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OFICINA JORNAL ESCOLAR: UMA NATURAL ESSÊNCIA QUE NOS DESPERTA
Em doces manhãs,
nas quais poderíamos estar em casa,
achando nossos sonhos e os dos demais,
superficiais.
Somos audaciosos, concretos
e nos transformamos em cada gesto
Nós estávamos inconcretos,
Mas nossas ideologias
estavam bem mais do que certas.
Notícias puras,
Fatos concretos,
Somos imparciais...
Em nossos projetos.
Tivemos medo no início
(Confessamos...)
Mas o que perdura, sempre é o que mais marca.
A natural essência
Que nos desperta,
É como o grito calado
- que hoje -
Tem espaço.
Mas na verdade
O que nos favorece,
É saber que o nosso esforço
Atingiu o público,
E que no fundo: “algo nos apetece”.
Ana Carol Lima, Oficina Jornal Escolar, 1º B, Vespertino.
Linha do tempo E.O.B - 2013
Aconteceu na escola:
 10/06/2013 - “I MOSTRA PARTES
DE MIM, PARTE DE NÓS”
 20 E 21/06/2013 - FESTEJOS JUNI-
NOS DO E.O.B;
 10/08/2013 - CULMINÂNCIAS DO I
CICLO DE OFICINAS DOS PROGRA-
MAS MAIS EDUCAÇÃO E ENSINO
MÉDIO INOVADOR (PROEMI);
 30 E 31/08/2013 - Ciclo de pales-
tras e/ou apresentações do Ensi-
no Normal Médio ;
 16/08/2013 - Celebração dos 120
anos de José Aras;
 22/08/2013 - Visita Técnica dos
alunos do PROEMI;
 20, 21 e 22/11/2013 -
 IV Feira do Conhecimento: O (en)
canto das águas.
Confira, curta e indique a fanpage do jornal: Páginas do E.O.B (paginaseob@hotmail.com) - coberturas completas, fotos e vídeos dos eventos E.O.B.
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Editorial - Apresentar resultados se assemelha ao ato de saborear o gosto da fruta, que um dia fora semente...
Apresentar resultados é semelhante ao ato da semeadura. Jogam-se as sementes com o objetivo de que elas possam florescer. Em
seguida, cultiva-se o solo e regam-se as sementes com o intuito de que elas passem a arbustos e, depois, à árvores - prontas para frutifi-
carem. Por fim, prova-se do fruto que um dia fora semente.
Assim sendo, o Jornal Escolar “Páginas do E.O.B, em sua primeira edição, sugere a metáfora acima para representar os resultados de
sua caminhada inicial. Certos de que a semeadura continua, a fim de que o “prazer” de se saborear bons frutos jamais se encerre.
Aproveite e boa leitura! Equipe do Jornal Escolar – Páginas do E.O.B .
Jornal Escolar
Ano 1 - Volume 1, nº 02/2013
Tiragem 500
Euclides da Cunha, BA - 07 de Dezembro de 2013.
Galeria de fotos das coberturas realizadas pelo Jornal: Eventos do
E.O.B -
IVFEIRADOCONHECIMENTODOE.O.B:“O(EN)CANTODASÁGUAS” Página
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Matéria de capa - Inovações no Ensino Médio: O que nós, alunos,
pensamos sobre a Avaliação integrada?*
Implantada no ano de 2012, no Educandário
Oliveira Brito, sob a direção do então falecido
Prof. Marco Antônio Santana Carneiro, a avalia-
ção integrada tem sido alvo de várias discus-
sões entre o segmento discente, a saber: Seria
este, o instrumento mais viável para se avaliar o
aprendizado construído pelo aluno, a cada uni-
dade letiva? E, por quais razões, alguns estu-
dantes obtêm um baixo rendimento em tal pro-
cesso avaliativo? Como se sabe, tudo que é
novo e que foge ao habitual gera algum tipo de
estranhamento e requer tempo para que melhor
possa ser avaliado. Sendo assim, a equipe do
jornal escolar “Páginas do E.O.B” parte desse
pressuposto e de outras indagações que rondam
a avaliação integrada para buscar possíveis
respostas para o impasse em evidência.
Como dito, a avaliação integrada passa a
fazer parte da realidade escolar do E.O.B no ano
letivo de 2012 e surge como uma proposta de
melhor unificar os conteúdos didáticos trabalha-
dos pelos professores (previamente estabeleci-
dos no plano de curso, elaborado coletivamente
pelos docentes de áreas afins), mas, principal-
mente com o objetivo de se enquadrar às novas
demandas sociais, da Era da Informação e do
Conhecimento. Isto, devido à estrutura/modelo
que a prova segue, similar ao adotado em pro-
cessos seletivos de várias ordens, como: o
ENEM, vestibulares, provas para concursos etc.
Sendo assim, a equipe do jornal se pautou
em dados obtidos por meio de uma enquete e
em conversas informais, realizadas com os
alunos, dos três turnos, da instituição, bem como
no olhar de cada um dos integrantes que com-
põem o “Páginas do E.O.B”, com o intuito de
melhor entender a visão do alunado sobre a
avaliação integrada, nessa escola.
Dessa forma, no dia 18 de setembro, do
corrente ano, foi realizada - nos turnos matutino,
vespertino e noturno - uma enquete com os
alunos do E.O.B, com a seguinte reflexão:
“Apresente a sua opinião acerca da avaliação
integrada, aplicada no E.O.B” e, as seguintes
alternativas: 1) Concorda / considera uma pro-
posta positiva; 2) discorda /não considera uma
proposta interessante; e, 3) nem a favor, nem
contra/ prefere não opinar. Nesta enquete, 802
alunos votaram, sendo 332 a favor, 275 contra,
188 não opinaram e, 7 votaram nulo.
Dentre os pontos positivos associados à
avaliação, os mais citados foram: a semelhança
com os processos seletivos usuais em nossa
sociedade (ENEM, vestibulares, provas para
concursos etc.); o trabalho com aptidões como:
raciocínio lógico, interpretação, compreensão de
conceitos e de informações de forma não frag-
mentada, já que os dados são contextualizados;
favorece o rendimento parcial em alguns compo-
nentes curriculares; evita as famosas “colas e
pescas”; estimula o aluno a estudar, já que, a
cada quesito, faz-se necessário identificar a
resposta correta, dentre as cinco alternativas
apresentadas; e mudanças de percepção sobre
a “prova” -sensações como medo e ansiedade,
geralmente associadas às avaliações, estão
sendo desconstruídas a partir deste instrumento
avaliativo.
No que se refere aos pontos negativos, os
alunos apontaram fatores como: falta de sintonia,
em alguns casos, entre o que é trabalhado em
sala de aula e o que, de fato, é abordado na
avaliação; o fato de alguns conteúdos que caem
na prova - específicos de uma determinada série
- serem trabalhados em algumas turmas e em
outras não; a quantidade de componentes curri-
culares reunidos em uma única avaliação, já que
a prova é organizada por área do conhecimento
o que causa certo desconforto ao aluno e, por
conseguinte, baixo desempenho); e a falta de
interesse de alguns estudantes, que acabam
atribuindo outros direcionamentos à avaliação,
ao assinalarem as alternativas dos quesitos de
forma aleatória, além de não estudarem para tal
momento Diante do exposto, com base na pes-
quisa, conversas informais com os alunos e
discussões entre os componentes do “Páginas
do E.O.B”, a equipe nota que, dentro do contexto
de avaliações, tal instrumento avaliativo não é
a única solução, tampouco um problema. Verifi-
ca, sim, que se faz necessário trabalhar para
se resolver os aspectos que foram apontados
como impasses para uma melhor aplicabilida-
de/eficiência desta proposta, assim como se
reconhecer mais as potencialidades deste
recurso, para fins de que toda comunidade
escolar possa ganhar, em termos de conheci-
mento e de aprendizado.
*Mariana Souza e Tayná Gonsalves, Oficina
Jornal Escolar, 2ªA - Matutino. (O texto rece-
beu contribuições da equipe geral do Jornal
Escolar Páginas do E.O.B).
EXPEDIENTE DO JORNAL ESCOLAR “PÁGINAS
DO E.O.B”
Educandário Oliveira Brito. Instituição Pública e
Estadual de Ensino em funcionamento (Resolução
C.E.E. 026/97 – Parecer C.E.E. 052/97 – D.O.
11/07/97). Entidade mantenedora: Secretaria de
Educação da Bahia em convênio com a Prefeitura
Municipal de Euclides da Cunha – BA. Endereço:
Rua Joaquim Santana Lima, nº 101, Euclides da
Cunha - Bahia.
Jornal escolar, Páginas do E.O.B, ano 1, volume 1,
edição dezembro/2013 – Oficina Jornal Escolar,
Programa Mais Educação, Professora: Andressa S.
de Oliveira.
Equipe do Jornal Escolar:
Professora responsável e reguladora geral do
jornal: Andressa Oliveira.
Editores, redatores e repórteres:
Ana Carolina Lima, Daniel Ferreira, David Santos,
Elvira Oliveira, Eugenio Miranda, Gean Santos,
Mariana Souza, Matheus Moura, Rebeca Amorim,
Rayane Andrade, Rebeca Amorim, Renata Massê-
nio, Tayná Gonsalves e Tamires Silva.
Fotografia: Daniel Ferreira, David Santos,
Gean Santos, José Mário Filho, Renata Mas-
sênio e Tamires Silva.
Filmagem: Daniel Ferreira, Eugênio Miranda e
Matheus Moura.
Diagramação: Equipe do jornal escolar.
Nosso jornal dá direito de resposta, assim como
recebe críticas e sugestões, por meio do seguinte
meio de contato:
e-mail: paginaseob@hotmail.com
Página
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Intercâmbio Jornal Escolar Páginas do E.O.B:
Textos selecionados para publicação...
ABISMOS DE FLORES
Você me atirou em um abismo
Repleto de cores e flores,
Perdida e pensamentos,
Perdida em amores.
Foi você
quem me iludiu com gestos,
me instigou com sorrisos,
me apaixonou com olhares.
E agora, o que eu faço sem você?
Neste funeral de flores
Que você me atirou
Só o cheiro de rosas mortas me atrai.
Caio neste abismo
Como em um pesadelo sem fim.
Minha vida se torna escassa
Sem você
E a sua, tão triste sem mim.
Ambos chorando escondidos,
Sem nunca demonstrar
Que estamos feridos
Com a dor de amar.
(Hatalias dos Santos, 2ºA, Matutino).
MAIS UMA VEZ
Várias voltas e
Já não sei dizer
Se vou ou não vou?
Várias voltas e
Várias vezes, negando-te.
Várias voltas
E, mais uma vez, amo-te.
Várias voltas,
Mais e mais vezes
Voltando... Girando...Amando...
Vou ou não vou?
Giro ou não giro?
Amo ou não amo?
Já não sei mais dizer
Se giro? Se volto? Se amo?
E mais uma vez,
Pego-me pensando,
Pego-me sonhando,
Só mais uma vez..
(Hatalias dos Santos, 2ºA, Matutino).
PALAVRAS DE ENCANTAMENTO...
Brinque amando, mas nunca ame brincando. Nunca julgue um amor futuro pelo sofrimento de um passado. Nunca troque o que mais quer na vida por
aquilo que mais quer no momento. Momentos passam, a vida continua. Ciúme é querer manter o que se tem; cobiça é querer o que não se tem. Não
precisa chorar de arrependimento pelas besteiras consumadas, às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida e se torna o nosso destino.
Segunda-feira dá uma preguiça né?... mas não posso reclamar, é mais um dia que Deus me dá.
(Ednaldo Barboza e Mariana Souza - 2ºB, Matutino).
Vidas Vazias (Marionetes)
Milhares de pessoas...
Milhões de segundos...
Bilhões de vidas...
Todas vazias!
Caminho sozinha,
Mas perco-me contigo...
Seu olhar me hipnotiza,
Mas minha vida vazia continua sem motivo.
Tudo e todos,
Seres com vidas -
Vidas vazias.
Como mortos vivos,
Seguem suas vidas...
Vidas Mortas!
Vidas Vazias!
As marionetes ao meu redor
Se mantem controladas por títere e
Iludidas por seus próprios pensamentos.
Meus pensamentos
Envolvem-se apenas em agonia,
Neste mundo podre,
Repleto de bonifrates,
Sem vidas,
Mortos pelo acaso.
(Hatalias dos Santos, 2ºA, Matutino).
POR QUE MULHER NÃO PODE? CANSEI DESSE CHAVÃO...
Há pouco tempo, nunca se ouviria que uma mulher era policial, pedreira, marechal,
prefeita ou, até mesmo, presidenta. Voltando um pouco mais na História, jamais poderia
se admitir que uma mulher trabalhasse fora de casa, seu dever era apenas a casa, a
cozinha, os filhos e o marido. Retrocedendo ainda mais, não podiam escolher sequer o
homem com quem iriam passar o resto de suas vidas.
Atualmente, porém, a situação da mulher parece estar bem diferente, elas estão à
frente de quase tudo e, paulatinamente, vêm conquistando seu devido reconhecimento.
Mas será que tudo acabou? Não. O preconceito com relação à capacidade feminina e a
realidade em que vive a mulher – nos dias atuais - ainda não é considerada por muitos
em nossa sociedade.
Se por um lado, mandam bandeirinhas no futebol esfregarem a barriga no fogão, por
outro nos deparamos com “juízas”, "pedreiras?!" E nos autoquestionamos, com susto e
com assombro em pleno século XXI. Mais do que nunca, precisamos acordar! Repensar
nossos valores, reciclar nossas ideias. Elas já provaram que são capazes e conquistaram seu espaço na política, no mercado de trabalho, dentre outros.
Então, vamos acabar com essas ideias ultrapassadas no que tange à classe feminina, firmadas na ignorância do machismo exagerado, e va-
mos reconhecer a sua importância social. Afinal, se nos deparamos com mulheres policias, prefeitas, sargentas, presidentas é porque elas são capazes e
já conquistaram sua independência. Portanto, a única coisa que a mulher – nem o restante da população - não pode é: Pensar que não pode!
(Matheus Moura, Oficina Jornal Escolar, 1º E, Matutino).
Reflexões Jornal Escolar Páginas do E.O.B:
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A GERAÇÃO TODDYNHO RUMO À EVOLUÇÃO*
Nos dias atuais, o Brasil vive um novo momento de revolução,
momento este, de reivindicação de direitos, os quais embora
sejam estabelecidos por leis, não abrangem a todos os
cidadãos de maneira igualitária. “A revolta dos R$ 0,20
centavos - iniciada com o Movimento Passe Livre, em
junho/2013 - não é apenas pelos R$ 0,20 centavos”, grita o
povo em meio a praças públicas brasileiras.
Direitos ao livre pensar e a liberdade de expressão é o que o
povo quer. E os conflitos nas diversas capitais do país, faz com
que os jovens se vejam em meio a uma “nova ditadura”. Hoje, o
Brasil vive sob um regime político democrático, porém, aqueles
que apoiam a luta e que estão presentes nas ruas, dizem que
tudo isso é
lamentável. “O Brasil,
uma democracia?!
Vivemos em meio a
uma Ditadura
disfarçada de
Democracia”, afirmam
aqueles que integram
os movimentos
populares no país.
Atualmente, o que
se observa não é o mesmo Brasil. No momento, as
manifestações e/ou as marchas não são mais as mesmas de
tempos atrás, como a marcha da maconha, a parada gay, a
marcha das vadias, dentre outras. Hoje, vemos manifestações,
a favor de direitos válidos a toda nação brasileira.
Grande parte dos manifestantes sabe pelo que lutam e
conhecem seus direitos, enquanto cidadãos. Uma boa
justificativa de suas reinvindicações, até então, são as cinco
causas pelas quais lutam: 1°Não a PEC 37; 2º saída imediata
de Renan Calheiros do Congresso Nacional; 3º Imediata
investigação de irregularidades nas obras da Copa do Mundo
pela Polícia Federal e Ministério Público Federal; 4º Lei que
torne a corrupção no Congresso, crime hediondo; 5º Fim do
fórum privilegiado.
As manifestações não estão apenas nas ruas, mas
principalmente nas redes sociais, espaço no qual, jovens
reivindicam direitos elementares a uma sociedade mais justa,
como educação, saúde e segurança. Muitas delas abordadas
pelos anonymous, em seus vídeos polêmicos lançados nas
redes sociais.
De certo, todas essas manifestações e reivindicações
mostram uma sociedade que por muito tempo estava
adormecida. Mas, agora, o gigante acordou, a “geração
toddynho, a nova Geração Coca-Cola” verás que um filho seu
não foge a luta! Grito de guerra de quem apoia as
reivindicações!
(Eugênio Miranda, Oficina Jornal Escolar, 2º B, Matutino).
* Texto redigido, logo após a eclosão das manifestações.
BULLYING CAMUFLADO ENTRE AS PAREDES DA ESCOLA
O bullying é um termo em inglês utilizado para denominar
formas e atitudes agressivas – físicas, verbais e/ou psicológi-
cas -, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivos
evidentes e são praticadas por um ou mais indivíduos, os quais
têm como objetivo principal intimidar e/ou agredir outra pessoa.
O bullying é, sem dúvidas, um problema mundial e possível de
ser encontrado em qualquer escola.
Quem o pratica não faz ideia do quanto faz mal a sua vitima e o quanto esse ato
atinge o psicológico e a vida social e pessoal do indivíduo que sofre - geralmente crian-
ças e adolescentes em ambiente escolar. As vitimas do bullying, na maioria dos casos,
são jovens tímidos e inseguros que por medo acabam se distanciando da escola, dos
amigos e dos familiares.
Tal problema, porém pode e deve ser evitado, desde que haja cooperação, diálogo e
um olhar mais atento, por parte da família, escola e amigos, os quais podem identificar
a situação, ao perceber qualquer tipo de alteração no comportamento do adolescente.
Após a identificação de um caso de bullying, cabe a família, a escola e aos amigos
ajudarem a vítima a superar o sofrimento, aumentando a sua autoestima e contribuindo
para que os infratores sejam identificados e punidos, de forma justa, a fim de que esta
prática não venha a se repetir ou se torne mais uma banalidade no contexto social.
Portanto, fica a dica: antes de praticar bullying, pense e reflita. Avalie que, ao invés
do outro, poderia ser você, a vítima. E se, por acaso, ver alguém praticando esse ato,
denuncie! (Tamires Silva, Oficina Jornal Escolar, 1º E, Matutino).
Oficina de produção: Jornal Escolar Páginas do E.O.B
INTERCÂMBIO JORNAL ESCOLAR: PÁGINAS DO E.O.B
Enquanto correspondente do Jornal Escolar Páginas do E.O.B, fui a São Paulo durante o período mais crítico das manifestações que se iniciaram
em junho de 2013, com o Movimento Passe Livre. Lá pude sentir a pressão das manifestações e a violência que foram fatores extremamente distintos.
A princípio estive voltado a acreditar que as manifestações só causaram violência por muito pouco (0,20 centavos), mas ao analisar a situação com
mais cautela, notei que tal valor correspondia apenas a “gota d’água” para a população “abrir a boca e soltar o que estava engasgado há muito tempo
na garganta dos brasileiros”.
Além disso, percebi que a violência não partia dos manifestantes engajados com uma proposta de mudança social, mas, na realidade, de
“indivíduos” que aproveitaram as aglomerações para praticar atos de vandalismo e bandidagem, denegrindo os reais objetivos do movimento - atos
estes que causaram as ações policiais, tão polemizadas e criticadas.
Foram destruídos trens, postos policiais, várias lojas, bancos e o patrimônio público em geral foram pichados e saqueados. Próximo às manifestações era possível
ver as nuvens de gás das bombas da polícia, a qual não agiu mal em relação aos vândalos, os quais só causaram baderna, modificando totalmente os rumos do inicial Movi-
mento Passe Livre. Quanto aos que alguns chamam de “violência policial”, prefiro denominá-la como um mecanismo que busca manter a ordem que não pode ser infligida no
âmbito social. (Matheus Moura, Oficina Jornal Escolar, 1º E, Matutino).
NA MODA DO PLÁGIO, ALUNOS PERDEM UMA GRANDE OPORTUNIDADE
Em síntese, plágio é o termo adotado para nomear todas as
ações em que há a “apropriação” de materiais alheios, ou seja,
que pertencem a outrem, sem se identificar o autor/criador,
sendo, por isso, caracterizado como crime. Exemplo: quando
produções literárias, musicais, obras de arte, ideias ou produ-
ções de outra natureza são violadas e assinadas com um
nome, cuja autoria não é a real – e sem se apresentar o autor/
criador primário - ocorre o plágio.
Tal prática é considerada ilegal em nossa sociedade, con-
forme a Lei de Direitos Autorais que assegura os direitos de autores/criadores, através
de contratos e de acordos de várias ordens. Embora, o tema seja de conhecimento de
grande parte da população, a ação ocorre com, cada vez mais, frequência nos mais
diversos âmbitos sociais, inclusive, nas escolas – principalmente através dos famosos
“copiar/colar” praticados por alguns alunos.
O ponto mais desagradável é que, a cada dia, aumenta o número de estudantes
que aderem a essa prática inadequada e incoerente, deixando tanto seus talentos e
potencialidades camufladas, quanto impossibilitando que suas aptidões sejam aprimo-
radas através do exercício da criação e da produção autônoma. Além disso, o plágio
também prejudica os “reais autores” que podem ser mal interpretados - devido às dúvi-
das causadas pela possível dúbia autoria: a falsa e a verdadeira - causando constrangi-
mentos as partes envolvidas, quando o caso se torna público.
Mesmo assim, uma grande parcela dos alunos não percebe que ao aderir a esse
ato (plágio), considerado por alguns estudantes mais fácil, rápido e menos cansativo,
deixa de apresentar e buscar “o seu melhor”, principalmente no quesito “trabalhos
escolares”, sem atentar para o fato de serem descobertos “plagiando”, tanto seu de-
sempenho será posto em dúvida, quanto sua credibilidade.
(Ana Carolina, Jornal Escolar, 1ºB, Vespertino)
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Intercâmbio Jornal Escolar Páginas do E.O.B:
Textos selecionados para publicação...
A INFÂNCIA DISTINTA, MINHA INFÂNCIA PERDIDA
Ergam as cortinas do meu teatro, pois o show vai começar!
Levanta-te homem insolente e presunçoso,
Ergue a cabeça que anda baixa e desolada,
Toma o rumo da tua vida, já que a infância não voltará!
Eis que a infância não voltará!
Notam-te os cabelos desajeitados?
As olheiras que formam no teu rosto?
E quão áspera és a palma da tua mão?
Eis que percebe, a infância não voltará!
Por que pedira para crescer?
Já que achava que não sabia viver...
Nota-te que não sabes viver agora?
Ou na sua incapacidade mental se acha feliz?
És presunçoso na sua teoria rígida.
Lembra-te de pisar descalço no chão e se achar o máximo?
Pois hoje acha tola toda essa fantasia.
Lembra-te de correr na chuva e o quão alegre ficava por esse
artefato?
Pois vive agora no sapato como um homem sem rumo.
Herói já não quer mais ser, nem talvez vilão.
Oh homem burro, esquecer-te de como viver,
Volta à infância mesmo que lhe chamem de criança,
Melhor do que ser ancião.
Descobre o mundo de novo!
Torna-se redator da sua história
E vive como quem descobriu ontem a magia da aurora.
E vive como um jovem, transforma-se em outrora
E volta a sua infância, volta a ser criança!
Retoma a esperança e vive feliz.
(Breno dos Santos, 2ºC, Matutino)
CORDEL, BASEADO NO ROMANCE O GUARANI,
DE JOSÉ DE ALENCAR
Um amor platônico assim nasceu
Marcado por dor e revolta
Quando uma jovem índia morreu.
O acidente não pode evitar
Nem ao menos conversar
Revoltados o povo da tribo Aimoré
Um grito de guerra começou a aclamar
Ceci tentaram matar,
Mas não conseguiam,
Pois marcado pelo amor Peri a protegia.
D. Antônio agradeceu a bravura de Peri
E o coração de Cecília
Ele entregou para ti.
Para os Aimorés a vingança prevalecia
Acabar com Dom Mariz era honra
e alegria.
A tribo assim tentou invadir o casarão
Peri vigiando Ceci
Um barulho escutou
Era explosão dos Barris que D. Antônio estourou.
O casarão pegou fogo e a guerra agora acabou.
Ceci soube das mortes e apavorada ficou,
Com Peri fugiu para mata
Tentar se esconder ou simplesmente sobreviver.
Uma forte chuva veio tentar acabar com seu amor
Mas em forma de palmeira uma cano Peri improvisou.
E assim como o ar
Eles sumiram no além...
Em meio ao horizonte, deixaram de ser refém.
Um amor verdadeiro José de Alencar escreveu
Para perceber a diversidade que Deus nos deu.
E assim termina a historia de um jovem herói
brasileiro que marcou nossa historia
De um amor verdadeiro.
(Breno dos Santos, Fernando Gama e Jorge Soares
2ºC, Matutino)
DISCORDEM
A saliência difundiu aquele pobre coração asno, destruiu a metáfora da vida e se perdeu nas poeiras criadas pela constante parada que se dá o tempo.
Ficou ali parado, como quem nada espera ou espera tanto algo que não tem coragem de se mover.
Presenciou sua miserável casa corroer-se em ruínas e ali ficou, mas nada fez, apenas observou e continuamente chorou.
Nada mais reconhecia, nem os gritos fervorosos ouvia. Chorava pelo precipício que o beirava, ao ponto de empurrá-lo para o seu próprio conforto.
A sua mente perturbada, gritava, rosnava, o oprimia e ali estava ela, era sua única companhia.
Sentia-se indiferente, o mundo não lhe satisfazia, olha só o pobre coitado, tão depreciado, era o que diziam.
Não tinha muitos sonhos, pois os pesadelos aglomerados em sua vida eram constantes e o barravam de sonhar, mas ele gritou, esperneou, fungou, fuçou e achou no meio
de toda aquela sujeira, o seu sonho! Só queria se sentir livre como nos filmes assistidos. Queria viajar, conhecer novos lugares como costumava ler nos livros velhos, amon-
toados em sua escrivaninha.
Daquele lugar não saia, como raiz no chão se prendia, era velho desajeitado, pobre e miserável.
Do mundo ele se afastou! De chorar ele parou; e vive hoje como só quem espera algo que ainda não veio. Tentou se mover, mas não adiantou.
Droga! Se sentia tão desajeitado, tão desarrumado e ali se definia: Era um confronto que ninguém conseguia ver; era um livro de capa velha cujas letras esculhambadas,
ninguém conseguia ler.
Pobre garoto, sua alma escreveu em um pedaço de papel uma mensagem escrita e deixou, mas ninguém a desvendou:
“Se lá no céu eu pudesse ver todos os anjos cantarem, desceria só para dizer a áurea de uma majestosa criatura que eis de ver. Os anjos choraram sangue ao me verem tão
sozinho e desceram lá do céu para me confortarem. Hoje os chamam de demônios e o veem como se o inferno não fosse aqui. Eis que são pessoas insolentes com medo de
morrer, com medo de vencer, com medo de deixar tudo para trás e apenas sobreviver. E morrer como se nunca tivessem nascido e viverem como se nunca fossem morrer”.
(Breno dos Santos, 2ºC, Matutino).
FUNDO DO POÇO
Brincava em um parque,
quando me perdi em anseios.
Algo me atraiu nesta floresta sombria
e eu penetrei no escuro.
Eis que me surge um poço à frente
Suas paredes feitas de pedras
abafam o som das águas.
Fico pasma
com sua extrema profundidade
e recosto na muralha.
Resolvi olhar mais de perto,
então surgiu você,
mergulhado em ódio profundo
e me empurrou.
Tu me fez cair
neste poço sombrio
E para afogar a tua dor,
Resolveu me matar.
Por que fizestes isto comigo?
Grito por ajuda!
Mas ninguém me ouve.
As paredes do poço
Prendem o som de minha voz.
A luz que mostrava a saída
Desapareceu enquanto eu caía
E então meu corpo tocou o solo.
A pouca água não ameniza
O impacto de meu corpo -
Este choque extremo para o meu cora-
ção.
Então eu morro!
Ao fim de tudo.
(Hatalias dos Santos, 2ºA, Matutino).
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SUJEIRA NA ESCOLA: ESSE ESPELHO TAMBÉM É SEU!
A cada dia, os problemas ambientais vêm aumentando e se tornando
mais sérios em nosso país, em nossa sociedade, assim como em nossas
escolas.
Sendo o lixo, desde que mal manipulado, uma das causas para o
desequilíbrio ambiental. A equipe do jornal escolar “Páginas do E.O.B” faz
um recorte acerca desse tema e foca a realidade que o cerca - a situação
do lixo no espaço escolar do Educandário Oliveira Brito.
De certo, não é preciso ser nenhum especialista para constatar que o
problema do lixo - no caso, gerado por alguns alunos no E.O.B -, caminha
para um estágio que merece atenção. Afinal, o acúmulo de detritos vem se
tornando uma realidade frequente nas salas de aula, assim como uma
prática constante na hora do intervalo. Momento em que os alunos, após
lancharem, deixam embalagens e
outros materiais que poderiam ser, por
exemplo, reciclados - caixinhas de
achocolatado, iogurte etc. -, soltos por
toda a escola. Sem falar dos utensílios
utilizados durante a distribuição da
merenda escolar - como pratos, copos,
talheres etc. -, os quais são deixados
nos locais mais imprevisíveis
(absurdos) do colégio, a saber:
corredores, janelas, lixeiras, quadra de
esportes, dentre outros. Isto é, há uma
inversão de ações: O que é para ser jogado nas lixeiras é deixado
aleatoriamente em lugares inadequados, e o que é para ser guardado/
devolvido acaba sendo deixado em locais indevidos.
Além disso, há outro problema, decorrente desse, que pode passar des-
percebido por alguns: O desrespeito para com os funcionários que traba-
lham com a limpeza da escola. Afinal, como ficou constatado através de
filmagens e fotos coletadas pelo jornal escolar, todos os dias ao chegarem
ao E.O.B, estudantes encontram a instituição nas mais perfeitas condições
de limpeza. Situação que se altera, à medida que o alunado chega. Isto é,
parece que alguns alunos não conseguem reconhecer que são privilegiados
por disporem de tais servidores para cuidarem do espaço escolar, a fim de
que nós – alunos - possamos estudar em um ambiente mais agradável.
Sendo assim, o segmento estudantil precisa se conscientizar acerca da
importância da limpeza na escola e respeitar o trabalho dos funcionários da
área. Sobretudo, faz-se necessário refletir sobre o real papel/função do
estudante no contexto escolar, que com certeza pode ser muitos, mas ja-
mais o de sujar. Afinal, você já ouviu a frase: “Não precisa limpar basta
apenas não sujar?”
Então, já refletiu? Se não, comece agora mesmo a mudar as suas ações,
tanto na escola quanto fora dela, pois as nossas atitudes interferem no meio
que nos cerca. (Rebeca Amorim, Oficina Jornal Escolar, 1ºE, Matutino).
EDUCAÇÃO VIROU BALELA E DINHEIRO TORNOU-SE DIPLOMA
A educação é bem essencial para a
vida de todos que buscam um futuro
promissor. Porém, nos dias de hoje,
muitas pessoas não estão se importan-
do com o valor da educação, levando o
aprendizado como uma brincadeira.
De certo, não é difícil encontrar alunos
no Ensino Médio que não conseguem
realizar atividades simples, como inter-
pretar um texto ou fazer cálculos mate-
máticos. Questão esta, que merece ser
analisada com muito bom senso e
criticidade: Afinal, dos 65 dos países avaliados pelo Programa Internacio-
nal de Avaliação dos Alunos (PISA), o Brasil ocupa 53º lugar em educa-
ção. Diante disso, o que devemos fazer para melhorar?
Deve-se tentar aprender cada vez mais e a buscar, constantemente,
informações que nos enriqueçam intelectualmente. Contudo, este avanço
não depende apenas de vontade própria ou da atuação dos professores.
É preciso ir mais além, avançar e melhorar a educação como um todo.
Afinal, "se a sociedade muda, a escola só pode evoluir com ela". De
certo, isso parece ser fácil, afinal, se tudo evolui, então fica mais fácil se
conquistar objetivos maiores. No entanto, o problema é que isso não está
acontecendo com a educação brasileira.
Mesmo existindo um discurso, comprovado na realidade, de que a
educação é a principal fonte de aprendizado, muitas pessoas pensam
que podem "comprar" seus conhecimentos, burlar um possível aprendi-
zado adquirido - seu diploma. Isto é, o que mais desvaloriza a educação:
Saber que alguém que nunca quis estudar ou aprender possa "comprar"
uma coisa que você batalha muito para conseguir. De qualquer forma, o
diploma não servirá para muita coisa, pois na prática a pessoa vai preci-
sar mostrar o que aprendeu.
Então, conclui-se que a educação é um dos bens mais preciosos, que o
conhecimento é a base para se ter uma vida mais digna e que a socieda-
de brasileira só seguirá em frente com uma boa educação. Por isso, é
ilusão tentar se esconder atrás de um papel (diploma), pois como dizia
Paulo Freire: "A Educação qualquer que seja, é sempre uma teoria do
conhecimento posta em prática".
(Rayane Andrade, Oficina Jornal Escolar, 2ºB, Matutino).
SOU MELHOR SEM VOCÊ
Daniel Ferreira
Olhando para você enquanto dormi,
Lembro quando todo o jogo começou,
De cada adeus e de cada promessa quebrada.
Sinto que estou perdido em um sonho
Por você!
Por você!
Por você! Está me torturando
Por isso falo...
Sou melhor sem você
E você é melhor sem mim,
Mas eu fico em pedaços quando estou sozinho.
Eu estou tão vazio sem você...
As minhas feridas parecem não cicatrizarem!
Esta dor é muito real.
Milhares de desculpas me deixaram mais frio,
Estamos a minutos de dizer adeus... Para sempre!
Eu poderia me perder neste momento... Para sempre!
Para onde eu estou indo, você não estará no final!
Sou melhor sem você
E você é melhor sem mim
Mas, eu fico em pedaços, quando estou sozinho.
(Daniel Ferreira, Oficina Jornal Escolar, 1ºC, Matutino).
ESPORTE SERÁ?
(David Santos, Oficina Jornal Escolar, 1ºC, Matutino)
Esse esporte é a inspiração de todos os jovens?
Será que está associado à TV?
Será que joga com bola? Por quê?
O objetivo é sempre ganhar ou saber perder?
O esporte tem um número de jogadores?
O jogo está para vencer? Será?
Todo o esporte estar para ser campeão?
Por que será?
O esporte é seu amigo?
Onde estão os jogadores que viviam nas ruas?
Estão andando de Ferrari ou andando em um burro?
Quem sabe, um dia encontraremos esse esporte?
Será?
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Como fica a maioridade penal no Brasil?
Matar, roubar, furtar, denegrir, lesar,
agredir, difamar. Um menor de idade
pode tudo, menos ser preso. Afinal, são
"crianças". Crianças que ao alcançarem
seus 16 anos podem eleger o presidente
do Brasil, mas não podem ser presos,
que ironia! Mas, o que esperar de um
Código Penal que há décadas não é
modificado? O que esperar de um pais,
no qual a corrupção e a impunidade
correm soltas? Ou, o que esperar de uma
nação onde quem é condenado a 20 anos só permanece preso 5?.
Dez, quatorze, quinze, dezesseis e, até mesmo, sete anos compreende a maiori-
dade penal na maioria dos países do mundo. Será que todos eles estão errados e só
o Brasil está certo?
Pena máxima: trinta anos, na cadeia se conta dia e noite. A nossa lei é frouxa,
flexível, por isso os bandidos não saem do Brasil, e os de fora querem entrar. Como
diz a jornalista Rachel Sheherazade: "infratores que são tratados como vitimas da
sociedade", que com dezessete anos e 364 dias não tem consciência dos seus atos.
Mas enfim, como também diz Sheherazade, vive-se em uma sociedade na qual
"direitos humanos defendem desumanos". Sim, esta é a real faceta desses "Direitos",
que, na maioria das vezes, insistem em alimentar a impunidade.
(Matheus Moura, Oficina Jornal Escolar, 1º E, Matutino).
AMANHÃ, QUEM SABE?
Às vezes, me pego pensando em
você. Fico meio confusa, pois
coisa parecida nunca aconteceu.
Fico pensando no amanhã, no que
está por vir e fico meio em dúvida
do que pode está havendo. A
nossa maior inimiga é a distância,
pois ela nos impede de tantas
coisas. Somos tão diferentes e ao
mesmo tempo tão iguais, mas em
algumas situações há certa reciprocidade.
Tento, às vezes, entender o seu jeito, desvendar os seus
pensamentos, mas sei que é impossível. Quem sabe amanhã,
iremos acabar com este mistério que nos cerca? "Nos veremos,
nos encontraremos." Amanhã será um novo dia! Vai saber? Ou,
talvez, apenas dúvidas e incertezas.
Sei que em seus pensamentos sempre estarei presente e
naquele mesmo lugar você vai querer voltar, para quem sabe, por
acaso, me ver outra vez? E essas nossas diferenças então, quem
sabe? Pode ser uma forma de nos completarmos.
Enfim, quem sabe amanhã você não resolve vir ao meu encon-
tro? Quem sabe amanhã? Tudo isso pode acabar.
(Tamires Silva. Oficina Jornal Escolar, 1º E, Matutino).
TURBILHÃO DE SENSAÇÕES
O que estou a falar não são apenas expressões, palavras ao vento, são silêncios do que sinto. A dor, a tristeza, a
alegria, o amor e o afeto são também partes de mim. Mas, tenho que viver intensamente cada momento, mesmo que
ele seja triste, faz parte da vida.
É que tudo de repente vira pelo avesso, de repente meu riso se transforma em pranto, dor, solidão. A minha calma
se transforma em vento, é tudo tão de repente, tão rápido que pareço estar perdido, sem saída. Mas sempre vai ter
aquela hora que vou me encontrar, me situar e tentar seguir...
O mundo sufoca, reprime, amedronta. O que fazer quando me sinto assim? A resposta está em tirar a venda, as
estacas e as pedras que nos impedem de ser feliz, de se sentir realizado.
São muitas as sensações, os pensamentos, os desejos e os anseios. Porém, a cada passo dado um sonho vou
realizando.
E seguindo vou ter novos desejos, que para muitos serão apenas sonhos, mas que dentro de mim são muito reais.
(Gean Moura, Oficina Jornal Escolar, 1º E, Vespertino).
SOLTANDO O VERBO... AS OFICINAS DOS “PROGRAMAS MAIS EDUCAÇÃO E ENSINO MÉDIO INOVA-
DOR” – EDIÇÃO 2013
Oportunidade de interação, aprendizado, interdisciplinaridade, troca de saberes, reconhecimento de habilidades diver-
sas e de contato com diferentes manifestações artísticas e culturais para além da sala de aula. Estas, são apenas algumas
das várias potencialidades que as oficinas ofertadas, através dos Programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador
(Projetos implementados, gradativamente, no Educandário Oliveira Brito, desde o ano de 2010), vêm proporcionando aos
participantes.
Em sua edição, no ano letivo de 2013, o E.O.B contou com treze oficinas que trabalhavam com as mais diferentes
abordagens, a saber: Linguagem Matemática; Jornal Escolar; Rádio Escolar; Capoeira; Jiu-Jítsu; Redação, Humor e Cria-
tividade; Canto Coral; Danças; Flauta Doce; Pintura e Outras Artes; Teatro; Cultura e Representação Euclidense; e, Saúde
e Segurança na Escola. As atividades ocorriam aos sábados e possibilitavam uma interação/integração constante entre os
saberes construídos em sala de aula e as distintas formas de manifestações linguísticas, artísticas, culturais e esportivas
desenvolvidas nas oficinas citadas.
Com o objetivo de verificar a receptividade e a avaliação dos estudantes acerca do projeto em evidência, o Jornal
Escolar Páginas do E.O.B realizou uma enquete com os alunos participantes, durante o mês de setembro/2013. Nesta
enquete, eles tinham o livre arbítrio para avaliarem as oficinas e de emitirem um comentário sobre as possíveis contribui-
ções da atividade.
Sendo assim, a enquete revelou os seguintes dados: No quesito “avaliação”, o alunado considerou a proposta signifi-
cativa e prazerosa, pois, apesar de ocorrer aos sábados e pela manhã, tratava-se de uma oportunidade tanto de interação,
quanto de aprendizado para os partícipes. Na questão, “possíveis contribuições da atividade”, os discentes sinalizaram
que as oficinas possibilitavam a construção de saberes diversos e o reconhecimento/aprimoramento de habilidades múlti-
plas; complementavam o ensino dentro da sala de aula; proporcionavam atividades extracurriculares e tornavam o ensino
mais dinâmico e participativo, ao adicionarem expressões culturais, artísticas e linguísticas positivamente, de maneira que
o alunado pôde se identificar, descobrir ou reconhecer sua própria identidade em uma das fases mais importantes da vida
– a adolescência.
Deste modo, foi possível concluir, ao termino das oficinas do ano letivo 2013, que essas proporcionaram bons resulta-
dos aos estudantes e possibilitaram vários momentos de interação e de enriquecimento intelectual. Nesse sentido, os
alunos das oficinas 2013 sugerem que essa atividade continue a ser ofertada, que os participantes possam continuar abraçando essa proposta.
(Renata Massênio, Oficina Jornal Escolar, 2º D, Matutino).
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Jornal Páginas do EOB (Número 2)

  • 1. OFICINA JORNAL ESCOLAR: UMA NATURAL ESSÊNCIA QUE NOS DESPERTA Em doces manhãs, nas quais poderíamos estar em casa, achando nossos sonhos e os dos demais, superficiais. Somos audaciosos, concretos e nos transformamos em cada gesto Nós estávamos inconcretos, Mas nossas ideologias estavam bem mais do que certas. Notícias puras, Fatos concretos, Somos imparciais... Em nossos projetos. Tivemos medo no início (Confessamos...) Mas o que perdura, sempre é o que mais marca. A natural essência Que nos desperta, É como o grito calado - que hoje - Tem espaço. Mas na verdade O que nos favorece, É saber que o nosso esforço Atingiu o público, E que no fundo: “algo nos apetece”. Ana Carol Lima, Oficina Jornal Escolar, 1º B, Vespertino. Linha do tempo E.O.B - 2013 Aconteceu na escola:  10/06/2013 - “I MOSTRA PARTES DE MIM, PARTE DE NÓS”  20 E 21/06/2013 - FESTEJOS JUNI- NOS DO E.O.B;  10/08/2013 - CULMINÂNCIAS DO I CICLO DE OFICINAS DOS PROGRA- MAS MAIS EDUCAÇÃO E ENSINO MÉDIO INOVADOR (PROEMI);  30 E 31/08/2013 - Ciclo de pales- tras e/ou apresentações do Ensi- no Normal Médio ;  16/08/2013 - Celebração dos 120 anos de José Aras;  22/08/2013 - Visita Técnica dos alunos do PROEMI;  20, 21 e 22/11/2013 -  IV Feira do Conhecimento: O (en) canto das águas. Confira, curta e indique a fanpage do jornal: Páginas do E.O.B (paginaseob@hotmail.com) - coberturas completas, fotos e vídeos dos eventos E.O.B. Página 1 de 8 Editorial - Apresentar resultados se assemelha ao ato de saborear o gosto da fruta, que um dia fora semente... Apresentar resultados é semelhante ao ato da semeadura. Jogam-se as sementes com o objetivo de que elas possam florescer. Em seguida, cultiva-se o solo e regam-se as sementes com o intuito de que elas passem a arbustos e, depois, à árvores - prontas para frutifi- carem. Por fim, prova-se do fruto que um dia fora semente. Assim sendo, o Jornal Escolar “Páginas do E.O.B, em sua primeira edição, sugere a metáfora acima para representar os resultados de sua caminhada inicial. Certos de que a semeadura continua, a fim de que o “prazer” de se saborear bons frutos jamais se encerre. Aproveite e boa leitura! Equipe do Jornal Escolar – Páginas do E.O.B . Jornal Escolar Ano 1 - Volume 1, nº 02/2013 Tiragem 500 Euclides da Cunha, BA - 07 de Dezembro de 2013. Galeria de fotos das coberturas realizadas pelo Jornal: Eventos do E.O.B - IVFEIRADOCONHECIMENTODOE.O.B:“O(EN)CANTODASÁGUAS” Página 8 de 8
  • 2. Matéria de capa - Inovações no Ensino Médio: O que nós, alunos, pensamos sobre a Avaliação integrada?* Implantada no ano de 2012, no Educandário Oliveira Brito, sob a direção do então falecido Prof. Marco Antônio Santana Carneiro, a avalia- ção integrada tem sido alvo de várias discus- sões entre o segmento discente, a saber: Seria este, o instrumento mais viável para se avaliar o aprendizado construído pelo aluno, a cada uni- dade letiva? E, por quais razões, alguns estu- dantes obtêm um baixo rendimento em tal pro- cesso avaliativo? Como se sabe, tudo que é novo e que foge ao habitual gera algum tipo de estranhamento e requer tempo para que melhor possa ser avaliado. Sendo assim, a equipe do jornal escolar “Páginas do E.O.B” parte desse pressuposto e de outras indagações que rondam a avaliação integrada para buscar possíveis respostas para o impasse em evidência. Como dito, a avaliação integrada passa a fazer parte da realidade escolar do E.O.B no ano letivo de 2012 e surge como uma proposta de melhor unificar os conteúdos didáticos trabalha- dos pelos professores (previamente estabeleci- dos no plano de curso, elaborado coletivamente pelos docentes de áreas afins), mas, principal- mente com o objetivo de se enquadrar às novas demandas sociais, da Era da Informação e do Conhecimento. Isto, devido à estrutura/modelo que a prova segue, similar ao adotado em pro- cessos seletivos de várias ordens, como: o ENEM, vestibulares, provas para concursos etc. Sendo assim, a equipe do jornal se pautou em dados obtidos por meio de uma enquete e em conversas informais, realizadas com os alunos, dos três turnos, da instituição, bem como no olhar de cada um dos integrantes que com- põem o “Páginas do E.O.B”, com o intuito de melhor entender a visão do alunado sobre a avaliação integrada, nessa escola. Dessa forma, no dia 18 de setembro, do corrente ano, foi realizada - nos turnos matutino, vespertino e noturno - uma enquete com os alunos do E.O.B, com a seguinte reflexão: “Apresente a sua opinião acerca da avaliação integrada, aplicada no E.O.B” e, as seguintes alternativas: 1) Concorda / considera uma pro- posta positiva; 2) discorda /não considera uma proposta interessante; e, 3) nem a favor, nem contra/ prefere não opinar. Nesta enquete, 802 alunos votaram, sendo 332 a favor, 275 contra, 188 não opinaram e, 7 votaram nulo. Dentre os pontos positivos associados à avaliação, os mais citados foram: a semelhança com os processos seletivos usuais em nossa sociedade (ENEM, vestibulares, provas para concursos etc.); o trabalho com aptidões como: raciocínio lógico, interpretação, compreensão de conceitos e de informações de forma não frag- mentada, já que os dados são contextualizados; favorece o rendimento parcial em alguns compo- nentes curriculares; evita as famosas “colas e pescas”; estimula o aluno a estudar, já que, a cada quesito, faz-se necessário identificar a resposta correta, dentre as cinco alternativas apresentadas; e mudanças de percepção sobre a “prova” -sensações como medo e ansiedade, geralmente associadas às avaliações, estão sendo desconstruídas a partir deste instrumento avaliativo. No que se refere aos pontos negativos, os alunos apontaram fatores como: falta de sintonia, em alguns casos, entre o que é trabalhado em sala de aula e o que, de fato, é abordado na avaliação; o fato de alguns conteúdos que caem na prova - específicos de uma determinada série - serem trabalhados em algumas turmas e em outras não; a quantidade de componentes curri- culares reunidos em uma única avaliação, já que a prova é organizada por área do conhecimento o que causa certo desconforto ao aluno e, por conseguinte, baixo desempenho); e a falta de interesse de alguns estudantes, que acabam atribuindo outros direcionamentos à avaliação, ao assinalarem as alternativas dos quesitos de forma aleatória, além de não estudarem para tal momento Diante do exposto, com base na pes- quisa, conversas informais com os alunos e discussões entre os componentes do “Páginas do E.O.B”, a equipe nota que, dentro do contexto de avaliações, tal instrumento avaliativo não é a única solução, tampouco um problema. Verifi- ca, sim, que se faz necessário trabalhar para se resolver os aspectos que foram apontados como impasses para uma melhor aplicabilida- de/eficiência desta proposta, assim como se reconhecer mais as potencialidades deste recurso, para fins de que toda comunidade escolar possa ganhar, em termos de conheci- mento e de aprendizado. *Mariana Souza e Tayná Gonsalves, Oficina Jornal Escolar, 2ªA - Matutino. (O texto rece- beu contribuições da equipe geral do Jornal Escolar Páginas do E.O.B). EXPEDIENTE DO JORNAL ESCOLAR “PÁGINAS DO E.O.B” Educandário Oliveira Brito. Instituição Pública e Estadual de Ensino em funcionamento (Resolução C.E.E. 026/97 – Parecer C.E.E. 052/97 – D.O. 11/07/97). Entidade mantenedora: Secretaria de Educação da Bahia em convênio com a Prefeitura Municipal de Euclides da Cunha – BA. Endereço: Rua Joaquim Santana Lima, nº 101, Euclides da Cunha - Bahia. Jornal escolar, Páginas do E.O.B, ano 1, volume 1, edição dezembro/2013 – Oficina Jornal Escolar, Programa Mais Educação, Professora: Andressa S. de Oliveira. Equipe do Jornal Escolar: Professora responsável e reguladora geral do jornal: Andressa Oliveira. Editores, redatores e repórteres: Ana Carolina Lima, Daniel Ferreira, David Santos, Elvira Oliveira, Eugenio Miranda, Gean Santos, Mariana Souza, Matheus Moura, Rebeca Amorim, Rayane Andrade, Rebeca Amorim, Renata Massê- nio, Tayná Gonsalves e Tamires Silva. Fotografia: Daniel Ferreira, David Santos, Gean Santos, José Mário Filho, Renata Mas- sênio e Tamires Silva. Filmagem: Daniel Ferreira, Eugênio Miranda e Matheus Moura. Diagramação: Equipe do jornal escolar. Nosso jornal dá direito de resposta, assim como recebe críticas e sugestões, por meio do seguinte meio de contato: e-mail: paginaseob@hotmail.com Página 2 de 8 Intercâmbio Jornal Escolar Páginas do E.O.B: Textos selecionados para publicação... ABISMOS DE FLORES Você me atirou em um abismo Repleto de cores e flores, Perdida e pensamentos, Perdida em amores. Foi você quem me iludiu com gestos, me instigou com sorrisos, me apaixonou com olhares. E agora, o que eu faço sem você? Neste funeral de flores Que você me atirou Só o cheiro de rosas mortas me atrai. Caio neste abismo Como em um pesadelo sem fim. Minha vida se torna escassa Sem você E a sua, tão triste sem mim. Ambos chorando escondidos, Sem nunca demonstrar Que estamos feridos Com a dor de amar. (Hatalias dos Santos, 2ºA, Matutino). MAIS UMA VEZ Várias voltas e Já não sei dizer Se vou ou não vou? Várias voltas e Várias vezes, negando-te. Várias voltas E, mais uma vez, amo-te. Várias voltas, Mais e mais vezes Voltando... Girando...Amando... Vou ou não vou? Giro ou não giro? Amo ou não amo? Já não sei mais dizer Se giro? Se volto? Se amo? E mais uma vez, Pego-me pensando, Pego-me sonhando, Só mais uma vez.. (Hatalias dos Santos, 2ºA, Matutino). PALAVRAS DE ENCANTAMENTO... Brinque amando, mas nunca ame brincando. Nunca julgue um amor futuro pelo sofrimento de um passado. Nunca troque o que mais quer na vida por aquilo que mais quer no momento. Momentos passam, a vida continua. Ciúme é querer manter o que se tem; cobiça é querer o que não se tem. Não precisa chorar de arrependimento pelas besteiras consumadas, às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida e se torna o nosso destino. Segunda-feira dá uma preguiça né?... mas não posso reclamar, é mais um dia que Deus me dá. (Ednaldo Barboza e Mariana Souza - 2ºB, Matutino). Vidas Vazias (Marionetes) Milhares de pessoas... Milhões de segundos... Bilhões de vidas... Todas vazias! Caminho sozinha, Mas perco-me contigo... Seu olhar me hipnotiza, Mas minha vida vazia continua sem motivo. Tudo e todos, Seres com vidas - Vidas vazias. Como mortos vivos, Seguem suas vidas... Vidas Mortas! Vidas Vazias! As marionetes ao meu redor Se mantem controladas por títere e Iludidas por seus próprios pensamentos. Meus pensamentos Envolvem-se apenas em agonia, Neste mundo podre, Repleto de bonifrates, Sem vidas, Mortos pelo acaso. (Hatalias dos Santos, 2ºA, Matutino). POR QUE MULHER NÃO PODE? CANSEI DESSE CHAVÃO... Há pouco tempo, nunca se ouviria que uma mulher era policial, pedreira, marechal, prefeita ou, até mesmo, presidenta. Voltando um pouco mais na História, jamais poderia se admitir que uma mulher trabalhasse fora de casa, seu dever era apenas a casa, a cozinha, os filhos e o marido. Retrocedendo ainda mais, não podiam escolher sequer o homem com quem iriam passar o resto de suas vidas. Atualmente, porém, a situação da mulher parece estar bem diferente, elas estão à frente de quase tudo e, paulatinamente, vêm conquistando seu devido reconhecimento. Mas será que tudo acabou? Não. O preconceito com relação à capacidade feminina e a realidade em que vive a mulher – nos dias atuais - ainda não é considerada por muitos em nossa sociedade. Se por um lado, mandam bandeirinhas no futebol esfregarem a barriga no fogão, por outro nos deparamos com “juízas”, "pedreiras?!" E nos autoquestionamos, com susto e com assombro em pleno século XXI. Mais do que nunca, precisamos acordar! Repensar nossos valores, reciclar nossas ideias. Elas já provaram que são capazes e conquistaram seu espaço na política, no mercado de trabalho, dentre outros. Então, vamos acabar com essas ideias ultrapassadas no que tange à classe feminina, firmadas na ignorância do machismo exagerado, e va- mos reconhecer a sua importância social. Afinal, se nos deparamos com mulheres policias, prefeitas, sargentas, presidentas é porque elas são capazes e já conquistaram sua independência. Portanto, a única coisa que a mulher – nem o restante da população - não pode é: Pensar que não pode! (Matheus Moura, Oficina Jornal Escolar, 1º E, Matutino). Reflexões Jornal Escolar Páginas do E.O.B: Página 7de 8
  • 3. A GERAÇÃO TODDYNHO RUMO À EVOLUÇÃO* Nos dias atuais, o Brasil vive um novo momento de revolução, momento este, de reivindicação de direitos, os quais embora sejam estabelecidos por leis, não abrangem a todos os cidadãos de maneira igualitária. “A revolta dos R$ 0,20 centavos - iniciada com o Movimento Passe Livre, em junho/2013 - não é apenas pelos R$ 0,20 centavos”, grita o povo em meio a praças públicas brasileiras. Direitos ao livre pensar e a liberdade de expressão é o que o povo quer. E os conflitos nas diversas capitais do país, faz com que os jovens se vejam em meio a uma “nova ditadura”. Hoje, o Brasil vive sob um regime político democrático, porém, aqueles que apoiam a luta e que estão presentes nas ruas, dizem que tudo isso é lamentável. “O Brasil, uma democracia?! Vivemos em meio a uma Ditadura disfarçada de Democracia”, afirmam aqueles que integram os movimentos populares no país. Atualmente, o que se observa não é o mesmo Brasil. No momento, as manifestações e/ou as marchas não são mais as mesmas de tempos atrás, como a marcha da maconha, a parada gay, a marcha das vadias, dentre outras. Hoje, vemos manifestações, a favor de direitos válidos a toda nação brasileira. Grande parte dos manifestantes sabe pelo que lutam e conhecem seus direitos, enquanto cidadãos. Uma boa justificativa de suas reinvindicações, até então, são as cinco causas pelas quais lutam: 1°Não a PEC 37; 2º saída imediata de Renan Calheiros do Congresso Nacional; 3º Imediata investigação de irregularidades nas obras da Copa do Mundo pela Polícia Federal e Ministério Público Federal; 4º Lei que torne a corrupção no Congresso, crime hediondo; 5º Fim do fórum privilegiado. As manifestações não estão apenas nas ruas, mas principalmente nas redes sociais, espaço no qual, jovens reivindicam direitos elementares a uma sociedade mais justa, como educação, saúde e segurança. Muitas delas abordadas pelos anonymous, em seus vídeos polêmicos lançados nas redes sociais. De certo, todas essas manifestações e reivindicações mostram uma sociedade que por muito tempo estava adormecida. Mas, agora, o gigante acordou, a “geração toddynho, a nova Geração Coca-Cola” verás que um filho seu não foge a luta! Grito de guerra de quem apoia as reivindicações! (Eugênio Miranda, Oficina Jornal Escolar, 2º B, Matutino). * Texto redigido, logo após a eclosão das manifestações. BULLYING CAMUFLADO ENTRE AS PAREDES DA ESCOLA O bullying é um termo em inglês utilizado para denominar formas e atitudes agressivas – físicas, verbais e/ou psicológi- cas -, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivos evidentes e são praticadas por um ou mais indivíduos, os quais têm como objetivo principal intimidar e/ou agredir outra pessoa. O bullying é, sem dúvidas, um problema mundial e possível de ser encontrado em qualquer escola. Quem o pratica não faz ideia do quanto faz mal a sua vitima e o quanto esse ato atinge o psicológico e a vida social e pessoal do indivíduo que sofre - geralmente crian- ças e adolescentes em ambiente escolar. As vitimas do bullying, na maioria dos casos, são jovens tímidos e inseguros que por medo acabam se distanciando da escola, dos amigos e dos familiares. Tal problema, porém pode e deve ser evitado, desde que haja cooperação, diálogo e um olhar mais atento, por parte da família, escola e amigos, os quais podem identificar a situação, ao perceber qualquer tipo de alteração no comportamento do adolescente. Após a identificação de um caso de bullying, cabe a família, a escola e aos amigos ajudarem a vítima a superar o sofrimento, aumentando a sua autoestima e contribuindo para que os infratores sejam identificados e punidos, de forma justa, a fim de que esta prática não venha a se repetir ou se torne mais uma banalidade no contexto social. Portanto, fica a dica: antes de praticar bullying, pense e reflita. Avalie que, ao invés do outro, poderia ser você, a vítima. E se, por acaso, ver alguém praticando esse ato, denuncie! (Tamires Silva, Oficina Jornal Escolar, 1º E, Matutino). Oficina de produção: Jornal Escolar Páginas do E.O.B INTERCÂMBIO JORNAL ESCOLAR: PÁGINAS DO E.O.B Enquanto correspondente do Jornal Escolar Páginas do E.O.B, fui a São Paulo durante o período mais crítico das manifestações que se iniciaram em junho de 2013, com o Movimento Passe Livre. Lá pude sentir a pressão das manifestações e a violência que foram fatores extremamente distintos. A princípio estive voltado a acreditar que as manifestações só causaram violência por muito pouco (0,20 centavos), mas ao analisar a situação com mais cautela, notei que tal valor correspondia apenas a “gota d’água” para a população “abrir a boca e soltar o que estava engasgado há muito tempo na garganta dos brasileiros”. Além disso, percebi que a violência não partia dos manifestantes engajados com uma proposta de mudança social, mas, na realidade, de “indivíduos” que aproveitaram as aglomerações para praticar atos de vandalismo e bandidagem, denegrindo os reais objetivos do movimento - atos estes que causaram as ações policiais, tão polemizadas e criticadas. Foram destruídos trens, postos policiais, várias lojas, bancos e o patrimônio público em geral foram pichados e saqueados. Próximo às manifestações era possível ver as nuvens de gás das bombas da polícia, a qual não agiu mal em relação aos vândalos, os quais só causaram baderna, modificando totalmente os rumos do inicial Movi- mento Passe Livre. Quanto aos que alguns chamam de “violência policial”, prefiro denominá-la como um mecanismo que busca manter a ordem que não pode ser infligida no âmbito social. (Matheus Moura, Oficina Jornal Escolar, 1º E, Matutino). NA MODA DO PLÁGIO, ALUNOS PERDEM UMA GRANDE OPORTUNIDADE Em síntese, plágio é o termo adotado para nomear todas as ações em que há a “apropriação” de materiais alheios, ou seja, que pertencem a outrem, sem se identificar o autor/criador, sendo, por isso, caracterizado como crime. Exemplo: quando produções literárias, musicais, obras de arte, ideias ou produ- ções de outra natureza são violadas e assinadas com um nome, cuja autoria não é a real – e sem se apresentar o autor/ criador primário - ocorre o plágio. Tal prática é considerada ilegal em nossa sociedade, con- forme a Lei de Direitos Autorais que assegura os direitos de autores/criadores, através de contratos e de acordos de várias ordens. Embora, o tema seja de conhecimento de grande parte da população, a ação ocorre com, cada vez mais, frequência nos mais diversos âmbitos sociais, inclusive, nas escolas – principalmente através dos famosos “copiar/colar” praticados por alguns alunos. O ponto mais desagradável é que, a cada dia, aumenta o número de estudantes que aderem a essa prática inadequada e incoerente, deixando tanto seus talentos e potencialidades camufladas, quanto impossibilitando que suas aptidões sejam aprimo- radas através do exercício da criação e da produção autônoma. Além disso, o plágio também prejudica os “reais autores” que podem ser mal interpretados - devido às dúvi- das causadas pela possível dúbia autoria: a falsa e a verdadeira - causando constrangi- mentos as partes envolvidas, quando o caso se torna público. Mesmo assim, uma grande parcela dos alunos não percebe que ao aderir a esse ato (plágio), considerado por alguns estudantes mais fácil, rápido e menos cansativo, deixa de apresentar e buscar “o seu melhor”, principalmente no quesito “trabalhos escolares”, sem atentar para o fato de serem descobertos “plagiando”, tanto seu de- sempenho será posto em dúvida, quanto sua credibilidade. (Ana Carolina, Jornal Escolar, 1ºB, Vespertino) Página 3 de 8 Intercâmbio Jornal Escolar Páginas do E.O.B: Textos selecionados para publicação... A INFÂNCIA DISTINTA, MINHA INFÂNCIA PERDIDA Ergam as cortinas do meu teatro, pois o show vai começar! Levanta-te homem insolente e presunçoso, Ergue a cabeça que anda baixa e desolada, Toma o rumo da tua vida, já que a infância não voltará! Eis que a infância não voltará! Notam-te os cabelos desajeitados? As olheiras que formam no teu rosto? E quão áspera és a palma da tua mão? Eis que percebe, a infância não voltará! Por que pedira para crescer? Já que achava que não sabia viver... Nota-te que não sabes viver agora? Ou na sua incapacidade mental se acha feliz? És presunçoso na sua teoria rígida. Lembra-te de pisar descalço no chão e se achar o máximo? Pois hoje acha tola toda essa fantasia. Lembra-te de correr na chuva e o quão alegre ficava por esse artefato? Pois vive agora no sapato como um homem sem rumo. Herói já não quer mais ser, nem talvez vilão. Oh homem burro, esquecer-te de como viver, Volta à infância mesmo que lhe chamem de criança, Melhor do que ser ancião. Descobre o mundo de novo! Torna-se redator da sua história E vive como quem descobriu ontem a magia da aurora. E vive como um jovem, transforma-se em outrora E volta a sua infância, volta a ser criança! Retoma a esperança e vive feliz. (Breno dos Santos, 2ºC, Matutino) CORDEL, BASEADO NO ROMANCE O GUARANI, DE JOSÉ DE ALENCAR Um amor platônico assim nasceu Marcado por dor e revolta Quando uma jovem índia morreu. O acidente não pode evitar Nem ao menos conversar Revoltados o povo da tribo Aimoré Um grito de guerra começou a aclamar Ceci tentaram matar, Mas não conseguiam, Pois marcado pelo amor Peri a protegia. D. Antônio agradeceu a bravura de Peri E o coração de Cecília Ele entregou para ti. Para os Aimorés a vingança prevalecia Acabar com Dom Mariz era honra e alegria. A tribo assim tentou invadir o casarão Peri vigiando Ceci Um barulho escutou Era explosão dos Barris que D. Antônio estourou. O casarão pegou fogo e a guerra agora acabou. Ceci soube das mortes e apavorada ficou, Com Peri fugiu para mata Tentar se esconder ou simplesmente sobreviver. Uma forte chuva veio tentar acabar com seu amor Mas em forma de palmeira uma cano Peri improvisou. E assim como o ar Eles sumiram no além... Em meio ao horizonte, deixaram de ser refém. Um amor verdadeiro José de Alencar escreveu Para perceber a diversidade que Deus nos deu. E assim termina a historia de um jovem herói brasileiro que marcou nossa historia De um amor verdadeiro. (Breno dos Santos, Fernando Gama e Jorge Soares 2ºC, Matutino) DISCORDEM A saliência difundiu aquele pobre coração asno, destruiu a metáfora da vida e se perdeu nas poeiras criadas pela constante parada que se dá o tempo. Ficou ali parado, como quem nada espera ou espera tanto algo que não tem coragem de se mover. Presenciou sua miserável casa corroer-se em ruínas e ali ficou, mas nada fez, apenas observou e continuamente chorou. Nada mais reconhecia, nem os gritos fervorosos ouvia. Chorava pelo precipício que o beirava, ao ponto de empurrá-lo para o seu próprio conforto. A sua mente perturbada, gritava, rosnava, o oprimia e ali estava ela, era sua única companhia. Sentia-se indiferente, o mundo não lhe satisfazia, olha só o pobre coitado, tão depreciado, era o que diziam. Não tinha muitos sonhos, pois os pesadelos aglomerados em sua vida eram constantes e o barravam de sonhar, mas ele gritou, esperneou, fungou, fuçou e achou no meio de toda aquela sujeira, o seu sonho! Só queria se sentir livre como nos filmes assistidos. Queria viajar, conhecer novos lugares como costumava ler nos livros velhos, amon- toados em sua escrivaninha. Daquele lugar não saia, como raiz no chão se prendia, era velho desajeitado, pobre e miserável. Do mundo ele se afastou! De chorar ele parou; e vive hoje como só quem espera algo que ainda não veio. Tentou se mover, mas não adiantou. Droga! Se sentia tão desajeitado, tão desarrumado e ali se definia: Era um confronto que ninguém conseguia ver; era um livro de capa velha cujas letras esculhambadas, ninguém conseguia ler. Pobre garoto, sua alma escreveu em um pedaço de papel uma mensagem escrita e deixou, mas ninguém a desvendou: “Se lá no céu eu pudesse ver todos os anjos cantarem, desceria só para dizer a áurea de uma majestosa criatura que eis de ver. Os anjos choraram sangue ao me verem tão sozinho e desceram lá do céu para me confortarem. Hoje os chamam de demônios e o veem como se o inferno não fosse aqui. Eis que são pessoas insolentes com medo de morrer, com medo de vencer, com medo de deixar tudo para trás e apenas sobreviver. E morrer como se nunca tivessem nascido e viverem como se nunca fossem morrer”. (Breno dos Santos, 2ºC, Matutino). FUNDO DO POÇO Brincava em um parque, quando me perdi em anseios. Algo me atraiu nesta floresta sombria e eu penetrei no escuro. Eis que me surge um poço à frente Suas paredes feitas de pedras abafam o som das águas. Fico pasma com sua extrema profundidade e recosto na muralha. Resolvi olhar mais de perto, então surgiu você, mergulhado em ódio profundo e me empurrou. Tu me fez cair neste poço sombrio E para afogar a tua dor, Resolveu me matar. Por que fizestes isto comigo? Grito por ajuda! Mas ninguém me ouve. As paredes do poço Prendem o som de minha voz. A luz que mostrava a saída Desapareceu enquanto eu caía E então meu corpo tocou o solo. A pouca água não ameniza O impacto de meu corpo - Este choque extremo para o meu cora- ção. Então eu morro! Ao fim de tudo. (Hatalias dos Santos, 2ºA, Matutino). Página 6 de 8
  • 4. SUJEIRA NA ESCOLA: ESSE ESPELHO TAMBÉM É SEU! A cada dia, os problemas ambientais vêm aumentando e se tornando mais sérios em nosso país, em nossa sociedade, assim como em nossas escolas. Sendo o lixo, desde que mal manipulado, uma das causas para o desequilíbrio ambiental. A equipe do jornal escolar “Páginas do E.O.B” faz um recorte acerca desse tema e foca a realidade que o cerca - a situação do lixo no espaço escolar do Educandário Oliveira Brito. De certo, não é preciso ser nenhum especialista para constatar que o problema do lixo - no caso, gerado por alguns alunos no E.O.B -, caminha para um estágio que merece atenção. Afinal, o acúmulo de detritos vem se tornando uma realidade frequente nas salas de aula, assim como uma prática constante na hora do intervalo. Momento em que os alunos, após lancharem, deixam embalagens e outros materiais que poderiam ser, por exemplo, reciclados - caixinhas de achocolatado, iogurte etc. -, soltos por toda a escola. Sem falar dos utensílios utilizados durante a distribuição da merenda escolar - como pratos, copos, talheres etc. -, os quais são deixados nos locais mais imprevisíveis (absurdos) do colégio, a saber: corredores, janelas, lixeiras, quadra de esportes, dentre outros. Isto é, há uma inversão de ações: O que é para ser jogado nas lixeiras é deixado aleatoriamente em lugares inadequados, e o que é para ser guardado/ devolvido acaba sendo deixado em locais indevidos. Além disso, há outro problema, decorrente desse, que pode passar des- percebido por alguns: O desrespeito para com os funcionários que traba- lham com a limpeza da escola. Afinal, como ficou constatado através de filmagens e fotos coletadas pelo jornal escolar, todos os dias ao chegarem ao E.O.B, estudantes encontram a instituição nas mais perfeitas condições de limpeza. Situação que se altera, à medida que o alunado chega. Isto é, parece que alguns alunos não conseguem reconhecer que são privilegiados por disporem de tais servidores para cuidarem do espaço escolar, a fim de que nós – alunos - possamos estudar em um ambiente mais agradável. Sendo assim, o segmento estudantil precisa se conscientizar acerca da importância da limpeza na escola e respeitar o trabalho dos funcionários da área. Sobretudo, faz-se necessário refletir sobre o real papel/função do estudante no contexto escolar, que com certeza pode ser muitos, mas ja- mais o de sujar. Afinal, você já ouviu a frase: “Não precisa limpar basta apenas não sujar?” Então, já refletiu? Se não, comece agora mesmo a mudar as suas ações, tanto na escola quanto fora dela, pois as nossas atitudes interferem no meio que nos cerca. (Rebeca Amorim, Oficina Jornal Escolar, 1ºE, Matutino). EDUCAÇÃO VIROU BALELA E DINHEIRO TORNOU-SE DIPLOMA A educação é bem essencial para a vida de todos que buscam um futuro promissor. Porém, nos dias de hoje, muitas pessoas não estão se importan- do com o valor da educação, levando o aprendizado como uma brincadeira. De certo, não é difícil encontrar alunos no Ensino Médio que não conseguem realizar atividades simples, como inter- pretar um texto ou fazer cálculos mate- máticos. Questão esta, que merece ser analisada com muito bom senso e criticidade: Afinal, dos 65 dos países avaliados pelo Programa Internacio- nal de Avaliação dos Alunos (PISA), o Brasil ocupa 53º lugar em educa- ção. Diante disso, o que devemos fazer para melhorar? Deve-se tentar aprender cada vez mais e a buscar, constantemente, informações que nos enriqueçam intelectualmente. Contudo, este avanço não depende apenas de vontade própria ou da atuação dos professores. É preciso ir mais além, avançar e melhorar a educação como um todo. Afinal, "se a sociedade muda, a escola só pode evoluir com ela". De certo, isso parece ser fácil, afinal, se tudo evolui, então fica mais fácil se conquistar objetivos maiores. No entanto, o problema é que isso não está acontecendo com a educação brasileira. Mesmo existindo um discurso, comprovado na realidade, de que a educação é a principal fonte de aprendizado, muitas pessoas pensam que podem "comprar" seus conhecimentos, burlar um possível aprendi- zado adquirido - seu diploma. Isto é, o que mais desvaloriza a educação: Saber que alguém que nunca quis estudar ou aprender possa "comprar" uma coisa que você batalha muito para conseguir. De qualquer forma, o diploma não servirá para muita coisa, pois na prática a pessoa vai preci- sar mostrar o que aprendeu. Então, conclui-se que a educação é um dos bens mais preciosos, que o conhecimento é a base para se ter uma vida mais digna e que a socieda- de brasileira só seguirá em frente com uma boa educação. Por isso, é ilusão tentar se esconder atrás de um papel (diploma), pois como dizia Paulo Freire: "A Educação qualquer que seja, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática". (Rayane Andrade, Oficina Jornal Escolar, 2ºB, Matutino). SOU MELHOR SEM VOCÊ Daniel Ferreira Olhando para você enquanto dormi, Lembro quando todo o jogo começou, De cada adeus e de cada promessa quebrada. Sinto que estou perdido em um sonho Por você! Por você! Por você! Está me torturando Por isso falo... Sou melhor sem você E você é melhor sem mim, Mas eu fico em pedaços quando estou sozinho. Eu estou tão vazio sem você... As minhas feridas parecem não cicatrizarem! Esta dor é muito real. Milhares de desculpas me deixaram mais frio, Estamos a minutos de dizer adeus... Para sempre! Eu poderia me perder neste momento... Para sempre! Para onde eu estou indo, você não estará no final! Sou melhor sem você E você é melhor sem mim Mas, eu fico em pedaços, quando estou sozinho. (Daniel Ferreira, Oficina Jornal Escolar, 1ºC, Matutino). ESPORTE SERÁ? (David Santos, Oficina Jornal Escolar, 1ºC, Matutino) Esse esporte é a inspiração de todos os jovens? Será que está associado à TV? Será que joga com bola? Por quê? O objetivo é sempre ganhar ou saber perder? O esporte tem um número de jogadores? O jogo está para vencer? Será? Todo o esporte estar para ser campeão? Por que será? O esporte é seu amigo? Onde estão os jogadores que viviam nas ruas? Estão andando de Ferrari ou andando em um burro? Quem sabe, um dia encontraremos esse esporte? Será? Página 4 de 8 Como fica a maioridade penal no Brasil? Matar, roubar, furtar, denegrir, lesar, agredir, difamar. Um menor de idade pode tudo, menos ser preso. Afinal, são "crianças". Crianças que ao alcançarem seus 16 anos podem eleger o presidente do Brasil, mas não podem ser presos, que ironia! Mas, o que esperar de um Código Penal que há décadas não é modificado? O que esperar de um pais, no qual a corrupção e a impunidade correm soltas? Ou, o que esperar de uma nação onde quem é condenado a 20 anos só permanece preso 5?. Dez, quatorze, quinze, dezesseis e, até mesmo, sete anos compreende a maiori- dade penal na maioria dos países do mundo. Será que todos eles estão errados e só o Brasil está certo? Pena máxima: trinta anos, na cadeia se conta dia e noite. A nossa lei é frouxa, flexível, por isso os bandidos não saem do Brasil, e os de fora querem entrar. Como diz a jornalista Rachel Sheherazade: "infratores que são tratados como vitimas da sociedade", que com dezessete anos e 364 dias não tem consciência dos seus atos. Mas enfim, como também diz Sheherazade, vive-se em uma sociedade na qual "direitos humanos defendem desumanos". Sim, esta é a real faceta desses "Direitos", que, na maioria das vezes, insistem em alimentar a impunidade. (Matheus Moura, Oficina Jornal Escolar, 1º E, Matutino). AMANHÃ, QUEM SABE? Às vezes, me pego pensando em você. Fico meio confusa, pois coisa parecida nunca aconteceu. Fico pensando no amanhã, no que está por vir e fico meio em dúvida do que pode está havendo. A nossa maior inimiga é a distância, pois ela nos impede de tantas coisas. Somos tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais, mas em algumas situações há certa reciprocidade. Tento, às vezes, entender o seu jeito, desvendar os seus pensamentos, mas sei que é impossível. Quem sabe amanhã, iremos acabar com este mistério que nos cerca? "Nos veremos, nos encontraremos." Amanhã será um novo dia! Vai saber? Ou, talvez, apenas dúvidas e incertezas. Sei que em seus pensamentos sempre estarei presente e naquele mesmo lugar você vai querer voltar, para quem sabe, por acaso, me ver outra vez? E essas nossas diferenças então, quem sabe? Pode ser uma forma de nos completarmos. Enfim, quem sabe amanhã você não resolve vir ao meu encon- tro? Quem sabe amanhã? Tudo isso pode acabar. (Tamires Silva. Oficina Jornal Escolar, 1º E, Matutino). TURBILHÃO DE SENSAÇÕES O que estou a falar não são apenas expressões, palavras ao vento, são silêncios do que sinto. A dor, a tristeza, a alegria, o amor e o afeto são também partes de mim. Mas, tenho que viver intensamente cada momento, mesmo que ele seja triste, faz parte da vida. É que tudo de repente vira pelo avesso, de repente meu riso se transforma em pranto, dor, solidão. A minha calma se transforma em vento, é tudo tão de repente, tão rápido que pareço estar perdido, sem saída. Mas sempre vai ter aquela hora que vou me encontrar, me situar e tentar seguir... O mundo sufoca, reprime, amedronta. O que fazer quando me sinto assim? A resposta está em tirar a venda, as estacas e as pedras que nos impedem de ser feliz, de se sentir realizado. São muitas as sensações, os pensamentos, os desejos e os anseios. Porém, a cada passo dado um sonho vou realizando. E seguindo vou ter novos desejos, que para muitos serão apenas sonhos, mas que dentro de mim são muito reais. (Gean Moura, Oficina Jornal Escolar, 1º E, Vespertino). SOLTANDO O VERBO... AS OFICINAS DOS “PROGRAMAS MAIS EDUCAÇÃO E ENSINO MÉDIO INOVA- DOR” – EDIÇÃO 2013 Oportunidade de interação, aprendizado, interdisciplinaridade, troca de saberes, reconhecimento de habilidades diver- sas e de contato com diferentes manifestações artísticas e culturais para além da sala de aula. Estas, são apenas algumas das várias potencialidades que as oficinas ofertadas, através dos Programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador (Projetos implementados, gradativamente, no Educandário Oliveira Brito, desde o ano de 2010), vêm proporcionando aos participantes. Em sua edição, no ano letivo de 2013, o E.O.B contou com treze oficinas que trabalhavam com as mais diferentes abordagens, a saber: Linguagem Matemática; Jornal Escolar; Rádio Escolar; Capoeira; Jiu-Jítsu; Redação, Humor e Cria- tividade; Canto Coral; Danças; Flauta Doce; Pintura e Outras Artes; Teatro; Cultura e Representação Euclidense; e, Saúde e Segurança na Escola. As atividades ocorriam aos sábados e possibilitavam uma interação/integração constante entre os saberes construídos em sala de aula e as distintas formas de manifestações linguísticas, artísticas, culturais e esportivas desenvolvidas nas oficinas citadas. Com o objetivo de verificar a receptividade e a avaliação dos estudantes acerca do projeto em evidência, o Jornal Escolar Páginas do E.O.B realizou uma enquete com os alunos participantes, durante o mês de setembro/2013. Nesta enquete, eles tinham o livre arbítrio para avaliarem as oficinas e de emitirem um comentário sobre as possíveis contribui- ções da atividade. Sendo assim, a enquete revelou os seguintes dados: No quesito “avaliação”, o alunado considerou a proposta signifi- cativa e prazerosa, pois, apesar de ocorrer aos sábados e pela manhã, tratava-se de uma oportunidade tanto de interação, quanto de aprendizado para os partícipes. Na questão, “possíveis contribuições da atividade”, os discentes sinalizaram que as oficinas possibilitavam a construção de saberes diversos e o reconhecimento/aprimoramento de habilidades múlti- plas; complementavam o ensino dentro da sala de aula; proporcionavam atividades extracurriculares e tornavam o ensino mais dinâmico e participativo, ao adicionarem expressões culturais, artísticas e linguísticas positivamente, de maneira que o alunado pôde se identificar, descobrir ou reconhecer sua própria identidade em uma das fases mais importantes da vida – a adolescência. Deste modo, foi possível concluir, ao termino das oficinas do ano letivo 2013, que essas proporcionaram bons resulta- dos aos estudantes e possibilitaram vários momentos de interação e de enriquecimento intelectual. Nesse sentido, os alunos das oficinas 2013 sugerem que essa atividade continue a ser ofertada, que os participantes possam continuar abraçando essa proposta. (Renata Massênio, Oficina Jornal Escolar, 2º D, Matutino). Página 5 de 8