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Escola EB 2.3/S de Baião
Curso Profissional de Técnicos de Turismo Ambiental e Rural
Prova de Aptidão Profissional
Contributos para um Plano Estratégico de Animação Turística para o Concelho
de Baião (P.E.A.T.B)
Daniela Azevedo
Maria João Pinto
Rute Teixeira
Susana Carvalheira
Baião / 2010
2
Escola EB 2.3/S de Baião
Curso Profissional de Técnicos de Turismo Ambiental e Rural
Prova de Aptidão Profissional
Contributos para um Plano Estratégico de Animação Turística para o Concelho
de Baião (P.E.A.T.B)
Esta Prova de Aptidão Profissional foi realizada no âmbito do Curso Profissional de Técnicos de Turismo
Ambiental e Rural, orientada pelo professor Fernando Matos Rodrigues, pelas alunas Daniela Azevedo,
Maria João Pinto, Rute Teixeira e Susana Carvalheira.
Baião / 2010
3
Índice
1 – Resumo…………………………………………………………………………………….7
1.2 – Abstract …………………………………………………………………………8
2 – Introduçao …………………………………………………………………………………9
3 – Objectivos deste estudo ………………………………………………………………...10
4 –Metodologia de Suporte ao Desenvolvimento do Estudo ……...…………………….12
5- Enquadramento Territorial de Baião ……………………………………………………15
6– Território de Suporte ao P.E.A.T.B. ………………………………………………….. 16
6.1 –Estruturação do Território
6.1.1 – Sistema Urbano ……………………………………………………….18
6.1.2 – Acessibilidades e Transportes …………………………………….…20
6.1.3 – Ambiente e Recusos Naturais …………………………………....…23
6.1.4 – Cultura ……………………………………………………………....…26
6.1.5 – Turismo ………………………………………………………………...28
7– Análise da Oferta e da Procura Turística
7.1 – A Oferta Turística ……………………………………………………………...30
7.2 – Atractivos Turísticos …………………………………………………………...33
7.3 – Enquadramento Territorial de Marco de Canaveses ……………………....36
7.4 – Oferta de Alojamento Turístico Regional – Marco de Canaveses …….....37
7.5 –Enquadramento Territorial de Amarante …………………………………….38
7.6 – Oferta de Alojamento Turístico Regional - Amarante …………………..….39
7.7 – Oferta de Alojamento Turístico Local ………………………….…….……. .41
7.8 – A Procura Turística ……………………………………………………..… …43
7.9 – Marketing em Turismo ………………………………………………….….…45
7.9.1 – Os Desafios de Marketing únicos na Indústria Turística …....…..47
7.9.2 – Planos de Marketing………………………………………………...48
4
7.9.2.1 – A Análise Ambiental ………………………….………………….50
7.9.2.2 – A Análise Competitiva ………………..……………………..…..50
7.9.2.3 – A Análise das Tendências de Mercado ………………..……..51
7.9.2.4 –Metas e Objectivos Estratégicos ………………………..……..51
7.9.2.5 – Planos de Acção …………………………………………..…….52
8 – Turismo Sustentável e Meio Ambiente
8.1 –Desenvolvimento Sustentável ……………………………..………………..53
8.2 – Sustentabilidade do Turismo …………………………….…………………54
8.2.1 – Limites e Capacidade de Carga………………….………………..54
8.3 – Sustentabilidade como uma Estratégia ………………….…………….....57
9 – Análise e Tipificação da Animação Turística
9.1 – A Animação Turística ……………………………………………………….58
9.2 –Oferta de Animação Turística Regional - Amarante ……………………...59
9.3 – Oferta de Animação Turística Local ……………………………………….60
10– Classificação dos Recursos Turísticos ………………………………………………61
Capítulo II
2 -PLANO ESTRATÉGICO DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA PARA O CONCELHO DE
BAIÃO - P.E.A.T.B.
2.1 – Principios Orientadores……………………………………………………………...72
2.2 – Objectivos
2.2.1 – Objectivos Gerais ..…………………………………………………73
2.2.2 – Objectivos Específicos ……………………………………………74
3–Planeamento do Turismo
3.1 – Necessidade de Planeamento da Actividade Turística ………….75
3.2 – Importância do Planeamento …………………………………………..76
5
4–Aspectos Básicos sobre Planeamento
4.1 – Conceitos ........................................................................................78
4.2 – A Prática..........................................................................................79
4.2.1 –Planeamento .........................................................................82
4.3 – O Processo .....................................................................................84
5– O Processo de Planeamento no Desenvolvimento Turiístico .................................87
5.1 –Reconhecimento e Preparaçao do Estudo .......................................89
5.2 –Estabelecimento de Objectivos ou Metas para a Estratégia .............89
5.3 – Pesquisa sobre Dados Existentes ...................................................90
5.4 – Implementação de Novas Pequisas ................................................90
5.5 – Análise ............................................................................................91
5.5.1 –Avaliação do Potencial Turístico...........................................91
5.6 – Análise de Mercado.........................................................................91
5.6.1 - Planeamento e Desenvolvimento ........................................91
5.6.2 – Avaliação de Impacto ..........................................................91
5.6.3– Política de Acção e Formulação de Planos...........................92
5.7– Recomendações ...............................................................................92
5.8 – Implementaçao do Plano..................................................................92
5.9 – Monitorização e Reformulação.........................................................93
6– Planeamento do Desenvolvimento do Turismo: quando não dá certo....................94
6.1– Fracasso do Plano no Estágio do Projecto........................................94
7– Planeamento do Turismo a Nível Local
7.1– O Turismo e o Município ...................................................................96
7.2– O Papel do Turismo no Âmbito Municipal..........................................98
7.3– Organização do Turismo no Âmbito Municipal ................................100
8– Estrutura de um Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico .........................103
8.1– Elementos Essenciais na Elaboração de um Plano Municipal de Turismo
8.1.1– O Diagnóstico............................................................................103
6
8.1.2– Prognóstico ................................................................................106
8.1.3– Propostas...................................................................................107
8.1.4–Implementação do Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico
.................................................................................................................................107
8.1.5– Avaliação Contínua ....................................................................107
8.2 – Estrutura e Conteúdo de um Plano Municipal de Desenvolvimento
Turístico....................................................................................................................108
9– Análise SWOT .....................................................................................................109
9.1 – Análise SWOT aplicada ao Concelho de Baião...................................112
10 - Alguns Contributos para uma Programação Turística Sustentável e
Alternativa……………………………………………………………………………………115
11 - Apêndice……………………………………………………….………………………117
11.1 - Apêndice Documental………………………………….…………………..117
11.2 - Apêndice Fotográfico…………………………………….………………...147
12 - Bibliografia………………………………………………………….…………………..166
13 - Netgrafia…………………………………………………………….…………………..167
7
1 - Resumo
O nosso trabalho consiste num plano estratégico de animação turística,
incidindo em diversas áreas como o planeamento, a organização e programação
turística.
O turismo está a tornar-se numa força que cresce cada vez mais em
importância na economia mundial constituindo assim, uma forma de desenvolvimento
económico. Esta actividade torna-se num tipo de indústria, que tem exigências e
impactos. Dar uma resposta a essas mesmas exigências, minimizando os impactos
negativos e recebendo as recompensas, formam as metas básicas do planeamento
turístico.
O planeamento tem como intenção, estabelecer condições favoráveis para
alcançar os objectivos propostos, devendo ordenar as acções do homem sobre o
território.
Este planeamento deve ser feito através de uma análise, que evidencie os
pontos fortes e fracos, as oportunidades e as ameaças do meio ambiente, com a
intenção de estabelecer objectivos, estratégias e acções que aumentem a
competitividade, neste caso, a nível turístico.
Neste sentido, o planeamento torna-se numa peça particularmente importante
para o desenvolvimento turístico.
Palavras - Chave: Planeamento, Programação, Ordenamento Turístico no Concelho de Baião
8
1.1 - Abstract
Our work consists on a strategic plan of tourist animation, giving emphasis to
different areas such as tourism planning, organization and programming.
Tourism is becoming a force that is growing increasingly in importance in the
global economy thus constituting a form of economic development. This activity
becomes a kind of industry, which has requirements and impacts. To give a response
to those requirements, minimizing the negative impacts and getting the rewards, form
the basic goals of tourism planning.
The intention of this is to establish favourable conditions for achieving the settled se
objectives and should guide the man's actions on the territory.
This planning must be done through an analysis showing the strengths and
weaknesses, opportunities and threats to the environment, with the intention of
establishing objectives, strategies and actions to increase competitiveness, in a tourism
level.
In this sense, planning becomes a particularly important part of tourism development.
Key – Words: Planning, Programming, Tourist Planning in Baião
9
2 - Introdução
Este trabalho, realizado no âmbito do Curso Profissional de Técnicos de
Turismo Ambiental e Rural, tem como principal objectivo contribuir para a
discussão e implementação no concelho de Baião de uma estratégia de
animação e programação de desenvolvimento turístico.
Esta avaliação – diagnóstico do produto turístico de Baião contrasta com
inúmeras possibilidades de diversificação da oferta turística presente na análise
das potencialidades e dos recursos naturais e culturais, que embora existentes
não são efectivamente utilizados.
Também é igualmente objectivo deste relatório / instrumento potenciar
mecanismos que através da introdução de novos produtos no mercado da
oferta turística, permitam ampliar o volume de oportunidades de negócio e
incentivar o circuito económico local, promovendo e detectando novas
oportunidades de negócio.
Neste sentido, considera-se pertinente abordar as questões relacionadas
com o território de suporte ao P.E.A.T.B, nomeadamente nas questões
ambientais, económicas, sociais e turísticas.
Pretende-se também, de forma simples, fazer uma análise de nível local
e regional, no que diz respeito à oferta e procura turística, à animação turística,
sendo esta, um agente multiplicador da economia que gera mecanismos de
ampliação do tecido empresarial e da renda turística, assumindo assim a
condição de produto de excelência.
No fundo, este relatório, enquadrado no âmbito legal e curricular do
Curso de Turismo, pretende ser uma resposta a uma necessidade de
conclusão do nosso curso, mas também é uma oportunidade para estudarmos
e reflectirmos sobre a nossa terra – Baião, enquanto naturais e residentes em
Baião.
10
3 - Objectivos deste Estudo
Pretende-se com a análise realizada no concelho de Baião, “dotar” o
concelho de uma “estratégia” integrada no desenvolvimento turístico.
O objectivo deste trabalho é definir e contribuir para uma estratégia
integrada de desenvolvimento, em que seja possível fazer o cruzamento de
potencialidades existentes em todo o território a três níveis: espaço rural,
natural e urbano. Elaborando, assim, um plano de acção que promova o
desenvolvimento turístico e social da região de forma integrada e sustentada
(Martinez, 2000).
Pretende-se definir qual o plano mais ajustado para Baião, que mobilize
o sector em torno de um objectivo que permita:
o Definir uma estratégia para o turismo;
o Definir Baião enquanto destino turístico;
o Aumentar a atractividade de Baião;
o Melhorar a experiencia dos visitantes (aumentando a frequência e tempo
de estada, bem como o seu gasto médio);
o Melhorar a qualidade de vida dos residentes;
o Atenuar o despovoamento no concelho;
o Fomentar um maior rendimento familiar, atendendo a uma diminuição da
falta de postos de trabalho;
o Potenciar o desenvolvimento local sustentável;
o Preservar e recuperar a paisagem rural/natural, o que implica dinheiro e
conhecimento, estabelecendo sinergias/ parcerias;
o A projecção da imagem concelhia, como região, com um bom património
ambiental, paisagístico e cultural;
o Melhorar as acessibilidades;
o Incentivar o turismo Rural e de habitação;
o Promover os produtos naturais;1
1
Por exemplo: o vinho, doçaria, artesanato e gastronomia.
11
Figura 1 -Desenvolvimento turístico no espaço rural: contribuição – preservação, in Martinez e Monzonís, 2000, 12.
Estes quatro elementos (economia, cultura, sociedade e meio ambiente),
devem envolver o turismo nas áreas rurais com uma importância redobrada,
enriquecendo o desenvolvimento da actividade turística, fazendo com que os
recursos existentes se tornem um atractivo à procura do meio rural.2
2
Cfr. CHOU, José Walter Teles; ANDRADE, José Roberto de Lima (2006), Intervenção arquitectónica e
produto turístico, in Caderno Virtual de Turismo vol.6 nº4, pp.31 e ss.
12
4. Metodologia de Suporte ao Desenvolvimento do Estudo
Na realização deste estudo segue um conjunto de teorias, métodos e
conceitos próprios das ciências sociais. A utilização de regras e métodos
científicos visa uma aproximação objectiva e racional ao estudo de caso.
Existem duas áreas de conhecimento, o conhecimento vulgar e o
cientifico.
Quando se fala de conhecimento vulgar, faz-se referência a um
conhecimento que tem como fontes a autoridade, o bom senso, a tradição, ou
seja, trata-se de um conhecimento de senso comum.
Em contrapartida, o conhecimento científico exige um trabalho metódico
e sistemático, assente em critérios sistemáticos e objectivados.
O método, é uma característica fundamental de qualquer ciência, para
que seja reconhecida como tal.
Qualquer trabalho de investigação utiliza técnicas e métodos de
investigação específica para que seja possível responder às dúvidas e
questões colocadas pelo investigador.3
A metodologia implica que o processo de investigação seja faseado
pelas seguintes etapas: formulação do problema, definição da metodologia,
recolha de dados, análise de dados e conclusões, caso seja possível.
O método indutivo é feito através da observação objectiva e sistemática,
da experimentação para confirmar os factos de observações particulares.
O método dedutivo exige uma formulação do problema a partir da
interpretação dos fenómenos sociais, partindo frequentemente do geral para o
particular.
Existem também, duas técnicas que são utilizadas para que se consiga
obter resultados que nos levem à construção do conhecimento, sendo elas as
técnicas documentais e as técnicas não – documentais.
3
ALMEIDA, João Ferreira de; PINTO, José Madureira (1990) A Investigação nas Ciências Sociais. Lisboa,
Editorial Presença.
13
As documentais têm como base a procura de elementos em diversos
tipos de documentos, que poderá englobar desde documentos escritos a
registos audiovisuais e estatísticos, etc.
Por sua vez, das técnicas não – documentais fazem parte: a observação
participante, a experimentação e observação não participante, ou seja, os
testes, as medidas de atitude e opiniões, o inquérito, o questionário e a
entrevista que pode ser clínica, em profundidade ou centrada, formal e
informal.
As técnicas não – documentais têm por base a observação, sendo assim
necessário que o investigador “abandone” o seu ambiente de trabalho e que
passe a fazer parte da situação social que deseja estudar, que não é o caso.
Pelo menos em parte, claro que tivemos que abandonar a sala de aula e partir
para o terreno, falar, ouvir, observar, registar e anotar.
Na observação – participação, o investigador participa e integra o grupo
quase ao ponto de se fazer esquecer como observador.
Na participação – observação, a acção do investigador é diferente pois
este nem sempre consegue ser aceite no grupo.
A observação não – participante implica que haja uma distância entre o
investigador e o objecto de análise.
O inquérito por questionário é utilizado quando se investiga um amplo
conjunto de indivíduos precisando assim, de preparar todas as questões que
deseja que sejam abordadas para que consiga desta forma recolher o máximo
de informação.
A entrevista é uma técnica de recolha de informações, sendo necessária
a elaboração de um questionário, para que a linguagem se ajuste ao
entrevistador, para que não sejam criadas condições que possam de qualquer
forma impedir o diálogo.
Distinguem-se assim vários tipos de entrevistas: a entrevista não
estruturada ou livre, a entrevista estruturada ou directa e a entrevista semi –
estruturada ou semi – directiva.
Na entrevista não estruturada ou livre é dada à pessoa entrevistada,
liberdade total.
14
A entrevista estruturada tem por finalidade obter o maior número de
informações estandardizadas, sendo as perguntas idênticas e fechadas, onde o
entrevistador não dá uma resposta mais aprofundada.
Na entrevista semi – estruturada ou semi – directiva é dada liberdade ao
entrevistador, dando-lhes temo para responder.
No que diz respeito aos testes, estes são técnicas complementares que
permitem obter mais informações acerca dos casos a estudar.
Neste contexto a metodologia, passa inicialmente pela análise do
território, desde os recursos turísticos, ou seja, alojamento, restauração,
animação, património, ruralidade e natureza. Assim, a análise do território
permite que seja definido um zonamento, em função de necessidades de
intervenção no concelho.
No nosso trabalho, privilegiam a observação não participante, centrada
num olhar distanciado que nos possibilita uma maior objectividade e rigor na
análise e na recolha de dados, sem nunca perder a noção de que também
somos actores activos, integrados na estrutura social e cultural de Baião. O
facto de sermos naturais de Baião e de residirmos aqui, também pode ser e é,
uma vantagem para a realização da nossa prova.
15
5 - Enquadramento Territorial de Baião
O concelho de Baião está integrado na região norte, que
por sua vez faz parte da sub-região do Tâmega, com uma área
territorial de 176km² e com uma população residente de 21 152
habitantes em 2006. O concelho é composto por vinte
freguesias, sendo Campelo o centro da vila.
O município é limitado a norte pelo município de
Amarante, a leste por Peso da Régua e Mesão Frio, a sul por
Resende e Cinfães e a oeste pelo Marco de Canaveses.
O território concelhio encontra-se estruturado em termos
de acessibilidades rodoviárias por dois eixos principais, a
Estrada Nacional 101 ligando Amarante ao Peso da Régua,
fazendo ligação ao IP4, estabelecendo ligação entre o litoral (a
cidade do Porto e a sua respectiva área Metropolitana e a região
das terras altas de Trás-os-Montes, especialmente a cidade
universitária de Vila Real), o segundo eixo estruturante é a
estrada Nacional 321 e 321-1, que estabelece a ligação entre
a Cidade do Marco de Canaveses e a Vila de Baião.
Figura 2 – Mapa do
enquadramento de Baião
em Portugal
16
6– Território de Suporte ao P.E.A.T.B
Os lugares no espaço rural português constituem um dos fenómenos
sócio–antropológico mais complexos e profundos da nossa identidade cultural.
Os sistemas culturais actuam e interagem sobre a organização e construção do
espaço de forma a gravar nele um conjunto poliédrico de marcas sociais no seu
territorium, funcionam como esteios de memória colectiva, motores de
idiossincrasia sócio–cultural do lugar no espaço rural (Cfr. Matos Rodrigues,
1997).
O lugar perde identidade em prol de um conjunto de ideias plásticas e
redutoras que promovem uma imagem industrial de marketing publicitário e de
“paraíso rural”. O lugar torna-se cada vez mais fantasmagórico, quer isto dizer
que o local é completamente penetrado e modelado por influências sociais
muito distantes. O espaço, enquanto fenómeno social participa na organização
de uma arquitectura de lugar, no qual a paisagem rural nos aparece como fruto
de um casamento entre a terra e o homem (cf. Bernard Charbonneau: 1990,
46-7, 74-5).
A natureza social do lugar é composta por diversos elementos que
participam na formação e estruturação do próprio locus: o território, o ambiente
natural, o espaço, a técnica, a cosmologia, a temporalidade, etc.
O lugar tem assim uma escala própria.
O espaço habitado, construído e vivido no seio da intimidade afectiva e
familiar do lugar, contribui para forjar uma película socializadora dos homens
deste lugar em relação aos homens de fora do lugar. O lugar habitado funciona
como motor de produção e representação das identidades locais.
O espaço festivo do lugar representa uma das isotopias do sagrado
neste espaço rural em transformação e decadência acelerada, motivada pela
desvalorização do lugar e do seu património construído e arquitectónico, de tal
forma que os lugares do sagrado são marcas identificativas do espaço social
rural (Matos Rodrigues, Idem).
O espaço social construído do lugar na ruralidade é extremamente
carregado de significância e de metáfora sócio – religiosa.
17
A festa é para estas gentes rurais, uma ocasião socialmente autorizada
de manifestação de sentimentos que normalmente reprimimos ou
descuidamos.
O lugar habitado funciona como “casulo” de produção e representação
das identidades locais, enquanto marcas etno – históricas e formas
substantivadas do seu quotidiano festivo – religioso. Através destes momentos
festivos e dos seus rituais, os homens do campo estabelecem uma anamnese
recordativa das grandes acções divinas ou heróicas do tempo primordial.
A construção da identidade dos lugares no espaço rural, aparece
relacionada com um conjunto de particularidades locais e regionais. A
formação social do lugar no espaço rural, implica naturalmente o
desenvolvimento de um património cultural: como por exemplo, o património
construído e arquitectónico, que contribui para o aparecimento de uma
identidade do sitio enquanto produto social, económico, cultural e ecológico –
ambiental da dinâmica do lugar.
A identidade e o património dos lugares da ruralidade, encontra-se
perante uma sistemática e selvagem uniformização e banalização espacial
motivada pela especulação imobiliária, própria de uma sociedade de consumo
capitalista.
Nestes lugares rurais, verdadeiros palácios de memória, produtos de
uma cultura milenar, o lugar é essencialmente lugar de memória.
O lugar aparece-nos, como um triângulo cultural dinâmico, composto
pelos seguintes elementos: espaço, tempo e sociedade.
O espaço social é composto por um conjunto de elementos materiais e
espirituais que contribuem para a definição de um complexo território de
sociabilidade como entidades territorialmente diferenciadas.4
4
Cfr. Rodrigues, Fernando Matos (1997) “ A dimensão poliédrica do espaço rural” in Cadernos
ESAP (Fernando Matos Rodrigues, Director) Porto, ESAP, vol. I, pp 53 e ss.
18
6.1 - Estruturação do território
6.1.1 - Sistema urbano
O sistema urbano do espaço territorial do Entre Douro e Tâmega é
constituído por um conjunto de aglomerados que podem ser hierarquizados da
seguinte forma:
Figura 3 – Área de Influencia da Área Metropolitana do Porto, in Movimentos Pendulares e Organização do Território
Metropolitano.
 Nível 1: eixo cidade de Amarante/cidade do Marco de Canaveses,
correspondente aos centros urbanos com maior carácter urbano e
dinamismo económico e que apresentam significativa capacidade de
atracção, de carácter supra – municipal, no território envolvente;
 Nível 2: vilas sedes do concelho/Baião, Celorico de Basto, Cinfães,
Resende e Mondim de Basto) que, pela concentração de equipamentos
19
públicos, empresas de serviços e comércio apresentam capacidade de
atracção especialmente no território municipal;
 Nível 3: outras vilas (especialmente Vila Meã, Sta. Marinha do Zêzere,
Arco de Baúlhe e Alpendurada) que detêm um relativo grau de
urbanidade dentro do contexto municipal e apresentam capacidade de
atracção que ultrapassa a freguesia;
 Nível 4: outros aglomerados populacionais, onde se incluem as sedes
de freguesias e outros aglomerados, que desempenham alguns serviços
e possuem estabelecimentos comerciais, principalmente de comercio
diário;
De salientar que, muito embora o eixo da cidade de Amarante/cidade do
Marco de Canaveses se situem no nível 1 no contexto do EDT, tal facto não foi
considerado suficiente para que fosse classificada como “cidade média” no
contexto nacional, pelo despacho nº 55/94, de 27 de Maio.
Com a melhoria das acessibilidades, decorrentes da construção do IP4,
tem-se verificado um elevado acréscimo de movimentos pendulares com a
Área Metropolitana do Porto (AMP), principalmente a partir de Amarante e do
Marco de Canaveses. Em termos perspectivos esta tendência irá acentuar-se,
estendendo-se a centros urbanos de nível 2, com especial destaque para
Celorico de Basto que começa agora a beneficiar da ligação directa à Via do
Tâmega. No médio prazo outros centros de nível 2 e de nível 3 poderão ver o
encurtamento das respectivas distâncias/tempo à AMP se forem concretizadas
os prolongamentos dessas vias.
Por último, as dificuldades em matéria de acessibilidades internas têm
favorecido a geração dos fluxos entre municípios do EDT, do carácter intra –
regional, seja para satisfação de algumas necessidades individuais seja para
relações empresariais, o que prejudica a coesão interna e a articulação inter-
municipal.5
5
Cfr. PACTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ENTRE DOURO E TÂMEGA. Ruralidade, Lazer e Cultura.
Agência de Desenvolvimento Regional de Entre Douro e Tâmega, 2001.
20
6.1.2 - Acessibilidades e Transportes
O transporte é o coração do turismo. É o vínculo entre a casa, o destino,
a hospedagem, o atractivo e todas as outras dimensões de viagem turística. A
sua eficiência, o seu conforto e a sua segurança determinam, em grande parte,
a qualidade da experiência turística. Em muitos casos, o seu custo abrange a
maior parte das despesas totais de um turista.
Há uma relação directa entre os avanços nos transportes e o
crescimento do sector turístico. O automóvel e o avião, sobretudo, tornaram as
viagens acessíveis a um segmento cada vez maior da população mundial. À
medida que cresce a procura por viagens, a capacidade dos transportes torna-
se um factor de incentivo ou desânimo à expansão da indústria do turismo.
Para muitos destinos, as limitações impostas pelos transportes e sua infra -
estrutura, como os aeroportos e estradas constituem o maior obstáculo ao
crescimento. No caso de os destinos serem ilhas, o acesso por ar e mar é uma
condição essencial para o desenvolvimento do turismo. Sem esse acesso,
haverá uma actividade turística mínima ou completamente nula.6
No caso da região do EDT, as acessibilidades regionais, durante muitos
anos, foram asseguradas fundamentalmente pelos caminhos-de-ferro através
da linha do Douro e da Linha do Tâmega e pela Estrada Nacional nº 15, que
faz ligação Porto/Vila Real. Já na década de 90, os investimentos municipais
realizados em infra - estruturas rodoviárias e o encerramento da Linha do
Tâmega entre Amarante e Arco de Baúlhe fizeram alterar substancialmente os
canais viários preferenciais para a realização de deslocações inter – regionais
e, simultaneamente, diminuindo as distancias aos principais centros urbanos da
região Norte.
Actualmente, o principal eixo rodoviário é o IP4, que percorre o EDT de
forma transversal, fazendo a ligação entre o Porto, Vila Real e Bragança. Os
concelhos directamente beneficiados por esta via são Amarante e Marco de
6
Cfr. GEE, Y. Chuck, FAYOS- SOLÁ, Eduardo (Org.) (2003) Turismo Internacional, Uma perspectiva global,
2º edição. Bookman, pp.43.
21
Canaveses que estão a distâncias/tempo na ordem dos 20/40 minutos das
AMP e de Vila Real.7
De facto estando em grande medida assegurada ou prevista a curto
prazo a concretização das principais vias que asseguram as ligações com o
exterior, encontra-se ainda por assegurar bons eixos de ligação inter –
municipal que permitam reforçar as trocas e movimentos no interior da região
do EDT e, consequentemente, a coesão interna deste espaço do Norte de
Portugal. Neste contexto, assume particular destaque:
 O prolongamento da via do Tâmega (para Norte até Arco do Baúlhe,
cujo projecto se encontra em reformulação, e ara Sul até Marco de
Canaveses);
 A ligação de Mondim de Basto à Via do Tâmega;
 A construção da EN 321-2, que ligará a Ponte da Ermida à variante è EN
211 (actualmente em construção), e que, por seu turno, ligado ao IP4;
 A ligação da Ponte da Ermida ao IP3 pela variante à EN 222-2
/Resende/Bigorne);
 Ligação de Cinfães através da variante à EN – 222, fazendo-se o
atravessamento do Douro por uma nova ponte na Pala ou pela
Barragem do Carrapatelo.
Tais ligações permitem, simultaneamente, aproximar do IP4 os concelhos
mais excêntricos do EDT e, portanto, com maiores dificuldades de interligação
regional.
Por outro lado, a perspectiva de electrificação da Linha do Douro até ao
Marco de Canaveses levará, no médio prazo, a que o comboio constitua um
modo de transporte bastante mais competitivo do que actualmente, em matéria
de transporte de pessoas e de mercadorias. De facto, a beneficiação da linha,
incluindo a respectiva sinalização e supressão da generalidade das passagens
de nível, permite que as ligações entre Marco de Canaveses e o Porto se
7
Cfr. Movimentos Pendulares e Organização do Território Metropolitano: Área Metropolitana de
Lisboa/Área Metropolitana do Porto (1991-2001). Lisboa, INE, Ministério das Obras Públicas,
Transportes e Habitação, 2003, pp. 79 – 92. Neste estudo concluiu-se que a AMP, em termos líquidos,
permaneceu um espaço de recepção de trabalhadores e estudantes (com 15 ou mais anos) de outras
regiões do país. Reforçou-se a importância dos movimentos interconcelhios e intraconcelhios, apesar de
ter diminuído continuaram predominantes, p.80
22
realizem em cerca de uma hora, com frequência de dois comboios por hora nos
períodos de maior fluxo de passageiros. Julga-se, ainda, pertinente ponderar a
eventual beneficiação e electrificação desta linha entre o Marco de Canaveses
e a Régua.
O desenvolvimento do projecto de navegabilidade do Douro tem permitido o
fortalecimento do transporte fluvial, cujos resultados já se começaram a sentir
com especial ênfase nas actividades de lazer do turismo e, sobretudo, no
transporte de granitos, abundantemente explorados na região.
Nesta matéria, os investimentos realizados na construção e beneficiação de
cais8
e ancoradouros têm-se revelado importantes, situação que importa
reforçar, devendo, ainda, garantir-se uma maior estabilidade da barra do
Douro. Para além disso, é também importante melhorar as ligações várias
entre Alpendurada e Entre – os – Rios, facilitando assim o transporte de
granitos para o cais da Sardoura.9
8
Como por exemplo, o cais da Pala, Cais da Ermida, etc.
9
Cfr. PACTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ENTRE DOURO E TÂMEGA. Ruralidade, Lazer e Cultura.
Agência de Desenvolvimento Regional de Entre Douro e Tâmega, 2001.
23
6.1.3 - Ambiente e Recursos Naturais
A configuração do território é marcada pela existência dos seguintes
elementos:
- Os vales encaixados onde correm os rios Douro e Tâmega, que constituem
factor de barreira e simultaneamente de agregação entre o conjunto de
municípios envolvidos;
- O complexo montanhoso Alvão/Marão, que define o limite Oeste deste
conjunto de concelhos;
- As serras da Cabreira e do Barroso, que constituem o limite Norte;
- As serras de Montemuro e de Bigorne, que constituem o limite Sul.
Assim, a paisagem pela diversidade e pela riqueza resultantes não só
das condições naturais hidro - geomorfológicas, mas também pela existência
de solos “artificiais” onde, tradicionalmente, se têm praticado sistemas
agrícolas policulturais, com recurso à mão-de-obra intensiva à generalização
da pecuária.
 As unidades paisagísticas existentes podem ser sintetizadas em:
 Paisagem de policultura, marcada por explorações agrícolas de
dimensões variáveis;
 Paisagem marcada pela presença de vinha;
 Paisagem denominada pela presença de floresta;
 Paisagem dominada pela presença de pastagens e culturas forrageiras,
onde a presença de animais surge ocasionalmente na forma de
rebanhos, manadas, etc.
Para além disso, o património natural inclui outros motivos de interesse
como seja a existência de vários locais de caça, pesca e praias fluviais. Em
Mondim de Basto destaca-se, ainda, a existência do Parque Natural do Alvão.
Regista-se também, a existência de património construído de elevado e
singular valor que enriquecem a paisagem, nomeadamente núcleos históricos
24
(na cidade de Amarante, na cidade do Marco de Canaveses, na aldeia do
Castelo de Arnóia), igrejas românicas, as Obras do Fidalgo (Marco de
Canaveses), alguns conventos (em Ancede, Alpendurada e Vila Boa do Bispo),
bem como núcleos rurais razoavelmente bem preservados.
Todavia, a diversidade do património natural e do património cultural
existente constitui uma potencialidade ainda pouco explorada, nomeadamente
na vertente turística e na sua relação com as actividades ligadas à natureza e
ao desporto.10
Compreende-se que, na situação de antagonismo Ambiente/Homem que se
acentuou com este novo modo de vida, se tenham traçado caminhos cada vez
mais divergentes e conflituosos entre os interesses do homem e os do meio
ambiente.
O ambiente não pode ser reduzido a uma questão de poluição, de ruído,
resíduos sólidos, esgotos e de abastecimento de águas.
O ambiente deve ser encarado em toda a sua complexidade e o homem ao
perseguir o seu ideal de uma melhor qualidade de vida tem de compreender
que só potenciando e valorizando (social, biológica, cultural, ambiental), pode
chegar a um desenvolvimento equilibrado conduzindo a uma maior valia da
natureza e do próprio ser humano (Rodrigues; Pedrosa: 1994).
Se de facto entendermos o ordenamento do território como um conjunto de
acções localizadas num dado espaço, visando realizar uma optimização da sua
utilização, então não podemos esquecer que este espaço possui uma
dimensão física. Assim o ordenamento do território tem como base o
conhecimento das formas de relevo e das características climáticas,
hidrológicas e bio - geográficas da região.11
A resposta às questões ambientais dificilmente se pode fazer de uma forma
individualista, ela deve complementar toda uma serie de factores integrados
num quadro sistemático. De facto R. PASSET (1989) lembra que o
10
Cfr. PACTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ENTRE DOURO E TÂMEGA. Ruralidade, Lazer e Cultura.
Agência de Desenvolvimento Regional de Entre Douro e Tâmega, 2001.
11
Cfr. PEDROSA, Fantina Tedim (1997), “O Povoamento no Contexto da Base Geográfica de
Referenciação Espacial. Reflexão Geoográfica” in Revista Cadernos ESAP (Fernando Matos Rodrigues,
Diret.) Porto, Edições CESAP, pp.15 – 29. A autora elabora um estudo de síntese sobre alguns lugares do
concelho de Baião (como por exemplo, Matos, Ribadouro, Portela), na base geográfica de referenciação
espacial.
25
desenvolvimento económico actual não pode ser passado sem ter em conta o
ambiente, nomeadamente a uma escala mundial e considera que a economia
terá de ser, pelo menos tridimensional, já que terá de se inscrever num
contexto social, cultural e natural.
Deste modo o homem possui um estatuto especial, uma vez que é
interveniente muito activo na evolução actual de qualquer paisagem, podendo a
sua acção modificar o ritmo e o modo de actuação dos processos
morfogenéticos.12
12
Cfr. Pedrosa, A. Sousa (1997) “Geografia Física, Ambiente e Ordenamento do Território – que
perspectivas” in Cadernos ESAP (Fernando Matos, Director) Porto, ESAP, pp. 9 e ss.
26
6.1.4 - Cultura
O EDT é uma região particularmente carenciada no que diz respeito a
equipamentos culturais. Verifica-se, por exemplo, que não está em
funcionamento qualquer biblioteca da Rede de Leitura Publica, apesar de
existirem duas candidaturas aprovadas (Amarante e Celorico de Basto) e três
autarquias que apresentaram candidaturas (Cabeceiras de Basto, Mondim de
Basto e Marco de Canaveses) ao Instituto Português do Livro e da Biblioteca.
No entanto, os concelhos de Cabeceiras de Basto e Mondim de Basto têm
bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian e os de Amarante e
Marco de Canaveses têm, Bibliotecas Municipais.
Quanto aos arquivos municipais, as câmaras de Amarante e Celorico de
Basto celebram, no âmbito do Programa de Apoio à Rede de Arquivos
Municipais, acordos em 1999 com o Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do
Tombo, podendo, a este propósito, constituir os exemplos a seguir. De
destacar o Arquivo Municipal de Amarante, com um acervo documental, que
vai do séc. XV ao séc. XX.
Em matéria de espaços museológicos destaca-se, devido à sua
dimensão regional, o Museu Amadeo de Sousa Cardoso em Amarante,
existindo à escala municipal, os museus de Marco de Canaveses e Baião
(ligados sobretudo ao património arqueológico). A este propósito é importante,
ainda, referir a existência do Núcleo Museológico Ferroviário do Arco do Baúlhe
(apesar de se encontrar desactivado) e do projecto, a desenvolver pela Câmara
de Resende em articulação com o Museu de Lamego, do Núcleo Museológico
de Etnografia e Arqueologia.
No que ao património diz respeito, os vestígios arqueológicos de
diferentes períodos constituem um valioso património cultural dos concelhos de
Amarante, Marco de Canaveses, Baião, Cinfães e Resende. Em todos estes
concelhos foram e/ou estão a ser realizados trabalhos, em alguns casos
financiados pelo RONORTE, de investigação, conservação e divulgação desse
património. Tem neste contexto, um papel muito especial a Escola Profissional
de Arqueologia do Freixo em Marco de Canaveses pela importância, como pólo
27
de oferta de emprego na área cultural e assistente de conservação do
património).
O património natural, de extrema riqueza em todo este espaço
geográfico (Parque Natural do Alvão, serras da Cabreira, do Marão, da
Aboboreira e de Montemuro, enquadrados pelo rio Tâmega e Douro), aliado ao
património rural, ao artesanato e às tradições culturais constituem um “acervo”
único para a orientação integrada na área da ecomuseologia.
No património construído com valor arquitectónico, para além dos
solares (sobretudo em Basto), existe um conjunto de edifícios associados a
figuras lustres (casa de Eça de Queirós em Baião, Casa de Serpa Pinto em
Cinfães, Casa de Teixeira de Pascoaes em Amarante) e monumentos de valor
histórico, em que se destacam o convento de S. Gonçalo em Amarante, o
Castelo de Arnóia em Celorico de Basto e o Mosteiro de S. Miguel de Refojos
em Cabeceiras de Basto, bem como o Mosteiro de Ancede, uma fábrica
monástica do séc. XVI – XVII – XVIII, e o caso do mosteiro beneditino de
Ermelo, em ruína avançada após incêndio nas décadas de 40 e 80. Este vasto
património poderá integrar roteiros que atravessam ou são contíguos ao Entre
Douro e Tâmega (caminhos de Santiago, Cister, etc.), potenciem a sua
valorização e divulgação.13
13
Cfr. PACTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ENTRE DOURO E TÂMEGA. Ruralidade, Lazer e Cultura.
Agência de Desenvolvimento do Entre Douro e Tâmega, 2001.
28
6.1.5 – Turismo
A actividade turística no EDT caracteriza-se por duas realidades
distintas: por um lado, a hotelaria tradicional conhece um período menos
favorável; por outro lado, a hotelaria não tradicional e o alojamento rural
conhecem uma fase de grande afirmação.
Enquanto este espaço, no tocante ao alojamento tradicional, tem perdido
capacidade de oferta, sem melhorar os índices de ocupação, relativamente ao
alojamento rural (e não tradicional) capacidade de oferta tem aumentado
significativamente. O sub-dimensionamento dos estabelecimentos hoteleiros do
EDT reflecte-se negativamente na capacidade de atracção e retenção de fluxos
turísticos tradicionais. Por outro lado, a oferta hoteleira está também muito
dependente de estabelecimentos menos qualificados, penalizadores das taxas
de ocupação e dos índices de utilização dos activos ao serviço.
Quanto aos outros tipos de alojamento, em especial o TER14
, o tipo de
clientela defende-os melhor do problema da falta de dimensão. Por outro lado,
o emprego intensivo do pessoal ao serviço da actividade pode afectar a
qualidade dos serviços prestados na hotelaria tradicional.
Estes problemas estruturais, todavia, não escamoteiam o facto de o
turismo do Entre Douro e Tâmega ser um sector de criação de riqueza
crescente, que globalmente tem vindo a evoluir de forma favorável.
O dinamismo do sector do turismo no espaço do Entre Douro e Tâmega
é também perceptível na evolução do número de licenças concedidas para a
construção/ampliação/transformação/restauro de novos estabelecimentos
comerciais, de restauração e hoteleiros entre 1991 e 1995. Esta evolução não
é tão forte, porém, como as das NUT II Norte e NUT III Tâmega, com a
excepção das licenças para a transformação e para o restauro
(nomeadamente, em comparação com o espaço Tâmega) de estabelecimentos
turísticos. Apesar de tudo, estes últimos dados indicam alguma capacidade de
auto – regeneração do tecido empresarial ligado ao turismo no EDT.
14
TER – Turismo em Espaço Rural
29
A actividade turística do Entre Douro e Tâmega tem evoluído com um
relativo dinamismo, malgrado a persistência de certos estrangulamentos
estruturais oportunamente referidos. Em todo o caso, a dinâmica de
crescimento de modalidades de alojamento emergentes (com destaque para o
alojamento rural) indica que este espaço tem conseguido, para segmentos de
procura alternativa e de proximidade, rentabilizar o seu potencial turístico. Por
outro lado, o sector demonstrou ter capacidade de auto-regeneração. Assim, o
actual modelo de desenvolvimento do turismo no Entre Douro e Tâmega surge
muito dependente, por um lado, do aproveitamento de novos segmentos da
procura, explorando o potencial de crescimento dos seus produtos específicos
e, por outro lado, da própria evolução da estrutura económica e empresarial do
sector, quer em termos humanos, quer financeiros e organizacionais.
Apesar destes entraves, o EDT possui um enorme potencial para o
desenvolvimento de um produto turístico compósito, multifacetado e atractivo,
cujo consumo sustentável pode revestir-se de um inegável poder reprodutor na
economia local e na oferta de emprego. Malgrado a limitada extensão territorial
do EDT, a concentração de um conjunto heterogéneo, complexo e acessível de
recursos de interesse natural, patrimonial e antropológico (cultura popular,
religiosidade, gastronomia e artesanato, entre outros) é potencialmente muito
atractiva, sobretudo para os fluxos turísticos da proximidade e alternativos para
o chamado turismo de massas.
Por outro lado, a região tem-se dotado de um conjunto de equipamentos
de animação turística diversificado e apelativo, todavia não massificado,
reforçando a sua atractividade ao nível dos mercados de proximidade e
condições de retenção dos fluxos turísticos ao nível dos mercados não
tradicionais e alternativos. Ora, a força destas dinâmicas de oferta estará a
sustentar o crescimento de modalidades de alojamento novas, como o
alojamento não tradicional, o campismo e o TER.15
15
Cfr. PACTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ENTRE DOURO E TÂMEGA. Ruralidade, Lazer e Cultura.
Agência de Desenvolvimento do Entre Douro e Tâmega, 2001.
30
7. Análise da Oferta e da Procura Turística
7.1 - A Oferta Turística
Existem dificuldades em delinear claramente os contornos da oferta
turística, por um lado existe uma multiplicidade de motivações que estão na
origem das deslocações, as necessidades peculiares das necessidades dos
viajantes, coexistem consumos que satisfazem simultaneamente necessidades
turísticas e não turísticas e também coexistem consumos que incidem sobre
bens ou serviços produzidos, exclusivamente em função das necessidades dos
residentes.
A oferta turística é constituída por todos os elementos que contribuem
para a satisfação das necessidades de ordem psíquica, física e cultural que
estão na origem das motivações dos turistas (Baptista,1990).
O critério definidor da oferta turística é o da utilização pelos visitantes, ou
seja, tudo quanto faça parte dos seus consumos, imaginários e desejos.
Geralmente, considera-se que a oferta turística engloba todos os
serviços que sejam adquiridos pelos visitantes, mesmo que tenham sido
produzidos com o fim de satisfazer a procura dos residentes.
A oferta turística de um destino, seja um país, uma região ou uma
localidade é sempre constituída por um vasto conjunto de elementos, mais ou
menos diversificados. Todo o destino terá que possuir uma oferta constituída
por um número mínimo de componentes sem os quais não poderá dar
satisfação a procura.
São os seguintes as componentes da oferta turística:
 Recursos turísticos, constituídos pelos recursos naturais e recursos
criados pelo homem. Os elementos do meio natural, só pelo facto de
existirem não são um recurso, é necessária uma intervenção do homem
qualquer que seja a sua natureza e dimensão, que lhe atribua a
31
capacidade de satisfazer as necessidades. Segundo a OMT16
, os
recursos turísticos são constituídos por todos os bens e serviços que por
intermédio da mão humana, tornam possível a actividade turística e
satisfazem as necessidades da procura;
 Infra – estruturas;
 Equipamentos – o equipamento turístico trata-se das estruturas criadas
especificamente para corresponder à procura turística, constituindo-se
como “oferta derivada” (os equipamentos criados pelo homem,
constituem-se principalmente para explorar os “recursos turísticos), em
sentido restrito: equipamentos de alojamento e restauração e
equipamentos complementares de distracção e organização;
 Acessibilidades e transportes;
 Hospitalidade e acolhimento – o acolhimento não integra apenas a
hospitalidade mas também todas as disposições e facilidades que
garantam a informação e a melhoria das condições de recepção aos
visitantes, que dão origem à criação de um variado conjunto de serviços.
O acolhimento é um elemento essencial da oferta na medida em que
influencia decisivamente a concepção dos equipamentos, dos serviços
de animação e da atmosfera de toda a actividade turística.
Características da oferta turística:
 Carácter endógeno;
 Imobilidade temporal e espacial;
 Rigidez relativamente às exigências e alterações da procura turística;
 Esgotamento da produção no acto do consumo;
 Os equipamentos e instalações turísticas não podem produzir para
armazenamento e venda posterior;
 Os bens e serviços produzidos não podem ser transportados para serem
consumidos noutro local.
16
OMT – Organização Mundial do Turismo. Ver por exemplo Turismo Internacional. Uma perspectiva
global. Especialmente a PARTE 2: COMPONENTE E SERVIÇOS DE VIAGENS E TURISMO, pp. 43 a 93.
32
Uma localidade para que possa ser considerada turística deve preencher três
condições prévias e necessárias:
1. Deve ser atraente
2. Deve ser acessível
3. Deve permitir uma estadia
A oferta turística pode ser classificada em:
 Oferta turística de atracção – constituída por todos os elementos ou
factores de origem natural ou criados pelo homem que dão resposta às
motivações turísticas, originando uma deslocação;
 Oferta turística de recepção – conjunto dos equipamentos, bens e
serviços que permitem a permanência no local visitado e satisfazem
necessidades decorrentes dessa permanência;
 Oferta turística de fixação ou retenção – constituída por todos os
elementos que, contendo ou não motivos de atracção contribuem para
aumentar a permanência dos visitantes ou torná-la mais agradável;
 Oferta turística de animação – todos os elementos criados pelo
homem susceptíveis de satisfazer as necessidades de recreio ou de
ocupação de tempos livres;
 Oferta turística de deslocação – constituída pelo conjunto de infra -
estruturas, equipamentos e serviços que permitem a deslocação dos
turistas.
33
7.2 - Atractivos Turísticos
Para Alexandre Turatti de Rose (2002) os atractivos turísticos variam de
acordo com a natureza cultural e social do turista, ou seja, o que podemos
considerar como um atractivo pode não ter o mesmo significado para pessoas
diferentes. Deste modo os atractivos estão relacionados com as motivações de
viagem e a avaliação que os visitantes fazem desses elementos. Para este
autor o atractivo turístico “possui, via de regra, maior valor quando mais
acentuado for seu carácter diferencial. O turista procura sempre aquilo que é
diferente de seu quotidiano. Assim aquele atractivo único sem outros
semelhantes possui maior valor para turista” (Rose, 2002:47e ss.)
Este autor apresenta a seguinte classificação e tipificação de atractivos
turísticos: naturais e culturais. A partir dos quadros de tipificação de atractivos
turísticos de Turatti de Rose (2002) desenvolvemos uma análise sobre os
atractivos turísticos para o concelho de Baião.
Quadro I - Tipo e subtipo de atractivos naturais
Tipo Subtipo
Montanhas Serras (Aboboreira, Matos, Marão)17
Vales
Hidrografia Rios (Douro) Ribeiras (Ovil, Teixeira,
Zêzere) praias fluviais (praia fluvial de
Ovil e praia fluvial de Prenhô)
Áreas de caça e pesca Serra da Aboboreira (montaria ao javali)
rio Douro.
Nota: este quadro segue a metodologia de Turatti de Rose (2002:48)
17
Estas Serras são constituídas por um conjunto de nichos de valor acrescentado na área de turismo,
especialmente um complexo e singular património ambiental natural e cultural que necessita
urgentemente de intervenção na área da infra-estruturação turística.
34
Quadro II - Tipo e subtipo de atractivos culturais
Tipo Subtipo
Arquitectura Civil (Casa da ruína/Arquitecto Souto
Moura) religiosa (Mosteiro de Ancede,
Igreja de Teixeira) funerária (arte tumular)
militar, ruínas.
Sítios Históricos e científicos (complexo
arqueológico de Aboboreira).
Estabelecimentos de cultura e lazer Fundação Eça de Queiroz, Museus (não
tem), bibliotecas (não tem), arquivos (não
tem).
Manifestações populares Festas, comemorações religiosas, feiras,
e comemorações cívicas, gastronomia
tradicional (feira do Fumeiro e do Anho
Assado).
Realizações Técnicas Exploração agrícola, pastoril, industrial.
Acontecimentos Programados Congressos e convenções (não tem),
Feiras e exposições (Feira do Livro),
Realizações Desportivas, Culturais e
Sociais.
Este autor sobre a avaliação dos atractivos naturais e culturais
estabelece uma metodologia de hierarquização dos atractivos, apresentando
quatro tipos de hierarquia:
 Hierarquia 4 – Atractivos excepcionais e de grande significado para o
mercado do turístico internacional. Ex: Rio Douro
 Hierarquia 3-Atractivos com aspectos excepcionais para o país, capaz
de motivar visitantes nacionais. Ex: Douro, Cidades e Vilas com
património histórico
35
 Hierarquia 2- atractivo capaz de interessar visitantes de longa distancia,
mas que se encontra na localidade por outros motivos. Ex: Arquitectura
religiosa, Museus regionais (Museu do Douro, Museu da Diocese de
Lamego, Museu Amadeo Sousa Cardoso), cidade Romana de
Tongobriga, Igreja de Stª. Maria do Marco de Canaveses.
 Hierarquia 1- atractivos sem méritos suficientes para ser considerado
nas hierarquias anteriores, mas que faz parte do património turístico da
localidade. Ex: O parque Arqueológico da Aboboreira.
Quando estamos a programar e a planificar activos turísticos (naturais e
culturais) temos que ter em linha de consideração a estrutura turística a nível
local regional e nacional. As infra-estruturas turísticas, e a sua qualificação são
elemento estruturante e estruturador da implementação da actividade turística
segundo Alexandre Turatti de Rose,” a infra-estrutura é uma pré-condição para
o desenvolvimento turístico. Itens como acessos, saneamento, energia,
comunicações, vias urbanas de circulação e capacitação de recursos humanos,
são imprescindíveis para que se possa desenvolver a actividade em sua
plenitude” (2002:49).
36
7.3 - Enquadramento Territorial de Marco de Canaveses
O concelho de Marco de Canaveses fica situado no
distrito do Porto, em plena região Duriense,
compreendendo uma área de 202km², pela qual se
distribuem trinta e uma freguesias, e uma população de 55
275 habitantes (2008).
Os seus limites são estabelecidos pelos concelhos
de Amarante (a norte), de Baião (a este), de Cinfães e
Castelo de Paiva (a sul) e de Penafiel (a oeste).
Nascida num relevo instável a cidade tem como
porta principal o Rio Tâmega. É servida de bons acessos
rodoviários, através da A4 e por ligações ferroviárias.
No que diz respeito ao turismo, Marco de Canaveses
tem um destino e uma vocação marcados pelos rios que o
delimitam: o Douro e o Tâmega. As albufeiras artificiais do
Carrapatelo (Douro) e a do Torrão (Tâmega) prestam-se à
prática de desportos náuticos.
Na arqueologia, um dos locais que merece destaque
é a cidade de Tongobriga, uma importante povoação
romana, cujo auge foi o séc. II d. C., situada junto à
principal via romana que a partir do séc. I d. C. ligava as
cidades de Bracara Augusta (Braga) a Emerita Augusta
(Mérida).
O artesanato e a gastronomia são outros tesouros
desta terra, que integra a Rota dos Vinhos Verdes.
Figura 4 – Mapa do
enquadramento de Marco
de Canaveses em
Portugal
37
7.4 – Oferta de Alojamento Turístico Regional – Marco de Canaveses
Quadro III – Alojamento Turístico de Marco de Canaveses
Fonte: http://www.cm-amarante.pt/
Tipologia Número Nome Localização Número de
Camas/quartos
Casas de
Turismo de
Habitação
e Casas de
Turismo
Rural
15
Casa da Quintã Lugar da Quintã,
Folhada
- 4 quartos
- 5 camas
Casa da Ribeira Rua das Caldas de
Canaveses,
Sobretâmega
- 8 quartos
Casa das Vendas Lugar das Vendas,
Tabuado
- 3 quartos
- 3 camas
Casa de Gondomil Lugar de Vila Cete,
Alpendurada e Matos
- 2 quartos
- 3 camas
Casa do Impossível Lugar da Granja,
Penhalonga
- 3 quartos
Casa do Serdeiredo Pires, Penha Longa - Capacidade para
16 pessoas
Quinta de Várzea
de Cima
Travessa da Várzea,
Tabuado
- 6 quartos
- 11 camas
Quinta do Mosteirô Mosteirô, Sande - 6 quartos
- 8 camas
Quinta de S. Romão
do Passal
Lugar do Passal,
Paredes de Viadores
- 1 quarto
- 2 camas
Quinta do Cão Lugar do Cão, S.
Lourenço do Douro
- 7 quartos
- 10 camas
Quinta do Crasto Travessa Pedro da
Linhaça, Manhuncelos
- 3 quartos
Solar da Carvalhosa Rua Fundo de Vila,
Banho e Carvalhosa
- 19 quartos
Torre de Nevões Rua Manuel
Montenegro Machado,
Tabuado
- 5 quartos, 80
camas, 5 bungalows
e 5 casas de pedra
Casa de Vila Nova Vila Nova, Sande - 4 quartos
Residencial 1 Residencial
Nantilde
Rua Manuel Pereira
Soares, Tuías
- 28 quartos
- 45 camas
Hotel 1 Hotel Convento de
Alpendurada***
Lugar do Mosteirô,
Alpendurada e Matos
- 37 quartos, 2 suites
e 16 casas
Pensão 2 Pensão Quinta dos
Agros
Quinta dos Agros,
Sande
- 9 quartos
- 26 camas
Pensão Residencial
do Marco
Rua Dr. Francisco Sá
Carneiro
- 28 quartos
- 35 camas
Pousadas
da
Juventude
0
38
7.5 - Enquadramento Territorial de Amarante
Amarante é uma cidade portuguesa pertencente ao
distrito do Porto, região norte e sub-região do Tâmega.
Compreende uma área total de 301,4km² de área e 61 582
habitantes (2008), estando subdividido em quarenta
freguesias.
O município é limitado a norte pelo município de
Celorico de Basto, a nordeste por Mondim de Basto, a leste
por Vila Real e por Santa Marta de Penaguião, a sul por
Baião, Marco de Canaveses e Penafiel, oeste por Lousada
e a noroeste por Felgueiras.
As principais actividades económicas do concelho
são a construção civil, a transformação de madeiras, o
pequeno comércio, a indústria e a agricultura, presente em
todas as freguesias, onde se destaca a produção de vinhos
verdes.
Por outro lado, o turismo é um sector com fortes
potencialidades, dadas as características ambientais e
patrimoniais do concelho. Amarante está
indissociavelmente ao Rio Tâmega e às Serras do Marão e
da Aboboreira.
Na cidade, pode dizer-se que o edifício que
sobressai é o Convento de S. Gonçalo dos séculos
XVI/XVII, implantado no centro histórico de Amarante, junto
à ponte de S. Gonçalo, classificada como Monumento
Nacional desde 1910, sobre o Rio Tâmega.
O centro histórico reúne um conjunto de edifícios e
monumentos dos quais se destacam as igrejas de S. Pedro
e S. Domingos, o Solar dos Magalhães (séc. XVIII) e a
Casa da Cerca.
Figura 5 – Mapa do
enquadramento de
Amarante em Portugal
39
7.6 – Oferta de Alojamento Turístico Regional – Amarante
Quadro IV – Alojamento Turístico de Amarante
Tipologia Número Nome Localização Número de camas/
quartos
Casas de
Turismo de
Habitação e
Casas de
Turismo
Rural
9
Casa de Pascoaes S. João de
Gatão
- 4 quartos
- 8 camas
Casa da Levada Travanca do
Monte, Bustelo
- 3 quartos
- 6 camas
Casa do Carvalhal Carvalhal, Sta.
Maria de
Jazente
- 8 quartos
- 16 camas
Casa da Pedra Lugar da Pedra,
Vila Chã do
Marão
- 4 quartos
- 8 camas
Casa da Abobadela Abobadela - 4 quartos
- 8 camas
Quinta de Carcavelos Mancelos - 6 quartos
- 16 camas
Quinta do Queirão Queirão,
Travanca
- 5 quartos
- 10 camas
Quinta de Ribas Vila Chã - 5 quartos
Quinta de S. Faustino de
Fridão
São Faustino,
Fridão
- 6 quartos
-11 camas
Casas de
Campo
1 Casa de Infesta S. Simão de
Gouveia
- 3 quartos
- 5 camas
Hotel 3
Hotel Amaranto ***
Rua Acácio
Lino, 351
- 1 suite
- 7 quartos triplos
-11 quartos com cama de
casal
- 16 quartos com 2
camas twins
Hotel Navarras *** Rua António
Cândido
- 58 quartos
40
Hotel Casa da Calçada
Relaix & Chateaux ****
Largo do Paço,
6
-13 quartos executivos
-13 quartos de luxo
-3 suites executivas
-1 suite presidencial
Residencial 1
Residencial Zé da
Calçada
Rua 31 de
Janeiro
- 6 quartos
Albergaria 1 Albergaria Dona
Margarita ****
Rua Cândido
dos Reis
- 22 quartos
Pousada 1 Pousada de S. Gonçalo Curva do
Lancete,
Ansiães
- 15 quartos
Parque de
Campismo
1 Peneda da Rainha São Gonçalo ----------
Fonte: http://www.amarante.pt/turismo/
41
7.7– Oferta de Alojamento Turístico Local
Quadro V – Alojamento Turístico de Baião
Tipologia Número Nome Localização Número de camas
Casas de
Turismo de
Habitação e
Casas de
Turismo
Rural
12
Casa da Cochêca
-Casa da Porta de
Cochêca
Mesquinhata - 3 quartos
- 4 quartos
Casa das Feitorias Tresouras
2 apartamentos:
-1 com quarto duplo
com cozinha
-1 com quarto duplo
com Kitchenette
Casa da Lavandeira Ancede
- 3 quartos duplos
- 4 quartos de casal
Casa do Silvério Santa Cruz do Douro
- 3 quartos
- 1 suite
Casa da Torre:
- Casa do Laranjal
- Casa da Eira
- Casa da Calçada
Ribadouro
- 3 quartos
- 2 quartos
- 1 quarto
Casa da Viombra Ancede - 3 quartos
Quinta da Ermida Santa Marinha do
Zêzere
- 10 quartos
Quinta do Ervedal Santa Marinha do
Zêzere
- 8 quartos
Quinta de Guimarães Santa Marinha do
Zêzere
- 6 quartos
- 1 apartamento T1
O Casarão Santa Marinha do
Zêzere
- 5 quartos
Quinta de Marnotos Gestaçô - 2 apartamentos
Quinta das Quintãs S. Tomé de Covelas
- 3 quartos duplos com
2 camas individuais
- 3 quartos duplos com
cama de casal
- 2 apartamentos com
quarto duplo
Hotel 1 Douro Palace Hotel Resort &
SPA ****
Santa Cruz do Douro 60 quartos:
-36 twin
-23 duplos
-1 suite
Pensão 1 Pensão Borges Campelo
14 quartos:
-7 quartos com cama
de casal
-7 quartos duplos
42
Pousadas da
Juventude
1 Casa da Juventude e
Desporto de Baião
São João de Ovil - 3 camaratas com 65
camas
Parques de
Campismo
1 Parque de Campismo do
Fojo
18
Ancede/ Ribadouro
-------------------
Fonte: http://www.cm-baiao.pt/
18
O parque de campismo do Fojo, situado na freguesia de Ancede numa das vertentes do rio Douro,
encontra-se encerrado por decisão municipal. Considera-se todavia, que é uma das infra – estruturas de
turismo local que merece ser reactivada pela sua exclusividade na região quer pela sua localização, pois
estabelece a ligação entre a zona Douro e o alto das montanhas. Nesta vertente do Douro, existem um
conjunto de activos culturais e patrimoniais, que infra - estruturados e equipados de acordo com as
necessidades locais e regionais podem funcionar como eixos de valor acrescentado no segmento
turístico de cultura, lazer e ciência. Neste sentido, é de todo fundamental estabelecer a relação entre
estes activos a cota baixa (ribeirinha/Douro) a meia-encosta (Ancede e Gôve) com a valorização do
Mosteiro de Ancede, as Casas Senhoriais e a Vila, enquanto núcleo central do concelho, com a
instalação de equipamentos museográficos e hoteleiros, apostando na valorização do espaço público
sem barreiras, por exemplo jardins, praças, esplanadas e novos equipamentos culturais, fortalecendo
assim a imagem urbana de Campelo no contexto da sua centralidade.
43
7.8 – A Procura Turística
Do ponto de vista económico a expressão “procura turística”, traduz as
diversas quantidades de bens e serviços que os visitantes residentes e não
residentes, adquirem num determinado momento. A procura turística é o
conjunto de bens e serviços que as pessoas que se deslocam em qualidade de
visitantes adquirem para realizar as suas viagens, expressas em termos de
quantidades.
Podemos considerar dois grandes grupos de procura turística: efectiva e
potencial.
A procura efectiva é constituída pelo número de pessoas que num
determinado período participa na actividade turística, ou seja, que viaja por
razões turísticas; enquanto a procura potencial é a parte da população que
num determinado momento, não viaja por qualquer motivo mas que tem
condições para viajar no futuro quando se verifiquem alterações das situações
que, no período considerado impediram a realização da viagem.
Características fundamentais da procura turística:
a) Crescimento constante – registam-se períodos de aceleração das
taxas de crescimento da procura internacional como também se
registaram afrouxamentos significativos, mas a tendência geral foi
sempre a de crescimento;
b) Heterogeneidade – as razoes que levam as pessoas a viajar, são
extremamente diversificadas. As pessoas tanto viajam por motivos de
carácter pessoal, motivos sociais, profissionais e/ou familiares e por
muitos outros. Na actualidade, os motivos das viagens são
necessariamente mais variados, havendo necessidade de maior número
de produtos para lhe dar satisfação;
c) Concentração – no tempo – a nível de cada destino a procura
concentra-se em poucos meses do ano, durante os quais se verificam
44
fluxos turísticos mais elevados, conduzindo ao fenómeno sazonalidade.
Na generalidade dos destinos turísticos a distribuição da procura ao
longo do ano é muito desigual conduzindo a períodos de grande procura
e períodos de reduzida procura; no espaço - a procura turística também
é muito concentrada no espaço, quer do ponto de vista das origens quer
do ponto de vista dos destinos;
d) Atractivos – a procura turística continua a ser fortemente concentrada
em atractivos. O mar, as montanhas e as grandes cidades, onde se
situam os principais centros culturais, concentram atractivos mais
procurados pelos turistas e é para aí que se dirigem as correntes
turísticas mais fortes.
45
7.9 - Marketing em Turismo
As características de serviço do turismo19
O sector turístico dedica-se basicamente, à venda de serviços (uma
estadia num hotel, uma viagem de avião), e não a um produto (carro, vestuário
ou livros). Portanto, entender as características únicas dos serviços é
importante para a compreensão de como esses serviços são comercializados.
Participação dos clientes:
Em turismo, o cliente participa na produção do serviço. Os passeios
organizados, nos quais o fornecimento e o consumo dos serviços guiados
ocorrem em simultâneo, são um bom exemplo. Quanto maior for a interacção
entre o guia turístico e o visitante, melhor será o serviço.
A qualidade perecível:
Os serviços não podem ser armazenados ou mantidos em stock. Um
avião que saia do aeroporto com lugares vagos nunca poderá vendê-los,
perdendo definitivamente esse lucro.
Conveniência:
Os serviços em geral, devem ser prestados onde e quando o cliente
quer (ou precisa), em horários e locais convenientes.
19
Cfr. DE ROSE, Alexandre Turatti (2002) Turismo: Planejamento e Marketing. Aplicação da Matriz de
Portfólio Para Destinações Turística. São Paulo, Editora Manole, Ltda.
46
Mão – de – obra:
A produção de serviços tende a ser uma mão – de – obra intensiva.
Como existe uma interacção face a face entre o prestador do serviço e o
cliente, há uma maior necessidade de funcionários. Um hotel, deve ter um
quadro de funcionários suficiente, pronto para trabalhar em cada ponto de
contacto com os clientes, como o check – in, a portaria, o restaurante entre
outros.
Intangibilidade:
Os serviços não são objectos que possam ser facilmente avaliados para
determinar se os padrões de produção foram alcançados. O mesmo serviço
pode ser avaliado de diferente forma por dois clientes, se tiverem expectativas
diferentes.
47
7.9.1 – Os Desafios de Marketing únicos na Indústria Turística
Além daqueles enfrentados por todas as empresas de serviços, o
turismo tem algumas características singulares que criam desafios adicionais
de marketing:
Dificuldade de mudar:
A oferta de serviços turísticos não pode ser transformada rapidamente
em respostas às mudanças da procura. Por exemplo, é necessário muito
tempo e dinheiro para desenvolver um resort, construir um hotel ou organizar
um sistema de transportes. Uma vez construídos, é complexo modificar a sua
capacidade.
Elasticidade:
A procura turística é altamente elástica. Isto quer dizer que uma
mudança mínima nos preços ou na disponibilidade financeira dos turistas vai
resultar numa alteração da procura.
O turismo, também tende a ser sazonal, sendo afectado por uma série
de factores subjectivos, como as preferências. Além disso, os serviços
turísticos costumam ser considerados pelo cliente como intercambiáveis entre
um fornecedor e o outro.
Divisão de serviços:
O próprio produto turístico é uma combinação de muitos serviços
distintos. Cada viagem inclui vários deles, como transporte, hospedagem,
refeições, passeios, aluguer de carros, todos prestados por empresas
diferentes. Uma má experiência em qualquer deles pode afectar a satisfação
do cliente, com a viagem como um todo.
48
7.9. 2 - Planos de Marketing
Antes de desenvolver qualquer actividade de marketing, é fundamental
elaborar um plano de marketing. É importante que os planos para destinos
turísticos sejam diferenciados dos produtos e serviços turísticos. Mesmo
tratando-se de órgãos públicos dedicados ao turismo nacional, e não de uma
empresa particular, a elaboração de um plano de marketing será benéfica. Com
a concorrência cada vez maior na indústria turística, à medida que novos
destinos são desenvolvidos, aqueles que contam com planos de marketing vão
ter um desempenho superior às que não os têm.
Os planos de marketing podem ser estratégicos, operacionais ou incluir
ambos os componentes. Os planos estratégicos focalizam basicamente
questões de longo prazo (três a cinco anos), de missão geral, metas e
objectivos. Os planos operacionais concentram-se nas etapas específicas a
serem cumpridas para atingir as metas estratégicas no curto prazo (geralmente
um ano). O plano de marketing deve dar apoio ao plano estratégico geral da
organização.
Quadro VI - Comparação entre os tipos de media mais importantes
Media Vantagens Desvantagens
Jornais Flexibilidade de tempo; ampla
cobertura de mercado; alta
credibilidade.
Má qualidade visual; vida
curta; pouca audiência
secundária (leitores além do
comprador).
Revistas Alta selectividade de
mercado; grande
credibilidade e prestígio; alta
qualidade visual; longa vida;
alta audiência secundária.
Baixa flexibilidade de tempo;
infrequência de publicação.
Televisão Alto impacto visual; alta
selectividade geográfica; alto
Alto custo; alto nível de ruído;
tempo de exposição curto;
baixa selectividade de
49
alcance. mercado.
Rádio Alta selectividade de
mercado; baixo custo total.
Percepção apenas auditiva
que gera menos atenção;
exposição fugaz.
Outdoor Alta frequência; baixo custo. Sem selectividade de
mercado alem da geográfica;
limitações criativas;
exposição muito breve.
50
7.9.2.1 - A Análise Ambiental
O turismo é altamente sensível às mudanças no cenário empresarial, de
forma que no inicio do processo de planeamento, deve-se realizar uma análise
dos principais factores deste cenário. Embora o plano de marketing não possa
prever todos os eventos possíveis, uma análise cuidada vai identificar as
actuais condições, apontar mudanças esperadas e indicar como os desafios
identificados serão enfrentados. Uma avaliação minuciosa dos factores
ambientais importantes a seguir, auxiliará na identificação de novos segmentos
de mercado bem como na preparação para mudanças previstas.
 Factores sociais, como violência, doenças e mudanças
demográficas podem ter impactos importantes sobre um destino e
as empresas ali localizadas. Esses factores, bem como a sua
importância variam de acordo com a localização geográfica.
 Factores políticos, como a legislação que regulamenta os jogos
em casinos, estabilidade política de um país, também são de
grande importância;
 Factores económicos, como mudanças em taxas de juros, taxas
de câmbio internacionais e empresas também afectam o turismo.
O sector da hospedagem é especialmente sensível a mudanças
nos ciclos económicos.
7.9.2.2 - A Análise Competitiva
Independentemente do plano de marketing, envolver um destino como
um todo ou uma única empresa, uma análise abrangente sobre a concorrência
é necessária para desenvolver um plano efectivo, devendo incluir a
comparação de atributos físicos, como o clima, número de quartos de hotel
disponíveis, atractivos, quantidade e tipo de restaurantes disponíveis. Contudo,
51
a análise completa deve ir além desses itens, considerando os elementos
intangíveis do processo turístico.
7.9.9.3 - A Análise das Tendências de Mercado
As tendências de mercado estão intimamente ligadas aos elementos
revelados na análise dos principais factores ambientais e da concorrência. Há
muitas fontes de informação disponíveis, incluindo dados públicos de câmaras
de comércio, universidades, governos, etc. Entre os factores importantes estão:
 Tendências relacionadas com os visitantes, tais como, duração da
estadia, padrões de gastos, meio de transporte e perfis
demográficos.
 Tendências da concorrência, em termos da identificação e
localização dos principais concorrentes, serviços e produtos
oferecidos, além da avaliação do sucesso dos concorrentes.
 Tendências no sector, como mudanças planeadas pelos serviços
de transporte para o local, novas construções de impacto, como
hotéis, shopping centers, atracções ou centros de convenções e
novas tecnologias que estejam a ser desenvolvidas.
7.9.2.4 - Metas e Objectivos Estratégicos
As metas e objectivos estratégicos do plano de marketing irão guiar o
desenvolvimento de todos os outros factores, devendo dar sustentação para a
missão, metas e objectivos gerais da organização como um todo. As áreas que
52
costumam ser focalizadas nos planos de marketing para destinos turísticos
são:
 Aumento no número de empregos;
 Melhoria na balança de pagamentos;
 Preservação do património cultural e do ambiente natural;
 Fortalecimento da posição competitiva frente a outros destinos;
 Aumento do número de visitantes, duração da estadia e lucros, a
partir de actividades turísticas;
Os objectivos devem ser bastante específicos, indicando alvos
quantitativos e limites de tempo, tais como um aumento percentual de emprego
durante os próximos três anos.
Isto possibilita que os resultados sejam avaliados durante a duração do
plano e se desenvolvem medidas correctivas, caso necessário.
7.9.2.5 - Planos de Acção
Uma vez que os objectivos estejam claros e os mercados – alvo
seleccionados, os planos de acção podem desenvolver-se devendo ser o mais
específicos possível e incluir cada segmento do mix de mercado na sua relação
com o objectivo determinado. O plano também deve indicar o responsável por
cada acção, bem como os fundos necessários e a sua fonte.20
20
Cfr. OMT (2003), Turismo Internacional. Uma Perspectiva Global, 2ºedição, Porto Alegre, Bookman.
53
8- Turismo Sustentável e Meio Ambiente
8.1 - Desenvolvimento Sustentável
Nos últimos anos, o desenvolvimento sustentável tem sido apresentado
como uma nova abordagem para a forma como as comunidades pensam sobre
o seu padrão de vida, a igualdade social e a manutenção de recursos naturais.
Os princípios centrais de sustentabilidade são:
 A sustentabilidade ecológica garante que o desenvolvimento seja
compatível com a manutenção dos processos ecológicos essenciais, da
diversidade biológica e dos recursos biológicos.
 A sustentabilidade social e cultural garante que o desenvolvimento
aumente o controlo das pessoas sobre as suas próprias vidas, seja
compatível com a cultura e valores dos povos que afecta e mantenha e
fortaleça a identidade da comunidade.
 A sustentabilidade económica assegura que o desenvolvimento seja
economicamente eficiente e que os recursos sejam geridos de forma a
poder sustentar gerações futuras.
54
8.2 - Sustentabilidade do Turismo
O turismo não é uma actividade que se enquadre facilmente num
conceito de sustentabilidade. O turismo internacional, por exemplo, envolve
grandes componentes de transporte, misturas culturais e competição feroz por
recursos. O exame de cada aspecto da sustentabilidade com respeito à
actividade e ao desenvolvimento do turismo resulta num quadro deprimente.
8.2.1- Limites e Capacidade de Carga
O facto de a actividade turística causar impactos sobre os aspectos
socais, culturais, ambientais e económicos de um destino traz algumas
implicações para a sustentabilidade. Mesmo com uma actividade de turismo
mais esclarecida ou mais ambientalmente amigável, existirão limites além dos
quais os impactos negativos facilmente ultrapassam as vantagens económicas.
Seria irreal pressupor que os impactos possam ser eliminados, assim, o
volume de turistas e o tipo de actividade que eles praticam terão implicação
directa na sustentabilidade. Pressupondo-se que existem impactos positivos e
negativos associados ao turismo e que os efeitos líquidos provavelmente
diminuirão conforme o volume do turismo cresça, existirão certos limites além
dos quais os turistas adicionais irão criar impactos inaceitáveis (económica,
ambiental ou socialmente).
A superação desses limites provavelmente irá afectar todas as faces do
desenvolvimento do turismo. Por exemplo, exceder:
 Os limites físicos limitam o volume dos fluxos de turistas e expõe os
turistas a riscos de segurança pessoal;
55
 Os limites ambientais também limitam os fluxos de turistas devido à
criação de problemas secundários, como risco de segurança pessoal ou
perda de atractividade do destino;
 Limites sociais e culturais geram ressentimento e conflito contra os
turistas, a partir da população anfitriã;
 Limites de fluxo de turistas afecta os níveis de satisfação dos turistas e
faz com que estes procurem um melhor produto noutro local;
 Limites económicos resultam em má alocação de recursos e factores de
produção.
A principal dificuldade com que nos estamos a deparar é a definição de
limites. Assim como nas definições de sustentabilidade, a definição desses
limites e da capacidade de carga decorrente é uma tarefa difícil.
A capacidade de carga tem sido definida como “o número máximo de
pessoas que pode usar um terreno sem uma inaceitável alteração no ambiente
físico e sem um inaceitável declínio na qualidade da experiência tida pelos
visitantes” (Mathieson e Wall, 1982).
A seguinte figura, esboça o processo pelo qual a capacidade de carga é
influenciada e pode ser medida. O diagrama mostra os grandes grupos de
factores que determinam a capacidade de carga ao longo das diferentes
plataformas que podem influenciar a magnitude e direcção dos impactos e daí
a capacidade de carga.
56
Quadro VII – Os determinantes da capacidade de carga21
Nota: Este quadro apresenta-nos um conjunto de itens a ter em conta na gestão dos segmentos turísticos que se
relacionam com a herança cultural, o ambiente, a estrutura social e os recursos endógenos, assim a avaliação dos
impactos negativos ou positivos da pratica turística, em função da capacidade de carga que cada lugar ou espaço de
uso da pratica turística.
21
Ver COOPER, Chris; et. alli. (2007) Turismo. Principios e Práticas. Porto Alegre, Bookman, pp.279. Este
quadro (esboça o processo pelo qual a capacidade de carga é influenciada e pode ser medida. O
diagrama mostra os grandes grupos de factores que determinam a capacidade de carga ao longo das
diferentes plataformas que podem influenciar a magnitude e direcção dos impactos e daí a capacidade
de carga.
57
8.3 - Sustentabilidade como uma Estratégia
Apesar das dificuldades envolvidas na tentativa de encontrar uma
definição aceitável para a sustentabilidade, que tenha um valor prático, e dos
enormes problemas na tentativa de medir factores cruciais como a capacidade
de carga de um destino existe uma luz ao fundo do túnel. A sustentabilidade,
antes de mais nada, também envolve um processo de reconhecimento e
responsabilidade: reconhecimento que os recursos utilizados para elaborar os
produtos turísticos são caros e vulneráveis; já a responsabilidade no uso
inteligente desses recursos recai sobre todos os interessados, desde os
governos e planeadores, ao sector que presta os serviços, até os turistas e
moradores locais, os quais coexistem temporariamente dentro do destino.
Uma estratégia sustentável deve envolver todos os interessados no
planeamento do turismo. A participação dos residentes locais é tão difícil de
alcançar na prática como a tentativa de fazer com que o sector se comporte de
um modo mais compreensivo e ambiental.
A sustentabilidade económica para o turismo exige planeamento através
de todos os sectores económicos. A formação de redes de parceiros no sector
poderia ser um caminho para se alcançar tal sustentabilidade, mas é
improvável que isso ocorra, dada a competitividade da indústria do turismo.
A sustentabilidade ambiental no turismo exige grande consciência e
conhecimento de impactos e das maneiras da transposição destes dentro do
mercado económico. As consequências ambientais indirectas das actividades
devem ser incluídas no cálculo dos seus preços de mercado, mas deve ser
reconhecido que os sistemas ambientais e sociais mudam ao longo do tempo
como uma consequência natural do desenvolvimento e que essas mudanças
precisam de ser acomodadas.22
22
Cfr. CHOOPER, et. alli.(2007), Turismo: Princípios e Práticas, 3ªedição, Porto Alegre, Bookman.
58
9 - Análise e Tipificação da Animação Turística
9.1 – Animação Turística
Todas as actividades que visam contribuir para melhorar ou aumentar as
condições de atracção, constituir um meio para a ocupação dos tempos livres
dos visitantes, ou para a satisfação das necessidades e experiencias
decorrentes da sua permanência no local visitado.23
Animação turística:
 Sector de grande importância para o turismo;
 Acrescenta valor à cadeia de valor produto turístico. Porque?
 Pode aumentar a competitividade dos destinos turísticos. Porque?
 A animação é considerada um produtor de serviços. Porque?
 Sector que pode actuar para atingir um dos principais objectivos de
muitos destinos: aumento da estada média do turista.
Animação turística?
 Actividades e serviços prestados a turistas, que visem o complemento
da oferta primária (alojamento, restauração, viagens, etc.), actividades
estas, que podem ser lúdicas, culturais, desportivas, ambientais. Estas
actividades, por norma incidem sobre os recursos de determinadas
regiões e devem contribuir para o desenvolvimento das mesmas.
 Sector de actuação composto por um conjunto de actividades que
permitem ao turista usufruir de forma mais plena uma determinada
experiencia turística, concedendo aos destinos de maior sucesso e
vitalidade. É um trabalho que leva simultaneamente à interpretação do
espaço envolvente e ao desenvolvimento de actividades físicas e
intelectuais que provocam um aumento da satisfação do turista.
23
Cfr. SANTOS; Luís Delfim; TERRASÊCA, Rui (1998) O Sector do Turismo no Norte de Portugal. Porto,
Edições Afrontamento
59
9.2 – Oferta de Animação Turística Regional – Amarante
Quadro VIII – Animação Turística de Amarante
Freguesia Designação Data
Amarante S. Gonçalo 1ºfim de semana de Junho
Ansiães Senhora da Moreira 1ª Quinzena de Agosto
Gatão Senhora do Vau 15 Agosto
Freixo de Cima Senhora do Leite 1º Fim-de-semana de
Setembro
Telões S. Brás 1º Fim-de-semana de
Fevereiro
Gondar Santo Amaro 2º Fim-de-semana de
Fevereiro
Gatão e Várzea S. João 24/25 de Junho
Oliveira S. Paio 26 Junho
Aboim, Ataíde e Canidelo S. Pedro 29 Junho
Amarante S. Veríssimo 3º Domingo de Julho
Figueiró S. Tiago 3º Domingo de Julho
Gouveia Nossa Senhora do Campo 4º Domingo de Julho
Freixo de Baixo Festa do Divino Salvador 1º Fim-de-semana de Agosto
Carneiro S. Martinho 1º Fim-de-semana de Agosto
Gondar Santa Maria 1º Fim-de-semana de Agosto
Telões Santa Ana 1º Fim-de-semana de Agosto
Vila Caiz Senhora da Graça 1º Fim-de-semana de Agosto
Figueiró Sagrado Coração de
Jesus
2º Domingo Agosto
Gatão Senhora da Assunção 13, 14 e 15 Agosto
Abobadela e Fregim Santa Maria 13, 14 e 15 de Agosto
Candemil Senhora do Remédio Penúltimo Domingo
Real S. Raimundo Penúltimo Domingo
S. Gens Nossa Senhora do Leite 6, 7 e 8 de Setembro
60
9.3 – Oferta de Animação Turística local
Quadro IX – Animação Turística de Baião
Freguesia Designação Data
Ancede Sr.ª de Ao Pé da Cruz 2º Domingo de Julho
Ancede Sr.ª das Boas Novas 2º Domingo de Agosto
Ancede S. Domingos 2º Domingo de Setembro
Campelo S. Bartolomeu 24 Agosto
Campelo Santo António 13 Junho
Covelas S. Tomé 1º Domingo de Julho
Frende S. João do Castelo 24 Junho
Frende Santa Maria 7 Outubro
Gestaçô S. João 24 Junho
Gestaçô Sr.ª da Graça 15 Agosto
Gôve Santa Maria 15 Agosto
Gôve Sr.ª do Loureiro 1º Domingo de Julho
Grilo Santa Maria 15 Agosto
Grilo Sr.ª do Loureiro 1º Domingo de Julho
Loivos do Monte S. Paio 26 Junho
Loivos do Monte Santa Comba 20 Junho
Loivos da Ribeira Santa Maria Madalena 22 Julho
Loivos da Ribeira Sr.ª da Lapinha 15 Agosto
Mesquinhata S. Tiago 25 Julho
Ovil Santo António 13 Junho
Ovil S. João 24 Junho
Ovil S. Pedro 29 Junho
Ovil S. Tiago 25 Julho
Ovil Sr.ª da Guia 1º Domingo de Agosto
Ribadouro Santo António 13 Junho
Santa Cruz do Douro Sr.ª do Martírio 40 dias após a Páscoa
Santa Cruz do Douro Sr.ª da Ajuda 1º Domingo de Setembro
Santa Leocádia Festa do Verão 1º Domingo de Agosto
Santa Leocádia Santa Leocádia 9 Dezembro
Santa Leocádia S. Brás 9 Fevereiro
Santa Marinha do Zêzere Santa Marinha 18 Julho
Santa Marinha do Zêzere S. Brás
Santa Marinha do Zêzere Sr.ª do Socorro 1º Domingo de Setembro
Santa Marinha do Zêzere Santa Eufémia
Teixeira S. Pedro 29 Junho
Teixeira Sr.ª do Mourão 2º Domingo após o S. Pedro
Teixeiró Sr.ª do Socorro 40 dias após a Páscoa
Tresouras S. Miguel 29 Setembro
Valadares S. Tiago 25 Julho
Viariz S. Faustino 13 Agosto
61
10- Classificação dos Recursos Turísticos
1. Património Construído, Monumental e Arqueológico
1.1 – Arqueológico
1.2 – Edificado
2. Museus e Património artístico
2.1 – Museus
3. Artesanato
3.1 – Produção
3.2 – Comercialização
4. Grupos de Folclore
5. Festas e Romarias, Manifestações populares
5.1 – Festas e Romarias
5.2 – Feiras e Mercados
5.3 – Festivais de Folclore
6. Gastronomia
7. Animação Cultural
7.1 – Eventos
7.2 – Equipamentos
8. Animação Desportiva
8.1 – Equipamentos
8.2 – Agentes
9. Infra – estruturas Turísticas
9.1 – Alojamento
9.2 – Restauração
9.3 – Campismo
62
10. Operadores e Agentes de Promoção Turística
10.1 – Postos de Turismo
11. Ambiente Rural
11.1 – Produtores/Engarrafadores de vinho – viticultura
12. Recursos Naturais, Ambientais e Paisagísticos
12.1 – Rios
12.2 – Montanhas, Serras e Vales
12.3 – Praias Fluviais
12.4 – Locais de Pesca
13. Actividades e Congressos
13.1 – Auditórios
14. Percursos, Circuitos e Roteiros
63
Os quadros que se seguem dão a conhecer a organização dos recursos
turísticos existentes no concelho de Baião
1. Património construído, Monumental e Arqueológico
1.1 – Arqueológico
Freguesia Designação do Recurso
Gove Castro de Cruito
S. João de Ovil Dólmen de Chã de Parada
S. João de Ovil Mamoas de Chã de Parada
S. João de Ovil Mamoas de Meninos do Castro
S. João de Ovil Mamoas do Monte da Oliveira
s. João de Ovil Mamoa do Outeiro de Ante
Santa Marinha do Zêzere Castro do Barreiro
1.2 – Edificado
Freguesia Designação do Recurso
Ancede Igreja Paroquial
Ancede Igreja Velha de Ancede
Ancede Convento de Ermelo
Ancede Mosteiro de Santo André
Ancede Capela de S. Domingos
Ancede Capela Nossa Senhora do Bom Despacho
Ancede Capela de Santo António
Ancede Capela da Senhora das Boas Novas
Ancede Capela da Senhora ao Pé da Cruz
Ancede Casa de Penalva
Campelo Igreja Paroquial de Baião
Campelo Casa de Penaventosa
Campelo Casa de Freixieiro
Campelo Casa de Pinheiro
Campelo Capela de S. Brás
Campelo Casa de Arrabalde
Campelo Capela de Santo António
Campelo Capela de S. Sebastião
S. Tomé de Covelas Igreja Paroquial de S. Tomé de Covelas
S. Tomé de Covelas Casa de Gonçalo de Labazim
S. Tomé de Covelas Quinta das Quintãs
S. Tomé de Covelas Casa das Casinhas
S. Tomé de Covelas Casa do Outeiro
S. Tomé de Covelas Casa da Torre de Gem
Frende Capela de S. João
Gestaçô Capela de Nossa Senhora da Graça
Gestaçô Quinta do Ferro
Gestaçô Igreja Paroquial
Gove Igreja de Santa Maria do Gove
Gove Capela de Sant´Ana
64
Gove Ponte do Avenal
Grilo Igreja de S. João Baptista
Grilo Casa de Vilamoura
Grilo Capela de Nossa Senhora do Loureiro
Loivos do Monte Igreja de S. Paio
Loivos do Monte Capela de Santa Comba de Telões
Loivos do Monte Casa de Arcouce
Loivos do Monte Casa de Cruzeiro
Loivos da Ribeira Pelourinho
Loivos da Ribeira Quinta do Paço
Loivos da Ribeira Quinta da Ribeira
Loivos da Ribeira Igreja de Santa Maria Madalena
Loivos da Ribeira Capela de Nossa Senhora da Saúde
Loivos da Ribeira Capela de Nossa Senhora da Lapinha
Mesquinhata Igreja de São Tiago
Mesquinhata Casa da Cochêca
S. João de Ovil Igreja Paroquial de S. João de Ovil
S. João de Ovil Casa de Chavães
S. João de Ovil Capela de S. Pedro
S. João de Ovil Capela de S. António
S. João de Ovil Capela de Nossa Senhora da Guia
S. João de Ovil Capela de Santiago
Ribadouro Igreja de Porto Manso
Ribadouro Torre de Porto Manso (Casa da Eira)
Ribadouro Ponte Ferroviária da Pala
Ribadouro Ponte Ferroviária de Porto Manso
Santa Cruz do Douro Igreja de Santa Cruz
Santa Cruz do Douro Casa da Coelheira
Santa Cruz do Douro Casa de S. João do Abelhal
Santa Cruz do Douro Casa da Capela de Lazarim
Santa Cruz do Douro Casa do Gondarinho
Santa Cruz do Douro Casa do Ladeiro
Santa Cruz do Douro Casa de Cedofeita
Santa Cruz do Douro Casa de Agrelos
Santa Cruz do Douro Casa da Torre do Cabeção
Santa Cruz do Douro Casa da Vila Nova (Tormes)
Santa Cruz do Douro Capela de Nossa Senhora do Martírio
Santa Cruz do Douro Capela de Nossa Senhora do Calvário
Santa Cruz do Douro Capela de Nossa Senhora da Ajuda
Santa Cruz do Douro Capela de Nossa Senhora dos Desamparados
Santa Leocádia Igreja Paroquial de Santa Leocádia
Santa Leocádia Quinta do Paço
Santa Leocádia Casa de Balde
Santa Leocádia Casa da Roupeira
Santa Leocádia Casa das Quartas
Santa Leocádia Casa do Miradouro
Santa Leocádia Casa da Lage
Santa Leocádia Capela de S. Jorge
Santa Marinha do Zêzere Casa da Ermida
Santa Marinha do Zêzere Casa da Granja
Santa Marinha do Zêzere Casa do Fundo Lugar (S. Pedro)
Santa Marinha do Zêzere Casas Novas
Santa Marinha do Zêzere Casa de Entre Águas
65
2. Museus e Património Artístico
2.1 – Museus
Freguesia Designação do Recurso
Campelo Museu Municipal de Baião
3. Artesanato
3.1 – Produção
Freguesia Designação do Recurso
Ancede Trabalhos em cantaria
Covelas Cestaria
Frende Cestas de Piorna
Gestaçô Bengalas de Gestaçô
Gestaçô Mãos de guarda-chuva
Gestaçô Tecelagem
Gestaçô Funilaria
Mesquinhata Ferraria
Santa Marinha do Zêzere Igreja Matriz de Santa Marinha do Zêzere
Santa Marinha do Zêzere Casa de Travanca
Santa Marinha do Zêzere Quinta do Ervedal
Santa Marinha do Zêzere Capela de S. Brás
Santa Marinha do Zêzere Capela de Santa Eufémia
Santa Marinha do Zêzere Capela da Senhora do Socorro
Teixeira Pelourinho da Teixeira
Teixeira Capela de Nossa Senhora dos Remédios
Teixeira Igreja Paroquial
Teixeiró Igreja Paroquial
Teixeiró Capela de Nossa Senhora do Socorro
Teixeiró Quinta do Paço
Tresouras Igreja Paroquial
Tresouras Casa do Espinhal
Tresouras Casa da Cancela
Valadares Igreja Matriz de Valadares
Valadares Casa do Terreiro
Valadares Casa da Forca
Valadares Capela de Diagares
Valadares Igreja Matriz de Valadares
Viariz Igreja Paroquial
Viariz Alminhas do Outeiro
Viariz Capela de S. Faustino
Viariz Penedo dos Cornudos
66
3.2 – Comercialização
Freguesia Designação do Recurso
Campelo Dólmen
Campelo Posto de Turismo
Gestaçô Casa das Bengalas
4. Grupos de Folclore
Freguesia Designação do recurso
Ancede Rancho Folclórico de Ancede
Campelo Rancho Folclórico de Baião
Frende As Cesteiras de Frende
Gestaçô Rancho Folclórico Danças e Cantares
Santa Cruz do Douro Rancho Folclórico da Associação
Cultural e Recreativa de Santa cruz do Douro
Valadares Rancho Folclórico “As ceifeiras de Valadares”
5. Festas e Romarias, Manifestações Populares
5.1 – Festas e Romarias
Freguesia Designação do recurso
Campelo S. Bartolomeu
Campelo Nossa Senhora da Guia
Campelo S. Brás
Frende São João de Castelo
Frende Santa Maria de Frende
Gestaçô Senhora da Graça
Gestaçô São João
Gestaçô Nossa Senhora do Alívio
Gestaçô S. Miguel
Grilo São João Baptista
Grilo Senhora do Loureiro
Loivos da Ribeira Senhora da Lapinha
Loivos da Ribeira Santa Maria Madalena
Mesquinhata São Tiago
Teixeira São Pedro
Teixeiró Nossa Senhora do Socorro
Tresouras São Miguel
Valadares São Tiago
Viariz São Tiago
Viariz São Faustino
Viariz Santíssimo Sacramento
Viariz Senhora do Amparo
67
5.2 – Feiras e Mercados
Freguesia Designação do recurso
Ancede Feira de Ancede
Campelo Feira do Tijelinho
Gestaçô Feira de Nossa Senhora da Graça
Santra Marinha do Zêzere Feira de Santa Marinha
Tresouras Feira de Tresouras
5.3– Festivais de Folclore
Freguesia Designação do Recurso
Campelo Festival Folclórico de Baião
Santa Cruz do Douro Festival Internacional de Ranchos
6 – Gastronomia
Freguesia Designação do Recurso
Campelo Anho assado e arroz do forno
Campelo Fumeiro
Gestaçô Bazulaque
Mesquinhata Cavacas de Mesquinhata
Santa Cruz do Douro Arroz de Favas
Santa Cruz do Douro Caldo de Galinha
Teixeira Doce da Teixeira
Valadares Sopa Doce
Valadares Torresmada
7. Animação Cultural
7.1 – Eventos
Freguesia Designação do Recurso
Campelo Feira do Fumeiro e do Cozido à
Portuguesa
Campelo Feiro do Anho Assado e do Arroz do
Forno
Campelo Concentração Motard
S. João de Ovil Festa da Juventude (Byonritmos)
68
7.2 – Equipamentos
Freguesia Designação do Recurso
Campelo Biblioteca Municipal de Baião
Campelo Auditório Municipal de Baião
S. João de Ovil Casa da Juventude e Desporto de Baião
Gestaçô Casa das Bengalas de Gestaçô
Santa Cruz do Douro Fundação Eça de Queirós
8 – Animação Desportiva
8.1 - Equipamentos
Freguesia Designação do Recurso
Campelo Pavilhão Multiusos de Baião
Campelo Piscina Municipal de Baião
Campelo Campo de Futebol do Prenhô
8.2 – Agentes
Freguesia Designação do Recurso
Ancede Associação Desportiva de Ancede
Campelo Associação Desportiva de Baião
Santa Cruz do Douro Associação Desportiva de Santa Cruz do
Douro
Santa Marinha do Zêzere Futebol Clube Zezerênse
9. Infra – estruturas turísticas
9.1 – Alojamento
Freguesia Designação do recurso
Ancede Casa da Lavandeira
Ancede Casa da Viombra
Campelo Pensão Borges
Gestaçô Quinta de Marnotos
Mesquinhata Casa da Cochêca
Ribadouro Casa da Torre
S. João de Ovil Casa da Juventude e Desporto de Baião
S. Tomé de Covelas Quinta das Quintãs
Santa Cruz do Douro Douro Palace Hotel Resort & SPA
Santa Marinha do Zêzere Quinta da Ermida
Santa Marinha do Zêzere Quinta do Ervedal
Santa Marinha do Zêzere Quinta de Guimarães
Santa Marinha do Zêzere O Casarão
Tresouras Casa das Feitorias
69
9.2 – Restauração
Freguesia Designação do recurso
Ancede Restaurante O Famoso
Ancede Restaurante O Vasconcelos
Ancede Restaurante O Brasão
Campelo Restaurante Fonte Nova
Campelo Restaurante A Flor de Baião
Campelo Restaurante Pensão Borges
Campelo Restaurante O Assador da Vila
Campelo Restaurante O Avô Salvador
Campelo Restaurante O Pinto
Campelo Pizzaria Primavera
Campelo Pizzaria Tentacione
Gove Restaurante O Almocreve
Gove Restaurante A Tapada
Loivos do Monte Retiro das Noveleiras
Ribadouro Churrasqueira da Azenha
Santa Cruz do Douro Casa do Lavrador
Santa Marinha do Zêzere Restaurante O Cruzeiro
Santa Marinha do Zêzere Restaurante Barriga Farta
Santa Marinha do Zêzere Restaurante O Camponês
Santa Marinha do Zêzere Restaurante O Ideal
Santa Marinha do Zêzere Restaurante A Princesa do Zêzere
Santa Marinha do Zêzere Restaurante Monte Rebel
10. Operadores e Agentes de Promoção Turística
10.1 – Posto de Turismo
Freguesia Designação do recurso
Campelo Posto de Turismo
9.3 – Campismo
Freguesia Designação do recurso
Ancede Parque de Campismo do Fojo
11 – Ambiente Rural
11.1– Produtores/Engarrafadores de vinho - viticultura
Freguesia Designação do recurso
Gôve Adega Cooperativa de Baião
Gestaçô Quinta do Ferro
Gestaçô Quinta da Quebrada
Santa Cruz do Douro Encosta D’Aregos
Santa Cruz do Douro Fundação Eça de Queirós
70
12. Recursos Naturais, Ambientais e Paisagísticos
12.1- Rios
Freguesia Designação do recurso
Loivos do Monte Rio Ovil
Teixeira Rio Teixeira
Viariz Rio Zêzere
Sória (Espanha) Rio Douro
12.2 – Montanhas, Serras e Vales
Freguesia Designação do recurso
S. João de Ovil Serra da Aboboreira
S. João de Ovil Serra de Matos
Teixeira Serra do Marão
12.3 – Praias fluviais
Freguesia Designação do recurso
Campelo Praia Fluvial do Prenhô
S. João de Ovil Praia Fluvial de Ovil
12.4 – Locais de Pesca
Freguesia Designação do recurso
Campelo Rio Ovil
Ribadouro Pala
Santa Cruz do Douro Aregos
Santa Cruz do Douro Quinta do Porto Ferrado
Santa Cruz do Douro Quinta de Moninho
Santa Leocádia Casa da Lage
Santa Marinha do Zêzere Casa das Corujeiras
Santa Marinha do Zêzere Sociedade Agrícola e Comercial do
Zêzere, LDA
S. Tomé de Covelas Quinta das Quintãs
Viariz Casa da Mó
Valadares Casa das Hortas
Tresouras Casa da Cancela
71
13. Actividades e Congressos
13.1 – Auditórios
Freguesia Designação do Recurso
Campelo Auditório Municipal de Baião
14. Percursos, Circuitos e Roteiros
Freguesia Designação do Recurso
Ancede Roteiro Centro Interpretativo da Vinha e
do Vinho
Contributos para um Plano Estratégico de Animação Turística para o Concelho de Baião (P.E.A.T.B)
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Contributos para um Plano Estratégico de Animação Turística para o Concelho de Baião (P.E.A.T.B)

  • 1. Escola EB 2.3/S de Baião Curso Profissional de Técnicos de Turismo Ambiental e Rural Prova de Aptidão Profissional Contributos para um Plano Estratégico de Animação Turística para o Concelho de Baião (P.E.A.T.B) Daniela Azevedo Maria João Pinto Rute Teixeira Susana Carvalheira Baião / 2010
  • 2. 2 Escola EB 2.3/S de Baião Curso Profissional de Técnicos de Turismo Ambiental e Rural Prova de Aptidão Profissional Contributos para um Plano Estratégico de Animação Turística para o Concelho de Baião (P.E.A.T.B) Esta Prova de Aptidão Profissional foi realizada no âmbito do Curso Profissional de Técnicos de Turismo Ambiental e Rural, orientada pelo professor Fernando Matos Rodrigues, pelas alunas Daniela Azevedo, Maria João Pinto, Rute Teixeira e Susana Carvalheira. Baião / 2010
  • 3. 3 Índice 1 – Resumo…………………………………………………………………………………….7 1.2 – Abstract …………………………………………………………………………8 2 – Introduçao …………………………………………………………………………………9 3 – Objectivos deste estudo ………………………………………………………………...10 4 –Metodologia de Suporte ao Desenvolvimento do Estudo ……...…………………….12 5- Enquadramento Territorial de Baião ……………………………………………………15 6– Território de Suporte ao P.E.A.T.B. ………………………………………………….. 16 6.1 –Estruturação do Território 6.1.1 – Sistema Urbano ……………………………………………………….18 6.1.2 – Acessibilidades e Transportes …………………………………….…20 6.1.3 – Ambiente e Recusos Naturais …………………………………....…23 6.1.4 – Cultura ……………………………………………………………....…26 6.1.5 – Turismo ………………………………………………………………...28 7– Análise da Oferta e da Procura Turística 7.1 – A Oferta Turística ……………………………………………………………...30 7.2 – Atractivos Turísticos …………………………………………………………...33 7.3 – Enquadramento Territorial de Marco de Canaveses ……………………....36 7.4 – Oferta de Alojamento Turístico Regional – Marco de Canaveses …….....37 7.5 –Enquadramento Territorial de Amarante …………………………………….38 7.6 – Oferta de Alojamento Turístico Regional - Amarante …………………..….39 7.7 – Oferta de Alojamento Turístico Local ………………………….…….……. .41 7.8 – A Procura Turística ……………………………………………………..… …43 7.9 – Marketing em Turismo ………………………………………………….….…45 7.9.1 – Os Desafios de Marketing únicos na Indústria Turística …....…..47 7.9.2 – Planos de Marketing………………………………………………...48
  • 4. 4 7.9.2.1 – A Análise Ambiental ………………………….………………….50 7.9.2.2 – A Análise Competitiva ………………..……………………..…..50 7.9.2.3 – A Análise das Tendências de Mercado ………………..……..51 7.9.2.4 –Metas e Objectivos Estratégicos ………………………..……..51 7.9.2.5 – Planos de Acção …………………………………………..…….52 8 – Turismo Sustentável e Meio Ambiente 8.1 –Desenvolvimento Sustentável ……………………………..………………..53 8.2 – Sustentabilidade do Turismo …………………………….…………………54 8.2.1 – Limites e Capacidade de Carga………………….………………..54 8.3 – Sustentabilidade como uma Estratégia ………………….…………….....57 9 – Análise e Tipificação da Animação Turística 9.1 – A Animação Turística ……………………………………………………….58 9.2 –Oferta de Animação Turística Regional - Amarante ……………………...59 9.3 – Oferta de Animação Turística Local ……………………………………….60 10– Classificação dos Recursos Turísticos ………………………………………………61 Capítulo II 2 -PLANO ESTRATÉGICO DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA PARA O CONCELHO DE BAIÃO - P.E.A.T.B. 2.1 – Principios Orientadores……………………………………………………………...72 2.2 – Objectivos 2.2.1 – Objectivos Gerais ..…………………………………………………73 2.2.2 – Objectivos Específicos ……………………………………………74 3–Planeamento do Turismo 3.1 – Necessidade de Planeamento da Actividade Turística ………….75 3.2 – Importância do Planeamento …………………………………………..76
  • 5. 5 4–Aspectos Básicos sobre Planeamento 4.1 – Conceitos ........................................................................................78 4.2 – A Prática..........................................................................................79 4.2.1 –Planeamento .........................................................................82 4.3 – O Processo .....................................................................................84 5– O Processo de Planeamento no Desenvolvimento Turiístico .................................87 5.1 –Reconhecimento e Preparaçao do Estudo .......................................89 5.2 –Estabelecimento de Objectivos ou Metas para a Estratégia .............89 5.3 – Pesquisa sobre Dados Existentes ...................................................90 5.4 – Implementação de Novas Pequisas ................................................90 5.5 – Análise ............................................................................................91 5.5.1 –Avaliação do Potencial Turístico...........................................91 5.6 – Análise de Mercado.........................................................................91 5.6.1 - Planeamento e Desenvolvimento ........................................91 5.6.2 – Avaliação de Impacto ..........................................................91 5.6.3– Política de Acção e Formulação de Planos...........................92 5.7– Recomendações ...............................................................................92 5.8 – Implementaçao do Plano..................................................................92 5.9 – Monitorização e Reformulação.........................................................93 6– Planeamento do Desenvolvimento do Turismo: quando não dá certo....................94 6.1– Fracasso do Plano no Estágio do Projecto........................................94 7– Planeamento do Turismo a Nível Local 7.1– O Turismo e o Município ...................................................................96 7.2– O Papel do Turismo no Âmbito Municipal..........................................98 7.3– Organização do Turismo no Âmbito Municipal ................................100 8– Estrutura de um Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico .........................103 8.1– Elementos Essenciais na Elaboração de um Plano Municipal de Turismo 8.1.1– O Diagnóstico............................................................................103
  • 6. 6 8.1.2– Prognóstico ................................................................................106 8.1.3– Propostas...................................................................................107 8.1.4–Implementação do Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico .................................................................................................................................107 8.1.5– Avaliação Contínua ....................................................................107 8.2 – Estrutura e Conteúdo de um Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico....................................................................................................................108 9– Análise SWOT .....................................................................................................109 9.1 – Análise SWOT aplicada ao Concelho de Baião...................................112 10 - Alguns Contributos para uma Programação Turística Sustentável e Alternativa……………………………………………………………………………………115 11 - Apêndice……………………………………………………….………………………117 11.1 - Apêndice Documental………………………………….…………………..117 11.2 - Apêndice Fotográfico…………………………………….………………...147 12 - Bibliografia………………………………………………………….…………………..166 13 - Netgrafia…………………………………………………………….…………………..167
  • 7. 7 1 - Resumo O nosso trabalho consiste num plano estratégico de animação turística, incidindo em diversas áreas como o planeamento, a organização e programação turística. O turismo está a tornar-se numa força que cresce cada vez mais em importância na economia mundial constituindo assim, uma forma de desenvolvimento económico. Esta actividade torna-se num tipo de indústria, que tem exigências e impactos. Dar uma resposta a essas mesmas exigências, minimizando os impactos negativos e recebendo as recompensas, formam as metas básicas do planeamento turístico. O planeamento tem como intenção, estabelecer condições favoráveis para alcançar os objectivos propostos, devendo ordenar as acções do homem sobre o território. Este planeamento deve ser feito através de uma análise, que evidencie os pontos fortes e fracos, as oportunidades e as ameaças do meio ambiente, com a intenção de estabelecer objectivos, estratégias e acções que aumentem a competitividade, neste caso, a nível turístico. Neste sentido, o planeamento torna-se numa peça particularmente importante para o desenvolvimento turístico. Palavras - Chave: Planeamento, Programação, Ordenamento Turístico no Concelho de Baião
  • 8. 8 1.1 - Abstract Our work consists on a strategic plan of tourist animation, giving emphasis to different areas such as tourism planning, organization and programming. Tourism is becoming a force that is growing increasingly in importance in the global economy thus constituting a form of economic development. This activity becomes a kind of industry, which has requirements and impacts. To give a response to those requirements, minimizing the negative impacts and getting the rewards, form the basic goals of tourism planning. The intention of this is to establish favourable conditions for achieving the settled se objectives and should guide the man's actions on the territory. This planning must be done through an analysis showing the strengths and weaknesses, opportunities and threats to the environment, with the intention of establishing objectives, strategies and actions to increase competitiveness, in a tourism level. In this sense, planning becomes a particularly important part of tourism development. Key – Words: Planning, Programming, Tourist Planning in Baião
  • 9. 9 2 - Introdução Este trabalho, realizado no âmbito do Curso Profissional de Técnicos de Turismo Ambiental e Rural, tem como principal objectivo contribuir para a discussão e implementação no concelho de Baião de uma estratégia de animação e programação de desenvolvimento turístico. Esta avaliação – diagnóstico do produto turístico de Baião contrasta com inúmeras possibilidades de diversificação da oferta turística presente na análise das potencialidades e dos recursos naturais e culturais, que embora existentes não são efectivamente utilizados. Também é igualmente objectivo deste relatório / instrumento potenciar mecanismos que através da introdução de novos produtos no mercado da oferta turística, permitam ampliar o volume de oportunidades de negócio e incentivar o circuito económico local, promovendo e detectando novas oportunidades de negócio. Neste sentido, considera-se pertinente abordar as questões relacionadas com o território de suporte ao P.E.A.T.B, nomeadamente nas questões ambientais, económicas, sociais e turísticas. Pretende-se também, de forma simples, fazer uma análise de nível local e regional, no que diz respeito à oferta e procura turística, à animação turística, sendo esta, um agente multiplicador da economia que gera mecanismos de ampliação do tecido empresarial e da renda turística, assumindo assim a condição de produto de excelência. No fundo, este relatório, enquadrado no âmbito legal e curricular do Curso de Turismo, pretende ser uma resposta a uma necessidade de conclusão do nosso curso, mas também é uma oportunidade para estudarmos e reflectirmos sobre a nossa terra – Baião, enquanto naturais e residentes em Baião.
  • 10. 10 3 - Objectivos deste Estudo Pretende-se com a análise realizada no concelho de Baião, “dotar” o concelho de uma “estratégia” integrada no desenvolvimento turístico. O objectivo deste trabalho é definir e contribuir para uma estratégia integrada de desenvolvimento, em que seja possível fazer o cruzamento de potencialidades existentes em todo o território a três níveis: espaço rural, natural e urbano. Elaborando, assim, um plano de acção que promova o desenvolvimento turístico e social da região de forma integrada e sustentada (Martinez, 2000). Pretende-se definir qual o plano mais ajustado para Baião, que mobilize o sector em torno de um objectivo que permita: o Definir uma estratégia para o turismo; o Definir Baião enquanto destino turístico; o Aumentar a atractividade de Baião; o Melhorar a experiencia dos visitantes (aumentando a frequência e tempo de estada, bem como o seu gasto médio); o Melhorar a qualidade de vida dos residentes; o Atenuar o despovoamento no concelho; o Fomentar um maior rendimento familiar, atendendo a uma diminuição da falta de postos de trabalho; o Potenciar o desenvolvimento local sustentável; o Preservar e recuperar a paisagem rural/natural, o que implica dinheiro e conhecimento, estabelecendo sinergias/ parcerias; o A projecção da imagem concelhia, como região, com um bom património ambiental, paisagístico e cultural; o Melhorar as acessibilidades; o Incentivar o turismo Rural e de habitação; o Promover os produtos naturais;1 1 Por exemplo: o vinho, doçaria, artesanato e gastronomia.
  • 11. 11 Figura 1 -Desenvolvimento turístico no espaço rural: contribuição – preservação, in Martinez e Monzonís, 2000, 12. Estes quatro elementos (economia, cultura, sociedade e meio ambiente), devem envolver o turismo nas áreas rurais com uma importância redobrada, enriquecendo o desenvolvimento da actividade turística, fazendo com que os recursos existentes se tornem um atractivo à procura do meio rural.2 2 Cfr. CHOU, José Walter Teles; ANDRADE, José Roberto de Lima (2006), Intervenção arquitectónica e produto turístico, in Caderno Virtual de Turismo vol.6 nº4, pp.31 e ss.
  • 12. 12 4. Metodologia de Suporte ao Desenvolvimento do Estudo Na realização deste estudo segue um conjunto de teorias, métodos e conceitos próprios das ciências sociais. A utilização de regras e métodos científicos visa uma aproximação objectiva e racional ao estudo de caso. Existem duas áreas de conhecimento, o conhecimento vulgar e o cientifico. Quando se fala de conhecimento vulgar, faz-se referência a um conhecimento que tem como fontes a autoridade, o bom senso, a tradição, ou seja, trata-se de um conhecimento de senso comum. Em contrapartida, o conhecimento científico exige um trabalho metódico e sistemático, assente em critérios sistemáticos e objectivados. O método, é uma característica fundamental de qualquer ciência, para que seja reconhecida como tal. Qualquer trabalho de investigação utiliza técnicas e métodos de investigação específica para que seja possível responder às dúvidas e questões colocadas pelo investigador.3 A metodologia implica que o processo de investigação seja faseado pelas seguintes etapas: formulação do problema, definição da metodologia, recolha de dados, análise de dados e conclusões, caso seja possível. O método indutivo é feito através da observação objectiva e sistemática, da experimentação para confirmar os factos de observações particulares. O método dedutivo exige uma formulação do problema a partir da interpretação dos fenómenos sociais, partindo frequentemente do geral para o particular. Existem também, duas técnicas que são utilizadas para que se consiga obter resultados que nos levem à construção do conhecimento, sendo elas as técnicas documentais e as técnicas não – documentais. 3 ALMEIDA, João Ferreira de; PINTO, José Madureira (1990) A Investigação nas Ciências Sociais. Lisboa, Editorial Presença.
  • 13. 13 As documentais têm como base a procura de elementos em diversos tipos de documentos, que poderá englobar desde documentos escritos a registos audiovisuais e estatísticos, etc. Por sua vez, das técnicas não – documentais fazem parte: a observação participante, a experimentação e observação não participante, ou seja, os testes, as medidas de atitude e opiniões, o inquérito, o questionário e a entrevista que pode ser clínica, em profundidade ou centrada, formal e informal. As técnicas não – documentais têm por base a observação, sendo assim necessário que o investigador “abandone” o seu ambiente de trabalho e que passe a fazer parte da situação social que deseja estudar, que não é o caso. Pelo menos em parte, claro que tivemos que abandonar a sala de aula e partir para o terreno, falar, ouvir, observar, registar e anotar. Na observação – participação, o investigador participa e integra o grupo quase ao ponto de se fazer esquecer como observador. Na participação – observação, a acção do investigador é diferente pois este nem sempre consegue ser aceite no grupo. A observação não – participante implica que haja uma distância entre o investigador e o objecto de análise. O inquérito por questionário é utilizado quando se investiga um amplo conjunto de indivíduos precisando assim, de preparar todas as questões que deseja que sejam abordadas para que consiga desta forma recolher o máximo de informação. A entrevista é uma técnica de recolha de informações, sendo necessária a elaboração de um questionário, para que a linguagem se ajuste ao entrevistador, para que não sejam criadas condições que possam de qualquer forma impedir o diálogo. Distinguem-se assim vários tipos de entrevistas: a entrevista não estruturada ou livre, a entrevista estruturada ou directa e a entrevista semi – estruturada ou semi – directiva. Na entrevista não estruturada ou livre é dada à pessoa entrevistada, liberdade total.
  • 14. 14 A entrevista estruturada tem por finalidade obter o maior número de informações estandardizadas, sendo as perguntas idênticas e fechadas, onde o entrevistador não dá uma resposta mais aprofundada. Na entrevista semi – estruturada ou semi – directiva é dada liberdade ao entrevistador, dando-lhes temo para responder. No que diz respeito aos testes, estes são técnicas complementares que permitem obter mais informações acerca dos casos a estudar. Neste contexto a metodologia, passa inicialmente pela análise do território, desde os recursos turísticos, ou seja, alojamento, restauração, animação, património, ruralidade e natureza. Assim, a análise do território permite que seja definido um zonamento, em função de necessidades de intervenção no concelho. No nosso trabalho, privilegiam a observação não participante, centrada num olhar distanciado que nos possibilita uma maior objectividade e rigor na análise e na recolha de dados, sem nunca perder a noção de que também somos actores activos, integrados na estrutura social e cultural de Baião. O facto de sermos naturais de Baião e de residirmos aqui, também pode ser e é, uma vantagem para a realização da nossa prova.
  • 15. 15 5 - Enquadramento Territorial de Baião O concelho de Baião está integrado na região norte, que por sua vez faz parte da sub-região do Tâmega, com uma área territorial de 176km² e com uma população residente de 21 152 habitantes em 2006. O concelho é composto por vinte freguesias, sendo Campelo o centro da vila. O município é limitado a norte pelo município de Amarante, a leste por Peso da Régua e Mesão Frio, a sul por Resende e Cinfães e a oeste pelo Marco de Canaveses. O território concelhio encontra-se estruturado em termos de acessibilidades rodoviárias por dois eixos principais, a Estrada Nacional 101 ligando Amarante ao Peso da Régua, fazendo ligação ao IP4, estabelecendo ligação entre o litoral (a cidade do Porto e a sua respectiva área Metropolitana e a região das terras altas de Trás-os-Montes, especialmente a cidade universitária de Vila Real), o segundo eixo estruturante é a estrada Nacional 321 e 321-1, que estabelece a ligação entre a Cidade do Marco de Canaveses e a Vila de Baião. Figura 2 – Mapa do enquadramento de Baião em Portugal
  • 16. 16 6– Território de Suporte ao P.E.A.T.B Os lugares no espaço rural português constituem um dos fenómenos sócio–antropológico mais complexos e profundos da nossa identidade cultural. Os sistemas culturais actuam e interagem sobre a organização e construção do espaço de forma a gravar nele um conjunto poliédrico de marcas sociais no seu territorium, funcionam como esteios de memória colectiva, motores de idiossincrasia sócio–cultural do lugar no espaço rural (Cfr. Matos Rodrigues, 1997). O lugar perde identidade em prol de um conjunto de ideias plásticas e redutoras que promovem uma imagem industrial de marketing publicitário e de “paraíso rural”. O lugar torna-se cada vez mais fantasmagórico, quer isto dizer que o local é completamente penetrado e modelado por influências sociais muito distantes. O espaço, enquanto fenómeno social participa na organização de uma arquitectura de lugar, no qual a paisagem rural nos aparece como fruto de um casamento entre a terra e o homem (cf. Bernard Charbonneau: 1990, 46-7, 74-5). A natureza social do lugar é composta por diversos elementos que participam na formação e estruturação do próprio locus: o território, o ambiente natural, o espaço, a técnica, a cosmologia, a temporalidade, etc. O lugar tem assim uma escala própria. O espaço habitado, construído e vivido no seio da intimidade afectiva e familiar do lugar, contribui para forjar uma película socializadora dos homens deste lugar em relação aos homens de fora do lugar. O lugar habitado funciona como motor de produção e representação das identidades locais. O espaço festivo do lugar representa uma das isotopias do sagrado neste espaço rural em transformação e decadência acelerada, motivada pela desvalorização do lugar e do seu património construído e arquitectónico, de tal forma que os lugares do sagrado são marcas identificativas do espaço social rural (Matos Rodrigues, Idem). O espaço social construído do lugar na ruralidade é extremamente carregado de significância e de metáfora sócio – religiosa.
  • 17. 17 A festa é para estas gentes rurais, uma ocasião socialmente autorizada de manifestação de sentimentos que normalmente reprimimos ou descuidamos. O lugar habitado funciona como “casulo” de produção e representação das identidades locais, enquanto marcas etno – históricas e formas substantivadas do seu quotidiano festivo – religioso. Através destes momentos festivos e dos seus rituais, os homens do campo estabelecem uma anamnese recordativa das grandes acções divinas ou heróicas do tempo primordial. A construção da identidade dos lugares no espaço rural, aparece relacionada com um conjunto de particularidades locais e regionais. A formação social do lugar no espaço rural, implica naturalmente o desenvolvimento de um património cultural: como por exemplo, o património construído e arquitectónico, que contribui para o aparecimento de uma identidade do sitio enquanto produto social, económico, cultural e ecológico – ambiental da dinâmica do lugar. A identidade e o património dos lugares da ruralidade, encontra-se perante uma sistemática e selvagem uniformização e banalização espacial motivada pela especulação imobiliária, própria de uma sociedade de consumo capitalista. Nestes lugares rurais, verdadeiros palácios de memória, produtos de uma cultura milenar, o lugar é essencialmente lugar de memória. O lugar aparece-nos, como um triângulo cultural dinâmico, composto pelos seguintes elementos: espaço, tempo e sociedade. O espaço social é composto por um conjunto de elementos materiais e espirituais que contribuem para a definição de um complexo território de sociabilidade como entidades territorialmente diferenciadas.4 4 Cfr. Rodrigues, Fernando Matos (1997) “ A dimensão poliédrica do espaço rural” in Cadernos ESAP (Fernando Matos Rodrigues, Director) Porto, ESAP, vol. I, pp 53 e ss.
  • 18. 18 6.1 - Estruturação do território 6.1.1 - Sistema urbano O sistema urbano do espaço territorial do Entre Douro e Tâmega é constituído por um conjunto de aglomerados que podem ser hierarquizados da seguinte forma: Figura 3 – Área de Influencia da Área Metropolitana do Porto, in Movimentos Pendulares e Organização do Território Metropolitano.  Nível 1: eixo cidade de Amarante/cidade do Marco de Canaveses, correspondente aos centros urbanos com maior carácter urbano e dinamismo económico e que apresentam significativa capacidade de atracção, de carácter supra – municipal, no território envolvente;  Nível 2: vilas sedes do concelho/Baião, Celorico de Basto, Cinfães, Resende e Mondim de Basto) que, pela concentração de equipamentos
  • 19. 19 públicos, empresas de serviços e comércio apresentam capacidade de atracção especialmente no território municipal;  Nível 3: outras vilas (especialmente Vila Meã, Sta. Marinha do Zêzere, Arco de Baúlhe e Alpendurada) que detêm um relativo grau de urbanidade dentro do contexto municipal e apresentam capacidade de atracção que ultrapassa a freguesia;  Nível 4: outros aglomerados populacionais, onde se incluem as sedes de freguesias e outros aglomerados, que desempenham alguns serviços e possuem estabelecimentos comerciais, principalmente de comercio diário; De salientar que, muito embora o eixo da cidade de Amarante/cidade do Marco de Canaveses se situem no nível 1 no contexto do EDT, tal facto não foi considerado suficiente para que fosse classificada como “cidade média” no contexto nacional, pelo despacho nº 55/94, de 27 de Maio. Com a melhoria das acessibilidades, decorrentes da construção do IP4, tem-se verificado um elevado acréscimo de movimentos pendulares com a Área Metropolitana do Porto (AMP), principalmente a partir de Amarante e do Marco de Canaveses. Em termos perspectivos esta tendência irá acentuar-se, estendendo-se a centros urbanos de nível 2, com especial destaque para Celorico de Basto que começa agora a beneficiar da ligação directa à Via do Tâmega. No médio prazo outros centros de nível 2 e de nível 3 poderão ver o encurtamento das respectivas distâncias/tempo à AMP se forem concretizadas os prolongamentos dessas vias. Por último, as dificuldades em matéria de acessibilidades internas têm favorecido a geração dos fluxos entre municípios do EDT, do carácter intra – regional, seja para satisfação de algumas necessidades individuais seja para relações empresariais, o que prejudica a coesão interna e a articulação inter- municipal.5 5 Cfr. PACTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ENTRE DOURO E TÂMEGA. Ruralidade, Lazer e Cultura. Agência de Desenvolvimento Regional de Entre Douro e Tâmega, 2001.
  • 20. 20 6.1.2 - Acessibilidades e Transportes O transporte é o coração do turismo. É o vínculo entre a casa, o destino, a hospedagem, o atractivo e todas as outras dimensões de viagem turística. A sua eficiência, o seu conforto e a sua segurança determinam, em grande parte, a qualidade da experiência turística. Em muitos casos, o seu custo abrange a maior parte das despesas totais de um turista. Há uma relação directa entre os avanços nos transportes e o crescimento do sector turístico. O automóvel e o avião, sobretudo, tornaram as viagens acessíveis a um segmento cada vez maior da população mundial. À medida que cresce a procura por viagens, a capacidade dos transportes torna- se um factor de incentivo ou desânimo à expansão da indústria do turismo. Para muitos destinos, as limitações impostas pelos transportes e sua infra - estrutura, como os aeroportos e estradas constituem o maior obstáculo ao crescimento. No caso de os destinos serem ilhas, o acesso por ar e mar é uma condição essencial para o desenvolvimento do turismo. Sem esse acesso, haverá uma actividade turística mínima ou completamente nula.6 No caso da região do EDT, as acessibilidades regionais, durante muitos anos, foram asseguradas fundamentalmente pelos caminhos-de-ferro através da linha do Douro e da Linha do Tâmega e pela Estrada Nacional nº 15, que faz ligação Porto/Vila Real. Já na década de 90, os investimentos municipais realizados em infra - estruturas rodoviárias e o encerramento da Linha do Tâmega entre Amarante e Arco de Baúlhe fizeram alterar substancialmente os canais viários preferenciais para a realização de deslocações inter – regionais e, simultaneamente, diminuindo as distancias aos principais centros urbanos da região Norte. Actualmente, o principal eixo rodoviário é o IP4, que percorre o EDT de forma transversal, fazendo a ligação entre o Porto, Vila Real e Bragança. Os concelhos directamente beneficiados por esta via são Amarante e Marco de 6 Cfr. GEE, Y. Chuck, FAYOS- SOLÁ, Eduardo (Org.) (2003) Turismo Internacional, Uma perspectiva global, 2º edição. Bookman, pp.43.
  • 21. 21 Canaveses que estão a distâncias/tempo na ordem dos 20/40 minutos das AMP e de Vila Real.7 De facto estando em grande medida assegurada ou prevista a curto prazo a concretização das principais vias que asseguram as ligações com o exterior, encontra-se ainda por assegurar bons eixos de ligação inter – municipal que permitam reforçar as trocas e movimentos no interior da região do EDT e, consequentemente, a coesão interna deste espaço do Norte de Portugal. Neste contexto, assume particular destaque:  O prolongamento da via do Tâmega (para Norte até Arco do Baúlhe, cujo projecto se encontra em reformulação, e ara Sul até Marco de Canaveses);  A ligação de Mondim de Basto à Via do Tâmega;  A construção da EN 321-2, que ligará a Ponte da Ermida à variante è EN 211 (actualmente em construção), e que, por seu turno, ligado ao IP4;  A ligação da Ponte da Ermida ao IP3 pela variante à EN 222-2 /Resende/Bigorne);  Ligação de Cinfães através da variante à EN – 222, fazendo-se o atravessamento do Douro por uma nova ponte na Pala ou pela Barragem do Carrapatelo. Tais ligações permitem, simultaneamente, aproximar do IP4 os concelhos mais excêntricos do EDT e, portanto, com maiores dificuldades de interligação regional. Por outro lado, a perspectiva de electrificação da Linha do Douro até ao Marco de Canaveses levará, no médio prazo, a que o comboio constitua um modo de transporte bastante mais competitivo do que actualmente, em matéria de transporte de pessoas e de mercadorias. De facto, a beneficiação da linha, incluindo a respectiva sinalização e supressão da generalidade das passagens de nível, permite que as ligações entre Marco de Canaveses e o Porto se 7 Cfr. Movimentos Pendulares e Organização do Território Metropolitano: Área Metropolitana de Lisboa/Área Metropolitana do Porto (1991-2001). Lisboa, INE, Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação, 2003, pp. 79 – 92. Neste estudo concluiu-se que a AMP, em termos líquidos, permaneceu um espaço de recepção de trabalhadores e estudantes (com 15 ou mais anos) de outras regiões do país. Reforçou-se a importância dos movimentos interconcelhios e intraconcelhios, apesar de ter diminuído continuaram predominantes, p.80
  • 22. 22 realizem em cerca de uma hora, com frequência de dois comboios por hora nos períodos de maior fluxo de passageiros. Julga-se, ainda, pertinente ponderar a eventual beneficiação e electrificação desta linha entre o Marco de Canaveses e a Régua. O desenvolvimento do projecto de navegabilidade do Douro tem permitido o fortalecimento do transporte fluvial, cujos resultados já se começaram a sentir com especial ênfase nas actividades de lazer do turismo e, sobretudo, no transporte de granitos, abundantemente explorados na região. Nesta matéria, os investimentos realizados na construção e beneficiação de cais8 e ancoradouros têm-se revelado importantes, situação que importa reforçar, devendo, ainda, garantir-se uma maior estabilidade da barra do Douro. Para além disso, é também importante melhorar as ligações várias entre Alpendurada e Entre – os – Rios, facilitando assim o transporte de granitos para o cais da Sardoura.9 8 Como por exemplo, o cais da Pala, Cais da Ermida, etc. 9 Cfr. PACTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ENTRE DOURO E TÂMEGA. Ruralidade, Lazer e Cultura. Agência de Desenvolvimento Regional de Entre Douro e Tâmega, 2001.
  • 23. 23 6.1.3 - Ambiente e Recursos Naturais A configuração do território é marcada pela existência dos seguintes elementos: - Os vales encaixados onde correm os rios Douro e Tâmega, que constituem factor de barreira e simultaneamente de agregação entre o conjunto de municípios envolvidos; - O complexo montanhoso Alvão/Marão, que define o limite Oeste deste conjunto de concelhos; - As serras da Cabreira e do Barroso, que constituem o limite Norte; - As serras de Montemuro e de Bigorne, que constituem o limite Sul. Assim, a paisagem pela diversidade e pela riqueza resultantes não só das condições naturais hidro - geomorfológicas, mas também pela existência de solos “artificiais” onde, tradicionalmente, se têm praticado sistemas agrícolas policulturais, com recurso à mão-de-obra intensiva à generalização da pecuária.  As unidades paisagísticas existentes podem ser sintetizadas em:  Paisagem de policultura, marcada por explorações agrícolas de dimensões variáveis;  Paisagem marcada pela presença de vinha;  Paisagem denominada pela presença de floresta;  Paisagem dominada pela presença de pastagens e culturas forrageiras, onde a presença de animais surge ocasionalmente na forma de rebanhos, manadas, etc. Para além disso, o património natural inclui outros motivos de interesse como seja a existência de vários locais de caça, pesca e praias fluviais. Em Mondim de Basto destaca-se, ainda, a existência do Parque Natural do Alvão. Regista-se também, a existência de património construído de elevado e singular valor que enriquecem a paisagem, nomeadamente núcleos históricos
  • 24. 24 (na cidade de Amarante, na cidade do Marco de Canaveses, na aldeia do Castelo de Arnóia), igrejas românicas, as Obras do Fidalgo (Marco de Canaveses), alguns conventos (em Ancede, Alpendurada e Vila Boa do Bispo), bem como núcleos rurais razoavelmente bem preservados. Todavia, a diversidade do património natural e do património cultural existente constitui uma potencialidade ainda pouco explorada, nomeadamente na vertente turística e na sua relação com as actividades ligadas à natureza e ao desporto.10 Compreende-se que, na situação de antagonismo Ambiente/Homem que se acentuou com este novo modo de vida, se tenham traçado caminhos cada vez mais divergentes e conflituosos entre os interesses do homem e os do meio ambiente. O ambiente não pode ser reduzido a uma questão de poluição, de ruído, resíduos sólidos, esgotos e de abastecimento de águas. O ambiente deve ser encarado em toda a sua complexidade e o homem ao perseguir o seu ideal de uma melhor qualidade de vida tem de compreender que só potenciando e valorizando (social, biológica, cultural, ambiental), pode chegar a um desenvolvimento equilibrado conduzindo a uma maior valia da natureza e do próprio ser humano (Rodrigues; Pedrosa: 1994). Se de facto entendermos o ordenamento do território como um conjunto de acções localizadas num dado espaço, visando realizar uma optimização da sua utilização, então não podemos esquecer que este espaço possui uma dimensão física. Assim o ordenamento do território tem como base o conhecimento das formas de relevo e das características climáticas, hidrológicas e bio - geográficas da região.11 A resposta às questões ambientais dificilmente se pode fazer de uma forma individualista, ela deve complementar toda uma serie de factores integrados num quadro sistemático. De facto R. PASSET (1989) lembra que o 10 Cfr. PACTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ENTRE DOURO E TÂMEGA. Ruralidade, Lazer e Cultura. Agência de Desenvolvimento Regional de Entre Douro e Tâmega, 2001. 11 Cfr. PEDROSA, Fantina Tedim (1997), “O Povoamento no Contexto da Base Geográfica de Referenciação Espacial. Reflexão Geoográfica” in Revista Cadernos ESAP (Fernando Matos Rodrigues, Diret.) Porto, Edições CESAP, pp.15 – 29. A autora elabora um estudo de síntese sobre alguns lugares do concelho de Baião (como por exemplo, Matos, Ribadouro, Portela), na base geográfica de referenciação espacial.
  • 25. 25 desenvolvimento económico actual não pode ser passado sem ter em conta o ambiente, nomeadamente a uma escala mundial e considera que a economia terá de ser, pelo menos tridimensional, já que terá de se inscrever num contexto social, cultural e natural. Deste modo o homem possui um estatuto especial, uma vez que é interveniente muito activo na evolução actual de qualquer paisagem, podendo a sua acção modificar o ritmo e o modo de actuação dos processos morfogenéticos.12 12 Cfr. Pedrosa, A. Sousa (1997) “Geografia Física, Ambiente e Ordenamento do Território – que perspectivas” in Cadernos ESAP (Fernando Matos, Director) Porto, ESAP, pp. 9 e ss.
  • 26. 26 6.1.4 - Cultura O EDT é uma região particularmente carenciada no que diz respeito a equipamentos culturais. Verifica-se, por exemplo, que não está em funcionamento qualquer biblioteca da Rede de Leitura Publica, apesar de existirem duas candidaturas aprovadas (Amarante e Celorico de Basto) e três autarquias que apresentaram candidaturas (Cabeceiras de Basto, Mondim de Basto e Marco de Canaveses) ao Instituto Português do Livro e da Biblioteca. No entanto, os concelhos de Cabeceiras de Basto e Mondim de Basto têm bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian e os de Amarante e Marco de Canaveses têm, Bibliotecas Municipais. Quanto aos arquivos municipais, as câmaras de Amarante e Celorico de Basto celebram, no âmbito do Programa de Apoio à Rede de Arquivos Municipais, acordos em 1999 com o Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, podendo, a este propósito, constituir os exemplos a seguir. De destacar o Arquivo Municipal de Amarante, com um acervo documental, que vai do séc. XV ao séc. XX. Em matéria de espaços museológicos destaca-se, devido à sua dimensão regional, o Museu Amadeo de Sousa Cardoso em Amarante, existindo à escala municipal, os museus de Marco de Canaveses e Baião (ligados sobretudo ao património arqueológico). A este propósito é importante, ainda, referir a existência do Núcleo Museológico Ferroviário do Arco do Baúlhe (apesar de se encontrar desactivado) e do projecto, a desenvolver pela Câmara de Resende em articulação com o Museu de Lamego, do Núcleo Museológico de Etnografia e Arqueologia. No que ao património diz respeito, os vestígios arqueológicos de diferentes períodos constituem um valioso património cultural dos concelhos de Amarante, Marco de Canaveses, Baião, Cinfães e Resende. Em todos estes concelhos foram e/ou estão a ser realizados trabalhos, em alguns casos financiados pelo RONORTE, de investigação, conservação e divulgação desse património. Tem neste contexto, um papel muito especial a Escola Profissional de Arqueologia do Freixo em Marco de Canaveses pela importância, como pólo
  • 27. 27 de oferta de emprego na área cultural e assistente de conservação do património). O património natural, de extrema riqueza em todo este espaço geográfico (Parque Natural do Alvão, serras da Cabreira, do Marão, da Aboboreira e de Montemuro, enquadrados pelo rio Tâmega e Douro), aliado ao património rural, ao artesanato e às tradições culturais constituem um “acervo” único para a orientação integrada na área da ecomuseologia. No património construído com valor arquitectónico, para além dos solares (sobretudo em Basto), existe um conjunto de edifícios associados a figuras lustres (casa de Eça de Queirós em Baião, Casa de Serpa Pinto em Cinfães, Casa de Teixeira de Pascoaes em Amarante) e monumentos de valor histórico, em que se destacam o convento de S. Gonçalo em Amarante, o Castelo de Arnóia em Celorico de Basto e o Mosteiro de S. Miguel de Refojos em Cabeceiras de Basto, bem como o Mosteiro de Ancede, uma fábrica monástica do séc. XVI – XVII – XVIII, e o caso do mosteiro beneditino de Ermelo, em ruína avançada após incêndio nas décadas de 40 e 80. Este vasto património poderá integrar roteiros que atravessam ou são contíguos ao Entre Douro e Tâmega (caminhos de Santiago, Cister, etc.), potenciem a sua valorização e divulgação.13 13 Cfr. PACTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ENTRE DOURO E TÂMEGA. Ruralidade, Lazer e Cultura. Agência de Desenvolvimento do Entre Douro e Tâmega, 2001.
  • 28. 28 6.1.5 – Turismo A actividade turística no EDT caracteriza-se por duas realidades distintas: por um lado, a hotelaria tradicional conhece um período menos favorável; por outro lado, a hotelaria não tradicional e o alojamento rural conhecem uma fase de grande afirmação. Enquanto este espaço, no tocante ao alojamento tradicional, tem perdido capacidade de oferta, sem melhorar os índices de ocupação, relativamente ao alojamento rural (e não tradicional) capacidade de oferta tem aumentado significativamente. O sub-dimensionamento dos estabelecimentos hoteleiros do EDT reflecte-se negativamente na capacidade de atracção e retenção de fluxos turísticos tradicionais. Por outro lado, a oferta hoteleira está também muito dependente de estabelecimentos menos qualificados, penalizadores das taxas de ocupação e dos índices de utilização dos activos ao serviço. Quanto aos outros tipos de alojamento, em especial o TER14 , o tipo de clientela defende-os melhor do problema da falta de dimensão. Por outro lado, o emprego intensivo do pessoal ao serviço da actividade pode afectar a qualidade dos serviços prestados na hotelaria tradicional. Estes problemas estruturais, todavia, não escamoteiam o facto de o turismo do Entre Douro e Tâmega ser um sector de criação de riqueza crescente, que globalmente tem vindo a evoluir de forma favorável. O dinamismo do sector do turismo no espaço do Entre Douro e Tâmega é também perceptível na evolução do número de licenças concedidas para a construção/ampliação/transformação/restauro de novos estabelecimentos comerciais, de restauração e hoteleiros entre 1991 e 1995. Esta evolução não é tão forte, porém, como as das NUT II Norte e NUT III Tâmega, com a excepção das licenças para a transformação e para o restauro (nomeadamente, em comparação com o espaço Tâmega) de estabelecimentos turísticos. Apesar de tudo, estes últimos dados indicam alguma capacidade de auto – regeneração do tecido empresarial ligado ao turismo no EDT. 14 TER – Turismo em Espaço Rural
  • 29. 29 A actividade turística do Entre Douro e Tâmega tem evoluído com um relativo dinamismo, malgrado a persistência de certos estrangulamentos estruturais oportunamente referidos. Em todo o caso, a dinâmica de crescimento de modalidades de alojamento emergentes (com destaque para o alojamento rural) indica que este espaço tem conseguido, para segmentos de procura alternativa e de proximidade, rentabilizar o seu potencial turístico. Por outro lado, o sector demonstrou ter capacidade de auto-regeneração. Assim, o actual modelo de desenvolvimento do turismo no Entre Douro e Tâmega surge muito dependente, por um lado, do aproveitamento de novos segmentos da procura, explorando o potencial de crescimento dos seus produtos específicos e, por outro lado, da própria evolução da estrutura económica e empresarial do sector, quer em termos humanos, quer financeiros e organizacionais. Apesar destes entraves, o EDT possui um enorme potencial para o desenvolvimento de um produto turístico compósito, multifacetado e atractivo, cujo consumo sustentável pode revestir-se de um inegável poder reprodutor na economia local e na oferta de emprego. Malgrado a limitada extensão territorial do EDT, a concentração de um conjunto heterogéneo, complexo e acessível de recursos de interesse natural, patrimonial e antropológico (cultura popular, religiosidade, gastronomia e artesanato, entre outros) é potencialmente muito atractiva, sobretudo para os fluxos turísticos da proximidade e alternativos para o chamado turismo de massas. Por outro lado, a região tem-se dotado de um conjunto de equipamentos de animação turística diversificado e apelativo, todavia não massificado, reforçando a sua atractividade ao nível dos mercados de proximidade e condições de retenção dos fluxos turísticos ao nível dos mercados não tradicionais e alternativos. Ora, a força destas dinâmicas de oferta estará a sustentar o crescimento de modalidades de alojamento novas, como o alojamento não tradicional, o campismo e o TER.15 15 Cfr. PACTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ENTRE DOURO E TÂMEGA. Ruralidade, Lazer e Cultura. Agência de Desenvolvimento do Entre Douro e Tâmega, 2001.
  • 30. 30 7. Análise da Oferta e da Procura Turística 7.1 - A Oferta Turística Existem dificuldades em delinear claramente os contornos da oferta turística, por um lado existe uma multiplicidade de motivações que estão na origem das deslocações, as necessidades peculiares das necessidades dos viajantes, coexistem consumos que satisfazem simultaneamente necessidades turísticas e não turísticas e também coexistem consumos que incidem sobre bens ou serviços produzidos, exclusivamente em função das necessidades dos residentes. A oferta turística é constituída por todos os elementos que contribuem para a satisfação das necessidades de ordem psíquica, física e cultural que estão na origem das motivações dos turistas (Baptista,1990). O critério definidor da oferta turística é o da utilização pelos visitantes, ou seja, tudo quanto faça parte dos seus consumos, imaginários e desejos. Geralmente, considera-se que a oferta turística engloba todos os serviços que sejam adquiridos pelos visitantes, mesmo que tenham sido produzidos com o fim de satisfazer a procura dos residentes. A oferta turística de um destino, seja um país, uma região ou uma localidade é sempre constituída por um vasto conjunto de elementos, mais ou menos diversificados. Todo o destino terá que possuir uma oferta constituída por um número mínimo de componentes sem os quais não poderá dar satisfação a procura. São os seguintes as componentes da oferta turística:  Recursos turísticos, constituídos pelos recursos naturais e recursos criados pelo homem. Os elementos do meio natural, só pelo facto de existirem não são um recurso, é necessária uma intervenção do homem qualquer que seja a sua natureza e dimensão, que lhe atribua a
  • 31. 31 capacidade de satisfazer as necessidades. Segundo a OMT16 , os recursos turísticos são constituídos por todos os bens e serviços que por intermédio da mão humana, tornam possível a actividade turística e satisfazem as necessidades da procura;  Infra – estruturas;  Equipamentos – o equipamento turístico trata-se das estruturas criadas especificamente para corresponder à procura turística, constituindo-se como “oferta derivada” (os equipamentos criados pelo homem, constituem-se principalmente para explorar os “recursos turísticos), em sentido restrito: equipamentos de alojamento e restauração e equipamentos complementares de distracção e organização;  Acessibilidades e transportes;  Hospitalidade e acolhimento – o acolhimento não integra apenas a hospitalidade mas também todas as disposições e facilidades que garantam a informação e a melhoria das condições de recepção aos visitantes, que dão origem à criação de um variado conjunto de serviços. O acolhimento é um elemento essencial da oferta na medida em que influencia decisivamente a concepção dos equipamentos, dos serviços de animação e da atmosfera de toda a actividade turística. Características da oferta turística:  Carácter endógeno;  Imobilidade temporal e espacial;  Rigidez relativamente às exigências e alterações da procura turística;  Esgotamento da produção no acto do consumo;  Os equipamentos e instalações turísticas não podem produzir para armazenamento e venda posterior;  Os bens e serviços produzidos não podem ser transportados para serem consumidos noutro local. 16 OMT – Organização Mundial do Turismo. Ver por exemplo Turismo Internacional. Uma perspectiva global. Especialmente a PARTE 2: COMPONENTE E SERVIÇOS DE VIAGENS E TURISMO, pp. 43 a 93.
  • 32. 32 Uma localidade para que possa ser considerada turística deve preencher três condições prévias e necessárias: 1. Deve ser atraente 2. Deve ser acessível 3. Deve permitir uma estadia A oferta turística pode ser classificada em:  Oferta turística de atracção – constituída por todos os elementos ou factores de origem natural ou criados pelo homem que dão resposta às motivações turísticas, originando uma deslocação;  Oferta turística de recepção – conjunto dos equipamentos, bens e serviços que permitem a permanência no local visitado e satisfazem necessidades decorrentes dessa permanência;  Oferta turística de fixação ou retenção – constituída por todos os elementos que, contendo ou não motivos de atracção contribuem para aumentar a permanência dos visitantes ou torná-la mais agradável;  Oferta turística de animação – todos os elementos criados pelo homem susceptíveis de satisfazer as necessidades de recreio ou de ocupação de tempos livres;  Oferta turística de deslocação – constituída pelo conjunto de infra - estruturas, equipamentos e serviços que permitem a deslocação dos turistas.
  • 33. 33 7.2 - Atractivos Turísticos Para Alexandre Turatti de Rose (2002) os atractivos turísticos variam de acordo com a natureza cultural e social do turista, ou seja, o que podemos considerar como um atractivo pode não ter o mesmo significado para pessoas diferentes. Deste modo os atractivos estão relacionados com as motivações de viagem e a avaliação que os visitantes fazem desses elementos. Para este autor o atractivo turístico “possui, via de regra, maior valor quando mais acentuado for seu carácter diferencial. O turista procura sempre aquilo que é diferente de seu quotidiano. Assim aquele atractivo único sem outros semelhantes possui maior valor para turista” (Rose, 2002:47e ss.) Este autor apresenta a seguinte classificação e tipificação de atractivos turísticos: naturais e culturais. A partir dos quadros de tipificação de atractivos turísticos de Turatti de Rose (2002) desenvolvemos uma análise sobre os atractivos turísticos para o concelho de Baião. Quadro I - Tipo e subtipo de atractivos naturais Tipo Subtipo Montanhas Serras (Aboboreira, Matos, Marão)17 Vales Hidrografia Rios (Douro) Ribeiras (Ovil, Teixeira, Zêzere) praias fluviais (praia fluvial de Ovil e praia fluvial de Prenhô) Áreas de caça e pesca Serra da Aboboreira (montaria ao javali) rio Douro. Nota: este quadro segue a metodologia de Turatti de Rose (2002:48) 17 Estas Serras são constituídas por um conjunto de nichos de valor acrescentado na área de turismo, especialmente um complexo e singular património ambiental natural e cultural que necessita urgentemente de intervenção na área da infra-estruturação turística.
  • 34. 34 Quadro II - Tipo e subtipo de atractivos culturais Tipo Subtipo Arquitectura Civil (Casa da ruína/Arquitecto Souto Moura) religiosa (Mosteiro de Ancede, Igreja de Teixeira) funerária (arte tumular) militar, ruínas. Sítios Históricos e científicos (complexo arqueológico de Aboboreira). Estabelecimentos de cultura e lazer Fundação Eça de Queiroz, Museus (não tem), bibliotecas (não tem), arquivos (não tem). Manifestações populares Festas, comemorações religiosas, feiras, e comemorações cívicas, gastronomia tradicional (feira do Fumeiro e do Anho Assado). Realizações Técnicas Exploração agrícola, pastoril, industrial. Acontecimentos Programados Congressos e convenções (não tem), Feiras e exposições (Feira do Livro), Realizações Desportivas, Culturais e Sociais. Este autor sobre a avaliação dos atractivos naturais e culturais estabelece uma metodologia de hierarquização dos atractivos, apresentando quatro tipos de hierarquia:  Hierarquia 4 – Atractivos excepcionais e de grande significado para o mercado do turístico internacional. Ex: Rio Douro  Hierarquia 3-Atractivos com aspectos excepcionais para o país, capaz de motivar visitantes nacionais. Ex: Douro, Cidades e Vilas com património histórico
  • 35. 35  Hierarquia 2- atractivo capaz de interessar visitantes de longa distancia, mas que se encontra na localidade por outros motivos. Ex: Arquitectura religiosa, Museus regionais (Museu do Douro, Museu da Diocese de Lamego, Museu Amadeo Sousa Cardoso), cidade Romana de Tongobriga, Igreja de Stª. Maria do Marco de Canaveses.  Hierarquia 1- atractivos sem méritos suficientes para ser considerado nas hierarquias anteriores, mas que faz parte do património turístico da localidade. Ex: O parque Arqueológico da Aboboreira. Quando estamos a programar e a planificar activos turísticos (naturais e culturais) temos que ter em linha de consideração a estrutura turística a nível local regional e nacional. As infra-estruturas turísticas, e a sua qualificação são elemento estruturante e estruturador da implementação da actividade turística segundo Alexandre Turatti de Rose,” a infra-estrutura é uma pré-condição para o desenvolvimento turístico. Itens como acessos, saneamento, energia, comunicações, vias urbanas de circulação e capacitação de recursos humanos, são imprescindíveis para que se possa desenvolver a actividade em sua plenitude” (2002:49).
  • 36. 36 7.3 - Enquadramento Territorial de Marco de Canaveses O concelho de Marco de Canaveses fica situado no distrito do Porto, em plena região Duriense, compreendendo uma área de 202km², pela qual se distribuem trinta e uma freguesias, e uma população de 55 275 habitantes (2008). Os seus limites são estabelecidos pelos concelhos de Amarante (a norte), de Baião (a este), de Cinfães e Castelo de Paiva (a sul) e de Penafiel (a oeste). Nascida num relevo instável a cidade tem como porta principal o Rio Tâmega. É servida de bons acessos rodoviários, através da A4 e por ligações ferroviárias. No que diz respeito ao turismo, Marco de Canaveses tem um destino e uma vocação marcados pelos rios que o delimitam: o Douro e o Tâmega. As albufeiras artificiais do Carrapatelo (Douro) e a do Torrão (Tâmega) prestam-se à prática de desportos náuticos. Na arqueologia, um dos locais que merece destaque é a cidade de Tongobriga, uma importante povoação romana, cujo auge foi o séc. II d. C., situada junto à principal via romana que a partir do séc. I d. C. ligava as cidades de Bracara Augusta (Braga) a Emerita Augusta (Mérida). O artesanato e a gastronomia são outros tesouros desta terra, que integra a Rota dos Vinhos Verdes. Figura 4 – Mapa do enquadramento de Marco de Canaveses em Portugal
  • 37. 37 7.4 – Oferta de Alojamento Turístico Regional – Marco de Canaveses Quadro III – Alojamento Turístico de Marco de Canaveses Fonte: http://www.cm-amarante.pt/ Tipologia Número Nome Localização Número de Camas/quartos Casas de Turismo de Habitação e Casas de Turismo Rural 15 Casa da Quintã Lugar da Quintã, Folhada - 4 quartos - 5 camas Casa da Ribeira Rua das Caldas de Canaveses, Sobretâmega - 8 quartos Casa das Vendas Lugar das Vendas, Tabuado - 3 quartos - 3 camas Casa de Gondomil Lugar de Vila Cete, Alpendurada e Matos - 2 quartos - 3 camas Casa do Impossível Lugar da Granja, Penhalonga - 3 quartos Casa do Serdeiredo Pires, Penha Longa - Capacidade para 16 pessoas Quinta de Várzea de Cima Travessa da Várzea, Tabuado - 6 quartos - 11 camas Quinta do Mosteirô Mosteirô, Sande - 6 quartos - 8 camas Quinta de S. Romão do Passal Lugar do Passal, Paredes de Viadores - 1 quarto - 2 camas Quinta do Cão Lugar do Cão, S. Lourenço do Douro - 7 quartos - 10 camas Quinta do Crasto Travessa Pedro da Linhaça, Manhuncelos - 3 quartos Solar da Carvalhosa Rua Fundo de Vila, Banho e Carvalhosa - 19 quartos Torre de Nevões Rua Manuel Montenegro Machado, Tabuado - 5 quartos, 80 camas, 5 bungalows e 5 casas de pedra Casa de Vila Nova Vila Nova, Sande - 4 quartos Residencial 1 Residencial Nantilde Rua Manuel Pereira Soares, Tuías - 28 quartos - 45 camas Hotel 1 Hotel Convento de Alpendurada*** Lugar do Mosteirô, Alpendurada e Matos - 37 quartos, 2 suites e 16 casas Pensão 2 Pensão Quinta dos Agros Quinta dos Agros, Sande - 9 quartos - 26 camas Pensão Residencial do Marco Rua Dr. Francisco Sá Carneiro - 28 quartos - 35 camas Pousadas da Juventude 0
  • 38. 38 7.5 - Enquadramento Territorial de Amarante Amarante é uma cidade portuguesa pertencente ao distrito do Porto, região norte e sub-região do Tâmega. Compreende uma área total de 301,4km² de área e 61 582 habitantes (2008), estando subdividido em quarenta freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Celorico de Basto, a nordeste por Mondim de Basto, a leste por Vila Real e por Santa Marta de Penaguião, a sul por Baião, Marco de Canaveses e Penafiel, oeste por Lousada e a noroeste por Felgueiras. As principais actividades económicas do concelho são a construção civil, a transformação de madeiras, o pequeno comércio, a indústria e a agricultura, presente em todas as freguesias, onde se destaca a produção de vinhos verdes. Por outro lado, o turismo é um sector com fortes potencialidades, dadas as características ambientais e patrimoniais do concelho. Amarante está indissociavelmente ao Rio Tâmega e às Serras do Marão e da Aboboreira. Na cidade, pode dizer-se que o edifício que sobressai é o Convento de S. Gonçalo dos séculos XVI/XVII, implantado no centro histórico de Amarante, junto à ponte de S. Gonçalo, classificada como Monumento Nacional desde 1910, sobre o Rio Tâmega. O centro histórico reúne um conjunto de edifícios e monumentos dos quais se destacam as igrejas de S. Pedro e S. Domingos, o Solar dos Magalhães (séc. XVIII) e a Casa da Cerca. Figura 5 – Mapa do enquadramento de Amarante em Portugal
  • 39. 39 7.6 – Oferta de Alojamento Turístico Regional – Amarante Quadro IV – Alojamento Turístico de Amarante Tipologia Número Nome Localização Número de camas/ quartos Casas de Turismo de Habitação e Casas de Turismo Rural 9 Casa de Pascoaes S. João de Gatão - 4 quartos - 8 camas Casa da Levada Travanca do Monte, Bustelo - 3 quartos - 6 camas Casa do Carvalhal Carvalhal, Sta. Maria de Jazente - 8 quartos - 16 camas Casa da Pedra Lugar da Pedra, Vila Chã do Marão - 4 quartos - 8 camas Casa da Abobadela Abobadela - 4 quartos - 8 camas Quinta de Carcavelos Mancelos - 6 quartos - 16 camas Quinta do Queirão Queirão, Travanca - 5 quartos - 10 camas Quinta de Ribas Vila Chã - 5 quartos Quinta de S. Faustino de Fridão São Faustino, Fridão - 6 quartos -11 camas Casas de Campo 1 Casa de Infesta S. Simão de Gouveia - 3 quartos - 5 camas Hotel 3 Hotel Amaranto *** Rua Acácio Lino, 351 - 1 suite - 7 quartos triplos -11 quartos com cama de casal - 16 quartos com 2 camas twins Hotel Navarras *** Rua António Cândido - 58 quartos
  • 40. 40 Hotel Casa da Calçada Relaix & Chateaux **** Largo do Paço, 6 -13 quartos executivos -13 quartos de luxo -3 suites executivas -1 suite presidencial Residencial 1 Residencial Zé da Calçada Rua 31 de Janeiro - 6 quartos Albergaria 1 Albergaria Dona Margarita **** Rua Cândido dos Reis - 22 quartos Pousada 1 Pousada de S. Gonçalo Curva do Lancete, Ansiães - 15 quartos Parque de Campismo 1 Peneda da Rainha São Gonçalo ---------- Fonte: http://www.amarante.pt/turismo/
  • 41. 41 7.7– Oferta de Alojamento Turístico Local Quadro V – Alojamento Turístico de Baião Tipologia Número Nome Localização Número de camas Casas de Turismo de Habitação e Casas de Turismo Rural 12 Casa da Cochêca -Casa da Porta de Cochêca Mesquinhata - 3 quartos - 4 quartos Casa das Feitorias Tresouras 2 apartamentos: -1 com quarto duplo com cozinha -1 com quarto duplo com Kitchenette Casa da Lavandeira Ancede - 3 quartos duplos - 4 quartos de casal Casa do Silvério Santa Cruz do Douro - 3 quartos - 1 suite Casa da Torre: - Casa do Laranjal - Casa da Eira - Casa da Calçada Ribadouro - 3 quartos - 2 quartos - 1 quarto Casa da Viombra Ancede - 3 quartos Quinta da Ermida Santa Marinha do Zêzere - 10 quartos Quinta do Ervedal Santa Marinha do Zêzere - 8 quartos Quinta de Guimarães Santa Marinha do Zêzere - 6 quartos - 1 apartamento T1 O Casarão Santa Marinha do Zêzere - 5 quartos Quinta de Marnotos Gestaçô - 2 apartamentos Quinta das Quintãs S. Tomé de Covelas - 3 quartos duplos com 2 camas individuais - 3 quartos duplos com cama de casal - 2 apartamentos com quarto duplo Hotel 1 Douro Palace Hotel Resort & SPA **** Santa Cruz do Douro 60 quartos: -36 twin -23 duplos -1 suite Pensão 1 Pensão Borges Campelo 14 quartos: -7 quartos com cama de casal -7 quartos duplos
  • 42. 42 Pousadas da Juventude 1 Casa da Juventude e Desporto de Baião São João de Ovil - 3 camaratas com 65 camas Parques de Campismo 1 Parque de Campismo do Fojo 18 Ancede/ Ribadouro ------------------- Fonte: http://www.cm-baiao.pt/ 18 O parque de campismo do Fojo, situado na freguesia de Ancede numa das vertentes do rio Douro, encontra-se encerrado por decisão municipal. Considera-se todavia, que é uma das infra – estruturas de turismo local que merece ser reactivada pela sua exclusividade na região quer pela sua localização, pois estabelece a ligação entre a zona Douro e o alto das montanhas. Nesta vertente do Douro, existem um conjunto de activos culturais e patrimoniais, que infra - estruturados e equipados de acordo com as necessidades locais e regionais podem funcionar como eixos de valor acrescentado no segmento turístico de cultura, lazer e ciência. Neste sentido, é de todo fundamental estabelecer a relação entre estes activos a cota baixa (ribeirinha/Douro) a meia-encosta (Ancede e Gôve) com a valorização do Mosteiro de Ancede, as Casas Senhoriais e a Vila, enquanto núcleo central do concelho, com a instalação de equipamentos museográficos e hoteleiros, apostando na valorização do espaço público sem barreiras, por exemplo jardins, praças, esplanadas e novos equipamentos culturais, fortalecendo assim a imagem urbana de Campelo no contexto da sua centralidade.
  • 43. 43 7.8 – A Procura Turística Do ponto de vista económico a expressão “procura turística”, traduz as diversas quantidades de bens e serviços que os visitantes residentes e não residentes, adquirem num determinado momento. A procura turística é o conjunto de bens e serviços que as pessoas que se deslocam em qualidade de visitantes adquirem para realizar as suas viagens, expressas em termos de quantidades. Podemos considerar dois grandes grupos de procura turística: efectiva e potencial. A procura efectiva é constituída pelo número de pessoas que num determinado período participa na actividade turística, ou seja, que viaja por razões turísticas; enquanto a procura potencial é a parte da população que num determinado momento, não viaja por qualquer motivo mas que tem condições para viajar no futuro quando se verifiquem alterações das situações que, no período considerado impediram a realização da viagem. Características fundamentais da procura turística: a) Crescimento constante – registam-se períodos de aceleração das taxas de crescimento da procura internacional como também se registaram afrouxamentos significativos, mas a tendência geral foi sempre a de crescimento; b) Heterogeneidade – as razoes que levam as pessoas a viajar, são extremamente diversificadas. As pessoas tanto viajam por motivos de carácter pessoal, motivos sociais, profissionais e/ou familiares e por muitos outros. Na actualidade, os motivos das viagens são necessariamente mais variados, havendo necessidade de maior número de produtos para lhe dar satisfação; c) Concentração – no tempo – a nível de cada destino a procura concentra-se em poucos meses do ano, durante os quais se verificam
  • 44. 44 fluxos turísticos mais elevados, conduzindo ao fenómeno sazonalidade. Na generalidade dos destinos turísticos a distribuição da procura ao longo do ano é muito desigual conduzindo a períodos de grande procura e períodos de reduzida procura; no espaço - a procura turística também é muito concentrada no espaço, quer do ponto de vista das origens quer do ponto de vista dos destinos; d) Atractivos – a procura turística continua a ser fortemente concentrada em atractivos. O mar, as montanhas e as grandes cidades, onde se situam os principais centros culturais, concentram atractivos mais procurados pelos turistas e é para aí que se dirigem as correntes turísticas mais fortes.
  • 45. 45 7.9 - Marketing em Turismo As características de serviço do turismo19 O sector turístico dedica-se basicamente, à venda de serviços (uma estadia num hotel, uma viagem de avião), e não a um produto (carro, vestuário ou livros). Portanto, entender as características únicas dos serviços é importante para a compreensão de como esses serviços são comercializados. Participação dos clientes: Em turismo, o cliente participa na produção do serviço. Os passeios organizados, nos quais o fornecimento e o consumo dos serviços guiados ocorrem em simultâneo, são um bom exemplo. Quanto maior for a interacção entre o guia turístico e o visitante, melhor será o serviço. A qualidade perecível: Os serviços não podem ser armazenados ou mantidos em stock. Um avião que saia do aeroporto com lugares vagos nunca poderá vendê-los, perdendo definitivamente esse lucro. Conveniência: Os serviços em geral, devem ser prestados onde e quando o cliente quer (ou precisa), em horários e locais convenientes. 19 Cfr. DE ROSE, Alexandre Turatti (2002) Turismo: Planejamento e Marketing. Aplicação da Matriz de Portfólio Para Destinações Turística. São Paulo, Editora Manole, Ltda.
  • 46. 46 Mão – de – obra: A produção de serviços tende a ser uma mão – de – obra intensiva. Como existe uma interacção face a face entre o prestador do serviço e o cliente, há uma maior necessidade de funcionários. Um hotel, deve ter um quadro de funcionários suficiente, pronto para trabalhar em cada ponto de contacto com os clientes, como o check – in, a portaria, o restaurante entre outros. Intangibilidade: Os serviços não são objectos que possam ser facilmente avaliados para determinar se os padrões de produção foram alcançados. O mesmo serviço pode ser avaliado de diferente forma por dois clientes, se tiverem expectativas diferentes.
  • 47. 47 7.9.1 – Os Desafios de Marketing únicos na Indústria Turística Além daqueles enfrentados por todas as empresas de serviços, o turismo tem algumas características singulares que criam desafios adicionais de marketing: Dificuldade de mudar: A oferta de serviços turísticos não pode ser transformada rapidamente em respostas às mudanças da procura. Por exemplo, é necessário muito tempo e dinheiro para desenvolver um resort, construir um hotel ou organizar um sistema de transportes. Uma vez construídos, é complexo modificar a sua capacidade. Elasticidade: A procura turística é altamente elástica. Isto quer dizer que uma mudança mínima nos preços ou na disponibilidade financeira dos turistas vai resultar numa alteração da procura. O turismo, também tende a ser sazonal, sendo afectado por uma série de factores subjectivos, como as preferências. Além disso, os serviços turísticos costumam ser considerados pelo cliente como intercambiáveis entre um fornecedor e o outro. Divisão de serviços: O próprio produto turístico é uma combinação de muitos serviços distintos. Cada viagem inclui vários deles, como transporte, hospedagem, refeições, passeios, aluguer de carros, todos prestados por empresas diferentes. Uma má experiência em qualquer deles pode afectar a satisfação do cliente, com a viagem como um todo.
  • 48. 48 7.9. 2 - Planos de Marketing Antes de desenvolver qualquer actividade de marketing, é fundamental elaborar um plano de marketing. É importante que os planos para destinos turísticos sejam diferenciados dos produtos e serviços turísticos. Mesmo tratando-se de órgãos públicos dedicados ao turismo nacional, e não de uma empresa particular, a elaboração de um plano de marketing será benéfica. Com a concorrência cada vez maior na indústria turística, à medida que novos destinos são desenvolvidos, aqueles que contam com planos de marketing vão ter um desempenho superior às que não os têm. Os planos de marketing podem ser estratégicos, operacionais ou incluir ambos os componentes. Os planos estratégicos focalizam basicamente questões de longo prazo (três a cinco anos), de missão geral, metas e objectivos. Os planos operacionais concentram-se nas etapas específicas a serem cumpridas para atingir as metas estratégicas no curto prazo (geralmente um ano). O plano de marketing deve dar apoio ao plano estratégico geral da organização. Quadro VI - Comparação entre os tipos de media mais importantes Media Vantagens Desvantagens Jornais Flexibilidade de tempo; ampla cobertura de mercado; alta credibilidade. Má qualidade visual; vida curta; pouca audiência secundária (leitores além do comprador). Revistas Alta selectividade de mercado; grande credibilidade e prestígio; alta qualidade visual; longa vida; alta audiência secundária. Baixa flexibilidade de tempo; infrequência de publicação. Televisão Alto impacto visual; alta selectividade geográfica; alto Alto custo; alto nível de ruído; tempo de exposição curto; baixa selectividade de
  • 49. 49 alcance. mercado. Rádio Alta selectividade de mercado; baixo custo total. Percepção apenas auditiva que gera menos atenção; exposição fugaz. Outdoor Alta frequência; baixo custo. Sem selectividade de mercado alem da geográfica; limitações criativas; exposição muito breve.
  • 50. 50 7.9.2.1 - A Análise Ambiental O turismo é altamente sensível às mudanças no cenário empresarial, de forma que no inicio do processo de planeamento, deve-se realizar uma análise dos principais factores deste cenário. Embora o plano de marketing não possa prever todos os eventos possíveis, uma análise cuidada vai identificar as actuais condições, apontar mudanças esperadas e indicar como os desafios identificados serão enfrentados. Uma avaliação minuciosa dos factores ambientais importantes a seguir, auxiliará na identificação de novos segmentos de mercado bem como na preparação para mudanças previstas.  Factores sociais, como violência, doenças e mudanças demográficas podem ter impactos importantes sobre um destino e as empresas ali localizadas. Esses factores, bem como a sua importância variam de acordo com a localização geográfica.  Factores políticos, como a legislação que regulamenta os jogos em casinos, estabilidade política de um país, também são de grande importância;  Factores económicos, como mudanças em taxas de juros, taxas de câmbio internacionais e empresas também afectam o turismo. O sector da hospedagem é especialmente sensível a mudanças nos ciclos económicos. 7.9.2.2 - A Análise Competitiva Independentemente do plano de marketing, envolver um destino como um todo ou uma única empresa, uma análise abrangente sobre a concorrência é necessária para desenvolver um plano efectivo, devendo incluir a comparação de atributos físicos, como o clima, número de quartos de hotel disponíveis, atractivos, quantidade e tipo de restaurantes disponíveis. Contudo,
  • 51. 51 a análise completa deve ir além desses itens, considerando os elementos intangíveis do processo turístico. 7.9.9.3 - A Análise das Tendências de Mercado As tendências de mercado estão intimamente ligadas aos elementos revelados na análise dos principais factores ambientais e da concorrência. Há muitas fontes de informação disponíveis, incluindo dados públicos de câmaras de comércio, universidades, governos, etc. Entre os factores importantes estão:  Tendências relacionadas com os visitantes, tais como, duração da estadia, padrões de gastos, meio de transporte e perfis demográficos.  Tendências da concorrência, em termos da identificação e localização dos principais concorrentes, serviços e produtos oferecidos, além da avaliação do sucesso dos concorrentes.  Tendências no sector, como mudanças planeadas pelos serviços de transporte para o local, novas construções de impacto, como hotéis, shopping centers, atracções ou centros de convenções e novas tecnologias que estejam a ser desenvolvidas. 7.9.2.4 - Metas e Objectivos Estratégicos As metas e objectivos estratégicos do plano de marketing irão guiar o desenvolvimento de todos os outros factores, devendo dar sustentação para a missão, metas e objectivos gerais da organização como um todo. As áreas que
  • 52. 52 costumam ser focalizadas nos planos de marketing para destinos turísticos são:  Aumento no número de empregos;  Melhoria na balança de pagamentos;  Preservação do património cultural e do ambiente natural;  Fortalecimento da posição competitiva frente a outros destinos;  Aumento do número de visitantes, duração da estadia e lucros, a partir de actividades turísticas; Os objectivos devem ser bastante específicos, indicando alvos quantitativos e limites de tempo, tais como um aumento percentual de emprego durante os próximos três anos. Isto possibilita que os resultados sejam avaliados durante a duração do plano e se desenvolvem medidas correctivas, caso necessário. 7.9.2.5 - Planos de Acção Uma vez que os objectivos estejam claros e os mercados – alvo seleccionados, os planos de acção podem desenvolver-se devendo ser o mais específicos possível e incluir cada segmento do mix de mercado na sua relação com o objectivo determinado. O plano também deve indicar o responsável por cada acção, bem como os fundos necessários e a sua fonte.20 20 Cfr. OMT (2003), Turismo Internacional. Uma Perspectiva Global, 2ºedição, Porto Alegre, Bookman.
  • 53. 53 8- Turismo Sustentável e Meio Ambiente 8.1 - Desenvolvimento Sustentável Nos últimos anos, o desenvolvimento sustentável tem sido apresentado como uma nova abordagem para a forma como as comunidades pensam sobre o seu padrão de vida, a igualdade social e a manutenção de recursos naturais. Os princípios centrais de sustentabilidade são:  A sustentabilidade ecológica garante que o desenvolvimento seja compatível com a manutenção dos processos ecológicos essenciais, da diversidade biológica e dos recursos biológicos.  A sustentabilidade social e cultural garante que o desenvolvimento aumente o controlo das pessoas sobre as suas próprias vidas, seja compatível com a cultura e valores dos povos que afecta e mantenha e fortaleça a identidade da comunidade.  A sustentabilidade económica assegura que o desenvolvimento seja economicamente eficiente e que os recursos sejam geridos de forma a poder sustentar gerações futuras.
  • 54. 54 8.2 - Sustentabilidade do Turismo O turismo não é uma actividade que se enquadre facilmente num conceito de sustentabilidade. O turismo internacional, por exemplo, envolve grandes componentes de transporte, misturas culturais e competição feroz por recursos. O exame de cada aspecto da sustentabilidade com respeito à actividade e ao desenvolvimento do turismo resulta num quadro deprimente. 8.2.1- Limites e Capacidade de Carga O facto de a actividade turística causar impactos sobre os aspectos socais, culturais, ambientais e económicos de um destino traz algumas implicações para a sustentabilidade. Mesmo com uma actividade de turismo mais esclarecida ou mais ambientalmente amigável, existirão limites além dos quais os impactos negativos facilmente ultrapassam as vantagens económicas. Seria irreal pressupor que os impactos possam ser eliminados, assim, o volume de turistas e o tipo de actividade que eles praticam terão implicação directa na sustentabilidade. Pressupondo-se que existem impactos positivos e negativos associados ao turismo e que os efeitos líquidos provavelmente diminuirão conforme o volume do turismo cresça, existirão certos limites além dos quais os turistas adicionais irão criar impactos inaceitáveis (económica, ambiental ou socialmente). A superação desses limites provavelmente irá afectar todas as faces do desenvolvimento do turismo. Por exemplo, exceder:  Os limites físicos limitam o volume dos fluxos de turistas e expõe os turistas a riscos de segurança pessoal;
  • 55. 55  Os limites ambientais também limitam os fluxos de turistas devido à criação de problemas secundários, como risco de segurança pessoal ou perda de atractividade do destino;  Limites sociais e culturais geram ressentimento e conflito contra os turistas, a partir da população anfitriã;  Limites de fluxo de turistas afecta os níveis de satisfação dos turistas e faz com que estes procurem um melhor produto noutro local;  Limites económicos resultam em má alocação de recursos e factores de produção. A principal dificuldade com que nos estamos a deparar é a definição de limites. Assim como nas definições de sustentabilidade, a definição desses limites e da capacidade de carga decorrente é uma tarefa difícil. A capacidade de carga tem sido definida como “o número máximo de pessoas que pode usar um terreno sem uma inaceitável alteração no ambiente físico e sem um inaceitável declínio na qualidade da experiência tida pelos visitantes” (Mathieson e Wall, 1982). A seguinte figura, esboça o processo pelo qual a capacidade de carga é influenciada e pode ser medida. O diagrama mostra os grandes grupos de factores que determinam a capacidade de carga ao longo das diferentes plataformas que podem influenciar a magnitude e direcção dos impactos e daí a capacidade de carga.
  • 56. 56 Quadro VII – Os determinantes da capacidade de carga21 Nota: Este quadro apresenta-nos um conjunto de itens a ter em conta na gestão dos segmentos turísticos que se relacionam com a herança cultural, o ambiente, a estrutura social e os recursos endógenos, assim a avaliação dos impactos negativos ou positivos da pratica turística, em função da capacidade de carga que cada lugar ou espaço de uso da pratica turística. 21 Ver COOPER, Chris; et. alli. (2007) Turismo. Principios e Práticas. Porto Alegre, Bookman, pp.279. Este quadro (esboça o processo pelo qual a capacidade de carga é influenciada e pode ser medida. O diagrama mostra os grandes grupos de factores que determinam a capacidade de carga ao longo das diferentes plataformas que podem influenciar a magnitude e direcção dos impactos e daí a capacidade de carga.
  • 57. 57 8.3 - Sustentabilidade como uma Estratégia Apesar das dificuldades envolvidas na tentativa de encontrar uma definição aceitável para a sustentabilidade, que tenha um valor prático, e dos enormes problemas na tentativa de medir factores cruciais como a capacidade de carga de um destino existe uma luz ao fundo do túnel. A sustentabilidade, antes de mais nada, também envolve um processo de reconhecimento e responsabilidade: reconhecimento que os recursos utilizados para elaborar os produtos turísticos são caros e vulneráveis; já a responsabilidade no uso inteligente desses recursos recai sobre todos os interessados, desde os governos e planeadores, ao sector que presta os serviços, até os turistas e moradores locais, os quais coexistem temporariamente dentro do destino. Uma estratégia sustentável deve envolver todos os interessados no planeamento do turismo. A participação dos residentes locais é tão difícil de alcançar na prática como a tentativa de fazer com que o sector se comporte de um modo mais compreensivo e ambiental. A sustentabilidade económica para o turismo exige planeamento através de todos os sectores económicos. A formação de redes de parceiros no sector poderia ser um caminho para se alcançar tal sustentabilidade, mas é improvável que isso ocorra, dada a competitividade da indústria do turismo. A sustentabilidade ambiental no turismo exige grande consciência e conhecimento de impactos e das maneiras da transposição destes dentro do mercado económico. As consequências ambientais indirectas das actividades devem ser incluídas no cálculo dos seus preços de mercado, mas deve ser reconhecido que os sistemas ambientais e sociais mudam ao longo do tempo como uma consequência natural do desenvolvimento e que essas mudanças precisam de ser acomodadas.22 22 Cfr. CHOOPER, et. alli.(2007), Turismo: Princípios e Práticas, 3ªedição, Porto Alegre, Bookman.
  • 58. 58 9 - Análise e Tipificação da Animação Turística 9.1 – Animação Turística Todas as actividades que visam contribuir para melhorar ou aumentar as condições de atracção, constituir um meio para a ocupação dos tempos livres dos visitantes, ou para a satisfação das necessidades e experiencias decorrentes da sua permanência no local visitado.23 Animação turística:  Sector de grande importância para o turismo;  Acrescenta valor à cadeia de valor produto turístico. Porque?  Pode aumentar a competitividade dos destinos turísticos. Porque?  A animação é considerada um produtor de serviços. Porque?  Sector que pode actuar para atingir um dos principais objectivos de muitos destinos: aumento da estada média do turista. Animação turística?  Actividades e serviços prestados a turistas, que visem o complemento da oferta primária (alojamento, restauração, viagens, etc.), actividades estas, que podem ser lúdicas, culturais, desportivas, ambientais. Estas actividades, por norma incidem sobre os recursos de determinadas regiões e devem contribuir para o desenvolvimento das mesmas.  Sector de actuação composto por um conjunto de actividades que permitem ao turista usufruir de forma mais plena uma determinada experiencia turística, concedendo aos destinos de maior sucesso e vitalidade. É um trabalho que leva simultaneamente à interpretação do espaço envolvente e ao desenvolvimento de actividades físicas e intelectuais que provocam um aumento da satisfação do turista. 23 Cfr. SANTOS; Luís Delfim; TERRASÊCA, Rui (1998) O Sector do Turismo no Norte de Portugal. Porto, Edições Afrontamento
  • 59. 59 9.2 – Oferta de Animação Turística Regional – Amarante Quadro VIII – Animação Turística de Amarante Freguesia Designação Data Amarante S. Gonçalo 1ºfim de semana de Junho Ansiães Senhora da Moreira 1ª Quinzena de Agosto Gatão Senhora do Vau 15 Agosto Freixo de Cima Senhora do Leite 1º Fim-de-semana de Setembro Telões S. Brás 1º Fim-de-semana de Fevereiro Gondar Santo Amaro 2º Fim-de-semana de Fevereiro Gatão e Várzea S. João 24/25 de Junho Oliveira S. Paio 26 Junho Aboim, Ataíde e Canidelo S. Pedro 29 Junho Amarante S. Veríssimo 3º Domingo de Julho Figueiró S. Tiago 3º Domingo de Julho Gouveia Nossa Senhora do Campo 4º Domingo de Julho Freixo de Baixo Festa do Divino Salvador 1º Fim-de-semana de Agosto Carneiro S. Martinho 1º Fim-de-semana de Agosto Gondar Santa Maria 1º Fim-de-semana de Agosto Telões Santa Ana 1º Fim-de-semana de Agosto Vila Caiz Senhora da Graça 1º Fim-de-semana de Agosto Figueiró Sagrado Coração de Jesus 2º Domingo Agosto Gatão Senhora da Assunção 13, 14 e 15 Agosto Abobadela e Fregim Santa Maria 13, 14 e 15 de Agosto Candemil Senhora do Remédio Penúltimo Domingo Real S. Raimundo Penúltimo Domingo S. Gens Nossa Senhora do Leite 6, 7 e 8 de Setembro
  • 60. 60 9.3 – Oferta de Animação Turística local Quadro IX – Animação Turística de Baião Freguesia Designação Data Ancede Sr.ª de Ao Pé da Cruz 2º Domingo de Julho Ancede Sr.ª das Boas Novas 2º Domingo de Agosto Ancede S. Domingos 2º Domingo de Setembro Campelo S. Bartolomeu 24 Agosto Campelo Santo António 13 Junho Covelas S. Tomé 1º Domingo de Julho Frende S. João do Castelo 24 Junho Frende Santa Maria 7 Outubro Gestaçô S. João 24 Junho Gestaçô Sr.ª da Graça 15 Agosto Gôve Santa Maria 15 Agosto Gôve Sr.ª do Loureiro 1º Domingo de Julho Grilo Santa Maria 15 Agosto Grilo Sr.ª do Loureiro 1º Domingo de Julho Loivos do Monte S. Paio 26 Junho Loivos do Monte Santa Comba 20 Junho Loivos da Ribeira Santa Maria Madalena 22 Julho Loivos da Ribeira Sr.ª da Lapinha 15 Agosto Mesquinhata S. Tiago 25 Julho Ovil Santo António 13 Junho Ovil S. João 24 Junho Ovil S. Pedro 29 Junho Ovil S. Tiago 25 Julho Ovil Sr.ª da Guia 1º Domingo de Agosto Ribadouro Santo António 13 Junho Santa Cruz do Douro Sr.ª do Martírio 40 dias após a Páscoa Santa Cruz do Douro Sr.ª da Ajuda 1º Domingo de Setembro Santa Leocádia Festa do Verão 1º Domingo de Agosto Santa Leocádia Santa Leocádia 9 Dezembro Santa Leocádia S. Brás 9 Fevereiro Santa Marinha do Zêzere Santa Marinha 18 Julho Santa Marinha do Zêzere S. Brás Santa Marinha do Zêzere Sr.ª do Socorro 1º Domingo de Setembro Santa Marinha do Zêzere Santa Eufémia Teixeira S. Pedro 29 Junho Teixeira Sr.ª do Mourão 2º Domingo após o S. Pedro Teixeiró Sr.ª do Socorro 40 dias após a Páscoa Tresouras S. Miguel 29 Setembro Valadares S. Tiago 25 Julho Viariz S. Faustino 13 Agosto
  • 61. 61 10- Classificação dos Recursos Turísticos 1. Património Construído, Monumental e Arqueológico 1.1 – Arqueológico 1.2 – Edificado 2. Museus e Património artístico 2.1 – Museus 3. Artesanato 3.1 – Produção 3.2 – Comercialização 4. Grupos de Folclore 5. Festas e Romarias, Manifestações populares 5.1 – Festas e Romarias 5.2 – Feiras e Mercados 5.3 – Festivais de Folclore 6. Gastronomia 7. Animação Cultural 7.1 – Eventos 7.2 – Equipamentos 8. Animação Desportiva 8.1 – Equipamentos 8.2 – Agentes 9. Infra – estruturas Turísticas 9.1 – Alojamento 9.2 – Restauração 9.3 – Campismo
  • 62. 62 10. Operadores e Agentes de Promoção Turística 10.1 – Postos de Turismo 11. Ambiente Rural 11.1 – Produtores/Engarrafadores de vinho – viticultura 12. Recursos Naturais, Ambientais e Paisagísticos 12.1 – Rios 12.2 – Montanhas, Serras e Vales 12.3 – Praias Fluviais 12.4 – Locais de Pesca 13. Actividades e Congressos 13.1 – Auditórios 14. Percursos, Circuitos e Roteiros
  • 63. 63 Os quadros que se seguem dão a conhecer a organização dos recursos turísticos existentes no concelho de Baião 1. Património construído, Monumental e Arqueológico 1.1 – Arqueológico Freguesia Designação do Recurso Gove Castro de Cruito S. João de Ovil Dólmen de Chã de Parada S. João de Ovil Mamoas de Chã de Parada S. João de Ovil Mamoas de Meninos do Castro S. João de Ovil Mamoas do Monte da Oliveira s. João de Ovil Mamoa do Outeiro de Ante Santa Marinha do Zêzere Castro do Barreiro 1.2 – Edificado Freguesia Designação do Recurso Ancede Igreja Paroquial Ancede Igreja Velha de Ancede Ancede Convento de Ermelo Ancede Mosteiro de Santo André Ancede Capela de S. Domingos Ancede Capela Nossa Senhora do Bom Despacho Ancede Capela de Santo António Ancede Capela da Senhora das Boas Novas Ancede Capela da Senhora ao Pé da Cruz Ancede Casa de Penalva Campelo Igreja Paroquial de Baião Campelo Casa de Penaventosa Campelo Casa de Freixieiro Campelo Casa de Pinheiro Campelo Capela de S. Brás Campelo Casa de Arrabalde Campelo Capela de Santo António Campelo Capela de S. Sebastião S. Tomé de Covelas Igreja Paroquial de S. Tomé de Covelas S. Tomé de Covelas Casa de Gonçalo de Labazim S. Tomé de Covelas Quinta das Quintãs S. Tomé de Covelas Casa das Casinhas S. Tomé de Covelas Casa do Outeiro S. Tomé de Covelas Casa da Torre de Gem Frende Capela de S. João Gestaçô Capela de Nossa Senhora da Graça Gestaçô Quinta do Ferro Gestaçô Igreja Paroquial Gove Igreja de Santa Maria do Gove Gove Capela de Sant´Ana
  • 64. 64 Gove Ponte do Avenal Grilo Igreja de S. João Baptista Grilo Casa de Vilamoura Grilo Capela de Nossa Senhora do Loureiro Loivos do Monte Igreja de S. Paio Loivos do Monte Capela de Santa Comba de Telões Loivos do Monte Casa de Arcouce Loivos do Monte Casa de Cruzeiro Loivos da Ribeira Pelourinho Loivos da Ribeira Quinta do Paço Loivos da Ribeira Quinta da Ribeira Loivos da Ribeira Igreja de Santa Maria Madalena Loivos da Ribeira Capela de Nossa Senhora da Saúde Loivos da Ribeira Capela de Nossa Senhora da Lapinha Mesquinhata Igreja de São Tiago Mesquinhata Casa da Cochêca S. João de Ovil Igreja Paroquial de S. João de Ovil S. João de Ovil Casa de Chavães S. João de Ovil Capela de S. Pedro S. João de Ovil Capela de S. António S. João de Ovil Capela de Nossa Senhora da Guia S. João de Ovil Capela de Santiago Ribadouro Igreja de Porto Manso Ribadouro Torre de Porto Manso (Casa da Eira) Ribadouro Ponte Ferroviária da Pala Ribadouro Ponte Ferroviária de Porto Manso Santa Cruz do Douro Igreja de Santa Cruz Santa Cruz do Douro Casa da Coelheira Santa Cruz do Douro Casa de S. João do Abelhal Santa Cruz do Douro Casa da Capela de Lazarim Santa Cruz do Douro Casa do Gondarinho Santa Cruz do Douro Casa do Ladeiro Santa Cruz do Douro Casa de Cedofeita Santa Cruz do Douro Casa de Agrelos Santa Cruz do Douro Casa da Torre do Cabeção Santa Cruz do Douro Casa da Vila Nova (Tormes) Santa Cruz do Douro Capela de Nossa Senhora do Martírio Santa Cruz do Douro Capela de Nossa Senhora do Calvário Santa Cruz do Douro Capela de Nossa Senhora da Ajuda Santa Cruz do Douro Capela de Nossa Senhora dos Desamparados Santa Leocádia Igreja Paroquial de Santa Leocádia Santa Leocádia Quinta do Paço Santa Leocádia Casa de Balde Santa Leocádia Casa da Roupeira Santa Leocádia Casa das Quartas Santa Leocádia Casa do Miradouro Santa Leocádia Casa da Lage Santa Leocádia Capela de S. Jorge Santa Marinha do Zêzere Casa da Ermida Santa Marinha do Zêzere Casa da Granja Santa Marinha do Zêzere Casa do Fundo Lugar (S. Pedro) Santa Marinha do Zêzere Casas Novas Santa Marinha do Zêzere Casa de Entre Águas
  • 65. 65 2. Museus e Património Artístico 2.1 – Museus Freguesia Designação do Recurso Campelo Museu Municipal de Baião 3. Artesanato 3.1 – Produção Freguesia Designação do Recurso Ancede Trabalhos em cantaria Covelas Cestaria Frende Cestas de Piorna Gestaçô Bengalas de Gestaçô Gestaçô Mãos de guarda-chuva Gestaçô Tecelagem Gestaçô Funilaria Mesquinhata Ferraria Santa Marinha do Zêzere Igreja Matriz de Santa Marinha do Zêzere Santa Marinha do Zêzere Casa de Travanca Santa Marinha do Zêzere Quinta do Ervedal Santa Marinha do Zêzere Capela de S. Brás Santa Marinha do Zêzere Capela de Santa Eufémia Santa Marinha do Zêzere Capela da Senhora do Socorro Teixeira Pelourinho da Teixeira Teixeira Capela de Nossa Senhora dos Remédios Teixeira Igreja Paroquial Teixeiró Igreja Paroquial Teixeiró Capela de Nossa Senhora do Socorro Teixeiró Quinta do Paço Tresouras Igreja Paroquial Tresouras Casa do Espinhal Tresouras Casa da Cancela Valadares Igreja Matriz de Valadares Valadares Casa do Terreiro Valadares Casa da Forca Valadares Capela de Diagares Valadares Igreja Matriz de Valadares Viariz Igreja Paroquial Viariz Alminhas do Outeiro Viariz Capela de S. Faustino Viariz Penedo dos Cornudos
  • 66. 66 3.2 – Comercialização Freguesia Designação do Recurso Campelo Dólmen Campelo Posto de Turismo Gestaçô Casa das Bengalas 4. Grupos de Folclore Freguesia Designação do recurso Ancede Rancho Folclórico de Ancede Campelo Rancho Folclórico de Baião Frende As Cesteiras de Frende Gestaçô Rancho Folclórico Danças e Cantares Santa Cruz do Douro Rancho Folclórico da Associação Cultural e Recreativa de Santa cruz do Douro Valadares Rancho Folclórico “As ceifeiras de Valadares” 5. Festas e Romarias, Manifestações Populares 5.1 – Festas e Romarias Freguesia Designação do recurso Campelo S. Bartolomeu Campelo Nossa Senhora da Guia Campelo S. Brás Frende São João de Castelo Frende Santa Maria de Frende Gestaçô Senhora da Graça Gestaçô São João Gestaçô Nossa Senhora do Alívio Gestaçô S. Miguel Grilo São João Baptista Grilo Senhora do Loureiro Loivos da Ribeira Senhora da Lapinha Loivos da Ribeira Santa Maria Madalena Mesquinhata São Tiago Teixeira São Pedro Teixeiró Nossa Senhora do Socorro Tresouras São Miguel Valadares São Tiago Viariz São Tiago Viariz São Faustino Viariz Santíssimo Sacramento Viariz Senhora do Amparo
  • 67. 67 5.2 – Feiras e Mercados Freguesia Designação do recurso Ancede Feira de Ancede Campelo Feira do Tijelinho Gestaçô Feira de Nossa Senhora da Graça Santra Marinha do Zêzere Feira de Santa Marinha Tresouras Feira de Tresouras 5.3– Festivais de Folclore Freguesia Designação do Recurso Campelo Festival Folclórico de Baião Santa Cruz do Douro Festival Internacional de Ranchos 6 – Gastronomia Freguesia Designação do Recurso Campelo Anho assado e arroz do forno Campelo Fumeiro Gestaçô Bazulaque Mesquinhata Cavacas de Mesquinhata Santa Cruz do Douro Arroz de Favas Santa Cruz do Douro Caldo de Galinha Teixeira Doce da Teixeira Valadares Sopa Doce Valadares Torresmada 7. Animação Cultural 7.1 – Eventos Freguesia Designação do Recurso Campelo Feira do Fumeiro e do Cozido à Portuguesa Campelo Feiro do Anho Assado e do Arroz do Forno Campelo Concentração Motard S. João de Ovil Festa da Juventude (Byonritmos)
  • 68. 68 7.2 – Equipamentos Freguesia Designação do Recurso Campelo Biblioteca Municipal de Baião Campelo Auditório Municipal de Baião S. João de Ovil Casa da Juventude e Desporto de Baião Gestaçô Casa das Bengalas de Gestaçô Santa Cruz do Douro Fundação Eça de Queirós 8 – Animação Desportiva 8.1 - Equipamentos Freguesia Designação do Recurso Campelo Pavilhão Multiusos de Baião Campelo Piscina Municipal de Baião Campelo Campo de Futebol do Prenhô 8.2 – Agentes Freguesia Designação do Recurso Ancede Associação Desportiva de Ancede Campelo Associação Desportiva de Baião Santa Cruz do Douro Associação Desportiva de Santa Cruz do Douro Santa Marinha do Zêzere Futebol Clube Zezerênse 9. Infra – estruturas turísticas 9.1 – Alojamento Freguesia Designação do recurso Ancede Casa da Lavandeira Ancede Casa da Viombra Campelo Pensão Borges Gestaçô Quinta de Marnotos Mesquinhata Casa da Cochêca Ribadouro Casa da Torre S. João de Ovil Casa da Juventude e Desporto de Baião S. Tomé de Covelas Quinta das Quintãs Santa Cruz do Douro Douro Palace Hotel Resort & SPA Santa Marinha do Zêzere Quinta da Ermida Santa Marinha do Zêzere Quinta do Ervedal Santa Marinha do Zêzere Quinta de Guimarães Santa Marinha do Zêzere O Casarão Tresouras Casa das Feitorias
  • 69. 69 9.2 – Restauração Freguesia Designação do recurso Ancede Restaurante O Famoso Ancede Restaurante O Vasconcelos Ancede Restaurante O Brasão Campelo Restaurante Fonte Nova Campelo Restaurante A Flor de Baião Campelo Restaurante Pensão Borges Campelo Restaurante O Assador da Vila Campelo Restaurante O Avô Salvador Campelo Restaurante O Pinto Campelo Pizzaria Primavera Campelo Pizzaria Tentacione Gove Restaurante O Almocreve Gove Restaurante A Tapada Loivos do Monte Retiro das Noveleiras Ribadouro Churrasqueira da Azenha Santa Cruz do Douro Casa do Lavrador Santa Marinha do Zêzere Restaurante O Cruzeiro Santa Marinha do Zêzere Restaurante Barriga Farta Santa Marinha do Zêzere Restaurante O Camponês Santa Marinha do Zêzere Restaurante O Ideal Santa Marinha do Zêzere Restaurante A Princesa do Zêzere Santa Marinha do Zêzere Restaurante Monte Rebel 10. Operadores e Agentes de Promoção Turística 10.1 – Posto de Turismo Freguesia Designação do recurso Campelo Posto de Turismo 9.3 – Campismo Freguesia Designação do recurso Ancede Parque de Campismo do Fojo 11 – Ambiente Rural 11.1– Produtores/Engarrafadores de vinho - viticultura Freguesia Designação do recurso Gôve Adega Cooperativa de Baião Gestaçô Quinta do Ferro Gestaçô Quinta da Quebrada Santa Cruz do Douro Encosta D’Aregos Santa Cruz do Douro Fundação Eça de Queirós
  • 70. 70 12. Recursos Naturais, Ambientais e Paisagísticos 12.1- Rios Freguesia Designação do recurso Loivos do Monte Rio Ovil Teixeira Rio Teixeira Viariz Rio Zêzere Sória (Espanha) Rio Douro 12.2 – Montanhas, Serras e Vales Freguesia Designação do recurso S. João de Ovil Serra da Aboboreira S. João de Ovil Serra de Matos Teixeira Serra do Marão 12.3 – Praias fluviais Freguesia Designação do recurso Campelo Praia Fluvial do Prenhô S. João de Ovil Praia Fluvial de Ovil 12.4 – Locais de Pesca Freguesia Designação do recurso Campelo Rio Ovil Ribadouro Pala Santa Cruz do Douro Aregos Santa Cruz do Douro Quinta do Porto Ferrado Santa Cruz do Douro Quinta de Moninho Santa Leocádia Casa da Lage Santa Marinha do Zêzere Casa das Corujeiras Santa Marinha do Zêzere Sociedade Agrícola e Comercial do Zêzere, LDA S. Tomé de Covelas Quinta das Quintãs Viariz Casa da Mó Valadares Casa das Hortas Tresouras Casa da Cancela
  • 71. 71 13. Actividades e Congressos 13.1 – Auditórios Freguesia Designação do Recurso Campelo Auditório Municipal de Baião 14. Percursos, Circuitos e Roteiros Freguesia Designação do Recurso Ancede Roteiro Centro Interpretativo da Vinha e do Vinho