2. O que é ética?
Bem ou mal?
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É Ético?
É ou não ético roubar um
remédio,
cujo
preço
é
inacessível,
para
salvar
alguém
que,
sem
ele,
morreria?
Colocado
de
outra
forma:
deve-se
privilegiar o valor “vida”
(salvar alguém da morte) ou
o
valor
“propriedade
privada” (não roubar)?
3. Definição - Ética
O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo
de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de
valores morais e princípios que norteiam a conduta
humana na sociedade. A ética serve para que haja
um
equilíbrio
e
bom
funcionamento
social,
possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste
sentido, a ética, embora não possa ser confundida
com as leis, está relacionada com o sentimento de
justiça social.
4. Moral
Definição: Padrões aceitos de certo e errado aplicados
ao comportamento individual;
Herda-se padrões morais:
•Família;
•Religião;
•Amigos;
•Mídia:
•Televisão;
•Cinema;
•Música;
•Livros.
5. Moral
Exemplos de aspectos morais onde não há concordância:
• Jogos de azar;
• Dança;
• Álcool;
• Carne;
• Etc...
Direitos morais: são pleitos justos (demandas) que pertencem a
todos os seres humanos, independentemente de serem
reconhecidos por um governo.
6. Moral
A civilização reconhece os direitos humanos:
Boa parte do mundo “civilizado” acredita que prisioneiros não
devem ser torturados;
Podem ser fontes de controvérsias:
Os direitos morais devem ser estendidos a seres não humanos?
Se sim, a construção de barragens pode ficar limitada pois
produz impacto na sobrevivência de espécies de animais e
vegetais.
7. Exemplo 1
Uma companhia química desenvolveu um novo
processo que produz resíduos. Seus próprios estudos
internos mostraram que esse resíduo pode ser
extremamente cancerígeno. No entanto, o resíduo
não consta na lista do governo de materiais
químicos proibidos, portanto não está fora da lei.
• Entretanto
qual deveria
engenheiro responsável?
ser
a
postura
do
8. Exemplo 2
O engenheiro resolve comprar uma peça com dinheiro
do próprio bolso e reembolsar-se com CDs para
computador em valor exatamente equivalente;
Não é um comportamento imoral à priori nenhum
roubo foi cometido, entretanto não há regras
diferentes para este caso;
A Lei deve ser imparcial
9. ÉTICA DA ENGENHARIA - Definição
• Conjunto de padrões comportamentais
engenheiros devem respeitar;
que
todos
os
• Extensão dos padrões éticos de convívio dos seres humanos;
Pesquisas de opinião pública listam a
engenharia
entre
as
atividades
profissionais mais éticas.
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10. Regras de Interação
• Engenheiro:
• Ser honesto;
Sociedade:
• Remunerar o trabalho;
• Sem preconceito;
• Trabalhador;
• Cuidadoso;
• Respeito ao trabalho executado;
• Respeito à criatividade;
engenheiro
Sociedade
11. Direito
Definição: Sistema de regras estabelecidas por autoridades, pela
sociedade ou por costumes;
• A violação dessas regras resultam punições:
• Multas;
• Prisão;
• Serviços comunitários;
• Morte;
• Descredenciamento;
• Suspensão.
12. Código de Ética
Conceito geral e abstrato de comportamento correto e
incorreto derivados da teologia, da filosofia e das sociedades
profissionais;
A maioria das sociedades profissionais possui um código de
ética formal para guiar seus membros;
Sociedade profissional de engenharia: Sistema CONFEA/CREA
13. SOCIEDADE PROFISSIONAL
CONFEA = Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;
Criado em 1933 por Getúlio Vargas para regulamentar a profissão de
engenharia, arquitetura e agronomia no Brasil;
Atualmente agrega:
Geógrafos;
Geólogos;
Meteorologistas;
Tecnólogos dessas modalidades;
Técnicos industriais e agrícolas
14. SOCIEDADE PROFISSIONAL
O CONFEA zela pelos interesses sociais e humanos de toda a
sociedade e, com base nisso, regulamenta e fiscaliza o
exercício profissional dos que atuam nas áreas que
representa, tendo ainda como referência o respeito ao
cidadão e à natureza.
O
Conselho Federal é a instância máxima à qual um
profissional pode recorrer no que se refere ao regulamento
do exercício profissional.
15. SOCIEDADE PROFISSIONAL
CREA = Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia:
O CREA SP foi fundado em 1934;
“A missão dos profissionais da área tecnológica é transformar
recursos naturais em bens à sociedade, melhorando a sua
qualidade de vida, sem prejuízo ao meio ambiente” =
primeiro artigo da lei que rege essas profissões.
16. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ENGENHEIRO,
DO ARQUITETO E DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO
• São
deveres dos profissionais de Engenharia, da Arquitetura e
Agronomia:
1º: Interessar-se pelo bem público e como tal finalidade contribuir
com seus conhecimentos, capacidade e experiência para melhor servir
à humanidade.
2º: Considerar a profissão como alto título de honra e não praticar
nem permitir a prática de atos que comprometam a sua dignidade.
3º: Não cometer ou contribuir para que se cometam injustiças contra
colegas.
4º: Não praticar qualquer ato que, direta ou indiretamente, possa
prejudicar
legítimos
interesses
de
outros
profissionais.
5º: Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que
constituam competição de preços por serviços profissionais.
17. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ENGENHEIRO,
DO ARQUITETO E DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO
6º: Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público,
devendo, quando Consultor, limitar seus pareceres às matérias
específicas que tenham sido objeto da consulta.
7º: Exercer o trabalho profissional com lealdade, dedicação e honestidade
para com seus clientes e empregadores ou chefes, e com espírito de
justiça e eqüidade para com os contratantes e empreiteiros.
8º: Ter sempre em vista o bem-estar e o progresso funcional dos seus
empregados ou subordinados e tratá-los com retidão, justiça e
humanidade.
9º: Colocar-se a par a legislação que rege o exercício profissional da
Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, visando a cumpri-la
corretamente e colaborar para sua atualização e aperfeiçoamento.
18. O Engenheiro Ético – resumindo
• Proteger a segurança, a saúde e o bem-estar públicos;
• Atuar apenas em áreas de competência;
• Ser verdadeiro e objetivo;
• Comportar-se de forma honrosa e digna;
• Seguir aprendendo para aprimorar as aptidões técnicas;
• Prover trabalho honesto aos empregadores e clientes;
19. O Engenheiro Ético – resumindo
• Informar as autoridades competentes
danosas, perigosas ou ilegais;
sobre
atividades
• Envolver-se com assuntos cívicos e comunitários;
• Proteger o meio ambiente;
• Não aceitar propinas ou presentes que possam interferir no
julgamento da engenharia;
• Proteger informação confidencial de empregadores e clientes;
• Evitar conflitos de interesse.
20. A RESPONSABILIDADE SOCIAL
NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS
É
fundamental
para
o
engenheiro desenvolver uma
visão sistêmica do mundo, ou
seja: reconhecer que, como
agente
de
transformação
social, ele faz parte do todo.
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21. A RESPONSABILIDADE SOCIAL
NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS
Ao tomar consciência da necessidade de conciliar sua
habilidade técnica (a de executar sua atividade
específica) com a habilidade humana (a de
desenvolver o relacionamento humano proativo),
esse
profissional
desenvolverá
a
habilidade
conceitual, a qual está diretamente associada à
coordenação e integração de todas as atividades,
atitudes e interesses da organização a qual pertence
ou presta serviço.
22. A RESPONSABILIDADE SOCIAL
NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS
Abertura de crateras que engolem ruas, casas e pessoas, para
dar passagem ao metrô. Poluição de rios, cujas águas
abastecem cidades e permitem a sobrevivência de populações
ribeirinhas.
Degelo de calotas polares devido à emissão de gases na
atmosfera que põe em risco a vida neste planeta.
A questão que aflora é: até onde se estende a
responsabilidade do engenheiro em tais catástrofes?
23. A RESPONSABILIDADE SOCIAL
NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS
O século passado e o início deste foi e é marcado,
notadamente,
pela
formação
técnica
dos
profissionais de engenharia, cujo objeto de aplicação
de seu trabalho é a de atender as necessidades da
organização a qual está vinculado, a despeito das
conseqüências para o restante dos stakholders,
principalmente a sociedade civil e o meio ambiente.
Face às possibilidades inteiramente novas da tecnologia,
uma nova ética torna-se necessária e que diz respeito ao
futuro do próprio planeta.
24. A RESPONSABILIDADE SOCIAL
NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS
Clemente
Nóbrega,
em
consulta à revista Você s.a,
menciona: “No futuro, a
tolerância com funcionários
antiéticos será zero, porque
a tendência é que a ética
seja
cada
vez
mais
valorizada”.
?
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25. O engenheiro socialmente responsável
Conceitual
Social
Ética
Legal
Técnica
Técnica
Econômica
Humana
26. A RESPONSABILIDADE SOCIAL
NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS
Responsabilidade econômica. A sociedade
profissional receba o que é justo.
espera
que
o
Responsabilidade técnica. A sociedade espera que o profissional
seja capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias,
estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação
e resolução de problemas, considerando seus aspectos
políticos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e
humanística, em atendimento às demandas da sociedade.
27. A RESPONSABILIDADE SOCIAL
NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS
Responsabilidade legal. A sociedade espera que as atividades
desse profissional produzam serviços (processos e/ou
produtos) que tenham padrões de segurança e obedeçam as
leis trabalhistas, ambientais estabelecidas pelo governo.
Responsabilidade ética. A sociedade espera que as tomadas de
decisões por parte desse profissional seja resultados da
análise e reflexão ética, exigindo que as tomadas de decisões
sejam feitas considerando-se os efeitos das ações, honrando o
direito dos outros, cumprindo deveres e evitando prejudicar
o outro interno e externo à organização, fundamentado no
respeito aos valores morais.
28. A RESPONSABILIDADE SOCIAL
NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS
Responsabilidade social. A sociedade espera que esse profissional,
enquanto dotado de decisão estratégica na empresa, faça-a
contribuir com recursos para a comunidade, visando a
melhoria da qualidade de vida.
29. A RESPONSABILIDADE SOCIAL
NA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS
É
importante ressaltar que a responsabilidade ética da
engenharia nasce da reflexão sobre ética em si, vendo-a como
o certo e o errado, podendo-se considerar antiético tudo
aquilo que pode causar algum tipo de mal ou dano às pessoas
e ao meio que as cerca, tirando-as do lugar cômodo de
centro do mundo, para dele fazerem parte, bem como lhe
imputando a responsabilidade de preservarem a vida, em
toda a sua extensão, seja dentro de uma organização seja
fora dela.
30. Material consultado
• A Responsabilidade Social Na Formação De Engenheiros -
Marco Aurélio Cremasco.
• PUC – Campinas – CEATEC 61051 – Introdução à
Engenharia Ética Professora: Ana Elisabete P. G. A. Jacintho
• http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=h
ome
31. Atividade Resumo e comentário sobre o
texto
• http://www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/A%20Res
ponsabilidade%20Social%20na%20Forma%C3%A7%C3%A3o%
20de%20Engenheiros.pdf
• A Responsabilidade Social na Formação de Engenheiros
Autor: Marco Aurélio Cremasco
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Campinas, SP
ENTREGAR DIA 05/04