A hipótese do agenda setting propõe que a mídia influencia quais assuntos o público discute ao selecionar e dar destaque a certos temas em suas notícias. A teoria surgiu nos anos 1970 e foi confirmada por pesquisas de McCombs e Shaw mostrando que a mídia pode fabricar a percepção pública sobre quais eventos são importantes. A necessidade das pessoas por orientação faz com que sigam a agenda da mídia.
1. A HIPÓTESE DO AGENDA SETTING
TEORIA DA COMUNICAÇÃO
Realização
Fabiane Fernandes Alves (1085908-2)
2. A HIPÓTESE DO AGENDA SETTING
A investigação da hipótese do agenda setting, surgiu nos anos 70, propondo uma nova investigação
sobre os efeitos da comunicação de massa.
Segundo Clóvis de Barros Filho, é a hipótese segundo a qual a mídia, pela seleção, disposição e
incidência de suas notícias, vem determinar os temas sobre os quais o público falará e discutirá.
3. A HIPÓTESE DO AGENDA SETTING
Os pesquisadores Maxwell McCombs e Donald Shaw, pioneiros na apresentação da hipótese do
agendamento, confirmam que a mídia tem a capacidade de influenciar a projeção dos acontecimentos
na opinião pública, estabelecendo um pseudo-ambiente fabricado e montado pelos meios de
comunicação.
Além do acesso aos meios de comunicação e às conversas interpessoais, as pessoas possuem uma
necessidade de orientação, que segundo McCombs, é definida por uma junção de duas variáveis: alto
interesse e um alto nível de incerteza.
Assim, o efeito de agendamento ocorre com pessoas que têm uma grande necessidade de obter
informação sobre um assunto; devido a esta “necessidade de orientação”.
4. A HIPÓTESE DO AGENDA SETTING
Em um estudo realizado em 1979, Shaw relata que a hipótese do agenda setting, em conseqüência da
ação dos meios de informação, realça ou negligência elementos específicos dos cenários públicos.
As pessoas têm tendência para incluir ou excluir dos seus próprios conhecimentos aquilo que os mass
media incluem ou excluem do seu próprio conteúdo.
Clóvis de Barros, justifica o surgimento da primeira geração de pesquisa de agenda-setting como uma
reação aos quatro pontos fundamentais da Teoria dos Efeitos Limitados:
- Excessivo empirismo e preocupação quantitativa dos estudos;
- Concentração nos efeitos de curto prazo;
- Limitação do conceito de opinião pública;
- Análise do comportamento do receptor apenas no contato com a mensagem.
O modelo de agenda-setting representa uma ruptura nas linhas investigatórias da comunicação.
5. A HIPÓTESE DO AGENDA SETTING
Em outro estudo, os autores sublinham que o impacto da função do agendamento não é igual para
todas as pessoas e depende da necessidade de orientação.
Para as pessoas com grande necessidade de orientação, os meios de comunicação social fazem mais do
que reforçar opiniões existentes, eles podem orientar a atenção para questões e tópicos específicos.
Outro aspecto na pesquisa sobre o agendamento é que o efeito da agenda da mídia varia segundo a
natureza do assunto, ou seja, que as pessoas podem mobilizar a sua experiência direta e questões não
envolventes, que estão mais distantes das pessoas, que elas não têm experiência direta.
6. A HIPÓTESE DO AGENDA SETTING
Para Clóvis, outro ponto que causa desentendimentos sobre a hipótese, é a falta de rigor na utilização
dos termos, que essa falta de rigor costuma começar pela própria noção de agendamento.
A sociedade vive em constante influência dos meios de comunicação de massa, esses meios acabam
indicando quais os assuntos quem tem maior importância para a sociedade, e assim quais os temas que
serão discutidos ao longo dos dias.
7. A HIPÓTESE DO AGENDA SETTING
A agenda de setting foi, e ainda é uma forma de perceber essa influência, como ela se dá e como o
indivíduo reage a essa manipulação.
A essência do conceito não está muito longe da realidade, atualmente somos submergidos por um mar
de informações selecionadas e transmitidas pelas mídias de massa, que são classificadas e separadas
pelo seu grau de impacto e importância.
8. QUESTIONÁRIO
1- Qual foi o objetivo da pesquisa realizada por McCombs?
A pesquisa tinha por objetivo comparar a classificação de eleitores, na cobertura jornalística dos meios
de comunicação. Os assuntos discutidos pela opinião pública eram os mesmos transmitidos pelo mass
media. O que o público assistia, consentia na opinião pública.
2- Atualmente a jornalista Fabíola Reipert, vem sendo desmentida no mundo dos famosos, como
podemos explicar tal atitude, no agenda setting?
Enquanto ela deveria retratar a realidade da sociedade e informar, diversas vezes, cita, divulga matérias
que muitas vezes não existe, mas que gera uma “força maior”, sobre os concorrentes de outras mídias a
republicar, e gerando desconforto nas pessoas envolvidas.
9. QUESTIONÁRIO
3- Em estudos realizados, alguns conceitos básicos são apontados e utilizados para determinar o efeito
do agenda setting, como podemos definir a Tematização?
É a capacidade de dar o destaque necessário (sua formulação, a maneira pela qual o assunto é
exposto), de modo a chamar a atenção. Um dos desdobramentos deste item é os múltiplos enfoques
que a informação vai recebendo para manter presa a atenção do receptor.
4- Segundo McCombs & Shaw, como podemos definir o Agenda Setting?
A teoria explica a correspondência entre a intensidade de cobertura de um fato pela mídia e a relevância
desse fato para o público. Acredita-se que o agendamento ocorra porque a imprensa deve ser seletiva
ao noticiar os fatos, deixando passar algumas e barrando outras, na medida em que escolhem o que
noticiar e o que ignorar. O que o público sabe e com o que se importa em dado momento é, em grande
parte, um produto midiático.
10. QUESTIONÁRIO
5- Com base nas explicações sobre o Agenda Setting, cite um exemplo do agendamento na publicidade.
A companhia telefônica OI, lançou uma campanha, na qual tratava abertamente, sobre a livre escolha
da operadora por parte do consumidor, essa ação gerou interesse da Anatel, que regulou o desbloqueio
gratuito, e fidelizou muitos clientes, através da comunicação de massa.
11. BIBLIOGRAFIA
Razón y Palabra
Disponível em:http://www.razonypalabra.org.mx/anteriores/n35/jbrum.htm
Acesso em 18 de Out. 2013
Barros Filho, Clóvis. Ética na Comunicação. Summus, 6º edição.