1. Camila de Almeida
Giany Bortolozo
Michele Corso
Paula Siqueira
Vanessa Cardoso
Teorias Psicanalíticas
CARL GUSTAV JUNG
2. INTRODUÇÃO
Este pequeno livro não tem a pretensão de
resumir a psicologia de C. G. Jung. Nunca
eu tentaria realizar semelhante tarefa que
me parece impraticável (SILVEIRA, 1981).
3. BIOGRAFIA JUNG
Nascimento: 26 de julho de 1875, em Kesswil, uma
aldeia na Suíça. Seu pai era pastor protestante.
Pai: amparava-se na Bíblia e nos dogmas.
Mãe: dupla personalidade.
Bolsa de estudos na Universidade da Basiléia;
Formou-se em 1900 aos 25 anos e logo foi
trabalhar em um Hospital de Zurique com Bleuer
Em 1903, casou-se com Emma Rauschenbach. Teve
5 filhos.
4.
5. FASE PSIQUIÁTRICA
Tratado de Krafft-Ebing (psiquiatra e sexólogo
alemão)
A Psicologia e Patologia dos Fenomenos ditos
Ocultos (1902)
Eugen Bleuer:
Psiquiatria com base psicológica;
Associacionismo;
Demência x Esquizofrenia (cisão)
6. FASE PSIQUIÁTRICA
Experiência de Associação de
Palavras:
Palavras indutoras
Palavras induzida
Tempo de reação
Mulher, 30 anos, casada, católica.
Marido protestante.
Ambos afirmam que a diferença
de religião não interfere no casal.
Queixa: constantes e violentas
cenas de ciúmes infudadas por
parte da esposa
Rezar
Separar
Casar
Disputar
Família
Felicidade
Falso
Beijar
Escolher
7. FASE PSIQUIÁTRICA
Palavra indutora: atingiu a origem dos complexos
(conteúdo emocional)
Bleuler (associacionismo) x Freud (inconsciente)
Freud: lapsos, sonhos, sintomas neuróticos e delírios
(associações livres)
Bleuer: experiências de associações induzidas
8. FASE PSIQUIÁTRICA
Complexos:
Agrupamentos de conteúdos psíquicos carregados
de afetividade
Complexo de inferioridade, superioridade, de mãe,
de pai.
A verdade é que não somos nós que temos o
complexo, o complexo é que nos tem: interfere na
vida consciente (lapsos e gafes, sonhos).
9. FASE PSIQUIÁTRICA
Os primitivos (danças e cantos para expurgar afetos).
Hoje falamos inteligentemente sobre nossos complexos, mas
eles continuam no nosso inconsciente-corpo, produzindo
sintomas somáticos e psíquicos totalmente irracionais.
“Sua obra é um organismo que cresceu e transformou
-se enquanto foi vivo seu autor.” (SILVEIRA, 1981)
10. CARL GUSTAV JUNG NA
PSICANÁLISE COM FREUD
Leitura de Freud – A Interpretação Dos Sonhos
Troca de cartas por um ano com Freud
Encontro, ficaram mais de 13 horas conversando
Início de uma grande amizade, nasce o “herdeiro de
Freud”
Estudou os trabalhos de Freud e os aplicou ao
tratamento de seus pacientes com a prática da
Psicanálise
11. CARL GUSTAV JUNG NA
PSICANÁLISE COM FREUD
Fortificação da Psicanálise como ciência- contribuição de
Jung – trabalhos e pesquisas
Obrigatoriedade de análise para o analista
Reconhecimento de Jung por Freud- nomeado primeiro
presidente da associação de psicanálise(IPA) e sua
reeleição no ano seguinte
A primeiro grande trabalho de Jung, “Símbolos da
transformação” (1913)
Em seguida ocorre o rompimento com Freud-
divergencias teóricas
12. CARL GUSTAV JUNG NA
PSICANÁLISE COM FREUD
Jung fala sobre a teoria da energia
psíquica, a libido.
Confortáveis poltronas, uma de cara para a
outra
Freud considerava a libido sexual o motor
de uma pessoa. Jung contestada, postulando
que a libido sexual era uma força poderosa
na psique humana, mas não a única.
13. CARL GUSTAV JUNG NA
PSICANÁLISE COM FREUD
Freud era ateu e tinha uma visão muito crítica sobre religião.
Jung insistia que os seres humanos devem prestar atenção à
sua vida espiritual.
Freud não podia abrir mão da sexualidade em sua psicanálise,
ele então declarou Jung como persona non grata nos círculos
psicanalíticos.
Jung se distanciou da prática clínica no hospital psiquiátrico e
se exilou em sua casa, iniciando a fase que foi conhecida como
“o confronto com o inconsciente”.
Jung deu um nome novo para a sua escola psicológica, para
substituir a psicanálise freudiana. Ele o chamou de psicologia
analítica.
14. ESQUIZOFRENIA-JUNG
Jung interpretou os distúrbios mentais como
uma forma patológica de procurar a
autorealização pessoal e espiritual
Paradigma de origem “complexo afetivo”
Aspecto fisiológico(tóxico) e outro
psicológico(fator psíquico) tem igual
importância.
15. A ENERGIA PSÍQUICA
Energia Psíquica = Libido
Freud: Libido é exclusivamente sexual.
Jung: Libido é bem mais ampla: fome, sede,
sexualidade.
Libido = fonte de energias.
Intensidade do processo psíquico depende dele.
Metamorfose: transformação ao longo do processo
psíquico.
Exemplo: sonho com a cobra (traição / somático)
16. PSIQUISMO
Sistema energético em que as energias não
desaparecem apenas se redirecionam, sofrem
metamorfoses.
O indivíduos têm possibilidades, dentro de suas
singularidades, suas exigências e obstáculos
As forças que se opõem a instintividade são tão
naturais quanto os próprios instintos.
17. TIPOS PSICOLÓGICOS
Jung estudou as relações do homem com o meio e a
comunicação com o outro
Extroversão e Introversão são movimentos da libido
em relação ao objeto
Extroversão: libido flui sem obstáculos
Introversão: libido recua
Movimento de Compensação: circulação da libido
(introvertido -/+ extrovertido).
18. TIPOS PSICOLÓGICOS
4 funções de adaptação ao meio e ao outro:
Pensamento: significado dos objetos
Sentimento: dá valor aos objetos
Intuição: percepção via inconsciente.
Sensação: percepção sensorial.
Exemplo: O leão e o crocodilo.
19. ESTRUTURA DA PSIQUE
Consciente: relação com o ego.
Inconsciente: não tem relação com o ego
Pessoal: Mais superficial. Influencia o consciente.
Coletivo: Mais profundo. Herança comum da
humanidade.
Mitos: raízes inconscientes, fio das significações.
Esquizofrênico / mito do vento solar.
20. PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO
EIXO DA PSICOLOGIA
JUNGUIANA
Conceito: Realizar plenamente
potencialidades inatas, completar-se.
21. PERSONA- APARÊNCIA
ARTIFICIAL
O homem assume uma aparência, “máscara” que
geralmente não corresponde ao seu modo de ser autêntico.
Convenções Coletivas – Médico – Modo de vestir, falar,
gestos e etc.
Quanto maior aderida a persona, mais dolorosa será a
operação psicológica
Aparece a face desconhecida ( SOMBRA)
22. SOMBRA
Nosso lado escuro, onde moram todas as coisas
que nos desagradam e nos assustam em nós
mesmos.
Faz parte da Personalidade Total
O que não aceitamos em nós, e é repudiado nós
reprimimos e projetamos no outro.
Quanto mais reprimida a sombra, mais espessa e
negra ela se torna.
Ultrapassa os limites do pessoal e alonga-se na
Sombra Coletiva.
23. ANIMA E ANIMUS
Anima significa feminilidade.
Animos significa Masculinidade
Para o ser tornar-se completo, conforme a teoria
junguiana, é preciso a união do masculino e feminino.
Força- Procura - Cara Metade – O homem torna-se
ele mesmo.
24. MANDALAS
Totalidade Psíquica
Círculo mágico (Palavra Sâncrita)
Centro – Arranjos esféricos – Representam o núcleo central da
Psíque
Self: Fonte de Energia
A energia do ponto central leva o indivíduo a tornar-se aquilo
que ele é.
“Transforma o Caos em cosmos” ( Jung).
25. ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS
Inconsciente coletivo: Conjunto de sentimentos,
pensamentos e lembranças compartilhados por toda
humanidade. Faz parte do inconsciente individual que
resulta da experiência ancestral da espécie.
Conteúdo do inconsciente coletivo: arquétipos.
Arkhé, do grego: original/antigo/primeiro; e typos,
do grego: marca/molde.
Ideia de modelo original;
Tendências (imagens primitivas) herdadas que levam
o indivíduo a comportar-se de forma semelhante aos
ancestrais que passaram por situações similares.
26. ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS
Exemplos:
Criança – brincar (arquétipo da criança);
Mulher grávida;
Morte (único arquétipo nunca experimentado).
Pacotes de comportamentos, padrão de sentimentos.
Cada momento da nossa vida é governado por um arquétipo
principal.
Grande variação de detalhes, mas nunca perdendo a
configuração original.
27.
28. ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS
Como se originam?
Através de depósitos de impressões deixadas por
certas vivências comuns de todos os seres humanos.
Forma instintiva de imaginar;
Energia que se transforma em imagem arquetípica
(se localizam dentro do inconsciente coletivo), mas
não é o próprio arquétipo.
Formação de imagens interiores: Nossos próprios sonhos.
29. ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS
O símbolo é algo extremamente complexo, muitas
vezes vai além da capacidade de compreensão.
O inconsciente e o consciente se aproximam.
Se for de uma parte acessível à razão, de outra parte
lhe escapa para vir fazer vibrar cordas ocultas no
inconsciente.
Individuais ou coletivos;
Ex: nome Jesus (não é um nome, é um símbolo).
30. ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS
Segundo Jung, os símbolos são a expressão de coisas significativas
para as quais não há, no momento, formulação mais perfeita.
O símbolo é algo dinâmico e vivo que vai além do consciente. Eles
podem ser encontrados nos sonhos com uma representação
individual ou coletiva.
Em todo símbolo está sempre presente a imagem arquetípica
(essência).
O símbolo é uma manifestação do arquétipo.
Jung dizia que como uma planta produz flores, assim também a
psique cria os símbolos.
31. ALQUIMIA
Os Alquímicos tinham a meta em transformar os metais
em ouro, porque acreditavam que era o símbolo de maior
pureza.
Jung pensava que a alquimia, verificada à luz do
simbólico e não do cientifico, poderia ser considerada
como um dos precursores do moderno estudo
do INCONSCIENTE e, em particular, do interesse analítico
na TRANSFORMAÇÃO da personalidade.
O que torna a alquimia tão valiosa para a psicoterapia é
o fato de suas imagens concretizarem as experiências e
transformações que passamos na psicoterapia.
O alquimista, cuidadosamente, deveria escolher
elementos na base de um esquema organizado em termos
de OPOSTOS.
32. FENOMÊNOS GÊMEOS
É o Opus alquímico e processo de individuação.
Passo a passo dos fenômenos gêmeos:
Etapa 1: Alquimia: nigredo - quando a matéria está no estado de massa
confusa.
Psicologia: O nigredo corresponde o encontro com a sombra.
Etapa 2: Alquimia: Complicados procedimentos de lavagem, solução,
separação de elementos (parte mais árdua do trabalho). A seguir é a segunda
etapa, o albedo.
Psicologia: Comparada a elaboração dos conteúdos inconscientes e ego.
Etapa 3: Alquimia: Aquecimento intenso muda o albedo em rubedo.
Psicologia: Unem-se os opostos, os princípios masculino e feminino internos.
Etapa 4: Assim é obtida a Pedra Filosofal, os opostos extremos.
33. OS SONHOS
“O sonho é uma auto representação espontânea, sob forma
simbólica, da situação do inconsciente”. O sonho é a coisa viva.
Para Freud o sonho é a realização (disfarçada) de um desejo
reprimido. Jung não aceita o disfarce nem admite que todos os
sonhos traduzam sempre desejos.
Em significados, também faz associações aos 4 elementos: Água,
Ar, Terra e Fogo
Para Jung a pessoa é a realidade objetiva, uma pessoa não aparece
como disfarce de outra.
Jung não pergunta apenas “por que este sonho?”, mas sim “para que
este sonho, qual sua finalidade?”
34. MITOS
Originária da antiguidade Grega.
Para Jung os mitos são principalmente fenômenos psíquicos que
revelam a própria natureza da psique.
Porque os mitos continuam a fascinar hoje em dia? Os mitólogos
modernos vêm no mito a expressão de formas de vida, ou seja, de
modelos que permitem ao homem inserir-se na realidade.
35. RELIGIÃO COMO FUNÇÃO
PSÍQUICA
Para Jung a religião é uma função natural, inerente à psique. É
encontrada desde os tempos mais remotos, em cada povo, em cada
tribo.
Jung usa a palavra religião no sentido de religio (re e ligare), tornar
a ligar. Religar o consciente com certos poderosos fatores do
inconsciente.
A divergência de Jung e Freud, neste assunto, é absoluta. Para Jung
a religião é um fenômeno genuíno; Para Freud é um derivado do
complexo paterno e uma das sublimações possíveis do instinto
sexual.
A linguagem das religiões é feita de símbolos, o Jung interessou-se
pelos símbolos de todas as religiões da humanidade
37. MEMÓRIAS
Jung nunca aderiu totalmente a Freud:
"Levei praticamente 45 anos para destilar
dentro do recipiente de meu trabalho científico
as coisas que experimentei naquele tempo.“
(JUNG)
Alma do primitivo: colonização – ave de
rapina, piratas, salteadores de estrada.
38. MEMÓRIAS
MISTERIUM CONIUNCTIONIS, considerado sua obra
prima levou dez anos para ser escrito.
Jung fez gravar em pedra, no alto da porta de sua
casa de Küsnacht, as palavras do oráculo de Delfos:
“INVOCADO OU NÃO INVOCADO DEUS ESTARÁ
PRESENTE”.
Desde 1909 até morrer Jung residiu na mesma casa,
na Seestrasse 228, às margens do lago de Zurique.
Onde velejava sozinho até idade bastante avançada.
39. JUNG NA ATUALIDADE
Século XX: século das luzes, da ciência.
Física pós moderna: Einstein provou que matéria e
energia são a mesma coisa.
A conseqüência extrema da posição de psicólogos,
de físicos e de biologistas, será admitir que "a psique
e a matéria sejam um mesmo fenômeno observado
respectivamente do interior e do exterior” (M-.L. von
Franz).
40. JUNG NA ATUALIDADE
Sincronicidade: no fundo do inconsciente dessas
pessoas, um arquétipo se tivesse ativado e se
manifestasse simultaneamente através de
acontecimentos interiores e exteriores.
50 % interpretação subjetiva
50% fato objetivo
41. JUNG NA ATUALIDADE
Sentia-se, ele próprio dizia, como um contrapeso,
uma compensação ao mundo consciente de nosso
tempo. Por isso nunca esperou grande audiência. E
assim foi durante longos anos.
Momento de mutações. Devido sobretudo a que seus
achados encontram-se em muitos pontos com os
achados da física moderna, a psicologia junguiana
vem de repente colocar-se na vanguarda do
pensamento contemporâneo abrindo caminho adiante
para novas pesquisas