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DO TEXTO DISSERTATIVO AO
ARTIGO DE OPINIÃO
Ana Paula Felipe
Apresentação
Os artigos de opinião são
importantes instrumentos para a
formação do cidadão. Aprender a ler e
a escrever esse gênero contribui para
desenvolver a capacidade de participar,
com argumentos convincentes, das
discussões sobre as questões do lugar
onde se vive e, mais do que isso, de
formar opinião sobre elas, contribuir
para resolvê-las, praticar a cidadania.
O ARTIGO DE OPINIÃO
 A todo instante temos de nos posicionar
sobre certos temas que circulam socialmente.
 Por exemplo, a pena de morte é uma saída
contra a violência?
 Uma mulher grávida deve ter o direito de
interromper a gravidez de um feto
anencéfalo?
 A televisão deve sofrer algum tipo de
controle?
 Como resposta a essas e outras questões,
são publicadas em jornais e revistas ARTIGOS
DE OPINIÃO, nos quais o autor expressa um
ponto de vista sobre o tema em discussão.
O que é um artigo de Opinião
 Texto Dissertativo- Argumentativo
 Exposição do posicionamento do autor
 Texto de temas atuais e de interesse
comum
 Escrito por pessoas com experiência
sobre o assunto
Porque escrever artigo de opinião?
 Disseminar conhecimento
 Compartilhar ponto de vista
 Engajar o leitor na causa
 Construir reputação
pessoal/profissional
Composição do Artigo de Opinião
Posição
Notícias
Fatos
polêmicos
Argumentos Ponto de
vista
Categorias do Artigo de Opinião
 Editoriais
 Artigo de análise ou pesquisa
 Colunas
 IMPORTANTE:
 Levam sempre o nome do autor
Artigo de Opinião
 Questão Polêmica
 Posicionamento
 Argumentação
 Contestação
 Conclusão
Tipos de Argumentos
 De autoridade
 De exemplificação
 De provas
 De princípio ou crença pessoal
 De causa ou conseqüência
Argumentos de autoridade
Ajuda a sustentar sua posição, lançando mão da
voz de um especialista, uma pessoa respeitável
(líder, artista, político), uma instituição de
pesquisa considerada autoridade no assunto.
Exemplo:
“Para a antropóloga Yvone Maggie, professora
da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), instituir o conceito de raça só traz
sofrimento”
(Folha de S. Paulo, 7/7/2006).
Argumentos de exemplificação
Relata um fato ocorrido com ele ou
com alguém para dar um exemplo de
como aquilo que ele defende é válido.
Exemplo:
“A saúde do município anda mal
cuidada. Muitos cidadãos relatam que
foram aos postos de saúde e não havia
médicos para atendê-los.”
Argumentos de provas
Comprova seus argumentos com
informações incontestáveis: dados
estatísticos, fatos históricos,
acontecimentos notórios.
Exemplo:
“Em Blumenau, 114.000 residências têm
acesso à água tratada, mas apenas 1.014
possuem tratamento de esgoto”
(Ivan Naatz. Saneamento básico.
Florianópolis, 4 de setembro, ed. 7.816).
Argumentos de princípio ou crença pessoal
Refere-se a valores éticos ou morais
supostamente irrefutáveis.
Exemplo:
“Como já afirmei, sou contra o aborto.
Além de tudo que disse anteriormente,
a vida é um dom de Deus e nenhum
homem tem o direito de tirá-la.”
Argumentos de causa e consequência
Afirma que um fato ocorre em decorrência de outro.
Exemplo:
“Atualmente, são 4,5 milhões de brasileiros com
idade entre 15 e 29 anos que estão fora da escola
e do mercado de trabalho. Totalmente vulneráveis
a ingressar na vida fácil do crime, esses jovens
tiveram vários motivos para estarem nessa
situação, entre eles, o desleixo do poder público”
(Jornal clicabrasília, 6/7/2007).
Estrutura Básica – Artigo de
Opinião
 INTRODUÇÃO( contextualização,
problema e tese)
 DESENVOLVIMENTO( argumentos,
justificativa)
 CONCLUSÃO( raciocínio argumentativo,
fechamento)
Título
É a parte mais “vendedora” do
texto. Deve dar água na boca, mas não
pode entregar o ouro! Dica: seja
simples, brinque, use clichês.
É importante usar verbos para dar
comandos de ação. Use no máximo 10
palavras. Lembre-se: a afirmação deve
ser instigante, mas absolutamente
comprovável.
Introdução
Inicie sua tese apresentando ao leitor a
problemática a ser discutida.
Dica: sempre que possível, contextualize com
o cenário global ou algum acontecimento do
dia a dia do seu leitor-alvo. Mostre que você
não está sozinho: inclua afirmações de outros
pensadores ou cite estatísticas, estudos
científicos, reportagens de importantes
veículos de comunicação. Use no máximo dois
parágrafos (se conseguir num só, perfeito!).
Desenvolvimento
Apresente os seus argumentos.
Justifique o por quê das suas
afirmações (inclua o leitor; prenda-o
em seus argumentos, fazendo com que
ele se sinta representado por suas
palavras).
Neste trecho, seu leitor já começa a
formatar suas próprias conclusões e
você apenas o está preparando para o
gran finale.
Conclusão
Raciocínio argumentativo: agora é hora de
você mostrar ao leitor suas resoluções sobre
o que foi apresentado e discutido. Proponha
soluções, mostre um case do qual você
participou, indique o que foi feito; opine. Você
também pode deixar no ar uma dúvida ou
cobrança.
Se a introdução e o desenvolvimento
foram perfeitos, seus leitores irão perdoá-lo.
Aborto não é questão de
opinião: um artigo da escritora
Clara Averbuck
Publicado no site Lugar de Mulher. A autora, Clara
Averbuck, é jornalista e escritora.
Temos mais uma vítima do aborto ilegal no Brasil.
Jandira, 25 anos, mãe de dois, foi levada a uma clínica
de aborto clandestina e “desapareceu”.
E é isso que acontece em um país que criminaliza a
liberdade de escolha da mulher.
Uma mulher que quer fazer um aborto não está
interessada se sua tia Celina acha um crime, se o seu
primo Robério considera a legalização genocídio, se você
é contra porque acha que é uma vida e todos têm
direito à vida. Uma mulher que quer fazer
aborto vai fazer esse aborto. Ou vai tentar e se
estrepar. Vai tentar numa clínica ou em casa com
remédio ou enfiando uma agulha de tricô no útero e
depois morrendo de medo de ir ao médico fazer uma
curetagem, ser denunciada e presa.
Uma mulher que estiver passando pelo desespero de
uma gravidez indesejada vai colocar sua vida em risco
porque o Estado não nos dá o direito de escolher
legalmente o que queremos, então burlamos a lei. Não
dá nem pra dizer que quem tem grana sempre vai na
clínica limpinha, olha o que aconteceu com a
Jandira. Ela pagou quatro mil e quinhentos reais e
morreu. Imagina então o que acontece com quem não
tem nenhum dinheiro. Com as mulheres negras, pobres,
da periferia.
A sua opinião sobre aborto não importa. As
mulheres vão continuar abortando e correndo risco de
vida enquanto não for legal e seguro. Não é possível que
seja tão difícil de entender.
A legalização do aborto não é uma questão de
crenças, tabus ou religião, que sequer deveriam ser
envolvidos nessa questão. É uma questão de saúde
pública e deve ser tratada como tal.
A quem argumenta que “aborto vai virar método contraceptivo”: não sei nem
o que dizer pra vocês. Ninguém acorda um dia e pensa “nossa, que dia lindo, acho
que vou fazer sexo e engravidar pra fazer um abortinho”! Isso não é nem uma
questão. Quem fala em “banalização do aborto” nunca parou nem pra pensar direito
no assunto e em pra ver os dados de países que legalizaram o aborto, como foi o
caso do Uruguay. Sabe o que aconteceu?
As mulheres que abortariam ilegalmente correndo risco de vida abortaram de
forma legal e segura e não morreram. Nenhuma mulher morreu.
Não gosta da ideia do aborto? Pois bem, não faça um. A sua opinião não vai
mudar o fato de que mulheres abortam. Mulheres abortam todos os dias de forma
insegura. Mulheres que são mães abortam ilegalmente. Mulheres que não querem ter
filhos abortam diariamente. Mulheres religiosas “contra” o aborto abortam
diariamente. Mães de família abortam, adolescentes abortam, mulheres pobres
abortam, mulheres ricas abortam, mulheres casadas, mulheres solteiras, mulheres
empregadas, desempregadas. Mulheres de todos tipos abortam e não há opinião
alheia que vá fazer isso mudar.
Eu já fui essa mulher. Sei bem o que estou falando.
Quando fiz um aborto, em 2009, tinha a cabeça bem diferente de agora. Não
foi sussa, não foi nada de boa e fiquei em frangalhos depois, tanto emocionalmente
quanto hormonalmente, por vários motivos. Mas não dava. Eu não podia ter outro
filho e depois de muita discussão com meu então namorado acordamos que assim
seria. Não foi “descuido”, eu tomava pílula. Acontece. Aconteceu comigo.
E ainda bem que eu tive condições de encontrar um médico confiável e uma
clínica boa. Ainda bem que eu não deixei qualquer coisa que eu acreditasse na época
interferir na minha decisão, pois eu estaria hoje em uma lama inimaginável.
Eu fico descaralhada quando vejo a cobertura do caso da Jandira
com foco na “quadrilha que realizava abortos” e mais ainda com os
comentários. “Mereceu, “matou, morreu”, “na hora de abrir as
pernas foi bom” e todas aquelas outras pérolas que vocês podem
imaginar. Além da ignorância e da percepção de a vida da mulher não
vale nada, isso também demonstra uma atitude punitivista com a
mulher que faz sexo. Deu? Agora aguenta. Ninguém pergunta onde
está o homem que engravidou. Ninguém quer saber se ele se
protegeu, se ele se preocupou. Diante dos olhos desse terrível senso
comum, ao homem não cabe nenhuma responsabilidade quando o
assunto é contracepção.
Aliás, o assunto não deve nem cair pra esse lado: não estamos
falando de contracepção e sim de quando ela falha.
O NY Times publicou hoje um gráfico incrível sobre as chances
dos métodos contraceptivos falharem. Não é nem coisa pouca. Fica
aí a reflexão pra quem acha que “não precisa” legalizar o aborto, é
só “se cuidar”.
Dia 28 de setembro é o dia latino-americano pela
descriminalização do aborto e algumas feministas fantásticas fizeram o
blog “28 dias pela vida das mulheres”, com muitos textos e dados
necessários. Vale a leitura diária.
Reconhecendo o Artigo de
Opinião
 Pesquise jornais e revistas na
perspectiva de reconhecer o Artigo de
Opinião.
 Após a pesquisa, faça um trabalho de
colagem em cartaz com este gênero.
 Apresente o trabalho e justifique para
os colegas e professora a sua escolha.
Conexão com a Língua Inglesa
 Você já ouviu falar sobre o termo
“estrangeirismo”?
 Nos jornais e revistas, pesquise palavras
da língua inglesa que utilizamos no
nosso dia a dia.
 Faça cartazes destas palavras para
demonstração e discussão em sala de
aula.
Proposta de Artigo de Opinião
No mundo atual, a obtenção de água
potável tem se tornado um desafio cada
vez maior. A cada ano, mais de 80
milhões de pessoas clamam por seu direito
aos recursos hídricos da terra.
Infelizmente, quase todos os três bilhões
(ou mais) de habitantes que deverão
surgir no planeta terra no meio do século
nascerão em países que já sofrem de
escassez de água. Realize uma pesquisa
antes de escrever o texto. Relacione-o a
sua realidade de controle de água.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 http://www.diariodocentrodomundo.co
m.br/aborto-nao-e-questao-de-opiniao-
um-artigo-da-escritora-clara-averbuck/
Acesso: 15/04/2015
 http://pt.slideshare.net/
Acesso:15/04/2015
 Língua Potuguesa/Artigo de Opinião.
Apostlas Opção 2013.

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Aborto não é questão de opinião: direito à saúde e à vida das mulheres

  • 1. DO TEXTO DISSERTATIVO AO ARTIGO DE OPINIÃO Ana Paula Felipe
  • 2. Apresentação Os artigos de opinião são importantes instrumentos para a formação do cidadão. Aprender a ler e a escrever esse gênero contribui para desenvolver a capacidade de participar, com argumentos convincentes, das discussões sobre as questões do lugar onde se vive e, mais do que isso, de formar opinião sobre elas, contribuir para resolvê-las, praticar a cidadania.
  • 3. O ARTIGO DE OPINIÃO  A todo instante temos de nos posicionar sobre certos temas que circulam socialmente.  Por exemplo, a pena de morte é uma saída contra a violência?  Uma mulher grávida deve ter o direito de interromper a gravidez de um feto anencéfalo?  A televisão deve sofrer algum tipo de controle?  Como resposta a essas e outras questões, são publicadas em jornais e revistas ARTIGOS DE OPINIÃO, nos quais o autor expressa um ponto de vista sobre o tema em discussão.
  • 4. O que é um artigo de Opinião  Texto Dissertativo- Argumentativo  Exposição do posicionamento do autor  Texto de temas atuais e de interesse comum  Escrito por pessoas com experiência sobre o assunto
  • 5. Porque escrever artigo de opinião?  Disseminar conhecimento  Compartilhar ponto de vista  Engajar o leitor na causa  Construir reputação pessoal/profissional
  • 6. Composição do Artigo de Opinião Posição Notícias Fatos polêmicos Argumentos Ponto de vista
  • 7. Categorias do Artigo de Opinião  Editoriais  Artigo de análise ou pesquisa  Colunas  IMPORTANTE:  Levam sempre o nome do autor
  • 8. Artigo de Opinião  Questão Polêmica  Posicionamento  Argumentação  Contestação  Conclusão
  • 9. Tipos de Argumentos  De autoridade  De exemplificação  De provas  De princípio ou crença pessoal  De causa ou conseqüência
  • 10. Argumentos de autoridade Ajuda a sustentar sua posição, lançando mão da voz de um especialista, uma pessoa respeitável (líder, artista, político), uma instituição de pesquisa considerada autoridade no assunto. Exemplo: “Para a antropóloga Yvone Maggie, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituir o conceito de raça só traz sofrimento” (Folha de S. Paulo, 7/7/2006).
  • 11. Argumentos de exemplificação Relata um fato ocorrido com ele ou com alguém para dar um exemplo de como aquilo que ele defende é válido. Exemplo: “A saúde do município anda mal cuidada. Muitos cidadãos relatam que foram aos postos de saúde e não havia médicos para atendê-los.”
  • 12. Argumentos de provas Comprova seus argumentos com informações incontestáveis: dados estatísticos, fatos históricos, acontecimentos notórios. Exemplo: “Em Blumenau, 114.000 residências têm acesso à água tratada, mas apenas 1.014 possuem tratamento de esgoto” (Ivan Naatz. Saneamento básico. Florianópolis, 4 de setembro, ed. 7.816).
  • 13. Argumentos de princípio ou crença pessoal Refere-se a valores éticos ou morais supostamente irrefutáveis. Exemplo: “Como já afirmei, sou contra o aborto. Além de tudo que disse anteriormente, a vida é um dom de Deus e nenhum homem tem o direito de tirá-la.”
  • 14. Argumentos de causa e consequência Afirma que um fato ocorre em decorrência de outro. Exemplo: “Atualmente, são 4,5 milhões de brasileiros com idade entre 15 e 29 anos que estão fora da escola e do mercado de trabalho. Totalmente vulneráveis a ingressar na vida fácil do crime, esses jovens tiveram vários motivos para estarem nessa situação, entre eles, o desleixo do poder público” (Jornal clicabrasília, 6/7/2007).
  • 15. Estrutura Básica – Artigo de Opinião  INTRODUÇÃO( contextualização, problema e tese)  DESENVOLVIMENTO( argumentos, justificativa)  CONCLUSÃO( raciocínio argumentativo, fechamento)
  • 16. Título É a parte mais “vendedora” do texto. Deve dar água na boca, mas não pode entregar o ouro! Dica: seja simples, brinque, use clichês. É importante usar verbos para dar comandos de ação. Use no máximo 10 palavras. Lembre-se: a afirmação deve ser instigante, mas absolutamente comprovável.
  • 17. Introdução Inicie sua tese apresentando ao leitor a problemática a ser discutida. Dica: sempre que possível, contextualize com o cenário global ou algum acontecimento do dia a dia do seu leitor-alvo. Mostre que você não está sozinho: inclua afirmações de outros pensadores ou cite estatísticas, estudos científicos, reportagens de importantes veículos de comunicação. Use no máximo dois parágrafos (se conseguir num só, perfeito!).
  • 18. Desenvolvimento Apresente os seus argumentos. Justifique o por quê das suas afirmações (inclua o leitor; prenda-o em seus argumentos, fazendo com que ele se sinta representado por suas palavras). Neste trecho, seu leitor já começa a formatar suas próprias conclusões e você apenas o está preparando para o gran finale.
  • 19. Conclusão Raciocínio argumentativo: agora é hora de você mostrar ao leitor suas resoluções sobre o que foi apresentado e discutido. Proponha soluções, mostre um case do qual você participou, indique o que foi feito; opine. Você também pode deixar no ar uma dúvida ou cobrança. Se a introdução e o desenvolvimento foram perfeitos, seus leitores irão perdoá-lo.
  • 20. Aborto não é questão de opinião: um artigo da escritora Clara Averbuck Publicado no site Lugar de Mulher. A autora, Clara Averbuck, é jornalista e escritora.
  • 21. Temos mais uma vítima do aborto ilegal no Brasil. Jandira, 25 anos, mãe de dois, foi levada a uma clínica de aborto clandestina e “desapareceu”. E é isso que acontece em um país que criminaliza a liberdade de escolha da mulher. Uma mulher que quer fazer um aborto não está interessada se sua tia Celina acha um crime, se o seu primo Robério considera a legalização genocídio, se você é contra porque acha que é uma vida e todos têm direito à vida. Uma mulher que quer fazer aborto vai fazer esse aborto. Ou vai tentar e se estrepar. Vai tentar numa clínica ou em casa com remédio ou enfiando uma agulha de tricô no útero e depois morrendo de medo de ir ao médico fazer uma curetagem, ser denunciada e presa.
  • 22. Uma mulher que estiver passando pelo desespero de uma gravidez indesejada vai colocar sua vida em risco porque o Estado não nos dá o direito de escolher legalmente o que queremos, então burlamos a lei. Não dá nem pra dizer que quem tem grana sempre vai na clínica limpinha, olha o que aconteceu com a Jandira. Ela pagou quatro mil e quinhentos reais e morreu. Imagina então o que acontece com quem não tem nenhum dinheiro. Com as mulheres negras, pobres, da periferia. A sua opinião sobre aborto não importa. As mulheres vão continuar abortando e correndo risco de vida enquanto não for legal e seguro. Não é possível que seja tão difícil de entender. A legalização do aborto não é uma questão de crenças, tabus ou religião, que sequer deveriam ser envolvidos nessa questão. É uma questão de saúde pública e deve ser tratada como tal.
  • 23. A quem argumenta que “aborto vai virar método contraceptivo”: não sei nem o que dizer pra vocês. Ninguém acorda um dia e pensa “nossa, que dia lindo, acho que vou fazer sexo e engravidar pra fazer um abortinho”! Isso não é nem uma questão. Quem fala em “banalização do aborto” nunca parou nem pra pensar direito no assunto e em pra ver os dados de países que legalizaram o aborto, como foi o caso do Uruguay. Sabe o que aconteceu? As mulheres que abortariam ilegalmente correndo risco de vida abortaram de forma legal e segura e não morreram. Nenhuma mulher morreu. Não gosta da ideia do aborto? Pois bem, não faça um. A sua opinião não vai mudar o fato de que mulheres abortam. Mulheres abortam todos os dias de forma insegura. Mulheres que são mães abortam ilegalmente. Mulheres que não querem ter filhos abortam diariamente. Mulheres religiosas “contra” o aborto abortam diariamente. Mães de família abortam, adolescentes abortam, mulheres pobres abortam, mulheres ricas abortam, mulheres casadas, mulheres solteiras, mulheres empregadas, desempregadas. Mulheres de todos tipos abortam e não há opinião alheia que vá fazer isso mudar. Eu já fui essa mulher. Sei bem o que estou falando. Quando fiz um aborto, em 2009, tinha a cabeça bem diferente de agora. Não foi sussa, não foi nada de boa e fiquei em frangalhos depois, tanto emocionalmente quanto hormonalmente, por vários motivos. Mas não dava. Eu não podia ter outro filho e depois de muita discussão com meu então namorado acordamos que assim seria. Não foi “descuido”, eu tomava pílula. Acontece. Aconteceu comigo. E ainda bem que eu tive condições de encontrar um médico confiável e uma clínica boa. Ainda bem que eu não deixei qualquer coisa que eu acreditasse na época interferir na minha decisão, pois eu estaria hoje em uma lama inimaginável.
  • 24. Eu fico descaralhada quando vejo a cobertura do caso da Jandira com foco na “quadrilha que realizava abortos” e mais ainda com os comentários. “Mereceu, “matou, morreu”, “na hora de abrir as pernas foi bom” e todas aquelas outras pérolas que vocês podem imaginar. Além da ignorância e da percepção de a vida da mulher não vale nada, isso também demonstra uma atitude punitivista com a mulher que faz sexo. Deu? Agora aguenta. Ninguém pergunta onde está o homem que engravidou. Ninguém quer saber se ele se protegeu, se ele se preocupou. Diante dos olhos desse terrível senso comum, ao homem não cabe nenhuma responsabilidade quando o assunto é contracepção. Aliás, o assunto não deve nem cair pra esse lado: não estamos falando de contracepção e sim de quando ela falha. O NY Times publicou hoje um gráfico incrível sobre as chances dos métodos contraceptivos falharem. Não é nem coisa pouca. Fica aí a reflexão pra quem acha que “não precisa” legalizar o aborto, é só “se cuidar”. Dia 28 de setembro é o dia latino-americano pela descriminalização do aborto e algumas feministas fantásticas fizeram o blog “28 dias pela vida das mulheres”, com muitos textos e dados necessários. Vale a leitura diária.
  • 25. Reconhecendo o Artigo de Opinião  Pesquise jornais e revistas na perspectiva de reconhecer o Artigo de Opinião.  Após a pesquisa, faça um trabalho de colagem em cartaz com este gênero.  Apresente o trabalho e justifique para os colegas e professora a sua escolha.
  • 26. Conexão com a Língua Inglesa  Você já ouviu falar sobre o termo “estrangeirismo”?  Nos jornais e revistas, pesquise palavras da língua inglesa que utilizamos no nosso dia a dia.  Faça cartazes destas palavras para demonstração e discussão em sala de aula.
  • 27. Proposta de Artigo de Opinião No mundo atual, a obtenção de água potável tem se tornado um desafio cada vez maior. A cada ano, mais de 80 milhões de pessoas clamam por seu direito aos recursos hídricos da terra. Infelizmente, quase todos os três bilhões (ou mais) de habitantes que deverão surgir no planeta terra no meio do século nascerão em países que já sofrem de escassez de água. Realize uma pesquisa antes de escrever o texto. Relacione-o a sua realidade de controle de água.
  • 28. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  http://www.diariodocentrodomundo.co m.br/aborto-nao-e-questao-de-opiniao- um-artigo-da-escritora-clara-averbuck/ Acesso: 15/04/2015  http://pt.slideshare.net/ Acesso:15/04/2015  Língua Potuguesa/Artigo de Opinião. Apostlas Opção 2013.