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Escola Básica do 1º Ciclo com Jardim-de-infância
S. Miguel
Enxara do Bispo
SSaallaa AAmmaarreellaa
Projecto Curricular de Turma
2010/2011
Agrupamento de Escolas Professor Armando Lucena
Malveira
2 EB1+JI S. Miguel
SSaallaa AAmmaarreellaa
Projecto Curricular de Turma
2010/2011
EB1+JI S. Miguel 3
SSaallaa AAmmaarreellaa
Projecto Curricular de Turma
2010/2011
“Tudo o que devo saber mesmo para viver, que fazer e como ser, aprendi num Jardim Infantil.
A sabedoria não estava no cume da mais alta montanha, no último ano de um curso superior, mas no
recreio da minha escola.
Cá estão as coisas que aprendi:
Partilhar tudo com os companheiros.
Respeitar as regras do Jogo.
Não bater em ninguém.
Guardar as coisas no sítio onde estavam.
Manter sempre tudo limpo.
Não mexer nas coisas dos outros.
Pedir desculpa quando se magoa alguém.
Lavar as mãos antes de comer.
Puxar o autoclismo.
Biscoitos quentes e leite frio fazem bem à saúde.
Viver uma vida equilibrada: estudar, pensar, desenhar, pintar, cantar, dançar, brincar, trabalhar, fazer de
tudo um pouco todos os dias.
Dormir a sesta todas as tardes. E ao sair à rua ter cuidado com o trânsito, dar a mão ao companheiro e
prestar atenção à professora....”
Robert Fulghum
“Tudo o que sei aprendi no Jardim infantil”
4 EB1+JI S. Miguel
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Projecto Curricular de Turma
2010/2011
EB1+JI S. Miguel 5
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Projecto Curricular de Turma
2010/2011
Índice
Índice 5
Introdução 7
Caracterização da Comunidade Escolar 9
A Freguesia da Enxara do Bispo 9
População 9
A Escola Básica do 1º Ciclo com Jardim-de-infância S. Miguel 10
As Salas do Jardim-de-infância 10
Caracterização Geral do Grupo do Pré-Escolar (Sala Amarela) 11
Perfil do grupo 12
Opções Educativas 15
Porquê Projecto? 15
O Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena 16
Definição de Prioridades Educativas 17
Justificação da temática central e da Abordagem Pedagógica 17
A Água 18
Organização do Ambiente Educativo 21
Calendário escolar 21
Funcionamento e Dinâmica da Equipa 21
Horário do Educador 22
Intencionalidade Educativa /Opções Curriculares 22
Intervenção educativa, opções metodológicas e planeamento estratégico 23
Articulação Educativa e Inovação 24
Planeamento Global 25
Avaliação 28
Considerações Finais 30
Anexos 32
Planeamento Global 33
Plano Anual de Actividades (EB1/JI S. Miguel – Enxara do Bispo) 36
Plano Anual de Actividades (EB1/JI S. Miguel – Enxara do Bispo) – Projecto de Educação para a Saúde 41
Projecto de Prolongamento 44
6 EB1+JI S. Miguel
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Projecto Curricular de Turma
2010/2011
EB1+JI S. Miguel 7
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Projecto Curricular de Turma
2010/2011
Introdução
A construção de um Projecto Curricular de Turma pressupõe um levantamento aturado de necessidades, uma
análise reflexiva dos recursos disponíveis e uma profunda ponderação sobre as estratégias e actividades que o
possam operacionalizar.
Ao longo das páginas que a seguir se apresentam tentar‐se‐á promover uma efectiva exposição das dinâmicas e
ideias que sustentarão e consubstanciarão as práticas pedagógicas e educativas da Sala Amarela da EB1/JI de S.
Miguel, na Enxara do Bispo.
Pretende‐se também, com este documento, facilitar a compreensão explícita e cabal das opções e estratégias
lectivas e não lectivas que promoverão e proporcionarão a obtenção dos objectivos propostos.
Far‐se‐á a explanação dos processos de construção de perfis educativos personalizados, adequados aos alunos,
individualmente e como grupo.
Serve também para expor e potenciar a reflexão alargada (Pais e Famílias, Comunidade, etc.) sobre as opções
educativas e metodológicas e proporcionar, desse modo, a participação efectiva de todos os actores educativos na
construção de um modelo educativo inclusivo e integrado.
A divulgação deste documento é também um dos primordiais objectivos do próprio Projecto Curricular e, nesse
sentido, ele é também vocacionado para uma fácil e alargada disseminação onde, por exemplo, a internet poderá
assumir um espaço fundamental.
Dividido em quatro grandes áreas: Caracterização da Comunidade Escolar; Opções Educativas; Organização do
Ambiente Educativo e Avaliação, ambiciona, através de um texto que se pretende claro e clarificador de conceitos,
uniformizar linguagens e contextos, de forma a permitir uma consciência colectiva interventiva e promotora de
Qualidade.
Que possa cumprir os seus objectivos…
O Educador
Henrique Santos
8 EB1+JI S. Miguel
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Projecto Curricular de Turma
2010/2011
EB1+JI S. Miguel 9
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Projecto Curricular de Turma
2010/2011
Caracterização da Comunidade Escolar
A Freguesia da Enxara do Bispo
Dominada pela silhueta da Serra do Socorro, esta freguesia remonta os seus
pergaminhos à história de Enxara dos Cavaleiros, povoação muito antiga, com foral
concedido por D. Manuel I, em 20 de Novembro de 1519.
Durante vários séculos foi sede de Concelho. Porém, no século XIX passou a integrar
o Concelho da Azueira e, a partir de 1855, o de Mafra.
A paisagem é dominada por uma ruralidade muito acentuada. É notável a riqueza do
património edificado, tanto o civil como o religioso, a atestar um passado de
esplendor.
Na Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora da Assunção, guardam‐se algumas
tábuas com pintura quinhentista de grande valor, pertencentes a um retábulo hoje
desaparecido. Os azulejos da capela‐mor são setecentistas representando cenas da
vida de Nossa Senhora. O baptistério, sob um arco quinhentista, apresenta no seu
interior uma pia baptismal Manuelina.
À Romaria da Serra do Socorro, que reúne excelentes condições para a prática de asa delta, ou da Senhora das
Neves, acorre a 5 de Agosto, enorme multidão de devotos para pagar promessas com trigo junto à Ermida de N.ª
Senhora do Socorro, que consta, por tradição, ter sido mesquita convertida em templo católico, por D. Afonso
Henriques, e reedificada no reinado de D. Manuel.
São ainda de salientar as Festas de Nossa Senhora da Assunção (15 de Agosto), na sede da Freguesia, e a de
Santa Comba (6 de Janeiro), no lugar de Vila Pouca
(dados recolhidos em: http://www.cmmafra.pt/concelho/enxara.asp).
População
A população distribui‐se pelas localidades de Enxara do Bispo, Terroal, Vila Pouca, Tourinha, S. Sebastião, Enxara
dos Cavaleiros, Azenha, Ervideira, Venda das Pulgas e ainda vários casais dispersos pela Freguesia, perfazendo um
total de 1643 habitantes (censo de 2001). A comunidade escolar é, no entanto, um pouco mais alargada pelo facto
de a Escola ser frequentada por crianças de outras Freguesias.
O número de idosos é bastante acentuado. No tocante à população activa, esta distribui‐se pelos três Sectores de
actividade. No Sector Primário é a agricultura que ocupa a maioria das pessoas, com uma taxa de ocupação
superior à média Nacional. Há um certo equilíbrio na distribuição da população activa entre o Sector Secundário e o
Terciário, destacando‐se as profissões de operário (indústria alimentar e construção civil), motorista, profissões do
ramo comercial, profissões liberais e um número mais reduzido em serviços diversos.
Não se conhecem situações de extrema pobreza nem de habitabilidade indigna.
Em termos de grau de instrução, a população possui maioritariamente a escolaridade obrigatória (1º, 2º e 3º
Ciclos), contrastando com o reduzido número de licenciados e com ensino secundário completo.
Deve ser acrescentado que estes dados, referentes apenas aos pais dos alunos, teriam valores diferentes se
expressassem a totalidade da população e neste caso a média do grau de instrução baixaria com alguma relevância,
dado o peso significativo da população idosa com baixa escolaridade.
É curioso o número de utentes da Componente de Apoio à Família (32) entre todos os alunos da escola,
explicando‐se essa fraca utilização com o número elevado de crianças que ficam, sobretudo com os avós, após o
período lectivo.
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2010/2011
A Escola Básica do 1º Ciclo com Jardim-de-infância S. Miguel
A Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância de S. Miguel ‐ Enxara do Bispo é um estabelecimento oficial da
rede Pública, inaugurado no ano lectivo de 2008/2009, que funciona este ano com quatro salas para turmas do
primeiro ciclo do ensino básico e três salas de jardim-de-infância. Está equipada com biblioteca (onde se encontram
disponíveis cerca de 1000 títulos impressos e dois computadores com acesso à internet), uma sala multimédia, com
14 computadores (também com ligação à Internet); um espaço desportivo de amplas dimensões (polidesportivo)
equipado com material pedagógico vocacionado para a prática desportiva de crianças até aos 12 anos; um espaço
exterior de grandes dimensões equipado com alguns brinquedos de exterior; uma sala polivalente com capacidade
para assegurar diversos espaços didáctico‐educativos (componente de apoio à família, prolongamento de horário,
etc.) e ainda espaços para utilização diversa, de onde se destacam a sala de professores e a sala da Associação de
Pais. Existe ainda um refeitório com capacidade para servir 150 refeições/dia.
As dinâmicas de ocupação dos espaços lúdico‐pedagógicos são alvo de planeamento e calendarização que se
apresenta mais à frente.
O edifício tem uma capacidade máxima planeada de 200
alunos, distribuídos por 10 salas, ao longo de 2 pisos.
Actualmente, serve 148 alunos, divididos por sete turmas.
A EB1/JI de S. Miguel situa‐se num meio rural, na Freguesia da
Enxara do Bispo, Concelho de Mafra, Distrito de Lisboa.
Localiza‐se na periferia meridional da localidade da Enxara do
Bispo e é servida pela Rua de S. Miguel, topónimo recente, rua
esta situada entre a Rua Principal da Enxara do Bispo e a
Estrada Municipal nº 536‐1.
Tem como referência mais próxima para localização o Cruzeiro
de S. Miguel (em frente). Confronta a Norte, a Sul e a Este com a Quinta da Princesa (terrenos agrícolas) e a Oeste
com a Rua de S. Miguel.
Os acessos fazem‐se pela Rua de S. Miguel no seguimento da Estrada Municipal 536‐1, do lado Oeste, a partir do
Km 27.7 da Estrada Nacional nº 8 (Vila Franca do Rosário) ou ainda pela Rua de S. Miguel no seguimento da Rua
Principal da Enxara do Bispo, do lado Norte, a partir do Km 11.1 da Estrada Nacional nº 9.2, não se podendo
considerar nenhum dos acessos mais importante do que o outro.
A Escola deve o seu nome ao facto de a actual Quinta da Princesa, onde foi construído o edifício, ser outrora
denominada “Quinta de S. Miguel”. Até há pouco tempo, ainda era visível um quadro em azulejo, implantado no
antigo muro onde se localiza a Escola, com a imagem deste Santo. Além destas referências, ainda hoje existe,
mesmo em frente, o já citado Cruzeiro de S. Miguel. Foram estes dados que fundamentaram a escolha do nome
EB1/JI de S. Miguel.
As Salas do Jardim-de-infância
As salas do Jardim-de-infância (3) são espaços agradáveis, rectangulares, com cerca de 60 m2, que dispõem de
iluminação natural, em virtude da existência de amplas janelas‐porta de acesso ao espaço exterior, numa das
paredes.
Dispõem de espaços de arrumação adequados, água corrente (com lavatório) e acesso simplificado a casa de banho
colectiva (comum às salas da mesma ala).
O mobiliário foi adaptado e modelado de forma a tornar‐se adequado às idades e estaturas das crianças. O facto de
ser o segundo ano de funcionamento da Sala Amarela, fundamenta a necessidade de continuar a apostar em
equipamento didáctico, lúdico e pedagógico.
Na Sala Amarela, e em termos de material e equipamento de desgaste, enfrentam‐se alguns problemas em virtude
das poucas existências no início do ano lectivo. O pouco material de desgaste disponibilizado será complementado
com base no esforço da comunidade educativa, destacando‐se a colaboração das famílias na aquisição e oferta de
material.
Também ao nível dos brinquedos de exterior apesar da oferta fixa e que, tendo em conta a novidade da escola, é já
de bastante qualidade, será necessário aumentar a diversidade de jogos e opções em espaço de recreio livre.
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Projecto Curricular de Turma
2010/2011
De salientar, contudo, a disponibilidade demonstrada entre a equipa educativa no
sentido de rentabilizar o material e equipamento que pertence ao fundo da escola,
permitindo, dessa forma, uma maior rotação e rentabilização de equipamentos e
materiais ao serviço dos alunos. Neste particular, os materiais lúdicos e pedagógicos,
livros e demais equipamento para o primeiro ciclo que pode ser utilizado e
rentabilizado no pré-escolar serão devidamente utilizados nas dinâmicas lectivas.
Também o facto de a escola possuir espaços distintos (biblioteca, polidesportivo, etc.),
devidamente equipados com material e equipamento técnico e pedagógico adaptado facilita a utilização
diferenciada e motivadora para as idades dos alunos.
Caracterização Geral do Grupo do Pré-Escolar (Sala Amarela)
A caracterização que agora se apresenta baseia‐se nos dados recolhidos nas Fichas Biográficas distribuídas aos
encarregados de educação, pais e familiares dos alunos da Sala Amarela. Contém também informação pertinente
que advém da observação e das fichas de caracterização diagnóstica dos alunos, da responsabilidade do educador.
Os dados aqui apresentados dizem respeito aos dezasseis alunos inscritos na turma para o ano lectivo de
2010/2011, à data de elaboração deste documento.
As crianças que frequentam o Jardim-de-infância da Enxara do Bispo são, de uma forma geral, residentes na zona
de incidência do estabelecimento, e, pertencem, globalmente, àquela que se convencionou, em termos
económicos, chamar classe média.
Dos alunos da turma 12 frequentaram anteriormente oferta educativa (nomeadamente a mesma sala de
actividades) sendo que os restantes não frequentaram qualquer tipo de oferta escolar.
O grupo é constituído por 16 crianças, com idades heterogéneas compreendidas entre os 3 e os 5 anos, no qual 5
crianças têm, à data deste documento, cinco anos (nascidas em 2004), 9 têm quatro anos (2003) e 2 têm cinco anos
(2002). A média de idades é 4,1 anos. Existem dois irmãos na turma.
Quanto ao género, 8 são do sexo feminino e 7 do sexo masculino. A grande maioria dos alunos é de nacionalidade
portuguesa, existindo, contudo, dois alunos com nacionalidade brasileira.
Todos os alunos residem no Concelho de Mafra. As freguesias de residência são Enxara do Bispo (10 alunos), a Vila
Franca do Rosário (3) Azueira (1), Pêro Negro (1) e Malveira (1)
Em relação ao número de irmãos, 1 aluno tem três irmãos, seis alunos têm um irmão e os outros nove não têm
irmãos.
Estes indicadores revelam, juntamente com os outros dados recolhidos (anos de residência no Concelho), a
prevalência de famílias nucleares, na maior parte constituídas por pai, mãe e um ou dois filhos, residentes,
maioritariamente nas imediações da escola, e com ascendência cultural ou social no Concelho.
Os Encarregados de Educação são maioritariamente as Mães (14), existindo apenas dois Pais que assumem essa
função. Todas as crianças que frequentam o Jardim-de-infância estão inscritas na Componente Social de Apoio à
Família da Câmara Municipal de Mafra. A totalidade dos inscritos usufrui do serviço constituído por Refeição
(almoço) e apenas 4 das actividades de Prolongamento de Horário, a partir das 15.30h e até às 19.00h.
Na maior parte dos casos, os alunos utilizam transporte escolar (Junta de Freguesia) para chegar ao Jardim-de-
infância, sendo apenas 4 os alunos que chegam à escola em transporte próprio.
A partir do levantamento de dados constante nas fichas biográficas, constata‐se que o nível de formação
académica dos pais (de um total de 30) é maioritariamente ao nível da formação de nível do 2º Ciclo do Ensino
Básico (13), havendo 8 referências a formação ao nível do 3º Ciclo e 5 referências ao nível do 1º CEB. Apenas uma
mãe possui pós-graduação.
A actividade profissional dos Pais e encarregados de educação situa‐se, essencialmente ao nível dos serviços e do
sector primário (com 21 referências), e, com 7 referências o desemprego e a profissão de doméstica, completam os
dados disponíveis.
Das referências ao tipo de vínculo à actividade profissional, apenas três referem ter vínculos definitivos (efectivo)
com o emprego, sendo a maioria contratado a prazo (15 referências)
Através ainda das fichas biográficas, é possível fazer um levantamento sobre as principais actividades com que os
alunos ocupam o seu tempo livre. Os seus hábitos de lazer, de convívio e diversão situam‐se, sobretudo, nas
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2010/2011
actividades de expressão física e de ar livre, sendo que as actividades de calma (“leitura”, audição/prática musical,
etc.) apenas são referidas por quatro encarregados de educação.
Como síntese de caracterização, podemos assinalar o facto de que sendo a maioria dos alunos natural da freguesia
de residência, existe uma ligação sociocultural intensa com as características da localidade, que é observada, por
exemplo, nas dinâmicas e estratégias de participação das famílias na vida da escola.
Por último, e numa reflexão subjectiva sobre o período de convivência prévio entre educador e alunos, tornou-se
evidente o interesse manifestado pelos segundos nas actividades propostas.
Perfil do grupo
Apesar de ser um grupo relativamente novo (média etária de 4,1 anos), com base nos dados disponíveis e
correlacionado‐os com a informação pontual e oficiosa disponibilizada por encarregados de educação e famílias, é
de crer que a coesão do grupo, reforçado pelo facto de ser relativamente pequeno, potenciará o desenvolvimento
de estratégias de aprendizagem funcional e de pesquisa, que aumentará os espaços de desenvolvimento social e
humano já observados.
De forma global, o grupo é constituído por crianças alegres, bem dispostas, interessadas, que gostam de colaborar
nas actividades e têm iniciativa para propor outras actividades. Têm boa relação com os adultos e têm um bom
sentido de colaboração e partilha. São conversadores, embora algumas crianças revelem alguma incomodidade na
partilha em grande grupo. O facto de o grupo ser heterogéneo em termos etários, com maior prevalência de
crianças com 4 e 5 anos, pressupõe muita atenção do adulto educador quer ao nível do apoio directo à realização
das actividades de desenvolvimento académico, quer ao nível do apoio cognitivo e social.
Tendo em conta a organização e gestão do pessoal auxiliar, optar‐se‐á por dinâmicas pedagógicas que permitam
um desenvolvimento mais completo das propostas educativas adequadas a estas idades e de acordo com os
recursos disponíveis em cada momento lectivo.
Considerando o desenvolvimento do grupo, nos aspectos que versem uma aceitação formal de regras e
comportamentos de convívio social, de partilha e de valores de comunidade, será necessário desenvolver tarefas
específicas de promoção e contextualização atitudinal, coerentes com o nível de desenvolvimento etário dos
alunos.
A frequência anterior de ofertas formais e formalizada de educação permite, por um lado, conceber a construção
de uma identidade grupal definida, possibilitando a integração “educativa” dos alunos no espaço normalizado da
escola. Nesse sentido, surge como uma oportunidade a possibilidade de desenvolver espaços de trabalho
adequados e que respeitem a cultura e as dinâmicas sociais da escola, baseadas numa oferta de propostas
educativas e pedagógicas que permitam um espaço de inovação educacional e social que potencie a transformação
da Escola enquanto agente tradicional de transmissão de conhecimentos.
Neste particular, a sala de actividades foi “desenhada” de forma a acolher o grupo, nas suas particularidades, mas
optou-se, este ano, por “exteriorizar” algumas das actividades e áreas específicas, potenciando, dessa forma, a
consciência do espaço global e os fundamentos da articulação e da continuidade educativa.
As áreas de “Leitura” e de “experimentação científica” foram deslocadas para outros espaços da escola,
nomeadamente a Biblioteca e a sala polivalente. Também a promoção da actividade física e o desenvolvimento
psicomotor serão, maioritariamente, desenvolvidos no espaço polidesportivo da escola.
Esta alteração, potencia não só a interiorização do espaço global da escola, como aumenta as possibilidades
pedagógicas e didácticas.
A origem cultural e social do grupo, bem como o historial de participação das famílias na vida escolar será tida em
conta e poderá aumentar consideravelmente a realização dos objectivos estratégicos do Projecto Curricular de
Turma. Nesse sentido, a dinamização de actividades inscritas no PAA do estabelecimento, a partir de dinâmicas
específicas da Sala Amarela tentará, por essa via, tornar mais lato o espaço de influência dos alunos e do educador
na “vida da escola”.
Uma última referência à existência de uma criança referenciada com Hipereklepsia (com um Programa Educativo
Individual (PEI) da responsabilidade do educador de turma, com apoio da Educadora do Ensino Especial e com a
participação dos técnicos de apoio da APERCIM), associada a uma situação de Atraso Global de Desenvolvimento
que será alvo de trabalho de inclusão educativa com o reconhecimento da necessidade de apoio ao abrigo da
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Projecto Curricular de Turma
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alínea a) do número 2 do artigo 16º do do Dec.‐Lei 3/2008 (Apoio pedagógico personalizado por docente de
educação especial). Esta criança permitiu ainda a redução de turma, ao abrigo da Alínea 2 do art.º 12º do Dec.‐Lei
3/2008 (Adequação da Turma) com base na alínea 5.4 do Despacho nº 14026/2007, que se mantém para este ano
lectivo.
Partir-se-á, no desenvolvimento deste PEI, da análise avaliativa feita no ano anterior, e no qual se demonstrou a
pertinência e acuidade do tipo de apoio prestado.
Com base nas informações disponíveis e de acordo com o aqui descrito, organizar‐se‐á um conjunto de respostas
educativas e pedagógicas que terão a sua evidência no Projecto Curricular de Turma mas que, acima de tudo,
sustentará a prática pedagógica.
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Opções Educativas
“ (...) Contava o orador que, numa das suas viagens, visitou um lugar em que se estava a iniciar uma
construção. Aproximou-se de um dos operários e perguntou-lhe o que estava a fazer. O operário respondeu
que estava a picar uma pedra para que ficasse lisa e quadrada. De seguida, aproximando-se de um outro
operário, fez-lhe a mesma pergunta, tendo este respondido que estava a preparar uns pilares que suportariam
uma parede. E questionando operário após operário, estes foram-lhe dizendo em que consistia o respectivo
trabalho. Quando repetiu a mesma pergunta a um outro operário, este disse-lhe que estava fazendo uma
catedral. (...) De facto, o último dos operários questionados tinha uma “mentalidade” curricular (permita-se a
transposição do termo por agora apenas pertencente ao campo educativo). Podíamos mesmo dizer, mesmo
correndo o risco de simplificar, que os outros operários tinham uma mentalidade técnica, muito próxima do
sentido rotineiro, pontual e específico.”
ZABALZA, M. A. (1997) Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Edições Asa, Porto.
Porquê Projecto?
A palavra projecto deriva do latim “projectu” que significa lançado, relacionando‐se com o verbo latino
“projectare” que se poderá traduzir por lançar para diante. A partir desta raiz latina, a palavra projecto pode ter
vários sentidos: “plano para a realização de um acto; desígnio, tenção; redacção provisória de uma medida
qualquer; esboço”. (Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 7ª ed., 2007).
Em qualquer circunstância, podemos referir que “projecto” encerra um conceito ligado à previsão de algo a que
queremos dar forma. No entanto, tal como os vários sentidos do termo, também o seu conteúdo pode ser alvo de
confusões e indefinições.
A elaboração de qualquer projecto pressupõe um processo que tem como referências um ponto de partida
(situação que se pretende modificar), um ponto de chegada (uma ideia do que se pretende modificar) e a previsão
do processo de “construção” (o “como” fazer).
A realização de um projecto exige, na escola como na vida pessoal ou social, que este se precise através da
elaboração de planos que estabelecem quem faz o quê, quando e quais os recursos necessários. O plano de um
projecto deverá prever a quem são os intervenientes, como se organizam, as estratégias de acção a desenvolver, os
recursos necessários, bem como as actividades que permitam concretizar o projecto.
Dado que o projecto se centra no desenvolvimento de um processo, existem três características que o distinguem
de um plano, a ver:
Flexibilidade – o projecto vai‐se concretizando através de uma evolução que pode não ser inteiramente prevista. A
sua flexibilidade permite a sua adaptação e adequação constante;
Contexto específico de desenvolvimento – o sentido de um projecto decorre do contexto específico em que se
desenvolve. O projecto tem uma dimensão temporal que articula passado, presente e futuro, num processo
evolutivo que se vai construindo;
Empenhamento do grupo – porque corresponde a um desejo, intenção ou interesse, o projecto é alvo de uma carga
emotiva (empenhamento e compromisso do grupo) que o distingue da mera realização do plano.
Se tomarmos o Currículo, em sentido lato, como aquilo que se considera que a Escola deve fazer aprender aos seus
alunos, porque essa aprendizagem lhes será necessária como pessoas e cidadãos, defrontamo‐nos com a primeira
das questões fundadoras do currículo e que é a seguinte: O que se julga que deve ser aprendido, e por isso,
ensinado?
Este o quê? Inicial não constitui, contudo, o primeiro momento na ordem lógica do processo. De facto, ao decidir‐se
o quê? assumem‐se, de forma explícita ou implícita, opções de fundo quanto à justificação e finalização dessa
escolha – as metas e objectivos: o para quê?
A problemática da diversidade cultural e social dos alunos nas sociedades actuais constitui o ponto crítico deste
debate curricular e o eixo central da mudança que estamos a viver nas relações entre a Escola e a sociedade,
exactamente porque o currículo constitui a matéria substantiva da acção da Escola e é a sua justificação
institucional.
16 EB1+JI S. Miguel
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Projecto Curricular de Turma
2010/2011
Ou seja, existe Escola porque e enquanto se reconhece necessário garantir a passagem sistemática de um currículo
– entendido como o corpo das aprendizagens socialmente reconhecidas como necessárias, sejam elas de natureza
científica, pragmática, humanista, cívica, interpessoal ou outra.
Desta consciência da centralidade do currículo advém a ideia de currículo como sinónimo de “conjunto articulado
de normativos programáticos”, na qual reside também o entendimento – questionável – de que a escola é (era) o
meio de acesso aos saberes que, tendencialmente, os programas cobriam.
Embora a nível do discurso educativo se fale constantemente dos novos papéis da escola e do docente, a verdade é
que esta concepção de currículo/programa continua bem instalada e muito pouco mudada nas práticas e
mentalidades.
Pensar a escola em termos curriculares implica repensar essa lógica e procurar novas respostas, na sociedade
actual, às questões definidoras do Currículo, ou do Plano Curricular: O que se quer fazer aprender na escola? A
quem? E para quê?
As sociedades actuais requerem cada vez mais a melhoria do nível de educação dos seus cidadãos por um conjunto
de razões: porque a competição económica o exige mas também porque a qualidade e melhoria da vida social
passa cada vez mais pelo domínio de competências, incluindo competências para aprender, colaborar e conviver,
pelo nível cultural geral dos indivíduos e pela sua capacidade de se integrarem numa sociedade construída sobre
múltiplas diversidades.
O Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena
O Projecto Educativo do Agrupamento é um documento que permite aos estabelecimentos de educação/ensino
compreender melhor o seu próprio funcionamento e estabelecer os princípios e as linhas orientadoras que devem
enquadrar os seus projectos pedagógicos e curriculares, planos de formação e actividades, ou seja, tudo aquilo que
faz com que cada estabelecimento tenha uma identidade própria, com uma autonomia enquadrada na organização
do Agrupamento.
O Projecto Educativo de um Agrupamento de Escolas é o documento que contempla o que se deve realizar fruto
das regulamentações e exigências de política educativa nacional e de uma sociedade mais justa e democrática. É de
igual modo o meio que promove a distinção de uma Escola em termos de natureza e qualidade, das suas
congéneres e a forma de explicitar os melhores procedimentos para se atingir a consecução dos objectivos e metas
propostas, decorrentes das problemáticas inventariadas. É através dele que espelharemos o que queremos ser, o
que deveremos fazer para tornar os nossos jardins-de-infância e escolas mais eficazes e singulares e os nossos
jovens mais responsáveis, autónomos, solidários e livres. Contém os mecanismos essenciais para desenvolver uma
cultura de participação, de promoção do sucesso educativo e de assumir um vasto conjunto de acções que visam a
formação integral das nossas crianças e jovens, quer no âmbito comunitário e ecológico, quer no psicossocial e
curricular.
"Educar para a Cidadania" é o título do Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena, que
propõe e visa alcançar:
- O pleno desenvolvimento do aluno, quer nos domínios das atitudes e dos valores, quer nas aptidões e no
desenvolvimento das capacidades de aprendizagem.
- A promoção da Educação para a Saúde, de maneira a favorecer o seu crescimento físico‐intelectual de
uma forma equilibrada e harmoniosa, contribuindo para o aumento da auto-estima, na prevenção contra a
toxicodependência desenvolvendo uma cultura de escola reconhecida pela comunidade envolvente e
clarificando junto da Comunidade Educativa os objectivos sociais da Escola.
- A garantia de um ambiente físico saudável, seguro e confortável, reconhecendo o papel essencial de uma
higiene salubre e uma alimentação racional, vectores fundamentais no crescimento e na formação integral
dos nossos jovens como futuros cidadãos.
Este projecto educativo fundamenta‐se também em quatro dimensões: a primeira de âmbito institucional; a
segunda, de âmbito ambiental; a terceira, de âmbito social e a última de âmbito pedagógico.
A primeira dimensão visa estreitar as relações da escola com a comunidade local e com as instituições
representativas dessa comunidade; A segunda visa promover um ambiente são, seguro e confortável; A terceira
visa proporcionar um clima de escola estimulante e facilitador da realização das actividades educativas e da
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promoção, junto da comunidade educativa, dos objectivos sociais da escola; A quarta e última dimensão visa
melhorar a relação entre os conteúdos programáticos e a VIDA, favorecendo a coerência e a sequência, através da
articulação entre os diferentes níveis de ensino e de forma a proporcionar um efectivo sucesso escolar dos alunos.
Definição de Prioridades Educativas
Considerando que a Educação Pré-escolar é um processo, não é necessário definir, rigorosamente, o que as
crianças devem aprender. A progressão e a diferenciação das aprendizagens supõem que todas e cada uma das
crianças tenham ocasião de progredir a partir do nível em que se encontra, de acordo com a sua história pessoal,
competências inatas, disponibilidade e projecto pessoal.
A educação Pré-escolar situa-se na continuidade de um processo que se iniciou com a família e/ou numa instituição
educativa, logo, com diferentes percursos, características, origens, as crianças (e famílias) apresentam informação
pertinente que deve ser gerida no sentido de promover, para o futuro, um bom plano relacional (com a família e
com a criança) mas também com a comunidade.
A transição de crianças entre diversos ciclos provoca também alterações a hábitos que deve ser prevenida através
de um espaço de trabalho colaborativo, entre docentes da Escola, que, no caso em apreço, se posiciona como
fundamental.
Por último, o espaço do meio envolvente (Comunidade), que se caracteriza por ser um espaço constante de
colaboração e partilha, potenciará a criação de efectivas redes de parceria que objectivem um desenvolvimento
sustentado do espaço de implantação da Escola na Comunidade local, de onde se destacam necessidade de intensa
colaboração a vários níveis, designadamente com instituições e empresas de zona, bem como na disponibilização
de serviços e produtos por parte de algumas delas, para actividades escolares e lectivas, como no caso de cedência
gratuita de transportes ou a baixo preço ou na cedência de materiais e equipamentos para actividades curriculares
e extra-escolares.
Pelo atrás exposto, considerar‐se‐ão prioritárias as vertentes de educação cívica e social, com base no
reconhecimento e organização de um ambiente educativo potenciador de uma adequação cultural e etnológica dos
alunos, na qual, paralelamente, seja possível atingir uma adequada proficiência na utilização de novos
instrumentos educativos, bem como na utilização de novas linguagens e códigos, que potenciem uma verdadeira
integração sócio educativa de todos os alunos.
Justificação da temática central e da Abordagem Pedagógica
O desenvolvimento de temas para trabalho no Jardim-de-infância relacionados com a “Educação para a Cidadania”
abrangem um vasto campo de conteúdos e conhecimentos que não podem ser desenvolvidos sob a forma de
“lições” cuja sucessão e continuidade são estritamente programadas à partida pelo Educador. O trabalho sobre
Cidadania (onde se incluem os vários vectores) obriga a recorrer a métodos pedagógicos por objectivos que tornem
operatórias as estratégias educativas.
O educador deve orientar as actividades para a realização de objectivos educativos que possam atribuir significado
a essas actividades. No fundo, trata‐se de promover a aquisição de comportamentos e atitudes ambientais e
ecológicas através de uma metodologia em que a aprendizagem efectiva parta do conhecimento emergente que
advém da experimentação e da organização intelectual, por fases, características das crianças em idade pré-
escolar.
Para o ano lectivo de 2010/2011, a construção dos projectos curriculares de turma das salas do Jardim de Infância
de S. Miguel – Enxara do Bispo, cujo planeamento geral de actividades organizados a partir da interpretação do
Plano Anual de Actividades e do Projecto Educativo tem como tema transversal “A Água” como eixo orientador e
globalizador da perspectiva e estratégia pedagógica e orienta‐se para o cumprimento integral dos objectivos
superiormente fixados
Ao nível do Ambiente Educativo, como parâmetros de qualidade:
Pretende‐se a efectiva promoção de uma plena integração dos grupos.
A promoção de atendimento individualizado.
O aumento dos espaços de disponibilidade para as famílias.
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O assegurar as competências básicas ao desenvolvimento das crianças,
Ao nível da valorização um currículo integrado nas diferentes áreas de conteúdo das orientações curriculares:
Quer apoiar as crianças com necessidades educativas especiais, prestando o apoio personalizado
adequado à sua integração na Comunidade Escolar.
Dinamizar os espaços de relação com a Comunidade, através do estabelecimento de inter-relações
positivas.
Aumentar a participação da comunidade educativa em Projectos e Actividades Escolares.
Desenvolver actividades e projectos com relevância comunitária.
Pelo exposto, o Projecto Curricular orientará a sua acção para a dinamização de actividades congruentes com a
especificidade quer do nível etário dos alunos quer da estrutura da sala.
Os seus objectivos globais, independentemente dos que venham a ser definidos para a abordagem a cada área do
conhecimento, têm como parâmetros orientadores os seguintes:
1. Estimular a criança a conhecer‐se melhor, no seu todo, e conhecer o mundo em que vive, aprendendo
a respeitá‐lo;
2. Despertar na criança a importância do Outro, das relações e das interdependências sociais e culturais;
3. Promover novas aprendizagens de forma a proporcionar à criança a tomada de consciência de que
pertencemos a uma comunidade com igualdades e diferenças e com direitos e deveres.
O objectivo da definição destes parâmetros orientadores é o de explorar e promover novas aprendizagens,
encontrando‐se a expressão de interrogação e de tomada de consciência, de compreensão e de responsabilização,
bem como as de pesquisa e certificação, como necessárias para uma cabal compreensão das realidades vividas que
fundamentam a pertença a um grupo e às suas regras.
Nesse sentido, e após reflexão participada, na qual tiveram papel preponderante as famílias e a Comunidade
Escolar, de forma interventiva e colaborante, procurou‐se definir um conjunto de objectivos a partilhar e
desenvolver por todos os intervenientes.
As estratégias escolhidas, como à frente se apresentam, pressupõem um amplo conhecimento da história
individual de cada criança, de cada família e cada elemento comunitário. A meta foi construir uma proposta
abrangente mas suficientemente aberta.
É objectivo deste projecto de trabalho, valorizar um tema que consideramos de extrema importância – A Água –,
numa perspectiva de educação para a cidadania e para os valores, constituindo um referencial orientador a
formação pessoal e social, como fundamentado e apresentado em sede legislativa – Orientações Curriculares para
a Educação Pré-escolar (Despacho nº 5220/97 de 4 de Agosto) –.
A Água
A água cobre 71% da superfície da Terra. Na Terra, é encontrada principalmente nos oceanos. 1,6% encontra-
se em aquíferos e 0,001% na atmosfera como vapor, nuvens (formadas de partículas de água sólida e líquida
suspensas no ar) e precipitação. Os oceanos detêm 97% da água superficial e as calotes polares detêm 2,4%.
Outros, como rios, lagos e lagoas detêm 0,6% da água do planeta. Uma pequena quantidade da água da
Terra está contida dentro de organismos biológicos e de produtos manufacturados.
A água na Terra move-se continuamente segundo um ciclo de evaporação e transpiração
(evapotranspiração), precipitação e escoamento superficial, geralmente atingindo o mar. A evaporação e a
transpiração contribuem para a precipitação sobre a terra.
A água é essencial para os seres humanos e para as outras formas de vida. Ela age como reguladora de
temperatura, diluidora de sólidos e transportadora de nutrientes e resíduos por entre os vários órgãos.
Bebemos água para ajudar na diluição e funcionamento normal dos órgãos para em seguida ser eliminada
pela urina e por evaporação nos poros, mantendo a temperatura corporal e eliminando resíduos solúveis,
como sais e impurezas. As lágrimas são outro exemplo de eliminação de água.
Na indústria ela desempenha o mesmo papel de diluidora, transportadora e arrefecedora nos vários
processos de manufactura e transformações de bens básicos em bens comerciais.
O acesso à água potável tem melhorado continuamente e substancialmente nas últimas décadas em quase
toda parte do mundo. Existe uma correlação clara entre o acesso à água potável e o PIB per capita de uma
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região. No entanto, alguns investigadores estimaram que em 2025 mais de metade da população mundial
sofrerá com a falta de água potável. A água desempenha um papel importante na economia mundial, já que
funciona como um solvente para uma grande variedade de substâncias químicas, além de facilitar a
refrigeração industrial e no transporte. Cerca de 70% da água doce do mundo é consumida pela agricultura.
No corpo humano a água é o principal constituinte (entre 70% a 75%) e sua quantidade depende de vários
factores estabelecidos durante a vida do indivíduo, entre eles a idade, o sexo, a massa muscular, o aumento
ou perda de peso, o tecido adiposo, e até mesmo a gravidez ou lactação. A água é um componente essencial
para o bom funcionamento geral do organismo, ajudando em algumas funções vitais, tais como o controle de
temperatura do corpo, por exemplo
A poluição da água prejudica o seu uso, podendo atingir o homem de forma directa, pois ela é usada por este
para ser bebida, higiene pessoal, lavagem de roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e
dos animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na
irrigação agrícola. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de microrganismos
patogénicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da recolha nos rios até à chegada nas
residências urbanas ou rurais.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/agua)
Mesmo quando a dão por garantida, os seres humanos sabem, bem no fundo das suas convicções, que +é a água
quem manda. Nos últimos tempos, teremos provocado o aumento da temperatura média da terra em 0,47ºC,
número aparentemente sem consequências. O mesmo não se pode dizer de outras palavras como seca; cheia,
furacão, subida do nível médio da água do mar, rebentamento de diques, deslizamento de terras.
A água é a face visível do clima e, portanto, das alterações climáticas.
Os resultados estão à vista, à medida que o ar sobreaquecido existente sobre os oceanos gera supertempestades
nunca antes vistas.
A nossa civilização tem sido lenta a abandonar o mito humano da generosidade infinita da água. Recusando-nos a
procurar provas do contrário, limitámo-nos a dar como garantido que ela existia. Esgotámos aquíferos e desviámos
rios. Os lençóis freáticos afundam-se em países onde vive metade da população do planeta.
Ora, a água é o mais importante dos bens comuns. Vezes sem conta as comunidades têm estudado os sistemas
hídricos e redefinido a sua utilização de modo sensato. Alguns países têm vindo a introduzir legislação sobre os
direitos da natureza nas suas Constituições, de forma a impedir que os rios e florestas se tornem bens imobiliários,
permitindo a preservação do seu direito a florescer.
Mas, independentemente das legislações nacionais, só através de uma educação formal e continuada, apostada em
desenvolver na consciência colectiva dos cidadãos, se poderão mudar práticas e, acima de tudo, potenciar o
respeito e a cultura de respeito pelos bens universais.
Cabe-nos descobrir formas de sobreviver dentro das fronteiras. E é à escola que cabe dar o passo mais importante:
estabelecer padrões de consciência moral.
A moralidade de um acto é definida em função da condição de um sistema no momento em que esse acto é
praticado
Garret Hardin
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Organização do Ambiente Educativo
Calendário escolar
O calendário escolar, definido pelo Despacho n.º 11 120-A/2010, e aprovado em Conselho Pedagógico do
Agrupamento de dois de Setembro de dois mil e dez, é o que a seguir se apresenta:
Início da actividade lectiva Final da actividade lectiva
1º Período 13 de Setembro 21 de Dezembro
2º Período 3 de Janeiro 12 de Abril
3º Período 26 de Abril 5 de Julho
Interrupções Lectivas
Natal 23 a 30 de Dezembro
Carnaval 7, 8 e 9 de Março
Páscoa 15 a 21 de Abril
Actividades de Escola Aberta e/ou Avaliação
1º Período 22 e 23 de Dezembro
2º Período 13 e 14 de Abril
Final do ano 6, 7 e 8 de Julho
Funcionamento e Dinâmica da Equipa
As três salas do Jardim de Infância (Sala Amarela, Verde e Encarnada) funcionam entre as 9.00h às 12.00h e das
13.30h às 15.30h, sendo o restante horário, compreendido entre as 8.00h e as 9.00h e entre as 15.30h e as 19.00h,
assegurado pela Componente de Apoio à Família, dos serviços da Câmara Municipal de Mafra.
Em cada sala existe um educador de infância (neste momento, em termos de vínculo, existe uma educadora de
Quadro de Agrupamento, um educador de Quadro de Zona Pedagógica e uma educadora Contratada) com o apoio
complementar, neste momento, de três assistentes operacionais.
O serviço de Componente de Apoio à Família assegura todo o espaço complementar de apoio socioeducativo,
composto por prolongamento de horário e serviço de refeições. Para este serviço existe uma Animadora
sociocultural e três assistentes operacionais.
Como se trata de um estabelecimento da Rede Pública de Educação Pré-escolar, o Educador de Infância
responsável por cada sala possui autonomia pedagógica, sendo, contudo, tutelado pelo Estado (Ministério da
Educação), através da legislação em vigor.
No que concerne à Componente de Apoio à família, apesar da responsabilidade formal ser da Câmara Municipal de
Mafra, existe um trabalho de parceria entre os educadores de infância e as técnicas de animação social e
pedagógica/animadoras, nomeadamente através da organização de um Projecto de Prolongamento, no qual consta
a planificação conjunta de actividades e da responsabilidade, análise e avaliação de actividades e estratégias e
reflexão conjunta das práticas, bem como o modelo de supervisão pedagógica da oferta complementar.
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Horário do Educador
Horas 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
09h00
às
12h00
Tempo lectivo Tempo lectivo Tempo lectivo Tempo lectivo Tempo lectivo
12h00
às
13h30
Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço
13h30
às
15h30
Tempo lectivo Tempo lectivo Tempo lectivo Tempo lectivo Tempo lectivo
15h30
às
16h30
Componente Não
Lectiva
Componente Não
Lectiva
Reuniões*
*Reuniões pré‐marcadas:
1ª terça-feira de cada mês – Reunião de Departamento (2 horas)
2ª terça-feira de cada mês – Atendimento aos Encarregados de Educação (2 horas/semana)
3ª terça-feira de cada mês – Reunião de Estabelecimento (2 horas)
4ª terça-feira de cada mês – Reunião CAF; Educadores estabelecimentos; Assistentes Operacionais (2 hora)
Intencionalidade Educativa /Opções Curriculares
É à luz das preocupações anteriormente expostas que se compreendem as tendências no sentido de centrar as
finalidades curriculares no desenvolvimento de competências que tornem utilizáveis, reconvertíveis e operativos os
saberes, as técnicas e as práticas que forem integradas no currículo – quer o enunciado quer o implementado.
É fundamental que um Projecto Curricular contribua para a consolidação de competências indispensáveis à vida
pessoal e social, quer pela sua eficácia, como por exemplo, competências orientadas para a resolução de
problemas ou para a tomada de decisões fundamentadas, quer pelo enriquecimento pessoal, como, a
capacidade/competência de entender e fruir bens como a música ou a arte.
Passará, por aí, o papel do currículo escolar, na promoção do nível cívico de uma sociedade, na subida de nível
educativo das populações, na garantia de melhor qualidade de vida pessoal e social para todos, e não só àqueles
que por razões circunstanciais nasçam e vivam com confortável acesso a uma boa qualidade de vida social e
cultural.
Partindo do pressuposto que a Educação é um conjunto de premissas sociais, culturais, individuais e colectivas, o
projecto de trabalho a desenvolver no âmbito das actividades curriculares da Sala Amarela do Jardim de Infância da
Enxara do Bispo corresponde a uma opção pedagógica consciente que objectiva um conjunto de escolhas
efectuadas entre “muitos futuros possíveis; um conjunto de processos para ultrapassar obstáculos” (Khon, citado
por Zabalza, 1999: p. 121)
1
.
Porque não há Educação efectiva sem a colaboração, cooperação e partilha de diversos agentes, pretende‐se
também, neste mesmo projecto de trabalho, potenciar o envolvimento dos parceiros educativos (pais, famílias e
comunidade em geral) divulgando e generalizando os conteúdos, as estratégias, as actividades e os desígnios sobre
os quais recairão o planeamento para o ano lectivo de 2009/2010, mas também levá‐los a participar activamente
no desenvolvimento integrado da Escola e dos alunos, numa perspectiva de formação e envolvimento da Escola e
dos seus actores.
Independentemente das áreas transversais sobre as quais se fundamente a prática lectiva, bem como as rotinas
diárias, far‐se‐á uma integração de conteúdos e temáticas específicas, das quais se apresentam, de seguida, as
principais, e que terão respectiva delimitação na planificação semanal de actividades:
‐ No âmbito do desenvolvimento motor, a execução de actividades motoras organizadas e de educação física,
devidamente calendarizadas e rotinadas, permitem que a criança adquira, progressivamente um conhecimento
mais adequado e composto de utilização do seu corpo e também o reconhecimento de fronteiras físicas, sociais e
culturais. A tomada de consciência do corpo enquanto veículo de comunicação é também um dos objectivos das
1
Zabalza, M. (1999) Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Lisboa. Edições Asa.
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actividades de educação e formação motora, servindo estas ainda para a compreensão e aceitação de regras e
alargamento da linguagem. A expressão motora é um meio de descoberta de si e dos outros e das interacções e
inter relações sociais.
Ao possibilitar a interacção com diferentes conteúdos relativos ao ser e estar sociais, bem como aos
comportamentos e atitudes pessoais e colectivos, a criança toma consciência de si e dos outros e do seu papel no
contexto em que vive.
‐ Também a parceria pedagógica desenvolvida com a Biblioteca Escolar permite a promoção de um conjunto de
actividades e estratégias diversas na qual se fomenta a estruturação de conteúdos específicos sobre as funções da
escrita, sobre o livro e a leitura, sobre a função informativa da escrita e sobre as necessidades literácitas, que foram
exploradas através desta estratégia de leitura partilhada.
‐ O domínio das expressões, nomeadamente das expressões plástica e dramática, potencia o desenvolvimento de
espaços de interacção e de comunicação que servem para promover o domínio da linguagem e das suas formas.
‐ Por último, o espaço multimédia, como estratégia de diversificação de formas de compreensão do real, permite a
aprendizagem das diversas formas e funções, de forma motivadora e actual, logo, permitindo uma sensibilização
específica ao código informático, cuja envolvência social é cada vez mais notória.
Com a utilização de instrumentos "tecnológico" que servem, fundamentalmente para brincar, desenvolvem‐se
competências linguísticas, motoras e de expressão, mas também se abre caminho a um conjunto de actividades e
estratégias de desenvolvimento cognitivo e matemático. Através da exploração do carácter lúdico e do jogo
simbólico, com recurso a "meios informáticos", aliada à exploração de conteúdos identitários, de independência e
autonomia, as actividades de carácter “tecnológico” mas não directamente instrumental servem os propósitos de
potenciar a área de Formação Pessoal e Social nos seus múltiplos aspectos.
Por outro lado, o processo de construção/acompanhamento e execução de uma página de internet, onde se
destaca o espaço de relação/cooperação interdisciplinar e com outros parceiros educativos é também um espaço
de trabalho cooperativo à distância, nomeadamente através da colaboração/partilha com outros alunos, com
outras escolas, com outros profissionais e com as famílias. A partir da troca de correspondência electrónica,
motivaram‐se estratégias de reflexão científica, de experimentação e análise, ligadas a conteúdos ambientais, de
raciocínio lógico‐matemático e de aquisição da linguagem.
Intervenção educativa, opções metodológicas e planeamento estratégico
Visando exclusivamente o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, os projectos pedagógicos permitem
integrar um conjunto diversificado de actividades e a abordagem de diferentes áreas de conteúdo numa finalidade
comum que liga os diferentes momentos de decisão, planeamento, realização, avaliação e comunicação.
Apesar do planeamento educativo se desenvolver através de trabalho colectivo, na escola, com as famílias e com
os parceiros, o trabalho de organização metodológica depende de uma decisão isolada do professor e da procura
dos alunos.
O objectivo de orientar a prática pedagógica para processos educativos mais centrados na aprendizagem dos
alunos e nos seus interesses, permitindo uma articulação entre diferentes áreas e domínios do saber permite, do
ponto de vista didáctico, a utilização de um modelo de Abordagem de Projecto como “um estudo em profundidade
de um determinado tópico que as crianças levam a cabo” (Katz, 1997, p.3).
A abordagem de projecto e com “projectos” favorece o aprofundamento e a compreensão do conhecimento do
mundo em que a criança vive e das suas próprias experiências, pois, ao centrar‐se nos objectivos intelectuais faz
com que o conhecimento se torne mais significativo, podendo ser realizado com qualquer tema desde que parta
dos interesses das crianças.
Nesse sentido, também o docente passa a ser um incentivador da interacção entre as crianças e o mundo que as
cerca, enfatizando a participação activa delas.
Este tipo de abordagem não é, necessariamente, a totalidade do projecto curricular, mas pode ser parte dele,
podendo contudo assumir uma posição privilegiada de modo a estimular as capacidades emergentes das crianças e
ajudá‐las no seu desenvolvimento.
Na abordagem de projecto por haver interesse e motivação da criança há, também, um maior envolvimento. A
criança pode escolher entre uma variedade de actividades que o docente oferece, que deseja realizar, e de acordo
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com suas possibilidades de enfrentar desafios. Nesse sentido, é importante que o professor e os alunos
compreendam que a escola é vida e que as experiências escolares devem ser naturais e compartilhadas, de modo
que todas as crianças delas possam participar e contribuir activamente.
Às vezes a origem das experiências é inesperada, pois depende de um acontecimento ocorrido num determinado
espaço e tempo, no entanto, o seu prolongar obriga a um planeamento, nomeadamente que organize as
actividades que as crianças podem realizar, a aplicação das suas capacidades, a disponibilidade de recursos, o
interesse do professor e o momento do ano lectivo que o projecto apareceu.
É importante notar que nem todas as crianças desenvolvem os mesmos tópicos com o mesmo grau de interesse,
mas pode ser muito importante a maneira como o educador apresenta a temática/projecto atraindo a atenção
delas, relacionando a novidade com algo já conhecido.
Esta não é a única forma de desenvolver os projectos de aula, mas certamente será uma dos mais promissoras
porque atrai o interesse das crianças de modo a envolvê‐las em actividades desafiantes e motivadoras.
É nesse sentido que o Projecto Curricular da Sala Amarela do Jardim‐de‐infância da Enxara do Bispo pretende
disponibilizar um conjunto de pressupostos facilitadores do processo educativo com base numa perspectiva de
Abordagem de Projecto e é nesta perspectiva que toda a opção estratégica do educador será construída.
De seguida apresentam‐se as linhas gerais do planeamento estratégico, tentando, sempre que possível,
direccioná‐lo para a apresentação das actividades realizadas, e reflectindo a sua pertinência e intencionalidade
educativa.
Articulação Educativa e Inovação
A organização de respostas integradas, presente na definição e construção de espaços escolares com valências
integradas obriga a uma reflexão sobre o papel e o dever da escola enquanto construtora de modelos de educação
solidários, interdependentes e de continuidade educativa.
A EB1/JI de S. Miguel, enquanto escola integrada, na qual existe também uma rede de ofertas educativas
complementares (Unidade de Apoio à Multideficiência, CAF, Serviços de Psicologia etc.) posiciona‐se como um
estabelecimento que, na sua génese, orienta a acção educativa para o desenvolvimento de projectos integrados e
integradores.
Nesse sentido, pretender‐se‐á, neste projecto, definir, também, alguns espaços de organização pedagógica
integrada e em articulação, quer seja com os docentes e as actividades do primeiro ciclo do ensino básico, quer seja
com os apoios complementares existentes na escola.
A elaboração conjunta de um Plano Anual de Actividades, a realização de reuniões mensais de estabelecimento, a
definição e execução de actividades conjuntas, devidamente coordenadas e integradas nos diversos Projectos
Curriculares, bem com a gestão e participação conjunta em actividades na Comunidade Educativa pressupõem a
existência de canais efectivos de comunicação que deverão ser devidamente construídos. Nesse sentido, a lógica e
as dinâmicas educativas e pedagógicas orientar‐se‐ão, essencialmente, para esse espaço de partilha e solidariedade
institucional, com base nas propostas efectivas de trabalho.
Também o espaço de participação na comunidade, através do desenvolvimento de parcerias educativas, será alvo
de atenta e constante intervenção, nomeadamente no sentido de valorizar os laços de pertença social e de
desenvolvimento cultural e etnológico.
Por último, uma nota para a utilização constante e coerente de instrumentos e canais de comunicação baseados
em novos e renovados meios de comunicação, com especial destaque para a utilização da internet e de redes
virtuais de parceria e aprendizagem. Quer no espaço pedagógico, quer no espaço de comunicação (formal e
informal) far‐se‐á, ao longo do desenvolvimento do ano lectivo, um enfoque específico na utilização destes canais,
potenciando quer as competências formais e académicas, quer as competências relacionais e de pertença social
das crianças e adultos envolvidos, nomeadamente através da dinamização do espaço http://salamarela-
enxara.blogspot.com.
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Planeamento Global
Objectivos Gerais
Objectivos
Específicos
Conteúdos, Estratégias e
Comportamentos observáveis
Outras Estratégias Possíveis
É importante que cada criança: Para isso: Desta forma, no final de cada ciclo de aprendizagem, e
especificamente no final do seu processo educativo na
educação pré-escolar, cada criança deve:
Para operacionalizar os objectivos apresentados, além
das naturais dinâmicas pedagógicas e lectivas, poderão
ainda ser experimentadas outras formas de potenciar
novas aprendizagens. Nesse sentido propõem‐se:
Tenha consciência de si e do
outro.
Reconheça laços de pertença
social e cultural.
Assuma responsabilidades.
Tenha iniciativa e tome
decisões.
Interaja com os outros.
Revela confiança nas suas
capacidades.
Negoceie e aceite as decisões
do grupo.
Se confronte com situações que
a levem a reflectir o como e o
porquê.
Saiba escutar e esperar pela sua
vez.
Adopte comportamentos
reveladores de emergência de
valores (respeito pelo outro,
aceite e ajuda os outros).
Desenvolva a sua motricidade
global, a acuidade auditiva, o
sentido rítmico, a capacidade
de cantar, dançar, tocar.
Desenvolva competências de
Criatividade, Representação,
Comunicação e Sentido Estético
Tenha capacidade de organizar,
ordenar, classificar, seriar e
resolver problemas lógico-
matemáticos.
Tenha noções de
No 1º Período lectivo:
Ao nível do trabalho
pedagógico, dever‐se‐á
envolver, entre outras, as
questões ligadas à
preservação dos recursos
como elementos de uma
comunidade de partilha.
É fundamental desenvolver
um conjunto de dinâmicas
curriculares que possibilitem
o reconhecimento das
características dos recursos
naturais, dos contextos
sociais em que as crianças
crescem e se desenvolvem e
dos contributos que cada
uma delas poderá dar de
forma a compreender e
aceitar as condições de vida
que actualmente se colocam
aos indivíduos.
Ter a capacidade de (re)conhecer e identificar o seu
contexto de vida e de relação pessoal e social.
Saber comunicar e criar situações de comunicação.
Saber expressar‐se graficamente com alguma
destreza.
Saber explorar a relação entre corpo, espaço e
tempo.
Conhecer e praticar as regras diárias de higiene
pessoal, designadamente na sua relação com o
espaço social e cultural que habita, respeitando as
necessidades globais, nomeadamente através de
uma cultura de sustentabilidade.
Desenvolver a Inteligência Emocional de forma
adequada ao contexto relacional, sabendo exprimir
facial e corporalmente emoções.
Associar diferentes cores, tamanhos, texturas e
espessuras.
Explorar técnicas plásticas/materiais para a
representação de ideias e conceitos, sabendo utilizar
materiais de reaproveitamento e de reciclagem.
Participar em actividades de jogo simbólico.
Ouvir, contar e dramatizar histórias e outros registos
escritos e orais. Cantar canções. Tocar instrumentos
Identificar algarismos e compreender as relações
lógico‐matemáticas entre objectos.
Reconhecer e identificar elementos espácio-
temporais que se referem a acontecimentos e factos
actuais, sabendo correlacioná‐los com
acontecimentos passados.
Reconhecer e utilizar, no quotidiano, unidades de
referência temporal (dias, semanas, meses, etc.)
Identificar espaços e respectivas funções.
Actividades de organização espacial e temporal, de
Realização de visitas na localidade e outros
momentos de reconhecimento do espaço
proximal e do contexto social da escola.
Promoção dos espaços de economia local
(supermercados, restaurantes, loja dos animais,
etc.) como espaços de valorização cultural.
Visitas a estruturas produtivas locais
(hortofloricultura, bens alimentares, etc.),
Dinamizar actividades de sensibilização ambiental
e ecológica, com base nas tradições locais.
Desenvolvimento de projectos em parceria
(escola e Comunidade) que visem a formação de
atitudes sustentáveis e ecologicamente
conscientes.
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2010/2011
Espaço/Tempo e topológicas.
Controle e coordene os
movimentos do seu corpo.
Explore o espaço,
reconhecendo e representando
diferentes formas que,
progressivamente, aprenderá a
diferenciar e a nomear.
Realize produções gráficas e
utilize a expressão plástica
como expressão que possibilita
construir e (re) construir.
Manipule os objectos no espaço
e explora as suas propriedades.
Revele desejo em comunicar.
Use vocabulário rico e
diversificado.
Comunique oralmente em
diferentes contextos e
identifique diferentes códigos
simbólicos.
Utilize o computador para
realizar: experiências de escrita,
pesquisa de informação,
trabalho de pares que implique
decisão conjunta, compreenda
alguma linguagem icónica e
visual do software.
Perceba a funcionalidade da
escrita
Seja capaz de se concentrar
Seja capaz de utilizar diferentes
meios audiovisuais.
Perspective o futuro de modo a
que assuma uma relação
interveniente no meio em que
se insere;
Aprenda a aprender,
organizando os seus saberes
numa perspectiva de
aprendizagem ao longo da vida;
Desenvolva as suas capacidades
integração e reflexão escolar e comunitária.
Actividades de integração curricular.
Estratégias de reflexão e promoção literácita.
Actividades e estratégias de comunicação e reflexão
comunicacional.
Utilização de novos canais de comunicação e de
inovação informacional.
Actividades de valorização do Corpo Humano e da
Actividade Física, com recurso aos meios disponíveis
na comunidade.
Organização de actividades gastronómicas e de
valorização alimentar e tradicional.
Organização de uma Horta Pedagógica ou um
herbário.
No 2º Período:
Reflectir os novos desafios
que se colocam ao homem e
às comunidades,
nomeadamente no que
concerne ao esgotamento
dos recursos e à necessidade
de se criarem alternativas.
Compreender o
comportamento e a atitude
humana como responsável
pela evolução social e
cultural das comunidades.
Definir a Escola como espaço
de formação de Consciência
Cívica e mediadora de
comportamentos.
Saber utilizar os saberes do Grupo (culturais, sociais,
científicos e tecnológicos) para compreender a
realidade e encontrar estratégias para a resolução
de situações e problemas do quotidiano;
Saber usar adequadamente linguagens específicas
para cada área do conhecimento;
Usar correctamente a Língua Portuguesa para
comunicar e para estruturar pensamento próprio,
mas reconhecer a existência de outras formas de
comunicação e outras línguas;
Saber escolher metodologias de trabalho e de
aprendizagem para alcançar os objectivos visados.
Trazer os “Pais à Escola”, para desenvolvimento
de dinâmicas de “esclarecimento” e
aprendizagem sobre questões ambientais,
ecológicas, culturais, etnológicas e sociais.
Visitar locais de interesse local e comunitário.
Promover espaços de reflexão e partilha sobre
cultura, tradição e património.
Desenvolver uma “cultura de sustentabilidade”
que passe por construir espaços e tempos de
reflexão ecológica e ambiental através de práticas
coerentes e integradas no desenvolvimento de
actividades de educação pré-escolar
Compreender os valores fundamentais que
sustentam as relações humanas e sociais.
Reconhecer várias tipologias de relacionamento
(familiares, sociais, etc.) e os comportamentos
adequados à sua manutenção.
Compreender a dinâmica escolar enquanto espaço
formativo.
Posicionar‐se, de forma consciente na dinâmica
grupal de forma a aumentar o conhecimento e a
consciência social.
Ter consciência do poder da atitude humana (numa
perspectiva cultural, social e geográfica).
Reconhecer “outras” respostas aos problemas
evidenciados.
No 3º Período:
Posicionar o Homem como
Promover a valorização do património natural da
comunidade através da valorização dos recursos.
Visitas temáticas e locais e sítios de interesse
local e patrimonial.
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de Expressão e Comunicação
através de diferentes meios de
comunicação e modelos de
linguagem;
Se sinta como elemento de
pertença a um grupo.
Valorizar e exercer o respeito
por nós, pelos outros, e pelo
planeta em que vivemos;
motor de desenvolvimento
de sustentabilidade e
aproveitamento de recursos.
Garantir a aquisição de
atitudes e comportamentos
sistematizados e assimilados
de sustentabilidade ecológica
e humana.
Desenvolver
comportamentos adequados
de respeito por si e pelo
outro, numa perspectiva
ecológica e ambiental.
Descobrir e valorizar a importância de cada um para
a preservação dos recursos e do património local.
Identificar elementos sociais, culturais e
comunitários com influência no desenvolvimento de
comportamentos sociais.
A capacidade de utilizar processos de organização
social e cultural com vista à defesa do património
local (social, humano e físico).
Saber utilizar recursos naturais e humanos como
fonte de promoção económica e social.
Reconhecer as particularidades ecológicas e
culturais.
Compreender as razões de existência de diferenças e
a sua relação com o comportamento humano.
Caracterizar as mudanças climatéricas normais
(estações), utilizando diversos indicadores
resultantes da observação directa e indirecta do que
nos rodeia para a compreensão das dinâmicas locais
(agricultura, etc.).
Observar e realizar actividades experimentais
simples sobre os aspectos naturais e humanos do
meio, bem como reconhecer a existência de
semelhanças e diferenças entre os Seres Vivos e a
sua interacção com o meio.
Saber que o bem-estar humano depende de hábitos
individuais de alimentação equilibrada, de higiene,
de actividade física e de regras de segurança e de
prevenção.
Organizar o “Dia da Família”, como espaço de
participação das famílias e da comunidade.
Organização das dinâmicas de “História Social”
como projecto de investigação etnológica.
Organização de sessões de
sensibilização/esclarecimento sobre dinâmicas
locais.
Promover momentos de articulação interciclos
que prevejam a reflexão sobre hábitos e tradições
locais.
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Avaliação
A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa que implica procedimentos adequados à
especificidade da actividade educativa no Jardim-de-infância, tendo em conta a eficácia das respostas educativas.
Permitindo uma recolha sistemática de informações, a avaliação implica uma tomada de consciência da acção,
sendo esta baseada num processo contínuo de análise que sustenta a adequação do processo educativo às
necessidades de cada criança e do grupo, tendo em conta a sua evolução.
A avaliação visa:
• Apoiar o processo educativo, permitindo ajustar metodologias e recursos, de acordo com as necessidades
e os interesses de cada criança e as características do grupo, de forma a melhorar as estratégias de
ensino/aprendizagem;
• Reflectir sobre os efeitos da acção educativa, a partir da observação de cada criança e do grupo,
reconhecendo a pertinência e sentido das oportunidades educativas proporcionadas e o modo como
contribuíram para o desenvolvimento de todas e de cada uma, de modo a estabelecer a progressão das
aprendizagens;
• Envolver a criança num processo de análise e de construção conjunta, inerente ao desenvolvimento da
actividade educativa, que lhe permita, enquanto protagonista da sua própria aprendizagem, tomar
consciência dos progressos e das dificuldades que vai tendo e como as vai ultrapassando;
• Contribuir para a adequação das práticas, tendo por base uma recolha sistemática de informação que
permita ao educador regular a actividade educativa, tomar decisões e planear a acção;
• Conhecer a criança e o seu contexto, numa perspectiva holística, o que implica desenvolver processos de
reflexão, partilha de informação e aferição entre os vários intervenientes – pais, equipa e outros
profissionais – tendo em vista a adequação do processo educativo.
O termo avaliação aqui deverá referir‐se ao leque de informação recolhida e sintetizada pelo educador, ao longo da
sua prática pedagógica.
A informação sobre os alunos e o desenvolvimento dos seus processos de aprendizagem será recolhida através de
um conjunto de processos informais, observações, partilha e trocas verbais, mas também através de processos
mais formalizados de recolha de informação, como sejam as várias fichas de caracterização e diagnóstico
elaboradas pelo educador ou em uso no agrupamento.
Também será importante, nos processos de avaliação, a perspectiva dos encarregados de educação e das famílias,
que, de forma constante e participada, através de reuniões gerais (3), em espaços informais devidamente
planeados ou mesmo através da Internet, acompanham a evolução ou continuidade dos alunos, bem como
participando nos processos de planeamento de actividades e na sua avaliação.
O diagnóstico processado à chegada, permite identificar as linhas de acção mais correctas no processo de evolução
do grupo, na vertente normativa e de construção social, proporcionando a adequação constante dos processos
pedagógicos e educativos.
A mobilização e a dinamização dos diferentes intervenientes (docentes, pessoal auxiliar, componente de apoio à
família, etc.) em torno de uma intenção colectiva, bem planificada e, acima de tudo, bem comunicada, de avaliação
constante de estratégias e actividades, de forma constante e coerente, evidencia o esforço de articulação e
integração fundamental das diversas iniciativas da Escola, permitindo um aproveitamento frutuoso em termos
pedagógicos, bem como uma adaptação, em tempo real, das melhores opções educativas.
Será importante, ao longo do ano lectivo, desenvolver momentos específicos de divulgação das actividades do
Jardim-de-infância, nomeadamente exposições, mostras, divulgação específica de produtos produzidos, etc.
Neste campo, propõem‐se, além dos espaços informais de atendimento aos pais e encarregados de educação, a ter
lugar na 2ª terça-feira de cada mês entre as 15.30h e as 17.00h, ou em datas e horário a combinar, quatro reuniões
colectivas, três para avaliação das actividades curriculares e lectivas (no final de cada período lectivo) e uma para
apresentação e reflexão sobre o Projecto Curricular de Turma.
Serão realizados registos de acção/avaliação e relatórios individuais de avaliação em cada período, cujo
conhecimento/divulgação junto das famílias e encarregados de educação respeitará as definições apresentadas
pelo Ministério da Educação.
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Também a utilização de meios informáticos (internet, gestão informática, etc.) potenciará a divulgação dos dados
passíveis de avaliar.
Do processo avaliativo produzir‐se‐ão relatórios trimestrais de acompanhamento e um relatório final de Avaliação
do Projecto Curricular de Turma.
De acordo com a legislação em vigor, a avaliação na Educação Pré-escolar assenta nos seguintes princípios:
• Coerência entre os processos de avaliação e os princípios subjacentes à organização e gestão do currículo
definidos nas OCEPE;
• Utilização de técnicas e instrumentos de observação e registo diversificados;
• Carácter marcadamente formativo da avaliação;
Considerando que a Educação Pré-escolar é um processo que parte das experiências das crianças e das suas
aquisições anteriores, a avaliação do seu desempenho está presente diariamente na sua própria evolução e na
capacidade de adquirir, com maior ou menor capacidade, novos conceitos e dinâmicas de compreensão da sua
realidade.
Nesse sentido, é fundamental que o ambiente educativo seja organizado para que as características de cada criança
sejam valorizadas e possam ser objecto de estimulação específica.
A progressão e a diferenciação de situações de aprendizagem supõem que as crianças sejam capazes de transitar
facilmente para novos desafios e novas propostas institucionais.
A educação pré-escolar situa-se na continuidade de um processo educativo que começou quando a criança nasceu,
mas deve fornecer‐lhe bases para progredir de forma continuada e ao longo da vida.
O espaço de avaliação da Educação Pré-escolar é constante e contínuo e cabe ao Educador e às famílias
desenvolverem, em conjunto, as competências específicas a adquirir pela criança em cada momento.
Desta forma, o processo de avaliação deve ser entendido como um processo participado e colaborativo entre a
criança, o educador e a família e deve devolver à prática as melhores dinâmicas e actividades de desenvolvimento
pessoal de cada criança.
De acordo com as definições e instrumentos definidos quer pelo Ministério da Educação (Metas de Aprendizagem,
Outubro de 2010, Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, Novembro de 1997) e pelo Departamento
de Educação Pré-escolar do Agrupamento de Escolas Armando Lucena, as crianças deverão, no final do ano lectivo
que se inicia:
Possuir conhecimentos básicos de comunicação e linguagem (nomeadamente da língua Portuguesa) e saber
utilizá‐los;
Compreender conteúdos/conceitos básicos do raciocínio lógico e da matemática (saber contar, saber fazer
correspondências, etc.);
Aplicar conhecimentos adquiridos, em novas situações;
Participar no seu próprio processo de ensino‐aprendizagem;
Ser responsáveis pelos seus actos;
Ser autónomas e dinamizarem os seus próprios espaços de compreensão e aquisição de conhecimentos com
base nas experiências vivenciadas;
Respeitar os valores da sua comunidade;
Relacionar‐se com o outro respeitando e compreendendo as regras e as normas de convivência social e
respeitar a diferença.
Pelo exposto, caberá ao educador e às famílias participarem activamente na construção de um saber formativo, o
qual é definido pela capacidade de avaliar e de devolver à prática o produto dessa mesma avaliação, construindo,
paralelamente, novas estratégias e desígnios de desenvolvimento educativo.
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Considerações Finais
Partindo do pressuposto que a Educação é um conjunto de premissas sociais, culturais, individuais e colectivas, este
Projecto Curricular corresponde ao projecto de intenções da Sala Amarela do Jardim-de-infância da EB1/JI S.
Miguel, da Enxara do Bispo.
Não existe Educação efectiva sem a colaboração, cooperação e partilha dos diversos agentes implicados e
envolvidos na educação da criança, pelo que este documento pretende divulgar os objectivos e conteúdos sobre os
quais recairão as estratégias e actividades a ser desenvolvidos no ano lectivo de 2010/2011.
A necessidade do envolvimento de todos os agentes educativos (professores, famílias, comunidade em geral) não
deve apenas permanecer no espaço das intenções, mas ser concretizado no dia-a-dia. É, assim, importante que
“todas as vozes se façam ouvir” através de uma colaboração efectiva.
O Educador, as crianças, os pais, as famílias e demais envolvidos no processo educativo devem ser capazes de
coordenar as suas opções e rentabilizar os seus objectivos, através da discussão e reflexão das suas ideias, opiniões
e necessidades.
Ao longo deste documento apresentaram‐se variadas estratégias e sugestões de actividades, mas, mais pertinente
e fundamental, é que ele se possa transformar num meio potenciador e despoletador de uma efectiva parceria
educativa, organizando e orientando os envolvidos para um objectivo comum e para uma realização possível.
É objectivo valorizar um tema que consideramos de extrema importância –Eu, Os Outros e o Mundo em que
vivemos – como um tema mobilizador e envolvente para todos os que têm a seu cargo crianças e jovens e são,
paralelamente, responsáveis por educar uma geração de cidadãos.
Este projecto corresponde às necessidades das crianças e das respectivas famílias e foi delineado acreditando que
contribui para aumentar a qualidade de vida da comunidade, ao mesmo tempo que define níveis de co-
responsabilização educativa, pedagógica e didáctica.
E porque a Educação é um conceito lato e alargado, serve também este documento para potenciar a participação,
porque o direito ao envolvimento, à participação e à opinião existe e deve ser aproveitado.
Esse é também o espaço da avaliação.
O Educador de Infância, em Novembro de 2010
Henrique Santos
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EB1+JI S. Miguel 32
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Anexos
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Planeamento Global
Área Objectivos Estratégias e Actividades Recursos
DESENVOLVIMENTO
PESSOAL E SOCIAL
- Construir uma autonomia colectiva que
passe pela organização social participada
em que as regras, elaboradas e negociadas
entre todos, são compreendidas pelo
grupo, que se compromete a aceitá‐las;
- Desenvolver conceitos formais de vida
em comunidade (bem/mal, certo/errado,
etc.)
- Fomentar o desenvolvimento de relações
construtivas;
- Estimular a identificação de atitudes de
tolerância, compreensão e respeito pela
diferença;
- Promover o sentido de pertença social e
cultural respeitando e valorizando outras
culturas;
- Relacionar-se positivamente com os
outros: compreendendo a
multiculturalidade, a Empatia e o Respeito
pelos outros, sendo tolerante, responsável
e justo;
- Organizar e potenciar a criação de regras
e a sua interiorização;
- Ser independente relativamente aos
hábitos de higiene pessoal e estados
emocionais;
- Participar nas actividades, de forma
responsável e colaborativa;
- Cooperar nas actividades correntes e
constantes da sala de aula e na resolução
de conflitos;
- Manifestar respeito por outras culturas,
tradições e opções;
- Manifestar satisfação pelas suas
realizações;
- Reconhecer e utilizar os recursos nas
diversas actividades propostas;
- Ser capaz de expressar opiniões sobre
características do meio, sugerindo acções
concretas e viáveis que contribuam para
melhorar e tornar mais atractivo o
ambiente onde os alunos vivem e ter
consciência dos diferentes
comportamentos e atitudes;
- Participar na discussão sobre a
importância de procurar soluções;
- Reconhecer a importância de não
desperdiçar bens essenciais.
- Reconhecer que os desequilíbrios podem
levar ao esgotamento dos recursos.
- Atribuir e assumir responsabilidades em
tarefas individuais e de grupo e ser capaz
de terminar tarefas.
Elaborar com as crianças regras que
correspondam a necessidades da vida do
grupo (Higiene, Mapas de Presença,
Comportamentos admissíveis, Tarefas, etc.).
Registar as regras que vão sendo discutidas
e avaliadas.
Estimular as crianças a limparem e
arrumarem o material usado durante o
tempo de trabalho (ex.: lavar as mesas e os
pincéis de pintura).
Distribuir tarefas e responsabilizar as
crianças pela sua execução.
Realçar e valorizar atitudes de cumprimento
das tarefas e a partilha de objectos e ideias.
Estimular as crianças a brincarem juntas
incentivando‐as a resolverem os seus
problemas e conflitos sem recurso a
atitudes violentas ou discriminatórias.
Dinamizar a escuta do outro e a tolerância
(ouvir o nome que as crianças dão aos seus
sentimentos, expor as suas preocupações).
Reunir com as crianças para organizar o
trabalho e fazer também a sua avaliação
(respeitar a sua vez de falar, ouvir os outros,
partilhar).
Conversar, ler ou contar histórias, mostrar
imagens sobre conteúdos e temas
importantes (educação para igualdade entre
os sexos, para a integração da diferença
entre culturas, etnias, educação ambiental,
ecologia e biologia, etc.).
Planificar actividades com base no
diagnóstico de necessidades da turma,
dando a vez e a voz aos elementos que
advém da observação e da participação
prévia dos alunos.
Utilizar estratégias adequadas para que
cada criança compreenda que o
esgotamento de recursos pode provocar
desequilíbrios no ambiente.
Ensinar as crianças a pôr o lixo em
recipientes próprios, incentivando‐as a
separar e a reaproveitar alguns materiais.
Compreender o processo de reciclagem e a
sua importância
Humanos:
Educadores,
Auxiliares,
Outros Docentes da Escola, Famílias
(Associação de Pais), Representantes do
Comércio Local, Funcionários
institucionais (Juntas de Freguesia,
Câmara Municipal, Componente de Apoio
à Família, etc.), Agrupamento,
Acompanhantes específicos (Visitas a
Museus, a Exposições, etc.)
Outros.
A este nível, é intenção do
Sala Amarela promover e participar em
diversas iniciativas de formação
complementar.
Materiais:
Material escolar próprio,
Material Lúdico e Pedagógico,
Material desportivo,
Material Informático,
Transportes,
Equipamento diverso e de desgaste, no
âmbito do reaproveitamento dos
recursos.
Promover a selecção de resíduos na sala
de aula.
Datas e Dias específicos a assinalar (no
âmbito do PAA):
13/09 - Abertura do Ano Lectivo
01/10 - Dia Nacional da Água
01/10 - Implantação da República
14/10 - Dia Mundial da Alimentação
15/10 - Dia Mundial da Luta pela
Erradicação da Pobreza
18/10 - GNR – Prevenção e segurança
27/10 - O Croco visita a escola da Enxara
do Bispo
29/10 -Dia de todos os Santos
11/11 - Comemoração do Dia de São
Martinho
24/11 - Dia da Ciência
03/12 - Dia Internacional da Pessoa com
Deficiência
10/12 - Comemoração do Dia dos Direitos
Humanos (sobre Água)
17/12 - Comemoração do Natal
06/01 - Comemoração do Dia de Reis
14/02 - Dia de S. Valentim
04/03 - Comemoração do Carnaval
18/03 - Comemoração do Dia do Pai
21/03 - Dia da Floresta
22/03 - Dia Mundial da Água
01/04 - Semana do Livro e da Leitura
07/04 - Dia Internacional da Saúde
08/04 - Encerramento de Actividades
Lectivas
29/04 - Comemoração do Dia da Mãe
09/05 - Dia da Europa
19/05 - Dia Internacional dos Museus –
Museu do Mar
23/05 - Simulacro de Incêndio
01/06 - Dia Mundial da Criança
03/06 - Dia Mundial do Ambiente
07/06 - Visitas de Estudo - Museu da
Electricidade
09/06 - Dia de Portugal
17/06 - Encerramento do Ano Lectivo -
Dia Mundial contra a desertificação e a
seca
18/06 - Festa de Final de Ano
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Área Objectivos Estratégias e Actividades Recursos
EXPRESSÃO E
COMUNICAÇÃO
Comunicação Oral e Abordagem à Escrita
- Criar situações de iniciativa das crianças ou do(a)
educador (a), que possibilitem e desenvolvam a
linguagem oral, o pensamento lógico‐matemático,
e as expressões (plástica, musical, dramática, e
motora) a propósito de problemas, questões ou
temas em estudo, de forma a aumentar a sua
capacidade de comunicação com os outros e com
o mundo que as rodeia;
- Usar vocabulário rico e diversificado e comunicar
oralmente em diferentes contextos;
- Identificar diferentes códigos simbólicos e
reconhecer símbolos convencionais;
- Recorrer a diferentes registos para obter
informação e prazer com a leitura;
- Compreender, valorizar e reproduzir a escrita
como meio de registo, de transmissão;
- Reconhecer e utilizar tecnologias novas e
inovadoras, assim como instrumentos
tecnológicos adequados à sua idade
- Conhecer estratégias básicas para a pesquisa e
extracção de informação.
Matemática e Racíocinio‐Lógico
- Reconhecer diferentes atributos e propriedades
dos materiais: Cor, espessura, textura, tamanho.
- Reconhecer semelhanças e diferenças,
distinguindo o que pertence a cada conjunto.
- Apropriar-se da noção de número.
- Formar sequências que têm lógicas subjacentes.
- Representar percursos através de desenhos.
- Manipular os objectos no espaço e explora as
suas propriedades.
- Ordenar medidas capacidade.
- Desenvolver noções matemáticas através da
vivência de situações de descoberta, vivência do
espaço e do tempo, da brincadeira espontânea ou
da conversa em grupo.
- Confrontar-se com situações que levem a
reflectir o como e o porquê.
- Saber recolher e organizar dados matemáticos e
lógicos.
Expressões: Dramática, Musical, Plástica e
Educação Física
- Saber utilizar materiais e equipamentos
específicos e de forma adequada à sua função;
- Utilizar, criativamente, os processos e os
produtos de expressão;
- Desenvolver competências de expressão e
comunicação.
- Pintar, desenhar, escrever, tocar, ouvir, utilizar o
espaço, e interagir com o espaço, de forma a
maximizar a compreensão e o desenvolvimento
cognitivo específico da idade.
- Valorizar a expressão musical como linguagem
universal de comunicação.
- Dominar competências motoras que permitam a
utilização consciente de instrumentos específicos
da comunicação,
- Articular a linguagem com o movimento físico,
através de canções ou jogos com acção motora,
dramatizações e representações plásticas e
gráficas.
- Elaborar registos escritos e grafo‐visuais como
cartazes, cartas, folhetos e outros.
- Utilizar esquemas institucionais e comunicativos
próprios (Correios, Internet, etc.) como
fundamento de relações de comunicação à
distância.
- Utilizar meios audiovisuais específicos para
promover o espírito crítico e a capacidade
analítica para o entendimento do real.
Estar familiarizado com o vocabulário e as
estruturas gramaticais de variedades do
Português e conhecimento de chaves
linguísticas e não linguísticas para a
identificação de objectivos comunicativos
através de narrações e outras actividades
literácitas.
Descobrir o livro e outros tipos de
estruturas de escrita na sala e na Biblioteca.
Utilizar a numeração e as operações de
maneira flexível para alargar o campo de
experiências da criança através da
organização de áreas pedagógicas com
materiais específicos de cada um dos
domínios disciplinares, valorizando a
reciclagem e o reaproveitamento.
Ser capaz de se exprimir de forma clara e
audível com adequação ao contexto e ao
objectivo comunicativo, utilizando vários
processos e materiais.
Estudar um animal/planta (como é e como
vive, de que se alimenta, qual o Ciclo de
Vida).
Descobrir a comunidade (lojas, profissões,
produtos, serviços da comunidade, etc.)
através de visitas estruturadas.
Saber expressar-se em actividades e
estratégias comunicacionais, e em diversos
formatos (internet, jornal, etc.)
Utilizar vários formatos de escrita, inclusive
com utilização das Tecnologias da
Informação e Comunicação (blogue,
mensagens, etc.)
Reconhecer sinais gráficos e outros códigos
(Segurança rodoviária e outros)
Produzir e explorar sons e ritmos.
Identificar características de sons
Interiorizar fragmentos de sons e ser capaz
de os reproduzir em jogos musicais através
de espaços de audição activa.
Imitar e recriar experiências do quotidiano
usando a imaginação, com recurso às áreas
da sala.
Utilizar vários recursos para se exprimir e
aprender a desinibir-se através de acções
expressivas e dramáticas.
Adquirir maior destreza motora através da
realização de actividades orientadas no
espaço de expressão motora.
Humanos:
Educadores,
Auxiliares,
Outros Docentes da Escola, Famílias
(Associação de Pais), Representantes do
Comércio Local, Funcionários
institucionais (Juntas de Freguesia,
Câmara Municipal, Componente de Apoio
à Família, etc.), Agrupamento,
Acompanhantes específicos (Visitas a
Museus, a Exposições, etc.)
Outros.
Materiais:
Material escolar próprio,
Material Lúdico e Pedagógico,
Material desportivo,
Material Informático,
Transportes,
Equipamento diverso e de desgaste, no
âmbito do reaproveitamento dos
recursos.
Datas e Dias específicos a assinalar (no
âmbito do PAA):
22/06 - O que a Biblioteca tem…
15/06 - Brincar com as Ciências
01/10 - Dia Nacional da Água
01/10 - Implantação da República
Até 31/10 - Projecto Ler + para Vencer
14/10 - Dia Mundial da Alimentação
Até 05/07 - Hora de Ouvir, Hora de Contar
25/10 - Simulação de Incêndio
Até 30/06 - Projecto Vai e Vem
30/11 - Vamos pesquisar informação
(Catálogo da BE online)
24/11 - Dia da Ciência
10/12 - Comemoração do Dia dos Direitos
Humanos (sobre Água)
17/12 - Comemoração do Natal
14/02 - Dia de S. Valentim
04/03 - Comemoração do Carnaval
18/03 - Comemoração do Dia do Pai
21/03 - Dia da Floresta
22/03 - Dia Mundial da Água
Até 01/04 - Semana do Livro e da Leitura
29/04 - Comemoração do Dia da Mãe
09/05 - Dia da Europa
19/05 - Dia Internacional dos Museus –
Museu do Mar
01/06 - Dia Mundial da Criança
03/06 - Dia Mundial do Ambiente
EB1+JI S. Miguel 35
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Área Objectivos Estratégias e Actividades Recursos
CONHECIMENTO
DO MUNDO
- Estimular e desenvolver a curiosidade da
criança, confrontando‐a com situações de
descoberta e de exploração do espaço que
a rodeia.
- Promover espaços de Promoção da
Saúde.
- Fomentar na criança uma atitude
científica experimental;
- Saber aproveitar os momentos
concedidos pela acção diária de
relacionamento pessoal, tendo sempre em
conta os pressupostos das relações
humanas;
- Fomentar a adequação de
comportamentos saudáveis através de
esquemas lúdicos e didácticos:
- Reconhecer e identificar elementos
espácio-temporais que se referem a
acontecimentos, a factos, a marcas da
história pessoal e familiar e da história
local e nacional;
- Reconhecer e utilizar elementos que
permitem situar‐se no lugar onde vive.
- Ter a capacidade de comparar, localizar e
conhecer as dimensões e limites de
diferentes de espaços;
- Reconhecer e valorizar expressões do
património histórico e cultural;
- Criar actividades relacionadas com os
processos de aprender;
- Desenvolver competências de
investigação e sensibilização científica;
- Promover atitudes de respeito e
preservação do meio ambiente;
- Desenvolver competências de
Auto‐segurança e Gestão do Perigo;
- Colaborar em actividades investigativas e
registar a informação trabalhada;
- Participar em actividades de iniciação ao
processo de investigação e descoberta.
- Compreender a utilidade e recorrer a
diferentes tipos de materiais e utensílios.
- Saber relatar e reflectir sobre
acontecimentos;
- Adoptar comportamentos de prevenção
de risco;
Promover espaços de observação e
contextualização científica, nomeadamente
organizando registos, sintetizando informação e
elaborando conceitos a partir da realidade
observada.
Elaborar espaços de divulgação sobre as reflexões e
as aquisições específicas, relacionadas com a
realidade individual e colectiva do grupo.
Identificar aspectos do ambiente natural e social,
relacionados com vivências e com as suas rotinas
diárias.
Elaborar mapas mentais de resposta a diferentes
situações de perigo (incêndio, sismo, inundação,
etc.).
Identificar situações de risco para a sua segurança e
facilitar a adopção de comportamentos de
prevenção e/ou de resposta a situações de
emergência.
Ter a capacidade de caracterização das estações do
ano, associando‐as a eventos específicos
(gastronómicos, culturais, etc.).
Criar áreas para as ciências experimentais na sala
de actividades.
Organizar actividades/projectos que permitam
“Conhecer o Mundo”.
Conversar ou contar histórias que transmitam
regras e valores ambientais.
Promover momentos de Educação para o Consumo,
nomeadamente através da deslocação a diversos
locais comerciais.
Reflectir, com recurso a diversos actores
(comerciantes, famílias, etc.) o papel da
comunidade local.
Promover momentos de saída da escola, com as
devidas precauções, de modo a estimular e
despertar o interesse para a descoberta do
ambiente e do contexto envolvente.
Promover momentos de educação rodoviária,
nomeadamente através da aprendizagem dos
códigos específicos (sinalização, cuidados, etc.)
Organizar actividades que levem a criança fazer
aprendizagens específicas do assunto de
descoberta.
Encarar os vários tempos da Rotina Diária como
oportunidades para as crianças planificarem
actividades e fazerem previsões.
Diferenciar os conceitos agora/logo; fazer
contagens, distribuir material; efectuar medições,
(como p. ex. registar o crescimento das plantas que
semearam).
Estar apto para reconhecer as operações que são
necessárias à resolução de problemas simples.
Demonstrar atitudes de defesa do meio ambiente
através de rotinas diárias de separação de resíduos
e outras dinâmicas ecológicas.
Humanos:
Educadores,
Auxiliares,
Outros Docentes da Escola, Famílias
(Associação de Pais), Representantes do
Comércio Local, Funcionários
institucionais (Juntas de Freguesia,
Câmara Municipal, Componente de Apoio
à Família, etc.), Agrupamento,
Acompanhantes específicos (Visitas a
Museus, a Exposições, etc.)
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Materiais:
Material escolar próprio,
Material Lúdico e Pedagógico,
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âmbito do reaproveitamento dos
recursos.
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âmbito do PAA):
22/06 - O que a Biblioteca tem…
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01/10 - Dia Nacional da Água
01/10 - Implantação da República
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Erradicação da Pobreza
18/10 - GNR – Prevenção e segurança
25/10 - Simulação de Incêndio
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Martinho
03/12 - Dia Internacional da Pessoa com
Deficiência
10/12 - Comemoração do Dia dos Direitos
Humanos (sobre Água)
17/12 - Comemoração do Natal
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  • 1. Escola Básica do 1º Ciclo com Jardim-de-infância S. Miguel Enxara do Bispo SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Agrupamento de Escolas Professor Armando Lucena Malveira
  • 2. 2 EB1+JI S. Miguel SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011
  • 3. EB1+JI S. Miguel 3 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 “Tudo o que devo saber mesmo para viver, que fazer e como ser, aprendi num Jardim Infantil. A sabedoria não estava no cume da mais alta montanha, no último ano de um curso superior, mas no recreio da minha escola. Cá estão as coisas que aprendi: Partilhar tudo com os companheiros. Respeitar as regras do Jogo. Não bater em ninguém. Guardar as coisas no sítio onde estavam. Manter sempre tudo limpo. Não mexer nas coisas dos outros. Pedir desculpa quando se magoa alguém. Lavar as mãos antes de comer. Puxar o autoclismo. Biscoitos quentes e leite frio fazem bem à saúde. Viver uma vida equilibrada: estudar, pensar, desenhar, pintar, cantar, dançar, brincar, trabalhar, fazer de tudo um pouco todos os dias. Dormir a sesta todas as tardes. E ao sair à rua ter cuidado com o trânsito, dar a mão ao companheiro e prestar atenção à professora....” Robert Fulghum “Tudo o que sei aprendi no Jardim infantil”
  • 4. 4 EB1+JI S. Miguel SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011
  • 5. EB1+JI S. Miguel 5 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Índice Índice 5 Introdução 7 Caracterização da Comunidade Escolar 9 A Freguesia da Enxara do Bispo 9 População 9 A Escola Básica do 1º Ciclo com Jardim-de-infância S. Miguel 10 As Salas do Jardim-de-infância 10 Caracterização Geral do Grupo do Pré-Escolar (Sala Amarela) 11 Perfil do grupo 12 Opções Educativas 15 Porquê Projecto? 15 O Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena 16 Definição de Prioridades Educativas 17 Justificação da temática central e da Abordagem Pedagógica 17 A Água 18 Organização do Ambiente Educativo 21 Calendário escolar 21 Funcionamento e Dinâmica da Equipa 21 Horário do Educador 22 Intencionalidade Educativa /Opções Curriculares 22 Intervenção educativa, opções metodológicas e planeamento estratégico 23 Articulação Educativa e Inovação 24 Planeamento Global 25 Avaliação 28 Considerações Finais 30 Anexos 32 Planeamento Global 33 Plano Anual de Actividades (EB1/JI S. Miguel – Enxara do Bispo) 36 Plano Anual de Actividades (EB1/JI S. Miguel – Enxara do Bispo) – Projecto de Educação para a Saúde 41 Projecto de Prolongamento 44
  • 6. 6 EB1+JI S. Miguel SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011
  • 7. EB1+JI S. Miguel 7 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Introdução A construção de um Projecto Curricular de Turma pressupõe um levantamento aturado de necessidades, uma análise reflexiva dos recursos disponíveis e uma profunda ponderação sobre as estratégias e actividades que o possam operacionalizar. Ao longo das páginas que a seguir se apresentam tentar‐se‐á promover uma efectiva exposição das dinâmicas e ideias que sustentarão e consubstanciarão as práticas pedagógicas e educativas da Sala Amarela da EB1/JI de S. Miguel, na Enxara do Bispo. Pretende‐se também, com este documento, facilitar a compreensão explícita e cabal das opções e estratégias lectivas e não lectivas que promoverão e proporcionarão a obtenção dos objectivos propostos. Far‐se‐á a explanação dos processos de construção de perfis educativos personalizados, adequados aos alunos, individualmente e como grupo. Serve também para expor e potenciar a reflexão alargada (Pais e Famílias, Comunidade, etc.) sobre as opções educativas e metodológicas e proporcionar, desse modo, a participação efectiva de todos os actores educativos na construção de um modelo educativo inclusivo e integrado. A divulgação deste documento é também um dos primordiais objectivos do próprio Projecto Curricular e, nesse sentido, ele é também vocacionado para uma fácil e alargada disseminação onde, por exemplo, a internet poderá assumir um espaço fundamental. Dividido em quatro grandes áreas: Caracterização da Comunidade Escolar; Opções Educativas; Organização do Ambiente Educativo e Avaliação, ambiciona, através de um texto que se pretende claro e clarificador de conceitos, uniformizar linguagens e contextos, de forma a permitir uma consciência colectiva interventiva e promotora de Qualidade. Que possa cumprir os seus objectivos… O Educador Henrique Santos
  • 8. 8 EB1+JI S. Miguel SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011
  • 9. EB1+JI S. Miguel 9 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Caracterização da Comunidade Escolar A Freguesia da Enxara do Bispo Dominada pela silhueta da Serra do Socorro, esta freguesia remonta os seus pergaminhos à história de Enxara dos Cavaleiros, povoação muito antiga, com foral concedido por D. Manuel I, em 20 de Novembro de 1519. Durante vários séculos foi sede de Concelho. Porém, no século XIX passou a integrar o Concelho da Azueira e, a partir de 1855, o de Mafra. A paisagem é dominada por uma ruralidade muito acentuada. É notável a riqueza do património edificado, tanto o civil como o religioso, a atestar um passado de esplendor. Na Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora da Assunção, guardam‐se algumas tábuas com pintura quinhentista de grande valor, pertencentes a um retábulo hoje desaparecido. Os azulejos da capela‐mor são setecentistas representando cenas da vida de Nossa Senhora. O baptistério, sob um arco quinhentista, apresenta no seu interior uma pia baptismal Manuelina. À Romaria da Serra do Socorro, que reúne excelentes condições para a prática de asa delta, ou da Senhora das Neves, acorre a 5 de Agosto, enorme multidão de devotos para pagar promessas com trigo junto à Ermida de N.ª Senhora do Socorro, que consta, por tradição, ter sido mesquita convertida em templo católico, por D. Afonso Henriques, e reedificada no reinado de D. Manuel. São ainda de salientar as Festas de Nossa Senhora da Assunção (15 de Agosto), na sede da Freguesia, e a de Santa Comba (6 de Janeiro), no lugar de Vila Pouca (dados recolhidos em: http://www.cmmafra.pt/concelho/enxara.asp). População A população distribui‐se pelas localidades de Enxara do Bispo, Terroal, Vila Pouca, Tourinha, S. Sebastião, Enxara dos Cavaleiros, Azenha, Ervideira, Venda das Pulgas e ainda vários casais dispersos pela Freguesia, perfazendo um total de 1643 habitantes (censo de 2001). A comunidade escolar é, no entanto, um pouco mais alargada pelo facto de a Escola ser frequentada por crianças de outras Freguesias. O número de idosos é bastante acentuado. No tocante à população activa, esta distribui‐se pelos três Sectores de actividade. No Sector Primário é a agricultura que ocupa a maioria das pessoas, com uma taxa de ocupação superior à média Nacional. Há um certo equilíbrio na distribuição da população activa entre o Sector Secundário e o Terciário, destacando‐se as profissões de operário (indústria alimentar e construção civil), motorista, profissões do ramo comercial, profissões liberais e um número mais reduzido em serviços diversos. Não se conhecem situações de extrema pobreza nem de habitabilidade indigna. Em termos de grau de instrução, a população possui maioritariamente a escolaridade obrigatória (1º, 2º e 3º Ciclos), contrastando com o reduzido número de licenciados e com ensino secundário completo. Deve ser acrescentado que estes dados, referentes apenas aos pais dos alunos, teriam valores diferentes se expressassem a totalidade da população e neste caso a média do grau de instrução baixaria com alguma relevância, dado o peso significativo da população idosa com baixa escolaridade. É curioso o número de utentes da Componente de Apoio à Família (32) entre todos os alunos da escola, explicando‐se essa fraca utilização com o número elevado de crianças que ficam, sobretudo com os avós, após o período lectivo.
  • 10. 10 EB1+JI S. Miguel SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 A Escola Básica do 1º Ciclo com Jardim-de-infância S. Miguel A Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância de S. Miguel ‐ Enxara do Bispo é um estabelecimento oficial da rede Pública, inaugurado no ano lectivo de 2008/2009, que funciona este ano com quatro salas para turmas do primeiro ciclo do ensino básico e três salas de jardim-de-infância. Está equipada com biblioteca (onde se encontram disponíveis cerca de 1000 títulos impressos e dois computadores com acesso à internet), uma sala multimédia, com 14 computadores (também com ligação à Internet); um espaço desportivo de amplas dimensões (polidesportivo) equipado com material pedagógico vocacionado para a prática desportiva de crianças até aos 12 anos; um espaço exterior de grandes dimensões equipado com alguns brinquedos de exterior; uma sala polivalente com capacidade para assegurar diversos espaços didáctico‐educativos (componente de apoio à família, prolongamento de horário, etc.) e ainda espaços para utilização diversa, de onde se destacam a sala de professores e a sala da Associação de Pais. Existe ainda um refeitório com capacidade para servir 150 refeições/dia. As dinâmicas de ocupação dos espaços lúdico‐pedagógicos são alvo de planeamento e calendarização que se apresenta mais à frente. O edifício tem uma capacidade máxima planeada de 200 alunos, distribuídos por 10 salas, ao longo de 2 pisos. Actualmente, serve 148 alunos, divididos por sete turmas. A EB1/JI de S. Miguel situa‐se num meio rural, na Freguesia da Enxara do Bispo, Concelho de Mafra, Distrito de Lisboa. Localiza‐se na periferia meridional da localidade da Enxara do Bispo e é servida pela Rua de S. Miguel, topónimo recente, rua esta situada entre a Rua Principal da Enxara do Bispo e a Estrada Municipal nº 536‐1. Tem como referência mais próxima para localização o Cruzeiro de S. Miguel (em frente). Confronta a Norte, a Sul e a Este com a Quinta da Princesa (terrenos agrícolas) e a Oeste com a Rua de S. Miguel. Os acessos fazem‐se pela Rua de S. Miguel no seguimento da Estrada Municipal 536‐1, do lado Oeste, a partir do Km 27.7 da Estrada Nacional nº 8 (Vila Franca do Rosário) ou ainda pela Rua de S. Miguel no seguimento da Rua Principal da Enxara do Bispo, do lado Norte, a partir do Km 11.1 da Estrada Nacional nº 9.2, não se podendo considerar nenhum dos acessos mais importante do que o outro. A Escola deve o seu nome ao facto de a actual Quinta da Princesa, onde foi construído o edifício, ser outrora denominada “Quinta de S. Miguel”. Até há pouco tempo, ainda era visível um quadro em azulejo, implantado no antigo muro onde se localiza a Escola, com a imagem deste Santo. Além destas referências, ainda hoje existe, mesmo em frente, o já citado Cruzeiro de S. Miguel. Foram estes dados que fundamentaram a escolha do nome EB1/JI de S. Miguel. As Salas do Jardim-de-infância As salas do Jardim-de-infância (3) são espaços agradáveis, rectangulares, com cerca de 60 m2, que dispõem de iluminação natural, em virtude da existência de amplas janelas‐porta de acesso ao espaço exterior, numa das paredes. Dispõem de espaços de arrumação adequados, água corrente (com lavatório) e acesso simplificado a casa de banho colectiva (comum às salas da mesma ala). O mobiliário foi adaptado e modelado de forma a tornar‐se adequado às idades e estaturas das crianças. O facto de ser o segundo ano de funcionamento da Sala Amarela, fundamenta a necessidade de continuar a apostar em equipamento didáctico, lúdico e pedagógico. Na Sala Amarela, e em termos de material e equipamento de desgaste, enfrentam‐se alguns problemas em virtude das poucas existências no início do ano lectivo. O pouco material de desgaste disponibilizado será complementado com base no esforço da comunidade educativa, destacando‐se a colaboração das famílias na aquisição e oferta de material. Também ao nível dos brinquedos de exterior apesar da oferta fixa e que, tendo em conta a novidade da escola, é já de bastante qualidade, será necessário aumentar a diversidade de jogos e opções em espaço de recreio livre.
  • 11. EB1+JI S. Miguel 11 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 De salientar, contudo, a disponibilidade demonstrada entre a equipa educativa no sentido de rentabilizar o material e equipamento que pertence ao fundo da escola, permitindo, dessa forma, uma maior rotação e rentabilização de equipamentos e materiais ao serviço dos alunos. Neste particular, os materiais lúdicos e pedagógicos, livros e demais equipamento para o primeiro ciclo que pode ser utilizado e rentabilizado no pré-escolar serão devidamente utilizados nas dinâmicas lectivas. Também o facto de a escola possuir espaços distintos (biblioteca, polidesportivo, etc.), devidamente equipados com material e equipamento técnico e pedagógico adaptado facilita a utilização diferenciada e motivadora para as idades dos alunos. Caracterização Geral do Grupo do Pré-Escolar (Sala Amarela) A caracterização que agora se apresenta baseia‐se nos dados recolhidos nas Fichas Biográficas distribuídas aos encarregados de educação, pais e familiares dos alunos da Sala Amarela. Contém também informação pertinente que advém da observação e das fichas de caracterização diagnóstica dos alunos, da responsabilidade do educador. Os dados aqui apresentados dizem respeito aos dezasseis alunos inscritos na turma para o ano lectivo de 2010/2011, à data de elaboração deste documento. As crianças que frequentam o Jardim-de-infância da Enxara do Bispo são, de uma forma geral, residentes na zona de incidência do estabelecimento, e, pertencem, globalmente, àquela que se convencionou, em termos económicos, chamar classe média. Dos alunos da turma 12 frequentaram anteriormente oferta educativa (nomeadamente a mesma sala de actividades) sendo que os restantes não frequentaram qualquer tipo de oferta escolar. O grupo é constituído por 16 crianças, com idades heterogéneas compreendidas entre os 3 e os 5 anos, no qual 5 crianças têm, à data deste documento, cinco anos (nascidas em 2004), 9 têm quatro anos (2003) e 2 têm cinco anos (2002). A média de idades é 4,1 anos. Existem dois irmãos na turma. Quanto ao género, 8 são do sexo feminino e 7 do sexo masculino. A grande maioria dos alunos é de nacionalidade portuguesa, existindo, contudo, dois alunos com nacionalidade brasileira. Todos os alunos residem no Concelho de Mafra. As freguesias de residência são Enxara do Bispo (10 alunos), a Vila Franca do Rosário (3) Azueira (1), Pêro Negro (1) e Malveira (1) Em relação ao número de irmãos, 1 aluno tem três irmãos, seis alunos têm um irmão e os outros nove não têm irmãos. Estes indicadores revelam, juntamente com os outros dados recolhidos (anos de residência no Concelho), a prevalência de famílias nucleares, na maior parte constituídas por pai, mãe e um ou dois filhos, residentes, maioritariamente nas imediações da escola, e com ascendência cultural ou social no Concelho. Os Encarregados de Educação são maioritariamente as Mães (14), existindo apenas dois Pais que assumem essa função. Todas as crianças que frequentam o Jardim-de-infância estão inscritas na Componente Social de Apoio à Família da Câmara Municipal de Mafra. A totalidade dos inscritos usufrui do serviço constituído por Refeição (almoço) e apenas 4 das actividades de Prolongamento de Horário, a partir das 15.30h e até às 19.00h. Na maior parte dos casos, os alunos utilizam transporte escolar (Junta de Freguesia) para chegar ao Jardim-de- infância, sendo apenas 4 os alunos que chegam à escola em transporte próprio. A partir do levantamento de dados constante nas fichas biográficas, constata‐se que o nível de formação académica dos pais (de um total de 30) é maioritariamente ao nível da formação de nível do 2º Ciclo do Ensino Básico (13), havendo 8 referências a formação ao nível do 3º Ciclo e 5 referências ao nível do 1º CEB. Apenas uma mãe possui pós-graduação. A actividade profissional dos Pais e encarregados de educação situa‐se, essencialmente ao nível dos serviços e do sector primário (com 21 referências), e, com 7 referências o desemprego e a profissão de doméstica, completam os dados disponíveis. Das referências ao tipo de vínculo à actividade profissional, apenas três referem ter vínculos definitivos (efectivo) com o emprego, sendo a maioria contratado a prazo (15 referências) Através ainda das fichas biográficas, é possível fazer um levantamento sobre as principais actividades com que os alunos ocupam o seu tempo livre. Os seus hábitos de lazer, de convívio e diversão situam‐se, sobretudo, nas
  • 12. 12 EB1+JI S. Miguel SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 actividades de expressão física e de ar livre, sendo que as actividades de calma (“leitura”, audição/prática musical, etc.) apenas são referidas por quatro encarregados de educação. Como síntese de caracterização, podemos assinalar o facto de que sendo a maioria dos alunos natural da freguesia de residência, existe uma ligação sociocultural intensa com as características da localidade, que é observada, por exemplo, nas dinâmicas e estratégias de participação das famílias na vida da escola. Por último, e numa reflexão subjectiva sobre o período de convivência prévio entre educador e alunos, tornou-se evidente o interesse manifestado pelos segundos nas actividades propostas. Perfil do grupo Apesar de ser um grupo relativamente novo (média etária de 4,1 anos), com base nos dados disponíveis e correlacionado‐os com a informação pontual e oficiosa disponibilizada por encarregados de educação e famílias, é de crer que a coesão do grupo, reforçado pelo facto de ser relativamente pequeno, potenciará o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem funcional e de pesquisa, que aumentará os espaços de desenvolvimento social e humano já observados. De forma global, o grupo é constituído por crianças alegres, bem dispostas, interessadas, que gostam de colaborar nas actividades e têm iniciativa para propor outras actividades. Têm boa relação com os adultos e têm um bom sentido de colaboração e partilha. São conversadores, embora algumas crianças revelem alguma incomodidade na partilha em grande grupo. O facto de o grupo ser heterogéneo em termos etários, com maior prevalência de crianças com 4 e 5 anos, pressupõe muita atenção do adulto educador quer ao nível do apoio directo à realização das actividades de desenvolvimento académico, quer ao nível do apoio cognitivo e social. Tendo em conta a organização e gestão do pessoal auxiliar, optar‐se‐á por dinâmicas pedagógicas que permitam um desenvolvimento mais completo das propostas educativas adequadas a estas idades e de acordo com os recursos disponíveis em cada momento lectivo. Considerando o desenvolvimento do grupo, nos aspectos que versem uma aceitação formal de regras e comportamentos de convívio social, de partilha e de valores de comunidade, será necessário desenvolver tarefas específicas de promoção e contextualização atitudinal, coerentes com o nível de desenvolvimento etário dos alunos. A frequência anterior de ofertas formais e formalizada de educação permite, por um lado, conceber a construção de uma identidade grupal definida, possibilitando a integração “educativa” dos alunos no espaço normalizado da escola. Nesse sentido, surge como uma oportunidade a possibilidade de desenvolver espaços de trabalho adequados e que respeitem a cultura e as dinâmicas sociais da escola, baseadas numa oferta de propostas educativas e pedagógicas que permitam um espaço de inovação educacional e social que potencie a transformação da Escola enquanto agente tradicional de transmissão de conhecimentos. Neste particular, a sala de actividades foi “desenhada” de forma a acolher o grupo, nas suas particularidades, mas optou-se, este ano, por “exteriorizar” algumas das actividades e áreas específicas, potenciando, dessa forma, a consciência do espaço global e os fundamentos da articulação e da continuidade educativa. As áreas de “Leitura” e de “experimentação científica” foram deslocadas para outros espaços da escola, nomeadamente a Biblioteca e a sala polivalente. Também a promoção da actividade física e o desenvolvimento psicomotor serão, maioritariamente, desenvolvidos no espaço polidesportivo da escola. Esta alteração, potencia não só a interiorização do espaço global da escola, como aumenta as possibilidades pedagógicas e didácticas. A origem cultural e social do grupo, bem como o historial de participação das famílias na vida escolar será tida em conta e poderá aumentar consideravelmente a realização dos objectivos estratégicos do Projecto Curricular de Turma. Nesse sentido, a dinamização de actividades inscritas no PAA do estabelecimento, a partir de dinâmicas específicas da Sala Amarela tentará, por essa via, tornar mais lato o espaço de influência dos alunos e do educador na “vida da escola”. Uma última referência à existência de uma criança referenciada com Hipereklepsia (com um Programa Educativo Individual (PEI) da responsabilidade do educador de turma, com apoio da Educadora do Ensino Especial e com a participação dos técnicos de apoio da APERCIM), associada a uma situação de Atraso Global de Desenvolvimento que será alvo de trabalho de inclusão educativa com o reconhecimento da necessidade de apoio ao abrigo da
  • 13. EB1+JI S. Miguel 13 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 alínea a) do número 2 do artigo 16º do do Dec.‐Lei 3/2008 (Apoio pedagógico personalizado por docente de educação especial). Esta criança permitiu ainda a redução de turma, ao abrigo da Alínea 2 do art.º 12º do Dec.‐Lei 3/2008 (Adequação da Turma) com base na alínea 5.4 do Despacho nº 14026/2007, que se mantém para este ano lectivo. Partir-se-á, no desenvolvimento deste PEI, da análise avaliativa feita no ano anterior, e no qual se demonstrou a pertinência e acuidade do tipo de apoio prestado. Com base nas informações disponíveis e de acordo com o aqui descrito, organizar‐se‐á um conjunto de respostas educativas e pedagógicas que terão a sua evidência no Projecto Curricular de Turma mas que, acima de tudo, sustentará a prática pedagógica.
  • 14. 14 EB1+JI S. Miguel SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011
  • 15. EB1+JI S. Miguel 15 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Opções Educativas “ (...) Contava o orador que, numa das suas viagens, visitou um lugar em que se estava a iniciar uma construção. Aproximou-se de um dos operários e perguntou-lhe o que estava a fazer. O operário respondeu que estava a picar uma pedra para que ficasse lisa e quadrada. De seguida, aproximando-se de um outro operário, fez-lhe a mesma pergunta, tendo este respondido que estava a preparar uns pilares que suportariam uma parede. E questionando operário após operário, estes foram-lhe dizendo em que consistia o respectivo trabalho. Quando repetiu a mesma pergunta a um outro operário, este disse-lhe que estava fazendo uma catedral. (...) De facto, o último dos operários questionados tinha uma “mentalidade” curricular (permita-se a transposição do termo por agora apenas pertencente ao campo educativo). Podíamos mesmo dizer, mesmo correndo o risco de simplificar, que os outros operários tinham uma mentalidade técnica, muito próxima do sentido rotineiro, pontual e específico.” ZABALZA, M. A. (1997) Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Edições Asa, Porto. Porquê Projecto? A palavra projecto deriva do latim “projectu” que significa lançado, relacionando‐se com o verbo latino “projectare” que se poderá traduzir por lançar para diante. A partir desta raiz latina, a palavra projecto pode ter vários sentidos: “plano para a realização de um acto; desígnio, tenção; redacção provisória de uma medida qualquer; esboço”. (Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 7ª ed., 2007). Em qualquer circunstância, podemos referir que “projecto” encerra um conceito ligado à previsão de algo a que queremos dar forma. No entanto, tal como os vários sentidos do termo, também o seu conteúdo pode ser alvo de confusões e indefinições. A elaboração de qualquer projecto pressupõe um processo que tem como referências um ponto de partida (situação que se pretende modificar), um ponto de chegada (uma ideia do que se pretende modificar) e a previsão do processo de “construção” (o “como” fazer). A realização de um projecto exige, na escola como na vida pessoal ou social, que este se precise através da elaboração de planos que estabelecem quem faz o quê, quando e quais os recursos necessários. O plano de um projecto deverá prever a quem são os intervenientes, como se organizam, as estratégias de acção a desenvolver, os recursos necessários, bem como as actividades que permitam concretizar o projecto. Dado que o projecto se centra no desenvolvimento de um processo, existem três características que o distinguem de um plano, a ver: Flexibilidade – o projecto vai‐se concretizando através de uma evolução que pode não ser inteiramente prevista. A sua flexibilidade permite a sua adaptação e adequação constante; Contexto específico de desenvolvimento – o sentido de um projecto decorre do contexto específico em que se desenvolve. O projecto tem uma dimensão temporal que articula passado, presente e futuro, num processo evolutivo que se vai construindo; Empenhamento do grupo – porque corresponde a um desejo, intenção ou interesse, o projecto é alvo de uma carga emotiva (empenhamento e compromisso do grupo) que o distingue da mera realização do plano. Se tomarmos o Currículo, em sentido lato, como aquilo que se considera que a Escola deve fazer aprender aos seus alunos, porque essa aprendizagem lhes será necessária como pessoas e cidadãos, defrontamo‐nos com a primeira das questões fundadoras do currículo e que é a seguinte: O que se julga que deve ser aprendido, e por isso, ensinado? Este o quê? Inicial não constitui, contudo, o primeiro momento na ordem lógica do processo. De facto, ao decidir‐se o quê? assumem‐se, de forma explícita ou implícita, opções de fundo quanto à justificação e finalização dessa escolha – as metas e objectivos: o para quê? A problemática da diversidade cultural e social dos alunos nas sociedades actuais constitui o ponto crítico deste debate curricular e o eixo central da mudança que estamos a viver nas relações entre a Escola e a sociedade, exactamente porque o currículo constitui a matéria substantiva da acção da Escola e é a sua justificação institucional.
  • 16. 16 EB1+JI S. Miguel SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Ou seja, existe Escola porque e enquanto se reconhece necessário garantir a passagem sistemática de um currículo – entendido como o corpo das aprendizagens socialmente reconhecidas como necessárias, sejam elas de natureza científica, pragmática, humanista, cívica, interpessoal ou outra. Desta consciência da centralidade do currículo advém a ideia de currículo como sinónimo de “conjunto articulado de normativos programáticos”, na qual reside também o entendimento – questionável – de que a escola é (era) o meio de acesso aos saberes que, tendencialmente, os programas cobriam. Embora a nível do discurso educativo se fale constantemente dos novos papéis da escola e do docente, a verdade é que esta concepção de currículo/programa continua bem instalada e muito pouco mudada nas práticas e mentalidades. Pensar a escola em termos curriculares implica repensar essa lógica e procurar novas respostas, na sociedade actual, às questões definidoras do Currículo, ou do Plano Curricular: O que se quer fazer aprender na escola? A quem? E para quê? As sociedades actuais requerem cada vez mais a melhoria do nível de educação dos seus cidadãos por um conjunto de razões: porque a competição económica o exige mas também porque a qualidade e melhoria da vida social passa cada vez mais pelo domínio de competências, incluindo competências para aprender, colaborar e conviver, pelo nível cultural geral dos indivíduos e pela sua capacidade de se integrarem numa sociedade construída sobre múltiplas diversidades. O Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena O Projecto Educativo do Agrupamento é um documento que permite aos estabelecimentos de educação/ensino compreender melhor o seu próprio funcionamento e estabelecer os princípios e as linhas orientadoras que devem enquadrar os seus projectos pedagógicos e curriculares, planos de formação e actividades, ou seja, tudo aquilo que faz com que cada estabelecimento tenha uma identidade própria, com uma autonomia enquadrada na organização do Agrupamento. O Projecto Educativo de um Agrupamento de Escolas é o documento que contempla o que se deve realizar fruto das regulamentações e exigências de política educativa nacional e de uma sociedade mais justa e democrática. É de igual modo o meio que promove a distinção de uma Escola em termos de natureza e qualidade, das suas congéneres e a forma de explicitar os melhores procedimentos para se atingir a consecução dos objectivos e metas propostas, decorrentes das problemáticas inventariadas. É através dele que espelharemos o que queremos ser, o que deveremos fazer para tornar os nossos jardins-de-infância e escolas mais eficazes e singulares e os nossos jovens mais responsáveis, autónomos, solidários e livres. Contém os mecanismos essenciais para desenvolver uma cultura de participação, de promoção do sucesso educativo e de assumir um vasto conjunto de acções que visam a formação integral das nossas crianças e jovens, quer no âmbito comunitário e ecológico, quer no psicossocial e curricular. "Educar para a Cidadania" é o título do Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena, que propõe e visa alcançar: - O pleno desenvolvimento do aluno, quer nos domínios das atitudes e dos valores, quer nas aptidões e no desenvolvimento das capacidades de aprendizagem. - A promoção da Educação para a Saúde, de maneira a favorecer o seu crescimento físico‐intelectual de uma forma equilibrada e harmoniosa, contribuindo para o aumento da auto-estima, na prevenção contra a toxicodependência desenvolvendo uma cultura de escola reconhecida pela comunidade envolvente e clarificando junto da Comunidade Educativa os objectivos sociais da Escola. - A garantia de um ambiente físico saudável, seguro e confortável, reconhecendo o papel essencial de uma higiene salubre e uma alimentação racional, vectores fundamentais no crescimento e na formação integral dos nossos jovens como futuros cidadãos. Este projecto educativo fundamenta‐se também em quatro dimensões: a primeira de âmbito institucional; a segunda, de âmbito ambiental; a terceira, de âmbito social e a última de âmbito pedagógico. A primeira dimensão visa estreitar as relações da escola com a comunidade local e com as instituições representativas dessa comunidade; A segunda visa promover um ambiente são, seguro e confortável; A terceira visa proporcionar um clima de escola estimulante e facilitador da realização das actividades educativas e da
  • 17. EB1+JI S. Miguel 17 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 promoção, junto da comunidade educativa, dos objectivos sociais da escola; A quarta e última dimensão visa melhorar a relação entre os conteúdos programáticos e a VIDA, favorecendo a coerência e a sequência, através da articulação entre os diferentes níveis de ensino e de forma a proporcionar um efectivo sucesso escolar dos alunos. Definição de Prioridades Educativas Considerando que a Educação Pré-escolar é um processo, não é necessário definir, rigorosamente, o que as crianças devem aprender. A progressão e a diferenciação das aprendizagens supõem que todas e cada uma das crianças tenham ocasião de progredir a partir do nível em que se encontra, de acordo com a sua história pessoal, competências inatas, disponibilidade e projecto pessoal. A educação Pré-escolar situa-se na continuidade de um processo que se iniciou com a família e/ou numa instituição educativa, logo, com diferentes percursos, características, origens, as crianças (e famílias) apresentam informação pertinente que deve ser gerida no sentido de promover, para o futuro, um bom plano relacional (com a família e com a criança) mas também com a comunidade. A transição de crianças entre diversos ciclos provoca também alterações a hábitos que deve ser prevenida através de um espaço de trabalho colaborativo, entre docentes da Escola, que, no caso em apreço, se posiciona como fundamental. Por último, o espaço do meio envolvente (Comunidade), que se caracteriza por ser um espaço constante de colaboração e partilha, potenciará a criação de efectivas redes de parceria que objectivem um desenvolvimento sustentado do espaço de implantação da Escola na Comunidade local, de onde se destacam necessidade de intensa colaboração a vários níveis, designadamente com instituições e empresas de zona, bem como na disponibilização de serviços e produtos por parte de algumas delas, para actividades escolares e lectivas, como no caso de cedência gratuita de transportes ou a baixo preço ou na cedência de materiais e equipamentos para actividades curriculares e extra-escolares. Pelo atrás exposto, considerar‐se‐ão prioritárias as vertentes de educação cívica e social, com base no reconhecimento e organização de um ambiente educativo potenciador de uma adequação cultural e etnológica dos alunos, na qual, paralelamente, seja possível atingir uma adequada proficiência na utilização de novos instrumentos educativos, bem como na utilização de novas linguagens e códigos, que potenciem uma verdadeira integração sócio educativa de todos os alunos. Justificação da temática central e da Abordagem Pedagógica O desenvolvimento de temas para trabalho no Jardim-de-infância relacionados com a “Educação para a Cidadania” abrangem um vasto campo de conteúdos e conhecimentos que não podem ser desenvolvidos sob a forma de “lições” cuja sucessão e continuidade são estritamente programadas à partida pelo Educador. O trabalho sobre Cidadania (onde se incluem os vários vectores) obriga a recorrer a métodos pedagógicos por objectivos que tornem operatórias as estratégias educativas. O educador deve orientar as actividades para a realização de objectivos educativos que possam atribuir significado a essas actividades. No fundo, trata‐se de promover a aquisição de comportamentos e atitudes ambientais e ecológicas através de uma metodologia em que a aprendizagem efectiva parta do conhecimento emergente que advém da experimentação e da organização intelectual, por fases, características das crianças em idade pré- escolar. Para o ano lectivo de 2010/2011, a construção dos projectos curriculares de turma das salas do Jardim de Infância de S. Miguel – Enxara do Bispo, cujo planeamento geral de actividades organizados a partir da interpretação do Plano Anual de Actividades e do Projecto Educativo tem como tema transversal “A Água” como eixo orientador e globalizador da perspectiva e estratégia pedagógica e orienta‐se para o cumprimento integral dos objectivos superiormente fixados Ao nível do Ambiente Educativo, como parâmetros de qualidade: Pretende‐se a efectiva promoção de uma plena integração dos grupos. A promoção de atendimento individualizado. O aumento dos espaços de disponibilidade para as famílias.
  • 18. 18 EB1+JI S. Miguel SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 O assegurar as competências básicas ao desenvolvimento das crianças, Ao nível da valorização um currículo integrado nas diferentes áreas de conteúdo das orientações curriculares: Quer apoiar as crianças com necessidades educativas especiais, prestando o apoio personalizado adequado à sua integração na Comunidade Escolar. Dinamizar os espaços de relação com a Comunidade, através do estabelecimento de inter-relações positivas. Aumentar a participação da comunidade educativa em Projectos e Actividades Escolares. Desenvolver actividades e projectos com relevância comunitária. Pelo exposto, o Projecto Curricular orientará a sua acção para a dinamização de actividades congruentes com a especificidade quer do nível etário dos alunos quer da estrutura da sala. Os seus objectivos globais, independentemente dos que venham a ser definidos para a abordagem a cada área do conhecimento, têm como parâmetros orientadores os seguintes: 1. Estimular a criança a conhecer‐se melhor, no seu todo, e conhecer o mundo em que vive, aprendendo a respeitá‐lo; 2. Despertar na criança a importância do Outro, das relações e das interdependências sociais e culturais; 3. Promover novas aprendizagens de forma a proporcionar à criança a tomada de consciência de que pertencemos a uma comunidade com igualdades e diferenças e com direitos e deveres. O objectivo da definição destes parâmetros orientadores é o de explorar e promover novas aprendizagens, encontrando‐se a expressão de interrogação e de tomada de consciência, de compreensão e de responsabilização, bem como as de pesquisa e certificação, como necessárias para uma cabal compreensão das realidades vividas que fundamentam a pertença a um grupo e às suas regras. Nesse sentido, e após reflexão participada, na qual tiveram papel preponderante as famílias e a Comunidade Escolar, de forma interventiva e colaborante, procurou‐se definir um conjunto de objectivos a partilhar e desenvolver por todos os intervenientes. As estratégias escolhidas, como à frente se apresentam, pressupõem um amplo conhecimento da história individual de cada criança, de cada família e cada elemento comunitário. A meta foi construir uma proposta abrangente mas suficientemente aberta. É objectivo deste projecto de trabalho, valorizar um tema que consideramos de extrema importância – A Água –, numa perspectiva de educação para a cidadania e para os valores, constituindo um referencial orientador a formação pessoal e social, como fundamentado e apresentado em sede legislativa – Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar (Despacho nº 5220/97 de 4 de Agosto) –. A Água A água cobre 71% da superfície da Terra. Na Terra, é encontrada principalmente nos oceanos. 1,6% encontra- se em aquíferos e 0,001% na atmosfera como vapor, nuvens (formadas de partículas de água sólida e líquida suspensas no ar) e precipitação. Os oceanos detêm 97% da água superficial e as calotes polares detêm 2,4%. Outros, como rios, lagos e lagoas detêm 0,6% da água do planeta. Uma pequena quantidade da água da Terra está contida dentro de organismos biológicos e de produtos manufacturados. A água na Terra move-se continuamente segundo um ciclo de evaporação e transpiração (evapotranspiração), precipitação e escoamento superficial, geralmente atingindo o mar. A evaporação e a transpiração contribuem para a precipitação sobre a terra. A água é essencial para os seres humanos e para as outras formas de vida. Ela age como reguladora de temperatura, diluidora de sólidos e transportadora de nutrientes e resíduos por entre os vários órgãos. Bebemos água para ajudar na diluição e funcionamento normal dos órgãos para em seguida ser eliminada pela urina e por evaporação nos poros, mantendo a temperatura corporal e eliminando resíduos solúveis, como sais e impurezas. As lágrimas são outro exemplo de eliminação de água. Na indústria ela desempenha o mesmo papel de diluidora, transportadora e arrefecedora nos vários processos de manufactura e transformações de bens básicos em bens comerciais. O acesso à água potável tem melhorado continuamente e substancialmente nas últimas décadas em quase toda parte do mundo. Existe uma correlação clara entre o acesso à água potável e o PIB per capita de uma
  • 19. EB1+JI S. Miguel 19 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 região. No entanto, alguns investigadores estimaram que em 2025 mais de metade da população mundial sofrerá com a falta de água potável. A água desempenha um papel importante na economia mundial, já que funciona como um solvente para uma grande variedade de substâncias químicas, além de facilitar a refrigeração industrial e no transporte. Cerca de 70% da água doce do mundo é consumida pela agricultura. No corpo humano a água é o principal constituinte (entre 70% a 75%) e sua quantidade depende de vários factores estabelecidos durante a vida do indivíduo, entre eles a idade, o sexo, a massa muscular, o aumento ou perda de peso, o tecido adiposo, e até mesmo a gravidez ou lactação. A água é um componente essencial para o bom funcionamento geral do organismo, ajudando em algumas funções vitais, tais como o controle de temperatura do corpo, por exemplo A poluição da água prejudica o seu uso, podendo atingir o homem de forma directa, pois ela é usada por este para ser bebida, higiene pessoal, lavagem de roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na irrigação agrícola. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de microrganismos patogénicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da recolha nos rios até à chegada nas residências urbanas ou rurais. (http://pt.wikipedia.org/wiki/agua) Mesmo quando a dão por garantida, os seres humanos sabem, bem no fundo das suas convicções, que +é a água quem manda. Nos últimos tempos, teremos provocado o aumento da temperatura média da terra em 0,47ºC, número aparentemente sem consequências. O mesmo não se pode dizer de outras palavras como seca; cheia, furacão, subida do nível médio da água do mar, rebentamento de diques, deslizamento de terras. A água é a face visível do clima e, portanto, das alterações climáticas. Os resultados estão à vista, à medida que o ar sobreaquecido existente sobre os oceanos gera supertempestades nunca antes vistas. A nossa civilização tem sido lenta a abandonar o mito humano da generosidade infinita da água. Recusando-nos a procurar provas do contrário, limitámo-nos a dar como garantido que ela existia. Esgotámos aquíferos e desviámos rios. Os lençóis freáticos afundam-se em países onde vive metade da população do planeta. Ora, a água é o mais importante dos bens comuns. Vezes sem conta as comunidades têm estudado os sistemas hídricos e redefinido a sua utilização de modo sensato. Alguns países têm vindo a introduzir legislação sobre os direitos da natureza nas suas Constituições, de forma a impedir que os rios e florestas se tornem bens imobiliários, permitindo a preservação do seu direito a florescer. Mas, independentemente das legislações nacionais, só através de uma educação formal e continuada, apostada em desenvolver na consciência colectiva dos cidadãos, se poderão mudar práticas e, acima de tudo, potenciar o respeito e a cultura de respeito pelos bens universais. Cabe-nos descobrir formas de sobreviver dentro das fronteiras. E é à escola que cabe dar o passo mais importante: estabelecer padrões de consciência moral. A moralidade de um acto é definida em função da condição de um sistema no momento em que esse acto é praticado Garret Hardin
  • 20. 20 EB1+JI S. Miguel SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011
  • 21. EB1+JI S. Miguel 21 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Organização do Ambiente Educativo Calendário escolar O calendário escolar, definido pelo Despacho n.º 11 120-A/2010, e aprovado em Conselho Pedagógico do Agrupamento de dois de Setembro de dois mil e dez, é o que a seguir se apresenta: Início da actividade lectiva Final da actividade lectiva 1º Período 13 de Setembro 21 de Dezembro 2º Período 3 de Janeiro 12 de Abril 3º Período 26 de Abril 5 de Julho Interrupções Lectivas Natal 23 a 30 de Dezembro Carnaval 7, 8 e 9 de Março Páscoa 15 a 21 de Abril Actividades de Escola Aberta e/ou Avaliação 1º Período 22 e 23 de Dezembro 2º Período 13 e 14 de Abril Final do ano 6, 7 e 8 de Julho Funcionamento e Dinâmica da Equipa As três salas do Jardim de Infância (Sala Amarela, Verde e Encarnada) funcionam entre as 9.00h às 12.00h e das 13.30h às 15.30h, sendo o restante horário, compreendido entre as 8.00h e as 9.00h e entre as 15.30h e as 19.00h, assegurado pela Componente de Apoio à Família, dos serviços da Câmara Municipal de Mafra. Em cada sala existe um educador de infância (neste momento, em termos de vínculo, existe uma educadora de Quadro de Agrupamento, um educador de Quadro de Zona Pedagógica e uma educadora Contratada) com o apoio complementar, neste momento, de três assistentes operacionais. O serviço de Componente de Apoio à Família assegura todo o espaço complementar de apoio socioeducativo, composto por prolongamento de horário e serviço de refeições. Para este serviço existe uma Animadora sociocultural e três assistentes operacionais. Como se trata de um estabelecimento da Rede Pública de Educação Pré-escolar, o Educador de Infância responsável por cada sala possui autonomia pedagógica, sendo, contudo, tutelado pelo Estado (Ministério da Educação), através da legislação em vigor. No que concerne à Componente de Apoio à família, apesar da responsabilidade formal ser da Câmara Municipal de Mafra, existe um trabalho de parceria entre os educadores de infância e as técnicas de animação social e pedagógica/animadoras, nomeadamente através da organização de um Projecto de Prolongamento, no qual consta a planificação conjunta de actividades e da responsabilidade, análise e avaliação de actividades e estratégias e reflexão conjunta das práticas, bem como o modelo de supervisão pedagógica da oferta complementar.
  • 22. 22 EB1+JI S. Miguel SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Horário do Educador Horas 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira 09h00 às 12h00 Tempo lectivo Tempo lectivo Tempo lectivo Tempo lectivo Tempo lectivo 12h00 às 13h30 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço 13h30 às 15h30 Tempo lectivo Tempo lectivo Tempo lectivo Tempo lectivo Tempo lectivo 15h30 às 16h30 Componente Não Lectiva Componente Não Lectiva Reuniões* *Reuniões pré‐marcadas: 1ª terça-feira de cada mês – Reunião de Departamento (2 horas) 2ª terça-feira de cada mês – Atendimento aos Encarregados de Educação (2 horas/semana) 3ª terça-feira de cada mês – Reunião de Estabelecimento (2 horas) 4ª terça-feira de cada mês – Reunião CAF; Educadores estabelecimentos; Assistentes Operacionais (2 hora) Intencionalidade Educativa /Opções Curriculares É à luz das preocupações anteriormente expostas que se compreendem as tendências no sentido de centrar as finalidades curriculares no desenvolvimento de competências que tornem utilizáveis, reconvertíveis e operativos os saberes, as técnicas e as práticas que forem integradas no currículo – quer o enunciado quer o implementado. É fundamental que um Projecto Curricular contribua para a consolidação de competências indispensáveis à vida pessoal e social, quer pela sua eficácia, como por exemplo, competências orientadas para a resolução de problemas ou para a tomada de decisões fundamentadas, quer pelo enriquecimento pessoal, como, a capacidade/competência de entender e fruir bens como a música ou a arte. Passará, por aí, o papel do currículo escolar, na promoção do nível cívico de uma sociedade, na subida de nível educativo das populações, na garantia de melhor qualidade de vida pessoal e social para todos, e não só àqueles que por razões circunstanciais nasçam e vivam com confortável acesso a uma boa qualidade de vida social e cultural. Partindo do pressuposto que a Educação é um conjunto de premissas sociais, culturais, individuais e colectivas, o projecto de trabalho a desenvolver no âmbito das actividades curriculares da Sala Amarela do Jardim de Infância da Enxara do Bispo corresponde a uma opção pedagógica consciente que objectiva um conjunto de escolhas efectuadas entre “muitos futuros possíveis; um conjunto de processos para ultrapassar obstáculos” (Khon, citado por Zabalza, 1999: p. 121) 1 . Porque não há Educação efectiva sem a colaboração, cooperação e partilha de diversos agentes, pretende‐se também, neste mesmo projecto de trabalho, potenciar o envolvimento dos parceiros educativos (pais, famílias e comunidade em geral) divulgando e generalizando os conteúdos, as estratégias, as actividades e os desígnios sobre os quais recairão o planeamento para o ano lectivo de 2009/2010, mas também levá‐los a participar activamente no desenvolvimento integrado da Escola e dos alunos, numa perspectiva de formação e envolvimento da Escola e dos seus actores. Independentemente das áreas transversais sobre as quais se fundamente a prática lectiva, bem como as rotinas diárias, far‐se‐á uma integração de conteúdos e temáticas específicas, das quais se apresentam, de seguida, as principais, e que terão respectiva delimitação na planificação semanal de actividades: ‐ No âmbito do desenvolvimento motor, a execução de actividades motoras organizadas e de educação física, devidamente calendarizadas e rotinadas, permitem que a criança adquira, progressivamente um conhecimento mais adequado e composto de utilização do seu corpo e também o reconhecimento de fronteiras físicas, sociais e culturais. A tomada de consciência do corpo enquanto veículo de comunicação é também um dos objectivos das 1 Zabalza, M. (1999) Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Lisboa. Edições Asa.
  • 23. EB1+JI S. Miguel 23 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 actividades de educação e formação motora, servindo estas ainda para a compreensão e aceitação de regras e alargamento da linguagem. A expressão motora é um meio de descoberta de si e dos outros e das interacções e inter relações sociais. Ao possibilitar a interacção com diferentes conteúdos relativos ao ser e estar sociais, bem como aos comportamentos e atitudes pessoais e colectivos, a criança toma consciência de si e dos outros e do seu papel no contexto em que vive. ‐ Também a parceria pedagógica desenvolvida com a Biblioteca Escolar permite a promoção de um conjunto de actividades e estratégias diversas na qual se fomenta a estruturação de conteúdos específicos sobre as funções da escrita, sobre o livro e a leitura, sobre a função informativa da escrita e sobre as necessidades literácitas, que foram exploradas através desta estratégia de leitura partilhada. ‐ O domínio das expressões, nomeadamente das expressões plástica e dramática, potencia o desenvolvimento de espaços de interacção e de comunicação que servem para promover o domínio da linguagem e das suas formas. ‐ Por último, o espaço multimédia, como estratégia de diversificação de formas de compreensão do real, permite a aprendizagem das diversas formas e funções, de forma motivadora e actual, logo, permitindo uma sensibilização específica ao código informático, cuja envolvência social é cada vez mais notória. Com a utilização de instrumentos "tecnológico" que servem, fundamentalmente para brincar, desenvolvem‐se competências linguísticas, motoras e de expressão, mas também se abre caminho a um conjunto de actividades e estratégias de desenvolvimento cognitivo e matemático. Através da exploração do carácter lúdico e do jogo simbólico, com recurso a "meios informáticos", aliada à exploração de conteúdos identitários, de independência e autonomia, as actividades de carácter “tecnológico” mas não directamente instrumental servem os propósitos de potenciar a área de Formação Pessoal e Social nos seus múltiplos aspectos. Por outro lado, o processo de construção/acompanhamento e execução de uma página de internet, onde se destaca o espaço de relação/cooperação interdisciplinar e com outros parceiros educativos é também um espaço de trabalho cooperativo à distância, nomeadamente através da colaboração/partilha com outros alunos, com outras escolas, com outros profissionais e com as famílias. A partir da troca de correspondência electrónica, motivaram‐se estratégias de reflexão científica, de experimentação e análise, ligadas a conteúdos ambientais, de raciocínio lógico‐matemático e de aquisição da linguagem. Intervenção educativa, opções metodológicas e planeamento estratégico Visando exclusivamente o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, os projectos pedagógicos permitem integrar um conjunto diversificado de actividades e a abordagem de diferentes áreas de conteúdo numa finalidade comum que liga os diferentes momentos de decisão, planeamento, realização, avaliação e comunicação. Apesar do planeamento educativo se desenvolver através de trabalho colectivo, na escola, com as famílias e com os parceiros, o trabalho de organização metodológica depende de uma decisão isolada do professor e da procura dos alunos. O objectivo de orientar a prática pedagógica para processos educativos mais centrados na aprendizagem dos alunos e nos seus interesses, permitindo uma articulação entre diferentes áreas e domínios do saber permite, do ponto de vista didáctico, a utilização de um modelo de Abordagem de Projecto como “um estudo em profundidade de um determinado tópico que as crianças levam a cabo” (Katz, 1997, p.3). A abordagem de projecto e com “projectos” favorece o aprofundamento e a compreensão do conhecimento do mundo em que a criança vive e das suas próprias experiências, pois, ao centrar‐se nos objectivos intelectuais faz com que o conhecimento se torne mais significativo, podendo ser realizado com qualquer tema desde que parta dos interesses das crianças. Nesse sentido, também o docente passa a ser um incentivador da interacção entre as crianças e o mundo que as cerca, enfatizando a participação activa delas. Este tipo de abordagem não é, necessariamente, a totalidade do projecto curricular, mas pode ser parte dele, podendo contudo assumir uma posição privilegiada de modo a estimular as capacidades emergentes das crianças e ajudá‐las no seu desenvolvimento. Na abordagem de projecto por haver interesse e motivação da criança há, também, um maior envolvimento. A criança pode escolher entre uma variedade de actividades que o docente oferece, que deseja realizar, e de acordo
  • 24. 24 EB1+JI S. Miguel SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 com suas possibilidades de enfrentar desafios. Nesse sentido, é importante que o professor e os alunos compreendam que a escola é vida e que as experiências escolares devem ser naturais e compartilhadas, de modo que todas as crianças delas possam participar e contribuir activamente. Às vezes a origem das experiências é inesperada, pois depende de um acontecimento ocorrido num determinado espaço e tempo, no entanto, o seu prolongar obriga a um planeamento, nomeadamente que organize as actividades que as crianças podem realizar, a aplicação das suas capacidades, a disponibilidade de recursos, o interesse do professor e o momento do ano lectivo que o projecto apareceu. É importante notar que nem todas as crianças desenvolvem os mesmos tópicos com o mesmo grau de interesse, mas pode ser muito importante a maneira como o educador apresenta a temática/projecto atraindo a atenção delas, relacionando a novidade com algo já conhecido. Esta não é a única forma de desenvolver os projectos de aula, mas certamente será uma dos mais promissoras porque atrai o interesse das crianças de modo a envolvê‐las em actividades desafiantes e motivadoras. É nesse sentido que o Projecto Curricular da Sala Amarela do Jardim‐de‐infância da Enxara do Bispo pretende disponibilizar um conjunto de pressupostos facilitadores do processo educativo com base numa perspectiva de Abordagem de Projecto e é nesta perspectiva que toda a opção estratégica do educador será construída. De seguida apresentam‐se as linhas gerais do planeamento estratégico, tentando, sempre que possível, direccioná‐lo para a apresentação das actividades realizadas, e reflectindo a sua pertinência e intencionalidade educativa. Articulação Educativa e Inovação A organização de respostas integradas, presente na definição e construção de espaços escolares com valências integradas obriga a uma reflexão sobre o papel e o dever da escola enquanto construtora de modelos de educação solidários, interdependentes e de continuidade educativa. A EB1/JI de S. Miguel, enquanto escola integrada, na qual existe também uma rede de ofertas educativas complementares (Unidade de Apoio à Multideficiência, CAF, Serviços de Psicologia etc.) posiciona‐se como um estabelecimento que, na sua génese, orienta a acção educativa para o desenvolvimento de projectos integrados e integradores. Nesse sentido, pretender‐se‐á, neste projecto, definir, também, alguns espaços de organização pedagógica integrada e em articulação, quer seja com os docentes e as actividades do primeiro ciclo do ensino básico, quer seja com os apoios complementares existentes na escola. A elaboração conjunta de um Plano Anual de Actividades, a realização de reuniões mensais de estabelecimento, a definição e execução de actividades conjuntas, devidamente coordenadas e integradas nos diversos Projectos Curriculares, bem com a gestão e participação conjunta em actividades na Comunidade Educativa pressupõem a existência de canais efectivos de comunicação que deverão ser devidamente construídos. Nesse sentido, a lógica e as dinâmicas educativas e pedagógicas orientar‐se‐ão, essencialmente, para esse espaço de partilha e solidariedade institucional, com base nas propostas efectivas de trabalho. Também o espaço de participação na comunidade, através do desenvolvimento de parcerias educativas, será alvo de atenta e constante intervenção, nomeadamente no sentido de valorizar os laços de pertença social e de desenvolvimento cultural e etnológico. Por último, uma nota para a utilização constante e coerente de instrumentos e canais de comunicação baseados em novos e renovados meios de comunicação, com especial destaque para a utilização da internet e de redes virtuais de parceria e aprendizagem. Quer no espaço pedagógico, quer no espaço de comunicação (formal e informal) far‐se‐á, ao longo do desenvolvimento do ano lectivo, um enfoque específico na utilização destes canais, potenciando quer as competências formais e académicas, quer as competências relacionais e de pertença social das crianças e adultos envolvidos, nomeadamente através da dinamização do espaço http://salamarela- enxara.blogspot.com.
  • 25. SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Planeamento Global Objectivos Gerais Objectivos Específicos Conteúdos, Estratégias e Comportamentos observáveis Outras Estratégias Possíveis É importante que cada criança: Para isso: Desta forma, no final de cada ciclo de aprendizagem, e especificamente no final do seu processo educativo na educação pré-escolar, cada criança deve: Para operacionalizar os objectivos apresentados, além das naturais dinâmicas pedagógicas e lectivas, poderão ainda ser experimentadas outras formas de potenciar novas aprendizagens. Nesse sentido propõem‐se: Tenha consciência de si e do outro. Reconheça laços de pertença social e cultural. Assuma responsabilidades. Tenha iniciativa e tome decisões. Interaja com os outros. Revela confiança nas suas capacidades. Negoceie e aceite as decisões do grupo. Se confronte com situações que a levem a reflectir o como e o porquê. Saiba escutar e esperar pela sua vez. Adopte comportamentos reveladores de emergência de valores (respeito pelo outro, aceite e ajuda os outros). Desenvolva a sua motricidade global, a acuidade auditiva, o sentido rítmico, a capacidade de cantar, dançar, tocar. Desenvolva competências de Criatividade, Representação, Comunicação e Sentido Estético Tenha capacidade de organizar, ordenar, classificar, seriar e resolver problemas lógico- matemáticos. Tenha noções de No 1º Período lectivo: Ao nível do trabalho pedagógico, dever‐se‐á envolver, entre outras, as questões ligadas à preservação dos recursos como elementos de uma comunidade de partilha. É fundamental desenvolver um conjunto de dinâmicas curriculares que possibilitem o reconhecimento das características dos recursos naturais, dos contextos sociais em que as crianças crescem e se desenvolvem e dos contributos que cada uma delas poderá dar de forma a compreender e aceitar as condições de vida que actualmente se colocam aos indivíduos. Ter a capacidade de (re)conhecer e identificar o seu contexto de vida e de relação pessoal e social. Saber comunicar e criar situações de comunicação. Saber expressar‐se graficamente com alguma destreza. Saber explorar a relação entre corpo, espaço e tempo. Conhecer e praticar as regras diárias de higiene pessoal, designadamente na sua relação com o espaço social e cultural que habita, respeitando as necessidades globais, nomeadamente através de uma cultura de sustentabilidade. Desenvolver a Inteligência Emocional de forma adequada ao contexto relacional, sabendo exprimir facial e corporalmente emoções. Associar diferentes cores, tamanhos, texturas e espessuras. Explorar técnicas plásticas/materiais para a representação de ideias e conceitos, sabendo utilizar materiais de reaproveitamento e de reciclagem. Participar em actividades de jogo simbólico. Ouvir, contar e dramatizar histórias e outros registos escritos e orais. Cantar canções. Tocar instrumentos Identificar algarismos e compreender as relações lógico‐matemáticas entre objectos. Reconhecer e identificar elementos espácio- temporais que se referem a acontecimentos e factos actuais, sabendo correlacioná‐los com acontecimentos passados. Reconhecer e utilizar, no quotidiano, unidades de referência temporal (dias, semanas, meses, etc.) Identificar espaços e respectivas funções. Actividades de organização espacial e temporal, de Realização de visitas na localidade e outros momentos de reconhecimento do espaço proximal e do contexto social da escola. Promoção dos espaços de economia local (supermercados, restaurantes, loja dos animais, etc.) como espaços de valorização cultural. Visitas a estruturas produtivas locais (hortofloricultura, bens alimentares, etc.), Dinamizar actividades de sensibilização ambiental e ecológica, com base nas tradições locais. Desenvolvimento de projectos em parceria (escola e Comunidade) que visem a formação de atitudes sustentáveis e ecologicamente conscientes.
  • 26. 26 EB1+JI S. Miguel SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Espaço/Tempo e topológicas. Controle e coordene os movimentos do seu corpo. Explore o espaço, reconhecendo e representando diferentes formas que, progressivamente, aprenderá a diferenciar e a nomear. Realize produções gráficas e utilize a expressão plástica como expressão que possibilita construir e (re) construir. Manipule os objectos no espaço e explora as suas propriedades. Revele desejo em comunicar. Use vocabulário rico e diversificado. Comunique oralmente em diferentes contextos e identifique diferentes códigos simbólicos. Utilize o computador para realizar: experiências de escrita, pesquisa de informação, trabalho de pares que implique decisão conjunta, compreenda alguma linguagem icónica e visual do software. Perceba a funcionalidade da escrita Seja capaz de se concentrar Seja capaz de utilizar diferentes meios audiovisuais. Perspective o futuro de modo a que assuma uma relação interveniente no meio em que se insere; Aprenda a aprender, organizando os seus saberes numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida; Desenvolva as suas capacidades integração e reflexão escolar e comunitária. Actividades de integração curricular. Estratégias de reflexão e promoção literácita. Actividades e estratégias de comunicação e reflexão comunicacional. Utilização de novos canais de comunicação e de inovação informacional. Actividades de valorização do Corpo Humano e da Actividade Física, com recurso aos meios disponíveis na comunidade. Organização de actividades gastronómicas e de valorização alimentar e tradicional. Organização de uma Horta Pedagógica ou um herbário. No 2º Período: Reflectir os novos desafios que se colocam ao homem e às comunidades, nomeadamente no que concerne ao esgotamento dos recursos e à necessidade de se criarem alternativas. Compreender o comportamento e a atitude humana como responsável pela evolução social e cultural das comunidades. Definir a Escola como espaço de formação de Consciência Cívica e mediadora de comportamentos. Saber utilizar os saberes do Grupo (culturais, sociais, científicos e tecnológicos) para compreender a realidade e encontrar estratégias para a resolução de situações e problemas do quotidiano; Saber usar adequadamente linguagens específicas para cada área do conhecimento; Usar correctamente a Língua Portuguesa para comunicar e para estruturar pensamento próprio, mas reconhecer a existência de outras formas de comunicação e outras línguas; Saber escolher metodologias de trabalho e de aprendizagem para alcançar os objectivos visados. Trazer os “Pais à Escola”, para desenvolvimento de dinâmicas de “esclarecimento” e aprendizagem sobre questões ambientais, ecológicas, culturais, etnológicas e sociais. Visitar locais de interesse local e comunitário. Promover espaços de reflexão e partilha sobre cultura, tradição e património. Desenvolver uma “cultura de sustentabilidade” que passe por construir espaços e tempos de reflexão ecológica e ambiental através de práticas coerentes e integradas no desenvolvimento de actividades de educação pré-escolar Compreender os valores fundamentais que sustentam as relações humanas e sociais. Reconhecer várias tipologias de relacionamento (familiares, sociais, etc.) e os comportamentos adequados à sua manutenção. Compreender a dinâmica escolar enquanto espaço formativo. Posicionar‐se, de forma consciente na dinâmica grupal de forma a aumentar o conhecimento e a consciência social. Ter consciência do poder da atitude humana (numa perspectiva cultural, social e geográfica). Reconhecer “outras” respostas aos problemas evidenciados. No 3º Período: Posicionar o Homem como Promover a valorização do património natural da comunidade através da valorização dos recursos. Visitas temáticas e locais e sítios de interesse local e patrimonial.
  • 27. EB1+JI S. Miguel 27 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 de Expressão e Comunicação através de diferentes meios de comunicação e modelos de linguagem; Se sinta como elemento de pertença a um grupo. Valorizar e exercer o respeito por nós, pelos outros, e pelo planeta em que vivemos; motor de desenvolvimento de sustentabilidade e aproveitamento de recursos. Garantir a aquisição de atitudes e comportamentos sistematizados e assimilados de sustentabilidade ecológica e humana. Desenvolver comportamentos adequados de respeito por si e pelo outro, numa perspectiva ecológica e ambiental. Descobrir e valorizar a importância de cada um para a preservação dos recursos e do património local. Identificar elementos sociais, culturais e comunitários com influência no desenvolvimento de comportamentos sociais. A capacidade de utilizar processos de organização social e cultural com vista à defesa do património local (social, humano e físico). Saber utilizar recursos naturais e humanos como fonte de promoção económica e social. Reconhecer as particularidades ecológicas e culturais. Compreender as razões de existência de diferenças e a sua relação com o comportamento humano. Caracterizar as mudanças climatéricas normais (estações), utilizando diversos indicadores resultantes da observação directa e indirecta do que nos rodeia para a compreensão das dinâmicas locais (agricultura, etc.). Observar e realizar actividades experimentais simples sobre os aspectos naturais e humanos do meio, bem como reconhecer a existência de semelhanças e diferenças entre os Seres Vivos e a sua interacção com o meio. Saber que o bem-estar humano depende de hábitos individuais de alimentação equilibrada, de higiene, de actividade física e de regras de segurança e de prevenção. Organizar o “Dia da Família”, como espaço de participação das famílias e da comunidade. Organização das dinâmicas de “História Social” como projecto de investigação etnológica. Organização de sessões de sensibilização/esclarecimento sobre dinâmicas locais. Promover momentos de articulação interciclos que prevejam a reflexão sobre hábitos e tradições locais.
  • 28. EB1+JI S. Miguel 28 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Avaliação A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa que implica procedimentos adequados à especificidade da actividade educativa no Jardim-de-infância, tendo em conta a eficácia das respostas educativas. Permitindo uma recolha sistemática de informações, a avaliação implica uma tomada de consciência da acção, sendo esta baseada num processo contínuo de análise que sustenta a adequação do processo educativo às necessidades de cada criança e do grupo, tendo em conta a sua evolução. A avaliação visa: • Apoiar o processo educativo, permitindo ajustar metodologias e recursos, de acordo com as necessidades e os interesses de cada criança e as características do grupo, de forma a melhorar as estratégias de ensino/aprendizagem; • Reflectir sobre os efeitos da acção educativa, a partir da observação de cada criança e do grupo, reconhecendo a pertinência e sentido das oportunidades educativas proporcionadas e o modo como contribuíram para o desenvolvimento de todas e de cada uma, de modo a estabelecer a progressão das aprendizagens; • Envolver a criança num processo de análise e de construção conjunta, inerente ao desenvolvimento da actividade educativa, que lhe permita, enquanto protagonista da sua própria aprendizagem, tomar consciência dos progressos e das dificuldades que vai tendo e como as vai ultrapassando; • Contribuir para a adequação das práticas, tendo por base uma recolha sistemática de informação que permita ao educador regular a actividade educativa, tomar decisões e planear a acção; • Conhecer a criança e o seu contexto, numa perspectiva holística, o que implica desenvolver processos de reflexão, partilha de informação e aferição entre os vários intervenientes – pais, equipa e outros profissionais – tendo em vista a adequação do processo educativo. O termo avaliação aqui deverá referir‐se ao leque de informação recolhida e sintetizada pelo educador, ao longo da sua prática pedagógica. A informação sobre os alunos e o desenvolvimento dos seus processos de aprendizagem será recolhida através de um conjunto de processos informais, observações, partilha e trocas verbais, mas também através de processos mais formalizados de recolha de informação, como sejam as várias fichas de caracterização e diagnóstico elaboradas pelo educador ou em uso no agrupamento. Também será importante, nos processos de avaliação, a perspectiva dos encarregados de educação e das famílias, que, de forma constante e participada, através de reuniões gerais (3), em espaços informais devidamente planeados ou mesmo através da Internet, acompanham a evolução ou continuidade dos alunos, bem como participando nos processos de planeamento de actividades e na sua avaliação. O diagnóstico processado à chegada, permite identificar as linhas de acção mais correctas no processo de evolução do grupo, na vertente normativa e de construção social, proporcionando a adequação constante dos processos pedagógicos e educativos. A mobilização e a dinamização dos diferentes intervenientes (docentes, pessoal auxiliar, componente de apoio à família, etc.) em torno de uma intenção colectiva, bem planificada e, acima de tudo, bem comunicada, de avaliação constante de estratégias e actividades, de forma constante e coerente, evidencia o esforço de articulação e integração fundamental das diversas iniciativas da Escola, permitindo um aproveitamento frutuoso em termos pedagógicos, bem como uma adaptação, em tempo real, das melhores opções educativas. Será importante, ao longo do ano lectivo, desenvolver momentos específicos de divulgação das actividades do Jardim-de-infância, nomeadamente exposições, mostras, divulgação específica de produtos produzidos, etc. Neste campo, propõem‐se, além dos espaços informais de atendimento aos pais e encarregados de educação, a ter lugar na 2ª terça-feira de cada mês entre as 15.30h e as 17.00h, ou em datas e horário a combinar, quatro reuniões colectivas, três para avaliação das actividades curriculares e lectivas (no final de cada período lectivo) e uma para apresentação e reflexão sobre o Projecto Curricular de Turma. Serão realizados registos de acção/avaliação e relatórios individuais de avaliação em cada período, cujo conhecimento/divulgação junto das famílias e encarregados de educação respeitará as definições apresentadas pelo Ministério da Educação.
  • 29. EB1+JI S. Miguel 29 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Também a utilização de meios informáticos (internet, gestão informática, etc.) potenciará a divulgação dos dados passíveis de avaliar. Do processo avaliativo produzir‐se‐ão relatórios trimestrais de acompanhamento e um relatório final de Avaliação do Projecto Curricular de Turma. De acordo com a legislação em vigor, a avaliação na Educação Pré-escolar assenta nos seguintes princípios: • Coerência entre os processos de avaliação e os princípios subjacentes à organização e gestão do currículo definidos nas OCEPE; • Utilização de técnicas e instrumentos de observação e registo diversificados; • Carácter marcadamente formativo da avaliação; Considerando que a Educação Pré-escolar é um processo que parte das experiências das crianças e das suas aquisições anteriores, a avaliação do seu desempenho está presente diariamente na sua própria evolução e na capacidade de adquirir, com maior ou menor capacidade, novos conceitos e dinâmicas de compreensão da sua realidade. Nesse sentido, é fundamental que o ambiente educativo seja organizado para que as características de cada criança sejam valorizadas e possam ser objecto de estimulação específica. A progressão e a diferenciação de situações de aprendizagem supõem que as crianças sejam capazes de transitar facilmente para novos desafios e novas propostas institucionais. A educação pré-escolar situa-se na continuidade de um processo educativo que começou quando a criança nasceu, mas deve fornecer‐lhe bases para progredir de forma continuada e ao longo da vida. O espaço de avaliação da Educação Pré-escolar é constante e contínuo e cabe ao Educador e às famílias desenvolverem, em conjunto, as competências específicas a adquirir pela criança em cada momento. Desta forma, o processo de avaliação deve ser entendido como um processo participado e colaborativo entre a criança, o educador e a família e deve devolver à prática as melhores dinâmicas e actividades de desenvolvimento pessoal de cada criança. De acordo com as definições e instrumentos definidos quer pelo Ministério da Educação (Metas de Aprendizagem, Outubro de 2010, Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, Novembro de 1997) e pelo Departamento de Educação Pré-escolar do Agrupamento de Escolas Armando Lucena, as crianças deverão, no final do ano lectivo que se inicia: Possuir conhecimentos básicos de comunicação e linguagem (nomeadamente da língua Portuguesa) e saber utilizá‐los; Compreender conteúdos/conceitos básicos do raciocínio lógico e da matemática (saber contar, saber fazer correspondências, etc.); Aplicar conhecimentos adquiridos, em novas situações; Participar no seu próprio processo de ensino‐aprendizagem; Ser responsáveis pelos seus actos; Ser autónomas e dinamizarem os seus próprios espaços de compreensão e aquisição de conhecimentos com base nas experiências vivenciadas; Respeitar os valores da sua comunidade; Relacionar‐se com o outro respeitando e compreendendo as regras e as normas de convivência social e respeitar a diferença. Pelo exposto, caberá ao educador e às famílias participarem activamente na construção de um saber formativo, o qual é definido pela capacidade de avaliar e de devolver à prática o produto dessa mesma avaliação, construindo, paralelamente, novas estratégias e desígnios de desenvolvimento educativo.
  • 30. EB1+JI S. Miguel 30 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Considerações Finais Partindo do pressuposto que a Educação é um conjunto de premissas sociais, culturais, individuais e colectivas, este Projecto Curricular corresponde ao projecto de intenções da Sala Amarela do Jardim-de-infância da EB1/JI S. Miguel, da Enxara do Bispo. Não existe Educação efectiva sem a colaboração, cooperação e partilha dos diversos agentes implicados e envolvidos na educação da criança, pelo que este documento pretende divulgar os objectivos e conteúdos sobre os quais recairão as estratégias e actividades a ser desenvolvidos no ano lectivo de 2010/2011. A necessidade do envolvimento de todos os agentes educativos (professores, famílias, comunidade em geral) não deve apenas permanecer no espaço das intenções, mas ser concretizado no dia-a-dia. É, assim, importante que “todas as vozes se façam ouvir” através de uma colaboração efectiva. O Educador, as crianças, os pais, as famílias e demais envolvidos no processo educativo devem ser capazes de coordenar as suas opções e rentabilizar os seus objectivos, através da discussão e reflexão das suas ideias, opiniões e necessidades. Ao longo deste documento apresentaram‐se variadas estratégias e sugestões de actividades, mas, mais pertinente e fundamental, é que ele se possa transformar num meio potenciador e despoletador de uma efectiva parceria educativa, organizando e orientando os envolvidos para um objectivo comum e para uma realização possível. É objectivo valorizar um tema que consideramos de extrema importância –Eu, Os Outros e o Mundo em que vivemos – como um tema mobilizador e envolvente para todos os que têm a seu cargo crianças e jovens e são, paralelamente, responsáveis por educar uma geração de cidadãos. Este projecto corresponde às necessidades das crianças e das respectivas famílias e foi delineado acreditando que contribui para aumentar a qualidade de vida da comunidade, ao mesmo tempo que define níveis de co- responsabilização educativa, pedagógica e didáctica. E porque a Educação é um conceito lato e alargado, serve também este documento para potenciar a participação, porque o direito ao envolvimento, à participação e à opinião existe e deve ser aproveitado. Esse é também o espaço da avaliação. O Educador de Infância, em Novembro de 2010 Henrique Santos
  • 31. EB1+JI S. Miguel 31 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011
  • 32. EB1+JI S. Miguel 32 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Anexos
  • 33. EB1+JI S. Miguel 33 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Planeamento Global Área Objectivos Estratégias e Actividades Recursos DESENVOLVIMENTO PESSOAL E SOCIAL - Construir uma autonomia colectiva que passe pela organização social participada em que as regras, elaboradas e negociadas entre todos, são compreendidas pelo grupo, que se compromete a aceitá‐las; - Desenvolver conceitos formais de vida em comunidade (bem/mal, certo/errado, etc.) - Fomentar o desenvolvimento de relações construtivas; - Estimular a identificação de atitudes de tolerância, compreensão e respeito pela diferença; - Promover o sentido de pertença social e cultural respeitando e valorizando outras culturas; - Relacionar-se positivamente com os outros: compreendendo a multiculturalidade, a Empatia e o Respeito pelos outros, sendo tolerante, responsável e justo; - Organizar e potenciar a criação de regras e a sua interiorização; - Ser independente relativamente aos hábitos de higiene pessoal e estados emocionais; - Participar nas actividades, de forma responsável e colaborativa; - Cooperar nas actividades correntes e constantes da sala de aula e na resolução de conflitos; - Manifestar respeito por outras culturas, tradições e opções; - Manifestar satisfação pelas suas realizações; - Reconhecer e utilizar os recursos nas diversas actividades propostas; - Ser capaz de expressar opiniões sobre características do meio, sugerindo acções concretas e viáveis que contribuam para melhorar e tornar mais atractivo o ambiente onde os alunos vivem e ter consciência dos diferentes comportamentos e atitudes; - Participar na discussão sobre a importância de procurar soluções; - Reconhecer a importância de não desperdiçar bens essenciais. - Reconhecer que os desequilíbrios podem levar ao esgotamento dos recursos. - Atribuir e assumir responsabilidades em tarefas individuais e de grupo e ser capaz de terminar tarefas. Elaborar com as crianças regras que correspondam a necessidades da vida do grupo (Higiene, Mapas de Presença, Comportamentos admissíveis, Tarefas, etc.). Registar as regras que vão sendo discutidas e avaliadas. Estimular as crianças a limparem e arrumarem o material usado durante o tempo de trabalho (ex.: lavar as mesas e os pincéis de pintura). Distribuir tarefas e responsabilizar as crianças pela sua execução. Realçar e valorizar atitudes de cumprimento das tarefas e a partilha de objectos e ideias. Estimular as crianças a brincarem juntas incentivando‐as a resolverem os seus problemas e conflitos sem recurso a atitudes violentas ou discriminatórias. Dinamizar a escuta do outro e a tolerância (ouvir o nome que as crianças dão aos seus sentimentos, expor as suas preocupações). Reunir com as crianças para organizar o trabalho e fazer também a sua avaliação (respeitar a sua vez de falar, ouvir os outros, partilhar). Conversar, ler ou contar histórias, mostrar imagens sobre conteúdos e temas importantes (educação para igualdade entre os sexos, para a integração da diferença entre culturas, etnias, educação ambiental, ecologia e biologia, etc.). Planificar actividades com base no diagnóstico de necessidades da turma, dando a vez e a voz aos elementos que advém da observação e da participação prévia dos alunos. Utilizar estratégias adequadas para que cada criança compreenda que o esgotamento de recursos pode provocar desequilíbrios no ambiente. Ensinar as crianças a pôr o lixo em recipientes próprios, incentivando‐as a separar e a reaproveitar alguns materiais. Compreender o processo de reciclagem e a sua importância Humanos: Educadores, Auxiliares, Outros Docentes da Escola, Famílias (Associação de Pais), Representantes do Comércio Local, Funcionários institucionais (Juntas de Freguesia, Câmara Municipal, Componente de Apoio à Família, etc.), Agrupamento, Acompanhantes específicos (Visitas a Museus, a Exposições, etc.) Outros. A este nível, é intenção do Sala Amarela promover e participar em diversas iniciativas de formação complementar. Materiais: Material escolar próprio, Material Lúdico e Pedagógico, Material desportivo, Material Informático, Transportes, Equipamento diverso e de desgaste, no âmbito do reaproveitamento dos recursos. Promover a selecção de resíduos na sala de aula. Datas e Dias específicos a assinalar (no âmbito do PAA): 13/09 - Abertura do Ano Lectivo 01/10 - Dia Nacional da Água 01/10 - Implantação da República 14/10 - Dia Mundial da Alimentação 15/10 - Dia Mundial da Luta pela Erradicação da Pobreza 18/10 - GNR – Prevenção e segurança 27/10 - O Croco visita a escola da Enxara do Bispo 29/10 -Dia de todos os Santos 11/11 - Comemoração do Dia de São Martinho 24/11 - Dia da Ciência 03/12 - Dia Internacional da Pessoa com Deficiência 10/12 - Comemoração do Dia dos Direitos Humanos (sobre Água) 17/12 - Comemoração do Natal 06/01 - Comemoração do Dia de Reis 14/02 - Dia de S. Valentim 04/03 - Comemoração do Carnaval 18/03 - Comemoração do Dia do Pai 21/03 - Dia da Floresta 22/03 - Dia Mundial da Água 01/04 - Semana do Livro e da Leitura 07/04 - Dia Internacional da Saúde 08/04 - Encerramento de Actividades Lectivas 29/04 - Comemoração do Dia da Mãe 09/05 - Dia da Europa 19/05 - Dia Internacional dos Museus – Museu do Mar 23/05 - Simulacro de Incêndio 01/06 - Dia Mundial da Criança 03/06 - Dia Mundial do Ambiente 07/06 - Visitas de Estudo - Museu da Electricidade 09/06 - Dia de Portugal 17/06 - Encerramento do Ano Lectivo - Dia Mundial contra a desertificação e a seca 18/06 - Festa de Final de Ano
  • 34. EB1+JI S. Miguel 34 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Área Objectivos Estratégias e Actividades Recursos EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO Comunicação Oral e Abordagem à Escrita - Criar situações de iniciativa das crianças ou do(a) educador (a), que possibilitem e desenvolvam a linguagem oral, o pensamento lógico‐matemático, e as expressões (plástica, musical, dramática, e motora) a propósito de problemas, questões ou temas em estudo, de forma a aumentar a sua capacidade de comunicação com os outros e com o mundo que as rodeia; - Usar vocabulário rico e diversificado e comunicar oralmente em diferentes contextos; - Identificar diferentes códigos simbólicos e reconhecer símbolos convencionais; - Recorrer a diferentes registos para obter informação e prazer com a leitura; - Compreender, valorizar e reproduzir a escrita como meio de registo, de transmissão; - Reconhecer e utilizar tecnologias novas e inovadoras, assim como instrumentos tecnológicos adequados à sua idade - Conhecer estratégias básicas para a pesquisa e extracção de informação. Matemática e Racíocinio‐Lógico - Reconhecer diferentes atributos e propriedades dos materiais: Cor, espessura, textura, tamanho. - Reconhecer semelhanças e diferenças, distinguindo o que pertence a cada conjunto. - Apropriar-se da noção de número. - Formar sequências que têm lógicas subjacentes. - Representar percursos através de desenhos. - Manipular os objectos no espaço e explora as suas propriedades. - Ordenar medidas capacidade. - Desenvolver noções matemáticas através da vivência de situações de descoberta, vivência do espaço e do tempo, da brincadeira espontânea ou da conversa em grupo. - Confrontar-se com situações que levem a reflectir o como e o porquê. - Saber recolher e organizar dados matemáticos e lógicos. Expressões: Dramática, Musical, Plástica e Educação Física - Saber utilizar materiais e equipamentos específicos e de forma adequada à sua função; - Utilizar, criativamente, os processos e os produtos de expressão; - Desenvolver competências de expressão e comunicação. - Pintar, desenhar, escrever, tocar, ouvir, utilizar o espaço, e interagir com o espaço, de forma a maximizar a compreensão e o desenvolvimento cognitivo específico da idade. - Valorizar a expressão musical como linguagem universal de comunicação. - Dominar competências motoras que permitam a utilização consciente de instrumentos específicos da comunicação, - Articular a linguagem com o movimento físico, através de canções ou jogos com acção motora, dramatizações e representações plásticas e gráficas. - Elaborar registos escritos e grafo‐visuais como cartazes, cartas, folhetos e outros. - Utilizar esquemas institucionais e comunicativos próprios (Correios, Internet, etc.) como fundamento de relações de comunicação à distância. - Utilizar meios audiovisuais específicos para promover o espírito crítico e a capacidade analítica para o entendimento do real. Estar familiarizado com o vocabulário e as estruturas gramaticais de variedades do Português e conhecimento de chaves linguísticas e não linguísticas para a identificação de objectivos comunicativos através de narrações e outras actividades literácitas. Descobrir o livro e outros tipos de estruturas de escrita na sala e na Biblioteca. Utilizar a numeração e as operações de maneira flexível para alargar o campo de experiências da criança através da organização de áreas pedagógicas com materiais específicos de cada um dos domínios disciplinares, valorizando a reciclagem e o reaproveitamento. Ser capaz de se exprimir de forma clara e audível com adequação ao contexto e ao objectivo comunicativo, utilizando vários processos e materiais. Estudar um animal/planta (como é e como vive, de que se alimenta, qual o Ciclo de Vida). Descobrir a comunidade (lojas, profissões, produtos, serviços da comunidade, etc.) através de visitas estruturadas. Saber expressar-se em actividades e estratégias comunicacionais, e em diversos formatos (internet, jornal, etc.) Utilizar vários formatos de escrita, inclusive com utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (blogue, mensagens, etc.) Reconhecer sinais gráficos e outros códigos (Segurança rodoviária e outros) Produzir e explorar sons e ritmos. Identificar características de sons Interiorizar fragmentos de sons e ser capaz de os reproduzir em jogos musicais através de espaços de audição activa. Imitar e recriar experiências do quotidiano usando a imaginação, com recurso às áreas da sala. Utilizar vários recursos para se exprimir e aprender a desinibir-se através de acções expressivas e dramáticas. Adquirir maior destreza motora através da realização de actividades orientadas no espaço de expressão motora. Humanos: Educadores, Auxiliares, Outros Docentes da Escola, Famílias (Associação de Pais), Representantes do Comércio Local, Funcionários institucionais (Juntas de Freguesia, Câmara Municipal, Componente de Apoio à Família, etc.), Agrupamento, Acompanhantes específicos (Visitas a Museus, a Exposições, etc.) Outros. Materiais: Material escolar próprio, Material Lúdico e Pedagógico, Material desportivo, Material Informático, Transportes, Equipamento diverso e de desgaste, no âmbito do reaproveitamento dos recursos. Datas e Dias específicos a assinalar (no âmbito do PAA): 22/06 - O que a Biblioteca tem… 15/06 - Brincar com as Ciências 01/10 - Dia Nacional da Água 01/10 - Implantação da República Até 31/10 - Projecto Ler + para Vencer 14/10 - Dia Mundial da Alimentação Até 05/07 - Hora de Ouvir, Hora de Contar 25/10 - Simulação de Incêndio Até 30/06 - Projecto Vai e Vem 30/11 - Vamos pesquisar informação (Catálogo da BE online) 24/11 - Dia da Ciência 10/12 - Comemoração do Dia dos Direitos Humanos (sobre Água) 17/12 - Comemoração do Natal 14/02 - Dia de S. Valentim 04/03 - Comemoração do Carnaval 18/03 - Comemoração do Dia do Pai 21/03 - Dia da Floresta 22/03 - Dia Mundial da Água Até 01/04 - Semana do Livro e da Leitura 29/04 - Comemoração do Dia da Mãe 09/05 - Dia da Europa 19/05 - Dia Internacional dos Museus – Museu do Mar 01/06 - Dia Mundial da Criança 03/06 - Dia Mundial do Ambiente
  • 35. EB1+JI S. Miguel 35 SSaallaa AAmmaarreellaa Projecto Curricular de Turma 2010/2011 Área Objectivos Estratégias e Actividades Recursos CONHECIMENTO DO MUNDO - Estimular e desenvolver a curiosidade da criança, confrontando‐a com situações de descoberta e de exploração do espaço que a rodeia. - Promover espaços de Promoção da Saúde. - Fomentar na criança uma atitude científica experimental; - Saber aproveitar os momentos concedidos pela acção diária de relacionamento pessoal, tendo sempre em conta os pressupostos das relações humanas; - Fomentar a adequação de comportamentos saudáveis através de esquemas lúdicos e didácticos: - Reconhecer e identificar elementos espácio-temporais que se referem a acontecimentos, a factos, a marcas da história pessoal e familiar e da história local e nacional; - Reconhecer e utilizar elementos que permitem situar‐se no lugar onde vive. - Ter a capacidade de comparar, localizar e conhecer as dimensões e limites de diferentes de espaços; - Reconhecer e valorizar expressões do património histórico e cultural; - Criar actividades relacionadas com os processos de aprender; - Desenvolver competências de investigação e sensibilização científica; - Promover atitudes de respeito e preservação do meio ambiente; - Desenvolver competências de Auto‐segurança e Gestão do Perigo; - Colaborar em actividades investigativas e registar a informação trabalhada; - Participar em actividades de iniciação ao processo de investigação e descoberta. - Compreender a utilidade e recorrer a diferentes tipos de materiais e utensílios. - Saber relatar e reflectir sobre acontecimentos; - Adoptar comportamentos de prevenção de risco; Promover espaços de observação e contextualização científica, nomeadamente organizando registos, sintetizando informação e elaborando conceitos a partir da realidade observada. Elaborar espaços de divulgação sobre as reflexões e as aquisições específicas, relacionadas com a realidade individual e colectiva do grupo. Identificar aspectos do ambiente natural e social, relacionados com vivências e com as suas rotinas diárias. Elaborar mapas mentais de resposta a diferentes situações de perigo (incêndio, sismo, inundação, etc.). Identificar situações de risco para a sua segurança e facilitar a adopção de comportamentos de prevenção e/ou de resposta a situações de emergência. Ter a capacidade de caracterização das estações do ano, associando‐as a eventos específicos (gastronómicos, culturais, etc.). Criar áreas para as ciências experimentais na sala de actividades. Organizar actividades/projectos que permitam “Conhecer o Mundo”. Conversar ou contar histórias que transmitam regras e valores ambientais. Promover momentos de Educação para o Consumo, nomeadamente através da deslocação a diversos locais comerciais. Reflectir, com recurso a diversos actores (comerciantes, famílias, etc.) o papel da comunidade local. Promover momentos de saída da escola, com as devidas precauções, de modo a estimular e despertar o interesse para a descoberta do ambiente e do contexto envolvente. Promover momentos de educação rodoviária, nomeadamente através da aprendizagem dos códigos específicos (sinalização, cuidados, etc.) Organizar actividades que levem a criança fazer aprendizagens específicas do assunto de descoberta. Encarar os vários tempos da Rotina Diária como oportunidades para as crianças planificarem actividades e fazerem previsões. Diferenciar os conceitos agora/logo; fazer contagens, distribuir material; efectuar medições, (como p. ex. registar o crescimento das plantas que semearam). Estar apto para reconhecer as operações que são necessárias à resolução de problemas simples. Demonstrar atitudes de defesa do meio ambiente através de rotinas diárias de separação de resíduos e outras dinâmicas ecológicas. Humanos: Educadores, Auxiliares, Outros Docentes da Escola, Famílias (Associação de Pais), Representantes do Comércio Local, Funcionários institucionais (Juntas de Freguesia, Câmara Municipal, Componente de Apoio à Família, etc.), Agrupamento, Acompanhantes específicos (Visitas a Museus, a Exposições, etc.) Outros. Materiais: Material escolar próprio, Material Lúdico e Pedagógico, Material desportivo, Material Informático, Transportes, Equipamento diverso e de desgaste, no âmbito do reaproveitamento dos recursos. Datas e Dias específicos a assinalar (no âmbito do PAA): 22/06 - O que a Biblioteca tem… 15/06 - Brincar com as Ciências 01/10 - Dia Nacional da Água 01/10 - Implantação da República 14/10 - Dia Mundial da Alimentação 15/10 - Dia Mundial da Luta pela Erradicação da Pobreza 18/10 - GNR – Prevenção e segurança 25/10 - Simulação de Incêndio 29/10 - Dia de todos os Santos 11/11 - Comemoração do Dia de São Martinho 03/12 - Dia Internacional da Pessoa com Deficiência 10/12 - Comemoração do Dia dos Direitos Humanos (sobre Água) 17/12 - Comemoração do Natal 04/03 - Comemoração do Carnaval 21/03 - Dia da Floresta 22/03 - Dia Mundial da Água 07/04 - Dia Internacional da Saúde 09/05 - Dia da Europa 23/05 - Simulacro de Incêndio 03/06 - Dia Mundial do Ambiente 09/06 - Dia de Portugal 17/06 - Encerramento do Ano Lectivo - Dia Mundial contra a desertificação e a seca