localização crítica na árvore coronária.  (Angina(Angina PectorisPectoris,, coronarycoronary failurefailure andand acuteacute myocardialmyocardial infarctioninfarction: The role: The role ofof coronarycoronary occlusionsocclusions andand collateralcollateral circulationcirculation, JAMA 1941;116(2):91, JAMA 1941;116(2):91--97;97; MultipleMultiple freshfresh coronarycoronary occlusionsocclusions inin patientspatients withwith antecedentantecedent shockshock,, ArchArch InternIntern MedMed 1941;68(2):1811941;68(2):181--198; Experimental198; Experimental studiesstudies onon thethe effecteffect ofof temporarytemporary occlusionocclusion ofof coronarycoronary arteriesarteries; The; The productionproduction ofof myocardialmyocardial infarctioninfarction, American Heart, American Heart JournalJournal 1941 V22;I31941 V22;I3 --374374--389)389)  (1951) Miller e colegas apontaram que os infartos subendocárdicos foram(1951) Miller e colegas apontaram que os infartos subendocárdicos foram raramente associados com trombos coronários.raramente associados com trombos coronários.  ((MyocardialMyocardial infarctioninfarction withwith andand withoutwithout acuteacute coronarycoronary occlusionocclusion: A: A pathologicpathologic studystudy. AMA. AMA ArchArch InternIntern MedMed 1951;88(5):5971951;88(5):597--604)604)
  • 5.  (1960) Spain(1960) Spain andand BradessBradess acharam completa obstrução coronária deacharam completa obstrução coronária de natureza aterosclerótica representando cerca de 75% dos casos, enatureza aterosclerótica representando cerca de 75% dos casos, e trombose coronária recente em apenas 25% dos casos autopsiados.trombose coronária recente em apenas 25% dos casos autopsiados. Também, eles observaram incidência crescente de trombose coronáriaTambém, eles observaram incidência crescente de trombose coronária com crescente duração de sobrevida após o infarto do miocárdio. Menoscom crescente duração de sobrevida após o infarto do miocárdio. Menos de uma hora com 16% de trombose, entre 1 e 24 horas com 37% e em maisde uma hora com 16% de trombose, entre 1 e 24 horas com 37% e em mais do que 24 horas com 52% de trombose coronária*.do que 24 horas com 52% de trombose coronária*.  (Spain, DM(Spain, DM andand BradessBradess VA. TheVA. The relationshiprelationship ofof coronarycoronary thrombosisthrombosis toto coronarycoronary atherosclerosisatherosclerosis andand ischemicischemic heartheart diseasedisease –– aa necropsynecropsy studystudy coveringcovering aa periodperiod ofof 2525 yearsyears,, AmAm JJ MedMed SciSci, 240:7, 240:7--1, 1960; Spain DM1, 1960; Spain DM andand BradessBradess VA.VA. FrequencyFrequency ofof coronarycoronary thrombosisthrombosis relatedrelated toto durationduration ofof survivalsurvival fromfrom onsetonset ofof acuteacute fatalfatal episodesepisodes ofof myocardialmyocardial ischemiaischemia.. CirculationCirculation, 22:816, 1960), 22:816, 1960)
  • 6.  (1970)(1970) HellstromHellstrom demonstrou experimentalmente a trombose coronáriademonstrou experimentalmente a trombose coronária secundária ao infarto agudo do miocárdio, causada por ligadura dasecundária ao infarto agudo do miocárdio, causada por ligadura da artéria coronária.artéria coronária.  ((HellstromHellstrom, HR., HR. MyocardialMyocardial infarctioninfarction as a causeas a cause ofof coronarycoronary thrombosisthrombosis.. CirculationCirculation, 42,, 42, SupplSuppl. III); 165, 1970). III); 165, 1970)  (1972) William Roberts sugeriu que os trombos arteriais coronários são(1972) William Roberts sugeriu que os trombos arteriais coronários são consequências ao invés de causas do infarto agudo do miocárdio. Em seuconsequências ao invés de causas do infarto agudo do miocárdio. Em seu estudo envolvendo 107 pacientes os quais foram submetidos à necropsiaestudo envolvendo 107 pacientes os quais foram submetidos à necropsia ele descobriu que somente 54% daqueles com infartoele descobriu que somente 54% daqueles com infarto transmuraltransmural, e, e somente 10% daqueles com necrose subendocárdica tiveram um trombosomente 10% daqueles com necrose subendocárdica tiveram um trombo na artéria relacionada ao infarto.na artéria relacionada ao infarto.  ((FrequencyFrequency of coronary thrombosis related to duration of survivalof coronary thrombosis related to duration of survival fromfrom onset ofonset of acute fatal episodes of myocardial ischemia, Circulation,acute fatal episodes of myocardial ischemia, Circulation, 22:816, 196022:816, 1960;; RobertsRoberts,, W.CW.C.:;.:; Coronary arteries in fatal acute myocardial infarction,Coronary arteries in fatal acute myocardial infarction, Circulation,42:215Circulation,42:215,, 1972, Roberts W. C1972, Roberts W. C.).)
  • 7.  (1980)(1980) DeWoodDeWood ee colegascolegas demonstraramdemonstraram aa prevalênciaprevalência dada oclusãooclusão totaltotal coronáriacoronária durantedurante asas primeirasprimeiras horashoras dodo infartoinfarto transmuraltransmural porpor meiomeio dada arteriografiaarteriografia coronáriacoronária.. SeusSeus resultadosresultados foramforam aceitosaceitos pelapela comunidadecomunidade cardiológicacardiológica comocomo aa evidênciaevidência clínicaclínica definitivadefinitiva sobresobre oo papelpapel causalcausal dada trombosetrombose nono infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio..  ((DeWoodDeWood MA, Spores J,MA, Spores J, NotskeNotske R et al. Prevalence of total coronaryR et al. Prevalence of total coronary oclusionoclusion during the early hours ofduring the early hours of transmuraltransmural myocardial infarction. Nmyocardial infarction. N EnglEngl J MedJ Med 1980;303:8971980;303:897--902)902)  (1996)(1996) QuintilianoQuintiliano H. deH. de MesquitaMesquita apontouapontou queque aa interpretaçãointerpretação dadadada porpor DeWoodDeWood sobresobre aa imagemimagem angiográficaangiográfica,, sugestivasugestiva dede trombotrombo intracoronáriointracoronário,, nãonão correspondecorresponde aa realidaderealidade absolutaabsoluta sese eleele representarepresenta umum trombotrombo verdadeiroverdadeiro ouou simplesmentesimplesmente agregadosagregados plaquetáriosplaquetários queque sãosão precocesprecoces,, instáveisinstáveis ouou reversíveisreversíveis,, geralmentegeralmente registradosregistrados nasnas primeirasprimeiras horashoras dada anginaangina instávelinstável e noe no cursocurso dodo infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio..  (Book:(Book: RemédioRemédio boicotadoboicotado substituisubstitui cirurgiacirurgia dede ponteponte dede safenasafena,, CompsetCompset,,, 1996), 1996)
  • 8.  ((2005) Giorgio2005) Giorgio BaroldiBaroldi ee colegascolegas,, discutindodiscutindo osos achadosachados dede DeWoodDeWood,, disseramdisseram queque aa primeiraprimeira questãoquestão principal éprincipal é quantasquantas dasdas 87%87% oclusõesoclusões cineangiográficascineangiográficas sãosão pseudopseudo--oclusõesoclusões e se oe se o trombotrombo ““emem camadascamadas”” recuperadorecuperado nana cirurgiacirurgia dede ponteponte dede safenasafena era umera um verdadeiroverdadeiro trombotrombo ouou umum coágulocoágulo oo qualqual frequêntementefrequêntemente mostramostra umauma estratificaçãoestratificação dede elementoselementos dodo sanguesangue nãonão vistosvistos nana formaçãoformação dodo trombotrombo.. DisseramDisseram aindaainda queque o “o “trombotrombo”” vermelhovermelho,, nomeadamentenomeadamente oo coágulocoágulo, é, é frequêntementefrequêntemente ee errôneamenteerrôneamente consideradoconsiderado comocomo trombotrombo..  EmEm outrooutro trabalhotrabalho publicadopublicado nono mesmomesmo anoano disseramdisseram queque aa frequênciafrequência dede umum trombotrombo oclusivooclusivo éé significativamentesignificativamente maismais altaalta emem infartosinfartos maioresmaiores,, suportandosuportando suasua formaçãoformação secundáriasecundária..  ((BaroldiBaroldi G,G, BigiBigi R,R, CortigianiCortigiani L: Ultrasound imaging versusL: Ultrasound imaging versus morphopathologymorphopathology inin cardiovascular diseases: coronary collateralcardiovascular diseases: coronary collateral and myocardialand myocardial ischemia.ischemia. CardiovascCardiovasc Ultrasound 2005, 3:6; GiorgioUltrasound 2005, 3:6; Giorgio BaroldiBaroldi, Riccardo, Riccardo BigiBigi andand LauroLauro CortigianiCortigiani.. Ultrasound imaging versusUltrasound imaging versus morphopathologymorphopathology in cardiovascularin cardiovascular diseases.diseases. Myocardial cell damage. Cardiovascular Ultrasound 3:32Myocardial cell damage. Cardiovascular Ultrasound 3:32., 2005)., 2005)
  • 9.  (2001(2001)) EmEm umum númeronúmero significantesignificante dede casoscasos aa examinaçãoexaminação angioscópicaangioscópica continua acontinua a acharachar trombotrombo nana presumidapresumida lesãolesão culpadaculpada,, emem 66 mesesmeses apósapós oo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio..  ((YasunoriYasunori Ueda, MasanoriUeda, Masanori AsakuraAsakura, et al. 2001. The healing process of infarct, et al. 2001. The healing process of infarct-- related plaque: Insights fromrelated plaque: Insights from 18 months18 months of serialof serial angioscopicangioscopic followfollow--up. Amup. Am CollColl CardiolCardiol, 38:1916, 38:1916--19221922.).)  ((1998) Murakami1998) Murakami usandousando catéterescatéteres intracoronáriosintracoronários parapara aspiraraspirar tecidostecidos oclusivosoclusivos,, durantedurante oo infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio,, confirmouconfirmou osos achadosachados patológicospatológicos dede queque oo trombotrombo coronáriocoronário estáestá ausenteausente emem umum substancialsubstancial númeronúmero dede pacientespacientes indicandoindicando queque eleele contribuicontribui poucopouco parapara aa patogênesepatogênese dodo infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio..  (Murakami(Murakami T. Intracoronary aspirationT. Intracoronary aspiration thrombectomythrombectomy for acute myocardialfor acute myocardial infarction, Am. J Cardiology 1998 Oct 1;82(7):839infarction, Am. J Cardiology 1998 Oct 1;82(7):839--44)44)
  • 10.  (2005(2005)) RittersmaRittersma ee colegascolegas examinaramexaminaram material dematerial de trombotrombo recolhidorecolhido porpor meiomeio dede aspiraçãoaspiração usandousando catétercatéter dede trombectomiatrombectomia percutâneopercutâneo emem 211211 pacientespacientes passandopassando porpor intervençãointervenção coronarianacoronariana percutâneapercutânea primáriaprimária dentrodentro dede seisseis horashoras dodo inícioinício dosdos sintomassintomas.. ElesEles entãoentão estabeleceramestabeleceram,, porpor indicadoresindicadores histológicoshistológicos, a, a idadeidade dodo trombotrombo aspiradoaspirado.. EssesEsses pesquisadorespesquisadores acharamacharam trombotrombo emem 199 dos 211199 dos 211 pacientespacientes,, dosdos quaisquais trombotrombo recenterecente foifoi identificadoidentificado emem poucopouco menosmenos dada metademetade. De. De outrooutro ladolado,, 51%51% dasdas amostrasamostras dede pacientespacientes contiveramcontiveram trombotrombo queque tinhatinha mudançasmudanças líticaslíticas ouou organizadasorganizadas sugerindosugerindo queque eleele teriateria sese originadooriginado diasdias ouou semanassemanas antes doantes do eventoevento oclusivooclusivo.. ElesEles disseramdisseram queque ““Surpreendentemente, as características clínicas não diferiram entre osSurpreendentemente, as características clínicas não diferiram entre os pacientes com trombo recente e aqueles com trombo "mais antigo" ,pacientes com trombo recente e aqueles com trombo "mais antigo" , embora os homens fossem mais propensos a ter trombo recente do que asembora os homens fossem mais propensos a ter trombo recente do que as mulheresmulheres.”.”  ((RittersmaRittersma SZH, van derSZH, van der WalWal AC, Koch KT, et al. PlaqueAC, Koch KT, et al. Plaque instabilityinstability frequentlyfrequently occurs days or weeks before occlusive coronary thrombosis.occurs days or weeks before occlusive coronary thrombosis. AA pathologicalpathological thrombectomythrombectomy study in primary percutaneousstudy in primary percutaneous coronary interventioncoronary intervention. Circulation. Circulation 2005;2005; 111:1160111:1160--1165)1165)
  • 11.  O estudo PASSION, recentemente publicado, achou que o uso daO estudo PASSION, recentemente publicado, achou que o uso da aspiração de trombo complementando aaspiração de trombo complementando a intervençãointervenção coronarianacoronariana percutâneapercutânea primáriaprimária (PPCI) não afetou as taxas de eventos cardíacos(PPCI) não afetou as taxas de eventos cardíacos adversos principais em 2 anos de seguimento, comparado com PPCIadversos principais em 2 anos de seguimento, comparado com PPCI convencional. Então, baseado nesse estudo, é razoável dizer que aconvencional. Então, baseado nesse estudo, é razoável dizer que a aspiração de trombo não previne a ocorrência do infarto do miocárdio.aspiração de trombo não previne a ocorrência do infarto do miocárdio.  Martin AMartin A VinkVink,, MauritsMaurits TT DirksenDirksen, et al., et al. LackLack ofof longlong--termterm clinicalclinical benefitbenefit ofof thrombusthrombus aspirationaspiration duringduring primaryprimary percutaneouspercutaneous coronarycoronary interventionintervention withwith paclitaxelpaclitaxel--elutingeluting stentsstents oror barebare--metalmetal stentsstents: Post: Post--hochoc analysisanalysis ofof thethe PASSIONPASSION trialtrial.. CatheterizationCatheterization andand CardiovascularCardiovascular InterventionsInterventions, 1 May 2012;Volume 79:, 1 May 2012;Volume 79: IssueIssue 66,, pagespages 870870--877877
  • 12.  OO infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio associadoassociado comcom artériasartérias coronáriascoronárias normaisnormais éé umauma condiçãocondição bastantebastante conhecidaconhecida. A. A taxataxa geralgeral dede prevalênciaprevalência dodo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio comcom artériasartérias coronáriascoronárias normaisnormais éé consideradaconsiderada serser baixabaixa,, variandovariando dede 1%1% a 12a 12%% dependendodependendo dada definiçãodefinição dede artériasartérias coronáriascoronárias ““normaisnormais.”.”  ((LegrandLegrand V,V, DeliegeDeliege M,M, HenrardHenrard L, Boland J,L, Boland J, KulbertusKulbertus H:H: PatientsPatients withwith myocardialmyocardial infarctioninfarction andand normalnormal coronarycoronary arteriogramarteriogram.. ChestChest 1982,1982, 82(6):82(6):678678--685; Raymond685; Raymond R, Lynch J,R, Lynch J, UnderwoodUnderwood D,D, LeathermanLeatherman J,J, RazaviRazavi M:M: MyocardialMyocardial infarctioninfarction andand normalnormal coronarycoronary arteriographyarteriography: a: a 1010 yearyear clinicalclinical andand riskrisk analysisanalysis ofof 7474 patientspatients. J. J AmAm CollColl CardiolCardiol 19881988, 11(3):471, 11(3):471-- 477477.).)
  • 13.  (1993)(1993) ArbustiniArbustini ee colegascolegas descobriramdescobriram emem umauma sériesérie de 132de 132 autópsiasautópsias dede coraçõescorações dede pacientespacientes,, queque morrerammorreram dede causascausas nãonão--cardíacascardíacas,, queque oo trombotrombo coronáriocoronário foifoi mostradomostrado sobreporsobrepor a ía íntima da artéria coronária, independentemente do tipo de placa e gravidade.independentemente do tipo de placa e gravidade.  ArbustiniArbustini E, Grasso M,E, Grasso M, DiegoliDiegoli M, et al.M, et al. CoronaryCoronary thrombosisthrombosis in nonin non--cardiaccardiac deathdeath.. CoronCoron ArteryArtery DisDis 1993;4:7511993;4:751––9.9.
  • 14.  Uma recente revisão e comentário classificado como “Uma recente revisão e comentário classificado como “StateState--ofof--thethe--ArtArt”” publicado no Jornal do Americanpublicado no Jornal do American CollegeCollege ofof CardiologyCardiology, chegou a, chegou a seguinte conclusão:seguinte conclusão:  “Um largo corpo de evidência conclusivamente sugere que a obstrução“Um largo corpo de evidência conclusivamente sugere que a obstrução da artéria coronária é somente 1 elemento em um complexo processoda artéria coronária é somente 1 elemento em um complexo processo fisiopatológico multifatorial que leva a doença isquêmica do coraçãofisiopatológico multifatorial que leva a doença isquêmica do coração (IHD) e que a presença de lesões obstrutivas em pacientes com IHD não(IHD) e que a presença de lesões obstrutivas em pacientes com IHD não necessariamente implica um papel causativo. Uma abordagem maisnecessariamente implica um papel causativo. Uma abordagem mais compreensiva parece ser necessária para refocar estratégias preventivas ecompreensiva parece ser necessária para refocar estratégias preventivas e terapêuticas e para decrescer a morbidade e mortalidade. Para esse efeitoterapêuticas e para decrescer a morbidade e mortalidade. Para esse efeito nós propomos uma mudança na abordagem para incluir a célulanós propomos uma mudança na abordagem para incluir a célula miocárdica e o vaso coronário”miocárdica e o vaso coronário”  (Mario(Mario MarzilliMarzilli,, C. NoelC. Noel BaireyBairey MerzMerz,, William,, William E.E. BodenBoden, Robert, Robert O.O. BonowBonow,,  Paola G.Paola G. CapozzaCapozza,, William M.William M. ChilianChilian,, AnthonyAnthony N.N. DeMariaDeMaria,, GiacintaGiacinta GuariniGuarini,, AldaAlda HuqiHuqi,, DoralisaDoralisa MorroneMorrone,, ManeshManesh R.R. PatelPatel,, WilliamWilliam S.S. WeintraubWeintraub.. ObstructiveObstructive coronarycoronary atherosclerosisatherosclerosis andand ischemicischemic heartheart diseasedisease:: AnAn elusiveelusive link!. JACClink!. JACC VolVol 60,60, No. 11, 2012;No. 11, 2012; SeptemberSeptember 11: 95111: 951--6)6)
  • 15. Um dosUm dos maioresmaiores desenvolvimentosdesenvolvimentos dodo DoutorDoutor MesquitaMesquita nana ciênciaciência médicamédica foifoi aa TeoriaTeoria MiogênicaMiogênica dodo InfartoInfarto dodo MiocárdioMiocárdio,, emem 1972.1972. AA TeoriaTeoria MiogênicaMiogênica suportasuporta oo usouso dede glicosídeosglicosídeos cardíacoscardíacos ((cardiotônicoscardiotônicos)) parapara aa prevençãoprevenção ee tratamentotratamento clínicoclínico dede síndromessíndromes coronáriascoronárias agudasagudas. Entre. Entre outrosoutros desenvolvimentosdesenvolvimentos estãoestão aa CirurgiaCirurgia dodo AneurismaAneurisma Ventricular doVentricular do CoraçãoCoração realizadarealizada porpor CharlesCharles BaileyBailey emem 19541954 e oe o primeiroprimeiro DiagnósticoDiagnóstico dodo InfartoInfarto dodo VentrículoVentrículo DireitoDireito,, emem vivo,vivo, pelopelo ECG,ECG, feitofeito emem 1958.1958. ((EleEle realizourealizou maismais dodo queque 3030 contribuiçõescontribuições pioneiraspioneiras parapara aa literaturaliteratura médicamédica)) O Dr.O Dr. MesquitaMesquita faleceufaleceu emem 20002000 aosaos 8282 anosanos dede idadeidade.. SeuSeu memorialmemorial estáestá nana seguinteseguinte páginapágina dada internet:internet: http://www.infarctcombat.org/qhm/homepage.htmlhttp://www.infarctcombat.org/qhm/homepage.html
  • 16.  AA ateroscleroseaterosclerose coronáriacoronária e oe o fluxofluxo coronáriocoronário lentolento emem coronáriascoronárias extramuraisextramurais normaisnormais,, desenvolvemdesenvolvem processoprocesso isquêmicoisquêmico miocárdicomiocárdico atravésatravés dodo desequilibriodesequilibrio entreentre demandademanda e oe o suprimentosuprimento sanguineosanguineo parapara osos segmentossegmentos miocárdicosmiocárdicos,, dependentesdependentes dasdas artériasartérias coronáriascoronárias direitadireita ee esquerdaesquerda.. BasicamenteBasicamente, as, as grandesgrandes artériasartérias coronáriascoronárias extramuraisextramurais sãosão responsáveisresponsáveis pelapela nutriçãonutrição miocárdicamiocárdica segmentarsegmentar ee principalmenteprincipalmente pelopelo equilibrioequilibrio contrátilcontrátil dede cadacada segmentosegmento dada paredeparede ventricular.ventricular.  TodaToda vezvez queque éé desenvolvidadesenvolvida umauma insuficiênciainsuficiência coronáriacoronária relativarelativa atravésatravés dodo esforçoesforço físicofísico ouou stressstress psicopsico--emocionalemocional resultaresulta perdaperda dede contratilidadecontratilidade imediataimediata dada áreaárea isquêmicaisquêmica ee simultâneasimultânea exaltaçãoexaltação contrátilcontrátil dosdos demaisdemais segmentossegmentos ventricularesventriculares nãonão afetadosafetados.. A continuidade repetitiva de taisA continuidade repetitiva de tais manifestações isquêmicas tendem a contribuir para a instalação demanifestações isquêmicas tendem a contribuir para a instalação de segmentos assinérgicos, pela isquemia + perda de contratilidade esegmentos assinérgicos, pela isquemia + perda de contratilidade e sobrecarga imposta pelos demais segmentos ventriculares íntegros.sobrecarga imposta pelos demais segmentos ventriculares íntegros. durante a fase de ejeção ventricular.durante a fase de ejeção ventricular.  Dessa maneira, aDessa maneira, a coronariopatiacoronariopatia contribui para a deterioração docontribui para a deterioração do segmento ventricular, constituindo as áreas desegmento ventricular, constituindo as áreas de miocardiosclerosemiocardiosclerose ouou doença miocárdica segmentar, possível sede futura do enfarte miocárdico.doença miocárdica segmentar, possível sede futura do enfarte miocárdico.  Livro “Teoria Miogênica do Enfarte Miocárdico”, 1979.Livro “Teoria Miogênica do Enfarte Miocárdico”, 1979.
  • 17.  Aterosclerose CoronáriaAterosclerose Coronária  Fluxo Coronário LentoFluxo Coronário Lento  ↓↓  AnginaAngina PectorisPectoris EstávelEstável –– CoronariopatiaCoronariopatia SilenciosaSilenciosa  11-- Isquemia miocárdica RelativaIsquemia miocárdica Relativa  22-- Perda de Contratilidade RecíprocaPerda de Contratilidade Recíproca  ↓↓  Fatores Físicos eFatores Físicos e PsicoPsico--EmocionaisEmocionais EstressantesEstressantes  / ou/ ou  Fatores FarmacológicosFatores Farmacológicos –– Agentes Inotrópicos NegativosAgentes Inotrópicos Negativos  ↓↓  Doença Miocárdica SegmentarDoença Miocárdica Segmentar
  • 18.  Doença Miocárdica SegmentarDoença Miocárdica Segmentar  ↓↓  Angina do Peito Instável/ Síndrome IntermediáriaAngina do Peito Instável/ Síndrome Intermediária  Quadro ClínicoQuadro Clínico EnfartanteEnfartante  11-- Insuficiência Miocárdica RegionalInsuficiência Miocárdica Regional  22-- Isquemia Miocárdica RecíprocaIsquemia Miocárdica Recíproca  ↓↓  Necrose Miocárdica PrimáriaNecrose Miocárdica Primária  (Enfarte)(Enfarte)  ↓↓  EstáseEstáse Coronária ou Fragmentação e Deslocamento deCoronária ou Fragmentação e Deslocamento de  Placa Ateromatosa por EdemaPlaca Ateromatosa por Edema  ↓↓  Trombose Coronária SecundáriaTrombose Coronária Secundária  (Não Obrigatória)(Não Obrigatória)
  • 19.  O termo coronário se tornou sinônimo de isquemia e é usado para definirO termo coronário se tornou sinônimo de isquemia e é usado para definir uma lesão aterosclerótica oclusiva, que é acreditada ser a responsável poruma lesão aterosclerótica oclusiva, que é acreditada ser a responsável por todos os padrões clínicos.todos os padrões clínicos.  Assim, dentro do sentido da teoria miogênica do infarto do miocárdio,Assim, dentro do sentido da teoria miogênica do infarto do miocárdio, tomarei a liberdade de usar alguns novos termos mais adequados a elatomarei a liberdade de usar alguns novos termos mais adequados a ela como por exemplo doençacomo por exemplo doença coronáriocoronário--miocárdicamiocárdica ao invés de doençaao invés de doença arterial coronária , doença isquêmica do coração ou doença coronariana, earterial coronária , doença isquêmica do coração ou doença coronariana, e síndromes miocárdicas agudas ao invés de síndromes coronárias agudas.síndromes miocárdicas agudas ao invés de síndromes coronárias agudas.  Costumamos usar alternativamente os termos infarto ou enfarte, poisCostumamos usar alternativamente os termos infarto ou enfarte, pois enquanto o primeiro é mais usado no sul do País o segundo é o maisenquanto o primeiro é mais usado no sul do País o segundo é o mais usado em outras regiões do Brasil e, de forma quase exclusiva, emusado em outras regiões do Brasil e, de forma quase exclusiva, em Portugal.Portugal.
  • 20.  DiversosDiversos estudosestudos têmtêm mostradomostrado umauma conexãoconexão próximapróxima entre asentre as catecolaminascatecolaminas e oe o infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio. A. A hiperatividadehiperatividade dodo sistemasistema nervosonervoso simpáticosimpático, com, com umauma intensaintensa efusãoefusão dede catecolaminascatecolaminas ((adrenalinaadrenalina//epinefrinaepinefrina ee noradrenalinanoradrenalina//norepinefrinanorepinefrina)) tambémtambém ocorreocorre nana anginaangina instávelinstável,, alternativamentealternativamente chamadachamada dede prépré--infartoinfarto ouou síndromesíndrome intermediáriaintermediária,, sendosendo menormenor ee menosmenos longalonga dodo queque nono infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio. A. A cardiomiopatiacardiomiopatia dede TakotsuboTakotsubo,, tambémtambém conhecidaconhecida comocomo síndromesíndrome dodo coraçãocoração partidopartido –– precipitadaprecipitada porpor stressstress emocionalemocional agudoagudo, e, e representandorepresentando umum súbitosúbito ee temporáriotemporário enfraquecimentoenfraquecimento dodo miocárdiomiocárdio,, queque simulasimula umum quadroquadro clínicoclínico dodo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio,, dada mesmamesma formaforma têmtêm umauma intensaintensa efusãoefusão dede catecolaminascatecolaminas..  ((IncreasedIncreased cardiaccardiac sympatheticsympathetic nervousnervous activityactivity inin patientspatients withwith unstableunstable coronarycoronary heartheart diseasedisease,, McCanceMcCance AJ, Thompson PA,AJ, Thompson PA, ForfarForfar JC.JC. EurEur Heart J 1993Heart J 1993 Jun;14(6):751Jun;14(6):751--7 ;7 ; SympatheticSympathetic neuralneural hyperactivityhyperactivity andand itsits normalizationnormalization followingfollowing unstableunstable anginaangina andand acuteacute myocardialmyocardial infarctioninfarction, Graham LN, Smith PA et al., Graham LN, Smith PA et al. ClinClin SciSci ((LondLond) 2004 Jun;106(6):605) 2004 Jun;106(6):605--11)11)
  • 21.  StressStress agudoagudo ((ouou sobrecargasobrecarga no stress)no stress)  AlémAlém dede intensaintensa atividadeatividade físicafísica,, particularmenteparticularmente nana competiçãocompetição emem esportesesportes,, ouou esforçosesforços nãonão--usuaisusuais,, ultrapassandoultrapassando osos limiteslimites dasdas condiçõescondições dodo coraçãocoração,, ouou aindaainda oo usouso pesadopesado dede drogasdrogas estimulantesestimulantes,, existemexistem muitosmuitos fatoresfatores dede riscorisco parapara síndromessíndromes miocárdicasmiocárdicas agudasagudas,, baseadasbaseadas emem recentesrecentes situaçõessituações de stress gravede stress grave ouou de stressde stress emocionalemocional súbitosúbito,, comocomo::  SeparaçãoSeparação conjugalconjugal ouou divórciodivórcio,, perdaperda dede trabalhotrabalho ouou aposentadoriaaposentadoria,, perdaperda dede receitareceita ouou fracassofracasso nosnos negóciosnegócios,, conflitosconflitos familiaresfamiliares importantesimportantes,, importanteimportante injúriainjúria ouou doençadoença pessoalpessoal,, mortemorte ouou doençadoença dede umum membromembro dada famíliafamília,, choquechoque dede umauma festafesta surpresasurpresa,, rouboroubo armadoarmado ouou outrooutro tipotipo dede violênciaviolência,, discussãodiscussão acaloradaacalorada,, ameaçasameaças ouou atosatos dede guerraguerra,, terremotosterremotos,, acompanharacompanhar o time deo time de preferênciapreferência emem jogosjogos dede futebolfutebol aoao vivo, etc…vivo, etc…
  • 22.  AA recenterecente descobertadescoberta dosdos cardiotônicoscardiotônicos endógenosendógenos ((digital,digital, estrofantinaestrofantina,, proscilaridinaproscilaridina,, etc..),etc..), isoladosisolados dede tecidostecidos humanoshumanos ee fluídosfluídos corporaiscorporais,, podepode representarrepresentar um forteum forte argumentoargumento parapara aa teoriateoria miogênicamiogênica dodo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio..  UmaUma elevadaelevada concentraçãoconcentração dede cardiotônicoscardiotônicos endógenosendógenos temtem sidosido encontradaencontrada sobsob diferentesdiferentes condiçõescondições taistais comocomo desbalanceamentodesbalanceamento nana bombabomba dede sódiosódio//potássiopotássio,, hipertensãohipertensão,, arritmiasarritmias cardíacascardíacas,, insuficiênciainsuficiência renalrenal crônicacrônica,, insuficiênciainsuficiência cardíacacardíaca congestivacongestiva ee infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio.. ExercíciosExercícios físicosfísicos vigorososvigorosos comocomo tambémtambém situaçõessituações de stressde stress fisiológicofisiológico podempodem tambémtambém elevarelevar aa concentraçãoconcentração dede cardiotônicoscardiotônicos endógenosendógenos nono organismoorganismo..  PensamosPensamos queque osos cardiotônicoscardiotônicos achadosachados nana naturezanatureza podempodem complementarcomplementar umauma deficientedeficiente produçãoprodução dosdos cardiotônicoscardiotônicos endógenosendógenos pelopelo organismoorganismo humanohumano ee consequentementeconsequentemente suportarsuportar oo metabolismometabolismo cardíacocardíaco ee protegerproteger oo coraçãocoração dodo infartoinfarto,, comocomo propostoproposto nana teoriateoria miogênicamiogênica..  Duas citações relacionadas a esses achados:Duas citações relacionadas a esses achados:  “O coração doente é ávido por“O coração doente é ávido por cardiotônicoscardiotônicos””  QuintilianoQuintiliano H. de Mesquita, 1997H. de Mesquita, 1997  ““CardiotônicosCardiotônicos são a insulina para a doença cardiovascular”são a insulina para a doença cardiovascular”  Carlos Monteiro, 2005Carlos Monteiro, 2005
  • 23.  (1912) James Herrick:(1912) James Herrick: ProclamouProclamou oo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio (IM)(IM) comocomo consequênciaconsequência dede trombosetrombose coronáriacoronária ee cardiotônicoscardiotônicos (digital e(digital e estrofantinaestrofantina)) comocomo aa melhormelhor terapiaterapia.. EleEle declaroudeclarou: “O: “O oportunooportuno usouso dessedesse remédioremédio podepode ocasionalmenteocasionalmente salvarsalvar aa vidavida".".  (1926) Louis(1926) Louis HammanHamman:: PartilhouPartilhou dosdos mesmosmesmos conceitosconceitos ee entusiasmoentusiasmo dede HerrickHerrick quantoquanto aoao usouso dodo cardiotônicocardiotônico parapara tratartratar o IM.o IM. EleEle dissedisse::  “O“O pacientepaciente devedeve serser prontamenteprontamente ee totalmentetotalmente digitalizadodigitalizado...... NãoNão somentesomente estáestá oo coraçãocoração digitalizadodigitalizado melhormelhor preparadopreparado para suportar opara suportar o fardo adicional de certas arritmiasfardo adicional de certas arritmias ,, masmas eleele éé tambémtambém estimuladoestimulado aa levarlevar adianteadiante seusseus melhoresmelhores esforçosesforços.. QuantoQuanto desejável os melhores esforçosdesejável os melhores esforços possam ser quando uma grande área do músculo cardíaco é infartada,possam ser quando uma grande área do músculo cardíaco é infartada, não precisa comentários adicionais.”não precisa comentários adicionais.”  ((JAMA,59: 2015,JAMA,59: 2015, 1912 ;1912 ; BullBull Johns Hopkins Hosp.; 38: 273,Johns Hopkins Hosp.; 38: 273, 19261926))
  • 24.  ((1934) Ernst1934) Ernst EdensEdens:: ApósApós 33 anosanos usandousando aa estrofantinaestrofantina porpor viavia intravenosaintravenosa nana angina doangina do peitopeito e noe no infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio,, emem maismais dodo queque 100100 pacientespacientes,, declaroudeclarou:: "" SubsequentementeSubsequentemente aoao reconhecimentoreconhecimento dada estrofantinaestrofantina comocomo aa melhormelhor ee maismais segurasegura medicinamedicina parapara oo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio nãonão temostemos oo direitodireito dede usáusá--lala emem umum pacientepaciente somentesomente porpor razõesrazões científicascientíficas e testes,e testes, dandodando preferênciapreferência aa outrosoutros remédiosremédios ee perdendoperdendo tempotempo preciosoprecioso parapara aa curacura".". EleEle dissedisse tambémtambém queque chegaráchegará oo momentomomento nono qualqual aa omissãoomissão dodo usouso dada estrofantinaestrofantina seriaseria vistavista comocomo umauma falhafalha profissionalprofissional..  (Munchener(Munchener Medizinischen Wochenschrift; 37, 1934)Medizinischen Wochenschrift; 37, 1934)
  • 25.  (1950) Ferdinand(1950) Ferdinand R.R. SchemmSchemm:: PreconizouPreconizou oo usouso livrelivre dede restriçãorestrição dada digitaldigital parapara oo tratamentotratamento dodo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio.. EleEle usouusou a digitala digital emem 265265 pacientespacientes registrandoregistrando umauma mortalidademortalidade de 10%. Nade 10%. Na práticaprática noticiounoticiou queque aoao invésinvés dede qualquerqualquer danodano miocárdicomiocárdico , o, o cardiotônicocardiotônico apresentouapresentou compatibilidadecompatibilidade com ocom o infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio,, razãorazão dede efeitosefeitos salutaressalutares ee menormenor mortalidademortalidade..  (1951) John(1951) John MartinMartin AskeyAskey:: AplicouAplicou a digitala digital emem 5050 pacientespacientes comcom infartoinfarto agudoagudo dodo miocárdiomiocárdio, de forma, de forma concecutivaconcecutiva.. CitandoCitando osos resultadosresultados conseguidosconseguidos porpor SchemmSchemm com a digitalcom a digital referiureferiu queque aa profissãoprofissão médicamédica eraera incapazincapaz dede dede tomartomar a totala total vantagemvantagem dessedesse valiosovalioso remédioremédio,, oferecendooferecendo oo pensamentopensamento de Henry Thoreau: “de Henry Thoreau: “NuncaNunca éé tardetarde demaisdemais parapara abandonarabandonar nossosnossos preconceitospreconceitos.. NenhumaNenhuma forma deforma de pensamentopensamento emboraembora antigaantiga,, podepode serser confiávelconfiável semsem provaprova.”.” EssasEssas afirmaçõesafirmações dede AskeyAskey foramforam colocadascolocadas durantedurante aa apresentaçãoapresentação dede seusseus resultadosresultados ee dada apreciaçãoapreciação dosdos procedimentosprocedimentos clínicosclínicos ee experimentaisexperimentais dada épocaépoca.. DaDa mesmamesma formaforma demonstroudemonstrou umauma saudávelsaudável apreensãoapreensão emem frentefrente dada acomodaçãoacomodação ee desinteressedesinteresse sobresobre esseesse tematema tãotão excitanteexcitante..  ((PostgradPostgrad Med.; 385, 1950; JAMA; 146: 1008, 1951)Med.; 385, 1950; JAMA; 146: 1008, 1951)
  • 26.  (1955) Norman(1955) Norman H.H. Boyer:Boyer: DisseDisse queque apósapós umauma inesperadainesperada masmas afortunadaafortunada experiênciaexperiência usandousando a digitala digital porpor viavia intravenosaintravenosa cessoucessou seuseu medomedo sobresobre oo usouso dada digitaldigital aplicandoaplicando--a aa a partirpartir dessedesse momentomomento emem umauma sequênciasequência dede 5050 pacientespacientes comcom infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio..  (1970) Berthold Kern:(1970) Berthold Kern: UsouUsou aa estrofantinaestrofantina sublingualsublingual emem maismais dodo queque 15.00015.000 pacientespacientes cardíacoscardíacos,, durantedurante oo períodoperíodo de 1947 a 1968,de 1947 a 1968, resultandoresultando emem umauma muitomuito baixabaixa taxataxa dede mortalidademortalidade ee poucospoucos infartosinfartos dodo miocárdiomiocárdio..  (New(New EnglandEngland J.J. MedMed; 252: 536,; 252: 536, 1955; Der1955; Der MyokardMyokard--InfarktInfarkt.. HaugHaug VerlagVerlag.. HeidelbergHeidelberg, 1970), 1970)
  • 27.  (1972)(1972) QuintilianoQuintiliano H. deH. de MesquitaMesquita:: AdvogouAdvogou queque oo tratamentotratamento comcom cardiotônicoscardiotônicos deveriadeveria serser começadocomeçado oo maismais cedocedo possívelpossível emem ordemordem dede corrigircorrigir oo colapsocolapso miocárdicomiocárdico regionalregional emem progressoprogresso.. EleEle tambémtambém colocoucolocou queque aa administraçãoadministração dodo cardiotônicocardiotônico protegeprotege asas fibrasfibras miocárdicasmiocárdicas emem colapsocolapso,, isquêmicasisquêmicas,, masmas viáveisviáveis dede seremserem mantidasmantidas longelonge dada necrosenecrose oo queque certamentecertamente iriairia ocorrerocorrer nono casocaso dede nãonão usouso dessedesse remédioremédio.. UltrapassandoUltrapassando oo períodoperíodo agudoagudo oo cardiotônicocardiotônico deveriadeveria serser usadousado,, segundosegundo eleele,, comocomo umum tratamentotratamento dede manutençãomanutenção, o, o qualqual sese misturamistura comcom aa profilaxiaprofilaxia dodo infartoinfarto,, emem ordemordem de defender ode defender o miocárdiomiocárdio isquêmicoisquêmico emem seuseu ladolado funcionalfuncional. Durante. Durante 77 anosanos aplicouaplicou oo cardiotônicocardiotônico (digital e(digital e estrofantinaestrofantina)) porpor viavia intravenosaintravenosa emem 11831183 pacientespacientes comcom infartoinfarto agudoagudo,, registrandoregistrando umauma sobrevidasobrevida dede cercacerca de 90%. O Professorde 90%. O Professor MesquitaMesquita foifoi premiadopremiado emem 19751975 com ocom o PrêmioPrêmio dede TradiçãoTradição ErnstErnst EdensEdens pelapela SociedadeSociedade InternacionalInternacional Contra oContra o InfartoInfarto dodo MiocárdioMiocárdio,, sediadasediada emem Stuttgart,Stuttgart, AlemanhaAlemanha..  (Mesquita(Mesquita, QH De: Angina de esforço e síndrome de enfarte miocárdico iminente:, QH De: Angina de esforço e síndrome de enfarte miocárdico iminente: aspectos sintomáticos dependentes de insuficiência miocárdica regional. Notaaspectos sintomáticos dependentes de insuficiência miocárdica regional. Nota prévia. Trabalho apresentado ao XXVIII Congresso Brasileiro de Cardiologia,prévia. Trabalho apresentado ao XXVIII Congresso Brasileiro de Cardiologia, Curitiba (PR), Julho deCuritiba (PR), Julho de 1972)1972)
  • 28.   (1974)(1974) PritpalPritpal PuriPuri demonstrou que a área hipocontrátil intermediáriademonstrou que a área hipocontrátil intermediária entre o infarto e o miocárdio normal respondeu aoentre o infarto e o miocárdio normal respondeu ao cardiotônicocardiotônico Estrofantina mantendo contratilidade normal começando pelaEstrofantina mantendo contratilidade normal começando pela isquemia miocárdica e hipocontratilidade.isquemia miocárdica e hipocontratilidade.  (1975)(1975) BankaBanka e colegas confirmaram os experimentos dee colegas confirmaram os experimentos de PuriPuri usandousando a Digital,a Digital, registrando os mesmos resultados.registrando os mesmos resultados.  (( PritpalPritpal SS PuriPuri. Modification of experimental myocardial infarct size by. Modification of experimental myocardial infarct size by cardiac drugs, Am Jcardiac drugs, Am J CardiolCardiol, 33 :52, 1974; Banka, VS,, 33 :52, 1974; Banka, VS, BodenheimerBodenheimer, MM,, MM, HelfantHelfant, RH e, RH e ChaddaChadda, KD: Digitalis in experimental acute myocardial, KD: Digitalis in experimental acute myocardial infarction. Differential effects on contractile performance of ischemic, borderinfarction. Differential effects on contractile performance of ischemic, border andand nonischemicnonischemic ventricular zones in the dog, Am Jventricular zones in the dog, Am J CardiolCardiol, 35:801, 1975), 35:801, 1975)
  • 29.  (1975) Pizarello e col. e Morrison e col. em 1976 mostraram que nas reações enzimáticas seriadas usando a digital o infarto foi sustado e, assim, o cardiotônico poderia ser considerado como capaz de salvar as fibras miocárdicas viáveis.  (1980) Morrison e colegas confirmaram que não houve mudança na isoenzima MB da creatina quinase (CKMB) em um grupo de pacientes com insuficiência cardíaca após o infarto do miocárdio que tomaram a digital, em contraste a observações anteriores feitas em animais em seguida a ligação da artéria coronária que mostrou extensão da área do infarto após a administração da digital.   ((PizarelloPizarello R,R, RedutoReduto L, Geller K,L, Geller K, GullotaGullota S, Morrison JS, Morrison J –– Protection of the ischemicProtection of the ischemic myocardium in man by digitalis. Circulation 1975; 51myocardium in man by digitalis. Circulation 1975; 51--52 (52 (supplsuppl III): 895; MorrisonIII): 895; Morrison J,J, PizarelloPizarello R,R, RedutoReduto L,L, GullotaGullota SS –– Effect of digitalis on predicted myocardialEffect of digitalis on predicted myocardial infarct size. Circulation 1976; 53infarct size. Circulation 1976; 53--54 (54 (SupplSuppl II): 102; Morrison J,II): 102; Morrison J, CoromilasCoromilas J,J, Robbins M et alRobbins M et al –– Digitalis and myocardial infarction in man. Circulation 1980; 62:Digitalis and myocardial infarction in man. Circulation 1980; 62: 88--16)16)
  • 30.  (1980) Peter(1980) Peter SchmidsbergerSchmidsberger, Médico e Jornalista: Relatou os resultados, Médico e Jornalista: Relatou os resultados obtidos pelo Professor Mesquita no Brasil informando que Rolfobtidos pelo Professor Mesquita no Brasil informando que Rolf DorhmanDorhman do Hospital Wald em Berlim, Alemanha, conseguiu durante 5 anosdo Hospital Wald em Berlim, Alemanha, conseguiu durante 5 anos resultados similares aos do Professor Brasileiro aplicando o mesmoresultados similares aos do Professor Brasileiro aplicando o mesmo tratamento com a estrofantina no infarto agudo do miocárdio.tratamento com a estrofantina no infarto agudo do miocárdio.  (1993)(1993) QiaoQiao DR:DR: DisseDisse queque nosnos estudosestudos hemodinâmicoshemodinâmicos oo efeitoefeito benéficobenéfico dada cedilanidecedilanide éé maiormaior dodo queque seuseu efeitoefeito adversoadverso,, concluindoconcluindo queque a digitala digital podepode ser,ser, seguramenteseguramente ee efetivamenteefetivamente,, usadausada nono tratamentotratamento dodo infartoinfarto agudoagudo..  (So(So BekämpftBekämpft einein BrasilianerBrasilianer DenDen HerzinfarktHerzinfarkt ""-- BUNTE magazine 10/04/1980,BUNTE magazine 10/04/1980, OffenburgOffenburg –– Germany;Germany; R.E.DohrmannR.E.Dohrmann;; H.D.JanischH.D.Janisch && M.KesselM.Kessel:: KlinischKlinisch-- poliklinischepoliklinische StudieStudie überüber diedie WirksamkeitWirksamkeit von gvon g--StrophanthinStrophanthin beibei Angina pectorisAngina pectoris undund MyokardinfarktMyokardinfarkt,;,; CardiolCardiol Bull (Bull (CardiologischesCardiologisches Bulletin) 14/15: 183Bulletin) 14/15: 183--187, 1977;187, 1977; QiaoQiao DR. A study on the hemodynamic effect ofDR. A study on the hemodynamic effect of cedilanidcedilanid in the treatment of acutein the treatment of acute myocardial infarction,myocardial infarction, ZhonghuaZhonghua XinXin XueXue GuanGuan BingBing ZaZa ZhiZhi. 1993. 1993 AprApr;21(2):83;21(2):83--4)4)
  • 31.  (1995) Leor J e(1995) Leor J e colegascolegas:: AcharamAcharam emem pacientespacientes sese recuperandorecuperando dodo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio queque aa mortalidademortalidade emem umum anoano foifoi significativamentesignificativamente maiormaior entreentre osos pacientespacientes tratadostratados comcom umauma dosedose plenaplena [19 de 112 (17%)] do[19 de 112 (17%)] do queque osos pacientespacientes tratadostratados comcom umauma baixabaixa dose dedose de digoxinadigoxina [1 de 41 (2%)][1 de 41 (2%)]  ((LeorLeor J,J, GoldbourtGoldbourt UU etet al.al. DigoxinDigoxin andand increasedincreased mortalitymortality amongamong patientspatients recoveringrecovering fromfrom acuteacute myocardialmyocardial infarctioninfarction:: importanceimportance ofof digoxindigoxin dose,dose, CardiovascCardiovasc DrugsDrugs TherTher 19951995 OctOct;9(5):723;9(5):723--9)9)
  • 32.  “Eu desejava que fosse fácil escrever sobre a Digital“Eu desejava que fosse fácil escrever sobre a Digital ––Eu desespero em agradar aEu desespero em agradar a mim mesmo ou instruir a outros em um assunto tão difícil. É muito mais fácilmim mesmo ou instruir a outros em um assunto tão difícil. É muito mais fácil escrever sobre uma doença do que sobre um remédio. A anterior está nas mãos daescrever sobre uma doença do que sobre um remédio. A anterior está nas mãos da natureza e um observador consciencioso com olhar para um razoável julgamentonatureza e um observador consciencioso com olhar para um razoável julgamento não falhará em descrever a aparência; O segundo estará sempre sujeito aosnão falhará em descrever a aparência; O segundo estará sempre sujeito aos caprichos, as inexatidões e a estupidez do ser humano. Williamcaprichos, as inexatidões e a estupidez do ser humano. William WitheringWithering, carta, carta de 29 de setembro de 1778de 29 de setembro de 1778..  “Digital: Um“Digital: Um remédioremédio dadodado porpor Deus”Deus” porpor Friedrich LudwigFriedrich Ludwig KreysigKreysig –– BerlimBerlim,, 18141814  “Digital: O“Digital: O ópioópio dodo CoraçãoCoração”” porpor JeanJean BaptisteBaptiste BouillaudBouillaud –– Paris, 1841Paris, 1841
  • 33.  OO riscorisco de umde um infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio ouou dede outrosoutros eventoseventos miocárdicosmiocárdicos agudosagudos nãonão éé proporcionalproporcional aa severidadeseveridade dada estenoseestenose coronáriacoronária.. DiversosDiversos estudosestudos nosnos quaisquais maismais dodo queque umauma angiografiaangiografia foifoi realizadarealizada emem pacientespacientes queque tiveramtiveram síndromessíndromes miocárdicasmiocárdicas agudasagudas mostrarammostraram queque aa maioriamaioria dessasdessas síndromessíndromes parecerampareceram terter sidosido desenvolvidasdesenvolvidas dede lesõeslesões queque nana primeiraprimeira angiografiaangiografia causaramcausaram estenosesestenoses nãonão significativassignificativas.. EssasEssas lesõeslesões estenóticasestenóticas menosmenos severasseveras levaramlevaram aoao infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio porqueporque elaselas nãonão desenvolveramdesenvolveram umauma circulaçãocirculação colateralcolateral suficientesuficiente aoao redorredor,, queque iríairía prevenirprevenir ouou limitarlimitar aa extensãoextensão dada necrosenecrose miocárdicamiocárdica.. IssoIsso significasignifica queque umauma reduçãoredução de 30% node 30% no calibrecalibre dada artériaartéria podepode terter umum riscorisco aumentadoaumentado parapara oo infartoinfarto comparadacomparada comcom umauma obstruçãoobstrução de 90%.de 90%.  (Ambrose J A,(Ambrose J A, TannenbaumTannenbaum M A et al, Angiographic progression of coronary arteryM A et al, Angiographic progression of coronary artery disease and the development of myocardial infarction, J Amdisease and the development of myocardial infarction, J Am CollColl CardiolCardiol 1988; 12:561988; 12:56--62;62; Little W C et al, Can coronary angiography predict the site of a subsequent myocardialLittle W C et al, Can coronary angiography predict the site of a subsequent myocardial infarction in patients with mild to moderate coronary artery disease?, Circulation 1988;infarction in patients with mild to moderate coronary artery disease?, Circulation 1988; 78:115778:1157--66; John A Ambrose,66; John A Ambrose, ValentinValentin FusterFuster, The risk of coronary occlusion is not, The risk of coronary occlusion is not proportional to the prior severity of coronaryproportional to the prior severity of coronary stenosesstenoses, Editorial, Heart 1998; 79:3, Editorial, Heart 1998; 79:3--4)4)
  • 34.  O Dr.O Dr. QuintilianoQuintiliano dede MesquitaMesquita,, dissedisse emem seuseu livrolivro ““TeoriaTeoria MiogênicaMiogênica dodo EnfarteEnfarte MiocárdicoMiocárdico, 1979 (, 1979 (pagpag. 134):. 134):  “A rede de circulação colateral nem sempre é capaz de evitar o enfarte miocárdico,“A rede de circulação colateral nem sempre é capaz de evitar o enfarte miocárdico, porque seu desenvolvimento é realizado em função do aspecto anatômico do processoporque seu desenvolvimento é realizado em função do aspecto anatômico do processo obstrutivo e nem sempre é suficiente para atender as exigências da atividade físicaobstrutivo e nem sempre é suficiente para atender as exigências da atividade física comum docomum do coronariopatacoronariopata. O papel do. O papel do cardiotônicocardiotônico parece ser o de completar os efeitos daparece ser o de completar os efeitos da circulação colateral, dando condições de verdadeiro suporte contra a falência miocárdicacirculação colateral, dando condições de verdadeiro suporte contra a falência miocárdica regional eregional e ipsoipso factofacto de prevenir o enfarte miocárdico.de prevenir o enfarte miocárdico.  UmaUma recenterecente metameta--análiseanálise confirmouconfirmou queque pacientespacientes comcom doençadoença cardíacacardíaca comcom umauma bembem desenvolvidadesenvolvida circulaçãocirculação coronáriacoronária colateralcolateral têmtêm umauma melhormelhor sobrevidasobrevida comparadacomparada comcom pacientespacientes comcom colateraiscolaterais menosmenos desenvolvidasdesenvolvidas*.*.  *Meier P, Hemingway H, Lansky AJ, et al. The impact of the coronary collateral*Meier P, Hemingway H, Lansky AJ, et al. The impact of the coronary collateral circulation on mortality: a metacirculation on mortality: a meta--analysis.analysis. EurEur Heart J 2011; DOI:Heart J 2011; DOI: 10.1093/10.1093/eurheartjeurheartj/ehr308*/ehr308*
  • 35. Dentro de meu ponto de vista, em adição aos efeitos inotrópicos positivosDentro de meu ponto de vista, em adição aos efeitos inotrópicos positivos sobresobre a contratilidade doa contratilidade do músculo cardíaco, osmúsculo cardíaco, os cardiotônicoscardiotônicos podem terpodem ter também possíveis efeitos na doença cardiovascular, incluindo na interrupçãotambém possíveis efeitos na doença cardiovascular, incluindo na interrupção das síndromes miocárdicas agudas, através da redução dos níveisdas síndromes miocárdicas agudas, através da redução dos níveis aumentados de catecolaminas no sangue e na redução da resultante elevaçãoaumentados de catecolaminas no sangue e na redução da resultante elevação na produção e acumulação dena produção e acumulação de lactatolactato pelo músculo cardíaco.pelo músculo cardíaco. ((SchobelSchobel HP et al. 1991HP et al. 1991.. ContrastingContrasting effectseffects ofof digitalisdigitalis andand dobutaminedobutamine onon baroreflexbaroreflex sympatheticsympathetic controlcontrol inin normalnormal humanshumans,, CirculationCirculation V84,V84, 11181118--1129; M1129; M GheorgiadeGheorgiade andand D Ferguson, 1991.D Ferguson, 1991. DigoxinDigoxin: A: A neurohormonalneurohormonal modulatormodulator inin heartheart failurefailure? 84: 2181? 84: 2181--2186;2186; GutmanGutman Y,Y, BoonyavirojBoonyaviroj P.P. NaunynNaunyn SchmiedebergsSchmiedebergs. 1977.. 1977. MechanismMechanism ofof inhibitioninhibition ofof catecholaminecatecholamine releaserelease fromfrom adrenaladrenal medullamedulla byby diphenylhydantoindiphenylhydantoin andand byby lowlow concentrationconcentration ofof ouabainouabain (10 ((10 (--10) M).10) M). ArchArch PharmacolPharmacol Feb;296(3Feb;296(3):):293293--6);6); SchadeSchade DS.DS. The role ofThe role of catecholaminescatecholamines in metabolic acidosis. Ciba Foundin metabolic acidosis. Ciba Found SympSymp. 1982;87:235. 1982;87:235--53)53)
  • 36.  AA teoriateoria miogênicamiogênica recomenda o uso dorecomenda o uso do cardiotônicocardiotônico + dilatador+ dilatador coronário nacoronário na coronáriocoronário--miocardiopatiamiocardiopatia crônica estável, com e sem enfartecrônica estável, com e sem enfarte prévio, a longo prazo, complementando os efeitos benéficos e protetoresprévio, a longo prazo, complementando os efeitos benéficos e protetores da circulação coronária colateral frente as severas obstruções coronárias;da circulação coronária colateral frente as severas obstruções coronárias; tendo como objetivo a correção do estado de deficiência contrátil regionaltendo como objetivo a correção do estado de deficiência contrátil regional do miocárdio isquêmico e a preservação dodo miocárdio isquêmico e a preservação do inotropismoinotropismo miocárdico, comomiocárdico, como prevenção da angina instável, enfarte miocárdico, insuficiência cardíaca eprevenção da angina instável, enfarte miocárdico, insuficiência cardíaca e graves arritmias que levam a morte súbita.graves arritmias que levam a morte súbita.  TrechosTrechos dodo trabalhotrabalho dede MesquitaMesquita QHdeQHde et al “et al “EfeitosEfeitos do Cardiotônico + Dilatadordo Cardiotônico + Dilatador Coronário naCoronário na CoronarioCoronario--MiocardiopatiaMiocardiopatia Crônica Estável, Com e Sem EnfarteCrônica Estável, Com e Sem Enfarte Prévio,Prévio, A Longo Prazo”,A Longo Prazo”, Ars Cvrandi 2002 (setembro);Ars Cvrandi 2002 (setembro);35:7. Texto disponível na35:7. Texto disponível na seguinte página da web:seguinte página da web: http://www.infarctcombat.org/qhm/cme.pdfhttp://www.infarctcombat.org/qhm/cme.pdf
  • 37. O Dr.O Dr. MesquitaMesquita ee colegascolegas informaminformam queque osos seguintesseguintes efeitosefeitos devemdevem sese enfatizadosenfatizados nono usouso ininterruptoininterrupto dosdos cardiotônicoscardiotônicos + dilatadores coronários na+ dilatadores coronários na coronáriocoronário--miocardiopatiamiocardiopatia crônica estável, com ou sem infarto do miocárdiocrônica estável, com ou sem infarto do miocárdio prévio:prévio:  Neutralizar os efeitos inotrópicos negativos da isquemia;Neutralizar os efeitos inotrópicos negativos da isquemia;  Preservar a função ventricular, nivelando por cima os segmentosPreservar a função ventricular, nivelando por cima os segmentos isquêmicosisquêmicos –– deficientes contráteisdeficientes contráteis –– com os segmentos não isquêmicos,com os segmentos não isquêmicos, anulando o deletério confronto segmentar;anulando o deletério confronto segmentar;  Prevenir a Angina instável, Enfarte miocárdico, Insuficiência cardíaca ePrevenir a Angina instável, Enfarte miocárdico, Insuficiência cardíaca e Morte SúbitaMorte Súbita ––instabilidade sintomática e miocárdica, garantindo o estadoinstabilidade sintomática e miocárdica, garantindo o estado permanente de estabilidade;permanente de estabilidade;  Aumentar e propiciar sobrevidaAumentar e propiciar sobrevida tranqüilatranqüila, confortável e longa,, confortável e longa, predominantemente assintomática, diante dos esforços comuns e de acordopredominantemente assintomática, diante dos esforços comuns e de acordo com os parâmetros alcançados.com os parâmetros alcançados.  NovamenteNovamente,, eleseles disseramdisseram queque: “: “A circulação coronária colateral tem o seu papelA circulação coronária colateral tem o seu papel fundamental no destino dosfundamental no destino dos coronariopatascoronariopatas e representa o reforço compensatório dae representa o reforço compensatório da “Natureza”, complementado pelo“Natureza”, complementado pelo cardiotônicocardiotônico, na preservação da contratilidade, na preservação da contratilidade miocárdica.miocárdica..”.”
  • 38.  QuintilianoQuintiliano MesquitaMesquita ee seuseu assistenteassistente CláudioCláudio BaptistaBaptista,, emem umum trabalhotrabalho publicadopublicado emem 2002,2002, analisaramanalisaram de formade forma prospectivaprospectiva osos dados de umdados de um períodoperíodo de 28de 28 anosanos (1972(1972 -- 2000)2000) usandousando glicosídeosglicosídeos cardíacoscardíacos emem baixabaixa concentraçãoconcentração ((baixabaixa dosagemdosagem),), emem pacientespacientes comcom doençadoença coronáriacoronária-- miocárdicamiocárdica estávelestável comcom ouou semsem prévioprévio infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio*.*. SeusSeus resultadosresultados mostrarammostraram muitomuito baixasbaixas taxastaxas nana mortalidademortalidade ee morbidademorbidade. Os. Os pacientespacientes foramforam divididosdivididos emem doisdois gruposgrupos......  *Cardiotônico*Cardiotônico: Insuperável na Preservação da Estabilidade como Preventivo das: Insuperável na Preservação da Estabilidade como Preventivo das Síndromes Coronárias e Responsável pela Prolongada Sobrevida”,Síndromes Coronárias e Responsável pela Prolongada Sobrevida”, QuintilianoQuintiliano H.H. de Mesquita e Cláudio A S Baptista,de Mesquita e Cláudio A S Baptista, ArsArs CvrandiCvrandi 2002 (maio); 35:32002 (maio); 35:3 .. DisponivelDisponivel nana seguinte página da web:seguinte página da web: httphttp://://www.infarctcombat.org/28anos/digitalicos.htmlwww.infarctcombat.org/28anos/digitalicos.html
  • 39. OO primeiroprimeiro grupogrupo incluiuincluiu 994994 pacientespacientes semsem infartoinfarto prévioprévio,, apresentandoapresentando emem 2828 anosanos aa seguinteseguinte morbidademorbidade ee mortalidademortalidade::  -- InfartoInfarto dodo miocárdiomiocárdio:: 1414 casoscasos (1.4%)(1.4%)  -- InsuficiênciaInsuficiência cardíacacardíaca: 35 cases (3.5%): 35 cases (3.5%)  -- MorteMorte porpor InsuficiênciaInsuficiência cardíacacardíaca:: 3232 casoscasos (3.2%)(3.2%)  -- MorteMorte súbitasúbita: 72: 72 casoscasos (7.2%)(7.2%)  -- MorteMorte porpor AcidenteAcidente vascular cerebral:vascular cerebral: 1313 casoscasos (1.3%)(1.3%)  -- MorteMorte porpor Cancer:Cancer: 1414 casoscasos (1.4%)(1.4%)  -- MortalidadeMortalidade porpor outrasoutras causascausas: 11: 11 casoscasos (1.1%)(1.1%)  -- MortalidadeMortalidade total:total: 142142 casoscasos (14.2%)(14.2%) -- (0.5%(0.5% porpor anoano!)!)  -- IdadeIdade médiamédia nono óbitoóbito:: 7676 anosanos
  • 40. OO segundosegundo grupogrupo incluiuincluiu 156156 pacientespacientes comcom infartoinfarto prévioprévio,, apresentandoapresentando emem 2828 anosanos aa seguinteseguinte morbidademorbidade ee mortalidademortalidade::  -- ReRe--infartoinfarto:: 88 casoscasos (5.1%)(5.1%)  -- InsuficiênciaInsuficiência cardíacacardíaca: 35 cases (3.5%): 35 cases (3.5%)  -- MorteMorte porpor insuficiênciainsuficiência cardíacacardíaca:: 1717 casoscasos (10.8%)(10.8%)  -- MorteMorte súbitasúbita: 32: 32 casoscasos (20.5%)(20.5%)  -- MorteMorte porpor acidenteacidente vascular cerebral:vascular cerebral: 77 casoscasos (4.4%)(4.4%)  -- MorteMorte porpor Cancer:Cancer: 33 casoscasos (1.9%)(1.9%)  -- MortalidadeMortalidade porpor outrasoutras causascausas: 5 cases (3.2%): 5 cases (3.2%)  -- MortalidadeMortalidade total:total: 6464 casoscasos ((40.8%)40.8%) -- (1.45% per(1.45% per year!)year!)  -- IdadeIdade médiamédia nono óbitoóbito:: 72 years72 years
  • 41.  Manutenção Terapêutica PermanenteManutenção Terapêutica Permanente  CardiotônicosCardiotônicos empregados:empregados:  ProscilaridinaProscilaridina--AA: 0.75: 0.75--1.501.50mgmg/dia/dia  AcetildigoxinaAcetildigoxina: 0.50: 0.50mgmg/dia/dia  LanatosideoLanatosideo--C: 0.50C: 0.50mgmg/dia/dia  DigitoxinaDigitoxina: 0.1: 0.1mgmg/dia/dia  Digoxina: 0.125Digoxina: 0.125--0.250.25mgmg/dia/dia  BetametildigoxinaBetametildigoxina: 0.10: 0.10--0.200.20mgmg/dia/dia  Dilatadores coronários e Antagonistas de cálcio:Dilatadores coronários e Antagonistas de cálcio:  VerapamilVerapamil: 120: 120--240mg/dia240mg/dia  PrenilaminaPrenilamina 120120--180mg/dia180mg/dia  NifedipinaNifedipina 2020--30mg/dia30mg/dia  FendilinaFendilina: 100: 100--150mg/dia150mg/dia  DiltiazemDiltiazem: 90: 90--180mg/dia180mg/dia  Texto disponível emTexto disponível em httphttp://www.infarctcombat.org/qhm/cme.pdf://www.infarctcombat.org/qhm/cme.pdf
  • 42.  AA teoriateoria miogênicamiogênica recomendarecomenda oo usouso dodo cardiotônicocardiotônico ++ dilatadordilatador coronáriocoronário nono tratamentotratamento dada anginaangina instávelinstável parapara correçãocorreção dada insuficiênciainsuficiência miocárdicamiocárdica regional,regional, apresentadaapresentada comocomo oo fatorfator determinantedeterminante nono mecanismomecanismo fisiopatológicofisiopatológico dessadessa alarmantealarmante síndromesíndrome clínicaclínica,, usualmenteusualmente caracterizandocaracterizando oo prépré--infartoinfarto..  Trechos do artigo deTrechos do artigo de MesquitaMesquita QHdeQHde et al “Efeitos do Cardiotônico + Dilatadoret al “Efeitos do Cardiotônico + Dilatador Coronário na AnginaCoronário na Angina Instável” Texto disponível na seguinte página da web:Instável” Texto disponível na seguinte página da web: http://http://www.infarctcombat.org/qhm/eai.pdfwww.infarctcombat.org/qhm/eai.pdf
  • 43.  ResultadosResultados  Tolerância medicamentosa perfeita.Tolerância medicamentosa perfeita.  Imediato desaparecimento dos episódios dolorosos espontâneos a partirImediato desaparecimento dos episódios dolorosos espontâneos a partir da primeira injeção doda primeira injeção do cardiotônicocardiotônico..  Sustação da síndrome clínica nos 199Sustação da síndrome clínica nos 199 ptspts; com registro de apenas 1 caso; com registro de apenas 1 caso que evoluiu para o infarto do miocárdio no 8que evoluiu para o infarto do miocárdio no 8°° dia de evolução.dia de evolução.  Nenhum óbitoNenhum óbito  AlteraçõesAlterações ECGGráficasECGGráficas com desaparecimento rápidocom desaparecimento rápido  Manifestações arrítmicas benignas (20,5%) de fácil resolução, transitóriasManifestações arrítmicas benignas (20,5%) de fácil resolução, transitórias e sem repercussão hemodinâmica.e sem repercussão hemodinâmica.  Inexpressivas alterações enzimáticas nas primeiras 24 horas.Inexpressivas alterações enzimáticas nas primeiras 24 horas.
  • 44.  Terapêutica de ataque na angina instável, durante 6 diasTerapêutica de ataque na angina instável, durante 6 dias  CardiotônicosCardiotônicos::  EstrofantinaEstrofantina--K : 0.25K : 0.25--0.340.34 mgmg/dia, EV/dia, EV  EstrofantinaEstrofantina--G : 0.25G : 0.25--0.500.50 mgmg/dia, EV/dia, EV  LanatosideoLanatosideo--C : 0.40C : 0.40 mgmg/dia, EV/dia, EV  Digoxina : 0.50Digoxina : 0.50 mgmg//dayday, EV, EV  MetildigoxinaMetildigoxina : 0.20: 0.20--0.300.30 mgmg/dia, VO/dia, VO  ProscilaridinaProscilaridina--AA : 1.50: 1.50--2.02.0 mgmg/dia, VO/dia, VO  Dilatadores coronários:Dilatadores coronários:  Dipiridamol : 20Dipiridamol : 20 mg/mg/dayday, EV, EV  VerapamilVerapamil : 240: 240 mg/mg/dayday, VO, VO  PrenilaminaPrenilamina : 180: 180 mg/mg/dayday, VO, VO  NifedipinaNifedipina : 30: 30 mg/mg/dayday, VO, VO  * A* A estrofantinaestrofantina KK ouou GG (EV(EV)) foifoi empregadaempregada emem 150150 pacientespacientes,, Digital (EVDigital (EV)) emem 3030 pacientespacientes e,e, excepcionalmenteexcepcionalmente,, porpor via oral,via oral, MetildigoxinaMetildigoxina emem 11 pacientepaciente ee ProscilaridinaProscilaridina--AA emem 1818 pacientespacientes..  EVEV:: Via endovenosaVia endovenosa VVOO:: Via OralVia Oral
  • 45.  PorquêPorquê quadroquadro clínicoclínico enfartanteenfartante??  PorPor queque com ocom o usouso dede cardiotônicoscardiotônicos oo infartoinfarto dodo miocárdiomiocárdio podepode serser interrompidointerrompido comocomo ocorreuocorreu emem 63.5% dos63.5% dos casoscasos tratadostratados pelopelo Dr.Dr. MesquitaMesquita..  MesquitaMesquita QHdeQHde et al “et al “EfeitosEfeitos do Cardiotônico + Dilatadordo Cardiotônico + Dilatador Coronário noCoronário no QuadroQuadro ClínicoClínico EnfartanteEnfartante“.“. TextoTexto disponíveldisponível nana seguinteseguinte páginapágina dada web:web: httphttp://://www.infarctcombat.org/qhm/eqce.pdfwww.infarctcombat.org/qhm/eqce.pdf
  • 46. ResultadosResultados  Absoluta tolerância medicamentosaAbsoluta tolerância medicamentosa  Redução na administração de analgésicos e entorpecentesRedução na administração de analgésicos e entorpecentes  Baixa incidência de arritmias cardíacasBaixa incidência de arritmias cardíacas  Baixa incidência de insuficiência cardíacaBaixa incidência de insuficiência cardíaca  Baixa incidência de choqueBaixa incidência de choque cardiogênicocardiogênico  Baixa relativa dos picos das reações enzimáticasBaixa relativa dos picos das reações enzimáticas  Baixa MortalidadeBaixa Mortalidade  Quadro clínico mais tranquilo e seguroQuadro clínico mais tranquilo e seguro
  • 47.  Terapêutica de ataque do quadro clínicoTerapêutica de ataque do quadro clínico enfartanteenfartante durantedurante 66 diasdias  CardiotônicosCardiotônicos::  EstrofantinaEstrofantina--K: 0,25K: 0,25--0,340,34 mgmg/dia, EV/dia, EV  EstrofantinaEstrofantina--G: 0,25G: 0,25--0,500,50 mgmg/dia, EV/dia, EV  LanatosideoLanatosideo--C: 0,40C: 0,40 mgmg/dia, EV/dia, EV  Digoxina: 0,50Digoxina: 0,50 mgmg/dia, EV/dia, EV  Dilatadores coronários:Dilatadores coronários:  Dipiridamol: 20Dipiridamol: 20 mgmg/dia, EV/dia, EV  VerapamilVerapamil: 240: 240 mgmg/dia, VO/dia, VO  PrenilaminaPrenilamina: 180: 180 mgmg/dia, VO/dia, VO  NifedipinaNifedipina: 30: 30 mgmg/dia, VO/dia, VO  * A Estrofantina* A Estrofantina--K ou G foi empregada em 962K ou G foi empregada em 962 ptspts e a Digital em 147e a Digital em 147 ptspts nana primeira fase do tratamentoprimeira fase do tratamento  EV: Endovenosa VO: Via oralEV: Endovenosa VO: Via oral
  • 48.  Resultados (Índices de complicações clínicas):Resultados (Índices de complicações clínicas):  -- ExtrassistolesExtrassistoles ventriculares: 24.1%ventriculares: 24.1%  -- Bloqueio AV parcial: 5.8%Bloqueio AV parcial: 5.8%  -- Bloqueio AV total: 4.6%Bloqueio AV total: 4.6%  -- Taquicardia atrial: 1.7%Taquicardia atrial: 1.7%  -- FlutterFlutter –– fibrilaçãofibrilação atrial: 4.4%atrial: 4.4%  -- Taquicardia +Taquicardia + fibrilaçãofibrilação ventricular: 2.7%ventricular: 2.7%  -- AssistoliaAssistolia: 4.5%: 4.5%  -- ChoqueChoque cardiogênicocardiogênico: 2%: 2%  -- Edema agudo de pulmão: 1.3%Edema agudo de pulmão: 1.3%  -- Insuficiência cardíaca: 1%Insuficiência cardíaca: 1%  -- Mortalidade global: 12.2%Mortalidade global: 12.2%  -- MortalidadeMortalidade por idade: 9.4% nos pacientes abaixo de 70 anos epor idade: 9.4% nos pacientes abaixo de 70 anos e de 26.6% nos pacientes acima de 70 anosde 26.6% nos pacientes acima de 70 anos
  • 49. Este livro emEste livro em língua portuguesalíngua portuguesa pode ser baixado gratuitamente empode ser baixado gratuitamente em http://http://www.infarctcombat.org/LivroTM/qhm.htmlwww.infarctcombat.org/LivroTM/qhm.html
  • 50.  Apresentações emApresentações em VideoVideo e eme em PowerpointPowerpoint, assim como artigos e, assim como artigos e outras informações sobre a teoria miogênica em:outras informações sobre a teoria miogênica em:  http://www.infarctcombat.org/TeoriaMiogenica.htmlhttp://www.infarctcombat.org/TeoriaMiogenica.html