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Comportamento estrutural de 
navios sobre Flexão e Flambagem
• A estrutura do casco de um navio deve ser 
projetada e construída para suportar os mais 
severos carregamentos previstos durante a 
sua vida útil. Deve ser segura ppaarraa aattrriippuullaaççããoo,, 
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navio
• Uma primeira tentativa de prever a resistência 
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• Quando um navio flutua em águas tranquilas, 
está submetido às forças verticais de empuxo 
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entanto, estas forças ssããoo ddeessbbaallaanncceeaaddaass aaoo 
longo do comprimento do navio. Esta 
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• A mesma discussão para o navio em águas 
tranquilas é válida para o navio em ondas. 
Neste caso, a distribuição de pesos mantém-se 
inalterada, porém, como aa ssuuppeerrffíícciiee ddaa áágguuaa 
já não é plana devido às ondas, a distribuição 
do empuxo ao longo do navio se altera. A 
modificação da flutuação acarreta 
modificação nas forças cortantes e momentos 
fletores que agem na estrutura do navio.
Distribuição de Massa e Empuxo para navio em ondas
• A estrutura do navio sob forças oriundas de 
seu próprio peso, do empuxo e da dinâmica 
do mar, flete como uma viga. Os 
carregamentos críticos ooccoorrrreemm ppaarraa oonnddaass 
com comprimento próximo ao do navio. No 
instante em que uma crista está na popa e 
uma outra crista está na proa, 
consequentemente o cavado vai estar a meia-nau.
• ocorre uma redução de empuxo a meia-nau e 
uma elevação na popa e na proa. O momento 
resultante é denominado “tosamento”, 
quando os elementos estruturais lloonnggiittuuddiinnaaiiss 
do convés (acima da linha neutra) são 
comprimidos e os do fundo (abaixo da linha 
neutra) tracionados.
• no instante em que a crista está a meia-nau e 
o cavado na popa e proa, provoca o efeito 
inverso: elevação de empuxo a meia-nau e 
uma redução na ppooppaa ee nnaa pprrooaa.. OO mmoommeennttoo 
resultante é denominado “alquebramento”, 
quando os elementos estruturais longitudinais 
do convés estão tracionados e os do fundo 
estão comprimidos.
• O navio ao fletir, por alquebramento ou 
tosamento, deverá ter elementos estruturais 
com dimensões adequadas, distribuídos ao 
longo de seu comprimento, a fim de garantir a 
resistência e a estabilidade estrutural do casco. 
Em navios tanque, os pprriinncciippaaiiss eelleemmeennttooss 
estruturais responsáveis por resistir a este 
carregamento são os painéis enrijecidos que 
compõem os conveses, costados, costado 
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longitudinais.
• Devido à complexidade dessa estrutura e do 
estado de deformação resultante dos esforços, 
admite-se, para efeito de estudo, que o estado 
de tensão pode ser reproduzido pela 
superposição de três ppaarrcceellaass,, aa ssaabbeerr:: aass 
tensões primárias, induzidas pelo estado de 
deformação longitudinal do casco; as tensões 
secundárias que fletem os painéis entre 
anteparas e as tensões terciárias, produzidas 
pela curvatura das placas entre reforços.
• Evidentemente, as dimensões dos membros 
dos painéis devem ser suficientes para resistir 
à superposição destas três tensões, além de 
incluir as tolerâncias ddee ccoorrrroossããoo.. UUmmaa ffaallhhaa 
local de algum membro pode levar ao 
comprometimento de outros membros 
adjacentes e, em última instância, ao colapso 
da viga-navio. Este fenômeno caracteriza um 
colapso progressivo da estrutura.
Influências das Imperfeições geométricas 
• As estruturas oceânicas são constituídas 
basicamente de painéis enrijecidos de aço, cujo 
método de fabricação envolve procedimentos de 
corte, conformação e soldagem. O 
comportamento de painéis eennrriijjeecciiddooss ssoobb ccaarrggaass 
compressivas é relativamente complexo devido 
ao grande número de materiais, parâmetros de 
carga e combinações estruturais. O problema fica 
mais complicado devido às incertezas 
relacionadas às imperfeições de fabricação.
Flambagem 
• A flambagem em uma placa estável ocorre 
quando uma carga comprime o chapeamento 
de um painel e esta carga impõe uma situação 
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• Ao flambar a chapa (Flambagem) deve se 
verificar se o reforço também vai flambar 
(Pós-Flambagem); quando isto ocorre se pode 
dizer que a estrutura ppooddee eennttrraarr eemm ccoollaappssoo.. 
Antes de mencionar a flambagem elástica e 
plástica veremos a formulação matemática 
que nos permite seu estudo.
Flambagem em placas planas 
• Ao determinar a tensão crítica de flambagem 
devemos levar em conta que a placa pode 
flambar por ambos os lados. O carregamento 
imposto na placa pode estar na direção 
longitudinal, transversal ou cisalhante aa ppllaaccaa,, 
alem de outras forças como momentos que 
podem estar aplicadas na placa, cargas de 
compressão perpendicular à placa, no caso da 
pressão hidrostática e da carga transportada 
em navios devem-se considerar na verificação.
Flambagem de placas sobre carregamento 
longitudinal de compressão 
• Antes de verificar a tensão crítica de flambem 
na placa devemos identificar em qual das 
direções os carregamentos eemm rreellaaççããoo aaoo 
lados da placa estão aplicados.Neste caso 
vamos considerar o carregamento longitudinal 
ao lado b e comprimindo o lado a da placa .
Flambagem de placas sobre carregamento 
transversal de compressão 
• considerar o carregamento transversal e 
comprimindo o lado b da placa; e longitudinal 
ao lado.
Flambagem de placas sobre carregamento 
cisalhante 
• A tensão esta aplicada cisalhante ao plano no 
lado b ou a da placa.
Biaxial compressão e cisalhamento 
• A placa se encontra comprimida por ambos os 
lados, além da tensão cisalhante sobre a 
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Flambagem em placas planas com reforço 
• O reforço pode flambar prematuramente, por 
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• Outra forma é que uma vez que o 
chapeamento flambe entre rreeffoorrççooss,, eessttee 
possa sobrecarregar os mesmos, de tal forma 
que estes flambam de modo semelhante às 
colunas. A Flambagem do reforço é chamada 
como Pós-Flambagem ou última Flambagem.
Flambagem do reforço sobre compressões 
longitudinais
Flambagem torcional do reforço
Distribuição das Cargas 
Classificação das cargas que a estrutura vai 
sofrer: 
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• Cargas Locais
• A estrutura a ser avaliada é o painel como 
estrutura local. Primeiramente um estudo só 
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segundo lugar, com acréscimo ddoo rreeffoorrççaaddoorr..
Forças Longitudinais 
• As forças longitudinais são as forças que 
atuam na estrutura primária (viga navio); e 
estas são o momento fletor, força cisalhante e 
momento torcional. Esta última carga, por 
exemplo, se aplica no caso ddee nnaavviiooss ppoorrttaa 
contentores devido à carga que transportam. 
• Estas forças se originam basicamente pelas 
ondas que a estrutura flutuante vai encontrar 
no mar.
Forças Transversais 
• As forças transversais são a pressão 
hidrostática e as forças internas devido ao 
carregamento da carga a ser transportada.
Forças Locais 
• As forças locais são aquelas que se originam 
das forças aplicadas à estrutura primária e por 
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Comportamento estrutural de navios sobre flexão e flambagem

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Comportamento estrutural de navios sobre flexão e flambagem

  • 1. Comportamento estrutural de navios sobre Flexão e Flambagem
  • 2.
  • 3. • A estrutura do casco de um navio deve ser projetada e construída para suportar os mais severos carregamentos previstos durante a sua vida útil. Deve ser segura ppaarraa aattrriippuullaaççããoo,, meio-ambiente e cargas transportadas.
  • 4.
  • 5. Curva de distribuição de pesos e de flutuação da viga navio
  • 6. • Uma primeira tentativa de prever a resistência última de navios e apresentar suposições sobre o momento fletor máximo que uma estrutura de navio pode aattiinnggiirr.. CCoomm iissssoo,, eellee já havia definido os dois casos extremos de carga como "tosamento e alquebramento”
  • 7. • Quando um navio flutua em águas tranquilas, está submetido às forças verticais de empuxo que são iguais a soma do peso do navio. No entanto, estas forças ssããoo ddeessbbaallaanncceeaaddaass aaoo longo do comprimento do navio. Esta desigualdade na distribuição do empuxo e pesos a bordo resulta em esforços cortantes e momentos fletores atuando na estrutura do casco.
  • 8. • A mesma discussão para o navio em águas tranquilas é válida para o navio em ondas. Neste caso, a distribuição de pesos mantém-se inalterada, porém, como aa ssuuppeerrffíícciiee ddaa áágguuaa já não é plana devido às ondas, a distribuição do empuxo ao longo do navio se altera. A modificação da flutuação acarreta modificação nas forças cortantes e momentos fletores que agem na estrutura do navio.
  • 9. Distribuição de Massa e Empuxo para navio em ondas
  • 10. • A estrutura do navio sob forças oriundas de seu próprio peso, do empuxo e da dinâmica do mar, flete como uma viga. Os carregamentos críticos ooccoorrrreemm ppaarraa oonnddaass com comprimento próximo ao do navio. No instante em que uma crista está na popa e uma outra crista está na proa, consequentemente o cavado vai estar a meia-nau.
  • 11. • ocorre uma redução de empuxo a meia-nau e uma elevação na popa e na proa. O momento resultante é denominado “tosamento”, quando os elementos estruturais lloonnggiittuuddiinnaaiiss do convés (acima da linha neutra) são comprimidos e os do fundo (abaixo da linha neutra) tracionados.
  • 12. • no instante em que a crista está a meia-nau e o cavado na popa e proa, provoca o efeito inverso: elevação de empuxo a meia-nau e uma redução na ppooppaa ee nnaa pprrooaa.. OO mmoommeennttoo resultante é denominado “alquebramento”, quando os elementos estruturais longitudinais do convés estão tracionados e os do fundo estão comprimidos.
  • 13.
  • 14. • O navio ao fletir, por alquebramento ou tosamento, deverá ter elementos estruturais com dimensões adequadas, distribuídos ao longo de seu comprimento, a fim de garantir a resistência e a estabilidade estrutural do casco. Em navios tanque, os pprriinncciippaaiiss eelleemmeennttooss estruturais responsáveis por resistir a este carregamento são os painéis enrijecidos que compõem os conveses, costados, costado duplo, fundo, teto do duplo fundo e anteparas longitudinais.
  • 15. • Devido à complexidade dessa estrutura e do estado de deformação resultante dos esforços, admite-se, para efeito de estudo, que o estado de tensão pode ser reproduzido pela superposição de três ppaarrcceellaass,, aa ssaabbeerr:: aass tensões primárias, induzidas pelo estado de deformação longitudinal do casco; as tensões secundárias que fletem os painéis entre anteparas e as tensões terciárias, produzidas pela curvatura das placas entre reforços.
  • 16. • Evidentemente, as dimensões dos membros dos painéis devem ser suficientes para resistir à superposição destas três tensões, além de incluir as tolerâncias ddee ccoorrrroossããoo.. UUmmaa ffaallhhaa local de algum membro pode levar ao comprometimento de outros membros adjacentes e, em última instância, ao colapso da viga-navio. Este fenômeno caracteriza um colapso progressivo da estrutura.
  • 17. Influências das Imperfeições geométricas • As estruturas oceânicas são constituídas basicamente de painéis enrijecidos de aço, cujo método de fabricação envolve procedimentos de corte, conformação e soldagem. O comportamento de painéis eennrriijjeecciiddooss ssoobb ccaarrggaass compressivas é relativamente complexo devido ao grande número de materiais, parâmetros de carga e combinações estruturais. O problema fica mais complicado devido às incertezas relacionadas às imperfeições de fabricação.
  • 18.
  • 19. Flambagem • A flambagem em uma placa estável ocorre quando uma carga comprime o chapeamento de um painel e esta carga impõe uma situação iinnssttáávveell nnaa ppllaaccaa..
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  • 23. • Ao flambar a chapa (Flambagem) deve se verificar se o reforço também vai flambar (Pós-Flambagem); quando isto ocorre se pode dizer que a estrutura ppooddee eennttrraarr eemm ccoollaappssoo.. Antes de mencionar a flambagem elástica e plástica veremos a formulação matemática que nos permite seu estudo.
  • 24. Flambagem em placas planas • Ao determinar a tensão crítica de flambagem devemos levar em conta que a placa pode flambar por ambos os lados. O carregamento imposto na placa pode estar na direção longitudinal, transversal ou cisalhante aa ppllaaccaa,, alem de outras forças como momentos que podem estar aplicadas na placa, cargas de compressão perpendicular à placa, no caso da pressão hidrostática e da carga transportada em navios devem-se considerar na verificação.
  • 25. Flambagem de placas sobre carregamento longitudinal de compressão • Antes de verificar a tensão crítica de flambem na placa devemos identificar em qual das direções os carregamentos eemm rreellaaççããoo aaoo lados da placa estão aplicados.Neste caso vamos considerar o carregamento longitudinal ao lado b e comprimindo o lado a da placa .
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  • 27. Flambagem de placas sobre carregamento transversal de compressão • considerar o carregamento transversal e comprimindo o lado b da placa; e longitudinal ao lado.
  • 28. Flambagem de placas sobre carregamento cisalhante • A tensão esta aplicada cisalhante ao plano no lado b ou a da placa.
  • 29. Biaxial compressão e cisalhamento • A placa se encontra comprimida por ambos os lados, além da tensão cisalhante sobre a placa.
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  • 31. Flambagem em placas planas com reforço • O reforço pode flambar prematuramente, por insuficiente a rígidez ou estabilidade. • Outra forma é que uma vez que o chapeamento flambe entre rreeffoorrççooss,, eessttee possa sobrecarregar os mesmos, de tal forma que estes flambam de modo semelhante às colunas. A Flambagem do reforço é chamada como Pós-Flambagem ou última Flambagem.
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  • 34. Flambagem do reforço sobre compressões longitudinais
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  • 37. Distribuição das Cargas Classificação das cargas que a estrutura vai sofrer: • Cargas Longitudinais •• CCaarrggaass TTrraannssvveerrssaaiiss • Cargas Locais
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  • 39. • A estrutura a ser avaliada é o painel como estrutura local. Primeiramente um estudo só do chapeamento entre reforços (placa), e em segundo lugar, com acréscimo ddoo rreeffoorrççaaddoorr..
  • 40. Forças Longitudinais • As forças longitudinais são as forças que atuam na estrutura primária (viga navio); e estas são o momento fletor, força cisalhante e momento torcional. Esta última carga, por exemplo, se aplica no caso ddee nnaavviiooss ppoorrttaa contentores devido à carga que transportam. • Estas forças se originam basicamente pelas ondas que a estrutura flutuante vai encontrar no mar.
  • 41. Forças Transversais • As forças transversais são a pressão hidrostática e as forças internas devido ao carregamento da carga a ser transportada.
  • 42. Forças Locais • As forças locais são aquelas que se originam das forças aplicadas à estrutura primária e por conseqüência da secundária, que por último são aplicadas na estrutura tteerrcciiáárriiaa ((PPaaiinneell))..