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COLÉGIO FRANCISCANO CORAÇÃO DE MARIA

                      Disciplina: Redação                                   Ensino Médio

                      Atividade: Gabarito Atividade I

                        Série: 1ª   Trimestre: 1º   Data: _______/02/2013    Professor (a): Fernanda Braga

Aluno(a):
                                                         Turma:                Número:



1) Suas previsões sobre o que seria dito no texto se confirmaram?
Com um título como esse, espera-se que o texto falará de como determinada família vem se
sentindo/sofrendo após a morte de um parente. Entretanto, após ler o texto, percebe-se que esse luto a que
faz referência o título é tratado de forma muito mais ampla do que somente um penar diante de uma perda.
2) De acordo com o que se diz no primeiro parágrafo, o que aconteceu com João da Silva? Como isso
   aconteceu?
De acordo com o primeiro parágrafo, João da Silva morreu de hemoptise. Ao verem o corpo de João na
calçada, chamaram a assistência, mas ela não pôde fazer nada, uma vez que o sujeito já estava morto.
Sendo assim, o homem então foi levado para o necrotério.
Obs.: Hemoptise é a expectoração sanguínea através da tosse, proveniente de hemorragia nas vias
respiratórias.     É    comum     a      várias doenças    cardíacas e pulmonares. (Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemoptise - Acesso em 03 Jun. 2011).
3) Quem fala e para quem no primeiro parágrafo? E do segundo parágrafo em diante?
No primeiro parágrafo da crônica, quem fala parece ser alguém que não tem intimidade com o morto, tendo
em vista a linguagem impessoal e objetiva utilizada para noticiar a morte de João da Silva. Percebe-se,
também, nesse parágrafo, o uso da primeira pessoa do singular quando se diz: “...leio o nome do sujeito...”.
Entretanto, do segundo parágrafo em diante, ocorre uma mudança de foco narrativo, isto é, passa-se a se
utilizar a primeira pessoa do plural. Daí em diante quem fala são os amigos e familiares de João da Silva se
dirigindo ao próprio defunto. Isso fica claro em passagens como: “Neste momento em que seu corpo vai
baixar à vala comum, nós, seus amigos e irmãos, vimos lhe prestar esta homenagem”.
4) O que significa o fato de a morte do personagem ter sido noticiada na seção dos "Fatos Diversos" do
   Diário de Pernambuco?
A expressão “Fatos Diversos” indica que qualquer fato pode ser noticiado nesta seção, ou seja, são fatos
sem importância e que não têm distinção uns dos outros, que não merecem serem publicados numa seção de
maior destaque no jornal.
5) Quem são, de fato, os Joões da Silva citados pelo autor no trecho: “Nós somos os populares Joões da
   Silva”?
Os Joões da Silva que não tiveram muitas oportunidades na vida e que, por isso, geralmente ocupam os
cargos cuja remuneração é mais baixa, vivem sob condições precárias de vida, não têm acesso à educação
de qualidade. Esses Joões da Silva são as pessoas socialmente menos privilegiadas da sociedade e que,
consequentemente, sofrem mais com os efeitos da desigualdade social.
6) Veja o seguinte trecho da crônica de Rubem Braga: “Muitos de nós usamos outros nomes, para disfarce.
   No fundo, somos os Silva. [...] Usamos o sobrenome „de Tal‟ ”. O que significa usar o sobrenome „de Tal‟
   e por que se diz que “No fundo, somos os Silva.”?
Silva é um sobrenome popular, muito comum, que não distingue as pessoas. Usar outro sobrenome “de Tal”
seria uma forma de tentar não pertencer a essa família estigmatizada, sem privilégios e que sofre por
pertencer a uma camada social que sobrevive com poucos recursos financeiros e condições precárias.
7) Quando se diz “Até as mulheres que não são de família pertencem à família Silva”, quem são essas mulheres
   e por que se usa a palavra “até”?
A mulher que não é de família é uma expressão que nos remete a mulheres entregues à prostituição, à vida
promíscua. Sendo assim, utiliza-se a expressão até para mostrar o quanto as associações que se fazem à família
Silva são pejorativas, ou seja, tudo ou quase tudo que há de ruim, de marginal, de servil, tem relação com a
família Silva.
8) Quando se refere ao sepultamento de João da Silva, o autor utiliza a expressão “vala comum”. Com que
   intenção ela foi utilizada no texto?
Essa expressão foi utilizada para mostrar que os Silva não têm direito a sepultamento pomposo, com
cerimônias de despedida ou coisa parecida. Pelo contrário, os Silva são todos enterrados num lugar
comum, indiferente. Além disso, pode-se entender também que, sendo um Silva ou um Matarazzo, por
exemplo, depois de mortos todos vão para um lugar só, para debaixo da terra, independentemente de sua
posição social.
9) Você acha que os Silva estão sempre fadados a terminar numa “vala comum”? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.
10) No texto, são citadas várias famílias, como: “A família Crespi, a família Matarazzo, a família Guinle, a
    família Rocha Miranda, a família Pereira Carneiro, todas essas famílias assim são sustentadas pela nossa
    família.”. Qual a diferença entre essas famílias e a família Silva?
A diferença é que essas famílias têm sobrenomes tradicionais, nobres, sobrenomes esses geralmente associados
a famílias ricas, que têm poderes e privilégios na sociedade. Diferentemente da família Silva, cujo sobrenome
tem forte relação, na sociedade, com sobrenomes de famílias mais humildes, mais populares. Daí a importância
associada a um sobrenome como Rocha Miranda e o desprivilegio associado a sobrenomes como Silva. É como
se o sobrenome servisse de identidade para mostrar a que classe social o indivíduo pertence.
11) Como os Silva auxiliam essas famílias? O que há em comum entre essas profissões?
Os Silva auxiliam essas famílias nas plantações de mate, nos pastos, nas fazendas, nas usinas, nas praias, nas
fábricas, nas minas, nos balcões, no mato, nas cozinhas, quebrando pedra, fazendo telha de barro, laçando os
bois, levantando os prédios, conduzindo os bondes, enchendo os porões dos navios, enfim, exercendo uma série
de profissões que geralmente remuneram mal o funcionário. Sendo assim, os Silva geralmente são fadados a
ocuparem as profissões de baixo prestígio na sociedade.
12) Rubem Braga termina sua crônica utilizando a palavra “Apesar”. Justifique o uso dessa conjunção ao final do
    texto.
O apesar, utilizado no final do texto, mostra-nos que, mesmo sendo uma pessoa digna, de valor, mesmo tendo
trabalhado toda uma vida, João da Silva será enterrado como qualquer um, na “vala comum da miséria”.
Mesmo ele tendo exercido trabalhos tão grandiosos enquanto vivo, ainda assim sua luta perante a vida não foi
reconhecida, e ele há então de ir para a vala comum, vala essa em que não se vê nenhum Matarazzo, nenhum
Guinle ou nenhum Rocha Miranda agradecendo pelo que foi João da Silva em suas vidas. Sendo assim, esse
„apesar‟ ao final do texto tem um tom, mesmo que comedido, de revolta pelo não reconhecimento e
desvalorização da família Silva. Mas, mesmo assim, há um desejo manifestado pelo narrador de que os Silvas
ainda serão reconhecidos, ainda terão poder político (“nossa família um dia há de subir na política”).

13) Tente se colocar no lugar do jornalista que noticiou a morte de João da Silva e redija uma notícia para ser
    publicada no Diário de Pernambuco.
Correção em sala.
14) Você conhece alguma pessoa cuja história tenha concretizado a frase final da crônica? Conte para seus
    colegas.
Resposta pessoal.

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Redação sobre crônica de Rubem Braga sobre a família Silva

  • 1. COLÉGIO FRANCISCANO CORAÇÃO DE MARIA Disciplina: Redação Ensino Médio Atividade: Gabarito Atividade I Série: 1ª Trimestre: 1º Data: _______/02/2013 Professor (a): Fernanda Braga Aluno(a): Turma: Número: 1) Suas previsões sobre o que seria dito no texto se confirmaram? Com um título como esse, espera-se que o texto falará de como determinada família vem se sentindo/sofrendo após a morte de um parente. Entretanto, após ler o texto, percebe-se que esse luto a que faz referência o título é tratado de forma muito mais ampla do que somente um penar diante de uma perda. 2) De acordo com o que se diz no primeiro parágrafo, o que aconteceu com João da Silva? Como isso aconteceu? De acordo com o primeiro parágrafo, João da Silva morreu de hemoptise. Ao verem o corpo de João na calçada, chamaram a assistência, mas ela não pôde fazer nada, uma vez que o sujeito já estava morto. Sendo assim, o homem então foi levado para o necrotério. Obs.: Hemoptise é a expectoração sanguínea através da tosse, proveniente de hemorragia nas vias respiratórias. É comum a várias doenças cardíacas e pulmonares. (Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemoptise - Acesso em 03 Jun. 2011). 3) Quem fala e para quem no primeiro parágrafo? E do segundo parágrafo em diante? No primeiro parágrafo da crônica, quem fala parece ser alguém que não tem intimidade com o morto, tendo em vista a linguagem impessoal e objetiva utilizada para noticiar a morte de João da Silva. Percebe-se, também, nesse parágrafo, o uso da primeira pessoa do singular quando se diz: “...leio o nome do sujeito...”. Entretanto, do segundo parágrafo em diante, ocorre uma mudança de foco narrativo, isto é, passa-se a se utilizar a primeira pessoa do plural. Daí em diante quem fala são os amigos e familiares de João da Silva se dirigindo ao próprio defunto. Isso fica claro em passagens como: “Neste momento em que seu corpo vai baixar à vala comum, nós, seus amigos e irmãos, vimos lhe prestar esta homenagem”. 4) O que significa o fato de a morte do personagem ter sido noticiada na seção dos "Fatos Diversos" do Diário de Pernambuco? A expressão “Fatos Diversos” indica que qualquer fato pode ser noticiado nesta seção, ou seja, são fatos sem importância e que não têm distinção uns dos outros, que não merecem serem publicados numa seção de maior destaque no jornal. 5) Quem são, de fato, os Joões da Silva citados pelo autor no trecho: “Nós somos os populares Joões da Silva”? Os Joões da Silva que não tiveram muitas oportunidades na vida e que, por isso, geralmente ocupam os cargos cuja remuneração é mais baixa, vivem sob condições precárias de vida, não têm acesso à educação de qualidade. Esses Joões da Silva são as pessoas socialmente menos privilegiadas da sociedade e que, consequentemente, sofrem mais com os efeitos da desigualdade social. 6) Veja o seguinte trecho da crônica de Rubem Braga: “Muitos de nós usamos outros nomes, para disfarce. No fundo, somos os Silva. [...] Usamos o sobrenome „de Tal‟ ”. O que significa usar o sobrenome „de Tal‟ e por que se diz que “No fundo, somos os Silva.”? Silva é um sobrenome popular, muito comum, que não distingue as pessoas. Usar outro sobrenome “de Tal” seria uma forma de tentar não pertencer a essa família estigmatizada, sem privilégios e que sofre por pertencer a uma camada social que sobrevive com poucos recursos financeiros e condições precárias. 7) Quando se diz “Até as mulheres que não são de família pertencem à família Silva”, quem são essas mulheres e por que se usa a palavra “até”?
  • 2. A mulher que não é de família é uma expressão que nos remete a mulheres entregues à prostituição, à vida promíscua. Sendo assim, utiliza-se a expressão até para mostrar o quanto as associações que se fazem à família Silva são pejorativas, ou seja, tudo ou quase tudo que há de ruim, de marginal, de servil, tem relação com a família Silva. 8) Quando se refere ao sepultamento de João da Silva, o autor utiliza a expressão “vala comum”. Com que intenção ela foi utilizada no texto? Essa expressão foi utilizada para mostrar que os Silva não têm direito a sepultamento pomposo, com cerimônias de despedida ou coisa parecida. Pelo contrário, os Silva são todos enterrados num lugar comum, indiferente. Além disso, pode-se entender também que, sendo um Silva ou um Matarazzo, por exemplo, depois de mortos todos vão para um lugar só, para debaixo da terra, independentemente de sua posição social. 9) Você acha que os Silva estão sempre fadados a terminar numa “vala comum”? Justifique sua resposta. Resposta pessoal. 10) No texto, são citadas várias famílias, como: “A família Crespi, a família Matarazzo, a família Guinle, a família Rocha Miranda, a família Pereira Carneiro, todas essas famílias assim são sustentadas pela nossa família.”. Qual a diferença entre essas famílias e a família Silva? A diferença é que essas famílias têm sobrenomes tradicionais, nobres, sobrenomes esses geralmente associados a famílias ricas, que têm poderes e privilégios na sociedade. Diferentemente da família Silva, cujo sobrenome tem forte relação, na sociedade, com sobrenomes de famílias mais humildes, mais populares. Daí a importância associada a um sobrenome como Rocha Miranda e o desprivilegio associado a sobrenomes como Silva. É como se o sobrenome servisse de identidade para mostrar a que classe social o indivíduo pertence. 11) Como os Silva auxiliam essas famílias? O que há em comum entre essas profissões? Os Silva auxiliam essas famílias nas plantações de mate, nos pastos, nas fazendas, nas usinas, nas praias, nas fábricas, nas minas, nos balcões, no mato, nas cozinhas, quebrando pedra, fazendo telha de barro, laçando os bois, levantando os prédios, conduzindo os bondes, enchendo os porões dos navios, enfim, exercendo uma série de profissões que geralmente remuneram mal o funcionário. Sendo assim, os Silva geralmente são fadados a ocuparem as profissões de baixo prestígio na sociedade. 12) Rubem Braga termina sua crônica utilizando a palavra “Apesar”. Justifique o uso dessa conjunção ao final do texto. O apesar, utilizado no final do texto, mostra-nos que, mesmo sendo uma pessoa digna, de valor, mesmo tendo trabalhado toda uma vida, João da Silva será enterrado como qualquer um, na “vala comum da miséria”. Mesmo ele tendo exercido trabalhos tão grandiosos enquanto vivo, ainda assim sua luta perante a vida não foi reconhecida, e ele há então de ir para a vala comum, vala essa em que não se vê nenhum Matarazzo, nenhum Guinle ou nenhum Rocha Miranda agradecendo pelo que foi João da Silva em suas vidas. Sendo assim, esse „apesar‟ ao final do texto tem um tom, mesmo que comedido, de revolta pelo não reconhecimento e desvalorização da família Silva. Mas, mesmo assim, há um desejo manifestado pelo narrador de que os Silvas ainda serão reconhecidos, ainda terão poder político (“nossa família um dia há de subir na política”). 13) Tente se colocar no lugar do jornalista que noticiou a morte de João da Silva e redija uma notícia para ser publicada no Diário de Pernambuco. Correção em sala. 14) Você conhece alguma pessoa cuja história tenha concretizado a frase final da crônica? Conte para seus colegas. Resposta pessoal.