SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 26
Baixar para ler offline
Sistema de Classificação Decimal de Dewey
TELMA SOCORRO SILVA SOBRINHO
PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE
BIBLIOTECONOMIA
MESTR EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
1 HISTÓRIA DA CDD
A CDD foi criada por Dewey em 1876 e acaba de lançar a sua 22ª edição. Melvil
Dewey, seu criador era Bibliotecário do Amherst College em Massachusetts,
Estados Unidos. Sentiu a necessidade de criar um método para organização dos
itens do acervo da biblioteca sob sua responsabilidade. Antes de Dewey W. T.
Harris havia criado um sistema baseado nas idéias de Francis Bacon, porém em
ordem inversa. Dewey resolveu tomar por base a mesma classificação. Nos
sistemas criados antes da CDD havia um problema: o fato de não permitir a
inserção de novas matérias a estrutura já definida, nem tão pouco a divisão
apropriada de disciplinas. O sistema idealizado por Dewey veio a suprir esta
deficiência por ser um sistema com arranjo decimal e por isso, apresentar a
característica de hospitaleiro.
O sistema de Dewey trazia algumas novas idéias:
O número de classificação atribuído aos documentos não indicava a
posição dos livros nas estantes, mas respondia a relação das disciplinas
entre si;
os números atribuídos a uma disciplina atende a uma estrutura decimal,
por que a cada novo dizimo que se adiciona surge uma subdivisão da
disciplina imediatamente anterior. Deste modo permite em princípio uma
infinidade de subdivisões, sem que seja necessário alternar a ordem
previamente estabelecida;
Outra mudança importante foi que as tabelas principais e auxiliares
podem ser localizadas em um índice relativo, porque relaciona cada termo
com a disciplina a qual corresponde. Os mesmos termos correspondentes
à matérias diferentes podem encontrar-se separados nas disciplinas do
esquema, mas se encontram juntos no índice.
A primeira edição da CDD foi intitulada A classification and Subject Index for
Cataloguing and Arranging the Books and Pamphlets of a Library, contendo mais
de 921 categorias dividas em 10 classes principais de 000 a 900. Além do
esquema existia um índice com mais de 2.500 entradas.
Dewey participou da atualização do sistema até a 13ª edição, publicada em
1932, um ano depois de sua morte.
Pode-se dizer que o sistema vivenciou três períodos com visões diferentes a
respeito de sua atualização considerando a evolução da ciência e da tecnologia
2
desde sua criação até os dias de hoje. Enquanto Dewey era vivo, caracteriza-se
como o primeiro período, pois ele pensava em não alterar os números dados a
uma matéria a fim de evitar as mudanças de organização dos acervos nas
bibliotecas. O segundo período vai da 14ª a 17ª edição em que foram feitas
muitas mudanças, embora parciais, pois as disciplinas não eram alteradas em
sua essência. Já o terceiro período é o contemporâneo em que a dinâmica da
ciência e da tecnologia exigem a reconfiguração completa de uma disciplina,
porém deixando aquelas que não sofreram alterações radicais intactas.
Novas edições são publicadas a cada sete anos. A 22ª edição é de 2003. E
desde a 21ª edição já está disponível uma versão do sistema em CD-ROM. Por
enquanto a versão disponível em CD-ROM é apenas para bibliotecários e
especialistas, no entanto, está sendo preparada uma versão para usuários.
A atual responsável pelas atualizações da CDD é a Biblioteca da Library of
Congress. O trabalho está a cargo de um Conselho formado por representantes
de bibliotecários e professores de biblioteconomia.
A distribuição do Dewey é feita pela Forest Press, que é um departamento da
OCLC. A Forest Press também publica uma versão abreviada. Esta versão é
indicada para bibliotecas escolares e públicas ou comunitárias, como forma de
introduzir os usuários, em seus primeiros contatos com as bibliotecas, no uso de
sistema de organização da informação.
Outra inovação é que a OCLC, publicou uma versão para o uso na Internet.
Disponível em:
HTTP://www.oclc.org/dewey/resources/tutorial/default.htm
2 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA
A CDD é uma ferramenta de organização do conhecimento geral, apropriada
para a organização de bibliotecas de acervo geral. Foi desenvolvido
hierarquicamente em uma rede de relações entre assuntos. Na CDD as
categorias básicas são organizadas por disciplinas ou campos de estudo.
No inicio a CDD era um sistema puramente enumerativo, porém devido as
influências sofridas por outros sistemas como a CDU e a classificação de
Ranganathan, passou a adotar características facetadas, embora muitos ainda a
classifiquem como um sistema enumerativo, o fato de possuir disciplinas que
aparecem em vários locais do sistema conforme sua contextualização, e de
apresentar as tabelas auxiliares, para possibilitar o enfoque de características e
facetas dos assuntos, pode caracterizá-la com um sistema facetado.
Certamente não podemos dizer que seu nível de facetas e tão profundo como
em Ranganathan e CDU, mas apresenta sim alguns indícios de um sistema
facetado.
3 ESTRUTURA DO SISTEMA
3
A estrutura é formada por dez classes principais, distribuídas segundo a
classificação das ciências de Francis Bacon: razão imaginação e memória e
também 7 tabelas auxiliares (até 21.ed.) ou 6 tabelas auxiliares (a partir da
22.ed.)
A décima classe (000 – generalidades) foi criada para arrolar as disciplinas que
por ter um caráter de transversalidade não se apresentavam em nenhuma outra
classe, como biblioteconomia, jornalismo, computação, etc.
Cada classe principal é dividida em mais dez divisões, e cada divisão em mais
dez secções, embora nem todos os algarismos para as divisões e secções
tenham sido utilizados.
O numero de tabelas auxiliares foi alterado na 22.ed., passou a ser apenas 6.
Até a 21.ed. eram 7 tabelas auxiliares, mas na edição atual a tabela 7 de
pessoas foi retirada. As notações para representar pessoas foi para 08 da tabela
1.
4
A estrutura principal da CDD é apresentada resumidamente no começo do
volume 2 em forma de sumários. O primeiro contém as dez principais categorias.
O segundo sumário contém as cem primeiras divisões. O terceiro sumário
contém mil secções. Além destes sumários ainda existem outros, distribuídos
por todo o esquema principal.
4 SUMÁRIOS (SUMMARY)
Os sumários sintetizam as principais divisões de um determinado assunto. Eles
aparecem quando a cadeia de um assunto estiver disposta em mais de duas
páginas, a fim de facilitar o entendimento da classe como um todo.
Exemplo:
SUMMARY
025.001-.9 Standard subdivisions
.02 [Technical processes, information storage and retrieval
systems]
.2 Administration
5
.3 Bibliographic analysis and control
.4 Subject analysis and control
.5 Services for users
.6 Circulation services
.7 Physical preparation for storage and use
.8 Maintenance and preservation of colletions
5 INDICE RELATIVO
O indice relativo é assim denominado porque relaciona assuntos às disciplinas.
No esquema de classificação os assuntos são distribuídos entre disciplinas, a
partir de um principio hierárquico e um arranjo decimal. No índice relativo os
assuntos são arranjados alfabeticamente. Os termos podem ser usados para
representar contextos diferentes ou os vários aspectos pelos quais os assuntos
podem ser abordados, e então vão aparecer reunidos no índice com os símbolos
correspondentes para cada disciplina ou matéria, o que possibilita a escolha
daquele que melhor se encaixa no conceito que se deseja representar.
Aparecem arranjados alfabeticamente abaixo da primeira entrada em margens
recuadas.
Exemplo:
Libraries 027
Accounting 657.832
armed forces 355.346
law 344.092
operations 025
political aspects 021.8
public administrative support 352.744
publications for
bibliographies 011.67
reviews 028.167
publishing 070.594
relationships 021
6
residential interior decoration 747.73
No índice o classificador busca os termos que expressam os conceitos para
localizar os símbolos numéricos que os representam, para depois procurá-los no
esquema principal ou nas tabelas auxiliares.
No exemplo acima se o assunto fosse bibliotecas das forças armadas a notação
a ser escolhida seria 355.346 (Libraries – armed forces)
A ordenação do índice se dá palavra-por-palavra, e quando a busca é feita por
meio de frase ou termo formado por várias palavras se usa o principio da
gramática inglesa em que se inverte a posição do adjetivo com a do substantivo.
Exemplo: Forças armadas – traduz-se : armed forces. As exceções para este
caso está no tratamento para alguns países, porque o nome do país aparece
primeiro.
Exemplo:
India 954
India-Pakistan conflict 95492051
India rubber tree 635.93345
No índice encontramos tanto entradas de conceitos do esquema principal quanto
das tabelas auxiliares, sendo que os números das tabelas auxiliares são aqueles
identificados pelo T de tabela e o número correspondente a referida tabela
No índice encontramos também entradas que não aparecem completas nas
tabelas principais ou auxiliares, porque são fruto de uma síntese de notação.
O assunto administração de uma coleção de mapas será assim localizado no
índice: Maps – library treatment 025.176 (soma de 025.17 + 6, veja maiores
detalhes no item sobre síntese de notação)
Maps 912
T-1 – 022 3
Aeronautics 629.132 54
Cartography 526
military engineering 623.71
7
cataloging 025.646
geographic 912
library treatment 025.176
printing 686.283
publishing 070.579 3
6 PRINCIPIO HIERÁRQUICO
O sistema atende a um principio hierárquico e um arranjo decimal, expressos por
sua estrutura e notação. As disciplinas vão se subdividindo conforme suas
características. Ficarão agrupadas se tiverem semelhanças entre si ou
separadas se tiverem diferenças.
A estrutura hierárquica significa que todos os assuntos (além das dez categorias
principais) são parte dos assuntos mais genéricos acima eles. Do mesmo modo,
o conjunto das partes (assuntos específicos) forma o todo (classes principais).
O encadeamento que ocorre entre as classes, divisões e seções da CDD são
facilmente ilustráveis pela Árvore de Porfírio:
SUBSTÃNCIA
CORPOREA INCORPOREA
CORPO
ANIMADO INANIMADO
CORPO ANIMADO
SENSÍVEL INSENSÍVEL
ANIMAL
RACIONAL IRRACIONAL
HOMEM
MARIA PAULO JOÃO MARCIA
Parte-se de números de pouca extensão, mas com grande intenção(genérico),
para números de muita extensão mais com pouca intenção (específicos)
8
Quando as disciplinas vão se agrupando por suas semelhanças e dividindo-se
por suas diferenças é tecida uma rede de conceitos.
025
operações em bibliotecas,
arquivos
e centros de informação
Conceito: ações para a organização
da biblioteca
025.1
administração
025.2
desenvolviment
o de coleções
025.3
controle
bibliográfico
025.4
Análise de
assunto
025.5
Serviços
ao usuário
025.43
sistemas de
classificação
025.47
catalogação de
assunto
025.48
indexação de
assunto
025.49
vocabulários
controlados
025.482
Precoordinate indexing
025.484
Coordinate e postcoordinate
indexing
025.486
Title Manipulation
(Kwic, Kwoc, etc.)
A divisão análise de assunto (025.4) foi escolhida como um dos itens da classe
Operações de bibliotecas (025), por tratar-se de um dos tipos dessas operações,
que em coordenação com outros tipos de operação (administração - 025.1,
9
desenvolvimento de coleções - 025.2, controle bibliográfico – 025.3, serviços ao
usuário – 025.5, serviços de circulação – 025.6, Espaço físico – 025.7 e
preservação de coleções – 025.8) formam o todo da classe superordenada
(025). Todas essas subdivisões de 025 tem em comum o fato de serem ações
que operacionalizam a organização da biblioteca, e portanto são conceituadas
quase de forma idêntica, apenas com diferenças sutis. Por outro lado a análise
de assunto tem como itens subordinados todos os tipos específicos de
instrumentos e metodologias utilizados na análise de assunto. E assim a rede de
conceitos vai se tecendo – o tema analise de assunto é ao mesmo tempo
superordenado, subordinado e coordenado com outros temas com quem possui
alguma tipo de semelhança ou diferença. Apesar dos assuntos coordenados
serem ligados por algum tipo de semelhança, eles também possuem diferenças
que os individualizam entre si.
7 NOTAÇÃO
Notação é o sistema de símbolos utilizado para representar as disciplinas e suas
subdivisões na categorização de um sistema. A notação dá um significado
exclusivo para cada assunto, não podendo existir assuntos diferentes com um
mesmo conjunto de símbolos. A notação da CDD é formada por números
arábicos o que a torna uma linguagem universal. O primeiro dos três dígitos
representa a classe principal. Por exemplo , 500 representa Ciências Puras. O
segundo dos três dígitos indica a divisão. Por exemplo, 510 para matemática
(sendo 5 ciências puras e 1 matemática), 520 para astronomia (sendo 5 ciências
puras e 2 astronomia, 530 para física (sendo 5 ciências puras e 3 física). O
terceiro dos três dígitos indica a seção. Por exemplo, 530 é utilizado para
trabalhos gerais sobre física e 531 para mecânica clássica.
As notações devem ter no mínimo três dígitos. Portanto, quando uma classe
está em seu nível máximo de generalidade, como por exemplo, 5 (ciências
puras) a notação deve ser completada com dois zeros (500 – ciências puras).
Vale ressaltar que estes zeros que estão a direita não possuem valor semântico,
e podem a qualquer tempo ser substituídos por outros quando for acrescentado
um outro conceito a este primeiro (exemplo: 605 – revista de tecnologia, onde 6
e tecnologia e 05 e a s.s. para revista). Neste caso os dois últimos zeros de
tecnologia (que não tinham valor semântico) foram substituídos por 05 (s.s. para
periódicos).
Devido a notação apresentar-se hierarquicamente, de acordo com o
comprimento da notação os conceitos terão maior ou menor nível de
especificidade. Algarismos de um determinado nível são habitualmente
subordinados a uma classe cuja notação tem um dígito a menos; coordenada
com um classe cuja notação tem o mesmo número de dígitos e superordenada a
um classe com uma quantidade maior de dígitos.
Cães e gatos são mais específicos que animais domésticos. Dentro da cadeia
hierárquica eles estão no mesmo nível e são portanto coordenados entre si.
Cães e gatos em relação a animais domésticos são assuntos subordinados
10
enquanto que animais domésticos em relação a cães e gatos é um assunto
superordenados.
Caso seja necessário utilizar mais de três dígitos, entre o terceiro e o quarto
dígito será inserido um ponto decimal, para facilitar a leitura e memorização da
notação.
Dentro do sistema propriamente dito, quando estão arrolados os assuntos das
tabelas principais, os três primeiros dígitos aparecem apenas uma vez (classe
principal, divisão e seção). Não se repete o primeiro conjunto de dígitos que
estão separados por ponto do restante da notação, ficando subentendido que
antes do ponto está o grupo de números mencionados no inicio do
desenvolvimento daquela seção.
Exemplo:
023 Personnel management (human resource management)
.2 Professional positions
.3 Technician positions
.4 Administrative position
8 SÍNTESE DE NOTAÇÃO
Coordenadas entre si
11
O classificador poderá não encontrar nas tabelas principais um número preciso
para representar um determinado assunto, sendo necessário construir uma
síntese. Porém só é possível realizar uma síntese de notação quando o sistema
autoriza por meio de instruções específicas distribuídas ao longo do sistema.
Exceção se faz para as subdivisões padrão, que podem ser usadas
indistintamente com qualquer número das tabelas principais e para a tabela dois
(área geográfica), pois quando não há a instrução, faz-se a síntese usando o
recurso indireto, com a interposição do – 09 (s.s.) entre o assunto principal e a
tabela de área.
A síntese começa sempre por um número base indicado na instrução ao qual
outro número vai ser adicionado, normalmente atendendo a um extremo
determinado também na instrução “Add to base number........”. Esta instrução
poderá apresentar variações muito sutis, dependendo de cada caso:
Há quatro formas de construir uma síntese de notação:
a) Adicionando uma s.s. a um número das classes principais
(independentemente da existência de instrução autorizando a síntese);
b) Adicionando as tabelas de 2 a 7(até 21ª.ed.) ou 2 a 6 (a partir da 22ªed.),
sendo necessário a existência de uma instrução autorizando o uso da
tabela especifica. No caso da tabela 2 o sistema permite o uso indireto da
tabela para aqueles assuntos em que não haja a instrução.
c) Adicionando outras notações das tabelas principais, aproveitando cadeias
hierárquicas já desenvolvidas em outro assunto;
d) Adicionando tabelas auxiliares criadas para serem usadas em pontos
específicos da tabela principal a outros assuntos principais. Como
acontece nas tabelas auxiliares especiais da CDU. Normalmente a
orientação de uso desse processo se dá pelas notas de rodapé.
O uso da síntese de notação usando um número da tabela principal com um
número da tabela auxiliar será desenvolvido no item tabelas auxiliares.
8 .1 SÍNTESE DE NOTAÇÃO DE ASSUNTO PRINCIPAL COM ASSUNTO
PRINCIPAL
Exemplo:
Uma publicação que aborde o assunto administração de uma coleção de
mapas poderá assim ser classificada: 025.175.
025.17 é a notação para administração de coleções de materiais especiais,
para acrescentar a coleção específica(mapas), o sistema autoriza utilizar a
mesma subdivisão de coleções especiais (025.34) já desenvolvida em outra
parte do sistema no extremo entre 025.341-025.349.
“Add to base number 025.17 the number following 025.34 in 025.341 a 025.349”
12
Ao consultar no extremo indicado pelo sistema, observa-se, que a notação para
mapas é 025.346. Deste modo, de acordo com a instrução deve-se acrescentar
ao número base 025.17 os dígitos que aparecerem depois de 025.34, ficando
assim: 025.176
Número base (025.17)
025.34 Cataloging, classification, indexing of special materials
025.341 Manuscripts, archival materials, rarities
025.342 Clipping, broadsides, pamphlets
025.343 Serial, government publications, report literature
025.344 Electronic resources
025.346 Maps, atlases, globes
025.347 Pictures and materials for projection
025.348 Sound recording and music scores
025.349 Other specials materials
8.2 ORDEM DE CITAÇÃO
A ordem da citação permite que o classificador construa a síntese de notação
usando duas ou mais características de um assunto (facetas), conforme
especificado em notas de instrução. O sucesso em construir um número da CDD
está em determinar que características se aplicam a um trabalho específico, e
então de acordo com as instruções previstas no esquema de classificação
estabelecer a seqüência em que as facetas serão dispostas na notação.
A ordem de citação é sempre detalhada com muito cuidado nas instruções
abaixo do número do esquema de classificação que se deseja usar.
Exemplo:
909.04 History with respect to ethnic and national groups
Add to base number 909.04 notation 05 - 99 from Table 5,
e.g.,
world history of Jews 909.04924; then add 0 and to the result
add
the numbers following 909 in 909.1 - 909.8, e.g., world
history
of Jews in 18th century 909.0492407
O numero 6 e resultante de
025.346, depois de retirado 025.34
13
Para um trabalho sobre a história dos judeus no século XVIII (904.0492407),
esta nota estipula a seguinte ordem de citação para as facetas do assunto:
904.04 - HISTÓRIA DO MUNDO (a escolha deste número é feita porque o povo
judeu não está limitado a uma localização geográfica) + 924 – Judeus (grupo
nacional e étnico) + 0 (o zero que o sistema manda acrescentar após a raça) + 7
- período histórico (proveniente de 909.1 e 909.8, onde 909.7 é século XVIII. O
período histórico será mencionado após a introdução do 0 (zero), conforme
estabelecido na nota “...then add 0 and to the result...”.
8.3 ORDEM DE PREFERENCIA
Se não há a possibilidade de mostrar mais de uma das características ou
aspectos de um assunto tratado na publicação, porque uma escolha deve ser
feita entre elas. A escolha deve ser baseada nas notas de preferência que
estabelecem como fazer a opção.
Exemplo:
305.9 Occupational and miscellaneous groups
Unless otherwise instructed, class a subject with aspects
in two or more subdivisions of 305.9 in the number coming last,e.g.,
unemployed librarians 305.9092 (not 305.90694)
A tradução da nota diz que “a menos que haja outra instrução, classifique um
assunto com aspectos cobertos por duas ou mais subdivisões de 305.9 no
número que estiver por último na hierarquia do esquema de classificação”
O assunto bibliotecários desempregados, deve assim ser classificado 305.9092.
Neste caso o assunto base é o grupo de pessoas. A segunda característica é o
emprego e a ocupação. A ocupação do bibliotecário é 305.9092 e pessoas
desempregadas é 305.90694 dentro da hierarquia das tabelas principais. Pela
instrução apresentada abaixo de 305.9 a característica a ser escolhida é a da
ocupação do bibliotecário, porque é a que vem por último.
9 NOTAS E SINAIS DA CDD
O manuseio da CDD e facilitado pela grande quantidade de notas e sinais que
ela apresenta como forma de esclarecer seu uso.
As notas são importantes porque fornecem a informação que não é óbvia na
hierarquia notacional ou no título, no que diz respeito à ordem, à estrutura, a
subordinação, e às outras matérias. As notas podem aparecer tanto no número
quanto em sua extensão ou no começo de uma tabela. As notas de rodapé são
usadas para as instruções que se aplicam às subdivisões múltiplas de uma
classe, ou a um tópico dentro de uma classe. As entradas individuais no manual
são consideradas também notas.
14
Estas notas e sinais estão divididos em quatro grupos, conforme Benito, Miguel
(Disponível em : http://www.adm.hb.se/~mb/cdu/dewey.htm. capturado em
19.11.2007)
a) Notas que indicam o conteúdo de uma classe ou os sinônimos de tópicos que
correspondem a classe, e que podem ser mais gerais ou específicos.
b) Notas que indicam a posição de uma dada disciplina que precisa de um signo
próprio, ora porque tem insegurança na sua posição, ora porque a disciplina é
muito especifica. Também há notas que ajudam o classificar a subdividir uma
disciplina com exemplos.
c) notas que indicam o conteúdo de outras seções, e/ou como remissivas.
Estas notas servem para ajudar a encontrar o conceito mais apropriado.
Tendo a oportunidade de comparar os conceitos entre si o classificador
ficará mais seguro sobre qual é o mais preciso.
d) notas que explicam as mudanças que ocorreram no sistema tanto nas tabelas
principais como nas auxiliares. Estas notas aparecem abaixo ou ao lado de
números entre colchetes, o que significa que este número deixou de ser usado
apontando para um número que naquela edição está apto a ser usado.
EXEMPLOS:
Add to – acrescentar para
Quando aparece esta nota normalmente é para autorizar uma síntese de
notação.
Exemplo:
727.8 Library Buildings - (Construção de bibliotecas no geral)
Quando o classificador quer especificar o tipo de biblioteca, será
necessário fazer uma síntese de notação. A síntese neste caso é
autorizada desta forma.
> 727.82 – 727.84 Specific kinds of libraries (tipos específicos
de bibliotecas)
.82 General Libraries
Add to base number 727.82 the numbers following 027 in 027.1-
027.8, e.g., public libraries buildings 727.824
15
Class here – Classificar aqui
Exemplo:
572 Human races (raças humanas)
class here physical ethnology (classificar aqui etnologia física)
Use ... para as subdivisões padrão – Use.... for standard subdivisions
Esta nota normalmente aparece para especificar o número de zeros que
deve ser empregado quando o classificador vai utilizar uma s.s. para
complementar o sentido de um assunto principal.
Exemplo:
661 Technology of industrial chemicals
Use 661.001 - 661.009 for standard subdivisions
Common name – Nome vulgar
Obs: estas notas são encontradas em 580 – botânica e 590 - zoologia
Exemplo:
583.135 Violates
Contains Violaceae (violet family)
Common name: pansy (amor-perfeito)
See – ver referências
Significa que parte da classe aonde é feita a referência será classificada na
classe para a qual é feita a remissiva.
Exemplo:
16
727.6 Museum buildings (Edificações de museus)
For art museum building, see 727.7
Há uma variante desta nota quando aconselha ver o manual : See Manual
See also – ver também
Faz remissivas para assuntos relacionados com aquele que está sendo
utilizado pelo classificador.
Exemplo:
641.563 6 Vegetarian cooking (arte culinária vegetariana)
See also 641.65 for cooking vegetables
Relocated – Recolocado
Esta nota indica que o número que está imediatamente anterior a ela não é
mais usado e que foi recolocado em outro lugar da tabela.
Exemplo:
641[.508 82] Cooking with respect to religious groups (arte culinária de
grupos religiosos)
Relocated to 641.567
Do not use – não use
Esta nota tem o mesmo significado da nota anterior relocated , ou seja
remete de um número em desuso para aquele que está em uso.
Exemplo:
641[.502 4] Works for specific types of users (trabalhos para tipos
específicos de usuários)
Do not use; class in 641.51
17
Formerly - Anteriormente
Esta nota faz a referência inversa das notas relocated ou Do not use, ou
seja, informa em que notação aquele assunto era classificado em edições
anteriores.
Exemplo:
641.567 For religious limitations and observances
Class here cooking with respect to religious groups [formerly 641.50882],
cooking for days of feast and fast
Discontinued – Descontinuada (subdivisões descontinuadas)
Representa que aquela subdivisão foi suspensa e deve ser classificada na
divisão imediatamente acima.
Exemplo:
149[.943] Linguistic analysis
Number discontinued; class in 149.94
[Unassigned] – Não utilizado
Significa que o referido número já foi utilizado como assunto em alguma
edição passada. Vem acompanhada de outra nota Most recently used in
Edition, na qual apresenta a última edição onde o número foi utilizado.
Exemplo:
[444] [Unassigned]
Most recently used in Edition 16
Além das notas também existem no sistema sinais que ajudam nas
instruções para seu uso.
a) [ ] Colchetes (square brackets)
18
Um número entre colchetes não está sendo utilizado na presente edição.
Exemplo>
384[.4] Submarine cable telegraphy
Relocated to 384.1
b) ( ) Parênteses – Parenthesis
Um número entre parênteses é opcional e vem acompanhado da nota
(optional number, prefer ...). Com esta nota o sistema remete para o número
mais apropriado.
Exemplo:
(026) Law
c) Sinal de maior
Apresenta os extremos de um assunto
Exemplo:
> 430.1 – 438.6 Subdivisions of German Language (significa que
entre os números 430.1 a 438.6 serão arroladas as subdivisões para a língua
alemã)
d) * Asteriscos – Asterisks
Adaga - Daggers
Estes dois sinais remetem para nota de rodapé, onde devem ser
observadas notas para cada caso.
Exemplo:
429 * Old English (Anglo-Saxon)
19
Na nota de rodapé aparecerá a seguinte nota:
* Add to base number as instructed under 420-490
442+ Etymology of Standard French
Na nota de rodapé aparecerá a seguinte nota:
+ Add to 44 as instructed under 420-490
Quando se busca e encontra um número no esquema é importante que seja
observado o número hierárquicamente acima e a baixo pode-se encontrar
alguma dessas notas de interesse, e o título pode não ser suficiente para
entender do que se trata.
10 CLASSIFICAR OBRAS USANDO A CDD
Classificar um trabalho com a CDD requer a determinação do assunto, do foco
disciplinar, e, se aplicável, do enfoque e da forma.
Classificar um trabalho depende primeiro de saber determinar o assunto do
trabalho corretamente. Um elemento chave para determinar o assunto da
publicação é a intenção do autor.
Alguns elementos da publicação devem ser levados em conta:
a) O título é um indício do assunto, mas nunca deve ser a única fonte da
análise. Para o exemplo, quem comeu meu queijo? é um trabalho sobre
como lidar com as mudanças, não é um trabalho relacionado culinária. Do
mesmo modo, a Casa de Invenções, fala sobre bibliotecas e não sobre
tecnologias. Também um título com termos específicos que são
subdivisões de um campo maior pode no uso de tais termos
simbolicamente representar o tópico mais geral. Para o exemplo, os
títulos que contêm termos como chromosomes, DNA, genes, e os
genomas podem representar simbolicamente o assunto geral, como
sendo genética bioquímica.
b) O sumário pode listar os principais tópicos discutidos. Os títulos do
capítulo podem substituir a ausência de um índice. E os subtítulos dos
capítulos podem ser também úteis.
c) O prefácio ou a introdução indicam geralmente a finalidade do autor. Se
um prefácio for fornecido, freqüentemente indica o assunto do trabalho e
20
sugere o lugar do trabalho no desenvolvimento do pensamento sobre
aquele assunto. A orelha do livro ou outros elementos como o índice
também podem ajudar.
d) Uma leitura mais detalhada do texto pode fornecer uma orientação
adicional ou confirmar a análise preliminar.
e) As referências bibliográficas e as entradas do índice podem ser uma fonte
de informação
f) A ficha da catalogação na fonte freqüentemente é útil fornecendo títulos,
responsabilidade, números da classificação e notas. Tal cópia aparece
em serviços online e no verso da folha de rosto ou falsa folha de rosto dos
livros. No entanto os dados destas fontes devem ser verificados, pois nem
sempre estas fichas são feitas por pessoal qualificado.
g) Em último caso devem ser feitas consultas a fontes externas, como
recensões, obras de referência, e até mesmo especialistas.
10.1 A DISCIPLINA QUE MELHOR REPRESENTA O ASSUNTO DA
PUBLICAÇÃO
Após determinar o assunto, o classificador deve então selecionar a disciplina
apropriada, ou o campo de estudo do trabalho.
O principio que rege a CDD é que um assunto deve ser classificado dentro da
disciplina da qual resulta o trabalho e não na disciplina da qual deriva o trabalho.
Isto permite que os trabalhos que abordam os mesmos assuntos sejam
arranjados juntos. Para o exemplo, um trabalho geral sobre animais utilizados no
controle de peste na agricultura deve ser classificado em agricultura, não em
zoologia, junto com outros trabalhos que abordam o controle de pestes na
agricultura.
Se o assunto foi determinado e a disciplina foi encontrada, o classificador vai
para as tabelas principais. Os sumários podem ser utilizados para uma
navegação inicial. Os sinais, as notas das tabelas principais e o manual
fornecem muita orientação. O índice relativo pode ajudar sugerindo as
disciplinas em que um assunto pode ser normalmente tratado.
Se o índice relativo for usado, o classificador deve confirmar no esquema de
classificação durante todo o processo até chegar no lugar apropriado para
classificar o trabalho. Mesmo que o número indicado pelo índice seja totalmente
confiável a confirmação deve ser feita, pois o esquema de classificação é o
único lugar onde se encontra uma posição definitiva.
10.2 MAIS DE UM ASSUNTO NA MESMA DISCIPLINA
Um trabalho pode incluir múltiplos assuntos tratados separadamente ou em
relação um a outro, do ponto de vista de uma única disciplina. Use as seguintes
orientações para determinar a melhor classificação de um trabalho:
21
a) Classifique um trabalho que trata de vários assuntos de uma mesma
classe na disciplina que abrange todos eles. Esta é chamada de regras de
aplicação e precede todas as outras regras.
b) Classifique um trabalho com dois assuntos no assunto que recebe o
tratamento mais significativo.
c) Se os dois assuntos receberem o tratamento igual, e um não for usado
para introduzir ou explicar o outro, classifique o trabalho com o assunto
cujo o número vem primeiramente nas tabelas da CDD. Esta é regra
chamada primeiro dos dois. Por exemplo, uma publicação que trata
igualmente dos estados unidos e do Japão, mesmo que os estados
unidos forem discutidos primeiramente e apareçam primeiramente no
título, a publicação será classificada em história do Japão, porque Japão
(952) precede Estados Unidos (973) no esquema de classificação.
Obs: às vezes, instruções específicas orientam para o uso de números
que não venham primeiramente nas tabelas. Esqueça também a regra
primeiro dos dois quando os dois tópicos forem duas subdivisões
principais de um mesmo assunto.
d) Classifique um trabalho com três ou mais assuntos todos de uma mesma
subdivisão de assunto geral no primeiro número mais amplo na cadeia
hierárquica e que inclui a todos (a menos que um assunto seja tratado
mais detalhadamente do que o outro). Esta é a chamada regra dos três.
Por exemplo, historia de Portugal (946.9), Suécia (948.5), e Grécia
(949.5) são classificados com historia da Europa (940).
e) As subdivisões que começam com o zero devem ser evitadas se houver
uma escolha entre 0 e 1-9 no mesmo ponto na hierarquia da notação.
Similarmente, as subdivisões que começam com os 00 devem ser
evitadas quando há uma escolha entre 00 e 0. Esta é a chamada regra
dos zeros. Por exemplo, uma biografia de um missionário metodista
americano na China, classifica-se em 266 – Missões. O conteúdo pode
ser representado em três números diferentes:
266.0092 – biografia de um missionário
266.02373051 – Missões estrangeiras dos estados unidos na China
266.76092 – Biografia de um missionário americano da Igreja
metodista
O último número é o preferido porque tem o zero na quarta posição
10.3 MAIS DE UMA DISCIPLINA
Tratar um assunto do ponto da vista de mais de uma disciplina é diferente de
tratar diversos assuntos em uma mesma disciplina. Use as seguintes
orientações para ajudar a determinar a melhor e mais apropriada classificação
para um trabalho:
22
a) Caso exista no índice uma opção interdisciplinar dê preferência a ele. Mas
para usar um número interdisciplinar é necessário o trabalho conter o
material significativo na disciplina em que o número interdisciplinar é
encontrado. Por o exemplo, 305.231 (um número para sociologia) são
indicados para trabalhos interdisciplinares no desenvolvimento da criança.
Entretanto, se um trabalho que seja interdisciplinar com respeito ao
desenvolvimento da criança der pouca ênfase ao desenvolvimento social
e a ênfase maior for para o desenvolvimento psicológico e físico da
criança (155.4 e 612.65, respectivamente), classifique-o em 155.4 (o
primeiro número que aparece na tabela principal das duas escolhas
óbvias).
b) Quando não houver um número interdisciplinar, utiliza-se aquele que foi
abordado no trabalho com detalhamento. Por exemplo, um trabalho que
trata dos princípios científicos e da engenharia da eletrodinâmica é
classificado em 537.6, se os aspectos de engenharia forem introduzidos
primeiramente para finalidades ilustrativas, mas em 621.31 se as teorias
científicas básicas forem somente preliminares à exposição do autor
sobre os princípios e práticas da engenharia.
c) Ao classificar trabalhos interdisciplinares, não deixe de observar as
possibilidades das classes principais de 000, computadores, informação e
referência geral, por exemplo, 080 para uma coleção das entrevistas de
pessoas famosas das várias disciplinas.
As outras situações são tratadas da mesma forma como naquelas
instruções encontradas em mais de um assunto da mesma disciplina
Quando diversos números forem adequados para classificar um trabalho,
e não se tendo como escolher entre eles, os critérios a seguir podem ser usados
na ausência de outra regra:
1) Tipos de coisas
2) Parte das coisas
3) Os materiais, os tipos e as partes de que as coisas são feitas
4) Propriedades das coisas, dos tipos, das peças, ou dos materiais
5) Processos dentro das coisas, dos tipos, das peças, ou dos materiais
6) Operações em cima das coisas, dos tipos, das peças, ou dos materiais
7) Instrumentos para executar tais operações
OBS: Mas não aplique estas regras se ocasionarem um
distanciamento em relação as intenções do autor ao escrever a obra.
11 TABELAS AUXILIARES
As tabelas auxiliares foram criadas para evidenciar aspectos ou facetas
tratadas em relação a um determinado assunto, daí porque no manual da CDD
(22.ed.) os organizadores do sistema a intitulam como um sistema também
23
facetado, embora a maioria dos autores que escrevem sobre a CDD a intitulem
como enumerativa.
11. 1 SUBDIVISÕES PADRÃO (tabela 1)
As subdivisões padrão (s.s.) são aplicáveis a qualquer número das
classes principais, a não ser que exista alguma instrução aconselhando a não
usá-las sob uma determinada notação. Podem ser utilizadas para:
a) indicar uma forma bibliográfica, como: enciclopédias, periódicos,
materiais audiovisuais, etc.
b) indicar delimitações que restringem o assunto tratado pelo autor,
como: áreas geográficas, períodos históricos e tipos de pessoas,
etc.
c) especificar os tipos de informações dadas sobre o assunto,
como: ilustrações, listas de produtos, identificação de marcas,
estatísticas, etc.
d) indicar os métodos trazidos de outras disciplinas como forma de
abordagem do assunto, como: educação, administração,
pesquisa,etc.
e) indicar um assunto por seus usuários, como: o assunto como
profissão, trabalhos sobre um tipo especifico de usuário, etc.
f) indicar subdivisões diversas, como: biografia, tratamento
humorístico, etc.
As características comuns de uma s.s. é que elas identificam as
delimitações de um assunto. Mas só devem ser usadas quando absolutamente
necessárias, para evitar confusões dos usuários. Em alguns casos elas podem
ser redundantes. Por exemplo: em um trabalho sobre carpintaria em que seja
usado o número 694 (assunto principal), torna-se desnecessário incluir o número
–024694 (tabela 1 – para indicar carpinteiros).
Não se deve adicionar uma subdivisão padrão à outra, exceto quando
indicado por alguma instrução especifica para o caso. A seguir serão descritos
casos em que um s.s. pode ser acrescentada à outra.
a) Com a divisão T1-04, que não é propriamente uma subdivisão,
mas um tópico especial para permitir a introdução de aspectos
ainda não desenvolvidos de –1 a –9;
b) Com uma s.s. que tiver, especialmente, seu significado
estendido ou trocado, por exemplo, periódico de psicologia
educacional, 370.1505, pirometalurgia 669.028205, situação e
condições políticas 320.9005 ;
c) Para a s.s. –09 (historia) certas subdivisões são especificamente
providenciais, notadamente para estatística(T1-021) , ilustrações
(T1-022), museus, coleções, etc(T1-074) . No caso de T1–074,
não é redundante acrescentar a segunda área, que é mais
especifica que a primeira, exemplo, o uso T1 –09810748161 –
coleções de objetos brasileiros em São Paulo.
24
d) Com subdivisões com conceitos deslocados para números
diferentes de zero (usualmente para tratamento geográfico) um
rol completo de subdivisões esta disponível, exemplo,
administração de instituições penais na Grã-Bretanha
365.941068. No entanto, Administração de hospitais na Grã-
Bretanha é classificado em 362.11068 (não foi permitido o uso
de duas s.s.). Para enciclopédias sobre as instituições penais da
Inglaterra a classificação é 365.94103 e enciclopédias sobre
hospitais da Inglaterra 362.110941.
As subdivisões padrão são sempre iniciadas com um zero, e será este
zero que as identificarão no numero de notação (-074). No momento de fazer a
síntese de notação utilizando uma s.s. para completar o número principal
existem casos em que será necessário acrescentar zeros.
Antes de explicar melhor este caso é bom lembrar que existem assuntos
principais terminados em zero (300-ciencias sociais, 320-politica). Estas
notações terminam em zero para cumprir a um principio da CDD que diz que
será necessário o mínimo de 3 dígitos para representar um assunto. No entanto,
estes zeros à direita não possuem valor semântico e, portanto, não tem qualquer
significado.
Exemplo: 100
O número 1 significa filosofia e os dois zeros
restantes completam um mínimo de três dígitos
exigidos.
filosofia
150
O numero 1 significa filosofia e o número 5 psicologia
entendida como um ramo da filosofia e o zero restante
para completar um mínimo de três dígitos.
(1) (5)
filosofia Psicologia
No momento de fazer a síntese de notação (tabela principal + tabela
auxiliar) os zeros à direita perdem a função, pois a notação será completada
com uma tabela auxiliar, passando a ter um número igual ou superior a 3 dígitos.
E assim estes zeros podem ser eliminados.
Exemplo: Revista de tecnologia
Revista T1-05
605
Tecnologia - 600
O número 6 significa tecnologia e o 05 revista. Nota-se que os dois zeros
finais de tecnologia foram eliminados.
25
Porém em certos casos, o sistema determina um número de zeros
superior a um para identificar uma s.s.
Exemplo: Revista de Ciências Sociais
Revista T1-05
300.5
Ciências Sociais
Em casos como este se imagina que os zeros das Ciências Sociais foram
mantidos. No entanto, o sistema determinou que fosse acrescentado mais um
zero para identificar a s.s. O fato do ponto decimal estar depois dos dois zeros
não significa que os zeros são do assunto principal. Na verdade primeiro se
constrói a notação e depois se coloca o ponto decimal entre o terceiro e o quarto
dígito.
Existem casos ainda que o número do assunto principal não termina em
zero e mesmo assim o sistema determina que sejam acrescentados um número
de zeros superior aquele que representará a s.s.
Exemplo:
660.2 general topics in chemical engineering
.28 specific types of chemical plant and specific activities in
chemical plants
.208 01-.280 09 Standard Subdivisions
.280 4 Safety measures
.280 7 specific types of chemical plants
.280 71 Bench-scale plants
.280 72 pilot plants
.280 73 full-scale plants
Neste caso, além do zero próprio da s.s. o sistema manda acrescentar mais um
zero. Isto ocorre porque a apresentação apenas com um zero foi desenvolvida
para subdivisões do próprio 660.28 (660.2804 Safety measures)
As subdivisões padrão não são listadas no esquema principal exceto quando é
necessário completar os três dígitos, por exemplo, 605 revista de tecnologia.
26
11. 2 TABELA DE ÁREA GEOGRÁFICA (tabela 2)
O uso da tabela 2 pode ser feito de duas formas:
Uso direto – a subdivisão de área pode ser adicionada diretamente aos números
das classes principais, mas somente quando especificada em uma nota. Neste
caso é necessário ser encontrada uma instrução autorizando o uso da tabela 2
“add to base number .... notation ... from table 2”.
Exemplo: Bibliotecas escolares do Pará 027.828115
Número base
027.823-.829 Specific libraries
Add to base number 027.82 notation 3-9 from table 2
Uso indireto – a tabela 2 é usada a maioria das vezes com a notação -09 da
tabela 1, quando não for encontrada as instruções específicas. Para o exemplo,
leitura no ensino fundamental da Austrália é 372.40994 (372.4 leitura no ensino
fundamental + 09 (tratamento histórico,, geográfico e de pessoas da tabela 1) +
94 (Austrália da tabela 2). A notação da tabela 2 é adicionada também a outras
subdivisões padrão da tabela 1 (por exemplo, subdivisões padrão – 025, – 074)
Leitura no ensino subdivisão padrão (T1) Austrália
Fundamental Tratamento geográfico Tabela 2
Área geográfica
Pará
372.4
444
09 94

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Os Rumos da Catalogação Contemporâneas: RDA: Resource Description Access
Os Rumos da Catalogação Contemporâneas: RDA: Resource Description AccessOs Rumos da Catalogação Contemporâneas: RDA: Resource Description Access
Os Rumos da Catalogação Contemporâneas: RDA: Resource Description AccessUniversidade de São Paulo
 
Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 2
Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 2Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 2
Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 2Thalita Gama
 
Classificação Decimal Universal (aula completa)
Classificação Decimal Universal (aula completa)Classificação Decimal Universal (aula completa)
Classificação Decimal Universal (aula completa)Raquel Prado Leite de Sousa
 
Classificação Decimal de Dewey - CDD
Classificação Decimal de Dewey - CDDClassificação Decimal de Dewey - CDD
Classificação Decimal de Dewey - CDDDayanne Araújo
 
1 Desenvolvimento de coleções: introducao
1 Desenvolvimento de coleções: introducao1 Desenvolvimento de coleções: introducao
1 Desenvolvimento de coleções: introducaoLeticia Strehl
 
Serviço processo referencia
Serviço processo referencia Serviço processo referencia
Serviço processo referencia Célia Dias
 
Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 3
Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 3Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 3
Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 3Thalita Gama
 
RDA como novo código de catalogação
RDA como novo código de catalogaçãoRDA como novo código de catalogação
RDA como novo código de catalogaçãoMarcelo Votto
 
MARC 21
MARC 21MARC 21
MARC 21UNESP
 
ISBD Consolidada: introdução básica - versão 2015
ISBD Consolidada: introdução básica - versão 2015ISBD Consolidada: introdução básica - versão 2015
ISBD Consolidada: introdução básica - versão 2015Universidade de São Paulo
 
Glossário de Biblioteconomia
Glossário de BiblioteconomiaGlossário de Biblioteconomia
Glossário de BiblioteconomiaRodrigo Rocha
 
Exaustividade, precisão e consistência em indexação: sistematização conceitual
Exaustividade, precisão e consistência em indexação: sistematização conceitualExaustividade, precisão e consistência em indexação: sistematização conceitual
Exaustividade, precisão e consistência em indexação: sistematização conceitualLuciana Piovezan
 

Mais procurados (20)

Catalogação
CatalogaçãoCatalogação
Catalogação
 
Aula De Cdd
Aula De CddAula De Cdd
Aula De Cdd
 
Os Rumos da Catalogação Contemporâneas: RDA: Resource Description Access
Os Rumos da Catalogação Contemporâneas: RDA: Resource Description AccessOs Rumos da Catalogação Contemporâneas: RDA: Resource Description Access
Os Rumos da Catalogação Contemporâneas: RDA: Resource Description Access
 
Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 2
Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 2Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 2
Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 2
 
Classificação Decimal Universal (aula completa)
Classificação Decimal Universal (aula completa)Classificação Decimal Universal (aula completa)
Classificação Decimal Universal (aula completa)
 
Classificação Decimal de Dewey - CDD
Classificação Decimal de Dewey - CDDClassificação Decimal de Dewey - CDD
Classificação Decimal de Dewey - CDD
 
Minicurso - Catalogação em RDA
Minicurso - Catalogação em RDAMinicurso - Catalogação em RDA
Minicurso - Catalogação em RDA
 
1 Desenvolvimento de coleções: introducao
1 Desenvolvimento de coleções: introducao1 Desenvolvimento de coleções: introducao
1 Desenvolvimento de coleções: introducao
 
Serviço processo referencia
Serviço processo referencia Serviço processo referencia
Serviço processo referencia
 
Estudo de Usuários - Conceitos e Aplicações
Estudo de Usuários - Conceitos e AplicaçõesEstudo de Usuários - Conceitos e Aplicações
Estudo de Usuários - Conceitos e Aplicações
 
Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 3
Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 3Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 3
Preparatório Santa Biblioteconomia - Foco UFF e Aeronáutica - Aula 3
 
RDA como novo código de catalogação
RDA como novo código de catalogaçãoRDA como novo código de catalogação
RDA como novo código de catalogação
 
Rede Bibliodata
Rede BibliodataRede Bibliodata
Rede Bibliodata
 
MARC 21
MARC 21MARC 21
MARC 21
 
ISBD Consolidada: introdução básica - versão 2015
ISBD Consolidada: introdução básica - versão 2015ISBD Consolidada: introdução básica - versão 2015
ISBD Consolidada: introdução básica - versão 2015
 
Principios tecnicas de_indexacao[1]
Principios tecnicas de_indexacao[1]Principios tecnicas de_indexacao[1]
Principios tecnicas de_indexacao[1]
 
Glossário de Biblioteconomia
Glossário de BiblioteconomiaGlossário de Biblioteconomia
Glossário de Biblioteconomia
 
Catalogacao aulas1
Catalogacao aulas1Catalogacao aulas1
Catalogacao aulas1
 
Exaustividade, precisão e consistência em indexação: sistematização conceitual
Exaustividade, precisão e consistência em indexação: sistematização conceitualExaustividade, precisão e consistência em indexação: sistematização conceitual
Exaustividade, precisão e consistência em indexação: sistematização conceitual
 
Classificação Decimal Universal 1
Classificação Decimal Universal 1Classificação Decimal Universal 1
Classificação Decimal Universal 1
 

Destaque

Destaque (8)

Trabalho Do Dewey
Trabalho Do DeweyTrabalho Do Dewey
Trabalho Do Dewey
 
Cdd Apresentacao Powerpoint
Cdd Apresentacao PowerpointCdd Apresentacao Powerpoint
Cdd Apresentacao Powerpoint
 
Cdd
CddCdd
Cdd
 
AACR2r Parte II: Pontos de acesso (2015)
AACR2r Parte II: Pontos de acesso (2015)AACR2r Parte II: Pontos de acesso (2015)
AACR2r Parte II: Pontos de acesso (2015)
 
GStreamer 101
GStreamer 101GStreamer 101
GStreamer 101
 
Aacr2 pdf book
Aacr2 pdf bookAacr2 pdf book
Aacr2 pdf book
 
Gstreamer: an Overview
Gstreamer: an OverviewGstreamer: an Overview
Gstreamer: an Overview
 
Criando Bons Slides - Prof. Jiani Cardoso
Criando Bons Slides - Prof. Jiani CardosoCriando Bons Slides - Prof. Jiani Cardoso
Criando Bons Slides - Prof. Jiani Cardoso
 

Semelhante a CDD

Sistema de Classificação de Brown
Sistema de Classificação de BrownSistema de Classificação de Brown
Sistema de Classificação de BrownMarcos Teruo Ouchi
 
Tratamento TéCnico
Tratamento TéCnicoTratamento TéCnico
Tratamento TéCnicoguest15da3c
 
Tratamento TéCnico
Tratamento TéCnicoTratamento TéCnico
Tratamento TéCnicoguest15da3c
 
Classificações Facetadas
Classificações FacetadasClassificações Facetadas
Classificações FacetadasCarla Ferreira
 
Porque bibliotecários usam bancos de dados esquisitos
Porque bibliotecários usam bancos de dados esquisitosPorque bibliotecários usam bancos de dados esquisitos
Porque bibliotecários usam bancos de dados esquisitosLuciano Ramalho
 
Tabela de classificação por cores (Organização do acervo)
Tabela de classificação por cores (Organização do acervo)Tabela de classificação por cores (Organização do acervo)
Tabela de classificação por cores (Organização do acervo)camilasarmento80
 
Bases de Dados, Metadados e Formatos de intercâmbio de dados
Bases de Dados, Metadados e Formatos de intercâmbio de dadosBases de Dados, Metadados e Formatos de intercâmbio de dados
Bases de Dados, Metadados e Formatos de intercâmbio de dadosPriscyla Patrício
 
Einaudi v2 1 rosto & apresentação
Einaudi v2 1 rosto & apresentaçãoEinaudi v2 1 rosto & apresentação
Einaudi v2 1 rosto & apresentaçãoqueirosiana
 
Colon Classification
Colon ClassificationColon Classification
Colon ClassificationLaura Inafuko
 
Modelos de banco de dados
Modelos de banco de dadosModelos de banco de dados
Modelos de banco de dadosEdgar Stuart
 
Estrutura e técnicas para elaborar um artigo científico laudemria silva rabelo
Estrutura e técnicas para elaborar um artigo científico   laudemria silva rabeloEstrutura e técnicas para elaborar um artigo científico   laudemria silva rabelo
Estrutura e técnicas para elaborar um artigo científico laudemria silva rabelojms12391
 
Estrutura e técnicas para elaborar um artigo científico laudemria silva rabelo
Estrutura e técnicas para elaborar um artigo científico   laudemria silva rabeloEstrutura e técnicas para elaborar um artigo científico   laudemria silva rabelo
Estrutura e técnicas para elaborar um artigo científico laudemria silva rabelojms12391
 
Banco de dados relacional
Banco de dados relacionalBanco de dados relacional
Banco de dados relacionalkevin erllen
 
Bancodedados
BancodedadosBancodedados
Bancodedadosnikson123
 
Resource Description and Access (RDA): objetivos, características e desenvolv...
Resource Description and Access (RDA): objetivos, características e desenvolv...Resource Description and Access (RDA): objetivos, características e desenvolv...
Resource Description and Access (RDA): objetivos, características e desenvolv...Fabrício Silva Assumpção
 
Novas tecnologias versus Velhos Padrões
Novas tecnologias versus Velhos PadrõesNovas tecnologias versus Velhos Padrões
Novas tecnologias versus Velhos PadrõesDôra Nogueira
 

Semelhante a CDD (20)

Sistema de Classificação de Brown
Sistema de Classificação de BrownSistema de Classificação de Brown
Sistema de Classificação de Brown
 
Tratamento TéCnico
Tratamento TéCnicoTratamento TéCnico
Tratamento TéCnico
 
Tratamento TéCnico
Tratamento TéCnicoTratamento TéCnico
Tratamento TéCnico
 
Classificações Facetadas
Classificações FacetadasClassificações Facetadas
Classificações Facetadas
 
James Duff Brown
James Duff  BrownJames Duff  Brown
James Duff Brown
 
Porque bibliotecários usam bancos de dados esquisitos
Porque bibliotecários usam bancos de dados esquisitosPorque bibliotecários usam bancos de dados esquisitos
Porque bibliotecários usam bancos de dados esquisitos
 
Tabela de classificação por cores (Organização do acervo)
Tabela de classificação por cores (Organização do acervo)Tabela de classificação por cores (Organização do acervo)
Tabela de classificação por cores (Organização do acervo)
 
Bases de Dados, Metadados e Formatos de intercâmbio de dados
Bases de Dados, Metadados e Formatos de intercâmbio de dadosBases de Dados, Metadados e Formatos de intercâmbio de dados
Bases de Dados, Metadados e Formatos de intercâmbio de dados
 
Einaudi v2 1 rosto & apresentação
Einaudi v2 1 rosto & apresentaçãoEinaudi v2 1 rosto & apresentação
Einaudi v2 1 rosto & apresentação
 
Colon Classification
Colon ClassificationColon Classification
Colon Classification
 
Modelos de banco de dados
Modelos de banco de dadosModelos de banco de dados
Modelos de banco de dados
 
manual-cdd.pdf
manual-cdd.pdfmanual-cdd.pdf
manual-cdd.pdf
 
Artigo couchdb
Artigo couchdbArtigo couchdb
Artigo couchdb
 
Modelo de artigo
Modelo de artigoModelo de artigo
Modelo de artigo
 
Estrutura e técnicas para elaborar um artigo científico laudemria silva rabelo
Estrutura e técnicas para elaborar um artigo científico   laudemria silva rabeloEstrutura e técnicas para elaborar um artigo científico   laudemria silva rabelo
Estrutura e técnicas para elaborar um artigo científico laudemria silva rabelo
 
Estrutura e técnicas para elaborar um artigo científico laudemria silva rabelo
Estrutura e técnicas para elaborar um artigo científico   laudemria silva rabeloEstrutura e técnicas para elaborar um artigo científico   laudemria silva rabelo
Estrutura e técnicas para elaborar um artigo científico laudemria silva rabelo
 
Banco de dados relacional
Banco de dados relacionalBanco de dados relacional
Banco de dados relacional
 
Bancodedados
BancodedadosBancodedados
Bancodedados
 
Resource Description and Access (RDA): objetivos, características e desenvolv...
Resource Description and Access (RDA): objetivos, características e desenvolv...Resource Description and Access (RDA): objetivos, características e desenvolv...
Resource Description and Access (RDA): objetivos, características e desenvolv...
 
Novas tecnologias versus Velhos Padrões
Novas tecnologias versus Velhos PadrõesNovas tecnologias versus Velhos Padrões
Novas tecnologias versus Velhos Padrões
 

Mais de Natallie Alcantara

Mais de Natallie Alcantara (11)

Editoração
EditoraçãoEditoração
Editoração
 
Automação de bibliotecas
Automação de bibliotecasAutomação de bibliotecas
Automação de bibliotecas
 
CDU
CDUCDU
CDU
 
Arquivologia
ArquivologiaArquivologia
Arquivologia
 
Femnista
FemnistaFemnista
Femnista
 
Costume Chronicles
Costume ChroniclesCostume Chronicles
Costume Chronicles
 
The Hanging Gardens of Babylon
The Hanging Gardens of BabylonThe Hanging Gardens of Babylon
The Hanging Gardens of Babylon
 
A construção do leitor em Tolkien: Um estudo a partir do Fórum Valinor
A construção do leitor em Tolkien: Um estudo a partir do Fórum ValinorA construção do leitor em Tolkien: Um estudo a partir do Fórum Valinor
A construção do leitor em Tolkien: Um estudo a partir do Fórum Valinor
 
Editoracao artigo
Editoracao artigoEditoracao artigo
Editoracao artigo
 
D. macedo costa, o sagrado e o profano na conduta das mulheres na Belém da Be...
D. macedo costa, o sagrado e o profano na conduta das mulheres na Belém da Be...D. macedo costa, o sagrado e o profano na conduta das mulheres na Belém da Be...
D. macedo costa, o sagrado e o profano na conduta das mulheres na Belém da Be...
 
Equestrian polo
Equestrian poloEquestrian polo
Equestrian polo
 

Último

Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 

Último (20)

Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 

CDD

  • 1. Sistema de Classificação Decimal de Dewey TELMA SOCORRO SILVA SOBRINHO PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA MESTR EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO 1 HISTÓRIA DA CDD A CDD foi criada por Dewey em 1876 e acaba de lançar a sua 22ª edição. Melvil Dewey, seu criador era Bibliotecário do Amherst College em Massachusetts, Estados Unidos. Sentiu a necessidade de criar um método para organização dos itens do acervo da biblioteca sob sua responsabilidade. Antes de Dewey W. T. Harris havia criado um sistema baseado nas idéias de Francis Bacon, porém em ordem inversa. Dewey resolveu tomar por base a mesma classificação. Nos sistemas criados antes da CDD havia um problema: o fato de não permitir a inserção de novas matérias a estrutura já definida, nem tão pouco a divisão apropriada de disciplinas. O sistema idealizado por Dewey veio a suprir esta deficiência por ser um sistema com arranjo decimal e por isso, apresentar a característica de hospitaleiro. O sistema de Dewey trazia algumas novas idéias: O número de classificação atribuído aos documentos não indicava a posição dos livros nas estantes, mas respondia a relação das disciplinas entre si; os números atribuídos a uma disciplina atende a uma estrutura decimal, por que a cada novo dizimo que se adiciona surge uma subdivisão da disciplina imediatamente anterior. Deste modo permite em princípio uma infinidade de subdivisões, sem que seja necessário alternar a ordem previamente estabelecida; Outra mudança importante foi que as tabelas principais e auxiliares podem ser localizadas em um índice relativo, porque relaciona cada termo com a disciplina a qual corresponde. Os mesmos termos correspondentes à matérias diferentes podem encontrar-se separados nas disciplinas do esquema, mas se encontram juntos no índice. A primeira edição da CDD foi intitulada A classification and Subject Index for Cataloguing and Arranging the Books and Pamphlets of a Library, contendo mais de 921 categorias dividas em 10 classes principais de 000 a 900. Além do esquema existia um índice com mais de 2.500 entradas. Dewey participou da atualização do sistema até a 13ª edição, publicada em 1932, um ano depois de sua morte. Pode-se dizer que o sistema vivenciou três períodos com visões diferentes a respeito de sua atualização considerando a evolução da ciência e da tecnologia
  • 2. 2 desde sua criação até os dias de hoje. Enquanto Dewey era vivo, caracteriza-se como o primeiro período, pois ele pensava em não alterar os números dados a uma matéria a fim de evitar as mudanças de organização dos acervos nas bibliotecas. O segundo período vai da 14ª a 17ª edição em que foram feitas muitas mudanças, embora parciais, pois as disciplinas não eram alteradas em sua essência. Já o terceiro período é o contemporâneo em que a dinâmica da ciência e da tecnologia exigem a reconfiguração completa de uma disciplina, porém deixando aquelas que não sofreram alterações radicais intactas. Novas edições são publicadas a cada sete anos. A 22ª edição é de 2003. E desde a 21ª edição já está disponível uma versão do sistema em CD-ROM. Por enquanto a versão disponível em CD-ROM é apenas para bibliotecários e especialistas, no entanto, está sendo preparada uma versão para usuários. A atual responsável pelas atualizações da CDD é a Biblioteca da Library of Congress. O trabalho está a cargo de um Conselho formado por representantes de bibliotecários e professores de biblioteconomia. A distribuição do Dewey é feita pela Forest Press, que é um departamento da OCLC. A Forest Press também publica uma versão abreviada. Esta versão é indicada para bibliotecas escolares e públicas ou comunitárias, como forma de introduzir os usuários, em seus primeiros contatos com as bibliotecas, no uso de sistema de organização da informação. Outra inovação é que a OCLC, publicou uma versão para o uso na Internet. Disponível em: HTTP://www.oclc.org/dewey/resources/tutorial/default.htm 2 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA A CDD é uma ferramenta de organização do conhecimento geral, apropriada para a organização de bibliotecas de acervo geral. Foi desenvolvido hierarquicamente em uma rede de relações entre assuntos. Na CDD as categorias básicas são organizadas por disciplinas ou campos de estudo. No inicio a CDD era um sistema puramente enumerativo, porém devido as influências sofridas por outros sistemas como a CDU e a classificação de Ranganathan, passou a adotar características facetadas, embora muitos ainda a classifiquem como um sistema enumerativo, o fato de possuir disciplinas que aparecem em vários locais do sistema conforme sua contextualização, e de apresentar as tabelas auxiliares, para possibilitar o enfoque de características e facetas dos assuntos, pode caracterizá-la com um sistema facetado. Certamente não podemos dizer que seu nível de facetas e tão profundo como em Ranganathan e CDU, mas apresenta sim alguns indícios de um sistema facetado. 3 ESTRUTURA DO SISTEMA
  • 3. 3 A estrutura é formada por dez classes principais, distribuídas segundo a classificação das ciências de Francis Bacon: razão imaginação e memória e também 7 tabelas auxiliares (até 21.ed.) ou 6 tabelas auxiliares (a partir da 22.ed.) A décima classe (000 – generalidades) foi criada para arrolar as disciplinas que por ter um caráter de transversalidade não se apresentavam em nenhuma outra classe, como biblioteconomia, jornalismo, computação, etc. Cada classe principal é dividida em mais dez divisões, e cada divisão em mais dez secções, embora nem todos os algarismos para as divisões e secções tenham sido utilizados. O numero de tabelas auxiliares foi alterado na 22.ed., passou a ser apenas 6. Até a 21.ed. eram 7 tabelas auxiliares, mas na edição atual a tabela 7 de pessoas foi retirada. As notações para representar pessoas foi para 08 da tabela 1.
  • 4. 4 A estrutura principal da CDD é apresentada resumidamente no começo do volume 2 em forma de sumários. O primeiro contém as dez principais categorias. O segundo sumário contém as cem primeiras divisões. O terceiro sumário contém mil secções. Além destes sumários ainda existem outros, distribuídos por todo o esquema principal. 4 SUMÁRIOS (SUMMARY) Os sumários sintetizam as principais divisões de um determinado assunto. Eles aparecem quando a cadeia de um assunto estiver disposta em mais de duas páginas, a fim de facilitar o entendimento da classe como um todo. Exemplo: SUMMARY 025.001-.9 Standard subdivisions .02 [Technical processes, information storage and retrieval systems] .2 Administration
  • 5. 5 .3 Bibliographic analysis and control .4 Subject analysis and control .5 Services for users .6 Circulation services .7 Physical preparation for storage and use .8 Maintenance and preservation of colletions 5 INDICE RELATIVO O indice relativo é assim denominado porque relaciona assuntos às disciplinas. No esquema de classificação os assuntos são distribuídos entre disciplinas, a partir de um principio hierárquico e um arranjo decimal. No índice relativo os assuntos são arranjados alfabeticamente. Os termos podem ser usados para representar contextos diferentes ou os vários aspectos pelos quais os assuntos podem ser abordados, e então vão aparecer reunidos no índice com os símbolos correspondentes para cada disciplina ou matéria, o que possibilita a escolha daquele que melhor se encaixa no conceito que se deseja representar. Aparecem arranjados alfabeticamente abaixo da primeira entrada em margens recuadas. Exemplo: Libraries 027 Accounting 657.832 armed forces 355.346 law 344.092 operations 025 political aspects 021.8 public administrative support 352.744 publications for bibliographies 011.67 reviews 028.167 publishing 070.594 relationships 021
  • 6. 6 residential interior decoration 747.73 No índice o classificador busca os termos que expressam os conceitos para localizar os símbolos numéricos que os representam, para depois procurá-los no esquema principal ou nas tabelas auxiliares. No exemplo acima se o assunto fosse bibliotecas das forças armadas a notação a ser escolhida seria 355.346 (Libraries – armed forces) A ordenação do índice se dá palavra-por-palavra, e quando a busca é feita por meio de frase ou termo formado por várias palavras se usa o principio da gramática inglesa em que se inverte a posição do adjetivo com a do substantivo. Exemplo: Forças armadas – traduz-se : armed forces. As exceções para este caso está no tratamento para alguns países, porque o nome do país aparece primeiro. Exemplo: India 954 India-Pakistan conflict 95492051 India rubber tree 635.93345 No índice encontramos tanto entradas de conceitos do esquema principal quanto das tabelas auxiliares, sendo que os números das tabelas auxiliares são aqueles identificados pelo T de tabela e o número correspondente a referida tabela No índice encontramos também entradas que não aparecem completas nas tabelas principais ou auxiliares, porque são fruto de uma síntese de notação. O assunto administração de uma coleção de mapas será assim localizado no índice: Maps – library treatment 025.176 (soma de 025.17 + 6, veja maiores detalhes no item sobre síntese de notação) Maps 912 T-1 – 022 3 Aeronautics 629.132 54 Cartography 526 military engineering 623.71
  • 7. 7 cataloging 025.646 geographic 912 library treatment 025.176 printing 686.283 publishing 070.579 3 6 PRINCIPIO HIERÁRQUICO O sistema atende a um principio hierárquico e um arranjo decimal, expressos por sua estrutura e notação. As disciplinas vão se subdividindo conforme suas características. Ficarão agrupadas se tiverem semelhanças entre si ou separadas se tiverem diferenças. A estrutura hierárquica significa que todos os assuntos (além das dez categorias principais) são parte dos assuntos mais genéricos acima eles. Do mesmo modo, o conjunto das partes (assuntos específicos) forma o todo (classes principais). O encadeamento que ocorre entre as classes, divisões e seções da CDD são facilmente ilustráveis pela Árvore de Porfírio: SUBSTÃNCIA CORPOREA INCORPOREA CORPO ANIMADO INANIMADO CORPO ANIMADO SENSÍVEL INSENSÍVEL ANIMAL RACIONAL IRRACIONAL HOMEM MARIA PAULO JOÃO MARCIA Parte-se de números de pouca extensão, mas com grande intenção(genérico), para números de muita extensão mais com pouca intenção (específicos)
  • 8. 8 Quando as disciplinas vão se agrupando por suas semelhanças e dividindo-se por suas diferenças é tecida uma rede de conceitos. 025 operações em bibliotecas, arquivos e centros de informação Conceito: ações para a organização da biblioteca 025.1 administração 025.2 desenvolviment o de coleções 025.3 controle bibliográfico 025.4 Análise de assunto 025.5 Serviços ao usuário 025.43 sistemas de classificação 025.47 catalogação de assunto 025.48 indexação de assunto 025.49 vocabulários controlados 025.482 Precoordinate indexing 025.484 Coordinate e postcoordinate indexing 025.486 Title Manipulation (Kwic, Kwoc, etc.) A divisão análise de assunto (025.4) foi escolhida como um dos itens da classe Operações de bibliotecas (025), por tratar-se de um dos tipos dessas operações, que em coordenação com outros tipos de operação (administração - 025.1,
  • 9. 9 desenvolvimento de coleções - 025.2, controle bibliográfico – 025.3, serviços ao usuário – 025.5, serviços de circulação – 025.6, Espaço físico – 025.7 e preservação de coleções – 025.8) formam o todo da classe superordenada (025). Todas essas subdivisões de 025 tem em comum o fato de serem ações que operacionalizam a organização da biblioteca, e portanto são conceituadas quase de forma idêntica, apenas com diferenças sutis. Por outro lado a análise de assunto tem como itens subordinados todos os tipos específicos de instrumentos e metodologias utilizados na análise de assunto. E assim a rede de conceitos vai se tecendo – o tema analise de assunto é ao mesmo tempo superordenado, subordinado e coordenado com outros temas com quem possui alguma tipo de semelhança ou diferença. Apesar dos assuntos coordenados serem ligados por algum tipo de semelhança, eles também possuem diferenças que os individualizam entre si. 7 NOTAÇÃO Notação é o sistema de símbolos utilizado para representar as disciplinas e suas subdivisões na categorização de um sistema. A notação dá um significado exclusivo para cada assunto, não podendo existir assuntos diferentes com um mesmo conjunto de símbolos. A notação da CDD é formada por números arábicos o que a torna uma linguagem universal. O primeiro dos três dígitos representa a classe principal. Por exemplo , 500 representa Ciências Puras. O segundo dos três dígitos indica a divisão. Por exemplo, 510 para matemática (sendo 5 ciências puras e 1 matemática), 520 para astronomia (sendo 5 ciências puras e 2 astronomia, 530 para física (sendo 5 ciências puras e 3 física). O terceiro dos três dígitos indica a seção. Por exemplo, 530 é utilizado para trabalhos gerais sobre física e 531 para mecânica clássica. As notações devem ter no mínimo três dígitos. Portanto, quando uma classe está em seu nível máximo de generalidade, como por exemplo, 5 (ciências puras) a notação deve ser completada com dois zeros (500 – ciências puras). Vale ressaltar que estes zeros que estão a direita não possuem valor semântico, e podem a qualquer tempo ser substituídos por outros quando for acrescentado um outro conceito a este primeiro (exemplo: 605 – revista de tecnologia, onde 6 e tecnologia e 05 e a s.s. para revista). Neste caso os dois últimos zeros de tecnologia (que não tinham valor semântico) foram substituídos por 05 (s.s. para periódicos). Devido a notação apresentar-se hierarquicamente, de acordo com o comprimento da notação os conceitos terão maior ou menor nível de especificidade. Algarismos de um determinado nível são habitualmente subordinados a uma classe cuja notação tem um dígito a menos; coordenada com um classe cuja notação tem o mesmo número de dígitos e superordenada a um classe com uma quantidade maior de dígitos. Cães e gatos são mais específicos que animais domésticos. Dentro da cadeia hierárquica eles estão no mesmo nível e são portanto coordenados entre si. Cães e gatos em relação a animais domésticos são assuntos subordinados
  • 10. 10 enquanto que animais domésticos em relação a cães e gatos é um assunto superordenados. Caso seja necessário utilizar mais de três dígitos, entre o terceiro e o quarto dígito será inserido um ponto decimal, para facilitar a leitura e memorização da notação. Dentro do sistema propriamente dito, quando estão arrolados os assuntos das tabelas principais, os três primeiros dígitos aparecem apenas uma vez (classe principal, divisão e seção). Não se repete o primeiro conjunto de dígitos que estão separados por ponto do restante da notação, ficando subentendido que antes do ponto está o grupo de números mencionados no inicio do desenvolvimento daquela seção. Exemplo: 023 Personnel management (human resource management) .2 Professional positions .3 Technician positions .4 Administrative position 8 SÍNTESE DE NOTAÇÃO Coordenadas entre si
  • 11. 11 O classificador poderá não encontrar nas tabelas principais um número preciso para representar um determinado assunto, sendo necessário construir uma síntese. Porém só é possível realizar uma síntese de notação quando o sistema autoriza por meio de instruções específicas distribuídas ao longo do sistema. Exceção se faz para as subdivisões padrão, que podem ser usadas indistintamente com qualquer número das tabelas principais e para a tabela dois (área geográfica), pois quando não há a instrução, faz-se a síntese usando o recurso indireto, com a interposição do – 09 (s.s.) entre o assunto principal e a tabela de área. A síntese começa sempre por um número base indicado na instrução ao qual outro número vai ser adicionado, normalmente atendendo a um extremo determinado também na instrução “Add to base number........”. Esta instrução poderá apresentar variações muito sutis, dependendo de cada caso: Há quatro formas de construir uma síntese de notação: a) Adicionando uma s.s. a um número das classes principais (independentemente da existência de instrução autorizando a síntese); b) Adicionando as tabelas de 2 a 7(até 21ª.ed.) ou 2 a 6 (a partir da 22ªed.), sendo necessário a existência de uma instrução autorizando o uso da tabela especifica. No caso da tabela 2 o sistema permite o uso indireto da tabela para aqueles assuntos em que não haja a instrução. c) Adicionando outras notações das tabelas principais, aproveitando cadeias hierárquicas já desenvolvidas em outro assunto; d) Adicionando tabelas auxiliares criadas para serem usadas em pontos específicos da tabela principal a outros assuntos principais. Como acontece nas tabelas auxiliares especiais da CDU. Normalmente a orientação de uso desse processo se dá pelas notas de rodapé. O uso da síntese de notação usando um número da tabela principal com um número da tabela auxiliar será desenvolvido no item tabelas auxiliares. 8 .1 SÍNTESE DE NOTAÇÃO DE ASSUNTO PRINCIPAL COM ASSUNTO PRINCIPAL Exemplo: Uma publicação que aborde o assunto administração de uma coleção de mapas poderá assim ser classificada: 025.175. 025.17 é a notação para administração de coleções de materiais especiais, para acrescentar a coleção específica(mapas), o sistema autoriza utilizar a mesma subdivisão de coleções especiais (025.34) já desenvolvida em outra parte do sistema no extremo entre 025.341-025.349. “Add to base number 025.17 the number following 025.34 in 025.341 a 025.349”
  • 12. 12 Ao consultar no extremo indicado pelo sistema, observa-se, que a notação para mapas é 025.346. Deste modo, de acordo com a instrução deve-se acrescentar ao número base 025.17 os dígitos que aparecerem depois de 025.34, ficando assim: 025.176 Número base (025.17) 025.34 Cataloging, classification, indexing of special materials 025.341 Manuscripts, archival materials, rarities 025.342 Clipping, broadsides, pamphlets 025.343 Serial, government publications, report literature 025.344 Electronic resources 025.346 Maps, atlases, globes 025.347 Pictures and materials for projection 025.348 Sound recording and music scores 025.349 Other specials materials 8.2 ORDEM DE CITAÇÃO A ordem da citação permite que o classificador construa a síntese de notação usando duas ou mais características de um assunto (facetas), conforme especificado em notas de instrução. O sucesso em construir um número da CDD está em determinar que características se aplicam a um trabalho específico, e então de acordo com as instruções previstas no esquema de classificação estabelecer a seqüência em que as facetas serão dispostas na notação. A ordem de citação é sempre detalhada com muito cuidado nas instruções abaixo do número do esquema de classificação que se deseja usar. Exemplo: 909.04 History with respect to ethnic and national groups Add to base number 909.04 notation 05 - 99 from Table 5, e.g., world history of Jews 909.04924; then add 0 and to the result add the numbers following 909 in 909.1 - 909.8, e.g., world history of Jews in 18th century 909.0492407 O numero 6 e resultante de 025.346, depois de retirado 025.34
  • 13. 13 Para um trabalho sobre a história dos judeus no século XVIII (904.0492407), esta nota estipula a seguinte ordem de citação para as facetas do assunto: 904.04 - HISTÓRIA DO MUNDO (a escolha deste número é feita porque o povo judeu não está limitado a uma localização geográfica) + 924 – Judeus (grupo nacional e étnico) + 0 (o zero que o sistema manda acrescentar após a raça) + 7 - período histórico (proveniente de 909.1 e 909.8, onde 909.7 é século XVIII. O período histórico será mencionado após a introdução do 0 (zero), conforme estabelecido na nota “...then add 0 and to the result...”. 8.3 ORDEM DE PREFERENCIA Se não há a possibilidade de mostrar mais de uma das características ou aspectos de um assunto tratado na publicação, porque uma escolha deve ser feita entre elas. A escolha deve ser baseada nas notas de preferência que estabelecem como fazer a opção. Exemplo: 305.9 Occupational and miscellaneous groups Unless otherwise instructed, class a subject with aspects in two or more subdivisions of 305.9 in the number coming last,e.g., unemployed librarians 305.9092 (not 305.90694) A tradução da nota diz que “a menos que haja outra instrução, classifique um assunto com aspectos cobertos por duas ou mais subdivisões de 305.9 no número que estiver por último na hierarquia do esquema de classificação” O assunto bibliotecários desempregados, deve assim ser classificado 305.9092. Neste caso o assunto base é o grupo de pessoas. A segunda característica é o emprego e a ocupação. A ocupação do bibliotecário é 305.9092 e pessoas desempregadas é 305.90694 dentro da hierarquia das tabelas principais. Pela instrução apresentada abaixo de 305.9 a característica a ser escolhida é a da ocupação do bibliotecário, porque é a que vem por último. 9 NOTAS E SINAIS DA CDD O manuseio da CDD e facilitado pela grande quantidade de notas e sinais que ela apresenta como forma de esclarecer seu uso. As notas são importantes porque fornecem a informação que não é óbvia na hierarquia notacional ou no título, no que diz respeito à ordem, à estrutura, a subordinação, e às outras matérias. As notas podem aparecer tanto no número quanto em sua extensão ou no começo de uma tabela. As notas de rodapé são usadas para as instruções que se aplicam às subdivisões múltiplas de uma classe, ou a um tópico dentro de uma classe. As entradas individuais no manual são consideradas também notas.
  • 14. 14 Estas notas e sinais estão divididos em quatro grupos, conforme Benito, Miguel (Disponível em : http://www.adm.hb.se/~mb/cdu/dewey.htm. capturado em 19.11.2007) a) Notas que indicam o conteúdo de uma classe ou os sinônimos de tópicos que correspondem a classe, e que podem ser mais gerais ou específicos. b) Notas que indicam a posição de uma dada disciplina que precisa de um signo próprio, ora porque tem insegurança na sua posição, ora porque a disciplina é muito especifica. Também há notas que ajudam o classificar a subdividir uma disciplina com exemplos. c) notas que indicam o conteúdo de outras seções, e/ou como remissivas. Estas notas servem para ajudar a encontrar o conceito mais apropriado. Tendo a oportunidade de comparar os conceitos entre si o classificador ficará mais seguro sobre qual é o mais preciso. d) notas que explicam as mudanças que ocorreram no sistema tanto nas tabelas principais como nas auxiliares. Estas notas aparecem abaixo ou ao lado de números entre colchetes, o que significa que este número deixou de ser usado apontando para um número que naquela edição está apto a ser usado. EXEMPLOS: Add to – acrescentar para Quando aparece esta nota normalmente é para autorizar uma síntese de notação. Exemplo: 727.8 Library Buildings - (Construção de bibliotecas no geral) Quando o classificador quer especificar o tipo de biblioteca, será necessário fazer uma síntese de notação. A síntese neste caso é autorizada desta forma. > 727.82 – 727.84 Specific kinds of libraries (tipos específicos de bibliotecas) .82 General Libraries Add to base number 727.82 the numbers following 027 in 027.1- 027.8, e.g., public libraries buildings 727.824
  • 15. 15 Class here – Classificar aqui Exemplo: 572 Human races (raças humanas) class here physical ethnology (classificar aqui etnologia física) Use ... para as subdivisões padrão – Use.... for standard subdivisions Esta nota normalmente aparece para especificar o número de zeros que deve ser empregado quando o classificador vai utilizar uma s.s. para complementar o sentido de um assunto principal. Exemplo: 661 Technology of industrial chemicals Use 661.001 - 661.009 for standard subdivisions Common name – Nome vulgar Obs: estas notas são encontradas em 580 – botânica e 590 - zoologia Exemplo: 583.135 Violates Contains Violaceae (violet family) Common name: pansy (amor-perfeito) See – ver referências Significa que parte da classe aonde é feita a referência será classificada na classe para a qual é feita a remissiva. Exemplo:
  • 16. 16 727.6 Museum buildings (Edificações de museus) For art museum building, see 727.7 Há uma variante desta nota quando aconselha ver o manual : See Manual See also – ver também Faz remissivas para assuntos relacionados com aquele que está sendo utilizado pelo classificador. Exemplo: 641.563 6 Vegetarian cooking (arte culinária vegetariana) See also 641.65 for cooking vegetables Relocated – Recolocado Esta nota indica que o número que está imediatamente anterior a ela não é mais usado e que foi recolocado em outro lugar da tabela. Exemplo: 641[.508 82] Cooking with respect to religious groups (arte culinária de grupos religiosos) Relocated to 641.567 Do not use – não use Esta nota tem o mesmo significado da nota anterior relocated , ou seja remete de um número em desuso para aquele que está em uso. Exemplo: 641[.502 4] Works for specific types of users (trabalhos para tipos específicos de usuários) Do not use; class in 641.51
  • 17. 17 Formerly - Anteriormente Esta nota faz a referência inversa das notas relocated ou Do not use, ou seja, informa em que notação aquele assunto era classificado em edições anteriores. Exemplo: 641.567 For religious limitations and observances Class here cooking with respect to religious groups [formerly 641.50882], cooking for days of feast and fast Discontinued – Descontinuada (subdivisões descontinuadas) Representa que aquela subdivisão foi suspensa e deve ser classificada na divisão imediatamente acima. Exemplo: 149[.943] Linguistic analysis Number discontinued; class in 149.94 [Unassigned] – Não utilizado Significa que o referido número já foi utilizado como assunto em alguma edição passada. Vem acompanhada de outra nota Most recently used in Edition, na qual apresenta a última edição onde o número foi utilizado. Exemplo: [444] [Unassigned] Most recently used in Edition 16 Além das notas também existem no sistema sinais que ajudam nas instruções para seu uso. a) [ ] Colchetes (square brackets)
  • 18. 18 Um número entre colchetes não está sendo utilizado na presente edição. Exemplo> 384[.4] Submarine cable telegraphy Relocated to 384.1 b) ( ) Parênteses – Parenthesis Um número entre parênteses é opcional e vem acompanhado da nota (optional number, prefer ...). Com esta nota o sistema remete para o número mais apropriado. Exemplo: (026) Law c) Sinal de maior Apresenta os extremos de um assunto Exemplo: > 430.1 – 438.6 Subdivisions of German Language (significa que entre os números 430.1 a 438.6 serão arroladas as subdivisões para a língua alemã) d) * Asteriscos – Asterisks Adaga - Daggers Estes dois sinais remetem para nota de rodapé, onde devem ser observadas notas para cada caso. Exemplo: 429 * Old English (Anglo-Saxon)
  • 19. 19 Na nota de rodapé aparecerá a seguinte nota: * Add to base number as instructed under 420-490 442+ Etymology of Standard French Na nota de rodapé aparecerá a seguinte nota: + Add to 44 as instructed under 420-490 Quando se busca e encontra um número no esquema é importante que seja observado o número hierárquicamente acima e a baixo pode-se encontrar alguma dessas notas de interesse, e o título pode não ser suficiente para entender do que se trata. 10 CLASSIFICAR OBRAS USANDO A CDD Classificar um trabalho com a CDD requer a determinação do assunto, do foco disciplinar, e, se aplicável, do enfoque e da forma. Classificar um trabalho depende primeiro de saber determinar o assunto do trabalho corretamente. Um elemento chave para determinar o assunto da publicação é a intenção do autor. Alguns elementos da publicação devem ser levados em conta: a) O título é um indício do assunto, mas nunca deve ser a única fonte da análise. Para o exemplo, quem comeu meu queijo? é um trabalho sobre como lidar com as mudanças, não é um trabalho relacionado culinária. Do mesmo modo, a Casa de Invenções, fala sobre bibliotecas e não sobre tecnologias. Também um título com termos específicos que são subdivisões de um campo maior pode no uso de tais termos simbolicamente representar o tópico mais geral. Para o exemplo, os títulos que contêm termos como chromosomes, DNA, genes, e os genomas podem representar simbolicamente o assunto geral, como sendo genética bioquímica. b) O sumário pode listar os principais tópicos discutidos. Os títulos do capítulo podem substituir a ausência de um índice. E os subtítulos dos capítulos podem ser também úteis. c) O prefácio ou a introdução indicam geralmente a finalidade do autor. Se um prefácio for fornecido, freqüentemente indica o assunto do trabalho e
  • 20. 20 sugere o lugar do trabalho no desenvolvimento do pensamento sobre aquele assunto. A orelha do livro ou outros elementos como o índice também podem ajudar. d) Uma leitura mais detalhada do texto pode fornecer uma orientação adicional ou confirmar a análise preliminar. e) As referências bibliográficas e as entradas do índice podem ser uma fonte de informação f) A ficha da catalogação na fonte freqüentemente é útil fornecendo títulos, responsabilidade, números da classificação e notas. Tal cópia aparece em serviços online e no verso da folha de rosto ou falsa folha de rosto dos livros. No entanto os dados destas fontes devem ser verificados, pois nem sempre estas fichas são feitas por pessoal qualificado. g) Em último caso devem ser feitas consultas a fontes externas, como recensões, obras de referência, e até mesmo especialistas. 10.1 A DISCIPLINA QUE MELHOR REPRESENTA O ASSUNTO DA PUBLICAÇÃO Após determinar o assunto, o classificador deve então selecionar a disciplina apropriada, ou o campo de estudo do trabalho. O principio que rege a CDD é que um assunto deve ser classificado dentro da disciplina da qual resulta o trabalho e não na disciplina da qual deriva o trabalho. Isto permite que os trabalhos que abordam os mesmos assuntos sejam arranjados juntos. Para o exemplo, um trabalho geral sobre animais utilizados no controle de peste na agricultura deve ser classificado em agricultura, não em zoologia, junto com outros trabalhos que abordam o controle de pestes na agricultura. Se o assunto foi determinado e a disciplina foi encontrada, o classificador vai para as tabelas principais. Os sumários podem ser utilizados para uma navegação inicial. Os sinais, as notas das tabelas principais e o manual fornecem muita orientação. O índice relativo pode ajudar sugerindo as disciplinas em que um assunto pode ser normalmente tratado. Se o índice relativo for usado, o classificador deve confirmar no esquema de classificação durante todo o processo até chegar no lugar apropriado para classificar o trabalho. Mesmo que o número indicado pelo índice seja totalmente confiável a confirmação deve ser feita, pois o esquema de classificação é o único lugar onde se encontra uma posição definitiva. 10.2 MAIS DE UM ASSUNTO NA MESMA DISCIPLINA Um trabalho pode incluir múltiplos assuntos tratados separadamente ou em relação um a outro, do ponto de vista de uma única disciplina. Use as seguintes orientações para determinar a melhor classificação de um trabalho:
  • 21. 21 a) Classifique um trabalho que trata de vários assuntos de uma mesma classe na disciplina que abrange todos eles. Esta é chamada de regras de aplicação e precede todas as outras regras. b) Classifique um trabalho com dois assuntos no assunto que recebe o tratamento mais significativo. c) Se os dois assuntos receberem o tratamento igual, e um não for usado para introduzir ou explicar o outro, classifique o trabalho com o assunto cujo o número vem primeiramente nas tabelas da CDD. Esta é regra chamada primeiro dos dois. Por exemplo, uma publicação que trata igualmente dos estados unidos e do Japão, mesmo que os estados unidos forem discutidos primeiramente e apareçam primeiramente no título, a publicação será classificada em história do Japão, porque Japão (952) precede Estados Unidos (973) no esquema de classificação. Obs: às vezes, instruções específicas orientam para o uso de números que não venham primeiramente nas tabelas. Esqueça também a regra primeiro dos dois quando os dois tópicos forem duas subdivisões principais de um mesmo assunto. d) Classifique um trabalho com três ou mais assuntos todos de uma mesma subdivisão de assunto geral no primeiro número mais amplo na cadeia hierárquica e que inclui a todos (a menos que um assunto seja tratado mais detalhadamente do que o outro). Esta é a chamada regra dos três. Por exemplo, historia de Portugal (946.9), Suécia (948.5), e Grécia (949.5) são classificados com historia da Europa (940). e) As subdivisões que começam com o zero devem ser evitadas se houver uma escolha entre 0 e 1-9 no mesmo ponto na hierarquia da notação. Similarmente, as subdivisões que começam com os 00 devem ser evitadas quando há uma escolha entre 00 e 0. Esta é a chamada regra dos zeros. Por exemplo, uma biografia de um missionário metodista americano na China, classifica-se em 266 – Missões. O conteúdo pode ser representado em três números diferentes: 266.0092 – biografia de um missionário 266.02373051 – Missões estrangeiras dos estados unidos na China 266.76092 – Biografia de um missionário americano da Igreja metodista O último número é o preferido porque tem o zero na quarta posição 10.3 MAIS DE UMA DISCIPLINA Tratar um assunto do ponto da vista de mais de uma disciplina é diferente de tratar diversos assuntos em uma mesma disciplina. Use as seguintes orientações para ajudar a determinar a melhor e mais apropriada classificação para um trabalho:
  • 22. 22 a) Caso exista no índice uma opção interdisciplinar dê preferência a ele. Mas para usar um número interdisciplinar é necessário o trabalho conter o material significativo na disciplina em que o número interdisciplinar é encontrado. Por o exemplo, 305.231 (um número para sociologia) são indicados para trabalhos interdisciplinares no desenvolvimento da criança. Entretanto, se um trabalho que seja interdisciplinar com respeito ao desenvolvimento da criança der pouca ênfase ao desenvolvimento social e a ênfase maior for para o desenvolvimento psicológico e físico da criança (155.4 e 612.65, respectivamente), classifique-o em 155.4 (o primeiro número que aparece na tabela principal das duas escolhas óbvias). b) Quando não houver um número interdisciplinar, utiliza-se aquele que foi abordado no trabalho com detalhamento. Por exemplo, um trabalho que trata dos princípios científicos e da engenharia da eletrodinâmica é classificado em 537.6, se os aspectos de engenharia forem introduzidos primeiramente para finalidades ilustrativas, mas em 621.31 se as teorias científicas básicas forem somente preliminares à exposição do autor sobre os princípios e práticas da engenharia. c) Ao classificar trabalhos interdisciplinares, não deixe de observar as possibilidades das classes principais de 000, computadores, informação e referência geral, por exemplo, 080 para uma coleção das entrevistas de pessoas famosas das várias disciplinas. As outras situações são tratadas da mesma forma como naquelas instruções encontradas em mais de um assunto da mesma disciplina Quando diversos números forem adequados para classificar um trabalho, e não se tendo como escolher entre eles, os critérios a seguir podem ser usados na ausência de outra regra: 1) Tipos de coisas 2) Parte das coisas 3) Os materiais, os tipos e as partes de que as coisas são feitas 4) Propriedades das coisas, dos tipos, das peças, ou dos materiais 5) Processos dentro das coisas, dos tipos, das peças, ou dos materiais 6) Operações em cima das coisas, dos tipos, das peças, ou dos materiais 7) Instrumentos para executar tais operações OBS: Mas não aplique estas regras se ocasionarem um distanciamento em relação as intenções do autor ao escrever a obra. 11 TABELAS AUXILIARES As tabelas auxiliares foram criadas para evidenciar aspectos ou facetas tratadas em relação a um determinado assunto, daí porque no manual da CDD (22.ed.) os organizadores do sistema a intitulam como um sistema também
  • 23. 23 facetado, embora a maioria dos autores que escrevem sobre a CDD a intitulem como enumerativa. 11. 1 SUBDIVISÕES PADRÃO (tabela 1) As subdivisões padrão (s.s.) são aplicáveis a qualquer número das classes principais, a não ser que exista alguma instrução aconselhando a não usá-las sob uma determinada notação. Podem ser utilizadas para: a) indicar uma forma bibliográfica, como: enciclopédias, periódicos, materiais audiovisuais, etc. b) indicar delimitações que restringem o assunto tratado pelo autor, como: áreas geográficas, períodos históricos e tipos de pessoas, etc. c) especificar os tipos de informações dadas sobre o assunto, como: ilustrações, listas de produtos, identificação de marcas, estatísticas, etc. d) indicar os métodos trazidos de outras disciplinas como forma de abordagem do assunto, como: educação, administração, pesquisa,etc. e) indicar um assunto por seus usuários, como: o assunto como profissão, trabalhos sobre um tipo especifico de usuário, etc. f) indicar subdivisões diversas, como: biografia, tratamento humorístico, etc. As características comuns de uma s.s. é que elas identificam as delimitações de um assunto. Mas só devem ser usadas quando absolutamente necessárias, para evitar confusões dos usuários. Em alguns casos elas podem ser redundantes. Por exemplo: em um trabalho sobre carpintaria em que seja usado o número 694 (assunto principal), torna-se desnecessário incluir o número –024694 (tabela 1 – para indicar carpinteiros). Não se deve adicionar uma subdivisão padrão à outra, exceto quando indicado por alguma instrução especifica para o caso. A seguir serão descritos casos em que um s.s. pode ser acrescentada à outra. a) Com a divisão T1-04, que não é propriamente uma subdivisão, mas um tópico especial para permitir a introdução de aspectos ainda não desenvolvidos de –1 a –9; b) Com uma s.s. que tiver, especialmente, seu significado estendido ou trocado, por exemplo, periódico de psicologia educacional, 370.1505, pirometalurgia 669.028205, situação e condições políticas 320.9005 ; c) Para a s.s. –09 (historia) certas subdivisões são especificamente providenciais, notadamente para estatística(T1-021) , ilustrações (T1-022), museus, coleções, etc(T1-074) . No caso de T1–074, não é redundante acrescentar a segunda área, que é mais especifica que a primeira, exemplo, o uso T1 –09810748161 – coleções de objetos brasileiros em São Paulo.
  • 24. 24 d) Com subdivisões com conceitos deslocados para números diferentes de zero (usualmente para tratamento geográfico) um rol completo de subdivisões esta disponível, exemplo, administração de instituições penais na Grã-Bretanha 365.941068. No entanto, Administração de hospitais na Grã- Bretanha é classificado em 362.11068 (não foi permitido o uso de duas s.s.). Para enciclopédias sobre as instituições penais da Inglaterra a classificação é 365.94103 e enciclopédias sobre hospitais da Inglaterra 362.110941. As subdivisões padrão são sempre iniciadas com um zero, e será este zero que as identificarão no numero de notação (-074). No momento de fazer a síntese de notação utilizando uma s.s. para completar o número principal existem casos em que será necessário acrescentar zeros. Antes de explicar melhor este caso é bom lembrar que existem assuntos principais terminados em zero (300-ciencias sociais, 320-politica). Estas notações terminam em zero para cumprir a um principio da CDD que diz que será necessário o mínimo de 3 dígitos para representar um assunto. No entanto, estes zeros à direita não possuem valor semântico e, portanto, não tem qualquer significado. Exemplo: 100 O número 1 significa filosofia e os dois zeros restantes completam um mínimo de três dígitos exigidos. filosofia 150 O numero 1 significa filosofia e o número 5 psicologia entendida como um ramo da filosofia e o zero restante para completar um mínimo de três dígitos. (1) (5) filosofia Psicologia No momento de fazer a síntese de notação (tabela principal + tabela auxiliar) os zeros à direita perdem a função, pois a notação será completada com uma tabela auxiliar, passando a ter um número igual ou superior a 3 dígitos. E assim estes zeros podem ser eliminados. Exemplo: Revista de tecnologia Revista T1-05 605 Tecnologia - 600 O número 6 significa tecnologia e o 05 revista. Nota-se que os dois zeros finais de tecnologia foram eliminados.
  • 25. 25 Porém em certos casos, o sistema determina um número de zeros superior a um para identificar uma s.s. Exemplo: Revista de Ciências Sociais Revista T1-05 300.5 Ciências Sociais Em casos como este se imagina que os zeros das Ciências Sociais foram mantidos. No entanto, o sistema determinou que fosse acrescentado mais um zero para identificar a s.s. O fato do ponto decimal estar depois dos dois zeros não significa que os zeros são do assunto principal. Na verdade primeiro se constrói a notação e depois se coloca o ponto decimal entre o terceiro e o quarto dígito. Existem casos ainda que o número do assunto principal não termina em zero e mesmo assim o sistema determina que sejam acrescentados um número de zeros superior aquele que representará a s.s. Exemplo: 660.2 general topics in chemical engineering .28 specific types of chemical plant and specific activities in chemical plants .208 01-.280 09 Standard Subdivisions .280 4 Safety measures .280 7 specific types of chemical plants .280 71 Bench-scale plants .280 72 pilot plants .280 73 full-scale plants Neste caso, além do zero próprio da s.s. o sistema manda acrescentar mais um zero. Isto ocorre porque a apresentação apenas com um zero foi desenvolvida para subdivisões do próprio 660.28 (660.2804 Safety measures) As subdivisões padrão não são listadas no esquema principal exceto quando é necessário completar os três dígitos, por exemplo, 605 revista de tecnologia.
  • 26. 26 11. 2 TABELA DE ÁREA GEOGRÁFICA (tabela 2) O uso da tabela 2 pode ser feito de duas formas: Uso direto – a subdivisão de área pode ser adicionada diretamente aos números das classes principais, mas somente quando especificada em uma nota. Neste caso é necessário ser encontrada uma instrução autorizando o uso da tabela 2 “add to base number .... notation ... from table 2”. Exemplo: Bibliotecas escolares do Pará 027.828115 Número base 027.823-.829 Specific libraries Add to base number 027.82 notation 3-9 from table 2 Uso indireto – a tabela 2 é usada a maioria das vezes com a notação -09 da tabela 1, quando não for encontrada as instruções específicas. Para o exemplo, leitura no ensino fundamental da Austrália é 372.40994 (372.4 leitura no ensino fundamental + 09 (tratamento histórico,, geográfico e de pessoas da tabela 1) + 94 (Austrália da tabela 2). A notação da tabela 2 é adicionada também a outras subdivisões padrão da tabela 1 (por exemplo, subdivisões padrão – 025, – 074) Leitura no ensino subdivisão padrão (T1) Austrália Fundamental Tratamento geográfico Tabela 2 Área geográfica Pará 372.4 444 09 94