O documento discute a história e o desenvolvimento da Educação Infantil no Brasil. Aborda a concepção de criança e infância ao longo do tempo, os avanços trazidos pela Constituição de 1988 e as limitações ainda existentes no acesso e qualidade da Educação Infantil, especialmente para as classes trabalhadoras. A pesquisa realizada pelo autor contribuiu para seu trabalho como professora e para uma futura atuação na área.
2. A escolha deste tema ocorreu pelo meu
maior interesse, no curso de Pedagogia,
se constituir nas crianças e na
educação voltada para as mesmas. Na
verdade, ao ser estagiária da Educação
Infantil no decorrer de outra graduação,
me encantei com as crianças e decidi
fazer o curso, bem como, pesquisar mais
sobre o tema.
3. As crianças, no Brasil, nem sempre foram
“vistas” pela sociedade e é somente a
partir da Constituição Federal de 1988 que
elas são consideradas como sujeito de
direitos. Foi a partir dela que a educação
infantil passa a ser reconhecida,
legalmente, como a primeira etapa da
educação básica de qualquer indivíduo.
Frente ao aspecto legal e a realidade,
pergunta-se: quais são os avanços e os
limites da Educação Infantil no Brasil?
4. O objeto de estudo deste trabalho é a
Educação Infantil. Mas, não se pode
falar em Educação Infantil sem citar os
sujeitos constituintes deste nível de
ensino, ou seja, as crianças e a infância.
5. História da Educação Infantil. Conceito
de Infância. Conceito de Educação.
Educação Infantil.
6. Compreender o desenvolvimento da
Educação Infantil no contexto histórico
brasileiro.
7. A metodologia empregada para a
realização deste trabalho foi de cunho
bibliográfico. Assim, os materiais foram,
primeiramente, selecionados. Em
seguida, realizou-se uma primeira leitura
para que os textos fossem fichados e
para que, depois, a escrita pudesse ser
realizada.
8. Os principais autores utilizados em cada
parte foram:
1ª parte: Ariès (2006), Kuhlmann (2010),
Postman (1999), Heywood (2004), Godoi
(2004) e Oliveira (1982).
2ª parte: Oliveira (1982), Oliveira (2007),
Santos (2006), Rizzini, (2009), Kramer (1982),
Kuhlmann (2011) e Farias (2005).
3ª parte: Sousa (1996), Nascimento (2006),
Kreutz (1996) e Horn (1998); além de alguns
documentos oficiais.
9. O trabalho foi organizado em três
partes. A primeira parte intitulada
“Infâncias e Crianças: Uma construção
histórica”; a segunda, por sua vez,
“Educação Infantil no Brasil: uma
construção histórica” e, a terceira
“Educação Infantil no Brasil pós
Constituição Federal de 1988: avanços
ou limites?”
10. Nesta primeira parte o principal objetivo
foi o de contribuir para a ampliação da
visão a respeito da História da
Educação Infantil no Brasil. Assim, ela
representou a retomada das
transformações dos conceitos de
criança e infância no decorrer dos
séculos, até a constituição do que se
entende por criança na atualidade.
11. Nesta parte, objetivou-se compreender
o contexto da promulgação da
Constituição Federal de 1988 e as
implicações no que diz respeito às
crianças. Desse modo, o foco incidiu
sobre o desenvolvimento da história da
Educação Infantil no Brasil, baseando-se
nas transformações ocorridas na
sociedade que foram determinantes
para tal desenvolvimento.
12. Na terceira e última parte o objetivo foi o
de compreender as limitações e os
avanços da Educação Infantil,
considerando-se os direitos garantidos por
lei. Dessa forma, pôde-se perceber que as
legislações posteriores à Constituição
Federal evidenciaram os avanços
conquistados, bem como, apontaram para
alguns limites ainda presentes na
implantação e expansão da Educação
Infantil no Brasil.
13. Foi possível concluir que a sociedade na
qual estamos inseridos é excludente e
privilegia os interesses da elite o que
acaba por precarizar a educação
oferecida pelas instituições de
educação infantil, em especial às
destinadas a classe trabalhadora.
14. O conhecimento proporcionado a partir
da pesquisa foi muito importante para mim
que já sou professora e trabalho com
crianças dando aulas de inglês, como
também, para uma futura atuação na
área específica de Educação Infantil. Além
disso, por ter dois sobrinhos na creche,
pude conhecer mais sobre as instituições
das quais eles fazem parte e perceber
como as mesmas ainda carecem de tudo:
recursos, formação, participação da
comunidade em geral.