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Neste trabalho vou explorar os temas “Poupança e 
Investimento” e “Repartição dos Rendimentos”. Estes 
são temas ou palavras que todos nós já ouvimos 
certamente falar, mas será que temos noção de que 
conteúdos envolvem estas duas tematicas? 
Nos dias de crise economica em que vivemos, 
concerteza a maior parte de população mundial já não 
consegue poupar muito dinheiro, pois o nível de vida e o 
respectivo poder de compra estão cada vez mais 
diminutos o que faz escassar o poder de poupança e 
investimento. 
Vou tambem explicar qual a importante relação 
economica da poupança e do investimento e de como são 
cruciais para o desenvolvemento produtivo. 
Por último, mas não menos importante, vou abrangir o 
tema “Repartição de Rendimento”, para que os leitores 
deste trabalho descubram se a repartição de 
rendimentos é igul e justa para totos os elementos da 
população nacional e mundial. 
2
A Poupança e o Investimento estão divididos em 3 áreas 
nomeadamente: 
A utilização do rendimento – o consumo e a 
3 
poupança; 
Os destinos da poupança – a importância do 
investimento; 
O financiamento na actividade económica.
4 
A utilização do rendimento é um dos 
factores fundamentais da economia. 
È a formação de capital e a sua aplicação que permitem 
que a economia funcione e não entre em colapso, até 
porque, se congelarmos todas as formas de rendimento e 
colocarmo-la em modo de repouso (poupança) estaríamos 
a impossibilitar o consumo e a parar a produção. 
Consequentemente, haveria desemprego e ainda menos 
rendimento para ser aplicado em bens de consumo 
fazendo com que o sistema produtivo deixa-se pura e 
simplesmente de existir.
5 
Mas o que é o consumo e a poupança ? 
O consumo é, um fenómeno social 
complexo, condicionado por múltiplos 
factores e, com influência sobre a vida 
humana e a do Planeta. 
Por consumo pode entender-se o acto de apropriação 
e/ou utilização (geralmente de carácter aquisitivo, 
implicando uma troca) de um determinado bem ou 
serviço, por parte de um ou mais indivíduos, com vista à 
satisfação de necessidades materiais ou não-materiais, 
ou, em termos mais latos, “qualquer actividade 
envolvendo a selecção, compra, uso, manutenção, 
reparação e destruição de qualquer produto ou serviço. 
A tentativa de explicar o 
consumo pode implicar o estudo da 
satisfação de necessidades ou 
desejos (desde a necessidade de 
comer e vestir à compensação de 
sentimentos de inferioridade, 
insegurança ou perda), da 
comunicação de distinções sociais, do reforço de padrões 
de superioridade e inferioridade entre indivíduos e 
grupos, assim como da expressão de estados de espírito 
ou de formas de comunicação interpessoal.
A poupança, nada é mais do que retirar parte do 
rendimento de circulação para uma posterior utilização, 
em períodos mais proveitosos para a pessoa ou empresa 
em questão. 
A poupança é a parte do rendimento disponível que 
não é consumida, a poupança é igual ao rendimento menos 
o consumo. 
O rendimento é o principal determinante do 
consumo, sendo que os indivíduos mais ricos tendem a 
poupar mais. 
Constitui um acto de renúncia a uma satisfação 
6 
imediata, em prol de uma satisfação de consumo futuro.
7 
Factores determinantes da Poupança: 
 Económico 
 Rendimento disponível 
 Psicológicos 
 Incerteza quanto ao futuro 
 Sociais / Culturais 
 Publicidade; 
 Incentivos ao consumo. 
? ? ? ?
No decurso da actividade económica nem tudo aquilo 
que se produz é consumido na sua totalidade. Com efeito, 
é precisamente esta parcela do rendimento que não é 
consumida que constitui a poupança. 
A poupança dá origem à formação de capital desde 
que seja utilizada em investimento, pois é este que 
permite a manutenção do processo produtivo. A 
formação de capital fixo é crucial no crescimento e no 
desenvolvimento duma economia. Afinal, é esse capital 
fixo que aumenta e assegura a capacidade produtiva da 
economia. 
O investimento constitui o motor do desenvolvimento 
económico e depende em grande da poupança realizada 
pelo país. Hoje em dia, um dos grandes problemas das 
economias do Terceiro Mundo, reside precisamente na 
dificuldade que estas têm em realizar poupanças, devido 
aos seus baixos rendimentos. 
8
Algumas das formas de possíveis destinos das 
poupanças são: 
 Entesouramento: Foi durante muito tempo uma forma 
muito utilizada, principalmente pelas populações 
rurais, de lidar com as suas poupanças. Trata-se de 
guardar a moeda não utilizada em casa para fazer face 
a eventuais futuras despesas. 
9 
Ainda hoje, algumas famílias, 
normalmente de fracas 
possibilidades (mas que, apesar 
disso, conseguem efectuar algumas 
poupanças), guardam dinheiro em 
casa por desconfiarem dos bancos 
ou para sentirem o dinheiro mais 
próximo de si, pronto para qualquer 
eventualidade. 1 
No entanto, como facilmente podemos 
calcular, esta forma de poupança 
comporta riscos relacionados com a 
falta de segurança das habitações e 
possibilidade de assaltos.
 Depósitos: É uma das forma muito utilizada 
actualmente por praticamente todas as classes sociais 
e que consiste na colocação das poupanças em 
depósitos à ordem ou a prazo nas instituições 
bancárias. 
 Investimentos: É a forma de utilização das poupanças 
que consiste na compra de bens de produção. É o caso 
da aplicação das poupanças na compra de um edifício 
para instalação de uma empresa, ou na compra de um 
novo sistema informático, ou ainda na compra de nova 
máquina para essa empresa. 
Em todos estes exemplos, a poupança está a ser 
utilizada para comprar bens que, por terem como 
finalidade a actividade produtiva, vão servir para gerar 
novos rendimentos. 
10
11 
Tipos de investimentos 
Alguns exemplos de investimentos são: 
 Investimento material - É o conjunto de despesas 
destinadas à aquisição de bens de produção físicos, 
tais como máquinas e edifícios. 
 Investimento imaterial - Ou seja, aquele que é 
efectuado em bens imateriais. 
Assim, quando uma empresa 
compra um programa informático, 
quando lança uma campanha 
publicitária ou quando, através de 
acções deformação, aposta na 
melhoria da qualificação dos seus 
trabalhadores, essa empresa não 
está a comprar bens materiais, 
mas nem por isso deixa de estar a 
investir.
 Investimento financeiro - É aquele que resulta da 
venda de acções, ou outros títulos, para as empresas 
poderem aumentar a sua capacidade de produção. 
O investimento desempenha um papel determinante 
no desenvolvimento da actividade económica de um país, 
traduzindo-se no aumento dos rendimentos a repartir. 
12
Capacidade de financiamento e necessidade de 
13 
financiamento 
Como já referi, a poupança é a parte do rendimento 
que não é gasto, no imediato, em bens de consumo. 
Acontece que existem agentes económicos que 
conseguem realizar poupanças e outros que pelo 
contrário, não conseguem realizar poupanças. 
Algumas famílias e empresas, conseguem realizar 
poupanças em montantes superiores aos investimentos, 
neste caso diz-se que há 
capacidade de financiamento. 
Diz-se, portanto que existe 
capacidade de financiamento 
por parte de um agente 
económico quando este 
efectua uma poupança superior 
ao montante investido. 
Mas, pode acontecer que uma empresa que queira 
investir, por exemplo, na melhoria da qualidade do seu 
produto, não tenha poupanças suficientes para poder 
realizar esse investimento. Neste caso, diz-se que há 
uma necessidade de financiamento.
14 
Funções do investimento 
O investimento pode desempenhar várias funções: 
 Investimento de substituição: É constituído pelas 
despesas efectuadas em bens de produção que têm 
como objectivo substituir o material danificado ou 
já gasto (quando se compra uma nova máquina para 
substituir uma outra já avariada). 
 Investimento de inovação: Quando o investimento 
é aplicado na compra de novas tecnologias, por 
forma a melhorar e modernizar o processo de 
produção. 
 Investimento em aumento da capacidade 
produtiva: Quando as compras se destinam a 
aumentar a capacidade produtiva da empresa (a 
compra de um edifício para nele instalar uma nova 
unidade de produção, por forma a aumentar a 
produção) .
Apesar de classificarmos o investimento desta três 
formas possíveis, isso não significa que cada uma destas 
categorias de investimento seja perfeitamente distinta 
das outras. 
Assim, um investimento pode ser simultaneamente de 
inovação e de aumento de capacidade produtiva. A 
compra de uma máquina inovadora, em termos 
tecnológicos, acaba, frequentemente, por permitir 
também um aumento da produção. 
A verificação deste facto mostra-nos a importância 
da inovação no aumento da capacidade de produção de um 
país. Ao longo dos tempos, a Humanidade evoluiu devido à 
sua capacidade de inovar. 
15
Assim, o fogo, a roda, muito mais tarde, a máquina a 
vapor (que impulsionou a Revolução Industrial) e, 
actualmente, um sem número de inovações, 
nomeadamente as que estão ligadas às novas tecnologias 
de informação, fazem parte de um lista de inventos que, 
em virtude de terem sido postos em prática, 
revolucionaram a vida das sociedades. 
Dito isto, podemos facilmente concluir da 
importância do investimento em inovação tecnológica 
tanto ao nível das empresas como ao nível do país. 
No entanto, a inovação tecnológica não surge por 
acaso mas sim como fruto da investigação, seja ela 
realizada de forma isolada, como aconteceu ao longo dos 
séculos ou como acontece, actualmente, através de 
equipas de investigadores que trabalham nas empresas, 
nos laboratórios ou nas universidades. 
16
Financiamento interno e financiamento externo: 
Conforme já referi, o investimento é o motor da 
actividade económica, porque é o investimento que 
garante a continuidade e o desenvolvimento da 
actividade produtiva. Também já exclareci que sem 
poupança não há investimento, vejamos então como as 
empresas conseguem obter as poupanças indispensáveis 
para o tão necessário investimento. 
Em principio as empresas obtêm lucros. Uma parte 
desses lucros destina-se a remunerar os funcionários. O 
lucro restante permanece nas empresas e constitui a 
poupança das empresas, representando assim a sua 
capacidade de financiamento. Nestas situações falamos 
de auto financiamento ou financiamento interno. 
Mas, normalmente, essa poupança não é suficiente, 
nomeadamente quando as empresas pretendem efectuar 
investimentos de inovação ou de aumento da sua 
capacidade produtiva. 
17
Assim sendo, as empresas precisam de obter 
financiamento externo. Elas podem, então, proceder de 
duas maneiras distintas: 
 Recorrem à venda de acções ou de outros títulos, 
nesta caso fala-se de financiamento externo 
directo. 
 Recorrem às instituições de crédito, e nesta 
situação fala-se em financiamento externo 
indirecto. 
Conforme verificamos, o financiamento bancario é 
fundamental para o crescimento e desenvolvimento do 
meio empresarial mundial. 
18
Os rendimentos e a repartição dos rendimentos 
estão divididos em quatro áreas nomeadamente: 
19 
A actividade produtiva e a formação de rendimentos; 
Repartição funcional do rendimento; 
Repartição pessoal do rendimento; 
Redistribuição dos rendimentos.
O facto de vivermos em sociedade exige uma repartição 
dos rendimentos, que não é nada mais do que dar a cada 
pessoa o resultado do seu trabalho em uma qualquer unidade 
monetária ou qualquer outra forma de pagamento. 
Para que a produção se concretize é necessária a 
participação de dois factores fundamentais, são eles: 
20 
 Trabalho 
 Capital 
É na realização do processo produtivo que se geram os 
rendimentos.
21 
Assim podemos concluir que: 
 A produção cria bens e serviços indispensáveis à 
sobrevivência, mas também é geradora de riqueza. 
 Quando os bens produzidos são trocados no mercado 
geram-se fluxos monetários que são distribuídos pelos 
intervenientes no processo produtivo. 
 Os rendimentos são formados na produção e existe uma 
correspondência entre o valor da produção e o montante 
dos rendimentos.
A repartição funcional do rendimento mostra-nos como 
são remunerados os diferentes intervenientes no processo 
produtivo, tendo em atenção as funções por eles 
desempenhadas. 
22 
Factor Trabalho 
-Trabalhador 
-Salário 
Factor Capital 
-Empresário 
-Lucro 
-Proprietário de Imóveis 
-Rendas 
-Detentor de capital/dinheiro 
-Juros 
Salário: 
O salário corresponde à parte do rendimento que é 
auferido pelo trabalhador em troca do trabalho realizado no 
processo produtivo. 
Neste caso fala-se em salário directo, 
ou seja, na quantidade de moeda que o 
empresário paga aos trabalhadores.
Algumas famílias recebem, por vezes, transferências do 
estado, sob a forma de subsídios, como o de desemprego, de 
doença, etc. Neste caso trata-se de um salário indirecto pois 
não derivou de uma participação directa no processo 
produtivo. 
No entanto, temos de distinguir entre salário nominal e 
23 
salário real. 
 O salário nominal é a quantidade de moeda que o 
trabalhador recebe pelo trabalho prestado num 
determinado período de tempo. 
 O salário real corresponde à quantidade de bens e 
serviços que o trabalhador pode adquirir com o salário 
nominal. O salário real traduz, assim, o poder de compra 
dos trabalhadores.
Conforme referi, a remuneração do factor capital no 
24 
processo produtivo assume as formas de: 
 Lucro; 
 Rendas; 
 Juros. 
Lucro: 
O lucro designa a remuneração dos empresários como 
contrapartida da sua iniciativa e dos riscos assumidos nos 
investimentos realizados. 
O lucro é variável e depende do resultado da actividade produtiva 
da empresa. O lucro é o resultado da diferença entre o preço de 
venda e o preço de custo dos produtos produzidos. 
L = PV – PC
25 
Juro: 
O juro constitui a remuneração que os detentores de capital 
auferem pelos empréstimos dos seus capitais. 
Esta remuneração varia consoante: 
 A taxa de juro fixada, 
 A duração (tempo) do empréstimo 
 O montante do capital emprestado. 
Renda: 
A renda, actualmente, corresponde aos rendimentos recebidos 
pelos proprietários dos prédios urbanos em virtude da sua cedência a 
terceiros.
26 
Sabias que . . . 
A Curva de Lorenz é o gráfico utilizado pelos analistas 
económicos para realçar, sobretudo, a desigualdade da repartição do 
rendimento ou da riqueza. 
O método proposto traduz-se na construção de uma curva de 
distribuição do rendimento ou da riqueza relacionando a % das 
famílias (valores acumulados) com a % do rendimento ou riqueza 
(valores acumulados). 
A análise da Curva de Lorenz permite aos governantes tomar 
medidas para reduzir as assimetrias existentes através das chamadas 
políticas de redistribuição do rendimento. 
O Rendimento Nacional per capita 
O Rendimento nacional per capita indica-nos uma média, partindo 
de uma hipótese de igualdade se o rendimento fosse distribuído 
equivalentemente por todos os elementos de uma população. 
Este indicador é utilizado para 
estabelecer comparações entre diferentes 
regiões e países, tornando possível, em 
Rendimento per capita = Rendimento nacional 
População total 
certa medida, verificar o desenvolvimento social e económico de um 
país.
Embora o Rendimento per capita seja um indicador importante, 
27 
ele apresenta algumas limitações que se devem ao facto de: 
 Por representar uma média, esconde desigualdades na forma 
como a riqueza de um país está distribuída pela população, ou pelas 
diferentes regiões do país. 
 Por ser calculado a partir de dados fornecidos pelos valores da 
economia formal (declarados), não engloba os valores e os 
rendimentos da economia paralela, que nos países menos 
desenvolvidos, representam uma parte significativa da sua riqueza. 
 Por representar um valor global, o Rendimento per capita não 
discrimina a natureza da riqueza. Um país pode ser rico em termos 
económicos, mas ainda pobre em termos sociais, culturais, 
ambientais, entre outros.
A repartição pessoal do rendimento permite-nos analisar como é 
que os rendimentos se distribuem pelos agregados familiares de uma 
dada comunidade. Através da análise podemos apreciar o grau de 
desigualdade dessa distribuição, as desigualdades salariais. 
O rendimento pessoal disponível é um indicador do rendimento 
pessoal. Como sabemos, as famílias têm por principal função 
consumir. Os seus recursos são constituídos, fundamentalmente, pelas 
remunerações pagas pelos outros sectores institucionais. 
Vamos verificar quais os recursos de que dispõe a família Silva, 
28 
constituída pelo pai, mãe, avô e 2 filhos: 
Assim, o rendimento de que esta família pode dispor é constituído 
quer por rendimentos primários; isto é, aqueles que proveêm do 
capital e do trabalho (no exemplo, os salários e os juros), quer ainda 
pelas prestações sociais (abono de família, reformas, subsidio de 
desemprego).
O rendimento das famílias tem origem nas receitas 
29 
provenientes: 
 Da actividade produtiva: salários, juros, rendas, lucros; 
 Das transferências internas: as prestações sociais feitas pela 
Administração Pública e Privada (pensões, abonos, diversos 
subsídios, etc.); 
 Das transferências externas: nestes têm especial relevância as 
remessas dos emigrantes e outras. 
No entanto, as famílias têm que pagar impostos 
sobre: 
 Os Rendimento (impostos directos) 
 Contribuições Sociais (à Administração Pública). 
Deste modo, o rendimento das famílias ficam mais 
diminutos. 
O Rendimento Disponível das Famílias é, então, 
constituído pelo total dos rendimentos recebidos pela 
participação na actividade produtiva e pelas transferências 
(internas e externas) depois de subtraídos os impostos directos e as 
contribuições sociais.
Rendimento Pessoal Disponível = 
Rendimento do Trabalho + Rendimentos do Capital + Transferências 
- 
Impostos Directos e Contribuições Sociais 
Mas quais são os factores que fazem existir desigualdades 
30 
salariais entre a população? 
A redistribuição do rendimento pode ser analisada, quer segundo a 
óptica da repartição funcional, quer ainda através da repartição 
pessoal. 
É o processo, através do qual o estado e outras instituições 
procedem à recolha de rendimentos e à sua respectiva transferência, 
Sexo 
Desigualdades 
Salariais 
Ramo e Sector de 
actividade 
Habilitação 
Dimensão da 
empresa 
Qualificação 
Idade 
Região 
do país
de forma a garantir um melhor nível de vida a todos os cidadãos, 
corrigindo assim as desigualdades provocadas pela repartição primária 
dos rendimentos. 
Na repartição pessoal verificamos a existência de desigualdades de 
rendimentos. Para reduzir as desigualdades existentes na repartição 
dos rendimentos, torna-se necessário garantir a toda a comunidade, 
independentemente dos rendimentos provenientes da actividade 
exercida por cada um, um conjunto de prestações sociais consideradas 
fundamentais. 
31 
 Políticas de redistribuição de rendimentos: 
Política de Preços: Aplicação de impostos indirectos sobre o 
consumo de bens e serviços consumidos pelas classes de rendimentos 
mais elevados. Atribuição de subsídios aos bens ou serviços de 
primeira necessidade de forma a torna-los mais acessíveis a população 
com menores recursos, como a saúde e educação. 
Política Social: Criação de sistemas de segurança social, que 
garantem a protecção dos cidadãos em situações de invalidez, 
desemprego ou velhice. Outra das formas de intervenção social do 
Estado consite na criação de um rendimento minímo garantido, o 
qual pretende fazer face às necessidades mais elementares de 
subsistência de algumas famílias. 
Política fiscal: Aplicação de impostos directamente sobre os 
rendimentos das pessoas ou indirectamente sobre os bens e serviços. 
A redistribuição ainda pode ser conseguida através de impostos sobre 
o consumo, tributando fortemente o consume de bens de luxo, bem 
como o consumo supérfluo. 
A redistribuição dos rendimentos pode ser vertical ou horizontal:
A redistribuição diz-se vertical, quando reduzindo as 
desigualdades provocadas pela repartição primária dos rendimentos, 
através dos impostos directos. 
A redistribuição diz-se horizontal, quando ao efectuar 
transferências para as famílias mais carenciadas, através, por exemplo, 
de subsídios. 
32
O processo de redistribuição dos rendimentos levado a cabo pelo 
estado tem, de uma forma geral, os seguintes objectivos: 
 Corrigir as desigualdades provocadas pela repartição dos 
33 
rendimentos; 
 Cobrir colectivamente os riscos individuais; 
 Pôr à disposição de toda a população um conjunto de bens e serviços 
sociais. 
A redistribuição realiza-se 
através de diferentes instituições, como por exemplo: 
 Administração Pública Central e Local; 
 Segurança Social; 
 Fundo de Desemprego.
Estas instituições canalizam as transferências quer para as 
empresas quer para as famílias, sob diversas formas, nomeadamente: 
34 
Para as famílias: 
 Fornecimento de bens e serviços colectivos, gratuitamente ou 
através de pagamento parcial; 
 Pensões e subsídios vários. 
Para as empresas: 
 Subsídios à produção em determinados sectores; 
 Isenção de impostos; 
O essencial da redistribuição é feito através da Segurança Social.
Comparação das desigualdades na distribuição 
dos rendimentos entre os membros da 
35 
União Europeia 
Da análise do Gráfico conclui-se que Portugal é o 4º país da UE-27 
no qual as diferenças de rendimento entre a população são maiores. 
 O rendimento auferido pelos 20,0% mais ricos é 6,1 vezes 
superior ao dos 20,0% mais pobres. Na Letónia, o valor deste 
indicador é de 7,3 (em 2007 o valor deste indicador era de 6,3), 
enquanto na Roménia e na Bulgária (segundo e terceiro país pior 
classificado) atingiu os 7,0 e 6,5, respectivamente.
Com a elaboração deste trabalho posso concluir que estes dois 
temas estão bem envolvidos, pois fazem parte da economia actual em 
que vivemos. 
Gostei bastante de aprofundar estes temas, pois além de serem 
assuntos económicos, são também assuntos socias que eu adoro tratar. 
De facto, pensar em poupar dinheiro nos dias de hoje para muita 
36 
gente é praticamente impensável. 
As pesquisas que fiz no decorrer deste trabalho, deixaram-me 
por vezes, interrogante em relação ao estado de distribuição de 
rendimentos pela população. Sei, que não podemos ter todos o mesmo 
nível económico, mas, acho vergonhoso as disparidades do nível de 
poder económico existentes no mundo. Penso que, um pouco mais de 
igualdade, só iria fazer com que milhões e milhões de pessoas 
vivessem mais condignamente. 
Para finalizar, penso também que as medidas de redistribuição que 
o estado acciona para os mais carenciados, ficam muito longe do 
esperado, pois, são uma gota no oceano de pobreza em que imensa 
gente vive.
 http://www.dolceta.eu/portugal/Mod7/IMG/pdf/poupanca_e_invest 
37 
imento.pdf 
 http://www.forma-te.com/.../1107-rendimentos-e-reparticao-de-rendimentos. 
html 
 http://www.resumos.net/files/economia5.doc 
 http://analisesocial.ics.ul.pt/.../1224154682W3jFR2yc6Dy42XE7.p 
df 
 http://bardasmatematicas.files.wordpress.com/.../7-poupanca-e-investimento. 
pdf 
 http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/105.pdf 
 http://www.dolceta.eu/portugal/Mod7/IMG/pdf/poupanca_e_invest 
imento.pdf 
Disciplina: Economia
38 
Nome: 
Carla Ribeiro 
Joana Silva 
Manuel Ribeiro

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Poupança, Investimento e Repartição de Rendimentos

  • 1.
  • 2. Neste trabalho vou explorar os temas “Poupança e Investimento” e “Repartição dos Rendimentos”. Estes são temas ou palavras que todos nós já ouvimos certamente falar, mas será que temos noção de que conteúdos envolvem estas duas tematicas? Nos dias de crise economica em que vivemos, concerteza a maior parte de população mundial já não consegue poupar muito dinheiro, pois o nível de vida e o respectivo poder de compra estão cada vez mais diminutos o que faz escassar o poder de poupança e investimento. Vou tambem explicar qual a importante relação economica da poupança e do investimento e de como são cruciais para o desenvolvemento produtivo. Por último, mas não menos importante, vou abrangir o tema “Repartição de Rendimento”, para que os leitores deste trabalho descubram se a repartição de rendimentos é igul e justa para totos os elementos da população nacional e mundial. 2
  • 3. A Poupança e o Investimento estão divididos em 3 áreas nomeadamente: A utilização do rendimento – o consumo e a 3 poupança; Os destinos da poupança – a importância do investimento; O financiamento na actividade económica.
  • 4. 4 A utilização do rendimento é um dos factores fundamentais da economia. È a formação de capital e a sua aplicação que permitem que a economia funcione e não entre em colapso, até porque, se congelarmos todas as formas de rendimento e colocarmo-la em modo de repouso (poupança) estaríamos a impossibilitar o consumo e a parar a produção. Consequentemente, haveria desemprego e ainda menos rendimento para ser aplicado em bens de consumo fazendo com que o sistema produtivo deixa-se pura e simplesmente de existir.
  • 5. 5 Mas o que é o consumo e a poupança ? O consumo é, um fenómeno social complexo, condicionado por múltiplos factores e, com influência sobre a vida humana e a do Planeta. Por consumo pode entender-se o acto de apropriação e/ou utilização (geralmente de carácter aquisitivo, implicando uma troca) de um determinado bem ou serviço, por parte de um ou mais indivíduos, com vista à satisfação de necessidades materiais ou não-materiais, ou, em termos mais latos, “qualquer actividade envolvendo a selecção, compra, uso, manutenção, reparação e destruição de qualquer produto ou serviço. A tentativa de explicar o consumo pode implicar o estudo da satisfação de necessidades ou desejos (desde a necessidade de comer e vestir à compensação de sentimentos de inferioridade, insegurança ou perda), da comunicação de distinções sociais, do reforço de padrões de superioridade e inferioridade entre indivíduos e grupos, assim como da expressão de estados de espírito ou de formas de comunicação interpessoal.
  • 6. A poupança, nada é mais do que retirar parte do rendimento de circulação para uma posterior utilização, em períodos mais proveitosos para a pessoa ou empresa em questão. A poupança é a parte do rendimento disponível que não é consumida, a poupança é igual ao rendimento menos o consumo. O rendimento é o principal determinante do consumo, sendo que os indivíduos mais ricos tendem a poupar mais. Constitui um acto de renúncia a uma satisfação 6 imediata, em prol de uma satisfação de consumo futuro.
  • 7. 7 Factores determinantes da Poupança:  Económico  Rendimento disponível  Psicológicos  Incerteza quanto ao futuro  Sociais / Culturais  Publicidade;  Incentivos ao consumo. ? ? ? ?
  • 8. No decurso da actividade económica nem tudo aquilo que se produz é consumido na sua totalidade. Com efeito, é precisamente esta parcela do rendimento que não é consumida que constitui a poupança. A poupança dá origem à formação de capital desde que seja utilizada em investimento, pois é este que permite a manutenção do processo produtivo. A formação de capital fixo é crucial no crescimento e no desenvolvimento duma economia. Afinal, é esse capital fixo que aumenta e assegura a capacidade produtiva da economia. O investimento constitui o motor do desenvolvimento económico e depende em grande da poupança realizada pelo país. Hoje em dia, um dos grandes problemas das economias do Terceiro Mundo, reside precisamente na dificuldade que estas têm em realizar poupanças, devido aos seus baixos rendimentos. 8
  • 9. Algumas das formas de possíveis destinos das poupanças são:  Entesouramento: Foi durante muito tempo uma forma muito utilizada, principalmente pelas populações rurais, de lidar com as suas poupanças. Trata-se de guardar a moeda não utilizada em casa para fazer face a eventuais futuras despesas. 9 Ainda hoje, algumas famílias, normalmente de fracas possibilidades (mas que, apesar disso, conseguem efectuar algumas poupanças), guardam dinheiro em casa por desconfiarem dos bancos ou para sentirem o dinheiro mais próximo de si, pronto para qualquer eventualidade. 1 No entanto, como facilmente podemos calcular, esta forma de poupança comporta riscos relacionados com a falta de segurança das habitações e possibilidade de assaltos.
  • 10.  Depósitos: É uma das forma muito utilizada actualmente por praticamente todas as classes sociais e que consiste na colocação das poupanças em depósitos à ordem ou a prazo nas instituições bancárias.  Investimentos: É a forma de utilização das poupanças que consiste na compra de bens de produção. É o caso da aplicação das poupanças na compra de um edifício para instalação de uma empresa, ou na compra de um novo sistema informático, ou ainda na compra de nova máquina para essa empresa. Em todos estes exemplos, a poupança está a ser utilizada para comprar bens que, por terem como finalidade a actividade produtiva, vão servir para gerar novos rendimentos. 10
  • 11. 11 Tipos de investimentos Alguns exemplos de investimentos são:  Investimento material - É o conjunto de despesas destinadas à aquisição de bens de produção físicos, tais como máquinas e edifícios.  Investimento imaterial - Ou seja, aquele que é efectuado em bens imateriais. Assim, quando uma empresa compra um programa informático, quando lança uma campanha publicitária ou quando, através de acções deformação, aposta na melhoria da qualificação dos seus trabalhadores, essa empresa não está a comprar bens materiais, mas nem por isso deixa de estar a investir.
  • 12.  Investimento financeiro - É aquele que resulta da venda de acções, ou outros títulos, para as empresas poderem aumentar a sua capacidade de produção. O investimento desempenha um papel determinante no desenvolvimento da actividade económica de um país, traduzindo-se no aumento dos rendimentos a repartir. 12
  • 13. Capacidade de financiamento e necessidade de 13 financiamento Como já referi, a poupança é a parte do rendimento que não é gasto, no imediato, em bens de consumo. Acontece que existem agentes económicos que conseguem realizar poupanças e outros que pelo contrário, não conseguem realizar poupanças. Algumas famílias e empresas, conseguem realizar poupanças em montantes superiores aos investimentos, neste caso diz-se que há capacidade de financiamento. Diz-se, portanto que existe capacidade de financiamento por parte de um agente económico quando este efectua uma poupança superior ao montante investido. Mas, pode acontecer que uma empresa que queira investir, por exemplo, na melhoria da qualidade do seu produto, não tenha poupanças suficientes para poder realizar esse investimento. Neste caso, diz-se que há uma necessidade de financiamento.
  • 14. 14 Funções do investimento O investimento pode desempenhar várias funções:  Investimento de substituição: É constituído pelas despesas efectuadas em bens de produção que têm como objectivo substituir o material danificado ou já gasto (quando se compra uma nova máquina para substituir uma outra já avariada).  Investimento de inovação: Quando o investimento é aplicado na compra de novas tecnologias, por forma a melhorar e modernizar o processo de produção.  Investimento em aumento da capacidade produtiva: Quando as compras se destinam a aumentar a capacidade produtiva da empresa (a compra de um edifício para nele instalar uma nova unidade de produção, por forma a aumentar a produção) .
  • 15. Apesar de classificarmos o investimento desta três formas possíveis, isso não significa que cada uma destas categorias de investimento seja perfeitamente distinta das outras. Assim, um investimento pode ser simultaneamente de inovação e de aumento de capacidade produtiva. A compra de uma máquina inovadora, em termos tecnológicos, acaba, frequentemente, por permitir também um aumento da produção. A verificação deste facto mostra-nos a importância da inovação no aumento da capacidade de produção de um país. Ao longo dos tempos, a Humanidade evoluiu devido à sua capacidade de inovar. 15
  • 16. Assim, o fogo, a roda, muito mais tarde, a máquina a vapor (que impulsionou a Revolução Industrial) e, actualmente, um sem número de inovações, nomeadamente as que estão ligadas às novas tecnologias de informação, fazem parte de um lista de inventos que, em virtude de terem sido postos em prática, revolucionaram a vida das sociedades. Dito isto, podemos facilmente concluir da importância do investimento em inovação tecnológica tanto ao nível das empresas como ao nível do país. No entanto, a inovação tecnológica não surge por acaso mas sim como fruto da investigação, seja ela realizada de forma isolada, como aconteceu ao longo dos séculos ou como acontece, actualmente, através de equipas de investigadores que trabalham nas empresas, nos laboratórios ou nas universidades. 16
  • 17. Financiamento interno e financiamento externo: Conforme já referi, o investimento é o motor da actividade económica, porque é o investimento que garante a continuidade e o desenvolvimento da actividade produtiva. Também já exclareci que sem poupança não há investimento, vejamos então como as empresas conseguem obter as poupanças indispensáveis para o tão necessário investimento. Em principio as empresas obtêm lucros. Uma parte desses lucros destina-se a remunerar os funcionários. O lucro restante permanece nas empresas e constitui a poupança das empresas, representando assim a sua capacidade de financiamento. Nestas situações falamos de auto financiamento ou financiamento interno. Mas, normalmente, essa poupança não é suficiente, nomeadamente quando as empresas pretendem efectuar investimentos de inovação ou de aumento da sua capacidade produtiva. 17
  • 18. Assim sendo, as empresas precisam de obter financiamento externo. Elas podem, então, proceder de duas maneiras distintas:  Recorrem à venda de acções ou de outros títulos, nesta caso fala-se de financiamento externo directo.  Recorrem às instituições de crédito, e nesta situação fala-se em financiamento externo indirecto. Conforme verificamos, o financiamento bancario é fundamental para o crescimento e desenvolvimento do meio empresarial mundial. 18
  • 19. Os rendimentos e a repartição dos rendimentos estão divididos em quatro áreas nomeadamente: 19 A actividade produtiva e a formação de rendimentos; Repartição funcional do rendimento; Repartição pessoal do rendimento; Redistribuição dos rendimentos.
  • 20. O facto de vivermos em sociedade exige uma repartição dos rendimentos, que não é nada mais do que dar a cada pessoa o resultado do seu trabalho em uma qualquer unidade monetária ou qualquer outra forma de pagamento. Para que a produção se concretize é necessária a participação de dois factores fundamentais, são eles: 20  Trabalho  Capital É na realização do processo produtivo que se geram os rendimentos.
  • 21. 21 Assim podemos concluir que:  A produção cria bens e serviços indispensáveis à sobrevivência, mas também é geradora de riqueza.  Quando os bens produzidos são trocados no mercado geram-se fluxos monetários que são distribuídos pelos intervenientes no processo produtivo.  Os rendimentos são formados na produção e existe uma correspondência entre o valor da produção e o montante dos rendimentos.
  • 22. A repartição funcional do rendimento mostra-nos como são remunerados os diferentes intervenientes no processo produtivo, tendo em atenção as funções por eles desempenhadas. 22 Factor Trabalho -Trabalhador -Salário Factor Capital -Empresário -Lucro -Proprietário de Imóveis -Rendas -Detentor de capital/dinheiro -Juros Salário: O salário corresponde à parte do rendimento que é auferido pelo trabalhador em troca do trabalho realizado no processo produtivo. Neste caso fala-se em salário directo, ou seja, na quantidade de moeda que o empresário paga aos trabalhadores.
  • 23. Algumas famílias recebem, por vezes, transferências do estado, sob a forma de subsídios, como o de desemprego, de doença, etc. Neste caso trata-se de um salário indirecto pois não derivou de uma participação directa no processo produtivo. No entanto, temos de distinguir entre salário nominal e 23 salário real.  O salário nominal é a quantidade de moeda que o trabalhador recebe pelo trabalho prestado num determinado período de tempo.  O salário real corresponde à quantidade de bens e serviços que o trabalhador pode adquirir com o salário nominal. O salário real traduz, assim, o poder de compra dos trabalhadores.
  • 24. Conforme referi, a remuneração do factor capital no 24 processo produtivo assume as formas de:  Lucro;  Rendas;  Juros. Lucro: O lucro designa a remuneração dos empresários como contrapartida da sua iniciativa e dos riscos assumidos nos investimentos realizados. O lucro é variável e depende do resultado da actividade produtiva da empresa. O lucro é o resultado da diferença entre o preço de venda e o preço de custo dos produtos produzidos. L = PV – PC
  • 25. 25 Juro: O juro constitui a remuneração que os detentores de capital auferem pelos empréstimos dos seus capitais. Esta remuneração varia consoante:  A taxa de juro fixada,  A duração (tempo) do empréstimo  O montante do capital emprestado. Renda: A renda, actualmente, corresponde aos rendimentos recebidos pelos proprietários dos prédios urbanos em virtude da sua cedência a terceiros.
  • 26. 26 Sabias que . . . A Curva de Lorenz é o gráfico utilizado pelos analistas económicos para realçar, sobretudo, a desigualdade da repartição do rendimento ou da riqueza. O método proposto traduz-se na construção de uma curva de distribuição do rendimento ou da riqueza relacionando a % das famílias (valores acumulados) com a % do rendimento ou riqueza (valores acumulados). A análise da Curva de Lorenz permite aos governantes tomar medidas para reduzir as assimetrias existentes através das chamadas políticas de redistribuição do rendimento. O Rendimento Nacional per capita O Rendimento nacional per capita indica-nos uma média, partindo de uma hipótese de igualdade se o rendimento fosse distribuído equivalentemente por todos os elementos de uma população. Este indicador é utilizado para estabelecer comparações entre diferentes regiões e países, tornando possível, em Rendimento per capita = Rendimento nacional População total certa medida, verificar o desenvolvimento social e económico de um país.
  • 27. Embora o Rendimento per capita seja um indicador importante, 27 ele apresenta algumas limitações que se devem ao facto de:  Por representar uma média, esconde desigualdades na forma como a riqueza de um país está distribuída pela população, ou pelas diferentes regiões do país.  Por ser calculado a partir de dados fornecidos pelos valores da economia formal (declarados), não engloba os valores e os rendimentos da economia paralela, que nos países menos desenvolvidos, representam uma parte significativa da sua riqueza.  Por representar um valor global, o Rendimento per capita não discrimina a natureza da riqueza. Um país pode ser rico em termos económicos, mas ainda pobre em termos sociais, culturais, ambientais, entre outros.
  • 28. A repartição pessoal do rendimento permite-nos analisar como é que os rendimentos se distribuem pelos agregados familiares de uma dada comunidade. Através da análise podemos apreciar o grau de desigualdade dessa distribuição, as desigualdades salariais. O rendimento pessoal disponível é um indicador do rendimento pessoal. Como sabemos, as famílias têm por principal função consumir. Os seus recursos são constituídos, fundamentalmente, pelas remunerações pagas pelos outros sectores institucionais. Vamos verificar quais os recursos de que dispõe a família Silva, 28 constituída pelo pai, mãe, avô e 2 filhos: Assim, o rendimento de que esta família pode dispor é constituído quer por rendimentos primários; isto é, aqueles que proveêm do capital e do trabalho (no exemplo, os salários e os juros), quer ainda pelas prestações sociais (abono de família, reformas, subsidio de desemprego).
  • 29. O rendimento das famílias tem origem nas receitas 29 provenientes:  Da actividade produtiva: salários, juros, rendas, lucros;  Das transferências internas: as prestações sociais feitas pela Administração Pública e Privada (pensões, abonos, diversos subsídios, etc.);  Das transferências externas: nestes têm especial relevância as remessas dos emigrantes e outras. No entanto, as famílias têm que pagar impostos sobre:  Os Rendimento (impostos directos)  Contribuições Sociais (à Administração Pública). Deste modo, o rendimento das famílias ficam mais diminutos. O Rendimento Disponível das Famílias é, então, constituído pelo total dos rendimentos recebidos pela participação na actividade produtiva e pelas transferências (internas e externas) depois de subtraídos os impostos directos e as contribuições sociais.
  • 30. Rendimento Pessoal Disponível = Rendimento do Trabalho + Rendimentos do Capital + Transferências - Impostos Directos e Contribuições Sociais Mas quais são os factores que fazem existir desigualdades 30 salariais entre a população? A redistribuição do rendimento pode ser analisada, quer segundo a óptica da repartição funcional, quer ainda através da repartição pessoal. É o processo, através do qual o estado e outras instituições procedem à recolha de rendimentos e à sua respectiva transferência, Sexo Desigualdades Salariais Ramo e Sector de actividade Habilitação Dimensão da empresa Qualificação Idade Região do país
  • 31. de forma a garantir um melhor nível de vida a todos os cidadãos, corrigindo assim as desigualdades provocadas pela repartição primária dos rendimentos. Na repartição pessoal verificamos a existência de desigualdades de rendimentos. Para reduzir as desigualdades existentes na repartição dos rendimentos, torna-se necessário garantir a toda a comunidade, independentemente dos rendimentos provenientes da actividade exercida por cada um, um conjunto de prestações sociais consideradas fundamentais. 31  Políticas de redistribuição de rendimentos: Política de Preços: Aplicação de impostos indirectos sobre o consumo de bens e serviços consumidos pelas classes de rendimentos mais elevados. Atribuição de subsídios aos bens ou serviços de primeira necessidade de forma a torna-los mais acessíveis a população com menores recursos, como a saúde e educação. Política Social: Criação de sistemas de segurança social, que garantem a protecção dos cidadãos em situações de invalidez, desemprego ou velhice. Outra das formas de intervenção social do Estado consite na criação de um rendimento minímo garantido, o qual pretende fazer face às necessidades mais elementares de subsistência de algumas famílias. Política fiscal: Aplicação de impostos directamente sobre os rendimentos das pessoas ou indirectamente sobre os bens e serviços. A redistribuição ainda pode ser conseguida através de impostos sobre o consumo, tributando fortemente o consume de bens de luxo, bem como o consumo supérfluo. A redistribuição dos rendimentos pode ser vertical ou horizontal:
  • 32. A redistribuição diz-se vertical, quando reduzindo as desigualdades provocadas pela repartição primária dos rendimentos, através dos impostos directos. A redistribuição diz-se horizontal, quando ao efectuar transferências para as famílias mais carenciadas, através, por exemplo, de subsídios. 32
  • 33. O processo de redistribuição dos rendimentos levado a cabo pelo estado tem, de uma forma geral, os seguintes objectivos:  Corrigir as desigualdades provocadas pela repartição dos 33 rendimentos;  Cobrir colectivamente os riscos individuais;  Pôr à disposição de toda a população um conjunto de bens e serviços sociais. A redistribuição realiza-se através de diferentes instituições, como por exemplo:  Administração Pública Central e Local;  Segurança Social;  Fundo de Desemprego.
  • 34. Estas instituições canalizam as transferências quer para as empresas quer para as famílias, sob diversas formas, nomeadamente: 34 Para as famílias:  Fornecimento de bens e serviços colectivos, gratuitamente ou através de pagamento parcial;  Pensões e subsídios vários. Para as empresas:  Subsídios à produção em determinados sectores;  Isenção de impostos; O essencial da redistribuição é feito através da Segurança Social.
  • 35. Comparação das desigualdades na distribuição dos rendimentos entre os membros da 35 União Europeia Da análise do Gráfico conclui-se que Portugal é o 4º país da UE-27 no qual as diferenças de rendimento entre a população são maiores.  O rendimento auferido pelos 20,0% mais ricos é 6,1 vezes superior ao dos 20,0% mais pobres. Na Letónia, o valor deste indicador é de 7,3 (em 2007 o valor deste indicador era de 6,3), enquanto na Roménia e na Bulgária (segundo e terceiro país pior classificado) atingiu os 7,0 e 6,5, respectivamente.
  • 36. Com a elaboração deste trabalho posso concluir que estes dois temas estão bem envolvidos, pois fazem parte da economia actual em que vivemos. Gostei bastante de aprofundar estes temas, pois além de serem assuntos económicos, são também assuntos socias que eu adoro tratar. De facto, pensar em poupar dinheiro nos dias de hoje para muita 36 gente é praticamente impensável. As pesquisas que fiz no decorrer deste trabalho, deixaram-me por vezes, interrogante em relação ao estado de distribuição de rendimentos pela população. Sei, que não podemos ter todos o mesmo nível económico, mas, acho vergonhoso as disparidades do nível de poder económico existentes no mundo. Penso que, um pouco mais de igualdade, só iria fazer com que milhões e milhões de pessoas vivessem mais condignamente. Para finalizar, penso também que as medidas de redistribuição que o estado acciona para os mais carenciados, ficam muito longe do esperado, pois, são uma gota no oceano de pobreza em que imensa gente vive.
  • 37.  http://www.dolceta.eu/portugal/Mod7/IMG/pdf/poupanca_e_invest 37 imento.pdf  http://www.forma-te.com/.../1107-rendimentos-e-reparticao-de-rendimentos. html  http://www.resumos.net/files/economia5.doc  http://analisesocial.ics.ul.pt/.../1224154682W3jFR2yc6Dy42XE7.p df  http://bardasmatematicas.files.wordpress.com/.../7-poupanca-e-investimento. pdf  http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/105.pdf  http://www.dolceta.eu/portugal/Mod7/IMG/pdf/poupanca_e_invest imento.pdf Disciplina: Economia
  • 38. 38 Nome: Carla Ribeiro Joana Silva Manuel Ribeiro