O documento discute conceitos gerais sobre nutrição mineral em plantas, classificando os nutrientes essenciais em grupos. Aborda a absorção dos minerais pelo solo e sua translocação nas plantas, além de mecanismos alternativos como hidroponia. Explica sintomas de deficiência nutricional e formas de tratamento, como fertilização química, orgânica e foliar.
2. Conceitos gerais
Os nutrientes minerais são absorvidos
pelas raízes a partir do solo, em sua
forma inorgânica
Após a absorção, os elementos são
translocados para diversas partes da
raiz
Nesse processo de absorção, pode
haver a participação de fungos e
bactérias fixadoras de nitrogênio
3. Nutrientes essenciais
Macro e micronutrientes
É uma classificação em desuso, pois
é dado pela concentração nos tecidos
vegetais e podem ser encontrados em
quantidades maiores do que os
valores tabelados
Nova classificação, por grupos.
4. Grupo 1
Nitrogênio e enxofre:
As plantas assimilam esses nutrientes
por meio de reações de oxidação e
redução, para formar ligações
covalentes com o carbono, formando
compostos orgânicos
Constituintes de aminoácidos,
proteínas, ácidos nucléicos,
coenzimas.
5. Grupo 2
Fósforo, Silício e Boro:
São importantes em reações de
armazenagem de energia e
manutenção da integridade estrutural;
Presentes em coenzimas, ácidos
nucléicos, nucleotídeos, fosfolipídeos,
ATP (P); depositado em paredes
celulares (Si e B)
6. Grupo 3
Potássio, Cálcio, Magnésio, Cloro,
Manganês e Sódio
Presentes como íons livres ou na
parede celular.
K: requerido como co-fator em mais
de 40 enzimas, principal cátion no
estabelecimento da turgidez celular.
Ca: constituinte da lamela média, co-
fator de enzimas.
7. Mg: presente em muitas enzimas e na
clorofila.
Cl: reações fotossintéticas.
Mn: enzimas e reações
fotossintéticas.
Na: reações fotossintéticas em
plantas C4 e CAM
8. Grupo 5
Fe, Zn, Cu, Ni, Mo
Envolvidos no transporte de elétrons.
Fe: componente do citocromo, fixação
de N2 e respiração
Os outros compostos fazem parte de
enzimas
9. Existem alguns outros elementos que
não foram listados mas podem ser
acumulados nos tecidos, como o
alumínio, o selênio.
O cobalto é extremamente necessário
em plantas fixadoras de nitrogênio,
como componente da cobalamina,
cuja ausência bloqueia o
desenvolvimento dos nódulos de
fixação de N2.
10. Experimentos feitos no século XIX
comprovaram que as plantas
conseguem se desenvolver bem
mesmo fora do solo, só necessitando
de sais inorgânicos, água e luz solar
Ex.: hidroponia
O procedimento exige oxigenação e
controle frequente das quantidades
dos minerais na água, para que não
haja alterações significativas no pH e
nutrientes.
15. Solução de Hoagland:
Possui todos os nutrientes
necessários ao rápido crescimento da
planta, em níveis mais altos que os
encontrados no solo sem, contudo,
apresentar toxicidade.
Outro ponto importante, é que essa
formulação apresenta duas fontes de
nitrogênio: amônio e óxido nítrico
16. Em relação ao elemento Fe, ele
sempre foi um problema para
soluções nutritivas, por rapidamente
precipitar.
Tal efeito pode ser minimizado pela
adição de um quelante (ácido cítrico
ou tartárico.
Mais recentemente, os quelantes
utilizados são EDTA e o DTPA
17. O mecanismo de ação do quelante
não é muito claro, mas acredita-se
que ele o Fe associado seja reduzido
dentro da raiz e o quelante volte para
o solo ou para a solução.
18.
19. Deficiências nutricionais podem ser
detectadas facilmente em cultivo
hidropônico, já em solo, esse
diagnóstico pode ser mais complexo,
devido aos seguintes fatores:
Deficiências de vários elementos
podem ocorrer simultaneamente em
diferentes tecidos vegetais.
Deficiência ou quantidades
excessivas de um elemento podem
induzir deficiências ou acúmulos de
outros elementos.
20. Algumas doenças virais das plantas
podem produzir sintomas similares
àqueles das deficiências nutricionais.
21. Alguns elementos podem se
locomover de folhas mais velhas para
mais jovens, e outros permanecem
imóveis.
Se um elemento essencial é móvel
sua deficiência pode ser observada
nas folhas velhas primeiro;
A deficiência de um elemento móvel,
por sua vez, será detectada primeiro
nas folhas jovens.
22. Mecanismos para fertilização
Análise de solo:
Essa medida varia muito de acordo
com o método de quantificação, a
armazenagem e o método de
extração.
Pode-se dizer que ele traz informação
sobre o potencial nutritivo daquele
solo.
Fase de desenvolvimento.
23. Análise de tecido vegetal
Zona de deficiência: a planta está em
pleno crescimento;
Zona adequada: o elemento se
acumula nos tecidos;
Zona tóxica
Gráfico
24. Tratando deficiências
nutricionais
Ciclo dos nutrientes
Perdas associadas à lixiviação
Adição de calcário torna o solo mais
alcalino, diminuindo a solubilidade (pH
> 6)
Fertilização
25. Fertilização química
Pode ser necessária para resolver
uma condição nutricional preexistente
ou para recuperar os nutrientes
utilizados pelas cultura;
Fertilizantes simples: superfosfato,
nitrato de amônio e muriato de
potassa.
Fertilizantes compostos: pentóxido de
fósforo e óxido dipotássio.
26. A disponibilidade dos nutrientes pode
variar com o pH do solo;
De um modo geral, o pH ideal é de
5,5 a 6,5.
Adição de calcário e enxofre.
Enxofre: ação de microrganismos, que
metabolizam o enxofre e liberam íons
H+
27.
28. Fertilização orgânica
Mineralização
Depende de água, oxigênio
Melhoram a estrutura física do solo,
aumentando a retenção de água e
aumentando a drenagem em períodos
chuvosos.
29. Adubação foliar
Aspersão
Em relação a alguns nutrientes pode
ser mais vantajoso, como o Fe e o
Mn.
Feita com surfactantes
Absorção realizada pela cutícula.
Restrição de horário e temperatura.
30. Partículas de solo
Brita: maiores que 2 mm
Areia grossa: entre 0,2 e 2mm
Areia fina: entre 0,02 e 0,2mm
Silte: entre 0,002 e 0,02mm
Argila: menores que 0,002
Princípio da troca catiônica
Solo com maior CTC em geral, tem
maior reserva de nutrientes minerais.
31. Troca aniônica (NO3-, Cl-)
Susceptibilidade à lixiviação
O crescimento de raízes é favorecido
em solos levemente ácidos entre 5,5 e
6,5.
Fungos tem preferência por solos
ácidos (pH menores que 7) e
bactérias, por solos alcalinos.
32. O pH determina a disponibilidade dos
nutrientes do solo.
A acidez promove intemperização de
rochas, que libera K+, Mg2+, Ca2+ e
Mn2+ e aumenta a solubilidade de
carbonatos, sulfatos e fosfatos,
A decomposição de matéria orgânica
diminui o pH do solo, bem como a
quantidade de chuva.
Reação da água com o dióxido de
carbono da decomposição
33. Minerais em excesso
Solo salino
Plantas halófitas
Tolerantes ao sal
Mecanismos: glândulas de sal; não
absorção do sal; sequestro pelo
vacúolo.