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FOCO, PRIORIDADE E TÉCNICA PSICOTERÁPICA JUNGUIANA
Aula 10
JUNG E A PSICOLOGIA ANALÍTICA
 A psicologia analítica aborda a psicoterapia e a
análise aprofundada na tradição estabelecida pelo
psiquiatra suíço C. G. Jung. Como originalmente
definido por Jung, ele se distingue por um foco no
rol de experiências simbólicas e espirituais na vida
humana, e repousa na teoria dos arquétipos de
Jung e na existência de um espaço psíquico
profundo ou inconsciente coletivo.
INDIVIDUAÇÃO
 O objetivo da análise junguiana é o que Jung chamou de
individuação. A individuação não deve ser confundida com
simples individualidade ou excentricidade. Em vez disso, a
individuação refere-se à conquista de uma maior
consciência dos fatores que influenciam a maneira como a
pessoa se relaciona com a totalidade de suas experiências
psicológicas, interpessoais e culturais. Jung identificou dois
níveis profundos de funcionamento psicológico que tendem
a moldar, colorir e às vezes comprometer a experiência de
vida de uma pessoa.
PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS DA VIDA
 Junto com Freud, Jung reconheceu a importância
das primeiras experiências da vida, às quais se
referiu como complexos pessoais que surgem de
perturbações na vida da pessoa, todas
encontradas no inconsciente pessoal.
 O insight particular de Jung, no entanto, foi o
reconhecimento de que também somos
influenciados por fatores que estão fora de nossa
experiência pessoal e que têm uma qualidade mais
universal. Esses fatores, que ele chamou de
arquétipos, formam o inconsciente coletivo e dão
forma a narrativas culturais, mitos e fenômenos
religiosos
CARL G. JUNG
 O processo analítico tem a intenção de trazer esses fatores,
tanto pessoais quanto coletivos, à consciência, permitindo que
o indivíduo veja com mais clareza quais forças estão em ação
em sua vida. Implícita na compreensão de Jung dos
arquétipos, em particular, está o sentido de um telos, ou
objetivo em direção ao qual a vida pode ser direcionada. O
papel do analista é ajudar a facilitar o processo de
individuação e acompanhar o analisando em sua jornada
pessoal.
 A terapia de orientação junguiana, baseada nas ideias de Carl
G. Jung e pós junguianos, tem como principal objetivo auxiliar
o indivíduo a resgatar aquilo que é a sua essência, ou seja,
viver de acordo com aquilo que ele realmente é. Também
chamada de Psicologia Analítica, ela trabalha para integrar
aspectos inconscientes à consciência e estabelecer um
equilíbrio entre mundo interno e externo.
HERANÇA PSICOLÓGICA
 A Teoria junguiana defendeu a existência de um
inconsciente coletivo, pertencente à toda
humanidade. Ela afirma que a humanidade possui
uma herança psicológica que é dividida entre todos
os membros da espécie. Por conta dela, temos
acesso a um material psíquico que não é oriundo
de experiências pessoais.
ARQUÉTIPOS X ICS COLETIVO
 arquétipos seriam conjuntos de imagens primordiais geradas
a partir da repetição de uma mesma experiência perceptiva
ao longo de muitas gerações. É como se uma repetição
ancestral fosse formando camadas que vão sendo
acumuladas nas profundezas do nosso inconsciente. É neste
campo fértil onde a construção de significado ocorre.
 Essa busca por padrões arquetípicos é inata em nossas
mentes, formando o que Jung chamou de “inconsciente
coletivo”, a camada mais profunda da psiquê humana. É
como se este conjunto de matrizes psíquicas individuais
formassem um imenso consolidado coletivo. Um
inconsciente que é constituído pelos materiais simbólicos
ancestrais que vão sendo herdados por todos nós ao longo
do tempo. Um grande repositório onde residem os traços
funcionais e imagens associativas que seriam comuns a
todos os seres humanos.
INCONSCIENTE COLETIVO
 Segundo Jung, o inconsciente coletivo não deve sua existência a
experiências pessoais; ele não é adquirido individualmente. Jung faz a
distinção: o inconsciente pessoal é representado pelos sentimentos e
ideias reprimidas, desenvolvidas durante a vida de um indivíduo. O
inconsciente coletivo não se desenvolve individualmente, ele é
herdado. É um conjunto de sentimentos, pensamentos e lembranças
compartilhadas por toda a humanidade.
 O inconsciente coletivo é um reservatório de imagens latentes,
chamadas de arquétipos ou imagens primordiais, que cada pessoa
herda de seus ancestrais. A pessoa não se lembra das imagens de
forma consciente, porém, herda uma predisposição para reagir ao
mundo da forma que seus ancestrais faziam. Sendo assim, a teoria
estabelece que o ser humano nasce com muitas predisposições para
pensar, entender e agir de certas formas.
 Por exemplo, o medo de cobras pode ser transmitido através do inconsciente coletivo, criando
uma predisposição para que uma pessoa tema as cobras. No primeiro contato com uma cobra,
a pessoa pode ficar aterrorizada, sem ter tido uma experiência pessoal que causasse tal medo,
e sim derivando o pavor do inconsciente coletivo. Mas nem sempre as predisposições
presentes no inconsciente coletivo se manifestam tão facilmente.
 https://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/eduardoaugusto/Incosciente2.htm
ARQUÉTIPOS
 Os arquétipos presentes no inconsciente coletivo são
universais e idênticos em todos os indivíduos. Estes se
manifestam simbolicamente em religiões, mitos, contos
de fadas e fantasias. Entre os principais arquétipos
estão os conceitos de nascimento, morte, sol, lua, fogo,
poder e mãe. Após o nascimento, essas imagens
preconcebidas são desenvolvidas e moldadas conforme
as experiências do indivíduo.
 Por exemplo: toda criança nasce com o arquétipo da
mãe, uma imagem pré-formada de uma mãe, e à
medida que esta criança presencia, vê e interage com a
mãe, desenvolve-se então uma imagem definitiva.
REALIZAÇÃO PESSOAL
 Jung acreditava que na vida cada individuo tem
como tarefa uma realização pessoal, o que torna
uma pessoa inteira e sólida. Essa tarefa é o
alcance da harmonia entre o consciente e o
inconsciente.
 Jung explorou outras áreas da psicologia, tais
como o desenvolvimento da personalidade,
identificação de estágios da vida, as dinâmicas da
personalidade, sonhos e símbolos, entre outras.
TERAPEUTA X PACIENTE
 Na terapia junguiana, terapeuta e paciente trabalham
juntos para reencontrar o caminho que tem mais a ver
com a essência do paciente. O paciente pode ficar à
vontade para falar do que quiser. Qualquer situação que
tenha lhe causado algum afeto pode ser analisada e
refletida.
 O terapeuta irá buscar compreender simbolicamente o
que aquela situação está representando para o
paciente. O paciente, por sua vez, começa a
compreender melhor a si mesmo e como ele “funciona”
no mundo.
 Compreender simbolicamente quer dizer ir além do
significado óbvio das situações, buscando entender o
que mais está carregando aquela situação de afeto
(podem ser experiências e vivências prévias, crenças,
conceitos, etc).
A POSTURA DO TERAPEUTA
 Muitas pessoas têm dúvidas sobre qual é o papel do
terapeuta durante as sessões, já que isto pode variar
bastante de acordo com a linha que o psicólogo segue.
O terapeuta de orientação junguiana geralmente é
bastante participativo na sessão, ele ouve e faz
pontuações para refletir junto com o paciente.
 De acordo com Jung, a interação entre as
personalidades do terapeuta e paciente é um dos
fatores que promove a transformação na terapia, e isto
só é possível quando se estabelece uma relação
genuína entre ambos. Por isso a relação terapêutica tem
um papel fundamental, e ela vai se construindo e se
fortalecendo ao longo das sessões.
A TERAPIA JUNGUIANA
 A terapia junguiana não é rígida e segue os movimentos da própria
ordem psíquica do paciente. Neste sentido, ela não é uma terapia
linear, e funciona de modo espiral: trabalham-se algumas questões
num momento e é possível voltar a essas mesmas questões em um
outro momento, para analisá-las sob um novo ângulo.
 Tudo isso vai transformando o modo como o paciente lida com seus
próprios conteúdos.
 Compreendendo a complexidade da psique e a individualidade de
cada ser humano, Jung nunca desejou criar um manual preciso
sobre como deveria ser a psicoterapia. Para ele “não existe uma
receita de vida válida para todo mundo. […] Cada qual tem sua
forma de vida dentro de si, que não pode ser suplantada por outra
qualquer”.
 É uma terapia de longa duração, mas seus benefícios já podem
começar a ser percebidos nas fases iniciais e no decorrer de todo o
processo.

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Jung e a Psicologia Analítica: Individuação e Arquétipos

  • 1. FOCO, PRIORIDADE E TÉCNICA PSICOTERÁPICA JUNGUIANA Aula 10
  • 2. JUNG E A PSICOLOGIA ANALÍTICA  A psicologia analítica aborda a psicoterapia e a análise aprofundada na tradição estabelecida pelo psiquiatra suíço C. G. Jung. Como originalmente definido por Jung, ele se distingue por um foco no rol de experiências simbólicas e espirituais na vida humana, e repousa na teoria dos arquétipos de Jung e na existência de um espaço psíquico profundo ou inconsciente coletivo.
  • 3. INDIVIDUAÇÃO  O objetivo da análise junguiana é o que Jung chamou de individuação. A individuação não deve ser confundida com simples individualidade ou excentricidade. Em vez disso, a individuação refere-se à conquista de uma maior consciência dos fatores que influenciam a maneira como a pessoa se relaciona com a totalidade de suas experiências psicológicas, interpessoais e culturais. Jung identificou dois níveis profundos de funcionamento psicológico que tendem a moldar, colorir e às vezes comprometer a experiência de vida de uma pessoa.
  • 4. PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS DA VIDA  Junto com Freud, Jung reconheceu a importância das primeiras experiências da vida, às quais se referiu como complexos pessoais que surgem de perturbações na vida da pessoa, todas encontradas no inconsciente pessoal.  O insight particular de Jung, no entanto, foi o reconhecimento de que também somos influenciados por fatores que estão fora de nossa experiência pessoal e que têm uma qualidade mais universal. Esses fatores, que ele chamou de arquétipos, formam o inconsciente coletivo e dão forma a narrativas culturais, mitos e fenômenos religiosos
  • 5. CARL G. JUNG  O processo analítico tem a intenção de trazer esses fatores, tanto pessoais quanto coletivos, à consciência, permitindo que o indivíduo veja com mais clareza quais forças estão em ação em sua vida. Implícita na compreensão de Jung dos arquétipos, em particular, está o sentido de um telos, ou objetivo em direção ao qual a vida pode ser direcionada. O papel do analista é ajudar a facilitar o processo de individuação e acompanhar o analisando em sua jornada pessoal.  A terapia de orientação junguiana, baseada nas ideias de Carl G. Jung e pós junguianos, tem como principal objetivo auxiliar o indivíduo a resgatar aquilo que é a sua essência, ou seja, viver de acordo com aquilo que ele realmente é. Também chamada de Psicologia Analítica, ela trabalha para integrar aspectos inconscientes à consciência e estabelecer um equilíbrio entre mundo interno e externo.
  • 6. HERANÇA PSICOLÓGICA  A Teoria junguiana defendeu a existência de um inconsciente coletivo, pertencente à toda humanidade. Ela afirma que a humanidade possui uma herança psicológica que é dividida entre todos os membros da espécie. Por conta dela, temos acesso a um material psíquico que não é oriundo de experiências pessoais.
  • 7. ARQUÉTIPOS X ICS COLETIVO  arquétipos seriam conjuntos de imagens primordiais geradas a partir da repetição de uma mesma experiência perceptiva ao longo de muitas gerações. É como se uma repetição ancestral fosse formando camadas que vão sendo acumuladas nas profundezas do nosso inconsciente. É neste campo fértil onde a construção de significado ocorre.  Essa busca por padrões arquetípicos é inata em nossas mentes, formando o que Jung chamou de “inconsciente coletivo”, a camada mais profunda da psiquê humana. É como se este conjunto de matrizes psíquicas individuais formassem um imenso consolidado coletivo. Um inconsciente que é constituído pelos materiais simbólicos ancestrais que vão sendo herdados por todos nós ao longo do tempo. Um grande repositório onde residem os traços funcionais e imagens associativas que seriam comuns a todos os seres humanos.
  • 8. INCONSCIENTE COLETIVO  Segundo Jung, o inconsciente coletivo não deve sua existência a experiências pessoais; ele não é adquirido individualmente. Jung faz a distinção: o inconsciente pessoal é representado pelos sentimentos e ideias reprimidas, desenvolvidas durante a vida de um indivíduo. O inconsciente coletivo não se desenvolve individualmente, ele é herdado. É um conjunto de sentimentos, pensamentos e lembranças compartilhadas por toda a humanidade.  O inconsciente coletivo é um reservatório de imagens latentes, chamadas de arquétipos ou imagens primordiais, que cada pessoa herda de seus ancestrais. A pessoa não se lembra das imagens de forma consciente, porém, herda uma predisposição para reagir ao mundo da forma que seus ancestrais faziam. Sendo assim, a teoria estabelece que o ser humano nasce com muitas predisposições para pensar, entender e agir de certas formas.  Por exemplo, o medo de cobras pode ser transmitido através do inconsciente coletivo, criando uma predisposição para que uma pessoa tema as cobras. No primeiro contato com uma cobra, a pessoa pode ficar aterrorizada, sem ter tido uma experiência pessoal que causasse tal medo, e sim derivando o pavor do inconsciente coletivo. Mas nem sempre as predisposições presentes no inconsciente coletivo se manifestam tão facilmente.  https://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/eduardoaugusto/Incosciente2.htm
  • 9. ARQUÉTIPOS  Os arquétipos presentes no inconsciente coletivo são universais e idênticos em todos os indivíduos. Estes se manifestam simbolicamente em religiões, mitos, contos de fadas e fantasias. Entre os principais arquétipos estão os conceitos de nascimento, morte, sol, lua, fogo, poder e mãe. Após o nascimento, essas imagens preconcebidas são desenvolvidas e moldadas conforme as experiências do indivíduo.  Por exemplo: toda criança nasce com o arquétipo da mãe, uma imagem pré-formada de uma mãe, e à medida que esta criança presencia, vê e interage com a mãe, desenvolve-se então uma imagem definitiva.
  • 10. REALIZAÇÃO PESSOAL  Jung acreditava que na vida cada individuo tem como tarefa uma realização pessoal, o que torna uma pessoa inteira e sólida. Essa tarefa é o alcance da harmonia entre o consciente e o inconsciente.  Jung explorou outras áreas da psicologia, tais como o desenvolvimento da personalidade, identificação de estágios da vida, as dinâmicas da personalidade, sonhos e símbolos, entre outras.
  • 11. TERAPEUTA X PACIENTE  Na terapia junguiana, terapeuta e paciente trabalham juntos para reencontrar o caminho que tem mais a ver com a essência do paciente. O paciente pode ficar à vontade para falar do que quiser. Qualquer situação que tenha lhe causado algum afeto pode ser analisada e refletida.  O terapeuta irá buscar compreender simbolicamente o que aquela situação está representando para o paciente. O paciente, por sua vez, começa a compreender melhor a si mesmo e como ele “funciona” no mundo.  Compreender simbolicamente quer dizer ir além do significado óbvio das situações, buscando entender o que mais está carregando aquela situação de afeto (podem ser experiências e vivências prévias, crenças, conceitos, etc).
  • 12. A POSTURA DO TERAPEUTA  Muitas pessoas têm dúvidas sobre qual é o papel do terapeuta durante as sessões, já que isto pode variar bastante de acordo com a linha que o psicólogo segue. O terapeuta de orientação junguiana geralmente é bastante participativo na sessão, ele ouve e faz pontuações para refletir junto com o paciente.  De acordo com Jung, a interação entre as personalidades do terapeuta e paciente é um dos fatores que promove a transformação na terapia, e isto só é possível quando se estabelece uma relação genuína entre ambos. Por isso a relação terapêutica tem um papel fundamental, e ela vai se construindo e se fortalecendo ao longo das sessões.
  • 13. A TERAPIA JUNGUIANA  A terapia junguiana não é rígida e segue os movimentos da própria ordem psíquica do paciente. Neste sentido, ela não é uma terapia linear, e funciona de modo espiral: trabalham-se algumas questões num momento e é possível voltar a essas mesmas questões em um outro momento, para analisá-las sob um novo ângulo.  Tudo isso vai transformando o modo como o paciente lida com seus próprios conteúdos.  Compreendendo a complexidade da psique e a individualidade de cada ser humano, Jung nunca desejou criar um manual preciso sobre como deveria ser a psicoterapia. Para ele “não existe uma receita de vida válida para todo mundo. […] Cada qual tem sua forma de vida dentro de si, que não pode ser suplantada por outra qualquer”.  É uma terapia de longa duração, mas seus benefícios já podem começar a ser percebidos nas fases iniciais e no decorrer de todo o processo.