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Apostila 17
Atividades Oníricas:
Em seu livro “Sonhos”, o psicoterapeuta Djalma Argollo procura
aproximar os estudos psicológicos sobre os sonhos dos conceitos espíritas.
Conversamos com o escritor para saber mais a respeito do assunto.
Quando Djalma Argollo escreve em seu livro Sonhos (Casa dos
Espíritos Ed.) que procura aproximar os estudos psicológicos dos estudos
espiritistas, ele segue o conceito de que "o sonho não interessa apenas à
problemática da existência física, mas diz respeito à vida permanente, que
não acaba na morte do corpo, mas prossegue triunfante, através de
existências sucessivas, que a individualidade está condicionada a viver". Ele
complementa seu pensamento ao dizer que, nesse campo, nenhuma
doutrina oferece estudos e apresenta teorias consistentes, como faz a
doutrina espírita.
Nascido em 27 de maio de 1940, em Salvador, Bahia, Djalma Argollo é
bacharel em Ciências Estatísticas e tem curso de Analista em Processamento
de Dados e Terapia Junguiana. É espírita desde 1958, quando começou a
freqüentar a Juventude Espírita Manoel Miranda, da União Espírita da Bahia.
Desde 1959, exerce atividades mediúnicas e faz palestras, conferências e
workshops pelo Brasil, e agora também no exterior.
Atualmente, aposentado como analista de Processamento de Dados
pela PRODEB - Cia. de Processamento de Dados do Estado da Bahia, é
terapeuta junguiano, exercendo esta atividade na Clínica Psique, em
Salvador.
Como espírita, exerceu cargos de diretoria e presidiu a Juventude
Manoel Miranda; foi presidente da SOCEBA - Sociedade de Estudos Espíritas,
fundador do Centro Espírita Etiene Ferreira Rocha; foi diretor e presidente do
Grupo de Fraternidade Leopoldo Machado; diretor e presidente do Núcleo
Espírita Sintonia, em Ilhéus, Bahia.
Nesta cidade, promoveu a Semana Espírita do Núcleo Sintonia, da qual
participaram diversos palestrantes de todo o Brasil. Fundou a AMAR -
Sociedade de Estudos Espíritas, sendo seu atual presidente, em Salvador.
Esta instituição realiza atividades durante toda a semana, nos três turnos. No
campo da assistência social, desenvolve trabalhos com pessoas idosas e com
crianças carentes e suas famílias.
Está implantando uma creche-escola numa região de risco social em
Salvador. Como escritor, Djalma tem dezessete livros publicados, inclusive
duas traduções do grego, comentadas à luz da Doutrina Espírita: O Sermão
do Monte e O Evangelho Conforme Mateus. Atualmente, esses livros estão
doados ad perpetuum a instituições espíritas.
Djalma é também conselheiro da Fundação Lar Harmonia, instituição
que mantém diversos projetos, como: dois centros espíritas, uma creche
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Apostila 17
escola, diversas oficinas profissionalizantes, um núcleo jurídico, um núcleo
psicológico. Está construindo um ambulatório médico-odontológico, além de
outras atividades assistenciais. Tudo isso oferecido gratuitamente a
moradores de três bairros de menor renda per capita de Salvador.
A interpretação onírica acompanha o homem desde a Antigüidade. Há uma
necessidade e inquietação diante das imagens a, ao mesmo tempo, uma
busca por explicação. Como os povos antigos compreendiam e interpretavam
as imagens surgidas nos sonhos?
Primeiramente, os sonhos eram interpretados como sendo produzidos
por entidades invisíveis boas ou más, dependendo do sentimento que
inspiravam. Os feiticeiros, pajés ou xamãs os interpretavam a nível
individuais ou coletivo. Carl Gustav Jung (1875-1961) se refere aos "grandes
sonhos" ou sonhos que tinham implicação direta na vida da comunidade.
Geralmente, eram sonhados pelos chefes ou feiticeiros.
Tanto na Antigüidade oriental quanto na clássica, os sonhos eram tidos
como avisos dos deuses, havendo indivíduos e sacerdotes especializados em
sua interpretação. A Bíblia registras exemplos de sonhos e suas
interpretações, como o "Sonho do Faraó", interpretado por José. Na Grécia,
existiam as curas através dos sonhos, cuja origem está no Egito. Essas curas
eram exercidas em templos onde o deus Asclépio ou curava diretamente ou
oferecia a cura através de símbolos que seus sacerdotes interpretavam.
Logo nas primeiras páginas de seu livro Sonhos, o senhor aponta o ano de
1900 como um marco histórico para o entendimento da atividade onírica,
data em que pela primeira vez essa atividade foi vista como objeto de estudo
científico, com o lançamento da obra A Interpretação dos Sonhos, de
Sigmund Freud (1856-1939). Qual a importância dessa obra e como os
sonhos eram interpretados por Freud?
Freud venceu o preconceito científico que afirmava serem os sonhos
nada mais do que "restos do dia", bem como a superstição que usava o
sonho como fator de adivinhação. Seu livro A Interpretação dos Sonhos
demonstrou que os sonhos nascem do inconsciente e têm sempre um
significado para o sonhador, podendo ser usado para se entender suas
neuroses.
Freud criou um método de interpretação de acordo com as linhas
básicas de sua teoria psicológica. Para ele, o sonho busca trazer à
consciência os conteúdos reprimidos pelas atividades da "censura" interna,
por serem dolorosos para o ego. Mas para que o sono seja preservado, a
mesma censura distorce o drama onírico, fazendo aparecer como sem
importância o fator mais importante, e que causaria sofrimento ao sonhador.
Também postula que o sonho é uma realização de desejos. Infelizmente,
hoje em dia, os psicanalistas (mais lacanianos do que freudianos) estão
abandonando a interpretação dos sonhos.
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Apostila 17
Como para Freud a energia psíquica, ou libido, era de origem sexual,
os elementos que aparecem nos sonhos deveriam ser interpretados como
simbolizando fatores sexuais. Para interpretar os sonhos, Freud desenvolveu
os métodos da associação, ou seja, pedia-se ao sonhador para colocar o
sonho ou partes dele na consciência, e deixar que aflorassem idéias a ele
associadas, as quais conduziam aos complexos inconscientes do sonhador.
Carl Gustav Jung abordou os sonhos em seus estudos de forma
bastante diferenciada da interpretada por Freud, Ele possibilitou a abertura
de um novo campo de estudo para a ciência, que até vem os mistérios
existentes nas camadas mais inconscientes. Poderia nos revelar diferenças
entre essas duas interpretações e como essas duas correntes de pensamento
têm auxiliado o ser humano a mais e melhor?
Para Jung, o sonho não é realização de desejos, nem um produto
criado por uma pretensa censura interna, mas um afloramento de complexos
que aparecem na consciência como uma sucessão de símbolos, pois a forma
de expressão do inconsciente é, normalmente, figurada.
Para Jung, os sonhos são produzidos pelo arquétipo do self, o
arquétipo da totalidade psíquica, e manifestam, em geral, uma tensão
existente entre a consciência e o inconsciente.
Jung não desenvolveu um método rígido, como Freud, para se
interpretar o sonho, pois entendia que, sendo cada indivíduo uma
singularidade, deve-se buscar compreender o sonho no contexto de vida do
sonhador, sem qualquer preconceito científico. Verificou, também, que os
complexos aparecem no sonho de diversas maneiras, e podem ser
interpretados no significado simbólico de que se revestem.
Como podemos entender os arquétipos, existentes tanto em sonhos
como em visões, e que de mensagem eles nos trazem? Qual a ligação entre
os conteúdos arquetípicos e os conteúdos de vidas passadas?
Os arquétipos, como se sabe, são elementos do inconsciente coletivo –
instância psíquica identificada por Jung em seus estudos da psique – e que
se manifestam à consciência em forma de figuras mitológicas. Eles indicam
ao ego o que deve ser modificado ou realizado para resolução de conflitos da
personalidade ou crescimento espiritual do sonhador.
Os arquétipos podem ser interpretados como elementos que foram
embutidos no "princípio inteligente" pelo ato criador de Deus e que provêm
do desenvolvimento do ser espiritual. Assim, os arquétipos agem em todas
as existências e coordenam a evolução do espírito. Todos os mitos e lendas
representam projeções dos arquétipos e podem ser detectados entre todos
os povos, exibindo padrões semelhantes; por isso são denominados
"coletivos".
Quais os pontos de convergência entre os estudos de e Kardec sobre os
sonhos?
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Apostila 17
Não se pode esquecer que Jung, em sua juventude, quando estava na
universidade, em Berna, conheceu os estudos mediúnicos então em voga.
Ele mesmo diz que leu tudo que pôde encontrar a respeito. Na fraternidade
acadêmica Zofíngia, pronunciou palestras sobre a imortalidade da alma.
Dirigiu uma reunião mediúnica, da qual extraiu os elementos de sua tese de
graduação em Psiquiatria, além de participar de reuniões de feitos físicos.
Os espíritos, nas obras básicas (os primeiro cinco livros de Kardec),
apresentam os sonhos como vivências espirituais que são distorcidas durante
o processo de retorno ao corpo, o que indica a existência de uma hipóstase
inconsciente diretamente ligada ao corpo, que promove uma interação
associativa entre as vivências espirituais e os conteúdos do inconsciente,
nessa transição.
Tanto para Jung como para Kardec, os sonhos apresentam mensagens
que ajudam o indivíduo a se entender e a mudar os rumos de sua existência.
Deve-se ressaltar que, para o Espiritismo, existem conteúdos inconscientes,
atuais e passados, os quais estão agindo em nosso presente na forma de
impulsos, às vezes incontroláveis. Exemplos: os conteúdos de nossa fase
pré-hominal e as personalidades e vivências das existências anteriores. E
quem poderá negar que essas experiências aparecem em nossos sonhos em
forma simbólica?
Qual a importância do sono e dos sonhos? A partir de que momento,
durante o processo do sono físico, iniciam os sonhos? Por que nos
recordamos de alguns e não de outros?
O sono - está em O Livro dos Espíritos -, é um momento de descanso
para o corpo e de liberdade para o espírito a ele preso. Os estudos atuais
sobre o sono indicam que o sonho começa na denominada fase REM (Rapid
Eyes Movement), ou de movimentos rápidos dos olhos do dormente. Como o
sonho acontece por uma vivência direta do perispírito na realidade espiritual,
ele está fora do sistema nervoso, o que dificulta a apropriação dessas
sensações pelo cérebro. Todavia, ele permanece guardado no inconsciente e
poderá ser recordado na ocasião adequada, como intuição, como ensina O
Livro dos Espíritos.
Em seu livro o senhor nos apresenta os diversos tipos de sonhos,
classificando-os em sete categorias. Poderia nos falar um pouco sobre cada
um desses tipos?
Sonhos induzidos por estímulos fisiológicos: são aqueles que se
formam a partir de sensações físicas como bexiga cheia, pressão de um
objeto sobre o corpo, sensações de frio ou calor, barulho da campainha do
relógio etc.;
Sonhos exclusivamente psíquicos: naturalmente, é uma redundância,
desde que todos os sonhos são psíquicos, mas com isso quero significar
sonhos que não são o resultado de vivências espirituais, pois o espírito fica
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também adormecido, não des¬pertando para a realidade do mundo
espiritual;
Sonhos de desdobramento: aqueles em que o espírito sai do corpo de
forma consciente, tudo vivendo, sentindo, e cuja recordação é praticamente
total.
Sonhos premonitórios: os que descerram os véus do futuro, de forma
objetiva e clara, ou simbólica. Pode também ser incluído na categoria dos
mediúnicos, desde quando haja a interferência de um espírito desencarnado;
Sonhos mediúnicos: aqueles nos quais acontecem diversos fenômenos
comuns à mediunidade em geral;
Sonhos de outras existências: são aqueles em que acontecem
regressões a existências anteriores. Em geral, servem para explicar
acontecimentos da existência atual.
Tanto o sono como os sonhos são uma necessidade não só para o
corpo físico, mas principalmente para a alma. O que tem a nos dizer a esse
respeito?
Aquilo que diz O Livro dos Espíritos: o sono serve para que o corpo
descanse, readquirindo energias. Para o espírito, é uma liberdade
temporária, durante a qual ele entra em contato com seus afetos que lá
ficaram, adquirindo forças para enfrentar as lutas da existência que está
vivendo.
Podemos entender os sonhos como cartas endereçadas a nós mesmos,
cujo conteúdo não pode ser negligenciado?
Todo sonho é uma mensagem do inconsciente que deve ser levada em
conta, para uma vida melhor. Também não se pode esquecer que, durante o
sono, estando liberto, o espírito pode receber instruções e diretrizes que o
ajudem a suportar situações difíceis e a resolver problemas existenciais.
Obsessão Onírica:
“Os maus espíritos também se servem dos sonhos para atormentar
as almas fracas e pusilânimes”.
Freqüentemente escutamos relatos de experiências oníricas opressivas tidas na
conta de pesadelos, decorrentes de contato com espíritos menos evoluídos e, após o
despertar, alguns acusam estranha sensação de cansaço, alteração do humor e mal
estar generalizado.
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Assim como se fala de uma atividade onírica, por extensão, também poder-se-ia
dizer de uma obsessão onírica, peculiar assédio espiritual, freqüentemente e pouco
diagnosticado.
A título de ilustração comentaremos um caso singular desse tipo de obsessão, o
qual esperamos, seja útil como fonte de ensinamentos aos estudiosos e lidadores da
prática espírita.
A interação espírito/matéria se efetiva através do corpo espiritual e, em
decorrência de suas propriedades ele pode desligar-se parcialmente do corpo físico,
como já ficou visto em outros comentários, projetar-se a distância e vivenciar as
chamadas experiências extra-corpórea.
A emancipação da alma permite a continuidade da vida, na dimensão que lhe é
própria e diariamente isso acontece por ocasião do sono fisiológico. Nesse momento, a
alma se relaciona com os espíritos que lhes são simpáticos, ou ao contrário, sofre a
investida dos desafetos desencarnados, experimentando situações constrangedoras.
O que vamos abordar a seguir, é uma sugestiva modalidade de relacionamento
desarmônico entre espíritos comprometidos pela identidade de viciações compatíveis
com as características da obsessão onírica, ou seja, um tipo de assédio sutil
efetivado no transcorrer do sono fisiológico, quando a alma é projetada na dimensão
extrafísica e sofre a agressão intencional dos espíritos errantes que intentam prejudicá-
la.
De posse do conceito de obsessão onírica, passemos, sem mais delongas, à
descrição do episódio.
Em certa ocasião, distinta senhora com formação espírita e médium atuante nos
relatou detalhes de sua saúde formulando-nos as seguintes queixas: havia algum
tempo vinha sendo acometida de sono perturbador, com pesadelos diários nos quais
era violentada sexualmente com requinte de sadismo por parte de seres horrendos.
Ao despertar pela manhãs sentia-se extenuada, com dolorimento muscular,
sensação de angústia e uma fadiga incontrolável, resultantes das noites mal dormidas.
Graças a sua formação doutrinária, logo imaginou-se portadora de algum
problema espiritual, buscando no Centro Espírita que freqüentava o recurso que, nesse
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caso específico, a Medicina não lhe proporcionaria. Mas apesar dos atendimentos a
que se submeteu, o caso não ficou bem caracterizado como obsessão, pela ausência
de espíritos manifestantes e de percepções sugestivas dos videntes, que nada
acusaram de especial.
Diante da decepção e tristeza que lhe invadira a alma, acenamos coma hipótese
da existência de um transtorno obsessivo mais complexo, difícil de ser identificados
pelos procedimentos ortodoxos do mediunismo assistencial e, por isso mesmo,
merecedor de uma análise circunstanciada por um grupo espírita identificado com os
métodos mais apurados de pesquisas espirituais.
A nossa sugestão reacendeu as esperanças da inditosa senhora. Marcamos,
então, o dia do nosso encontro e, na data aprazada, realizou-se o atendimento do caso
aqui comentado.
Após os procedimentos iniciais de harmonização do grupo, comk preces e
leituras evangélicas – a exemplo do que deve acontecer em qualquer reunião espírita –
a paciente foi conduzida ao recinto de atendimento, acomodada na maca de exames e
submetida a uma técnica magnética de deslocamento induzido.
Graças a esse procedimento, e uma vez desdobrada, criou-se para os médiuns
uma condição facilitadora de investigação na sua própria matriz perispirítica, aliás
recurso experimental que os grupos mediúnicos assistenciais na atualidade devem
procurar conhecer e aplicar rotineiramente.
De imediato, os médiuns presentes, através da clarividência sonambúlica,
detectaram ligações fluídicas de teor adensado entre o perispírito da enferma e
opressivo ambiente do umbral inferior.
Acompanhados dos instrutores espirituais, os médiuns em desdobramento
mental, protegidos por campos de força magnéticos, foram conduzidos ao local
identificado, verdadeiro antro de viciações e prazeres degradantes, onde se agrupavam
dezenas de espírito em lastimáveis condições.
Através do dialogo mediúnico com um dos espíritos obsessores atraído,
constatou-se que a enferma, inconscientemente, mantinha-se imantada mentalmente
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ao grupo a que pertencera no pretérito, quando, deliberadamente, sujeitava-se a toda
sorte de desregramento e orgias sexuais.
Na busca de uma compreensão mais ampla, admitimos, que a dinâmica desse
transtorno possa ser analisada através de dois mecanismo familiares aos estudiosos
das questões psíquicas.
O primeiro é de natureza puramente anímica, por ter sido gerado pela mente da
própria criatura e o segundo, de caráter obsessivo propriamente dito, conforme o
entendemos no contexto doutrinário.
O aspecto anímico, no caso, resultava de uma ressonância vibratória do
passado. Não nos esqueçamos que o desdobramento do corpo astral facilita o acesso
aos “bancos da memória espiritual”, ocasião em que afloram recordações nítidas de
algumas vivência pretérita.
O outro aspecto consistia na obsessão clássica, na qual, os comparsas
desencarnados, em decorrência das vinculações sintônicas ainda muito atuantes,
arrastavam-na para o umbral inferior submetendo-a ao parasitismo desvitalizante.
No entanto, quando em vigília, exceção feita às recordações deprimentes dos
sonhos, a distintas confreira não acusava maiores problemas, e sentia-se perfeitamente
adaptada a sua rotina doméstica e profissional.
Só mesmo durante o período do sono, desligada dos sensores conscienciais, é
que as coisas se complicavam. Sem a possibilidade de exercer o menor controle, ela
era compelida pelos obsessores a verdadeiros bacanais nas zonas umbralinas com
repercussões profundamente negativas para o seu psiquismo, haja vista o conflito
existe consciencial que se estabelecia pelas lembranças das cenas vivenciadas nos
pesadelos, o que a levava, inclusive, a envergonhar-se de si própria.
Diante das características bem delineadas do caso, configurou-se o diagnóstico
de “obsessão onírica”.
O tratamento requereu a aplicação das “técnicas desobsessivas de alta
eficiência”, cujos resultados, na atualidade, se mostram cada vez mais animadores.
A propósito, gostaríamos de transcrever um parágrafo inserido à pagina 117 do
livro Loucura e Obsessão (FEB), de autoria do espírito Manoel P.Miranda,
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Apostila 17
psicografado por Divaldo Pereira Franco, alusivo aos novos métodos empregados nos
trabalhos de cunho espiritual, deixando transparecer claramente que essas técnicas já
existem, e prestam um importante auxílio a encarnados e desencarnados, senão
vejamos:
“Conhecemos, também, as técnicas de desobsessão de alta
eficiência, que são aplicadas nas Instituições Espíritas e que constituem
um passo avançado na terapêutica de socorro aos sofredores de ambos
os lados da vida...”
Isto posto, continuemos o nosso relato. Identificada a causa, a nossa conduta
terapêutica constou das seguintes providências:
1. Despolarização dos estímulos da memória espiritual, com o
conseqüente apagamento das lembranças desarmonizantes do passado;
2. Recolhimento de todos os espíritos perturbados em campo de força ,
mentalmente projetados, transferindo-os, com autorização dos mentores, para
os postos de socorro em faixas dimensionais menos opressivas e;
3. Anulação, através de procedimentos magnéticos, de toda e qualquer
vinculação fluídica, entre a nossa enferma espiritual e o ambiente astralino
inferior
A partir de agora, abraçamos um parêntese, e recorramos aos préstimos do ilustre
pesquisador espírita brasileiro, Dr. José Lacerda de Azevedo, responsável pelo
desenvolvimento e divulgação da APOMETRIA, metodologia de desdobramento dos
corpos energéticos do ser humano e de pesquisas espirituais avançadas.
As técnicas de alta eficiência utilizadas no caso em pauta encontram-se
minuciosamente descrita na obra desse autor: ESPIRITO/MATERIA, Novos
Horizontes Para a Medicina.
É o Dr. Lacerda quem nos ilustra, a seguir, sobre a despolarização da memória
de acordo com alguns parágrafos pinçados na pag. 246 do seu livro:
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Apostila 17
“Conforme a teoria de PAVLOV, a aprendizagem é fruto de repetição de
estímulos, de modo simétrico e progressivo. Na estrutura tissular neuronal, o registro do
estimulo se processa sempre polarizado; o neurônio dá passagem à corrente elétrica do
estímulo sempre em um só sentido.
(...) A Apometria, que já nos abrira tantos caminhos, poderia se constituir
também na chave para penetração na memória.
Passamos a pesquisar. Projetamos concentrados campos magnéticos sobre o
córtex cerebral, até atingir às áreas da memória.
Tivemos êxito inesperado. Repetimos a experiência várias vezes, sempre com
êxito.
Chegáramos à Lei:
Toda vez que aplicarmos energias específicas de natureza magnética, na área
cerebral de espírito encarnado ou desencarnado, com a finalidade de anularmos
estímulos eletromagnéticos registrados nos “bancos de memória”, os estímulos serão
apagados por efeito de polarização magnética neural, e o paciente esquecerá o evento
relativos aos estímulos.
(...) Com essa simplicidade, e em poucos segundos, se apagam totalmente da
memória dos desencarnados cargas emotivas deletérias (ódio, vingança, humilhação,
rancores etc.) que polarizam sua atenção e obstruem as idéias e sentimentos altruístas
que teriam, se desfrutassem de normalidade.
Em encarnados, temos observado que o evento perturbador não é
completamente apagado, mas o paciente já não sente mais como antes: o matiz
emocional desapareceu. Despolarizada a mente, a criatura passa a não se importar mis
com o acontecimento que tanto a mortificava. Acreditamos que isso acontece porque a
imagem fica fortemente gravada no cérebro físico, cujo campo magnético raramente é
muito forte, por demais intenso para que possa ser vencido em uma única aplicação. Já
a emoção que fica registrada no cérebro astral,esta é facilmente removida”.
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As técnicas que nos permitem o apagamento temporário de lembranças
desarmonizantes não constitui novidade no terreno doutrinário. O espírito André Luiz,
nos descreve uma dessas operações no capitulo 15 do livro “Missionários da Luz,
realizadas pelas equipes espirituais visando beneficiar determinada personagem
desencarnada profundamente ligada pelos laços do amor paternal a sua filha envolvida
com realizações menos dignas na romagem terrena. Diante da impossibilidade de
reconduzi-la ao caminho da retidão, o seu sentimento se intensifica a cada dia, até que
os próprios mentores, condoídos com o seu sofrimento, autorizam a providencial
operação, assim narrada pelo benfeitor:
“Impressionado, considerei: - Não terá ela, contudo, um pai ou mãe, em nossos
círculos espirituais, que tome a si o sacrifício de defende-la? – Tem um pai que a estima
com extremos de afeto – esclareceu o diretor: - no entanto sofria imerecidamente pela
filha leviana e grosseira, e tanto padeceu por ela que os seus superiores, em nossa
colônia espiritual, submeteram-no a tratamento para ouvido temporário da filha querida,
até que ele possa se recordar e se aproximar dela sem angústias emotivas.
O assunto era novo para mim. Havia então, recursos para aplicação do
esquecimento no mundo das almas? Apuleio sorriu, bondoso e falou, - Não tenha
dúvida. Em nossa esfera, a dureza e a ingratidão não pode perseguir o amor puro.
(...) Quando somos fracos, porem embora muito amoráveis, e não nos sentimos
com a precisa coragem para o afastamento necessário, se merecemos o auxilio de
nossos Maiores, somos favorecidos com o tratamento magnético que opera em nós o
esquecimento passageiro”.
Fica visto portanto, que a possibilidade existe, na medida em que os nossos
mentores, após avaliarem cada caso, nos autorizam ou não, a aplicá-las nos espíritos
desencarnados odientos e vingativos como recurso de extrema valia para os
“sofredores de ambos os lados da vida”, até que a providência Divina rearticule novas
posições reconciliadoras.
Quando devidamente autorizado, o apagamento temporários das ligações
obsessivas, se aplicadas nos espíritos desencarnados, surte efeitos significativamente
benéficos para ambos (obsessor e obsidiado), assim como temos observado em
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nossos trabalhos práticos. Isso porque a despolarização no desencarnado é de efeito
imediato, o que resulta no término da sua ação obsessiva. Porém, diante das
ressonâncias vibratórias do passado, o paciente encarnado, às vezes, necessita ser
submetidos a mais de uma despolarização pelos motivos explicados pelo Dr.Lacerda.
Dando seqüência ao comentário do caso,vejamos agora, algo a respeito do
emprego dos “Campos de Força”, capazes de albergarem centenas de espíritos
desencarnados, contidos nessas poderosas barreiras magnéticas projetadas
ideoplasticamente por ação da nossa própria vontade.
Por comandos mental e nos valendo dos demais artifícios que a Apometria nos
permite, podemos transferí-los, já envolto nesses campos, para os postos de socorros
existente na dimensão extrafísica, cidadelas de abrigo, identificadas pelo espírito André
Luiz em seus costumeiros relatos, a exemplo da Mansão da Paz, da casa Transitória
etc.
Embora muito se fale do poder da mente, poucos imaginam o quanto nós
encarnados podemos ser úteis nas reuniões de assistência espiritual aplicando-se
conscientemente as forças mentais em ação conjugadas com o fluido cósmico
universal.
Os mentores espirituais não se cansam de nos ilustrarem a esse respeito, mas
muitos entendem que seus relatos não passam de ficções científicas válidos, apenas
para os romances ditados a seus médiuns.
Todavia, insistindo na necessidade de melhor compreender-se as instruções
desses benfeitores, voltamos a citar Manoel P. Miranda em interessante relato por ele
inscrito à pagina 157 da obra “Loucura e Obsessão:”
“A sala estava isolada por uma barreira fluídica impeditiva a
qualquer incursão de malfeitores interessados em perturbar a operação
que se iria iniciar.”
Ora pela leitura depreende-se que a barreira fluídica citada (ou campo de forças)
pode ser projetada com os mais diversos objetivos, no caso, essa era a proteção contra
o assalto dos malfeitores da erraticidade, mas o fato é que a descrição do mentor
espelha a realidade da ação extensível aos encarnados de acordo com a tese
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Kardequiana, bastando para isso, um certo conhecimento de causa, treinamento
adequado e educação da vontade.
Dentro deste contexto, vejamos mais uma vez, a qualificada opinião do Dr.
Lacerda:
“A mente, instrumento de expressão e de consciência do espírito
(conseqüentemente, o nosso modo de expressão, pois somos espíritos –
ainda que não o admitamos), tem condição de operar no mundo astral
com todas as possibilidades de êxito, conforme liberada. O poder
modelador ou desagregador que possuímos, nessa dimensão, assemelha-
se ao que temos sobre o mundo físico, enquanto encarnado.”
Embasados, portanto, nas informações dos pesquisadores de ambos os planos
da vida, como ficou visto, reunimos agora condições de um melhor entendimento das
“técnicas desobsessivas de alta eficiência” utilizadas no caso de nossa paciente e,
graças a Deus, com absoluto sucesso.
De fato, alguns dias após, a médium sentia-se bem mais confiantes, sem os tais
pesadelos, nem a sensação de cansaço matinal, anteriormente relatados.
Do que aqui ficou exposto, extraímos não só ensinamentos práticos, como
reflexões filosóficas. Certos distúrbios espirituais sutis, nem sempre identificados pelas
práticas rotineiras, carecem de métodos mais avançados para o seu diagnóstico de
certeza e procedimentos terapêuticos adequados.
Certamente, a cura dos males obsessivos depende, em última análise, do
esforço individual que cada um deve desprender no sentido da elevação do padrão
vibratório mental e do próprio progresso moral.
Admitindo-se que o tempo é a melhor terapêutica para os males espirituais,
poder-se-ia questionar o porquê da paciente, quando submetida a uma técnica de ação
mais profunda, ter evoluído com melhoras tão apreciáveis. Particularmente, achamos
que houve uma conjugação de fatores favoráveis assim enumerados:
1. O empenho visivelmente honesto e decidido da paciente requerendo de si
própria dedicação e disciplina no cumprimento das tarefas doutrinárias;
2. Absoluta confiança no auxilio da Providência Divina;
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3. Esforço no sentido de pautar-se na vida de acordo com os ditames
evangélicos;
4. A participação fraterna da equipe mediúnica que a socorreu com o auxilio da
técnica da Apometria e;
5. O imprescindível apoio dos mentores espirituais, orientando o desenrolar das
atividades assistenciais, num clima de solidariedade e respeito, típicos dos
grupos que trabalham em bases puramente evangélicas.
Um detalhe, no entanto, nos parece evidente e deve ser ressaltado. O bom
resultado escolhido na luta contra a desobsessão deve ser atribuído, antes de tudo,
única e exclusivamente, à misericórdia divina, visto que as nossas imperfeições,
ainda constituem barreiras impeditivas ao alçar de vôos ilusórios.
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Sonhos e interpretações oníricas

  • 1. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 Atividades Oníricas: Em seu livro “Sonhos”, o psicoterapeuta Djalma Argollo procura aproximar os estudos psicológicos sobre os sonhos dos conceitos espíritas. Conversamos com o escritor para saber mais a respeito do assunto. Quando Djalma Argollo escreve em seu livro Sonhos (Casa dos Espíritos Ed.) que procura aproximar os estudos psicológicos dos estudos espiritistas, ele segue o conceito de que "o sonho não interessa apenas à problemática da existência física, mas diz respeito à vida permanente, que não acaba na morte do corpo, mas prossegue triunfante, através de existências sucessivas, que a individualidade está condicionada a viver". Ele complementa seu pensamento ao dizer que, nesse campo, nenhuma doutrina oferece estudos e apresenta teorias consistentes, como faz a doutrina espírita. Nascido em 27 de maio de 1940, em Salvador, Bahia, Djalma Argollo é bacharel em Ciências Estatísticas e tem curso de Analista em Processamento de Dados e Terapia Junguiana. É espírita desde 1958, quando começou a freqüentar a Juventude Espírita Manoel Miranda, da União Espírita da Bahia. Desde 1959, exerce atividades mediúnicas e faz palestras, conferências e workshops pelo Brasil, e agora também no exterior. Atualmente, aposentado como analista de Processamento de Dados pela PRODEB - Cia. de Processamento de Dados do Estado da Bahia, é terapeuta junguiano, exercendo esta atividade na Clínica Psique, em Salvador. Como espírita, exerceu cargos de diretoria e presidiu a Juventude Manoel Miranda; foi presidente da SOCEBA - Sociedade de Estudos Espíritas, fundador do Centro Espírita Etiene Ferreira Rocha; foi diretor e presidente do Grupo de Fraternidade Leopoldo Machado; diretor e presidente do Núcleo Espírita Sintonia, em Ilhéus, Bahia. Nesta cidade, promoveu a Semana Espírita do Núcleo Sintonia, da qual participaram diversos palestrantes de todo o Brasil. Fundou a AMAR - Sociedade de Estudos Espíritas, sendo seu atual presidente, em Salvador. Esta instituição realiza atividades durante toda a semana, nos três turnos. No campo da assistência social, desenvolve trabalhos com pessoas idosas e com crianças carentes e suas famílias. Está implantando uma creche-escola numa região de risco social em Salvador. Como escritor, Djalma tem dezessete livros publicados, inclusive duas traduções do grego, comentadas à luz da Doutrina Espírita: O Sermão do Monte e O Evangelho Conforme Mateus. Atualmente, esses livros estão doados ad perpetuum a instituições espíritas. Djalma é também conselheiro da Fundação Lar Harmonia, instituição que mantém diversos projetos, como: dois centros espíritas, uma creche [Digite texto] 1
  • 2. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 escola, diversas oficinas profissionalizantes, um núcleo jurídico, um núcleo psicológico. Está construindo um ambulatório médico-odontológico, além de outras atividades assistenciais. Tudo isso oferecido gratuitamente a moradores de três bairros de menor renda per capita de Salvador. A interpretação onírica acompanha o homem desde a Antigüidade. Há uma necessidade e inquietação diante das imagens a, ao mesmo tempo, uma busca por explicação. Como os povos antigos compreendiam e interpretavam as imagens surgidas nos sonhos? Primeiramente, os sonhos eram interpretados como sendo produzidos por entidades invisíveis boas ou más, dependendo do sentimento que inspiravam. Os feiticeiros, pajés ou xamãs os interpretavam a nível individuais ou coletivo. Carl Gustav Jung (1875-1961) se refere aos "grandes sonhos" ou sonhos que tinham implicação direta na vida da comunidade. Geralmente, eram sonhados pelos chefes ou feiticeiros. Tanto na Antigüidade oriental quanto na clássica, os sonhos eram tidos como avisos dos deuses, havendo indivíduos e sacerdotes especializados em sua interpretação. A Bíblia registras exemplos de sonhos e suas interpretações, como o "Sonho do Faraó", interpretado por José. Na Grécia, existiam as curas através dos sonhos, cuja origem está no Egito. Essas curas eram exercidas em templos onde o deus Asclépio ou curava diretamente ou oferecia a cura através de símbolos que seus sacerdotes interpretavam. Logo nas primeiras páginas de seu livro Sonhos, o senhor aponta o ano de 1900 como um marco histórico para o entendimento da atividade onírica, data em que pela primeira vez essa atividade foi vista como objeto de estudo científico, com o lançamento da obra A Interpretação dos Sonhos, de Sigmund Freud (1856-1939). Qual a importância dessa obra e como os sonhos eram interpretados por Freud? Freud venceu o preconceito científico que afirmava serem os sonhos nada mais do que "restos do dia", bem como a superstição que usava o sonho como fator de adivinhação. Seu livro A Interpretação dos Sonhos demonstrou que os sonhos nascem do inconsciente e têm sempre um significado para o sonhador, podendo ser usado para se entender suas neuroses. Freud criou um método de interpretação de acordo com as linhas básicas de sua teoria psicológica. Para ele, o sonho busca trazer à consciência os conteúdos reprimidos pelas atividades da "censura" interna, por serem dolorosos para o ego. Mas para que o sono seja preservado, a mesma censura distorce o drama onírico, fazendo aparecer como sem importância o fator mais importante, e que causaria sofrimento ao sonhador. Também postula que o sonho é uma realização de desejos. Infelizmente, hoje em dia, os psicanalistas (mais lacanianos do que freudianos) estão abandonando a interpretação dos sonhos. [Digite texto] 2
  • 3. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 Como para Freud a energia psíquica, ou libido, era de origem sexual, os elementos que aparecem nos sonhos deveriam ser interpretados como simbolizando fatores sexuais. Para interpretar os sonhos, Freud desenvolveu os métodos da associação, ou seja, pedia-se ao sonhador para colocar o sonho ou partes dele na consciência, e deixar que aflorassem idéias a ele associadas, as quais conduziam aos complexos inconscientes do sonhador. Carl Gustav Jung abordou os sonhos em seus estudos de forma bastante diferenciada da interpretada por Freud, Ele possibilitou a abertura de um novo campo de estudo para a ciência, que até vem os mistérios existentes nas camadas mais inconscientes. Poderia nos revelar diferenças entre essas duas interpretações e como essas duas correntes de pensamento têm auxiliado o ser humano a mais e melhor? Para Jung, o sonho não é realização de desejos, nem um produto criado por uma pretensa censura interna, mas um afloramento de complexos que aparecem na consciência como uma sucessão de símbolos, pois a forma de expressão do inconsciente é, normalmente, figurada. Para Jung, os sonhos são produzidos pelo arquétipo do self, o arquétipo da totalidade psíquica, e manifestam, em geral, uma tensão existente entre a consciência e o inconsciente. Jung não desenvolveu um método rígido, como Freud, para se interpretar o sonho, pois entendia que, sendo cada indivíduo uma singularidade, deve-se buscar compreender o sonho no contexto de vida do sonhador, sem qualquer preconceito científico. Verificou, também, que os complexos aparecem no sonho de diversas maneiras, e podem ser interpretados no significado simbólico de que se revestem. Como podemos entender os arquétipos, existentes tanto em sonhos como em visões, e que de mensagem eles nos trazem? Qual a ligação entre os conteúdos arquetípicos e os conteúdos de vidas passadas? Os arquétipos, como se sabe, são elementos do inconsciente coletivo – instância psíquica identificada por Jung em seus estudos da psique – e que se manifestam à consciência em forma de figuras mitológicas. Eles indicam ao ego o que deve ser modificado ou realizado para resolução de conflitos da personalidade ou crescimento espiritual do sonhador. Os arquétipos podem ser interpretados como elementos que foram embutidos no "princípio inteligente" pelo ato criador de Deus e que provêm do desenvolvimento do ser espiritual. Assim, os arquétipos agem em todas as existências e coordenam a evolução do espírito. Todos os mitos e lendas representam projeções dos arquétipos e podem ser detectados entre todos os povos, exibindo padrões semelhantes; por isso são denominados "coletivos". Quais os pontos de convergência entre os estudos de e Kardec sobre os sonhos? [Digite texto] 3
  • 4. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 Não se pode esquecer que Jung, em sua juventude, quando estava na universidade, em Berna, conheceu os estudos mediúnicos então em voga. Ele mesmo diz que leu tudo que pôde encontrar a respeito. Na fraternidade acadêmica Zofíngia, pronunciou palestras sobre a imortalidade da alma. Dirigiu uma reunião mediúnica, da qual extraiu os elementos de sua tese de graduação em Psiquiatria, além de participar de reuniões de feitos físicos. Os espíritos, nas obras básicas (os primeiro cinco livros de Kardec), apresentam os sonhos como vivências espirituais que são distorcidas durante o processo de retorno ao corpo, o que indica a existência de uma hipóstase inconsciente diretamente ligada ao corpo, que promove uma interação associativa entre as vivências espirituais e os conteúdos do inconsciente, nessa transição. Tanto para Jung como para Kardec, os sonhos apresentam mensagens que ajudam o indivíduo a se entender e a mudar os rumos de sua existência. Deve-se ressaltar que, para o Espiritismo, existem conteúdos inconscientes, atuais e passados, os quais estão agindo em nosso presente na forma de impulsos, às vezes incontroláveis. Exemplos: os conteúdos de nossa fase pré-hominal e as personalidades e vivências das existências anteriores. E quem poderá negar que essas experiências aparecem em nossos sonhos em forma simbólica? Qual a importância do sono e dos sonhos? A partir de que momento, durante o processo do sono físico, iniciam os sonhos? Por que nos recordamos de alguns e não de outros? O sono - está em O Livro dos Espíritos -, é um momento de descanso para o corpo e de liberdade para o espírito a ele preso. Os estudos atuais sobre o sono indicam que o sonho começa na denominada fase REM (Rapid Eyes Movement), ou de movimentos rápidos dos olhos do dormente. Como o sonho acontece por uma vivência direta do perispírito na realidade espiritual, ele está fora do sistema nervoso, o que dificulta a apropriação dessas sensações pelo cérebro. Todavia, ele permanece guardado no inconsciente e poderá ser recordado na ocasião adequada, como intuição, como ensina O Livro dos Espíritos. Em seu livro o senhor nos apresenta os diversos tipos de sonhos, classificando-os em sete categorias. Poderia nos falar um pouco sobre cada um desses tipos? Sonhos induzidos por estímulos fisiológicos: são aqueles que se formam a partir de sensações físicas como bexiga cheia, pressão de um objeto sobre o corpo, sensações de frio ou calor, barulho da campainha do relógio etc.; Sonhos exclusivamente psíquicos: naturalmente, é uma redundância, desde que todos os sonhos são psíquicos, mas com isso quero significar sonhos que não são o resultado de vivências espirituais, pois o espírito fica [Digite texto] 4
  • 5. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 também adormecido, não des¬pertando para a realidade do mundo espiritual; Sonhos de desdobramento: aqueles em que o espírito sai do corpo de forma consciente, tudo vivendo, sentindo, e cuja recordação é praticamente total. Sonhos premonitórios: os que descerram os véus do futuro, de forma objetiva e clara, ou simbólica. Pode também ser incluído na categoria dos mediúnicos, desde quando haja a interferência de um espírito desencarnado; Sonhos mediúnicos: aqueles nos quais acontecem diversos fenômenos comuns à mediunidade em geral; Sonhos de outras existências: são aqueles em que acontecem regressões a existências anteriores. Em geral, servem para explicar acontecimentos da existência atual. Tanto o sono como os sonhos são uma necessidade não só para o corpo físico, mas principalmente para a alma. O que tem a nos dizer a esse respeito? Aquilo que diz O Livro dos Espíritos: o sono serve para que o corpo descanse, readquirindo energias. Para o espírito, é uma liberdade temporária, durante a qual ele entra em contato com seus afetos que lá ficaram, adquirindo forças para enfrentar as lutas da existência que está vivendo. Podemos entender os sonhos como cartas endereçadas a nós mesmos, cujo conteúdo não pode ser negligenciado? Todo sonho é uma mensagem do inconsciente que deve ser levada em conta, para uma vida melhor. Também não se pode esquecer que, durante o sono, estando liberto, o espírito pode receber instruções e diretrizes que o ajudem a suportar situações difíceis e a resolver problemas existenciais. Obsessão Onírica: “Os maus espíritos também se servem dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes”. Freqüentemente escutamos relatos de experiências oníricas opressivas tidas na conta de pesadelos, decorrentes de contato com espíritos menos evoluídos e, após o despertar, alguns acusam estranha sensação de cansaço, alteração do humor e mal estar generalizado. [Digite texto] 5
  • 6. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 Assim como se fala de uma atividade onírica, por extensão, também poder-se-ia dizer de uma obsessão onírica, peculiar assédio espiritual, freqüentemente e pouco diagnosticado. A título de ilustração comentaremos um caso singular desse tipo de obsessão, o qual esperamos, seja útil como fonte de ensinamentos aos estudiosos e lidadores da prática espírita. A interação espírito/matéria se efetiva através do corpo espiritual e, em decorrência de suas propriedades ele pode desligar-se parcialmente do corpo físico, como já ficou visto em outros comentários, projetar-se a distância e vivenciar as chamadas experiências extra-corpórea. A emancipação da alma permite a continuidade da vida, na dimensão que lhe é própria e diariamente isso acontece por ocasião do sono fisiológico. Nesse momento, a alma se relaciona com os espíritos que lhes são simpáticos, ou ao contrário, sofre a investida dos desafetos desencarnados, experimentando situações constrangedoras. O que vamos abordar a seguir, é uma sugestiva modalidade de relacionamento desarmônico entre espíritos comprometidos pela identidade de viciações compatíveis com as características da obsessão onírica, ou seja, um tipo de assédio sutil efetivado no transcorrer do sono fisiológico, quando a alma é projetada na dimensão extrafísica e sofre a agressão intencional dos espíritos errantes que intentam prejudicá- la. De posse do conceito de obsessão onírica, passemos, sem mais delongas, à descrição do episódio. Em certa ocasião, distinta senhora com formação espírita e médium atuante nos relatou detalhes de sua saúde formulando-nos as seguintes queixas: havia algum tempo vinha sendo acometida de sono perturbador, com pesadelos diários nos quais era violentada sexualmente com requinte de sadismo por parte de seres horrendos. Ao despertar pela manhãs sentia-se extenuada, com dolorimento muscular, sensação de angústia e uma fadiga incontrolável, resultantes das noites mal dormidas. Graças a sua formação doutrinária, logo imaginou-se portadora de algum problema espiritual, buscando no Centro Espírita que freqüentava o recurso que, nesse [Digite texto] 6
  • 7. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 caso específico, a Medicina não lhe proporcionaria. Mas apesar dos atendimentos a que se submeteu, o caso não ficou bem caracterizado como obsessão, pela ausência de espíritos manifestantes e de percepções sugestivas dos videntes, que nada acusaram de especial. Diante da decepção e tristeza que lhe invadira a alma, acenamos coma hipótese da existência de um transtorno obsessivo mais complexo, difícil de ser identificados pelos procedimentos ortodoxos do mediunismo assistencial e, por isso mesmo, merecedor de uma análise circunstanciada por um grupo espírita identificado com os métodos mais apurados de pesquisas espirituais. A nossa sugestão reacendeu as esperanças da inditosa senhora. Marcamos, então, o dia do nosso encontro e, na data aprazada, realizou-se o atendimento do caso aqui comentado. Após os procedimentos iniciais de harmonização do grupo, comk preces e leituras evangélicas – a exemplo do que deve acontecer em qualquer reunião espírita – a paciente foi conduzida ao recinto de atendimento, acomodada na maca de exames e submetida a uma técnica magnética de deslocamento induzido. Graças a esse procedimento, e uma vez desdobrada, criou-se para os médiuns uma condição facilitadora de investigação na sua própria matriz perispirítica, aliás recurso experimental que os grupos mediúnicos assistenciais na atualidade devem procurar conhecer e aplicar rotineiramente. De imediato, os médiuns presentes, através da clarividência sonambúlica, detectaram ligações fluídicas de teor adensado entre o perispírito da enferma e opressivo ambiente do umbral inferior. Acompanhados dos instrutores espirituais, os médiuns em desdobramento mental, protegidos por campos de força magnéticos, foram conduzidos ao local identificado, verdadeiro antro de viciações e prazeres degradantes, onde se agrupavam dezenas de espírito em lastimáveis condições. Através do dialogo mediúnico com um dos espíritos obsessores atraído, constatou-se que a enferma, inconscientemente, mantinha-se imantada mentalmente [Digite texto] 7
  • 8. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 ao grupo a que pertencera no pretérito, quando, deliberadamente, sujeitava-se a toda sorte de desregramento e orgias sexuais. Na busca de uma compreensão mais ampla, admitimos, que a dinâmica desse transtorno possa ser analisada através de dois mecanismo familiares aos estudiosos das questões psíquicas. O primeiro é de natureza puramente anímica, por ter sido gerado pela mente da própria criatura e o segundo, de caráter obsessivo propriamente dito, conforme o entendemos no contexto doutrinário. O aspecto anímico, no caso, resultava de uma ressonância vibratória do passado. Não nos esqueçamos que o desdobramento do corpo astral facilita o acesso aos “bancos da memória espiritual”, ocasião em que afloram recordações nítidas de algumas vivência pretérita. O outro aspecto consistia na obsessão clássica, na qual, os comparsas desencarnados, em decorrência das vinculações sintônicas ainda muito atuantes, arrastavam-na para o umbral inferior submetendo-a ao parasitismo desvitalizante. No entanto, quando em vigília, exceção feita às recordações deprimentes dos sonhos, a distintas confreira não acusava maiores problemas, e sentia-se perfeitamente adaptada a sua rotina doméstica e profissional. Só mesmo durante o período do sono, desligada dos sensores conscienciais, é que as coisas se complicavam. Sem a possibilidade de exercer o menor controle, ela era compelida pelos obsessores a verdadeiros bacanais nas zonas umbralinas com repercussões profundamente negativas para o seu psiquismo, haja vista o conflito existe consciencial que se estabelecia pelas lembranças das cenas vivenciadas nos pesadelos, o que a levava, inclusive, a envergonhar-se de si própria. Diante das características bem delineadas do caso, configurou-se o diagnóstico de “obsessão onírica”. O tratamento requereu a aplicação das “técnicas desobsessivas de alta eficiência”, cujos resultados, na atualidade, se mostram cada vez mais animadores. A propósito, gostaríamos de transcrever um parágrafo inserido à pagina 117 do livro Loucura e Obsessão (FEB), de autoria do espírito Manoel P.Miranda, [Digite texto] 8
  • 9. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 psicografado por Divaldo Pereira Franco, alusivo aos novos métodos empregados nos trabalhos de cunho espiritual, deixando transparecer claramente que essas técnicas já existem, e prestam um importante auxílio a encarnados e desencarnados, senão vejamos: “Conhecemos, também, as técnicas de desobsessão de alta eficiência, que são aplicadas nas Instituições Espíritas e que constituem um passo avançado na terapêutica de socorro aos sofredores de ambos os lados da vida...” Isto posto, continuemos o nosso relato. Identificada a causa, a nossa conduta terapêutica constou das seguintes providências: 1. Despolarização dos estímulos da memória espiritual, com o conseqüente apagamento das lembranças desarmonizantes do passado; 2. Recolhimento de todos os espíritos perturbados em campo de força , mentalmente projetados, transferindo-os, com autorização dos mentores, para os postos de socorro em faixas dimensionais menos opressivas e; 3. Anulação, através de procedimentos magnéticos, de toda e qualquer vinculação fluídica, entre a nossa enferma espiritual e o ambiente astralino inferior A partir de agora, abraçamos um parêntese, e recorramos aos préstimos do ilustre pesquisador espírita brasileiro, Dr. José Lacerda de Azevedo, responsável pelo desenvolvimento e divulgação da APOMETRIA, metodologia de desdobramento dos corpos energéticos do ser humano e de pesquisas espirituais avançadas. As técnicas de alta eficiência utilizadas no caso em pauta encontram-se minuciosamente descrita na obra desse autor: ESPIRITO/MATERIA, Novos Horizontes Para a Medicina. É o Dr. Lacerda quem nos ilustra, a seguir, sobre a despolarização da memória de acordo com alguns parágrafos pinçados na pag. 246 do seu livro: [Digite texto] 9
  • 10. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 “Conforme a teoria de PAVLOV, a aprendizagem é fruto de repetição de estímulos, de modo simétrico e progressivo. Na estrutura tissular neuronal, o registro do estimulo se processa sempre polarizado; o neurônio dá passagem à corrente elétrica do estímulo sempre em um só sentido. (...) A Apometria, que já nos abrira tantos caminhos, poderia se constituir também na chave para penetração na memória. Passamos a pesquisar. Projetamos concentrados campos magnéticos sobre o córtex cerebral, até atingir às áreas da memória. Tivemos êxito inesperado. Repetimos a experiência várias vezes, sempre com êxito. Chegáramos à Lei: Toda vez que aplicarmos energias específicas de natureza magnética, na área cerebral de espírito encarnado ou desencarnado, com a finalidade de anularmos estímulos eletromagnéticos registrados nos “bancos de memória”, os estímulos serão apagados por efeito de polarização magnética neural, e o paciente esquecerá o evento relativos aos estímulos. (...) Com essa simplicidade, e em poucos segundos, se apagam totalmente da memória dos desencarnados cargas emotivas deletérias (ódio, vingança, humilhação, rancores etc.) que polarizam sua atenção e obstruem as idéias e sentimentos altruístas que teriam, se desfrutassem de normalidade. Em encarnados, temos observado que o evento perturbador não é completamente apagado, mas o paciente já não sente mais como antes: o matiz emocional desapareceu. Despolarizada a mente, a criatura passa a não se importar mis com o acontecimento que tanto a mortificava. Acreditamos que isso acontece porque a imagem fica fortemente gravada no cérebro físico, cujo campo magnético raramente é muito forte, por demais intenso para que possa ser vencido em uma única aplicação. Já a emoção que fica registrada no cérebro astral,esta é facilmente removida”. [Digite texto] 10
  • 11. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 As técnicas que nos permitem o apagamento temporário de lembranças desarmonizantes não constitui novidade no terreno doutrinário. O espírito André Luiz, nos descreve uma dessas operações no capitulo 15 do livro “Missionários da Luz, realizadas pelas equipes espirituais visando beneficiar determinada personagem desencarnada profundamente ligada pelos laços do amor paternal a sua filha envolvida com realizações menos dignas na romagem terrena. Diante da impossibilidade de reconduzi-la ao caminho da retidão, o seu sentimento se intensifica a cada dia, até que os próprios mentores, condoídos com o seu sofrimento, autorizam a providencial operação, assim narrada pelo benfeitor: “Impressionado, considerei: - Não terá ela, contudo, um pai ou mãe, em nossos círculos espirituais, que tome a si o sacrifício de defende-la? – Tem um pai que a estima com extremos de afeto – esclareceu o diretor: - no entanto sofria imerecidamente pela filha leviana e grosseira, e tanto padeceu por ela que os seus superiores, em nossa colônia espiritual, submeteram-no a tratamento para ouvido temporário da filha querida, até que ele possa se recordar e se aproximar dela sem angústias emotivas. O assunto era novo para mim. Havia então, recursos para aplicação do esquecimento no mundo das almas? Apuleio sorriu, bondoso e falou, - Não tenha dúvida. Em nossa esfera, a dureza e a ingratidão não pode perseguir o amor puro. (...) Quando somos fracos, porem embora muito amoráveis, e não nos sentimos com a precisa coragem para o afastamento necessário, se merecemos o auxilio de nossos Maiores, somos favorecidos com o tratamento magnético que opera em nós o esquecimento passageiro”. Fica visto portanto, que a possibilidade existe, na medida em que os nossos mentores, após avaliarem cada caso, nos autorizam ou não, a aplicá-las nos espíritos desencarnados odientos e vingativos como recurso de extrema valia para os “sofredores de ambos os lados da vida”, até que a providência Divina rearticule novas posições reconciliadoras. Quando devidamente autorizado, o apagamento temporários das ligações obsessivas, se aplicadas nos espíritos desencarnados, surte efeitos significativamente benéficos para ambos (obsessor e obsidiado), assim como temos observado em [Digite texto] 11
  • 12. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 nossos trabalhos práticos. Isso porque a despolarização no desencarnado é de efeito imediato, o que resulta no término da sua ação obsessiva. Porém, diante das ressonâncias vibratórias do passado, o paciente encarnado, às vezes, necessita ser submetidos a mais de uma despolarização pelos motivos explicados pelo Dr.Lacerda. Dando seqüência ao comentário do caso,vejamos agora, algo a respeito do emprego dos “Campos de Força”, capazes de albergarem centenas de espíritos desencarnados, contidos nessas poderosas barreiras magnéticas projetadas ideoplasticamente por ação da nossa própria vontade. Por comandos mental e nos valendo dos demais artifícios que a Apometria nos permite, podemos transferí-los, já envolto nesses campos, para os postos de socorros existente na dimensão extrafísica, cidadelas de abrigo, identificadas pelo espírito André Luiz em seus costumeiros relatos, a exemplo da Mansão da Paz, da casa Transitória etc. Embora muito se fale do poder da mente, poucos imaginam o quanto nós encarnados podemos ser úteis nas reuniões de assistência espiritual aplicando-se conscientemente as forças mentais em ação conjugadas com o fluido cósmico universal. Os mentores espirituais não se cansam de nos ilustrarem a esse respeito, mas muitos entendem que seus relatos não passam de ficções científicas válidos, apenas para os romances ditados a seus médiuns. Todavia, insistindo na necessidade de melhor compreender-se as instruções desses benfeitores, voltamos a citar Manoel P. Miranda em interessante relato por ele inscrito à pagina 157 da obra “Loucura e Obsessão:” “A sala estava isolada por uma barreira fluídica impeditiva a qualquer incursão de malfeitores interessados em perturbar a operação que se iria iniciar.” Ora pela leitura depreende-se que a barreira fluídica citada (ou campo de forças) pode ser projetada com os mais diversos objetivos, no caso, essa era a proteção contra o assalto dos malfeitores da erraticidade, mas o fato é que a descrição do mentor espelha a realidade da ação extensível aos encarnados de acordo com a tese [Digite texto] 12
  • 13. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 Kardequiana, bastando para isso, um certo conhecimento de causa, treinamento adequado e educação da vontade. Dentro deste contexto, vejamos mais uma vez, a qualificada opinião do Dr. Lacerda: “A mente, instrumento de expressão e de consciência do espírito (conseqüentemente, o nosso modo de expressão, pois somos espíritos – ainda que não o admitamos), tem condição de operar no mundo astral com todas as possibilidades de êxito, conforme liberada. O poder modelador ou desagregador que possuímos, nessa dimensão, assemelha- se ao que temos sobre o mundo físico, enquanto encarnado.” Embasados, portanto, nas informações dos pesquisadores de ambos os planos da vida, como ficou visto, reunimos agora condições de um melhor entendimento das “técnicas desobsessivas de alta eficiência” utilizadas no caso de nossa paciente e, graças a Deus, com absoluto sucesso. De fato, alguns dias após, a médium sentia-se bem mais confiantes, sem os tais pesadelos, nem a sensação de cansaço matinal, anteriormente relatados. Do que aqui ficou exposto, extraímos não só ensinamentos práticos, como reflexões filosóficas. Certos distúrbios espirituais sutis, nem sempre identificados pelas práticas rotineiras, carecem de métodos mais avançados para o seu diagnóstico de certeza e procedimentos terapêuticos adequados. Certamente, a cura dos males obsessivos depende, em última análise, do esforço individual que cada um deve desprender no sentido da elevação do padrão vibratório mental e do próprio progresso moral. Admitindo-se que o tempo é a melhor terapêutica para os males espirituais, poder-se-ia questionar o porquê da paciente, quando submetida a uma técnica de ação mais profunda, ter evoluído com melhoras tão apreciáveis. Particularmente, achamos que houve uma conjugação de fatores favoráveis assim enumerados: 1. O empenho visivelmente honesto e decidido da paciente requerendo de si própria dedicação e disciplina no cumprimento das tarefas doutrinárias; 2. Absoluta confiança no auxilio da Providência Divina; [Digite texto] 13
  • 14. Lar Assistencial Rubataiana – Centro de Apoio e orientação Facilitador: Ricardo Plaça medicina.psionica@gmail.com Apostila 17 3. Esforço no sentido de pautar-se na vida de acordo com os ditames evangélicos; 4. A participação fraterna da equipe mediúnica que a socorreu com o auxilio da técnica da Apometria e; 5. O imprescindível apoio dos mentores espirituais, orientando o desenrolar das atividades assistenciais, num clima de solidariedade e respeito, típicos dos grupos que trabalham em bases puramente evangélicas. Um detalhe, no entanto, nos parece evidente e deve ser ressaltado. O bom resultado escolhido na luta contra a desobsessão deve ser atribuído, antes de tudo, única e exclusivamente, à misericórdia divina, visto que as nossas imperfeições, ainda constituem barreiras impeditivas ao alçar de vôos ilusórios. [Digite texto] 14