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Jorge E. Brandán –   -                   Doutrina Social da Igreja    - 1

         Doutrina Social da Igreja (4)
1. A pessoa humana e os seus vários perfis

    a) Unidade da pessoa humana
        O homem foi criado por Deus como unidade de alma e corpo.
Alma espiritual e imortal é o princípio de unidade do ser humano.
        Mediante a sua corporeidade, o homem unifica em si os elementos do
mundo material. Não é lícito desprezar a vida corporal; o homem deve estimar e
honrar o seu corpo, porque foi criado por Deus e destinado à ressurreição no
último dia.
        O homem tem duas diferentes características: é um ser material, ligado
a este mundo mediante o seu corpo, e um ser espiritual, aberto à transcendência e
à descoberta de uma verdade mais profunda. O espírito e o corpo formam no
homem uma única natureza

    b) Aberta à transcendência.
        O homem é aberto ao infinito, isto é, a Deus, porque com sua
inteligência e a sua vontade se eleva acima de toda a criação e de si mesmo,
torna-se independente e livre de toda a criação e de si mesmo, e tende a verdade e
ao bem absoluto.

    c) Única e irrepetível
        O homem existe como ser único e irrepetível. É um ser inteligente e
consciente. A pessoa humana há de ser sempre compreendida na sua irrepetível e
inalienável singularidade. O homem existe, com efeito, antes de tudo como
subjectividade, como centro de consciência e de liberdade, cuja história única e
não comparável com nenhuma outra.

    d) Respeito da dignidade humana
        Uma sociedade justa só pode ser realizada no respeito pela dignidade
transcendente da pessoa humana. A ordem social e o progresso devem ordenar-
se ao bem das pessoas.
Jorge E. Brandán –   -                  Doutrina Social da Igreja    - 2
        Em nenhum caso a pessoa humana pode ser instrumentalizada para fins
alheios ao seu próprio progresso. Não pode ser instrumentalizada para projectos
de carácter económico, social e político.

e) Liberdade da pessoa
        O homem pode orientar-se para o bem somente na liberdade que Deus lhe
deu como sinal altíssimo da Sua imagem.
        A liberdade não se opõe à dependência criatura do homem para com
Deus. A Revelação ensina que o poder de determinar o bem e o mal não pertence
ao homem, mas somente a Deus (cf. Gn2,16-17)
        O exercício da liberdade implica a referência a uma lei moral natural, de
carácter universal, que precede todos os direitos e deveres.

        A lei natural
       A Lei natural é a luz do intelecto infusa por Deus em nós, graças à qual
conhecemos o que se deve fazer e o que se deve evitar.
       É natural porque a razão que a promulga é a própria natureza humana.
       É Universal porque se estende a todos os homens.
       Esta exposta no decálogo.

       A liberdade é misteriosamente inclinada ao mal. Por isso a liberdade do
homem necessita, de ser libertada. Cristo liberta o homem do seu amor
desordenado a si mesmo.

f)    Igualdade          em   dignidade       de    todas      as    pessoas
       humana
        Deus não faz acepção de pessoas (At 10,34), pois todos os homens têm a
mesma dignidade de criaturas à sua imagem e semelhança. A encarnação do
Filho de Deus manifesta a igualdade de todas as pessoas quanto à dignidade. Em
cada homem resplandece algo da glória de Deus.
        O masculino e o feminino diferenciam dois indivíduos de igual dignidade,
são diversos não opostos, porque o específico feminino é diferente do específico
masculino, esta diversidade é complementar, enriquecedora e indispensável para
uma harmoniosa convivência humana.
Jorge E. Brandán –    -                      Doutrina Social da Igreja        - 3
g) Sociabilidade humana
       A pessoa é constitutivamente um ser social, porque assim a quis
Deus que a criou. A natureza do homem manifesta-se como ser livre e
responsável, que reconhece a necessidade de integrar-se e de colaborar com
os próprios semelhantes e é capaz de comunhão com eles na ordem do
conhecimento e do amor: «Uma sociedade é um conjunto de pessoas
ligadas de maneira orgânica por um princípio de unidade que ultrapassa
cada uma delas.
       A sociabilidade humana não é uniforme, mas assume multíplices
expressões.

Questionário:
        1-    Como foi criado o homem?
        2-    Quais são as duas diferentes características da pessoa humana?
        3-    Por que dizemos que o homem está aberto ao infinito?
        4-    Como é a existência humana?
        5-    Como se constrói uma sociedade justa?
        6-    Como se orienta o homem para o bem?
        7-    Que implica o exercício da liberdade?
        8-    Como devemos entender a diferencia entre Masculino e feminino?
        9-    Por que o homem vive em sociedade?
        10-   Que é uma sociedade?
        11-   Que é a lei natural?
        12-   Por que esta lei é natural, Universal e onde está exposta?


2. Documento de trabalho:
O Homem.
         Afirmar que o homem é criado à imagem de Deus significa que ele é capaz de
conhecer e amar, na liberdade, o próprio Criador. É a única criatura, nesta terra, que Deus
quis por si mesma e que chamou a partilhar a sua vida divina, no conhecimento e no amor.
Enquanto criado à imagem de Deus, o homem tem a dignidade de pessoa: não é uma coisa
mas alguém, capaz de se conhecer a si mesmo, de se dar livremente e de entrar em
comunhão com Deus e com as outras pessoas.
         Deus criou tudo para o homem, mas o homem foi criado para conhecer, servir e
amar a Deus, para Lhe oferecer neste mundo toda a criação em acção de graças e para ser
elevado à vida com Deus no céu. Só no mistério do Verbo encarnado se esclarece
Jorge E. Brandán –       -                    Doutrina Social da Igreja       - 4
verdadeiramente o mistério do homem, predestinado a reproduzir a imagem do Filho de
Deus feito homem, que é a perfeita «imagem de Deus invisível» (Col 1, 15).
          Todos os homens formam a unidade do género humano, graças à sua comum
origem em Deus. Para além disso, Deus criou «a partir de um só homem todo o género
humano» (Act 17,26). Todos têm também um único Salvador e todos são chamados a
partilhar a eterna felicidade de Deus.
          A pessoa humana é um ser ao mesmo tempo corpóreo e espiritual. O espírito e a
matéria, no homem, formam uma única natureza. Esta unidade é tão profunda que, graças
ao princípio espiritual que é a alma, o corpo, que é material, se torna um corpo humano e
vivo e participa na dignidade de imagem de Deus.
          A alma espiritual não vem dos pais, mas é criada directamente por Deus e é
imortal. Separando-se do corpo no momento da morte, ela não perece; voltará a unir-se
novamente ao corpo, no momento da ressurreição final.
          O homem e a mulher foram criados por Deus com uma igual dignidade enquanto
pessoas humanas e, ao mesmo tempo, numa complementaridade recíproca enquanto
masculino e feminino. Deus quis que fossem um para o outro, para uma comunhão de
pessoas. Juntos são também chamados a transmitir a vida humana, formando no
matrimónio «uma só carne» (Gn 2, 24), e a dominar a terra como «administradores» de
Deus.
          Deus, criando o homem e a mulher, tinha-lhes dado uma participação especial na
própria vida divina, em santidade e justiça. Segundo o projecto de Deus, o homem não
deveria nem sofrer nem morrer. Além disso, reinava uma harmonia perfeita no próprio ser
humano, entre a criatura e o criador, entre o homem e a mulher, bem como entre o
primeiro casal humano e toda a criação.

Questionário:

1 Em que sentido o homem é criado «à imagem de Deus»?
2 Para que fim Deus criou o homem?
3 Porque é que os homens constituem uma unidade?
4 Como é que, no homem, a alma e o corpo formam uma unidade?
5 Quem dá a alma ao ser humano?
6 Que relação Deus estabeleceu entre o homem e a mulher?
7 Qual era a condição originária do homem segundo o projecto de Deus?

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A Pessoa Humana à Imagem de Deus

  • 1. Jorge E. Brandán – - Doutrina Social da Igreja - 1 Doutrina Social da Igreja (4) 1. A pessoa humana e os seus vários perfis a) Unidade da pessoa humana O homem foi criado por Deus como unidade de alma e corpo. Alma espiritual e imortal é o princípio de unidade do ser humano. Mediante a sua corporeidade, o homem unifica em si os elementos do mundo material. Não é lícito desprezar a vida corporal; o homem deve estimar e honrar o seu corpo, porque foi criado por Deus e destinado à ressurreição no último dia. O homem tem duas diferentes características: é um ser material, ligado a este mundo mediante o seu corpo, e um ser espiritual, aberto à transcendência e à descoberta de uma verdade mais profunda. O espírito e o corpo formam no homem uma única natureza b) Aberta à transcendência. O homem é aberto ao infinito, isto é, a Deus, porque com sua inteligência e a sua vontade se eleva acima de toda a criação e de si mesmo, torna-se independente e livre de toda a criação e de si mesmo, e tende a verdade e ao bem absoluto. c) Única e irrepetível O homem existe como ser único e irrepetível. É um ser inteligente e consciente. A pessoa humana há de ser sempre compreendida na sua irrepetível e inalienável singularidade. O homem existe, com efeito, antes de tudo como subjectividade, como centro de consciência e de liberdade, cuja história única e não comparável com nenhuma outra. d) Respeito da dignidade humana Uma sociedade justa só pode ser realizada no respeito pela dignidade transcendente da pessoa humana. A ordem social e o progresso devem ordenar- se ao bem das pessoas.
  • 2. Jorge E. Brandán – - Doutrina Social da Igreja - 2 Em nenhum caso a pessoa humana pode ser instrumentalizada para fins alheios ao seu próprio progresso. Não pode ser instrumentalizada para projectos de carácter económico, social e político. e) Liberdade da pessoa O homem pode orientar-se para o bem somente na liberdade que Deus lhe deu como sinal altíssimo da Sua imagem. A liberdade não se opõe à dependência criatura do homem para com Deus. A Revelação ensina que o poder de determinar o bem e o mal não pertence ao homem, mas somente a Deus (cf. Gn2,16-17) O exercício da liberdade implica a referência a uma lei moral natural, de carácter universal, que precede todos os direitos e deveres. A lei natural A Lei natural é a luz do intelecto infusa por Deus em nós, graças à qual conhecemos o que se deve fazer e o que se deve evitar. É natural porque a razão que a promulga é a própria natureza humana. É Universal porque se estende a todos os homens. Esta exposta no decálogo. A liberdade é misteriosamente inclinada ao mal. Por isso a liberdade do homem necessita, de ser libertada. Cristo liberta o homem do seu amor desordenado a si mesmo. f) Igualdade em dignidade de todas as pessoas humana Deus não faz acepção de pessoas (At 10,34), pois todos os homens têm a mesma dignidade de criaturas à sua imagem e semelhança. A encarnação do Filho de Deus manifesta a igualdade de todas as pessoas quanto à dignidade. Em cada homem resplandece algo da glória de Deus. O masculino e o feminino diferenciam dois indivíduos de igual dignidade, são diversos não opostos, porque o específico feminino é diferente do específico masculino, esta diversidade é complementar, enriquecedora e indispensável para uma harmoniosa convivência humana.
  • 3. Jorge E. Brandán – - Doutrina Social da Igreja - 3 g) Sociabilidade humana A pessoa é constitutivamente um ser social, porque assim a quis Deus que a criou. A natureza do homem manifesta-se como ser livre e responsável, que reconhece a necessidade de integrar-se e de colaborar com os próprios semelhantes e é capaz de comunhão com eles na ordem do conhecimento e do amor: «Uma sociedade é um conjunto de pessoas ligadas de maneira orgânica por um princípio de unidade que ultrapassa cada uma delas. A sociabilidade humana não é uniforme, mas assume multíplices expressões. Questionário: 1- Como foi criado o homem? 2- Quais são as duas diferentes características da pessoa humana? 3- Por que dizemos que o homem está aberto ao infinito? 4- Como é a existência humana? 5- Como se constrói uma sociedade justa? 6- Como se orienta o homem para o bem? 7- Que implica o exercício da liberdade? 8- Como devemos entender a diferencia entre Masculino e feminino? 9- Por que o homem vive em sociedade? 10- Que é uma sociedade? 11- Que é a lei natural? 12- Por que esta lei é natural, Universal e onde está exposta? 2. Documento de trabalho: O Homem. Afirmar que o homem é criado à imagem de Deus significa que ele é capaz de conhecer e amar, na liberdade, o próprio Criador. É a única criatura, nesta terra, que Deus quis por si mesma e que chamou a partilhar a sua vida divina, no conhecimento e no amor. Enquanto criado à imagem de Deus, o homem tem a dignidade de pessoa: não é uma coisa mas alguém, capaz de se conhecer a si mesmo, de se dar livremente e de entrar em comunhão com Deus e com as outras pessoas. Deus criou tudo para o homem, mas o homem foi criado para conhecer, servir e amar a Deus, para Lhe oferecer neste mundo toda a criação em acção de graças e para ser elevado à vida com Deus no céu. Só no mistério do Verbo encarnado se esclarece
  • 4. Jorge E. Brandán – - Doutrina Social da Igreja - 4 verdadeiramente o mistério do homem, predestinado a reproduzir a imagem do Filho de Deus feito homem, que é a perfeita «imagem de Deus invisível» (Col 1, 15). Todos os homens formam a unidade do género humano, graças à sua comum origem em Deus. Para além disso, Deus criou «a partir de um só homem todo o género humano» (Act 17,26). Todos têm também um único Salvador e todos são chamados a partilhar a eterna felicidade de Deus. A pessoa humana é um ser ao mesmo tempo corpóreo e espiritual. O espírito e a matéria, no homem, formam uma única natureza. Esta unidade é tão profunda que, graças ao princípio espiritual que é a alma, o corpo, que é material, se torna um corpo humano e vivo e participa na dignidade de imagem de Deus. A alma espiritual não vem dos pais, mas é criada directamente por Deus e é imortal. Separando-se do corpo no momento da morte, ela não perece; voltará a unir-se novamente ao corpo, no momento da ressurreição final. O homem e a mulher foram criados por Deus com uma igual dignidade enquanto pessoas humanas e, ao mesmo tempo, numa complementaridade recíproca enquanto masculino e feminino. Deus quis que fossem um para o outro, para uma comunhão de pessoas. Juntos são também chamados a transmitir a vida humana, formando no matrimónio «uma só carne» (Gn 2, 24), e a dominar a terra como «administradores» de Deus. Deus, criando o homem e a mulher, tinha-lhes dado uma participação especial na própria vida divina, em santidade e justiça. Segundo o projecto de Deus, o homem não deveria nem sofrer nem morrer. Além disso, reinava uma harmonia perfeita no próprio ser humano, entre a criatura e o criador, entre o homem e a mulher, bem como entre o primeiro casal humano e toda a criação. Questionário: 1 Em que sentido o homem é criado «à imagem de Deus»? 2 Para que fim Deus criou o homem? 3 Porque é que os homens constituem uma unidade? 4 Como é que, no homem, a alma e o corpo formam uma unidade? 5 Quem dá a alma ao ser humano? 6 Que relação Deus estabeleceu entre o homem e a mulher? 7 Qual era a condição originária do homem segundo o projecto de Deus?