SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
(PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E INTERDISCIPLINARES)
MÓDULO: SUJEITO, CULTURA E CONTEMPORANEIDADE
POLO: JOÃO PESSOA(PB)
Ministrante: Profª Dnd. Eliete Correia dos Santos
E-mail: professoraeliete@hotmail.com
CV: http://lattes.cnpq.br/3267723385743006
http://generosnoensinosuperior.blogspot.com.br/
https://twitter.com/generoacademico
Para começo de conversa, vamos falar sobre as
diversas concepções de sujeito discursivo.
Curta as imagens.
Sujeito discursivo
1. (À luz da A.D. Francesa) - LUGAR/POSIÇÃO QUE DEVE E PODE
OCUPAR TODO INDIVÍDUO PARA SER SUJEITO DO QUE DIZ.
(FOUCAULT, 1969 apud ORLANDI, 2001. P. 49).
2. É definido pela posição que ocupa.
3. É sujeito à língua e à História
Um indivíduo que fala da posição de um sujeito
político (vice-prefeito de C. Grande (2008 – 2012)
a partir de três discursos: o religioso, o político e o
social.
Sujeito psicanalítico (Perspectiva de
FREUD, apud. BRANDÃO, 2000. p. 55)
a) Constitui-se no outro; é heterogêneo; na interação com um 3º
elemento: o inconsciente, nem sempre permitido.
b) É descentrado, clivado, fragmentado. Ser “centro” é golpe
montado, é pura ilusão.
c) É efeito de linguagem. É fruto da ordem da linguagem na qual ele
tem sido aculturado.
Sujeito e ideologia
1. O indivíduo é interpelado em sujeito, através da ideologia,
para que se produza a dizer.
IDEOLOGIA
2. Concepção marxista (Crítica ao capitalismo e ao desnudamento da
burguesia): (CHAUI, 2002): Sistema ordenado de ideias ou
representações e das normas e regras como algo separado e
independente das condições materiais, visto que seus produtores – os
teóricos, os ideólogos, os intelectuais – não estão diretamente vinculados
à produção material das condições de existência.
3. Separa-se trabalho intelectual e material autonomiza o primeiro. Este
passa responder aos interesses da classe dominante.
4. A IDEOLOGIA MASCARA A REALIDADE: ATRAVÉS DE UM
SISTEMA LÓGICO E COERENTE DE REPRESENTAÇÕES
(IDEIAS E VALORES) E DE NORMAS OU REGRAS (DE
CONDUTA) QUE INDICAM E PRESCREVEM AOS MEMBROS
DA SOCIEDADE O QUE E COMO DEVEM PENSAR,
VALORIZAR, SENTIR OU FAZER, POR EXEMPLO. (CHAUI,
1980, P.113).
5. TODA IDEOLOGIA OBJETIVA TRANSFORMAR
INDIVÍDUOS CONCRETOS EM SUJEITOS. LOGO, NÃO
EXISTE IDEOLOGIA SEM SUJEITO.
6. É DEFORMADORA. TOMA A IMAGEM PELO REAL.
Cultura
Para Silva (2008, p. 95): “Tudo aquilo que é
produzido pela humanidade, seja no plano
concreto ou no imaterial, desde artefatos e objetos
até ideias e crenças. É todo complexo de
conhecimentos e toda habilidade humana
empregada socialmente. É também todo
comportamento apreendido, de modo
independente da questão biológica. Conjunto de
atividades, instituições, padrões de
comportamento, conhecimentos, crenças,
costumes, tradições, valores morais, espirituais e
intelectuais produzidos por grupos
QUAL O TEMA DOMINANTE EM BAKHTIN?
 Dialogismo
 Influência e antecipação para o estudo de texto e
discurso
O TEXTO: OBJETO DAS CIÊNCIAS HUMANAS
 Em primeiro lugar, o homem não
só é conhecido através dos
textos nos ou por meio dos
textos.
 Em segundo lugar, se o texto é o
objeto comum das Ciências
Humanas, como diferenciá-las?
(BARROS, 1996, p.23)
DIÁLOGO ENTRE INTERLOCUTORES E
DIÁLOGO ENTRE DISCURSOS
BAHKTIN CONSIDERA QUE NAS CIÊNCIAS
HUMANAS O OBJETO E MÉTODOS SÃO
DIALÓGICOS
QUANTO AO OBJETO, O TEXTO SE DEFINE COMO:
a) Objeto significante ou de significação, isto é, o
texto significa;
b) Produto da criação ideológica ou de uma
enunciação (contexto histórico, social, cultural,
etc);
c) Dialógico (diálogo entre os interlocutores e pelo
diálogo com outros textos (da situação, da
enunciação);
d) Único, não reproduzível;
(BARROS, 1996, p.24)
QUANTO AO MÉTODO
 Bakhtin afirma que se trata da
compreensão respondente que
é, por definição, dialógica, no
sentido de diálogo entre
interlocutores, principalmente.
 Para o autor, procura-se
conhecer um objeto, nas
ciências naturais, um sujeito –
produtor de textos -, nas
ciências humanas.
(BARROS, 1996, p.24)
MÉTODO É COMPREENSÃO RESPONDENTE, A
INTERPRETAÇÃO
DIALÓGICA
 Ciências humanas e
linguagem
 Estudo do discurso
 Lugar central de toda
investigação sobre o
homem
Dialogismo
Linguagem
Objeto
Ideia sobre
homem e
vida
Método
A alteridade define o ser humano, pois
o outro é imprescindível para sua
concepção: é impossível pensar no
homem fora das relações que o ligam
ao outro. (BAKHTIN, 1992, P. 35-36
apud BARROS, 1996, P. 26).
DIALÓGO ENTRE INTERLOCUTORES
 Em Marxismo e Filosofia da Linguagem
(1986), Bakhtin faz opção pelo social
 Quatro aspectos:
a) A interação entre interlocutores é o
princípio fundador da linguagem
b) O sentido do texto e a significação das
palavras dependem da relação entre
sujeitos, ou seja, constroem-se na
produção e na interpretação dos textos
c) A intersubjetividade é anterior à
subjetividade;
d) As observações feitas podem
conduzir a conclusões equivocadas
sobre a concepção bakhtiniana de
sujeito, considerando-a individualista
ou subjetivista.
QUAL A NOÇÃO DE SUJEITO PARA BAKHTIN?
Sujeito Sujeito
Sujeito Sociedade
SUA NOÇÃO DE SUJEITO É ...
 A de sujeito social, caracterizado por
pertencera uma classe social e em que
dialogam os diferentes discursos da
sociedade.
 O dialogismo interacional de Bakhtin
desloca o conceito de sujeito, que
perde o papel de centro ao ser
substituído por diferentes vozes sociais
que fazem dele um sujeito histórico e
ideológico.
(BARROS, 1996, P. 28).
BARROS APONTA A CRITICA FEITA A TEORIA DA
INFORMAÇÃO E OPÕE A CONCEPÇÃO DE
COMUNICAÇÃO DE BAKHTIN.
1. Simplificação excessiva da comunicação
linguística;
2. Modelo linear que se ocupa apenas ou de
preferência com o plano da expressão;
3. Caráter por demais mecanicista.
 Bakhtin insiste enormemente na questão da
variação linguística, funcional, discursiva, facetas
da heterologia ou pluridiscursividade que
caracteriza os discursos. (BARROS, 1996, p. 30)
 Os falantes no diálogo se constroem e constroem
juntos o texto e seus sentidos, em segundo lugar,
surge a questão da dinâmica da interação e da
construção dos simulacros intersubjetivos
(BAKHTIN, 1988 , p. 83 apud BARROS, 1996, p.
31)
 Precisam ser considerados como sujeito plenos ou
preenchidos, tanto por qualidades modais
necessárias a suas competências comunicativas,
quanto por valores decorrentes das relações com o
extralinguístico e com a sociedade. (BARROS,
1996, p. 32)
DIÁLOGO ENTRE DISCURSO
 Bakhtin aponta no enunciado-discurso dois
aspectos: o que vem da língua e o vem do contexto
(TODOROV, 1981, p. 79, 43-44) ou, em outras
palavras, concebe, como vimos, o enunciado como
produto de uma enunciação ou de um contexto
histórico, social, cultural, etc. (BARROS, 1996, p.
33)
TRÊS PONTOS PARA ESCLARECER
 As relações do discurso com a enunciação, com o
contexto sócio-histórico ou com o outro são, para
Bakhtin, relações entre discursos-enunciados.
 Deve-se distinguir o dialogismo interno ao
discurso, que o define como tal e em que se
reproduzem os diálogos com outros discursos, das
relações que se podem estabelecer externamente
entre os textos.
 O caráter ideológicos dos discursos assim
definidos. (...) Os discursos são ideológicos,
marcados por coerções sociais. . (BARROS, 1996,
p. 34)
MAIS DUAS QUESTÕES
 O caráter dialógico da língua em relação ao
dialogismo dos discursos e a do mascaramento
(ocultamento) ou não do dialogismo dos textos.
O DIALOGISMO CONSTITUTIVO DA LINGUAGEM
 A linguagem é, por constituição, dialógica e a
língua não é ideologicamente neutra e sim
complexa.
 A relação entre língua e ideologia é muito diferente
da existente entre discurso e ideologia, pois, se o
discurso reflete as mais imperceptíveis alterações
da existência social, na língua as modificações
processam-se lentamente. . (BARROS, 1996, p.
35)
DIALOGISMO E POLIFONIA
 Princípio dialógico
constitutivo da
linguagem e de todo
discurso.
 Caracteriza um certo
tipo de texto, aquele
em que o dialogismo
se deixa ver, aquele
em que são percebidas
muitas vozes, por
ocasião aos textos
monofônicos que
escondem os diálogos
que os constituem.
Dialogismo Polifonia
EFEITOS DE SENTIDO, DECORRENTES DE
PROCEDIMENTOS DISCURSIVOS
 Os diálogos se ocultam
sob a aparência de um
discurso único, de uma
única voz.
 Escuta-se apenas uma
voz, pois as demais
são abafadas;
 Discurso autoritário
 Os diálogos entre os
discursos mostram-se,
deixam-se ver ou
entrever;
 Escutam-se várias
vozes;
 Discurso poético.
Monofonia Polifonia
•Heterogeneidade
discursiva
•Heterogeneidade
mostrada
Semântica da
enunciação ou
linguística
interacional
(Ducrot)
Semiótica
narrativa e
discursiva
(Fiorin)
•Distingue o falante
empírico
•Discursos indiretos
livres, das
negações
polêmicas, da
ironia, dos
mecanismos de
pressuposições e
dos subtendidos
•Distingue a
intertextualidade
da
interdiscursividade
Análise do
discurso
(Authier-
Revuz)
CONCLUINDO O DIÁLOGO
 Gilberto de Castro (2001, p. 97)
pontua que
(...) Bakhtin não é um autor
temático – a profusão temática
é conseqüência da inquietação
epistemológica causada pela
sua concepção de linguagem e
não motivo primeiro de suas
pesquisas-, mas antes e, acima
de tudo, é um filósofo/
epistemólogo que, ao olhar pela
janela da interação
sociolingüística, descobriu
alguns segredos do mundo.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)
Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)
Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)thiagohermont
 
Generos textuais luís antônio marcuschi - Unidade 5
Generos textuais luís antônio marcuschi - Unidade 5Generos textuais luís antônio marcuschi - Unidade 5
Generos textuais luís antônio marcuschi - Unidade 5Bete Feliciano
 
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasO banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasAtitude Digital
 
Gêneros de discurso e gêneros de texto ppt
Gêneros de discurso e gêneros de texto pptGêneros de discurso e gêneros de texto ppt
Gêneros de discurso e gêneros de texto pptpnaicdertsis
 
Orientações Curricular de Mato Grosso- Área de Linguagens
Orientações Curricular de Mato Grosso- Área de LinguagensOrientações Curricular de Mato Grosso- Área de Linguagens
Orientações Curricular de Mato Grosso- Área de LinguagensIRACI SARTORI
 
A perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e o ensino de línguas
A perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e o ensino de línguasA perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e o ensino de línguas
A perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e o ensino de línguasDaniela Mittel
 
6-bourdieu-a-economia-das-trocas-lingsitcas.pdf
6-bourdieu-a-economia-das-trocas-lingsitcas.pdf6-bourdieu-a-economia-das-trocas-lingsitcas.pdf
6-bourdieu-a-economia-das-trocas-lingsitcas.pdfwallesonloureno
 
Gêneros Textuais - Fala e Escrita
Gêneros Textuais - Fala e EscritaGêneros Textuais - Fala e Escrita
Gêneros Textuais - Fala e EscritaIanka Targino
 
Foucault: Ordem do Discurso e Arqueologia do Saber
Foucault: Ordem do Discurso e Arqueologia do SaberFoucault: Ordem do Discurso e Arqueologia do Saber
Foucault: Ordem do Discurso e Arqueologia do SaberTatiana Couto
 
O funcionalismo linguistico
O funcionalismo linguisticoO funcionalismo linguistico
O funcionalismo linguisticoFrancione Brito
 

Mais procurados (20)

Erika marcuschi
Erika marcuschiErika marcuschi
Erika marcuschi
 
Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)
Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)
Gêneros textuais - Marcuschi (Thiago Hermont)
 
Generos textuais luís antônio marcuschi - Unidade 5
Generos textuais luís antônio marcuschi - Unidade 5Generos textuais luís antônio marcuschi - Unidade 5
Generos textuais luís antônio marcuschi - Unidade 5
 
Linguagem e pensamento
Linguagem e pensamentoLinguagem e pensamento
Linguagem e pensamento
 
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasO banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
 
Gêneros de discurso e gêneros de texto ppt
Gêneros de discurso e gêneros de texto pptGêneros de discurso e gêneros de texto ppt
Gêneros de discurso e gêneros de texto ppt
 
Generos Textuais
Generos TextuaisGeneros Textuais
Generos Textuais
 
Orientações Curricular de Mato Grosso- Área de Linguagens
Orientações Curricular de Mato Grosso- Área de LinguagensOrientações Curricular de Mato Grosso- Área de Linguagens
Orientações Curricular de Mato Grosso- Área de Linguagens
 
Filosofia 11 1
Filosofia 11 1Filosofia 11 1
Filosofia 11 1
 
Aula 01
Aula 01Aula 01
Aula 01
 
A perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e o ensino de línguas
A perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e o ensino de línguasA perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e o ensino de línguas
A perspectiva bakhtiniana de gênero do discurso e o ensino de línguas
 
6-bourdieu-a-economia-das-trocas-lingsitcas.pdf
6-bourdieu-a-economia-das-trocas-lingsitcas.pdf6-bourdieu-a-economia-das-trocas-lingsitcas.pdf
6-bourdieu-a-economia-das-trocas-lingsitcas.pdf
 
Caretta 2008
Caretta 2008Caretta 2008
Caretta 2008
 
Tp3
Tp3Tp3
Tp3
 
Tp3
Tp3Tp3
Tp3
 
Gêneros Textuais
Gêneros TextuaisGêneros Textuais
Gêneros Textuais
 
Gêneros Textuais - Fala e Escrita
Gêneros Textuais - Fala e EscritaGêneros Textuais - Fala e Escrita
Gêneros Textuais - Fala e Escrita
 
Generos textuais
Generos textuais Generos textuais
Generos textuais
 
Foucault: Ordem do Discurso e Arqueologia do Saber
Foucault: Ordem do Discurso e Arqueologia do SaberFoucault: Ordem do Discurso e Arqueologia do Saber
Foucault: Ordem do Discurso e Arqueologia do Saber
 
O funcionalismo linguistico
O funcionalismo linguisticoO funcionalismo linguistico
O funcionalismo linguistico
 

Destaque (7)

Identidade
IdentidadeIdentidade
Identidade
 
Identidade e memória
Identidade e memóriaIdentidade e memória
Identidade e memória
 
Anatomia do artigo cesp
Anatomia do artigo   cespAnatomia do artigo   cesp
Anatomia do artigo cesp
 
Curso de oratória
Curso de oratóriaCurso de oratória
Curso de oratória
 
PTD - Professor Vanderlei - Arte Ensino Médio 2014 - EJA
PTD - Professor Vanderlei - Arte   Ensino Médio 2014 - EJAPTD - Professor Vanderlei - Arte   Ensino Médio 2014 - EJA
PTD - Professor Vanderlei - Arte Ensino Médio 2014 - EJA
 
Plano de ensi no de arte 1º ano ensino médio
Plano de ensi no de arte 1º ano ensino médioPlano de ensi no de arte 1º ano ensino médio
Plano de ensi no de arte 1º ano ensino médio
 
Plano anual de arte 1º ano
Plano anual de arte 1º anoPlano anual de arte 1º ano
Plano anual de arte 1º ano
 

Semelhante a 1ª Aula de cultura e sujeito

anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.pptanlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.pptadrianomcosta3
 
4ª Aula 24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos
4ª Aula   24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos4ª Aula   24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos
4ª Aula 24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos HumanosElenitaPimentel
 
AULA- Análises de Discurso em Ciências Sociais
AULA- Análises de Discurso em Ciências SociaisAULA- Análises de Discurso em Ciências Sociais
AULA- Análises de Discurso em Ciências SociaisCleide Magáli dos Santos
 
Palestra discurso e poder
Palestra discurso e poderPalestra discurso e poder
Palestra discurso e poderNadia Biavati
 
Introducao analise do discurso
Introducao  analise do discursoIntroducao  analise do discurso
Introducao analise do discursoAirton Ferreira
 
Mídia, educação e cultura
Mídia, educação e culturaMídia, educação e cultura
Mídia, educação e culturagutopina2
 
O silêncio é de ouro e a palavra é de prata considerações ...
O silêncio é de ouro e a palavra é de prata   considerações ...O silêncio é de ouro e a palavra é de prata   considerações ...
O silêncio é de ouro e a palavra é de prata considerações ...Clóvis Gualberto
 
Bronckart - os gêneros e tipos de discurso
Bronckart - os gêneros e tipos de discursoBronckart - os gêneros e tipos de discurso
Bronckart - os gêneros e tipos de discursoRaquel Salcedo Gomes
 
Gêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revela
Gêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revelaGêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revela
Gêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revelaFrancimeire Cesario
 
Análise crítica do discurso
Análise crítica do discursoAnálise crítica do discurso
Análise crítica do discursoAlessandra Rufino
 
A análise do discurso interacional
A análise do discurso interacionalA análise do discurso interacional
A análise do discurso interacionalRaphaeldeMoraisTraja
 
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti csl
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti cslEsquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti csl
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti cslEveline Sol
 

Semelhante a 1ª Aula de cultura e sujeito (20)

anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.pptanlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
 
Análise de (do) discurso
Análise de (do) discursoAnálise de (do) discurso
Análise de (do) discurso
 
4ª Aula 24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos
4ª Aula   24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos4ª Aula   24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos
4ª Aula 24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos
 
Discurso - Foucault.pptx
Discurso - Foucault.pptxDiscurso - Foucault.pptx
Discurso - Foucault.pptx
 
AULA- Análises de Discurso em Ciências Sociais
AULA- Análises de Discurso em Ciências SociaisAULA- Análises de Discurso em Ciências Sociais
AULA- Análises de Discurso em Ciências Sociais
 
Ensinodelinguagem
EnsinodelinguagemEnsinodelinguagem
Ensinodelinguagem
 
Palestra discurso e poder
Palestra discurso e poderPalestra discurso e poder
Palestra discurso e poder
 
Introducao analise do discurso
Introducao  analise do discursoIntroducao  analise do discurso
Introducao analise do discurso
 
Mídia, educação e cultura
Mídia, educação e culturaMídia, educação e cultura
Mídia, educação e cultura
 
5. comunidade de fala
5. comunidade de fala5. comunidade de fala
5. comunidade de fala
 
O silêncio é de ouro e a palavra é de prata considerações ...
O silêncio é de ouro e a palavra é de prata   considerações ...O silêncio é de ouro e a palavra é de prata   considerações ...
O silêncio é de ouro e a palavra é de prata considerações ...
 
Bronckart - os gêneros e tipos de discurso
Bronckart - os gêneros e tipos de discursoBronckart - os gêneros e tipos de discurso
Bronckart - os gêneros e tipos de discurso
 
Gêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revela
Gêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revelaGêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revela
Gêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revela
 
Análise crítica do discurso
Análise crítica do discursoAnálise crítica do discurso
Análise crítica do discurso
 
Slide ivan generos
Slide ivan generosSlide ivan generos
Slide ivan generos
 
Slide ivan generos
Slide ivan generosSlide ivan generos
Slide ivan generos
 
Genre por ana_ale
Genre por ana_aleGenre por ana_ale
Genre por ana_ale
 
Slide ivan generos2
Slide ivan generos2Slide ivan generos2
Slide ivan generos2
 
A análise do discurso interacional
A análise do discurso interacionalA análise do discurso interacional
A análise do discurso interacional
 
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti csl
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti cslEsquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti csl
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti csl
 

Último

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 

Último (20)

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 

1ª Aula de cultura e sujeito

  • 1. CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO (PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E INTERDISCIPLINARES) MÓDULO: SUJEITO, CULTURA E CONTEMPORANEIDADE POLO: JOÃO PESSOA(PB) Ministrante: Profª Dnd. Eliete Correia dos Santos E-mail: professoraeliete@hotmail.com CV: http://lattes.cnpq.br/3267723385743006 http://generosnoensinosuperior.blogspot.com.br/ https://twitter.com/generoacademico
  • 2. Para começo de conversa, vamos falar sobre as diversas concepções de sujeito discursivo. Curta as imagens. Sujeito discursivo 1. (À luz da A.D. Francesa) - LUGAR/POSIÇÃO QUE DEVE E PODE OCUPAR TODO INDIVÍDUO PARA SER SUJEITO DO QUE DIZ. (FOUCAULT, 1969 apud ORLANDI, 2001. P. 49). 2. É definido pela posição que ocupa. 3. É sujeito à língua e à História
  • 3. Um indivíduo que fala da posição de um sujeito político (vice-prefeito de C. Grande (2008 – 2012) a partir de três discursos: o religioso, o político e o social.
  • 4. Sujeito psicanalítico (Perspectiva de FREUD, apud. BRANDÃO, 2000. p. 55) a) Constitui-se no outro; é heterogêneo; na interação com um 3º elemento: o inconsciente, nem sempre permitido. b) É descentrado, clivado, fragmentado. Ser “centro” é golpe montado, é pura ilusão. c) É efeito de linguagem. É fruto da ordem da linguagem na qual ele tem sido aculturado.
  • 5. Sujeito e ideologia 1. O indivíduo é interpelado em sujeito, através da ideologia, para que se produza a dizer.
  • 6. IDEOLOGIA 2. Concepção marxista (Crítica ao capitalismo e ao desnudamento da burguesia): (CHAUI, 2002): Sistema ordenado de ideias ou representações e das normas e regras como algo separado e independente das condições materiais, visto que seus produtores – os teóricos, os ideólogos, os intelectuais – não estão diretamente vinculados à produção material das condições de existência. 3. Separa-se trabalho intelectual e material autonomiza o primeiro. Este passa responder aos interesses da classe dominante.
  • 7. 4. A IDEOLOGIA MASCARA A REALIDADE: ATRAVÉS DE UM SISTEMA LÓGICO E COERENTE DE REPRESENTAÇÕES (IDEIAS E VALORES) E DE NORMAS OU REGRAS (DE CONDUTA) QUE INDICAM E PRESCREVEM AOS MEMBROS DA SOCIEDADE O QUE E COMO DEVEM PENSAR, VALORIZAR, SENTIR OU FAZER, POR EXEMPLO. (CHAUI, 1980, P.113). 5. TODA IDEOLOGIA OBJETIVA TRANSFORMAR INDIVÍDUOS CONCRETOS EM SUJEITOS. LOGO, NÃO EXISTE IDEOLOGIA SEM SUJEITO. 6. É DEFORMADORA. TOMA A IMAGEM PELO REAL.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11. Cultura Para Silva (2008, p. 95): “Tudo aquilo que é produzido pela humanidade, seja no plano concreto ou no imaterial, desde artefatos e objetos até ideias e crenças. É todo complexo de conhecimentos e toda habilidade humana empregada socialmente. É também todo comportamento apreendido, de modo independente da questão biológica. Conjunto de atividades, instituições, padrões de comportamento, conhecimentos, crenças, costumes, tradições, valores morais, espirituais e intelectuais produzidos por grupos
  • 12. QUAL O TEMA DOMINANTE EM BAKHTIN?  Dialogismo  Influência e antecipação para o estudo de texto e discurso
  • 13. O TEXTO: OBJETO DAS CIÊNCIAS HUMANAS  Em primeiro lugar, o homem não só é conhecido através dos textos nos ou por meio dos textos.  Em segundo lugar, se o texto é o objeto comum das Ciências Humanas, como diferenciá-las? (BARROS, 1996, p.23)
  • 14. DIÁLOGO ENTRE INTERLOCUTORES E DIÁLOGO ENTRE DISCURSOS BAHKTIN CONSIDERA QUE NAS CIÊNCIAS HUMANAS O OBJETO E MÉTODOS SÃO DIALÓGICOS
  • 15. QUANTO AO OBJETO, O TEXTO SE DEFINE COMO: a) Objeto significante ou de significação, isto é, o texto significa; b) Produto da criação ideológica ou de uma enunciação (contexto histórico, social, cultural, etc); c) Dialógico (diálogo entre os interlocutores e pelo diálogo com outros textos (da situação, da enunciação); d) Único, não reproduzível; (BARROS, 1996, p.24)
  • 16. QUANTO AO MÉTODO  Bakhtin afirma que se trata da compreensão respondente que é, por definição, dialógica, no sentido de diálogo entre interlocutores, principalmente.  Para o autor, procura-se conhecer um objeto, nas ciências naturais, um sujeito – produtor de textos -, nas ciências humanas. (BARROS, 1996, p.24)
  • 17. MÉTODO É COMPREENSÃO RESPONDENTE, A INTERPRETAÇÃO DIALÓGICA  Ciências humanas e linguagem  Estudo do discurso  Lugar central de toda investigação sobre o homem
  • 19. A alteridade define o ser humano, pois o outro é imprescindível para sua concepção: é impossível pensar no homem fora das relações que o ligam ao outro. (BAKHTIN, 1992, P. 35-36 apud BARROS, 1996, P. 26).
  • 20. DIALÓGO ENTRE INTERLOCUTORES  Em Marxismo e Filosofia da Linguagem (1986), Bakhtin faz opção pelo social  Quatro aspectos: a) A interação entre interlocutores é o princípio fundador da linguagem b) O sentido do texto e a significação das palavras dependem da relação entre sujeitos, ou seja, constroem-se na produção e na interpretação dos textos
  • 21. c) A intersubjetividade é anterior à subjetividade; d) As observações feitas podem conduzir a conclusões equivocadas sobre a concepção bakhtiniana de sujeito, considerando-a individualista ou subjetivista.
  • 22. QUAL A NOÇÃO DE SUJEITO PARA BAKHTIN? Sujeito Sujeito Sujeito Sociedade
  • 23. SUA NOÇÃO DE SUJEITO É ...  A de sujeito social, caracterizado por pertencera uma classe social e em que dialogam os diferentes discursos da sociedade.  O dialogismo interacional de Bakhtin desloca o conceito de sujeito, que perde o papel de centro ao ser substituído por diferentes vozes sociais que fazem dele um sujeito histórico e ideológico. (BARROS, 1996, P. 28).
  • 24. BARROS APONTA A CRITICA FEITA A TEORIA DA INFORMAÇÃO E OPÕE A CONCEPÇÃO DE COMUNICAÇÃO DE BAKHTIN. 1. Simplificação excessiva da comunicação linguística; 2. Modelo linear que se ocupa apenas ou de preferência com o plano da expressão; 3. Caráter por demais mecanicista.
  • 25.  Bakhtin insiste enormemente na questão da variação linguística, funcional, discursiva, facetas da heterologia ou pluridiscursividade que caracteriza os discursos. (BARROS, 1996, p. 30)  Os falantes no diálogo se constroem e constroem juntos o texto e seus sentidos, em segundo lugar, surge a questão da dinâmica da interação e da construção dos simulacros intersubjetivos (BAKHTIN, 1988 , p. 83 apud BARROS, 1996, p. 31)  Precisam ser considerados como sujeito plenos ou preenchidos, tanto por qualidades modais necessárias a suas competências comunicativas, quanto por valores decorrentes das relações com o extralinguístico e com a sociedade. (BARROS, 1996, p. 32)
  • 26. DIÁLOGO ENTRE DISCURSO  Bakhtin aponta no enunciado-discurso dois aspectos: o que vem da língua e o vem do contexto (TODOROV, 1981, p. 79, 43-44) ou, em outras palavras, concebe, como vimos, o enunciado como produto de uma enunciação ou de um contexto histórico, social, cultural, etc. (BARROS, 1996, p. 33)
  • 27. TRÊS PONTOS PARA ESCLARECER  As relações do discurso com a enunciação, com o contexto sócio-histórico ou com o outro são, para Bakhtin, relações entre discursos-enunciados.  Deve-se distinguir o dialogismo interno ao discurso, que o define como tal e em que se reproduzem os diálogos com outros discursos, das relações que se podem estabelecer externamente entre os textos.  O caráter ideológicos dos discursos assim definidos. (...) Os discursos são ideológicos, marcados por coerções sociais. . (BARROS, 1996, p. 34)
  • 28. MAIS DUAS QUESTÕES  O caráter dialógico da língua em relação ao dialogismo dos discursos e a do mascaramento (ocultamento) ou não do dialogismo dos textos.
  • 29. O DIALOGISMO CONSTITUTIVO DA LINGUAGEM  A linguagem é, por constituição, dialógica e a língua não é ideologicamente neutra e sim complexa.  A relação entre língua e ideologia é muito diferente da existente entre discurso e ideologia, pois, se o discurso reflete as mais imperceptíveis alterações da existência social, na língua as modificações processam-se lentamente. . (BARROS, 1996, p. 35)
  • 30. DIALOGISMO E POLIFONIA  Princípio dialógico constitutivo da linguagem e de todo discurso.  Caracteriza um certo tipo de texto, aquele em que o dialogismo se deixa ver, aquele em que são percebidas muitas vozes, por ocasião aos textos monofônicos que escondem os diálogos que os constituem. Dialogismo Polifonia
  • 31. EFEITOS DE SENTIDO, DECORRENTES DE PROCEDIMENTOS DISCURSIVOS  Os diálogos se ocultam sob a aparência de um discurso único, de uma única voz.  Escuta-se apenas uma voz, pois as demais são abafadas;  Discurso autoritário  Os diálogos entre os discursos mostram-se, deixam-se ver ou entrever;  Escutam-se várias vozes;  Discurso poético. Monofonia Polifonia
  • 32. •Heterogeneidade discursiva •Heterogeneidade mostrada Semântica da enunciação ou linguística interacional (Ducrot) Semiótica narrativa e discursiva (Fiorin) •Distingue o falante empírico •Discursos indiretos livres, das negações polêmicas, da ironia, dos mecanismos de pressuposições e dos subtendidos •Distingue a intertextualidade da interdiscursividade Análise do discurso (Authier- Revuz)
  • 33. CONCLUINDO O DIÁLOGO  Gilberto de Castro (2001, p. 97) pontua que (...) Bakhtin não é um autor temático – a profusão temática é conseqüência da inquietação epistemológica causada pela sua concepção de linguagem e não motivo primeiro de suas pesquisas-, mas antes e, acima de tudo, é um filósofo/ epistemólogo que, ao olhar pela janela da interação sociolingüística, descobriu alguns segredos do mundo.