O documento descreve a normalização do nível de desenvolvimento e modelação BIM em Portugal, incluindo o desenvolvimento de uma matriz de definição BIM portuguesa através de um processo colaborativo. O objetivo era definir os níveis de detalhe geométrico e propriedades para cada objeto de acordo com a fase do projeto e objetivos do modelo. Os resultados mostraram aceitação da abordagem e matriz desenvolvida, mas taxas baixas de participação efetiva, sendo necessário mais esforços de normalização.
Princípios para o Desenvolvimento de Projetos com Recurso a Ferramentas BIM. ...
Normalização BIM Especificação do Nível de Desenvolvimento e Modelação por Objetivos
1. NORMALIZAÇÃO BIM
Especificação do Nível de Desenvolvimento e
Modelação por Objetivos
2015/2016MIEC
João Pedro Costa Oliveira
- Julho de 2016 -
1
COLABORAÇÃO
2. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
Organização
Introdução
Contextualização
Enquadramento / Motivação
Objetivos
Desenvolvimento
Normalização existente
Estrutura
Desenvolvimento Colaborativo
Resultados
Matriz de Definição BIM PT
Participação Pública
Conclusões
Resultados do Trabalho
Desenvolvimentos Futuros
2
3. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
Contextualização
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
3
CEN/TC 442
Ineficiência
do
Sector AEC
BIM
como
Solução
Aumento da
Utilização
Normalização
Sincronização
de
Métodos
Necessidadede…
SC4
ModelaçãoeObjetosBIM
4. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
Enquadramento / Motivação
O estudo da interoperabilidade é um tema de vasta
abrangência, o qual é possível dividir em três principais
campos de atuação:
Interoperabilidade entre aplicações;
Interoperabilidade entre diferentes intervenientes e
especialidades;
Interoperabilidade entre pessoas com níveis de
formação e/ou conhecimento da área bastante
distintos.
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
4
5. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
Enquadramento / Motivação
O estudo da interoperabilidade é um tema de vasta
abrangência, o qual é possível dividir em três principais
campos de atuação:
Interoperabilidade entre aplicações;
Interoperabilidade entre diferentes intervenientes e
especialidades;
Interoperabilidade entre pessoas com níveis de
formação e/ou conhecimento da área bastante
distintos.
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
5
6. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
Objetivos
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
6
Desenvolver um documento organizado de acordo com a estrutura de um sistema de classificação
internacional ou nele inspirado.
Definir, para cada serviço, o nível de detalhe geométrico de cada objeto e as propriedades não
geométricas a incluir de acordo com os objetivos do modelo e a fase do ciclo de vida do empreendimento.
Relacionar cada um dos níveis de desenvolvimento com a utilização última do modelo, contribuindo para
uma modelação racional e por objetivos.
Validar a matriz segundo os standards de interoperabilidade internacionais, nomeadamente os ficheiros
IFC extraídos de softwares autoritários.
Tecer considerações sobre o melhor processo de implementação de iniciativas de normalização BIM,
nomeadamente ao nível da metodologia de difusão escolhida.
7. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
Organização
Introdução
Contextualização
Enquadramento / Motivação
Objetivos
Desenvolvimento
Normalização existente
Estrutura
Desenvolvimento Colaborativo
Resultados
Matriz de Definição BIM PT
Participação Pública
Conclusões
Resultados do Trabalho
Desenvolvimentos Futuros
7
8. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
Normalização Existente
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
8
BIMForum LOD Specification 2015
NATSPEC BIM National Guide
BIM Object/Element Matrix
NBS BIM Object Standard
NBS BIM Toolkit
9. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
Normalização Existente: [1] Benefícios
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
9
Descrição transparente dos conteúdos incluídos no
modelo;
Definição dos LOD pretendido em cada etapa do
processo;
Garantia, a jusante, da fiabilidade da informação
produzida a montante.
Padrão para referência em contratos e BEPs.
Normalização dos objetos BIM, transversal a toda a
indústria.
10. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
Normalização Existente: Limitações
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
10
Processo extensivo e demorado;
Exige conhecimento aprofundado dos intervenientes sobre
todos os elementos e a sua relação com o BIM;
Definições cumulativas, resultando frequentemente, em
modelação excessiva e consequentemente em modelos
pesados;
11. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
Estrutura
Caracterização do Modelo
Fase
do
Ciclo de vida
Objetivos
do
Modelo
Documento Estruturado e
pronto para impressão.
Modelação adequada à
fase do projeto.
Informação necessária aos
objetivos definidos.
Sistema de Classificação
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
11
12. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
Estrutura
Caracterização do Modelo
Fase
do
Ciclo de vida
Objetivos
do
Modelo
Documento Estruturado e
pronto para impressão.
Modelação adequada à
fase do projeto.
Informação necessária aos
objetivos definidos.
Sistema de Classificação
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
12
13. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
Desenvolvimento Colaborativo
Discussão Pública
Ronda (n)
DiscussãoPública
Fase01
Lista de Especialidades
Lista de Objetivos por Especialidade
Lista de Elementos/Sistemas Construtivos
por Especialidade
DiscussãoPública
Fase02
Caracterização Geométrica dos
Elementos/Sistemas Listados
Caracterização da Informação dos
Elementos/Sistemas Listados
Discussão Pública
Ronda (n+1)
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
13
14. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
Organização
Introdução
Contextualização
Enquadramento / Motivação
Objetivos
Desenvolvimento
Normalização existente
Estrutura
Desenvolvimento Colaborativo
Resultados
Matriz de Definição BIM PT
Participação Pública
Conclusões
Resultados do Trabalho
Desenvolvimentos Futuros
14
15. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
Matriz de Definição BIM PT
2
3
1
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
15
16. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
Resultados da Participação Pública
Número de Inscritos nas Sessões de
Esclarecimento 3,1 vezes superior ao número de
membros da CT197.
Taxa de Presenças Estimada entre 70 – 75 [%].
43% dos inscritos nas Sessões de
Esclarecimento, deram seguimento aos
trabalhos, inscrevendo-se no processo de
Discussão Pública.
19% participaram dos inscritos ativamente na
produção dos documentos
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
16
42
131
56
25
Nº DE PARTICIPANTES
Membros de Plenário da CT197 *
Inscrição nas Sessões de Esclarecimento
Inscrição no Processo de Discussão Pública
Envolvimento Efetivo na Discussão Pública
* Fonte: ct197.pt
[~57% Empresas/Profissionais]
[86% Empresas/Profissionais]
[~100% Empresas/Profissionais]
[~100% Empresas/Profissionais]
17. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
Organização
Introdução
Contextualização
Enquadramento / Motivação
Objetivos
Desenvolvimento
Normalização existente
Estrutura
Desenvolvimento Colaborativo
Resultados
Matriz de Definição BIM PT
Participação Pública
Conclusões
Resultados do Trabalho
Desenvolvimentos Futuros
17
18. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
Conclusões
Constatou-se que a Matriz de Definição BIM PT promove as vantagens e colmata as
desvantagens identificadas em documentos internacionais de cariz semelhante,
permitindo:
Descrição transparente dos conteúdos a incluir no modelo;
Garantia de fiabilidade a jusante, perante a informação produzida a
montante;
Utilização simples e célere, sem que seja fundamental a compreensão de
conhecimentos técnicos afetos a todas as áreas envolvidas;
Racionalização dos processos de modelação, através da especificação de
necessidades em função dos objetivos definidos para o modelo.
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
18
19. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
19
Resultados do Trabalho [1]
A normalização, através da uniformização de processos, assume
protagonismo na elevação do nível de maturidade da tecnologia
BIM.
A criação de instrumentos padronizados que permitam a
caracterização das exigências pretendidas para o modelo apresenta-
se essencial à garantia da completa interoperabilidade e
integração de todos os agentes. Possibilitando não só a clarificação
das necessidades do requerente como igualmente o seu emprego na
referenciação e proteção legal.
As variáveis IFC definidas são, até ao momento, insuficientes para o
alojamento de todas as propriedades necessárias aos elementos
construtivos.
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
20. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
20
Resultados do Trabalho [2]
O sucesso de iniciativas no âmbito da normalização encontra-
se subordinado ao nível de aceitação por parte da
comunidade técnica envolvida, consequência da congruência
com os costumes correntes e estratégias definidas para o
sector. Com efeito, a adoção de processos de
desenvolvimento colaborativo é facilmente aceite pelos
envolvidos.
Os agentes do sector AEC nacional apresentam abertura
perante a ideia de que o BIM dispõe das características
necessárias para o aumento de eficiência do sector. Como tal,
manifestam vontade de participação na produção de
documentos que regulamentem a sua utilização.
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
21. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
21
Resultados do Trabalho [3]
O principal entrave ao desenvolvimento de iniciativas
de carácter colaborativo, do tipo Bottom-Up ou
Middle-Out prende-se com os problemas de
cooperação inerentes ao sector AEC que se
traduzem em taxas de participação efetiva reduzidas.
As medidas de fomento à utilização de tecnologias
BIM, designadamente a nível governamental
(iniciativas Top-Down), assumem-se cruciais na
agilização da evolução da sua implementação e
consequente desenvolvimento.
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
22. NORMALIZAÇÃO BIM
ESPECIFICAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO E MODELAÇÃO POR OBJETIVOS
JOÃO PEDRO COSTA OLIVEIRA
22
Desenvolvimentos Futuros
Dinamização de novas iterações da discussão pública;
Introdução da definição da evolução das exigências segundo as fases de
ciclo de vida de empreendimentos;
Acompanhar os trabalhos da Subcomissão 2 para as Trocas e Requisitos de
Informação da CT 197.
Seguir a evolução de standards internacionais em torno da normalização
de objetos;
Conceber uma proposta estruturada contendo as propriedades propostas
sem correspondência perante as variáveis IFC existentes.
Desenvolvimento de extensões para softwares de modelação;
ConclusõesResultadosDesenvolvimentoIntrodução
23. NORMALIZAÇÃO BIM
Especificação do Nível de Desenvolvimento e
Modelação por Objetivos
2015/2016MIEC
João Pedro Costa Oliveira
- Julho de 2016 -
23
COLABORAÇÃO
Notas do Editor
Boa tarde.
Começo por cumprimentar o júri e a assistência, agradecendo a vossa presença.
Não posso iniciar esta apresentação sem agradecer:
À CT197, na pessoa do Prof. Aguiar Costa, pela oportunidade de dar o meu contributo para a normalização BIM em Portugal;
Ao Eng.º António Meireles, que por motivos profissionais não pôde estar presente, por me receber na ndBIM e permitido ser parte ativa da Subcomissão 4;
Ao meu orientador, Prof. Poças Martins, por todo o apoio.
Passo então à apresentação da minha dissertação, intitulada “Normalização BIM – Especificação do Nível de Desenvolvimento e Modelação por Objetivos”.
Em termos de organização, esta apresentação divide-se em 4 partes principais:
Introdução;
Desenvolvimento;
Resultados;
Conclusões;
Começarei portanto por:
Contextualizar este trabalho na atual conjetura do sector AEC;
Aclarando a motivação inerente à escolha do tema;
Terminando com a apresentação dos objetivos propostos.
Apesar da relevância apresentada, um pouco por todo o mundo, nas economias dos diferentes países, a Indústria da Construção é frequentemente classificada como ineficiente.
Nesse sentido, a metodologia BIM como tecnologia de informação e comunicação, é apontada por muitos como solução para os aumentos de competitividade e sustentabilidade exigidos ao sector.
Fruto deste reconhecimento, a implementação de tecnologias BIM vive um momento de elevado fulgor, ao longo dos últimos anos.
Revelando a necessidade de:
Sincronização de Métodos Operativos;
Criação de Normalização.
Como tal, o CEN (Comité Europeu de Normalização) criou a TC 442 inteiramente dedicada ao BIM.
Em sequência o IPQ (Instituto Português da Qualidade) criou:
Em Março de 2015, a Comissão Técnica 197;
A cargo do Organismo de Normalização Setorial do IST;
Com o objetivo de:
Produzir normalização nacional no âmbito do BIM;
E, acompanhar os desenvolvimentos da TC442.
Como já referi, a presente dissertação enquadra-se:
Nos trabalhos a Subcomissão 4 para os Objetos BIM e Modelação da CT 197;
Uma das 4 subcomissões definidas.
Posto isto, importa perceber a motivação inerente a este trabalho, e como tal é essencial aflorar o tema da interoperabilidade:
A interoperabilidade assume-se essencial à completa coordenação das tecnologias BIM.
Podendo ser dividida em três principais campos.
Sendo que este trabalho se inclui no estudo da interoperabilidade entre pessoas com níveis distintos de conhecimento da metodologia, que em virtude dos aumentos de utilização se deparam com a necessidade de interagir com a metodologia.
Assim, esta dissertação vai de encontro ao referido na Diretiva Europeia de Contratos Públicos: Exigindo a garantia de que a introdução de uma nova tecnologia não culmine na marginalização dos agentes envolvidos em processos de construção e operação de empreendimentos.
Assim, os objetivos propostos passavam:
Pelo desenvolvimento de um documento estruturado;
Que para cada serviço e objetivo do modelo;
Transmita os níveis de detalhe e informação exigidos;
Contribuindo para a racionalização dos processos de modelação;
O desenvolvimento deste trabalho permitiu ainda tecer considerações sobre o processo de implementação mais favorável a iniciativas deste tipo.
Conhecidas as características do trabalho, importa agora perceber o processo de desenvolvimento adotado.
Na base deste trabalho está a convicção de que uma ferramenta deste tipo deve:
Ter por orientação os documentos internacionais existentes;
Ainda que materializando uma abordagem distinta:
Que fomentando a adoção de hábitos de modelação por objetivos;
Evitando a aplicação de esforço e tempo de modelação excessivos.
Para tal, foram estudados os três documentos internacionais de referência:
A LOD Specification do BIMForum Americano;
A Matriz de Elementos BIM do NATSPEC - Austrália;
E, o NBS BIM Toolkit – Britânico;
A análise destes documentos permitiu conhecer os benefícios da sua utilização, nomeadamente:
Descrição transparente dos conteúdos;
Garantia de fiabilidade da informação;
Transversalidade perante toda a indústria.
No campo das limitações, estas especificações traduzem-se em:
Processos extensivos;
Exigindo conhecimento aprofundado de todos as matérias;
E, a utilização de definições cumulativas, contribuindo para modelação excessiva e modelos pesados.
Conhecidas as características adotadas por iniciativas internacionais semelhantes, o objetivo passava por potenciar os benefícios e colmatar as limitações dos documentos estudados.
Para tal, a estrutura escolhida para este trabalho:
Permite reduzir o papel do utilizador ao estritamente necessário;
Caracterizando o modelo segundo:
A fase do ciclo de vida do empreendimento;
E os objetivos que pretende para o modelo;
Com estas informações o algoritmo definido em backoffice produz:
Um Documento estruturado segundo um sistema de classificação;
Descrevendo as características geométricas e de informação exigidas.
De referir que a recolha dos dados necessários à programação da ferramenta foi efetuada com recurso a um processo de desenvolvimento colaborativo com o contributo dos profissionais do sector, a fim de garantir congruência com as necessidades do sector.
Devido a uma decisão estratégica baseada na opinião dos profissionais inquiridos, optou-se por, na primeira versão da ferramenta, não incluir a caracterização segundo as fases de ciclo de vida.
O arranque dos trabalhos, ocorreu no início de Maio através de duas sessões de esclarecimento, realizadas uma em Lisboa e outra no Porto.
E o esquema que agora vos apresento traduz a metodologia adotada no desenvolvimento colaborativo que lhes sucedeu:
Representa um método iterativo;
Do tipo “Focus Group”;
Composto por duas Fases:
A primeira com caráter de listagem;
A segunda relativa à caracterização dos elementos.
Terminado o processo inicia-se uma nova ronda de inquérito.
Neste trabalho apenas foram utilizados os contributos na Ronda 1.
Conhecidas as especificidades do processo desenvolvimento escolhido, é tempo de apresentar os resultados obtidos.
Desde logo, o aspeto final da ferramenta produzida:
Construída:
Em Microsoft Office Excel;
Com recurso a Macros VBA.
É composta por um menu inicial de caracterização do modelo, solicitando ao utilizador:
A fase de Ciclo de Vida;
E, os objetivos pretendidos.
Posteriormente, gerando a especificação;
Surge um documento estruturado e preparado para impressão que corporiza a Matriz de Definição BIM PT.
É igualmente importante conhecer os resultados do processo de discussão pública:
O número de inscritos nas sessões de esclarecimento ultrapassou em muito o número de membros com representação nas reuniões de Plenário da CT197;
Apesar isso, a taxa de participação fixou-se nos 71%;
Sendo que apenas 43% se inscreveu no processo;
E somente 19% efetivaram a sua participação.
Percorridos os capítulos anteriores, interessa expor as conclusões retiradas.
No que concerne à Matriz de Definição BIM PT, o resultado final promove as principais vantagens dos métodos alternativos e colmata as suas limitações, contribuindo assim para a promoção da racionalização dos processos de modelação.
Este trabalho permitiu concluir que:
A normalização é essencial ao aumento do nível de maturidade do BIM;
Sendo igualmente importante na garantia da completa interoperabilidade;
E, o formato IFC ainda apresenta limitações;
Do ponto de vista do processo de desenvolvimento escolhido:
Iniciativas do tipo Bottom-Up, incluindo o desenvolvimento colaborativo é facilmente aceite pelos agentes do sector;
Daí que manifestem vontade de participar no processo;
No entanto a indústria apresenta problemas de cooperação, que dificultam a prossecução destas iniciativas.
Daí que as iniciativas TOP-Down são aquelas que melhor contribuem para a agilização dos processos de implementação de iniciativas BIM.
O trabalho que vos apresentei possui um elevado potencial de desenvolvimento, desde logo:
A dinamização de novas rondas da discussão pública permitirá aumentos do nível de maturidade da ferramenta.
A introdução das fases como input definidor será fundamental à maturação progressiva da informação ao longo do ciclo de vida.
O acompanhamento dos trabalhos da Subcomissão 2 será importante, nomeadamente sobre a possibilidade de integração do PRONIC.
O acompanhamento dos passos dados por organizações internacionais garantirão a validade internacional da Matriz.
Enviar à BuildingSMART uma proposta de variáveis a incluir no IFC.
Desenvolver extensões que permitam ao utilizador acesso em tempo real às exigências associadas aos elementos.
Dou então por concluída a apresentação do meu trabalho.