Este documento discute a noção moderna de comunicação, definindo-a como a transmissão de informações e sentimentos entre sujeitos. Explora a evolução histórica da comunicação desde formas primitivas até as tecnologias digitais de hoje. Também resume vários modelos de comunicação, incluindo modelos lineares e cibernéticos que incorporam feedback.
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Trabalho individual sobre o tema da noção moderna de comunicação
1. TRABALHO INDIVIDUAL SOBRE O TEMA DA NOÇÃO
MODERNA DE COMUNICAÇÃO (SOCIOLOGIA DA
COMUNICAÇÃO)
Por Jorge Lopes, nº 9978, Turma A do 1º Ano do Curso de Licenciatura em
Comunicação Social da Escola Superior de Educação de Viseu
1º Semestre, Ano Letivo 2012/2013, Data da realização do trabalho: Outubro de
2012
O que é a comunicação? Qual será a definição mais exata deste termo? A
comunicação é muito mais do que apenas a transmissão de informação entre dois ou
mais sujeitos ou objetos (apesar de grande parte das pessoas considerar que os
sujeitos podem e devem ser, de um modo geral, humanos, o que é verdade com o fato
de grande parte dos sujeitos estar integrada na comunicação entre humanos, os
sujeitos poderão não ser exclusivamente humanos como é o caso da comunicação
entre máquinas) ou do que apenas transmitir mensagens. É também fazer com que se
concretize o transporte de ideais e emoções expressas através de um código. É fazer
também com que comunicar tenha mais um significado de transmitir sentidos, causais
ou intencionais, de um ponto para o outro. Mas, à medida que o conceito inicial de
comunicação que consistia em situações de diálogo entre duas ou mais pessoas
(emissor e recetor) ia progredindo e avançando para outras perspetivas e conceitos, a
comunicação em si passava a estender-se a outras formas de diálogo comunicativo
como comunicação entre animais ou comunicação entre máquinas.
A origem da palavra “comunicação” é já muito antiga, tendo em conta a definição
inicial de atividade realizada em conjunto e a formação da palavra consistida em
palavras de origem latina (“co” – sentido de reunião –, “munis” – estar encarregado –,
“tio” – atividade). Já a comunicação em si tem sido objeto de uma história rica,
vantajosa e evolutiva em função das tecnologias de informação e comunicação que se
poderia tornar numa espiral de evolução tendo em conta as funções, o tempo e as
circunstâncias em que se sucedem. Começamos com a comunicação interpessoal,
que começa quando o Homem utiliza meios como gestos, voz, fogo, língua ou mímica
para se expressar. A palavra que melhor caracteriza esse tipo de comunicação é a
exteriorização (em que é caraterizada pela uniformização da expressão corporal e
verbal). Seguimos depois para a comunicação de elite, que envolve mais a escrita à
medida que esta se torne uma configuração comunicativa mais agressiva e poderosa.
A palavra caraterizadora é a transposição (em que o Homem começa a criar o
universo dos sons e das imagens de forma separada bem como começa a transpor as
suas ideias). A comunicação de massas tem dois momentos históricos que o formam:
em primeiro lugar, a invenção da tipografia e, com ela, da imprensa no século XV por
Gutenberg, e em segundo lugar, o desenvolvimento e progresso da “Galáxia de
Marconi” no século XIX que demonstra, por fim, a emergência das telecomunicações.
A palavra que melhor carateriza esta fase é a amplificação (em que já não basta saber
para comunicar, é preciso ter acesso aos meios que permitam fazer uma comunicação
de massas). Finalmente, acontece a comunicação individual que surge com a
possibilidade das novas tecnologias oferecerem às pessoas uma série de meios seja
para emitir ou para receber mensagens que, por fim, dão lugar à palavra
2. caraterizadora de registo (em que o Homem tem acesso às mensagens que estão
sempre disponíveis, conservadas nas linguagens mais apropriadas e que permitem
transpor no tempo e no espaço). Também podemos incluir a comunicação em
ambientes virtuais que faz com que, hoje em dia, se possa abrir às pessoas um mundo
completo, rico e interativo de informações oriundas de várias partes do mundo sem
que eles possam deslocar aos lugares onde vieram essas tais informações. Ainda bem
presente e integrada na comunicação em ambientes virtuais, está lá uma rede de
comunicação que permite a transmissão de experiências e ideias à distância de uma
só visão interativa e eletrónica (exemplos: teletexto, redes sociais, CD-ROM, etc.).
A forma como se executa a comunicação é básica e essencial: existe um emissor (que
é a fonte da mensagem, é quem pensa, codifica e envia a mensagem), um recetor
(que recebe e descodifica a mensagem emitida pelo emissor e que pode ser um ou
mais pessoas do género para a mensagem recebida), um canal de comunicação (que
faz a ligação entre o emissor e o recetor e que também representa o meio através do
qual é transmitida a mensagem que podem ser, por exemplo, o telefone, a rádio, a
televisão, o ar, etc.), o “feedback” (que é a transmissão, ao emissor, da reação do
recetor em relação à mensagem transmitida) e o ruído (que é uma obstrução que pode
mais ou menos intensa ao processo de comunicação e que pode ocorrer em cada fase
do processo e que está dividida em dois tipos específicos de ruídos: os ruídos internos
– se ocorrerem durante as fases de codificação ou descodificação da mensagem – e
os ruídos externos – se ocorrerem no canal de transmissão.). Já a mensagem é
constituída pela informação que se movimenta de uma pessoa para outra ou mais
pessoas e poderá conter ruído.
Mas o processo de comunicação é muito mais do que aquilo que eu escrevi nestas
linhas. Existe também o código e o referente. O código é o sistema de comunicação
que permite transmitir a mensagem e o referente é algo que pode, pelo menos,
motivar uma pessoa a comunicar com outra ou mais pessoas (sendo constituído pelo
contexto, pela situação e pelos objetos aos quais a mensagem remete).
Já a linguagem (sistema organizado de sinais que serve como meio de comunicação
entre os indivíduos) pode ser dividida em linguagem verbal (que corresponde ao
código que utiliza a palavra falada ou escrita) e em linguagem não-verbal (que
corresponde ao código que não é preciso usar palavra).
Então, o problema é, agora, a forma como se pode estudar um objeto que muda
muitíssimas vezes de forma. A solução poderá ser encontrada na seguinte maneira:
enquanto a comunicação é considerado um processo social, já o estudo da
comunicação deve ser integrado e interligado ao estudo da cultura. Os estudos sobre
as mais diversas teorias da comunicação estão ligados a diversos estilos e formas de
estudos: modelos processuais, estudos cibernéticos, estudos americanos, estudos
europeus e escola canadiana (nesta última, onde se destaca Marshall McLuhan).
Os modelos de comunicação mais apelativos são os modelos de base linear (modelos
que dissociam as funções do emissor e do recetor e que apresentam a comunicação
como sendo a transmissão de mensagens entre esses dois intervenientes) e os
modelos de base cibernética. Os modelos de base linear poderão ser bastante
variados, mas os mais representativos são o modelo de Lasswell (em que ele
3. descreve o ato de comunicação em apenas quatro perguntas) e o modelo de Shannon
e Weaver (cuja expressão mais clara se resume através de um esquema linear
matemático e unidirecional para caraterizar como se faz o processo comunicativo e
também para permitir a transmissão de informações de um lado para outro).
O modelo linear de Lasswell pode ser elaborado da seguinte maneira:
Através de Com que
Quem? Diz o quê?
que canal? efeito?
(Emissor) (Mensagem)
(Meio) (Resposta)
Já o modelo linear de Shannon e Weaver pode ser elaborado da seguinte maneira:
Origem Transmissor Mensagem
Canal
Sinal Sinal
(Ruído)
Recetor Mensagem Destino
Neste esquema, o processo que passa desde a origem até à mensagem é, toda ela,
correspondente ao código.
4. Já os modelos de base cibernética são os modelos de comunicação que integram a
retroação ou o “feedback” como elemento regulador da circularidade de informação e
que reconhecem a comunicação como um valor central para o ser humano e para a
sociedade.
Vamos esquematizar o modelo cibernético de Weiner (que considerou o campo da
cibernética como sendo a teoria da regulação da comunicação):
Vamos agora esquematizar o modelo cibernético de Schramm, relativo à comunicação
interpessoal, e que traz significativas alterações aos modelos lineares (entre elas, o
fato de cada emissor poder funcionar também como recetor num mesmo ato de
comunicação, graças ao mecanismo de retroação ou “feedback”):
Neste esquema, o sinal pode ser entendido como uma mensagem e ainda está
bastante presente o método do “feedback” que faz com que a reação do recetor à
mensagem seja transmitida de volta ao emissor. Cada interveniente neste esquema
tem a habilidade de descodificar e interpretar mensagens recebidas e de codificar
mensagens a emitir. Na verdade, Schramm revela que o emissor, ao emitir uma
mensagem, não só está a emitir essa mesma mensagem mas também a emitir várias
mensagens. Neste modelo, o “feedback” é semelhante à reação, uma vez que quando
o recetor recebe a mensagem, ele reage e vai codificar a sua própria mensagem em
função daquilo que recebeu que poderá prover dos gestos, da fala, da mímica, da
postura corporal, etc.
Para finalizar, a comunicação moderna é, de um modo geral, toda a transmissão de
informação existente no mundo, seja entre humanos, animais ou máquinas, num
dialeto de informação importante. A comunicação é, nestes tempos que correm hoje,
uma força social e cultural que se carateriza por si mesma e que se vê de algo
importante e intangível para a existência da vida humana e animal bem como para a
sobrevivência das máquinas.
BIBLIOGRAFIA
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