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BRITO
BRENO
OBJETO DE ESTUDO
Propagandas do detergente    em pó OMO,
veiculadas em mídia   impressa,
compreendidas entre o lançamento do produto no Brasil,
em 1957, até o ano de 2010.
OBJETIVO


“   Compreender a construção discursiva das propagandas
do detergente em pó Omo, buscando averiguar o modo que
seus discursos foram apresentados ao longo do tempo, as
 produções de sentido, as construções de identidades, as
formas de linguagem utilizadas nos anúncios e como eles



                                                   ”
    acompanharam as transformações da sociedade.
Por que, depois de tanto valorizar
a brancura e a limpeza das roupas,
      Omo passa a enaltecer
     as manchas e a sujeira?
JUSTIFICATIVA
   A propaganda é um lugar de circulação e produção de sentidos e
    tem sido responsável por um dos tipos de discursos mais presentes
    na sociedade contemporânea.

   A propaganda é uma das grandes formadoras do ambiente cultural
    e social, pois ela trabalha a partir de dados culturais existentes,
    recombinando-os, remodelando-os e agindo os instintos dos seres
    humanos.

   Analisar propagandas é uma forma de entender o mundo em que
    vivemos, pois elas manifestam maneiras de enxergar os
    acontecimentos a partir de uma sociedade em certo espaço da
    história.
DIVISÃO EM 3 CAPÍTULOS
   Capítulo 1-Discussões teóricas em torno da Análise de Discurso.
    Teoria dos Discursos Sociais e seus postulados. Ideologia e poder.
    Implícitos do discurso.

   Capítulo 2- A linguagem da propaganda: histórico, características,
    modo de produção, mecanismo de funcionamento.

   Capítulo 3 - Breve panorama do mercado de detergente em pó no
    Brasil. Cronologia das campanhas publicitárias de Omo. Análise dos
    discursos dos anúncios impressos de Omo.
O di
               s
      u m a cu r so i m
  l í n g ex t er i or pl i ca
          u a, e
                 n con i dade à
           soci a      t r a-s
      imp         l e es      e no
p al a r egn ad t á
        v r as        o
 são p         qu an n as
          r on u      do e
                 n ci a l as
                       das.
O QUE É DISCURSO?
Com isso, dizemos que o discurso envolve não somente questões
de natureza lingüística, mas também aspectos sociais e ideológicos.



       Discurso                              Texto


                                  produto da atividade discursiva
”NO INÍCIO DOS ANOS 1960, O PRESIDENTE JOHN KENNEDY COLOCOU
COMO META PARA OS ESTADOS UNIDOS O ENVIO DE UM HOMEM À
LUA ANTES DO FIM DA DÉCADA. ESTE DESAFIO FOI CONCRETIZADO EM
20 DE JULHO DE 1969, QUANDO NEIL ARMSTRONG TORNOU-SE O
PRIMEIRO HOMEM A CAMINHAR NA LUA.”
“O discurso mobiliza
recursos que se estendem
 além da frase e que são  Segundo o a   utor, a análise
  chamados de contexto”      dos
                                                   m
                                 discursos leva e es
       (P INTO, 2003)    consideraç  ão as informaçõ
                              colhid as no contexto
                          situacional, no cotexto e nos
                             contexto s das ordens de
                                     discurso.
ANÁLISE DE DISCURSO
   A Análise de Discurso é uma prática e um campo da lingüística e da
    comunicação especializado em analisar construções ideológicas
    presentes em um texto. É muito utilizada para analisar textos da
    mídia e as ideologias que os engendram.

   “A análise do discurso visa a compreensão de como um objeto
    simbólico produz sentidos, como ele está investido de significância
    para e por sujeitos. Essa compreensão, por sua vez, implica em
    explicitar como o texto organiza os gestos de interpretação que
    relacionam sujeito e sentido”(ORLANDI, 2002).
A ANÁLISE DO DISCURSO NÃO
 TRABALHA COM A LÍNGUA ENQUANTO
 UM SISTEMA ABSTRATO, MAS COM A
LÍNGUA NO MUNDO, COM MANEIRAS DE
   SIGNIFICAR, COM O SER HUMANO
PRATICANDO A FALA, CONSIDERANDO A
  PRODUÇÃO DE SENTIDO ENQUANTO
   PARTE DA COMUNICAÇÃO ENTRE
    SUJEITOS, ENTRE SOCIEDADES.
A Análise de Discursos que desenvolvemos no presente trabalho foi
feita à luz da Teoria dos Discursos Sociais, também conhecida como
“Semiologia dos Discursos Sociais”, tendo nos fundamentado em
autores como:

                         Milton Pinto (1994, 2002)
                                Eliseo Verón (1980, 2004)

                               Eni Orlandi (2001)

                      Laerte Magalhães (2003)
                          Inesita Araújo (2000)
                                              )
                          Authier-Revuz (1990
                                r-

                            Norman Fairclough (2001)
Nossa abordagem da Teoria dos Discursos Sociais segue a perspectiva
proposta por Milton Pinto, que organiza e condensa os princípios teóricos
desta linha de pensamento em três postulados. São eles:



                               Postula
                                       do da
                                 Semiose
                                Infinita
                                                              o da
  Postulado da                                       Po stulad olítica
                                                              P
 Heterogeneidade                                         omia ante
                                                    Econ ignific
  Enunciativa                                         do S
Postulado da
    Heterogeneidade
     Enunciativa




   O pressuposto básico do postulado da heterogeneidade enunciativa é o de que
    todo discurso é perpassado por outros discursos. Isso quer dizer que quando
    enunciamos estamos sempre evocando outros discursos.

                         é aquela em que o outro constitui o um, o sujeito, e
         Constitutiva   que este sujeito nem sabe quem é. São todos que
                         passaram pela sua vida, é tudo o que leu, estudou.


                         é a manifestação explícita de diferentes vozes. É trazer
         Mostrada       para o seu dizer alguns outros que o constituem,
                         porém, de forma marcada.
a
            lado d
       Postu se
          Semio
                  a
           Infinit




   Para Pinto (1995) a semiose infinita baseia-se na ideia de que cada
    significante remete a outro, que por sua vez remete a outro, e assim
    sucessivamente, formando uma teia de relações sem fim.

   Na Teoria dos Discursos Sociais a noção de semiosis é aplicada tendo
    como fundamento a relação entre os discursos, na qual um discurso
    remete a outro discurso, de forma que busca o conhecimento anterior
    tanto para sua produção quanto para sua compreensão.
Postula
      Econo do da
           mia Po
      do Sig       lítica
            nificant
                      e                      =   OK, certo


   Neste postulado Pinto (1995) propõe que “todo objeto significante é
    produzido num dado momento histórico, circula no meio social e é
    consumido, real e simbolicamente”.

   O processo de atribuição de sentido pressupõe uma troca no mercado
    simbólico, levando-se em conta o contexto histórico no qual se dá um
    fenômeno cultural.

   As condições de produção de um discurso influem diretamente na fixação do
    sentido de um objeto significante, implicando em diferenças de sentido, se
    alteradas tais condições.
CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO PUBLICITÁRIO

   O discurso publicitário constitui-se num discurso de valor
    persuasivo, de sedução, que por meio da manipulação de
    estratégias lingüísticas busca atingir um determinado público.

   Num processo constante de renovação, a linguagem publicitária
    busca se adequar rapidamente às rápidas mudanças da sociedade
    e ao avanço dos meios de comunicação.

   Para que o processo de comunicação seja bem sucedido, o autor-
    emissor precisa empregar estratégias e linguagens que irão
    depender do objetivo a que ele se propôs, uma vez que a
    comunicação publicitária envolve uma intenção, no sentido de
    persuadir o consumidor à determinada ação.
   Apesar de observarmos com certa freqüência a Teoria dos
    Discursos Sociais sendo aplicada para confrontar estratégias
    discursivas de enunciadores concorrentes a fim de identificar
    diferenças e disputas pelo poder simbólico, não realizamos neste
    trabalho um estudo comparativo entre diferentes sujeitos do
    enunciado.

   Omo possui como concorrente direto na sua categoria o detergente
    em pó Ariel, mas em nossa visão não há um embate explícito,
    acirrado e freqüente entre as duas marcas nos espaços
    publicitários.

   Portanto, analisamos apenas os discursos presentes nos anúncios
    publicitários de Omo, comparando-os entre si em diversos períodos
    que atravessam os cinqüenta e três anos de sua existência no país.
POR QUE OMO?
                                                          Líder de vendas


                 É conhecido por toda a
                   população, estando
                   constantemente no
                imaginário das pessoas
                                                                          Possui
                                                                       tradição no
                                                                        mercado,
                                                                      mais 50 anos
                                                                         no Brasil
 Investe forte em                           Além da curiosidade
comunicação, com                          que Omo nos despertou
presença freqüente
                                           pela forma como suas
     na mídia
                                          propagandas evoluíram
                                             ao longo dos anos.
 É fabricado pela multinacional holandesa Unilever.

 A marca Omo foi registrada em 1908, pela Lever Brothers.

 Omo são as iniciais de "Old Mother Owl" e significa "Velha Mãe
  Coruja".

 Foi o primeiro detergente em pó vendido no Brasil, em 1957.

 A marca levou dez anos para ser mais popular que o sabão em
  pedra; Rinso que campeão de vendas quando Omo chegou ao país.

 Para tornar-se popular, a estratégia foi distribuir amostras de sabão
  em pó.

 Outra ação foi o Cine Vesperal, que convidava mulheres para sessões
  de cinema; antes do filme, eram feitas demonstrações das diferenças
  entre lavar com detergente em pó e com sabão em barra.
OMO EM NÚMEROS
1                                       1                              2




                                                     500 milhões de
                                                          embalagens
                                                  produzidas por ano


    2
                                                             1




        FONTES:
        1 Pesquisa Top of Mind 2010 – Datafolha
        2 Unilever / AC Nielsen
RECORTE DA PESQUISA
   Foram coletados cerca de 30 anúncios impressos de OMO, dos
    quais 12 foram selecionados para compor o corpus da análise.

   Esses anúncios foram retirados do site oficial da Unilever e de sites
    especializados em propaganda.

   A escolha das peças teve como critério contemplar as cinco
    décadas de existência do produto no país, observando as mudanças
    de posicionamento, de conceitos e estratégias discursivas no
    decorrer deste tempo.
1957: Onde Omo cai, a sujeira sai
Apresentação do produto (Chegou!)

Explica como usar o produto

Sabão em pó X métodos tradicionais

Milagre azul = religiosidade

Espuma = limpeza

Diagramação confusa / P&B

Representação da mulher (dona de casa)
dos 1950

Mulher como co-enunciadora - autoridade
para falar do assunto

Avental = significante
1961: Dá brilho à brancura
Deixa a roupa mais do que branca, deixa
brilhando

Apelo do NOVO = modernidade
Superioridade

Ícone “shine” = remete a embalagem

Omo = aliado da dona de casa,
mulher “brilhante”

Mulher representada como a rainha do
lar

Evolução no conceito de diagramação
1973: Omo dá o Branco Total

Propõe um desafio: joga com a
desconfiança das consumidoras

Ao propor um desafio, Omo demonstra
confiança no que promete, gerando
credibilidade

Semiose Infinita = retoma um discurso
bíblico, que se transformou num dito
popular, o “ver para crer”

Branco Total (pressuposição)

Superioridade

Mulheres contentes com a tarefa de lavar
roupas

Disputa pela roupa mais branca
2004: Porque se sujar faz bem
Nova representação da mulher = mulher independente, moderna
Entrar na faculdade = início da independência
Rejuvenescer o público-alvo
Sai a brancura, entra a sujeira
Continua o discurso do NOVO (modernidade / tecnologia)
2010: Porque se sujar faz bem
A mulher não é mais protagonista. A vez é das crianças
Racional x Emocional
Sujeira como sinônimo de realizações e conquistas
A sujeira proporciona aprendizado e conquista de vitórias
Símbolo que remete a uma mancha
Século XX
1957 a 2000
Novo Omo Multiação.
Porque não há aprendizado
     sem manchas.




                             Século XXI
                            2001 a 2010
   Desde quando foi lançado, Omo dirige seu discurso ao público
    feminino, refletindo a evolução da emancipação feminina nas
    mensagens de suas campanhas publicitárias.

   Omo não só reflete como também cria imagens idealizadas de
    mulheres perfeitas, modernas, satisfeitas, eficientes e preocupadas
    com a família.

   A imagem da mulher apresentada nos anúncios de Omo até o final do
    século XX é de uma mulher dedicada aos afazeres do lar, geralmente
    retratada desempenhando alguma atividade doméstica. É uma mulher
    que não questiona seu papel na sociedade. Ela sente-se realizada com
    o cumprimento das tarefas domésticas.

   Nesse período, o maior objetivo da mulher de Omo era o de deixar as
    roupas da família mais brancas e livres de sujeira. Este era
    praticamente o único discurso apregoado por Omo.
   Porém, partir da entrada do século XXI o discurso de Omo ganha outro
    direcionamento. A figura da “mulher doméstica” é substituída pela da
    “mulher moderna”, que estuda, trabalha fora e auxilia os filhos no seu
    aprendizado e desenvolvimento.

   Isso é reflexo das transformações da sociedade. As mulheres foram se
    estabilizando no mercado de trabalho, passando a dividir os afazeres
    domésticos com as atividades profissionais.

   Omo precisou acompanhar essa transformação e passou a dialogar
    com mulheres modernas e independentes, que por não passarem mais
    tanto tempo dentro de casa, têm seu contato com os filhos reduzido,
    passando então a preocupar-se mais com o aprendizado e o
    desenvolvimento deles.
   Nessa nova fase, a brancura das roupas deixou de ser a maior
    preocupação das mulheres. Os anúncios passam a ter o foco no
    aprendizado da criança, no qual a mãe é a grande responsável pelo
    acompanhamento dos filhos.

   A sujeira deixa de ser tratada como algo negativo e passa a ser uma
    aliada no processo de aprendizado.

   Há uma correspondência entre a evolução do papel das mulheres e a
    forma de construção dos discursos das campanhas publicitárias de
    detergente em pó Omo.
   Omo transparece em seus anúncios atuais a idéia que para que as
    crianças se desenvolvam e cresçam, elas precisam ter a liberdade de
    serem realmente crianças, de ter contato com a natureza e com coisas
    novas que possam enriquecer seu aprendizado.

   Dar essa liberdade significa que elas se sujarão, porém isso não é
    motivo de preocupação para as mães, pois Omo se encarrega de
    deixar as roupas limpas novamente.

   Desta forma, o discurso de Omo vai da brancura à sujeira, pois
    acompanha as transformações sociais, os novos papéis assumidos
    pelas mulheres/mães e as mudanças nos paradigmas educacionais e
    de aprendizado.
shine   dirty
Obrigado




                       Breno Brito
                 Mestre em Lingüística
           falecomigo@brenobrito.com
                  www.brenobrito.com
                          @brenobrito

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Apresentação de Dissertação - Da brancura à sujeira

  • 2. OBJETO DE ESTUDO Propagandas do detergente em pó OMO, veiculadas em mídia impressa, compreendidas entre o lançamento do produto no Brasil, em 1957, até o ano de 2010.
  • 3. OBJETIVO “ Compreender a construção discursiva das propagandas do detergente em pó Omo, buscando averiguar o modo que seus discursos foram apresentados ao longo do tempo, as produções de sentido, as construções de identidades, as formas de linguagem utilizadas nos anúncios e como eles ” acompanharam as transformações da sociedade.
  • 4. Por que, depois de tanto valorizar a brancura e a limpeza das roupas, Omo passa a enaltecer as manchas e a sujeira?
  • 5. JUSTIFICATIVA  A propaganda é um lugar de circulação e produção de sentidos e tem sido responsável por um dos tipos de discursos mais presentes na sociedade contemporânea.  A propaganda é uma das grandes formadoras do ambiente cultural e social, pois ela trabalha a partir de dados culturais existentes, recombinando-os, remodelando-os e agindo os instintos dos seres humanos.  Analisar propagandas é uma forma de entender o mundo em que vivemos, pois elas manifestam maneiras de enxergar os acontecimentos a partir de uma sociedade em certo espaço da história.
  • 6.
  • 7. DIVISÃO EM 3 CAPÍTULOS  Capítulo 1-Discussões teóricas em torno da Análise de Discurso. Teoria dos Discursos Sociais e seus postulados. Ideologia e poder. Implícitos do discurso.  Capítulo 2- A linguagem da propaganda: histórico, características, modo de produção, mecanismo de funcionamento.  Capítulo 3 - Breve panorama do mercado de detergente em pó no Brasil. Cronologia das campanhas publicitárias de Omo. Análise dos discursos dos anúncios impressos de Omo.
  • 8.
  • 9. O di s u m a cu r so i m l í n g ex t er i or pl i ca u a, e n con i dade à soci a t r a-s imp l e es e no p al a r egn ad t á v r as o são p qu an n as r on u do e n ci a l as das.
  • 10. O QUE É DISCURSO? Com isso, dizemos que o discurso envolve não somente questões de natureza lingüística, mas também aspectos sociais e ideológicos. Discurso Texto produto da atividade discursiva
  • 11. ”NO INÍCIO DOS ANOS 1960, O PRESIDENTE JOHN KENNEDY COLOCOU COMO META PARA OS ESTADOS UNIDOS O ENVIO DE UM HOMEM À LUA ANTES DO FIM DA DÉCADA. ESTE DESAFIO FOI CONCRETIZADO EM 20 DE JULHO DE 1969, QUANDO NEIL ARMSTRONG TORNOU-SE O PRIMEIRO HOMEM A CAMINHAR NA LUA.”
  • 12.
  • 13. “O discurso mobiliza recursos que se estendem além da frase e que são Segundo o a utor, a análise chamados de contexto” dos m discursos leva e es (P INTO, 2003) consideraç ão as informaçõ colhid as no contexto situacional, no cotexto e nos contexto s das ordens de discurso.
  • 14. ANÁLISE DE DISCURSO  A Análise de Discurso é uma prática e um campo da lingüística e da comunicação especializado em analisar construções ideológicas presentes em um texto. É muito utilizada para analisar textos da mídia e as ideologias que os engendram.  “A análise do discurso visa a compreensão de como um objeto simbólico produz sentidos, como ele está investido de significância para e por sujeitos. Essa compreensão, por sua vez, implica em explicitar como o texto organiza os gestos de interpretação que relacionam sujeito e sentido”(ORLANDI, 2002).
  • 15. A ANÁLISE DO DISCURSO NÃO TRABALHA COM A LÍNGUA ENQUANTO UM SISTEMA ABSTRATO, MAS COM A LÍNGUA NO MUNDO, COM MANEIRAS DE SIGNIFICAR, COM O SER HUMANO PRATICANDO A FALA, CONSIDERANDO A PRODUÇÃO DE SENTIDO ENQUANTO PARTE DA COMUNICAÇÃO ENTRE SUJEITOS, ENTRE SOCIEDADES.
  • 16. A Análise de Discursos que desenvolvemos no presente trabalho foi feita à luz da Teoria dos Discursos Sociais, também conhecida como “Semiologia dos Discursos Sociais”, tendo nos fundamentado em autores como: Milton Pinto (1994, 2002) Eliseo Verón (1980, 2004) Eni Orlandi (2001) Laerte Magalhães (2003) Inesita Araújo (2000) ) Authier-Revuz (1990 r- Norman Fairclough (2001)
  • 17. Nossa abordagem da Teoria dos Discursos Sociais segue a perspectiva proposta por Milton Pinto, que organiza e condensa os princípios teóricos desta linha de pensamento em três postulados. São eles: Postula do da Semiose Infinita o da Postulado da Po stulad olítica P Heterogeneidade omia ante Econ ignific Enunciativa do S
  • 18. Postulado da Heterogeneidade Enunciativa  O pressuposto básico do postulado da heterogeneidade enunciativa é o de que todo discurso é perpassado por outros discursos. Isso quer dizer que quando enunciamos estamos sempre evocando outros discursos. é aquela em que o outro constitui o um, o sujeito, e  Constitutiva que este sujeito nem sabe quem é. São todos que passaram pela sua vida, é tudo o que leu, estudou. é a manifestação explícita de diferentes vozes. É trazer  Mostrada para o seu dizer alguns outros que o constituem, porém, de forma marcada.
  • 19. a lado d Postu se Semio a Infinit  Para Pinto (1995) a semiose infinita baseia-se na ideia de que cada significante remete a outro, que por sua vez remete a outro, e assim sucessivamente, formando uma teia de relações sem fim.  Na Teoria dos Discursos Sociais a noção de semiosis é aplicada tendo como fundamento a relação entre os discursos, na qual um discurso remete a outro discurso, de forma que busca o conhecimento anterior tanto para sua produção quanto para sua compreensão.
  • 20. Postula Econo do da mia Po do Sig lítica nificant e = OK, certo  Neste postulado Pinto (1995) propõe que “todo objeto significante é produzido num dado momento histórico, circula no meio social e é consumido, real e simbolicamente”.  O processo de atribuição de sentido pressupõe uma troca no mercado simbólico, levando-se em conta o contexto histórico no qual se dá um fenômeno cultural.  As condições de produção de um discurso influem diretamente na fixação do sentido de um objeto significante, implicando em diferenças de sentido, se alteradas tais condições.
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  • 22. CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO PUBLICITÁRIO  O discurso publicitário constitui-se num discurso de valor persuasivo, de sedução, que por meio da manipulação de estratégias lingüísticas busca atingir um determinado público.  Num processo constante de renovação, a linguagem publicitária busca se adequar rapidamente às rápidas mudanças da sociedade e ao avanço dos meios de comunicação.  Para que o processo de comunicação seja bem sucedido, o autor- emissor precisa empregar estratégias e linguagens que irão depender do objetivo a que ele se propôs, uma vez que a comunicação publicitária envolve uma intenção, no sentido de persuadir o consumidor à determinada ação.
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  • 26. Apesar de observarmos com certa freqüência a Teoria dos Discursos Sociais sendo aplicada para confrontar estratégias discursivas de enunciadores concorrentes a fim de identificar diferenças e disputas pelo poder simbólico, não realizamos neste trabalho um estudo comparativo entre diferentes sujeitos do enunciado.  Omo possui como concorrente direto na sua categoria o detergente em pó Ariel, mas em nossa visão não há um embate explícito, acirrado e freqüente entre as duas marcas nos espaços publicitários.  Portanto, analisamos apenas os discursos presentes nos anúncios publicitários de Omo, comparando-os entre si em diversos períodos que atravessam os cinqüenta e três anos de sua existência no país.
  • 27. POR QUE OMO? Líder de vendas É conhecido por toda a população, estando constantemente no imaginário das pessoas Possui tradição no mercado, mais 50 anos no Brasil Investe forte em Além da curiosidade comunicação, com que Omo nos despertou presença freqüente pela forma como suas na mídia propagandas evoluíram ao longo dos anos.
  • 28.  É fabricado pela multinacional holandesa Unilever.  A marca Omo foi registrada em 1908, pela Lever Brothers.  Omo são as iniciais de "Old Mother Owl" e significa "Velha Mãe Coruja".  Foi o primeiro detergente em pó vendido no Brasil, em 1957.  A marca levou dez anos para ser mais popular que o sabão em pedra; Rinso que campeão de vendas quando Omo chegou ao país.  Para tornar-se popular, a estratégia foi distribuir amostras de sabão em pó.  Outra ação foi o Cine Vesperal, que convidava mulheres para sessões de cinema; antes do filme, eram feitas demonstrações das diferenças entre lavar com detergente em pó e com sabão em barra.
  • 29. OMO EM NÚMEROS 1 1 2 500 milhões de embalagens produzidas por ano 2 1 FONTES: 1 Pesquisa Top of Mind 2010 – Datafolha 2 Unilever / AC Nielsen
  • 30. RECORTE DA PESQUISA  Foram coletados cerca de 30 anúncios impressos de OMO, dos quais 12 foram selecionados para compor o corpus da análise.  Esses anúncios foram retirados do site oficial da Unilever e de sites especializados em propaganda.  A escolha das peças teve como critério contemplar as cinco décadas de existência do produto no país, observando as mudanças de posicionamento, de conceitos e estratégias discursivas no decorrer deste tempo.
  • 31. 1957: Onde Omo cai, a sujeira sai Apresentação do produto (Chegou!) Explica como usar o produto Sabão em pó X métodos tradicionais Milagre azul = religiosidade Espuma = limpeza Diagramação confusa / P&B Representação da mulher (dona de casa) dos 1950 Mulher como co-enunciadora - autoridade para falar do assunto Avental = significante
  • 32. 1961: Dá brilho à brancura Deixa a roupa mais do que branca, deixa brilhando Apelo do NOVO = modernidade Superioridade Ícone “shine” = remete a embalagem Omo = aliado da dona de casa, mulher “brilhante” Mulher representada como a rainha do lar Evolução no conceito de diagramação
  • 33. 1973: Omo dá o Branco Total Propõe um desafio: joga com a desconfiança das consumidoras Ao propor um desafio, Omo demonstra confiança no que promete, gerando credibilidade Semiose Infinita = retoma um discurso bíblico, que se transformou num dito popular, o “ver para crer” Branco Total (pressuposição) Superioridade Mulheres contentes com a tarefa de lavar roupas Disputa pela roupa mais branca
  • 34. 2004: Porque se sujar faz bem Nova representação da mulher = mulher independente, moderna Entrar na faculdade = início da independência Rejuvenescer o público-alvo Sai a brancura, entra a sujeira Continua o discurso do NOVO (modernidade / tecnologia)
  • 35. 2010: Porque se sujar faz bem A mulher não é mais protagonista. A vez é das crianças Racional x Emocional Sujeira como sinônimo de realizações e conquistas A sujeira proporciona aprendizado e conquista de vitórias Símbolo que remete a uma mancha
  • 37. Novo Omo Multiação. Porque não há aprendizado sem manchas. Século XXI 2001 a 2010
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  • 39. Desde quando foi lançado, Omo dirige seu discurso ao público feminino, refletindo a evolução da emancipação feminina nas mensagens de suas campanhas publicitárias.  Omo não só reflete como também cria imagens idealizadas de mulheres perfeitas, modernas, satisfeitas, eficientes e preocupadas com a família.  A imagem da mulher apresentada nos anúncios de Omo até o final do século XX é de uma mulher dedicada aos afazeres do lar, geralmente retratada desempenhando alguma atividade doméstica. É uma mulher que não questiona seu papel na sociedade. Ela sente-se realizada com o cumprimento das tarefas domésticas.  Nesse período, o maior objetivo da mulher de Omo era o de deixar as roupas da família mais brancas e livres de sujeira. Este era praticamente o único discurso apregoado por Omo.
  • 40. Porém, partir da entrada do século XXI o discurso de Omo ganha outro direcionamento. A figura da “mulher doméstica” é substituída pela da “mulher moderna”, que estuda, trabalha fora e auxilia os filhos no seu aprendizado e desenvolvimento.  Isso é reflexo das transformações da sociedade. As mulheres foram se estabilizando no mercado de trabalho, passando a dividir os afazeres domésticos com as atividades profissionais.  Omo precisou acompanhar essa transformação e passou a dialogar com mulheres modernas e independentes, que por não passarem mais tanto tempo dentro de casa, têm seu contato com os filhos reduzido, passando então a preocupar-se mais com o aprendizado e o desenvolvimento deles.
  • 41. Nessa nova fase, a brancura das roupas deixou de ser a maior preocupação das mulheres. Os anúncios passam a ter o foco no aprendizado da criança, no qual a mãe é a grande responsável pelo acompanhamento dos filhos.  A sujeira deixa de ser tratada como algo negativo e passa a ser uma aliada no processo de aprendizado.  Há uma correspondência entre a evolução do papel das mulheres e a forma de construção dos discursos das campanhas publicitárias de detergente em pó Omo.
  • 42. Omo transparece em seus anúncios atuais a idéia que para que as crianças se desenvolvam e cresçam, elas precisam ter a liberdade de serem realmente crianças, de ter contato com a natureza e com coisas novas que possam enriquecer seu aprendizado.  Dar essa liberdade significa que elas se sujarão, porém isso não é motivo de preocupação para as mães, pois Omo se encarrega de deixar as roupas limpas novamente.  Desta forma, o discurso de Omo vai da brancura à sujeira, pois acompanha as transformações sociais, os novos papéis assumidos pelas mulheres/mães e as mudanças nos paradigmas educacionais e de aprendizado.
  • 43. shine dirty
  • 44. Obrigado Breno Brito Mestre em Lingüística falecomigo@brenobrito.com www.brenobrito.com @brenobrito