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Universidade Federal de santa Maria
Centro de Educação
Processos Investigativos em Educação
Drª Elena Mallmann
A mãe, o filho e a Síndrome de Down
O trabalho A mãe, o filho e a síndrome de Down. deMichelle
Costa está licenciado com uma LicençaCreative Commons -
Atribuição 4.0 Internacional.
Aluna: Michelle Costa
UMA EXPERIÊNCIA DIFERENTE
 Alteração genética de maior ocorrência no mundo,
a Síndrome de Down, gera vários problemas
orgânicos e também a deficiência
mental.(Schwartzman2003)
 Sabemos que o nascimento de um bebê com SD
acaba impondo aos pais e familiares uma série de
dificuldades, podendo ser um elemento perturbador
na vida dos mesmos, dentre os estudos científicos
voltados para a deficiência mental, a maioria
focaliza a vivência emocional dos pais e familiares ,
visando o bem estar emocional.
 Uma das pesquisadoras teve contato com várias
formas que cada pessoa desenvolve para lidar com
o acontecimento as quais se baseiam pelo menos
em parte, na forma como foram criadas, bem como
no sistema social em que estão inseridas.
 Para Winnicott, seria a dedicação quase que total
da mãe para com o bebê a base para o
desenvolvimento humano saudável, pois elas
promovem ambiente acolhedor, atenta e
cuidadosa, que sabe adaptar-se continuamente
mas que por vezes falha com seu bebê “mãe
suficiente boa”.
 Evidentemente nem todas as mãe conseguem ser
“suficientemente boas”. Há as que sentem medo de
serem sugadas pela atenção que seu bebê requer
e entegam essa tarefa para uma outra pessoa, e as
que mergulham neste estado de entrega e têm
dificuldades em sair.
 Com esta perspectiva foram entrevistadas 4 mães
de pessoas com Síndrome de Down.
COMPRENDENDO OS CAMPOS PSICOLÓGICOS
VIVENCIAS
 O momento em que ficaram sabendo que seu filho
não correspondia ao filho idealizado, o tão
sonhado, surge o primeiro campo psicológico não
consciente: O LUTO, associado ao diagnóstico da
Síndrome de Down.
 O luto pode ser associado com o fracasso materno
de ter gerado um filho imperfeito.
 Assim notou –se que as mães falavam da ocasião
nascimento, não do bebê, mas de uma síndrome
que mal conheciam e com a qual pouco sabiam o
que fazer.
 Para ilustrar uma das mães entrevistadas, disse ter
batizado sua filha com SD, seis meses após o
nascimento, diferente do que fez com sua primeira
filha sem SD, que batizara nos primiros dias de
vida.
 O segundo campo psicológico vivencial refere-se
as dúvidas levantadas pelas mães, a respeito do
futuro do filho.
 Irá para escola e conseguirá aprender?
 Como será sua adolescência?
 Terá condições de trabahar?
 Poderá namorar ter relações sexuais?
 Essas perguntas expressam as dúvidas e os
temores que os pais tem, pois as atitudes
preconceituosas e as discriminações socias geram
grande preocupação com o futuro do filho.
 Os pais sentem medo de morrer antes que seus
filhos, por medo de não ter quem cuide deles,um
exemplo é o relato de um pai, “sabe eu e minha
esposa, depois que nossa filha com SD nasceu
sentimos que não temos mais o direito de morrer”...
 Os campos psicológicos encontrados não podem
ser ignorados, pois tal condutas pode ser
prejudicial para o desenvolvimento dos portadores
de SD.
 As quatro mães entrevistadas expressaram o
quanto foi díficil enxergar o que não queriam ver,
divididas entre a primeira imagem que traziam
dentro de si de um bebê pequeno e frágil, porém
sadio e a de seus recém nascidos reais rotulados
pela síndrome.
 Assim podemos pensar que o bebê com deficiência
não recebe os olhos esperançosos e acolhedores
de seus pais, pelo contrário, recebe, em seu lugar,
ohos medrosos, ansiosos, angustiados por causa
de uma nova realidade.
 Todas as reflexões apresentadas na pesquisa
fazem parte do drama humano, e requerem
atenção, acolhimento e constante estudo. Acredita-
se que tudo é mutativo e que o contexto
grupal/social sempre está presente.
 Levantou-se algumas questões a serem pensadas,
acerca da vivênia da mãe com seu filho com SD,
acredita-se que este trabalho tenha sugerido a
capacidade do ser humano redescobrir a vida, na
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Processos investigativos em educação

  • 1. Universidade Federal de santa Maria Centro de Educação Processos Investigativos em Educação Drª Elena Mallmann A mãe, o filho e a Síndrome de Down O trabalho A mãe, o filho e a síndrome de Down. deMichelle Costa está licenciado com uma LicençaCreative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Aluna: Michelle Costa
  • 2. UMA EXPERIÊNCIA DIFERENTE  Alteração genética de maior ocorrência no mundo, a Síndrome de Down, gera vários problemas orgânicos e também a deficiência mental.(Schwartzman2003)  Sabemos que o nascimento de um bebê com SD acaba impondo aos pais e familiares uma série de dificuldades, podendo ser um elemento perturbador na vida dos mesmos, dentre os estudos científicos voltados para a deficiência mental, a maioria focaliza a vivência emocional dos pais e familiares , visando o bem estar emocional.
  • 3.  Uma das pesquisadoras teve contato com várias formas que cada pessoa desenvolve para lidar com o acontecimento as quais se baseiam pelo menos em parte, na forma como foram criadas, bem como no sistema social em que estão inseridas.  Para Winnicott, seria a dedicação quase que total da mãe para com o bebê a base para o desenvolvimento humano saudável, pois elas promovem ambiente acolhedor, atenta e cuidadosa, que sabe adaptar-se continuamente mas que por vezes falha com seu bebê “mãe suficiente boa”.
  • 4.  Evidentemente nem todas as mãe conseguem ser “suficientemente boas”. Há as que sentem medo de serem sugadas pela atenção que seu bebê requer e entegam essa tarefa para uma outra pessoa, e as que mergulham neste estado de entrega e têm dificuldades em sair.  Com esta perspectiva foram entrevistadas 4 mães de pessoas com Síndrome de Down.
  • 5. COMPRENDENDO OS CAMPOS PSICOLÓGICOS VIVENCIAS  O momento em que ficaram sabendo que seu filho não correspondia ao filho idealizado, o tão sonhado, surge o primeiro campo psicológico não consciente: O LUTO, associado ao diagnóstico da Síndrome de Down.  O luto pode ser associado com o fracasso materno de ter gerado um filho imperfeito.  Assim notou –se que as mães falavam da ocasião nascimento, não do bebê, mas de uma síndrome que mal conheciam e com a qual pouco sabiam o que fazer.
  • 6.  Para ilustrar uma das mães entrevistadas, disse ter batizado sua filha com SD, seis meses após o nascimento, diferente do que fez com sua primeira filha sem SD, que batizara nos primiros dias de vida.  O segundo campo psicológico vivencial refere-se as dúvidas levantadas pelas mães, a respeito do futuro do filho.  Irá para escola e conseguirá aprender?  Como será sua adolescência?  Terá condições de trabahar?  Poderá namorar ter relações sexuais?
  • 7.  Essas perguntas expressam as dúvidas e os temores que os pais tem, pois as atitudes preconceituosas e as discriminações socias geram grande preocupação com o futuro do filho.  Os pais sentem medo de morrer antes que seus filhos, por medo de não ter quem cuide deles,um exemplo é o relato de um pai, “sabe eu e minha esposa, depois que nossa filha com SD nasceu sentimos que não temos mais o direito de morrer”...  Os campos psicológicos encontrados não podem ser ignorados, pois tal condutas pode ser prejudicial para o desenvolvimento dos portadores de SD.
  • 8.  As quatro mães entrevistadas expressaram o quanto foi díficil enxergar o que não queriam ver, divididas entre a primeira imagem que traziam dentro de si de um bebê pequeno e frágil, porém sadio e a de seus recém nascidos reais rotulados pela síndrome.  Assim podemos pensar que o bebê com deficiência não recebe os olhos esperançosos e acolhedores de seus pais, pelo contrário, recebe, em seu lugar, ohos medrosos, ansiosos, angustiados por causa de uma nova realidade.
  • 9.  Todas as reflexões apresentadas na pesquisa fazem parte do drama humano, e requerem atenção, acolhimento e constante estudo. Acredita- se que tudo é mutativo e que o contexto grupal/social sempre está presente.  Levantou-se algumas questões a serem pensadas, acerca da vivênia da mãe com seu filho com SD, acredita-se que este trabalho tenha sugerido a capacidade do ser humano redescobrir a vida, na dor e na alegria quando se aprende com aquilo de inesperado que se apresenta diante de seus sentidos.