1. GAAF
O Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF), surge como um projeto de
mediação escolar que se baseia em valores como a inclusão e a responsabilidade
partilhada, enquadrando-se na emergência de novos projetos sociais na escola.
Segundo Vieira (2013), os pressupostos para a intervenção dos técnicos do
GAAF baseiam-se na criação de um clima de confiança e de proximidade com os
alunos, revelando-se como uma estratégia que permite não só diagnosticar, mas
também intervir no seio dos problemas que os alunos vivenciam, de modo a que o seu
progresso de integração escolar seja alcançado. O GAAF pretende trabalhar e
combater situações como o absentismo e abandono escolar, desmotivação, baixa
autoestima, bullying, comportamentos de risco (consumo de drogas, doenças
sexualmente transmissíveis, distúrbios alimentares, etc).
Para que o GAAF possa alcançar os seus objetivos, o Instituto de Apoio À
Criança (IAC), propõe uma abordagem e acompanhamento às crianças/jovens e às suas
famílias, tanto no contexto formal como no seu contexto informal, através de uma
relação baseada na confiança e empatia, assim como a realização de um trabalho em
rede com todos os atores da comunidade educativa e entidades externas de apoio.
Em relação às metodologias de intervenção direta com o aluno, estas englobam
o acompanhamento de pátio, atendimento, apoio psicossociopedagógico e o
encaminhamento individual. No que se refere à família, apresentam-se como práticas
previstas, o atendimento a encarregados de educação ou outros familiares, o
encaminhamento para outras entidades e as visitas domiciliárias.
Em relação aos profissionais ou representantes escolares, tal como refere Vieira
(2013), o GAAF procura trabalhar diretamente com os diretores de turma e
professores, assim como articular com outros serviços internos, efetuar de forma
periódica reuniões com delegados e subdelegados de turma e reunir a equipa técnica e
de coordenação. Em relação à comunidade, o GAAF procura trabalhar e reunir com a
rede de parceiros e outras redes de suporte existentes na comunidade.
Os GAAF, tal como os TEIP, surgem como uma forma de resposta às múltiplas
problemáticas que afetam o espaço escolar.
Bibliografia
Vieira, A. M. (2013). Educação Social e Mediação Sociocultural. Porto: Profedições.
Autor: Janelas do Serviço Social