O documento descreve a relação entre Portugal e o Reino do Congo no período da escravidão moderna. Os portugueses converteram com sucesso o Rei do Congo ao cristianismo, resultando em uma aliança que beneficiou ambos com o comércio de escravos. No entanto, as relações se deterioraram no século XVII devido a disputas que levaram à guerra entre os reinos.
Contato entre Portugal e o Reino do Congo influenciou a escravidão moderna
1.
2. As populações que viviam ao
sul do golfo de Guiné não
tinham contato externo e por
isso não foram influenciados
pelo islamismo.
Os portugueses tinham como
estratégia converter ao
cristianismo os soberanos
africanos com quem se
aliavam, mas muitos voltavam
as suas crenças e tradições.
3. Dentre muitos, a conversão mais duradoura
foi a do manicongo.
Foi do reino do Congo que vinha a maior
parte dos escravos para a América, pelo fato
de terem uma aliança com Portugal.
4. O reino do Congo
estava organizado
em seis províncias e
se localiza entre o rio
Zaire e o rio Loge.
Além das províncias,
tinha cidades
independentes, mas
pagavam impostos
ao manicongo.
5. O navegador português Diogo Cão, foi quem
descobriu essa região do Congo e foi quem
conseguiu converter o manicongo (batizado
de João I) ao cristianismo, mas a elite se
dividiu e o rei se afastou da religião.
6. Seu filho e sucessor, D. Afonso I,
retomou a iniciativa de cristianizar o
reino. Fez mudanças no reino com o
estilo da monarquia portuguesa: chefes
de províncias foram denominados
condes, marqueses e duques.
7. O rei de Congo e o rei de Portugal (D. Manuel)
trocavam inúmeras cartas com juras de
fidelidade e promessa de colaboração no
trafico, beneficiando assim ambos os reinos.
8. A história do
reino do Congo
baseia-se na
cumplicidade
entre os
europeus e
africanos na
escravidão
moderna
9. A aliança entre Portugal e Congo durou até
meados do século XVII.
O comércio de escravos foi intensificado após
o contato com os portugueses e passou a ser
um monopólio real.
10. Além do controle das rotas terrestres o rei de
Congo queria sociedade com os portugueses
no comércio pelo Atlântico, porém a Coroa
jamais cumpriu a promessa de torná-los
sócios.
As formas tradicionais de escravidão
passaram a ser violadas, até nobres passaram
a ser vendidos.
11. As relações entre os portugueses e os
congoleses começaram a decair a partir da
metade do século XVI e acabaram de fato
durante o século XVII.
Os congoleses começaram a se aproximar
dos holandeses, mas só conseguiram agravar
a situação com Portugal.
12. Portugueses e o reino do
Congo entraram em
disputas que resultaram
na Batalha deAmbuíla.
Os portugueses
acabaram ganhando, o
que resultou a cabeça do
rei Antônio I como troféu
levada para Lisboa.
13. Os bantos formam um grupo étnico africano que habitam a região da
África ao sul do Deserto do Saara.
Conhecem a metalurgia desde muito tempo, fato que deu grande
vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos.Os bantos
chegaram a constituir o Reino do Congo, que envolvia grande parte do
noroeste do continente africano.
No passado, os bantos viveram em aldeias que eram governadas por um
chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, recolhia
impostos em forma de objetos, mercadorias e alimentos de todas as
tribos que constituíam seu reino.
As pessoas que habitavam o reino acreditavam que o maniconco tinha
poderes sagrados e que podia influenciar nas colheitas, guerras e saúde
do povo.
14. Em seu primeiro contato com o Congo, Diogo Cão deixou homens
em terra como garantia e levou com ele a Lisboa um grupo da elite
nativa, para aprender a língua, conhecer os costumes e entrar em
contato com o cristianismo. Dois anos depois, em 1485, retornou
ao Congo com esses nativos e muitos presentes para o rei local.
Em resposta, o Congo enviou uma embaixada a Portugal, em
1489, formalizando o desejo de se converter ao cristianismo e
europeizar seus costumes. Essa embaixada passou um ano em
Lisboa, aprendendo a língua, o modo de vida português e os
preceitos do catolicismo.
A cristianização do Congo surpreende não só pela rapidez, mas
porque partiu de iniciativa própria e não de uma imposição, como
se poderia esperar de um projeto de expansão colonial como as
navegações portuguesas