Aula a respeito dos esquemas de classificação bibliográfica, realizada pelo monitor da disciplina de Representação da Informação e do Conhecimento, Igor Falce, na Universidade Federal Fluminense no curso de Biblioteconomia e Documentação.
5. Classificações
Bibliográficas
Objetivo: servir de base à organização e localização de
documentos em unidades de informação;
Classificações Filosóficas
os autores de sistemas de classificação bibliográfica tem
procurado inspiração e modelo nas classificações filosóficas
(FONSECA, 1976).
Classificação do Conhecimento
x
Conhecimento Registrado
6. Classificações
Bibliográficas
Esquema de classificação bibliográfica;
“permite classificar os materiais bibliográficos qualquer que seja o
domínio que abarcam e os assuntos que tratam” (GUARIDO, 2008,
p.5);
Classificações Utilitaristas
Ranganathan categoriza as classificações bibliográficas acordo
como a forma de apresentação dos assuntos e estrutura;
Teoria descritiva e teoria dinâmica.
7. Teoria Descritiva
caracteriza-se por “enumerar todos os assuntos - do
passado, do presente e do futuro antecipado”
(RANGANATHAN, 1967 apud Campos, 2001, p. 34)
verifica-se que nos esquemas pertencentes a esta
teoria, os assuntos dos documentos que existem e que
virão a existir são determinados a priori da criação de
tais esquemas.
8. Teoria Descritiva
Esquemas Enumerativos - Classificação da Library of Congress
(1901) e a Classificação Internacional de Rider (1961);
Esquemas Quase Enumerativos - Classificação Decimal de
Dewey (1876), a Classificação Expansiva de Cutter (1891) e a
Classificação de Assuntos de Brown (1906);
Esquemas Quase Facetados - a Classificação Decimal Universal
(1905) e a Classificação Bibliográfica de Bliss (1935).
9. Teoria Descritiva
Esquemas Enumerativos
Esquemas Quase Enumerativos
Esquemas Quase Facetados
Tabela principal
-Tabela principal;
- Tabela de auxiliares ou
isolados comuns.
- Tabela principal;
- Tabelas auxiliares
especiais;
- Orientação para a
elaboração da notação.
10. Teoria Dinâmica
busca garantir a adequada inclusão de novos assuntos
que venham surgir com a dinâmica do conhecimento,
nela os esquemas de classificação são elaborados com
mecanismos que possibilitam a constante inovação do
conhecimento;
Isto é possível, porque neste sistema os assuntos não estão
prontos e devem ser construídos no momento da análise
do documento (CAMPOS, 2001).
11. Teoria Dinâmica
Para Ranganathan, o único esquema que possui as características
que se enquadram na Teoria Dinâmica deve ser estruturado com
base na Teoria Classificação Facetada;
Classificação de Dois Pontos.
12. Classificação Decimal
de Dewey
Melvil Dewey (1851-1931);
Assistente de biblioteca do
Amherst College em Massachusetts;
a necessidade de criar um sistema de classificação bibliográfica
através de um arranjo intelectual dos livros nas estantes;
notações de acordo com os assuntos – Aplicação nos livros.
14. Classificação Decimal
de Dewey
Tabela 1 - Subdivisões padrão ou Standard;
Tabela 2 - Áreas geográficas, períodos históricos e
pessoas;
Tabela 3 - Subdivisões para Artes, literatura
individual e formas literárias específicas;
Tabela 4 - Subdivisões de línguas individuais e
famílias de línguas;
Tabela 5 - Grupos raciais, étnicos e nacionais;
Tabela 6 - Linguagem;
15. Classificação Expansiva
De Cutter
Charles Ammi Cutter (1837-1903);
Bibliotecário erudito norte-americano do
Ateneu de Boston;
Iniciou em 1880, sob influência da CDD,
a implantação de um sistema de classificação
próprio para a organização dos documentos da
biblioteca onde trabalhava, cujo acervo era de
aproximadamente 170.000 volumes.
16. Classificação
Expansiva De Cutter
Cutter Expansive Classification;
considerava que seu esquema era ajustável à
expansão dos conhecimentos humanos;
17. Notação Classes
A Obras Gerais
B Filosofia, Religião
C Cristianismo, Judaísmo
D Ciências Históricas
E Bibliografia
F História
G Geografia, Viagens
H Ciências Sociais
I Sociologia
J Administração Pública, Governo
K Legislação
L Ciências
M História Natural
N Botânica
O Zoologia
P Vertebrados
Q Medicina
R Artes Aplicadas, Tecnologia
S Construções, Engenharia
T Ofícios, Manufaturas
U Arte, Ciências Militares
V Atletismo
W Belas Artes
X Linguagem
Y Literatura
Z Arte Do Livro, Bibliografia, Biblioteconomia
18. Classificação Decimal
Universal
concebida por Paul Otlet (1868-1944) e Henri La Fontaine
(1854-1943), advogados belgas e ativistas da paz;
resolveram elaborar um “índice universal do saber
registrado” através da construção de um arranjo
sistemático;
Na época, as bibliotecas norte-americanas adotavam a
CDD, já em sua 5ª edição.
19. Classificação Decimal
Universal
Primeira Conferência Internacional de Bibliografia;
Instituto Internacional de Bibliografia;
“É importante apontar que Dewey, ao elaborar seu sistema, objetivou a
criação de uma classificação bibliotecária, cujo propósito era a
organização de livros, em contrapartida, o sistema de Otlet e La
Fontaine foi o primeiro originalmente voltado para uma classificação
bibliográfica, pautada na organização da informação.” (PINHO, 2006)
20. Classificação Decimal
0 Generalidades
1 Filosofia
Universal
2 Religião
3 Ciências Sociais
4 (Vaga)
5 Ciências Puras
6 Ciências Aplicadas
7 Artes
8 Literatura e Língua
9 História e Geografia
• A CDU contém, além da tabela
principal, tabelas auxiliares comuns
e especiais compostas por sinais
gráficos que tem como função
proporcionar maior especificidade
aos assuntos. Esta, portanto, é a
característica mais marcante da
CDU que a singulariza e a difere da
CDD.
21. Classificação de assuntos
de Brown
James Duff Brown (1816-1914);
Bibliotecário escocês, famoso por criar
um sistema de classificação geral na Inglaterra.
Brown introduziu o livre acesso às estantes nas bibliotecas públicas
inglesas, tendo a Biblioteca Pública de Clerkenwell como sua primeira
experiência.
A partir de então, decidiu construir um esquema simples, lógico e
prático que viesse ao encontro das necessidades das bibliotecas
britânicas de todos os tipos e tamanhos.
22. Classificação de assuntos
Quinn-Brown System;
de Brown
o sistema proposto por Brown funcionou como uma tentativa de suprir a
falta de flexibilidade do Sistema de Dewey;
Não teve a mesma aceitação e sua utilização ficou restrita às
bibliotecas públicas inglesas de pequeno e médio porte.
23. Classificação de assuntos
Relação
Áreas do
conhecimento
Letras
Matéria e Força Ciências Físicas -B –C –D
Vida
Ciências Biológicas
Etnologia – Medicina
Biologia
-E –F
-G –H
-I
Inteligência
Filosofia e Religião
Ciência Políticas e Sociais
-J –K
-L
Registro
Língua e Literatura
Formas literárias
História e Geografia
Biografia
-M
-N
-O –P –Q –R –S –T –U –V
-X
de Brown
24. Classificação de
Dois Pontos
Shiyali Ramamrita Ranganathan (1892-1972)
Bacharel e Mestre em Matemática formado
pela Universidade de Madras;
Estudou as práticas biblioteconômicas na Universidade de Londres;
Aplicabilidade dos sistemas de classificação já existentes e verificou as
limitações de cada um, considerando-os muito rígidos para abranger
todos os aspectos de um assunto. (ARANALDE, 2009)
25. Classificação de
Dois Pontos
“percebeu a necessidade de elaborar esquemas de
classificação que pudessem acompanhar as mudanças e a
evolução do conhecimento” (CAMPOS, 2001, p. 28).
Dinamicidade e atualidade;
Teoria da Classificação Facetada, que tem como primeiro
esquema representante a Colon Classification ou
Classificação de Dois Pontos, também desenvolvida pelo
indiano.
26. Classificação de
Dois Pontos
A CC é utilizada por inúmeras bibliotecas da Índia, porém
limita-se a tal país;
Seu estudo, todavia, é considerado essencial e importante
devido à influência que exerceu sobre os estudiosos e
classificacionistas, principalmente os membros do
Classification Research Group da Inglaterra, que defendem
a utilização das classificações facetadas.
27. Classificação de
Dois Pontos
estrutura facetada com síntese notacional;
método hipotético-dedutivo em três planos de trabalho: o
ideacional, o verbal e o notacional;
Ranganathan considera que o conhecimento apresenta um
caráter multidimensional, no qual as inter-relações de cada
conceito alastram-se em muitas direções.
28. Índice Classes Índice Classes
A Ciências Naturais MZ Humanidades e Ciências Sociais
AZ Ciências Matemáticas N Belas Artes
B Matemática NX Literatura e Língua
BZ Ciências Físicas O Literatura
C Física P Linguística
D Engenharia Q Religião
E Química R Filosofia
F Tecnologia S Psicologia
G Geologia T Educação
HX Mineração U Geografia
I Botânica V História
J Agricultura W Ciências Políticas
K Zoologia X Economia
KZ Zootecnia Y Sociologia
L Medicina YZ Serviço Social
LX Farmacologia Z Direito
M Artes Úteis
29. Classificação Internacional
De Rider
Fremont Rider (1885-1962);
bibliotecário americano da Universidade de Wesleyan, em Middletown,
Connecticut.
Considerado um discípulo de Dewey, foi membro da Comissão
Consultiva da CDD por vários anos, exercendo funções de conselheiro.
Rider questionava a expansão excessiva das subclasses da CDD,
argumentando, ela distanciava-se do objetivo de organizar e recuperar
documentos de forma eficiente, racional e com êxito.
30. Classificação Internacional
De Rider
Rider’s International Classification for the Arrangement of Books on the
Shelves of General Libraries;
A CIR é uma classificação geral de caráter enumerativo criada com o
objetivo de oferecer símbolos de classificação curtos e por meio de
letra;
Princípio da
Proporcionalidade
e
Princípio da
subdivisão