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Morfofisiologia do sistema
Sensorial
Informações e Sentidos
Estímulos ambientais e percepção sensorial
a) Energia eletromagnética e térmica:
luz, radiação infravermelha, elétrica e
magnética;
b) Energia e força mecânicas:
som/sonar, tato e vibração, pressão,gravidade,
inércia;
c) Agentes químicos:
paladar, olfato e umidade
• Embora haja uma ampla variedade de
estímulos e enormes diferenças estruturais
dos órgãos sensoriais a sequência geral de
eventos será a mesma;
• Estruturas acessórias complexas (olhos e
ouvidos) e simples (receptores táteis da pele);

FIGURA 13.1
Sistemas sensoriais
Vias sensoriais >> ativados por estímulos ambientais
Os receptores no sistema visual, gustativo e auditivo são
células epiteliais especializadas
Os receptores do sistema somatossensorial e olfativo são
neurônios de 1ª ordem
Neurônios de 1ª ordem são os mais próximos aos
receptores sensoriais e os de 4ª ordem, são os mais
próximos ao SNC
Tipos de receptores
Mecanorreceptores (ligados à pressão e inclui os
barorreceptores)
Fotorreceptores
Quimiorreceptores
Termorreceptores
Nocirreceptores
Transdução sensorial >> é o processo pelo qual um
estímulo do ambiente ativa um receptor e é
convertido em atividade elétrica
Estímulo >> provoca abertura ou fechamento dos
canais iônicos da membrana do receptor
sensorial, mudando a corrente iônica
A modificação da polaridade elétrica no potencial de
membrana, é chamada de potencial receptor ou
potencial gerador (não é potencial de ação)
Código sensorial ou codificação sensorial
(Codifica os estímulos do ambiente)
Características que podem ser codificadas:
a) Modalidade >> estímulo é frequentemente codificado
pelas rotas específicas
Exemplo: via neuronal dedicada à visão se inicia nos
receptores na retina, portanto, essa via não é ativada
por estímulos auditivos ou olfativos
b) Localização
c) Limiar >> estímulo mínimo que é detectado
d) Intensidade
e) Duração
Adaptação dos receptores sensoriais
Adaptação >> observada quando um estímulo constante é
aplicado em um período de tempo

Sistema somatossensorial e dor
Processa informação sobre tato, posição, dor e
temperatura
Sentidos gerais:
Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e
propriocepção;
a) Sensações viscerais: sensações de fome e sede =
indicam deficiência nutricional e hídrica  equilíbrio
de fluidos corporais (homeostasia);
Geralmente originadas em órgãos cavitários como trato
gastrointestinal e porções do trato urinário 
receptores elásticos = detecção de alterações
(extensão da parede) provocadas por bolhas no
intestino, cálculo ou litíase = DOR!!! “dor referida”.
Sensação de bexiga cheia;
Pleura e peritônio  vários receptores sensoriais 
pleurite ou peritonite resultam em dores severas.
Sentidos gerais:
Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e propriocepção;

b) Tato (toque e pressão) = sensação de algo em
contato com a superfície do corpo;

mecanorreceptores
Sistema do cordão dorsal e sistema anterolateral
(espinotalâmico)

S. cordão dorsal – usado para transmitir informações
somatossensoriais sobre tato discriminativo,
pressão, vibração, discriminação de dois pontos e
propriocepção

S. anterolateral (espinotalâmico) – informação
somatossensoriais sobre dor, temperatura e toque
suave
Dor Referida (origem visceral)
A dor é “referida” de acordo com a regra de
Dermátomo, que estabelece que as áreas cutâneas
são inervadas por nervos originados nos mesmos
segmentos da medula espinal que aqueles que
inervam as vísceras.
Ex.: - dor isquêmica do coração é referida no tórax ou no
ombro
- dor na vesícula biliar é referida no abdômen
- dor no rim é referida na região lombar
Sentidos gerais:
Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e propriocepção;

c) Temperatura
Termorreceptores para aumento e diminuição de
temperaturas  correção de hipo e hipertermia;
Receptores:
Superficial = localizados na epiderme 
envolvimento da consciência quando as
temperaturas saem do equilíbrio (homeostase);
Centrais = monitoramento através da temperatura
do sangue e localizados no hipotálamo;
T° retal é a mais indicada como temperatura central
do corpo, método considerado menos invasivo,
para animais, CALMA!!!;
Sentidos gerais:
Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e
propriocepção;
c) Temperatura
Termorregulação  início de correção pelo SNC:
Controle de fluxo sanguíneo da epiderme e
hipoderme;
Sudorese;
Piloereção;
Termogênese;
Aumento de hormônios da tireóide (aumento da
TMB);
Controle comportamental;
Sentidos gerais:
Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e
propriocepção;
d) Dor = nociceptores localizados no interior e
superfície corporal, exceto no cérebro!!! (algumas
cirurgias cerebrais são realizadas com pacientes acordados somente com
anestesia local);

Detectam substâncias tóxicas e/ou eventos
nocivos;
1º passo para a nocicepção é a transdução =
conversão do estímulo doloroso para estímulo
nervoso;
2º passo é a transmissão do impulso nervoso
para a medula espinhal;
Percepção da dor
3º passo é a modulação  permite amplificar ou
suprimir os impulsos sensoriais  importantes e
casos de dores crônicas;
4º passo é a percepção  córtex cerebral e outras
áreas envolvidas no SNA (luta ou fuga, medo e
ansiedade, memória, comportamento e emoção);
efeitos no bem-estar animal;
Diferenças na sensação de dor em diferentes pessoas
(pacientes/doenças), espécies e raças animais;
Instinto de sobrevivência dos animais faz com que os
mesmos escondam a dor;
Sentidos gerais:
Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e
propriocepção;
d) Dor
Anestesia, analgesia???
Anestesia é a perda de estesia (perceber ou sentir
algo);
Local = bloqueio de impulsos nervosos locais;
Geral = perda da consciência e necessidade de
monitoramento de sistemas vitais como
respiratório e cardiovascular;
Analgesia = percepção à dor diminuída e não
ausente; realizada através de drogas analgésicas
(aspirina, morfina).
Sentidos gerais:
Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e
propriocepção;
d) Dor
Algumas classificações para a dor:
Superficial (áreas cutâneas e subcutâneas);
Profunda (músculos e articulações);
Visceral;
Ou classificada em aguda (forte e intensa) ou
crônica (lenta e imprecisa);
Nocirreceptores
>> são ativados >>substância P é liberada >>
vasodilatação local, aumento da
permeabilidade capilar, seguidos de
vermelhidão, calor e edema

**opiáceos – inibem liberação de substância P
Sentidos gerais:
Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e propriocepção;

e) Propriocepção:
Senso de propriocepção permite o senso da
posição e do movimento do corpo;
Onde estão os seus braços e pernas neste
momento?
Opera em nível subconsciente;
Importante durante avaliação de lesão do SNC;
Sentidos gerais:
Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e propriocepção;

e) Propriocepção:
Fornece informações ao SNC sobre os
movimentos dos membros, as posições das
articulações, o estado de contração dos
músculos e quantidade de tensão a ser
exercida sobre tendões e ligamentos =
importante para que o SNC envie a combinação
adequada de impulsos nervosos motores para o
alcance de bons movimentos corporais;
• Sentidos especiais:
Paladar ou gustativo  detecta sentido químico;
Localizado na boca  botões gustativos  papilas
(língua, mucosa bucal e faringe);
Substâncias químicas dissolvidas na saliva entram
em contatos com os processos sensoriais 
impulsos nervosos  cérebro  interpretados
como sabores específicos.
Animais não-humanos sentem gosto como nós?
Os animais diferem entre si no tocante a sentir
gosto?
Paladar (gustação)
Substâncias químicas são detectadas e transduzidas por
quimiorreceptores localizados nos corpúsculos
gustativos
Sabores:
- Salgado
- Doce
- Azedo
- Amargo
- UMAMI???
• Sentidos especiais:
Olfato ou sentido olfativo  sentido químico;
Semelhante ao paladar;
Moléculas de odor se dissolvem no muco e
entram em contato com processos
semelhantes a pelos (dendritos modificados) =
geração de impulsos nervosos  cérebro 
interpretação de odores específicos.
Epitélio e receptores olfativos

Epitélio:
- células de sustentação
- células basais
- células receptoras olfativas
- células receptoras olfativas – também são
neurônios primários aferentes, locais de contato,
detecção e transmissão dos odores
c. receptoras olfativas- sofrem contínua neurogênese
(únicos neurônios dos humanos adultos que são
continuamente substituídos)
Transdução olfativa – envolve a conversão de um sinal
químico em um sinal elétrico que possa ser
transmitido ao SNC
AUDIÇÃO

Envolve a transdução das ondas sonoras em sinal
elétrico, que então pode ser transmitido no sistema
nervoso

Som é transmitido por ondas de compressão (
pressão) e descompressão ( pressão), que são
transmitidas em um meio elástico (ar ou água)
Unidade utilizada para expressar a pressão do som
decibéis (dB)

=

Frequência do som é medida em ciclos por segundo, ou
Hertz (Hz)

O ouvido é sensível à tons com frequências entre 20 e
20.000 Hz e é mais sensível entre 2.000 e 5.000 Hz
Aparelho = decibelímetro
• Sentidos especiais:
ou sentido auditivo

• Audição
sentido
mecânico;
• Conversão das vibrações das moléculas do ar em
sentidos nervosos  interpretados como som;
• Divisão física ou funcional da orelha ou pavilhão
auditivo:
- orelha externa = funil de captação das vibrações
das ondas sonoras e encaminhá-las ao tímpano;
- orelha média = amplifica e transmite do
tímpano para a orelha interna;
- orelha interna= contém receptores sensoriais,
converte vibrações mecânicas em impulsos
nervosos e, possuem receptores para sentido do
equilíbrio;
• Sentidos especiais:
• estruturas que compõem:
• Orelha externa = pavilhão auditivo+canal
auditivo+membrana timpânica (tímpano);
• Orelha média = área de osso temporal
revestida por membrana de tecido mole;
-preenchida por ar e possui 3 ossículos +
abertura da tuba auditiva que se conecta
com a faringe
– ossículos: martelo, bigorna e estribo;
– ossículos transmitem as vibrações do tímpano
para cóclea = diminuindo a amplitude (tamanho)
das vibrações mas amplificando a força;
• Sentidos especiais:
• estruturas que compõem:
• Orelha externa
• Orelha média
• Tuba auditiva = conecta cavidade da orelha média coma
faringe;
• Função de equilibra a pressão do ar sobre os dois lados
da membrana timpânica;
• Durante deglutição ou bocejo = ajuste da pressão;
Sentidos especiais:
• estruturas que compõem:
• Orelha externa
• Orelha média

• Orelha interna  estruturas que contribuem
para a audição e equilíbrio;
• Porção auditiva situa-se numa cavidade em
forma de espiral no osso temporal = cóclea;
• Dentro da cavidade óssea da cóclea existe
uma porção macia com múltiplas camadas
preenchida por fluido onde se encontra o
órgão receptor da audição = órgão de Corti.
Sentidos especiais:
• estruturas que compõem:
• Orelha externa
• Orelha média

• Orelha interna  ducto coclear é preenchido
por endolinfa;
• Um tubo em forma de U possui outro fluido, a
perilinfa, e está alocado em ambos os lados
do ducto coclear;
• As
aberturas
das
membranas
nas
extremidades do U, janela oval e redonda,
estão localizadas na base da cóclea;
• O estribo está anexado à janela oval;
Sentidos especiais:
• estruturas que compõem:
• Orelha externa
• Orelha média

• Orelha interna  órgão de Corti percorre
todo o ducto coclear sobre uma plataforma
chamada de membrana basilar;
• Membrana basilar = células ciliadas + células
de apoio + membrana tectorial;
Sentidos especiais:
•
•
•
•

estruturas que compõem:
Orelha externa
Orelha média
Orelha interna 

Ondas sonoras  tímpano  ossículos  vibração do
estribo para frente e para trás  movimentação da
membrana que cobre a janela oval da cóclea
perilinfa em torno do ducto coclear vibre para frente e
para trás  movimento do ducto coclear 
membrana tectorial e células ciliadas do órgão de Corti
se esfregam entre si = dobram os pelos sensoriais,
geram impulsos nervosos  cérebro  interpretados
como som.
*A membrana que cobre a janela redonda funciona como um
“amortecedor” a medida que o fluido se move para frente e para trás.
Sentidos especiais:
• estruturas que compõem:
• Orelha externa
• Orelha média

• Orelha interna 
Diferentes frequências das vibrações das ondas
sonoras estimulam diferentes áreas ao longo do
órgão de Corti;
Áreas próximas da janela oval = sons de alta
frequência (altos);
Área da ponta da cóclea = sons de baixa frequência
(baixos);
Impulsos nervosos gerados em diferentes áreas do
órgão auxilia o cérebro a distinguir os “sons”;
Equilíbrio
• Receptores localizados nas porções da orelha
interna = vestíbulo e canais semicirculares;
• A manutenção do equilíbrio envolve também
informações vindas dos olhos e dos
proprioceptores;
Equilíbrio
• Vestíbulo  porção da orelha interna situada
entre a cóclea e os canais semicirculares;
• Composto por dois espaços (“sacos”) = utrículo e
sáculo, são contínuos com o ducto coclear da
cóclea e preenchidos de endolinfa e rodeados por
perilinfa;
• Utrículo e sáculo possuem fragmento de epitélio
sensorial = mácula;
• Mácula = células ciliadas + células de apoio
cobertas por matriz gelatinosa contendo cristais
de carbonato de cálcio (otólitos);
Equilíbrio
• A gravidade faz com que os otólitos e a matriz
gelatinosa promovam pressão constante sobre os
pelos sensoriais (cabeça imóvel);

• Movimento da cabeça = movimento dos pelos
sensoriais = impulsos nervosos no cérebro =
informações sobre posição da cabeça
Equilíbrio
• Canais semicirculares  situado no lado oposto
ao vestíbulo da cóclea;
• Cada canal s. é orientado em um diferente plano,
perpendicular aos outros dois;
• Dentro do canal semicircular ósseo há um tubo
de endolinfa membranoso, rodeado por perilinfa;
– *obs.: cada uma das estruturas da orelha interna
preenchida por endolinfa é contínua, assim como as
estruturas preenchidas por perilinfa;

• No final da cada canal, próximo do utrículo há um
alargamento = ampola = contém receptores
(crista ampullaris ou crista);
Equilíbrio
• canais semicirculares:
• A crista é fixada em uma estrutura gelatinosa
chamada de cúpula;
• Cúpula = bóia que se move com a endolinfa no canal
membranoso;
• Quando a cabeça se move no plano de um dos
canais, a inércia faz com que a endolinfa fique para
trás do movimento do seu canal (“ semelhante a inclinar um
copo com água e gelo, o vidro gira mas o líquido e o gelo ficam para trás”);

• O movimento relativo da endolinfa puxa a cúpula
fazendo os pelos sensoriais se dobrarem, gerando
impulsos no cérebro e fornecendo informações sobre
movimento da cabeça, principalmente rotativo;
Equilíbrio
• Resumindo:
Sistema vestibular promove o movimento de
rotação da cabeça com os canais semicirculares, o
movimento linear, bem como a posição da cabeça
com o vestíbulo;
Integração das informações faz com que o cérebro
“entenda” o que está acontecendo com a cabeça
e, consequentemente, com o corpo todo;
VISÃO
Sistema visual detecta e interpreta o estímulo luminoso
(ondas eletromagnéticas)
Luz visível: entre 400 e 750 nanômetros
Olho distingue duas qualidades da luz: brilho e
comprimento de onda
Receptores sensoriais – fotorreceptores (retina):
bastonetes e cones
• VISÃO
• Visão ≈ câmera
• Cobertura para as lentes (pálpebras);
• “janela” para permitir entrada de luz (córnea);
• Diafragma ajustável para controlar a quantidade
de entrada de luz (irís);
• Uma lente que pode ser focalizada, detectores
de luz na qual a imagem é formada (bastonetes e
cones na retina);
• Cabo para carregar as imagens a um gravador
(nervo óptico);
Camadas do globo ocular
• Camada fibrosa: camada exterior do olho que
permite a passagem de luz;
Composta por:
• córnea = “janela” transparente, arranjo de
fibras de colágeno sem vasos;
• Esclera = “branco” do olho, denso tecido
conjuntivo fibroso;
Camadas do globo ocular
• Camada vascular ou úvea;
Composta de coroide, íris e corpo ciliar:
• Coroide  situada entre a esclera e a retina;
• Pigmentos (maioria melanina) e vasos que
suprem a retina;
• Coroide (exceto em suínos e humanos) forma
uma área altamente reflexiva = tapete lúcido
 responsável pela reflexão de luz quando
apontamos uma lanterna para o animal
durante a noite;
Camadas do globo ocular
• Camada vascular ou úvea;
Composta de coroide, íris e corpo ciliar:
Íris = parte colorida do olho, diafragma muscular
pigmentado que controla entrada de luz no
olho;
Abertura no centro da íris = pupila;
Sob controle SNA  fibras musculares lisas
multiunitárias: fibras radiais (ampliam a
pupila/midríase) e circulares (reduzem a
pupila/miose);
Camadas do globo ocular
• Camada vascular ou úvea;
Composta de coroide, íris e corpo ciliar:
corpo ciliar  estrutura em forma de anel
situada atrás da íris que possuem minúsculos
músculos que ajustam a lente (visão de perto
e de longe);
Camadas do globo ocular
• Camada nervosa  camada nervosa interior =
retina = parte de trás do olho = filme;
• Contém os reais receptores sensoriais =
bastonetes e cones;
Globo ocular
• Possui dois compartimentos aquosos:
• Humor aquoso = fluido (mais líquido) que está
na frente da lente ou cristalino e do corpo
ciliar;
• Humor vítreo ou corpo vítreo = fluido (mais
gelatinoso) que está atrás da lente ou
cristalino e do corpo ciliar;
• Canal de Schlemm = drena o fluido de volta a
corrente sanguínea
Lente (cristalino)
• Ajuda a focar a imagem nítida sobre a retina,
independente se o objeto está perto ou longe,
com auxílio de músculos do corpo ciliar =
acomodação;
Miopia = falta de
visão de longe;
Hipermetropia =
falta de visão de
perto;
Retina
• “filme na câmera”  onde a imagem é
formada, sentida e convertida em impulsos
nervosos e decodificados no cérebro;
• As fibras nervosas de dentro da superfície da
retina convergem para o disco óptico  lugar
onde deixam o olho para formar o nervo
óptico = não possuem células fotorreceptoras
= ponto cego do olho;
Cones e bastonetes
• Bastonetes são mais sensíveis à luz do que os cones;
• Formam imagens um pouco grosseira em tons de cinza;
• Cones são mais sensíveis à cores e detalhes mas não
funcionam com pouca luz;
• Animais domésticos não são cegos para cores eles
apenas enxergam as cores pálidas e desbotadas
(“fotografia velha”);
• Animais domésticos não percebem detalhes como nós
 somente primatas (humanos) possuem um acúmulo
denso de cones em uma depressão chamada fóvea
central” no centro da retina;
• “para os animais, o nosso
senso limitado do olfato
parece tão deficiente quanto
as suas limitações visuais
parecem para nós” (Colville e
Bassert, 2010)
Formação da imagem
• Imagem deve ser formada clara na retina para ser
transmitida ao cérebro;
• Estruturas dever refratar (curvar) os raios luminosos
para que entrem em foco na retina;
• Refração = é a flexão dos raios luminosos, que ocorre
com o passar dos raios para um meio de diferente
densidade óptica, o que afeta a velocidade da
transmissão luminosa;
• Meios refratores do olho que ajudam a formar a
imagem na retina = córnea (principal), humor aquoso,
cristalino e humor vítreo;
• Imagem é formada na retina invertida “de cabeça para
baixo” e o cérebro corrige;
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Morfofisiologia do sistema sensorial

  • 2.
  • 3. Informações e Sentidos Estímulos ambientais e percepção sensorial a) Energia eletromagnética e térmica: luz, radiação infravermelha, elétrica e magnética; b) Energia e força mecânicas: som/sonar, tato e vibração, pressão,gravidade, inércia; c) Agentes químicos: paladar, olfato e umidade
  • 4. • Embora haja uma ampla variedade de estímulos e enormes diferenças estruturais dos órgãos sensoriais a sequência geral de eventos será a mesma; • Estruturas acessórias complexas (olhos e ouvidos) e simples (receptores táteis da pele); FIGURA 13.1
  • 5. Sistemas sensoriais Vias sensoriais >> ativados por estímulos ambientais Os receptores no sistema visual, gustativo e auditivo são células epiteliais especializadas Os receptores do sistema somatossensorial e olfativo são neurônios de 1ª ordem Neurônios de 1ª ordem são os mais próximos aos receptores sensoriais e os de 4ª ordem, são os mais próximos ao SNC
  • 6. Tipos de receptores Mecanorreceptores (ligados à pressão e inclui os barorreceptores) Fotorreceptores Quimiorreceptores Termorreceptores Nocirreceptores
  • 7.
  • 8. Transdução sensorial >> é o processo pelo qual um estímulo do ambiente ativa um receptor e é convertido em atividade elétrica Estímulo >> provoca abertura ou fechamento dos canais iônicos da membrana do receptor sensorial, mudando a corrente iônica A modificação da polaridade elétrica no potencial de membrana, é chamada de potencial receptor ou potencial gerador (não é potencial de ação)
  • 9.
  • 10. Código sensorial ou codificação sensorial (Codifica os estímulos do ambiente) Características que podem ser codificadas: a) Modalidade >> estímulo é frequentemente codificado pelas rotas específicas Exemplo: via neuronal dedicada à visão se inicia nos receptores na retina, portanto, essa via não é ativada por estímulos auditivos ou olfativos
  • 11. b) Localização c) Limiar >> estímulo mínimo que é detectado d) Intensidade e) Duração
  • 12. Adaptação dos receptores sensoriais Adaptação >> observada quando um estímulo constante é aplicado em um período de tempo Sistema somatossensorial e dor Processa informação sobre tato, posição, dor e temperatura
  • 13. Sentidos gerais: Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e propriocepção; a) Sensações viscerais: sensações de fome e sede = indicam deficiência nutricional e hídrica  equilíbrio de fluidos corporais (homeostasia); Geralmente originadas em órgãos cavitários como trato gastrointestinal e porções do trato urinário  receptores elásticos = detecção de alterações (extensão da parede) provocadas por bolhas no intestino, cálculo ou litíase = DOR!!! “dor referida”. Sensação de bexiga cheia; Pleura e peritônio  vários receptores sensoriais  pleurite ou peritonite resultam em dores severas.
  • 14. Sentidos gerais: Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e propriocepção; b) Tato (toque e pressão) = sensação de algo em contato com a superfície do corpo; mecanorreceptores
  • 15.
  • 16.
  • 17. Sistema do cordão dorsal e sistema anterolateral (espinotalâmico) S. cordão dorsal – usado para transmitir informações somatossensoriais sobre tato discriminativo, pressão, vibração, discriminação de dois pontos e propriocepção S. anterolateral (espinotalâmico) – informação somatossensoriais sobre dor, temperatura e toque suave
  • 18.
  • 19. Dor Referida (origem visceral) A dor é “referida” de acordo com a regra de Dermátomo, que estabelece que as áreas cutâneas são inervadas por nervos originados nos mesmos segmentos da medula espinal que aqueles que inervam as vísceras. Ex.: - dor isquêmica do coração é referida no tórax ou no ombro - dor na vesícula biliar é referida no abdômen - dor no rim é referida na região lombar
  • 20. Sentidos gerais: Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e propriocepção; c) Temperatura Termorreceptores para aumento e diminuição de temperaturas  correção de hipo e hipertermia; Receptores: Superficial = localizados na epiderme  envolvimento da consciência quando as temperaturas saem do equilíbrio (homeostase); Centrais = monitoramento através da temperatura do sangue e localizados no hipotálamo; T° retal é a mais indicada como temperatura central do corpo, método considerado menos invasivo, para animais, CALMA!!!;
  • 21. Sentidos gerais: Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e propriocepção; c) Temperatura Termorregulação  início de correção pelo SNC: Controle de fluxo sanguíneo da epiderme e hipoderme; Sudorese; Piloereção; Termogênese; Aumento de hormônios da tireóide (aumento da TMB); Controle comportamental;
  • 22. Sentidos gerais: Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e propriocepção; d) Dor = nociceptores localizados no interior e superfície corporal, exceto no cérebro!!! (algumas cirurgias cerebrais são realizadas com pacientes acordados somente com anestesia local); Detectam substâncias tóxicas e/ou eventos nocivos; 1º passo para a nocicepção é a transdução = conversão do estímulo doloroso para estímulo nervoso; 2º passo é a transmissão do impulso nervoso para a medula espinhal;
  • 23. Percepção da dor 3º passo é a modulação  permite amplificar ou suprimir os impulsos sensoriais  importantes e casos de dores crônicas; 4º passo é a percepção  córtex cerebral e outras áreas envolvidas no SNA (luta ou fuga, medo e ansiedade, memória, comportamento e emoção); efeitos no bem-estar animal; Diferenças na sensação de dor em diferentes pessoas (pacientes/doenças), espécies e raças animais; Instinto de sobrevivência dos animais faz com que os mesmos escondam a dor;
  • 24. Sentidos gerais: Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e propriocepção; d) Dor Anestesia, analgesia??? Anestesia é a perda de estesia (perceber ou sentir algo); Local = bloqueio de impulsos nervosos locais; Geral = perda da consciência e necessidade de monitoramento de sistemas vitais como respiratório e cardiovascular; Analgesia = percepção à dor diminuída e não ausente; realizada através de drogas analgésicas (aspirina, morfina).
  • 25. Sentidos gerais: Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e propriocepção; d) Dor Algumas classificações para a dor: Superficial (áreas cutâneas e subcutâneas); Profunda (músculos e articulações); Visceral; Ou classificada em aguda (forte e intensa) ou crônica (lenta e imprecisa);
  • 26. Nocirreceptores >> são ativados >>substância P é liberada >> vasodilatação local, aumento da permeabilidade capilar, seguidos de vermelhidão, calor e edema **opiáceos – inibem liberação de substância P
  • 27. Sentidos gerais: Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e propriocepção; e) Propriocepção: Senso de propriocepção permite o senso da posição e do movimento do corpo; Onde estão os seus braços e pernas neste momento? Opera em nível subconsciente; Importante durante avaliação de lesão do SNC;
  • 28. Sentidos gerais: Sensações viscerais, tato, temperatura, dor e propriocepção; e) Propriocepção: Fornece informações ao SNC sobre os movimentos dos membros, as posições das articulações, o estado de contração dos músculos e quantidade de tensão a ser exercida sobre tendões e ligamentos = importante para que o SNC envie a combinação adequada de impulsos nervosos motores para o alcance de bons movimentos corporais;
  • 29. • Sentidos especiais: Paladar ou gustativo  detecta sentido químico; Localizado na boca  botões gustativos  papilas (língua, mucosa bucal e faringe); Substâncias químicas dissolvidas na saliva entram em contatos com os processos sensoriais  impulsos nervosos  cérebro  interpretados como sabores específicos. Animais não-humanos sentem gosto como nós? Os animais diferem entre si no tocante a sentir gosto?
  • 30. Paladar (gustação) Substâncias químicas são detectadas e transduzidas por quimiorreceptores localizados nos corpúsculos gustativos Sabores: - Salgado - Doce - Azedo - Amargo - UMAMI???
  • 31.
  • 32. • Sentidos especiais: Olfato ou sentido olfativo  sentido químico; Semelhante ao paladar; Moléculas de odor se dissolvem no muco e entram em contato com processos semelhantes a pelos (dendritos modificados) = geração de impulsos nervosos  cérebro  interpretação de odores específicos.
  • 33. Epitélio e receptores olfativos Epitélio: - células de sustentação - células basais - células receptoras olfativas
  • 34. - células receptoras olfativas – também são neurônios primários aferentes, locais de contato, detecção e transmissão dos odores c. receptoras olfativas- sofrem contínua neurogênese (únicos neurônios dos humanos adultos que são continuamente substituídos) Transdução olfativa – envolve a conversão de um sinal químico em um sinal elétrico que possa ser transmitido ao SNC
  • 35.
  • 36. AUDIÇÃO Envolve a transdução das ondas sonoras em sinal elétrico, que então pode ser transmitido no sistema nervoso Som é transmitido por ondas de compressão ( pressão) e descompressão ( pressão), que são transmitidas em um meio elástico (ar ou água)
  • 37. Unidade utilizada para expressar a pressão do som decibéis (dB) = Frequência do som é medida em ciclos por segundo, ou Hertz (Hz) O ouvido é sensível à tons com frequências entre 20 e 20.000 Hz e é mais sensível entre 2.000 e 5.000 Hz Aparelho = decibelímetro
  • 38. • Sentidos especiais: ou sentido auditivo • Audição sentido mecânico; • Conversão das vibrações das moléculas do ar em sentidos nervosos  interpretados como som; • Divisão física ou funcional da orelha ou pavilhão auditivo: - orelha externa = funil de captação das vibrações das ondas sonoras e encaminhá-las ao tímpano; - orelha média = amplifica e transmite do tímpano para a orelha interna; - orelha interna= contém receptores sensoriais, converte vibrações mecânicas em impulsos nervosos e, possuem receptores para sentido do equilíbrio;
  • 39. • Sentidos especiais: • estruturas que compõem: • Orelha externa = pavilhão auditivo+canal auditivo+membrana timpânica (tímpano); • Orelha média = área de osso temporal revestida por membrana de tecido mole; -preenchida por ar e possui 3 ossículos + abertura da tuba auditiva que se conecta com a faringe – ossículos: martelo, bigorna e estribo; – ossículos transmitem as vibrações do tímpano para cóclea = diminuindo a amplitude (tamanho) das vibrações mas amplificando a força;
  • 40. • Sentidos especiais: • estruturas que compõem: • Orelha externa • Orelha média • Tuba auditiva = conecta cavidade da orelha média coma faringe; • Função de equilibra a pressão do ar sobre os dois lados da membrana timpânica; • Durante deglutição ou bocejo = ajuste da pressão;
  • 41.
  • 42. Sentidos especiais: • estruturas que compõem: • Orelha externa • Orelha média • Orelha interna  estruturas que contribuem para a audição e equilíbrio; • Porção auditiva situa-se numa cavidade em forma de espiral no osso temporal = cóclea; • Dentro da cavidade óssea da cóclea existe uma porção macia com múltiplas camadas preenchida por fluido onde se encontra o órgão receptor da audição = órgão de Corti.
  • 43.
  • 44. Sentidos especiais: • estruturas que compõem: • Orelha externa • Orelha média • Orelha interna  ducto coclear é preenchido por endolinfa; • Um tubo em forma de U possui outro fluido, a perilinfa, e está alocado em ambos os lados do ducto coclear; • As aberturas das membranas nas extremidades do U, janela oval e redonda, estão localizadas na base da cóclea; • O estribo está anexado à janela oval;
  • 45.
  • 46. Sentidos especiais: • estruturas que compõem: • Orelha externa • Orelha média • Orelha interna  órgão de Corti percorre todo o ducto coclear sobre uma plataforma chamada de membrana basilar; • Membrana basilar = células ciliadas + células de apoio + membrana tectorial;
  • 47. Sentidos especiais: • • • • estruturas que compõem: Orelha externa Orelha média Orelha interna  Ondas sonoras  tímpano  ossículos  vibração do estribo para frente e para trás  movimentação da membrana que cobre a janela oval da cóclea perilinfa em torno do ducto coclear vibre para frente e para trás  movimento do ducto coclear  membrana tectorial e células ciliadas do órgão de Corti se esfregam entre si = dobram os pelos sensoriais, geram impulsos nervosos  cérebro  interpretados como som. *A membrana que cobre a janela redonda funciona como um “amortecedor” a medida que o fluido se move para frente e para trás.
  • 48. Sentidos especiais: • estruturas que compõem: • Orelha externa • Orelha média • Orelha interna  Diferentes frequências das vibrações das ondas sonoras estimulam diferentes áreas ao longo do órgão de Corti; Áreas próximas da janela oval = sons de alta frequência (altos); Área da ponta da cóclea = sons de baixa frequência (baixos); Impulsos nervosos gerados em diferentes áreas do órgão auxilia o cérebro a distinguir os “sons”;
  • 49.
  • 50. Equilíbrio • Receptores localizados nas porções da orelha interna = vestíbulo e canais semicirculares; • A manutenção do equilíbrio envolve também informações vindas dos olhos e dos proprioceptores;
  • 51. Equilíbrio • Vestíbulo  porção da orelha interna situada entre a cóclea e os canais semicirculares; • Composto por dois espaços (“sacos”) = utrículo e sáculo, são contínuos com o ducto coclear da cóclea e preenchidos de endolinfa e rodeados por perilinfa; • Utrículo e sáculo possuem fragmento de epitélio sensorial = mácula; • Mácula = células ciliadas + células de apoio cobertas por matriz gelatinosa contendo cristais de carbonato de cálcio (otólitos);
  • 52.
  • 53. Equilíbrio • A gravidade faz com que os otólitos e a matriz gelatinosa promovam pressão constante sobre os pelos sensoriais (cabeça imóvel); • Movimento da cabeça = movimento dos pelos sensoriais = impulsos nervosos no cérebro = informações sobre posição da cabeça
  • 54.
  • 55. Equilíbrio • Canais semicirculares  situado no lado oposto ao vestíbulo da cóclea; • Cada canal s. é orientado em um diferente plano, perpendicular aos outros dois; • Dentro do canal semicircular ósseo há um tubo de endolinfa membranoso, rodeado por perilinfa; – *obs.: cada uma das estruturas da orelha interna preenchida por endolinfa é contínua, assim como as estruturas preenchidas por perilinfa; • No final da cada canal, próximo do utrículo há um alargamento = ampola = contém receptores (crista ampullaris ou crista);
  • 56.
  • 57. Equilíbrio • canais semicirculares: • A crista é fixada em uma estrutura gelatinosa chamada de cúpula; • Cúpula = bóia que se move com a endolinfa no canal membranoso; • Quando a cabeça se move no plano de um dos canais, a inércia faz com que a endolinfa fique para trás do movimento do seu canal (“ semelhante a inclinar um copo com água e gelo, o vidro gira mas o líquido e o gelo ficam para trás”); • O movimento relativo da endolinfa puxa a cúpula fazendo os pelos sensoriais se dobrarem, gerando impulsos no cérebro e fornecendo informações sobre movimento da cabeça, principalmente rotativo;
  • 58.
  • 59.
  • 60.
  • 61. Equilíbrio • Resumindo: Sistema vestibular promove o movimento de rotação da cabeça com os canais semicirculares, o movimento linear, bem como a posição da cabeça com o vestíbulo; Integração das informações faz com que o cérebro “entenda” o que está acontecendo com a cabeça e, consequentemente, com o corpo todo;
  • 62. VISÃO Sistema visual detecta e interpreta o estímulo luminoso (ondas eletromagnéticas) Luz visível: entre 400 e 750 nanômetros Olho distingue duas qualidades da luz: brilho e comprimento de onda Receptores sensoriais – fotorreceptores (retina): bastonetes e cones
  • 63.
  • 64. • VISÃO • Visão ≈ câmera • Cobertura para as lentes (pálpebras); • “janela” para permitir entrada de luz (córnea); • Diafragma ajustável para controlar a quantidade de entrada de luz (irís); • Uma lente que pode ser focalizada, detectores de luz na qual a imagem é formada (bastonetes e cones na retina); • Cabo para carregar as imagens a um gravador (nervo óptico);
  • 65.
  • 66. Camadas do globo ocular • Camada fibrosa: camada exterior do olho que permite a passagem de luz; Composta por: • córnea = “janela” transparente, arranjo de fibras de colágeno sem vasos; • Esclera = “branco” do olho, denso tecido conjuntivo fibroso;
  • 67. Camadas do globo ocular • Camada vascular ou úvea; Composta de coroide, íris e corpo ciliar: • Coroide  situada entre a esclera e a retina; • Pigmentos (maioria melanina) e vasos que suprem a retina; • Coroide (exceto em suínos e humanos) forma uma área altamente reflexiva = tapete lúcido  responsável pela reflexão de luz quando apontamos uma lanterna para o animal durante a noite;
  • 68. Camadas do globo ocular • Camada vascular ou úvea; Composta de coroide, íris e corpo ciliar: Íris = parte colorida do olho, diafragma muscular pigmentado que controla entrada de luz no olho; Abertura no centro da íris = pupila; Sob controle SNA  fibras musculares lisas multiunitárias: fibras radiais (ampliam a pupila/midríase) e circulares (reduzem a pupila/miose);
  • 69.
  • 70. Camadas do globo ocular • Camada vascular ou úvea; Composta de coroide, íris e corpo ciliar: corpo ciliar  estrutura em forma de anel situada atrás da íris que possuem minúsculos músculos que ajustam a lente (visão de perto e de longe);
  • 71.
  • 72. Camadas do globo ocular • Camada nervosa  camada nervosa interior = retina = parte de trás do olho = filme; • Contém os reais receptores sensoriais = bastonetes e cones;
  • 73. Globo ocular • Possui dois compartimentos aquosos: • Humor aquoso = fluido (mais líquido) que está na frente da lente ou cristalino e do corpo ciliar; • Humor vítreo ou corpo vítreo = fluido (mais gelatinoso) que está atrás da lente ou cristalino e do corpo ciliar; • Canal de Schlemm = drena o fluido de volta a corrente sanguínea
  • 74.
  • 75. Lente (cristalino) • Ajuda a focar a imagem nítida sobre a retina, independente se o objeto está perto ou longe, com auxílio de músculos do corpo ciliar = acomodação;
  • 76.
  • 77.
  • 78. Miopia = falta de visão de longe; Hipermetropia = falta de visão de perto;
  • 79. Retina • “filme na câmera”  onde a imagem é formada, sentida e convertida em impulsos nervosos e decodificados no cérebro; • As fibras nervosas de dentro da superfície da retina convergem para o disco óptico  lugar onde deixam o olho para formar o nervo óptico = não possuem células fotorreceptoras = ponto cego do olho;
  • 80.
  • 81.
  • 82. Cones e bastonetes • Bastonetes são mais sensíveis à luz do que os cones; • Formam imagens um pouco grosseira em tons de cinza; • Cones são mais sensíveis à cores e detalhes mas não funcionam com pouca luz; • Animais domésticos não são cegos para cores eles apenas enxergam as cores pálidas e desbotadas (“fotografia velha”); • Animais domésticos não percebem detalhes como nós  somente primatas (humanos) possuem um acúmulo denso de cones em uma depressão chamada fóvea central” no centro da retina;
  • 83.
  • 84. • “para os animais, o nosso senso limitado do olfato parece tão deficiente quanto as suas limitações visuais parecem para nós” (Colville e Bassert, 2010)
  • 85. Formação da imagem • Imagem deve ser formada clara na retina para ser transmitida ao cérebro; • Estruturas dever refratar (curvar) os raios luminosos para que entrem em foco na retina; • Refração = é a flexão dos raios luminosos, que ocorre com o passar dos raios para um meio de diferente densidade óptica, o que afeta a velocidade da transmissão luminosa; • Meios refratores do olho que ajudam a formar a imagem na retina = córnea (principal), humor aquoso, cristalino e humor vítreo; • Imagem é formada na retina invertida “de cabeça para baixo” e o cérebro corrige;
  • 86.
  • 87.
  • 88.
  • 89.
  • 91. Exemplos de receptores da escala animal