FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
LBJ LIÇÃO 5 - DEIXANDO PAI E MÃE
1. 2º trimestre de 2016
Título: Eu e minha casa —
Orientações da Palavra
de Deus para a família do
Século XXI
Comentarista:
Reynaldo Odilo
Data:01deMaiode2016
Deixando pai e mãe
Lição 5
4. Agendadeleitura
SEGUNDA — Gn 2.24
A origem do mandamento
TERÇA — Gn 12.1
Deus reitera o mandamento
QUARTA — Gn 24.58
Rebeca obedece ao mandamento
QUINTA — Gn 26.67
Isaque cumpre o mandamento
SEXTA – Mt 19.5;Mc 10.7
Jesus ratifica o mandamento
SÁBADO — Efesios 5.31
Paulo confirma o mandamento
5. Objetivos
MOSTRAR que para a
construção de uma
nova família, é
imprescindível deixar
pai e mãe;
SABER que o
afastamento em
relação aos pais deve
acontecer nas
dimensões geográfica,
psicológica e
financeira;
EXPLICAR o aparente
conflito entre o
mandamento de
honrar pai e mãe e o
de deixá-los para
iniciar outro núcleo
familiar.
6. TextoBíblico
Efésios 5.31-33
31. Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne.
32. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.
33. Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo,
e a mulher reverencie o marido.
Efésios 6.1-3
1. Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3. para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
7. Introdução
O primeiro mandamento de Deus para o homem (não o maior mandamento) é
que, antes de casar, deve deixar seus pais (Gn 2.24). Esse paradigma para o
casamento foi estabelecido de maneira tão veemente por Deus porque, talvez,
essa fosse a única forma de quebrar o forte elo que liga pais e filhos, para poder
surgir um novo ente social, a nova família. Como Deus é sábio! Tal acontecimento,
identificado como individuação, tem alcance geográfico, psicológico e financeiro,
não significando o distanciamento entre pais e filhos, mas colocando limites. Adão
e Eva foram os únicos humanos que se casaram, e não tiveram de deixar pai e
mãe, mas todos os demais devem cumprir a determinação divina. É certo que
isso, às vezes, pode ser difícil. Entretanto não se trata de uma faculdade, mas de
uma obrigação do novo casal. Afinal o verbo está no imperativo: deixará! Ao longo
da história bíblica, os casais que serviram a Deus cumpriram integralmente essa
norma divina.
9. Requisito para a perfeita união.
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Toda nova família deve ter características próprias, para
ter uma união perfeita. Isso é impreterível para que haja
crescimento e uma identidade familiar própria. O novo
casal, assim, precisa ter suas experiências pessoais e
resolver seus problemas, sem haver intromissão de
nenhuma outra pessoa. Esse mandamento mencionado
no Éden foi reiterado para Abraão (Gn 12.1-3). Ele o
obedeceu e também o ensinou a seus descendentes.
Tanto Abraão, como Isaque e Jacó, conquanto fossem
nômades parte do tempo de suas vidas, habitando em
tendas (Hb 11.9), tinham, cada um, a sua própria habitação
(Gn 24.67; 31.34)! Eles sabiam conservar a cultura familiar,
sem deixar de atender a esse importante mandamento.
10. Individuação.
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A filosofia chama de individuação o fenômeno através do qual um
organismo se singulariza dentro da espécie, sem abandonar as
características comuns dos seus pares. Era isso que o Senhor queria que
acontecesse com o novo casal. Estar junto dos familiares é um
compromisso perene da nova família (não deve se excluir das
celebrações familiares - aniversários, Natal, dia dos pais, das mães etc.).
Entretanto a singularização do ente familiar que se formou é imperiosa.
Foi Deus quem pensou assim. O Senhor chancelou esse fenômeno na
biologia dando a cada ser vivo um código genético distinto. Não existem,
como se sabe, zebras com as mesmas listras, nem leopardos com pintas
iguais, nem seres humanos que apresentem impressões digitais idênticas
(ainda que sejam gêmeos univitelinos). Até os cristais de gelo,
microscopicamente analisados, demonstram formações moleculares
díspares. Essa construção idiossincrática faz parte da natureza. Assim,
quando uma nova família surge, ela precisa de um "DNA social" próprio.
11. Menção na Bíblia.
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Na Bíblia, Deus fala de individuação em Jó 39,
mencionando como esse fenômeno acontece na família
das cabras monteses (vv. 1-4), cujos filhos, quando
crescem e ficam fortes, partem e "nunca mais tornam para
elas". Os filhos das cabras monteses precisam viver sua
própria história, identificando-se como indivíduos, sem
abrir mãos dos ensinamentos recebidos dos pais
(indispensáveis à sobrevivência). O certo é que, "à sombra"
dos seus pais, elas jamais poderiam cumprir integralmente
o projeto do Criador. Por isso, os descendentes caprinos
procurarão suas próprias montanhas para estabelecerem
suas famílias.
12. Por que Deus estabeleceu
como requisito para a
formação de uma unidade nEle
(marido e mulher) a quebra de
outra unidade perfeita (pais e
filhos)?
13. Na família, os filhos devem
aprender com os pais, mas,
em tempo oportuno,
devem sair de casa para
ensinar também aos seus
próprios filhos. Esse é o
ciclo da vida.
15. AFASTAMENTO GEOGRÁFICO.
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Toda família precisa de "espaço" para crescer.
Para isso Deus mandou que o novo casal, antes de
se unir, saísse da casa dos pais. Observe-se uma
planta. Ela precisa de um espaço que seja só dela
(veja o que acontece quando o trigo divide um
pequeno espaço geográfico com o joio - Mt 13.28-
30 - é um problema). A grande dificuldade é que
as raízes do joio e do trigo podem se entrelaçar,
diante da proximidade territorial. Isso significa que
o trigo precisa de um espaço individual, próprio. A
mesma coisa acontece com a nova família.
16. AFASTAMENTO PSICOLÓGICO.
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A planta precisa da luz solar para fazer a fotossíntese e crescer. Entretanto, essa
radiação trará certo incômodo a ela nos horários mais quentes do dia. Isso porém
é necessário. Utilizando o mesmo raciocínio, pode-se dizer que os pais não
devem privar seus filhos dos eventuais desafios psicológicos. É preciso que cada
nova família adquira individualidade, tomando suas próprias decisões. Por mais
que "doa" ver os filhos passarem por certos "percalços" no novo contexto familiar,
o bloqueio emocional ao novo casal, pelos pais, (impedir que deixe
psicologicamente os genitores) ensejará prejuízo. Um escritor antigo dizia que
"em mar calmo todo barco navega bem". As lutas, dificuldades, surgirão para que
possa despontar a nova liderança do lar: o marido. É bem verdade que o Código
Civil e a Constituição Federal não distinguem liderança entre homem e mulher, no
seio da família, mas a Bíblia estabelece. E, por isso, essa nova liderança precisa
surgir, mas não aparecerá se não houver autonomia psicológica. Esse
afastamento proporciona, à nova família e aos pais, a chance de um
relacionamento mais íntimo com o Criador, na confiança que Ele é o socorro na
hora da angústia (Sl 46.1) e, contra os incômodos do sol causticante, Ele é a
sombra (Sl 121.5-6).
17. AFASTAMENTO FINANCEIRO.
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A ordem de "deixar pai e mãe" também atinge a parte financeira, porém o
dever dos pais ajudarem financeiramente os filhos (2 Co 12.14) e vice-versa
(Mc 7.10-13) nunca terminará diante de Deus, bem como perante a lei civil,
a qual usa como parâmetro para definir o valor da "pensão alimentícia" o
trinômio "necessidade-possibilidade-proporcionalidade". Isto é, o dever de
pagar reciprocamente alcança pais e filhos, na medida da necessidade e
possibilidade de cada um, aplicando o critério da proporcionalidade para
achar o valor justo. Há, porém, pais que possuem renda suficiente, mas
exigem, para comprar supérfluos, aportes financeiros mensais do filho
casado. Por outro lado, existem filhos casados que, irresponsavelmente,
querem viver à custa dos pais. Os dois extremos estão errados e causam
sérios conflitos no lar. Frise-se, por fim, que nenhuma ajuda que inviabilize
a administração do lar de quem contribui vem de Deus, porque isso não
tem origem no amor, mas em um sentimento indevido de posse dos pais
sobre o(a) filho(a) recém-casado(a), ou vice-versa.
18. Por que tantos pais
querem manter o
controle sobre o filho
após ele se casar? Seria
isso amor ou egoísmo?
19. Deixar o filho seguir seu
próprio caminho, para
construir um novo lar, como
acontece com as cabras
monteses (Jó 39.4), é sinal
de amor. Reter o que Deus
liberou é egoísmo!
21. Honrando pai e mãe.
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Sejam bons ou maus, os pais devem ser honrados
incondicionalmente. Entretanto se surgirem conflitos entre o
cônjuge e um dos pais, a Bíblia é clara: "deixará o homem pai e mãe
e se unirá à sua mulher". O cônjuge deve ter sempre a prioridade!
Os interesses dos parceiros são superiores aos desejos dos sogros
e filhos. Deus disse a Abraão: "ouça a voz de sua mulher" (Gn 21.12).
Os interesses de Sara eram mesquinhos, pois o problema foi criado
por ela e Deus faria Isaque ser o herdeiro independentemente de
qualquer coisa. Entretanto, mesmo sendo doloroso, o Senhor
determinou que Abraão abrisse mão do filho Ismael e Agar, por
atenção a Sara. A honra aos pais, porém, não pode ensejar em
qualquer espécie de humilhação ao cônjuge.
22. Deixando pai e mãe.
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Enquanto estiverem em casa, os filhos deverão ser totalmente obedientes
aos pais, no Senhor. Quando se casarem, porém, "deixarão pai e mãe", ou
seja, os filhos devem sair da casa, construir seu próprio patrimônio e tomar
suas próprias decisões na vida, para que a unidade do novo casal não seja
comprometida. Por tal motivo, é comum observar pessoas com sérios
conflitos familiares, quando acontece o caso de os pais continuarem
intervindo nas decisões dos filhos casados. É bom lembrar, porém, que,
mesmo com o casamento dos filhos, a honra àqueles que deram toda a
atenção e carinho durante a infância, adolescência e juventude aos filhos,
ainda persistirá. Interessante que, logo após falarem sobre o dever do novo
casal de deixar pai e mãe, Jesus e o apóstolo Paulo acrescentam sempre o
dever de honrá-los (Mt 19.5,19; Mc 10.7,19 e Ef 5.31; 6.2), ou seja, um
mandamento não invalida o outro.
23. FILHOS QUE PODEM MORRER CEDO.
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O primeiro mandamento com promessa é honrar pai e
mãe, porque na primeira infância os filhos ficam, diante de
Deus, com grande dívida com seus pais e o momento
propício para o pagamento é quando os genitores não
puderem mais cuidar de si próprios. Então Deus garante
ao filho atencioso que viverá muito, para poder cuidar de
seus pais na velhice! Dessa maneira, o Senhor harmoniza
as responsabilidades dentro da família. Não há ninguém
sobrecarregado e outro sem nenhuma obrigação. Todos
têm um papel específico. O Senhor é justo.
24. Quando o filho deixar os
pais para construir um
novo lar, pode esquecer
o que seus genitores
fizeram por ele durante a
vida?
25. Sobre os filhos penderá,
sempre, o dever de honrar
os pais até o fim, entretanto
o dever de estarem em
submissão cessa com o
casamento do filho.
26. Os pais e filhos que forem fiéis ao
mandamento mais antigo de Deus para a
família - ao casar, deixar pai e mãe -
desfrutarão do ciclo da vida familiar em
conformidade com a vontade do Criador. E
isso é muito bom e proveitoso. Obedecer às
ordens do Senhor não é um peso, mas um
privilégio, pois a obediência garante um
futuro de paz e a fruição de toda a sorte de
bênçãos divinas (Lv 26.3-10).
CONCLUSÃO
27. Horadarevisão
1. Qual o primeiro mandamento com promessa?
"Honrar pai e mãe" (Êx 20.12).
2. Segundo a lição, em que consiste o fenômeno da
individuação?
É o fenômeno através do qual um organismo se singulariza
dentro da espécie, sem abandonar as características comuns
dos seus pares.
3. Como os pais devem tratar os seus filhos casados?
Podem aconselhar, mas não interferir.
4. Por que os filhos devem deixar o lar após o casamento?
Para dar início a um novo ciclo familiar.
5. Quais tipos de afastamentos, entre pais e filhos, devem ser
feitos após o casamento?
Afastamentos geográfico, psicológico e financeiro.