19. Aimorés
Defesa civil entrega
água potável e
mineral em cada
casa.
Não tem fila, não
tem confusão e as
crianças e os idosos
recebem água
mineral.
20.
Rio Doce em Aimorés (MG)
O leito foi desviado por 12 km por causa da hidrelétrica Aimorés,
que é da Vale e da Cemig.
A cidade não aceitou , mas mesmo assim perdeu seu rio.
E agora o rio está morto.
24. Região de
Aimorés /Colatina
A seca e a pecuária já
eram um problema que
agora foi agravado com
a morte do rio doce.
Também foi notada a
falta de vegetação no
topo dos morros.
37. André Ruschi biólogo e ecólogo nos deu uma aula sobre as graves consequências da
contaminação do Rio Doce e do mar. Problemas com a desertificação pela falta de nutrientes
que o rio carregava, problemas para a fauna e flora, problemas com a falta de oxigênio no rio
e no mar, podendo chegar a afetar até o clima do planeta.
Aracruz(ES)
38. Algumas notícias recentes:
No que diz respeito aos níveis elevados de arsênio, manganês e
chumbo detectados nas amostras: Qual o risco que isso representa
para a saúde humana?
Estes três elementos químicos podem impactar a saúde humana
principalmente em longo prazo nos níveis encontrados. Arsênio esta
relacionado com aumento de incidência de câncer e problemas de pele
em populações expostas. Manganês e chumbo podem trazer prejuízos
intelectuais e doenças neurodegenerativas. Acredito que com os níveis
que encontramos nestas primeiras análises, a toxicidade crônica com
estes e outros efeitos seja mais preocupante. E com certeza, merece a
atenção de pesquisadores e profissionais da saúde locais, pois tais
sintomas são lentamente progressivos e irreversíveis.
Fonte: http://ciencia.estadao.com.br/blogs/herton-
escobar/cientistas-acham-metais-pesados-na-agua-com-lama-do-rio-
doce/
39. André Ruschi denuncia “assassinato da 5ª maior bacia hidrográfica brasileira”, diz
que Samarco precisa ser fechada e critica uso do mar para dispersão da poluição
Por Alceu Luís Castilho (@alceucastilho)
O biólogo André Ruschi, diretor da escola Estação Biologia Marinha
Augusto Ruschi, em Aracruz (ES), defende o fechamento da Samarco,
mineradora responsável pelo rompimento da barragem de resíduos em
Mariana (MG). Ele usou uma rede social para falar do impacto em três
Unidades de Conservação, em particular o Refúgio de Vida Silvestre de
Santa Cruz, um dos mais importantes criadouros marinhos do Oceano
Atlântico.
“O fluxo de nutrientes de toda a cadeia alimentar de 1/3 da região sudeste e
o eixo de ½ do Oceano Atlântico Sul está comprometido e pouco funcional
por no mínimo 100 anos”, afirma. Ele aponta “assassinato da quinta maior
bacia hidrográfica brasileira”, diz que a empresa é reincidente e debochou
da prevenção.
40. Ele também critica o licenciamento para o projeto: “Barragens e lagoas de
contenção de dejetos necessitam ter barragens de emergência e plano de
contingência. Como licenciar o projeto sem estes quesitos cumpridos?”
Em outra publicação ele fala sobre o “mar de lama” que se tornou a
enxurrada de resíduos da Samarco: “Não seria melhor evitar que a lama
chegasse ao mar?
Quem teve a brilhante ideia de abrir as comportas das barragens rio abaixo
em vez de fechá-las para conter a lama e depois retirar a lama da calha do
rio? Quem ainda pensa que o mar tem o poder de diluição da poluição? Isto
é um retrocesso da ciência de mais de um século!”
41. Vejam o depoimento inicial dele, conforme publicado em sua página no Facebook:
“Esta sopa de lama tóxica que desce no rio Doce e descerá por alguns anos toda vez
que houver chuvas fortes e irá para a região litorânea do ES, espalhando-se por uns
3.000 km2 no litoral norte e uns 7.000 km2 no litoral ao sul, atingindo três Unidades
de Conservação marinhas – Comboios, APA Costa das Algas e RVS de Santa Cruz,
que juntos somam uns 200.000 km no mar.
Os minerais mais tóxicos e que estão em pequenas quantidades na massa total da
lama, aparecerão concentrados na cadeia alimentar por muitos anos, talvez uns 100
anos.
RVS de Santa Cruz é um dos mais importantes criadouros marinhos do Oceano
Atlântico.
Um hectare de criadouro marinho equivale a 100 quilômetros de floresta tropical
primária. Isto significa que o impacto no mar equivale a uma descarga tóxica que
contaminaria uma área terrestre de de 20 milhões de hectares ou 200 mil km2 de
floresta tropical primária. E a mata ciliar também tem valor em dobro.
Considerando as duas margens, são 1.500 km lineares x 2 = 3.000 km2 ou 300 mil
hectares de floresta tropical primária.
Vocês não fazem ideia.
O fluxo de nutrientes de toda a cadeia alimentar de 1/3 da região sudeste e o eixo de
½ do Oceano Atlântico Sul está comprometido e pouco funcional por no mínimo 100
anos!
Conclusão: esta empresa tem que fechar.
42. Além de pagar pelo assassinato da 5ª maior bacia hidrográfica brasileira. Eles debocharam da
prevenção e são reincidentes em diversos casos.
Demonstram incapacidade de operação crassa e com consequências trágicas e
incomensuráveis. Como não fechar? Representam perigo para a segurança da nação!
O que restava de biodiversidade castigada pela seca agora terminou de ir. Quem sobreviverá?
Quais espécies de peixes, anfíbios, moluscos, anelídeos, insetos aquáticos jamais serão vistas
novamente?
A lista de espécies desaparecidas foram quantas? Se alguém tiver informações, ajudariam a
pensar.
Barragens e lagoas de contenção de dejetos necessitam ter barragens de emergência e plano de
contingência.
Como licenciar o projeto sem estes quesitos cumpridos? Qual a legalidade da licença para
operação sem a garantia de segurança para a sociedade e o meio ambiente?
Sendo Rio Federal a jurisdição é do governo federal, portanto os encaminhamentos devem
serem feitos ao Ministério Público Federal”.
André Ruschi
Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi
Aracruz, Santa Cruz, ES
http://outraspalavras.net/alceucastilho/2015/11/11/lama-da-samarco-biologo-aponta-
impacto-por-100-anos-na-vida-marinha/
43. Tragédia de Mariana: Chefe de direitos humanos da ONU pede ‘investigação completa e
imparcial’
A catástrofe socioambiental provocada pelo rompimento de barragem da mineradora Samarco em Mariana
(MG), no último dia 5/11, atingiu 663 km de rios, com a destruição de 1.469 hectares de terras, incluindo
Áreas de Preservação Permanente (APP), aponta laudo técnico preliminar do Ibama
Comentando a tragédia de Mariana, em Minas Gerais, Zeid pediu uma “investigação completa e
imparcial” e lembrou sobre a responsabilidade conjunta dos governos e das empresas de
proteger e respeitar os direitos humanos, conforme descrito nos Princípios Orientadores das
Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos.
http://www.ecodebate.com.br/2015/12/16/tragedia-de-mariana-chefe-de-direitos-humanos-
da-onu-pede-investigacao-completa-e-imparcial/
Restaurar natureza tomada por lama é impossível; rio Doce pode desaparecer
Os danos ambientais causados pela passagem da enxurrada de lama, provocada pelo
rompimento de barragens da Samarco em Mariana (MG), foram drásticos, devem se estender
por ao menos duas décadas, e, mesmo assim, a restauração total é tida como impossível,
segundo ambientalistas ouvidos pelo UOL.
A lama “cimentou” o bioma e pode até ter causado a extinção de animais e plantas que só
existiam ali – a natureza local morreu soterrada.
Além disso, a bacia do rio Doce ficou vulnerável e terá de criar um novo curso.
http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2015/11/14/120751-restaurar-natureza-
tomada-por-lama-e-impossivel-rio-doce-pode-desaparecer.html