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ETEC JOÃO BELARMINO
TURISMO RECEPTIVO

COPA DO TERROR
GRUPO CONTRA A REALIZAÇÃO DA COPA 2014

AMPARO
2014
ETEC JOÃO BELARMINO
TURISMO RECEPTIVO

Angela De Figueiredo Merola

nº 2

Barbara De Carvalho E Silva

nº 4

Carlos Augusto Teixeira

nº 6

Cinthia Ap Murias De Oliveira

nº 8

Debora Moraes Moura

nº 10

Fernanda Dos Santos Lucas

nº 12

Gabriela De Lima Pereira

nº 14

Heloise Moretti Costa

nº 16

Joyce Daiane Idalino Borges

nº 18

Kariny Cechinato

nº 20

Larissa Ciconato

nº 22

Luana Segismundo Molessani

nº 24

Luciano Bueno De Oliveira

nº 28

Mariana Dias De Souza

nº 30

Paulo Sergio Benedetti Junior

nº 32

Rosano Parducci

nº 34

Veridiana Da Silva Santos Trabaquini

nº 36

Gabriel Pedrazzoli Goncalves

nº 38

AMPARO
2014

2
Sumário

Introdução ..................................................................................................................................... 4
Comércio ....................................................................................................................................... 5
Hotelaria ........................................................................................................................................ 6
Saúde ............................................................................................................................................. 7
Vigilância Epidemiológica .......................................................................................................... 7
Vigilância Sanitária .................................................................................................................... 7
Infraestrutura ............................................................................................................................ 7
Turismo Sexual e Doenças Sexualmente Transmissíveis .......................................................... 8
Entrevistas ................................................................................................................................. 8
Segurança Pública ......................................................................................................................... 9
Protestos ................................................................................................................................... 9
Brigas ....................................................................................................................................... 10
Transportes ................................................................................................................................. 11
Mobilidade urbana .................................................................................................................. 12
Aeroportos .............................................................................................................................. 12
Impacto Ambiental .................................................................................................................. 13
Experiências Anteriores............................................................................................................... 15
Conclusão .................................................................................................................................... 16
Bibliografia .................................................................................................................................. 18
ANEXOS ....................................................................................................................................... 19
Relatório de Participação ........................................................................................................ 19
Figuras ..................................................................................................................................... 20
Trabalho Digitalizado............................................................................................................... 26

3
Introdução

Se o Brasil está preparado para a Copa, não parece!

Faltando pouco menos de seis meses para o início da Copa do Mundo, o Brasil
corre para deixar o país pronto para receber os milhares de turistas estrangeiros que são
esperados durante os 30 dias do evento. Metade das arenas que irão receber os jogos ainda
não está pronta, o que preocupa governantes e membros da FIFA. Porém, os problemas que
devem envolver o torneio vão além dos campos de futebol, e alguns deles são fontes de
preocupação para muitas entidades nacionais. Afinal, como será o deslocamento dessa massa
de pessoas que irá ocupar o Brasil a partir do dia 12 de junho, e muitos de nossos aeroportos
não terminaram de se adequar para o volume esperado de viajantes? Nossos sistemas de
transporte urbano darão conta dessa demanda? E nossos hotéis, terão capacidade e gente
preparada para atender os turistas? Além disso, há quem leve em conta a questão da
segurança durante a Copa. Existem promessas de que as manifestações vistas em junho se
repitam durante os jogos, com mais força e maior volume de pessoas. Com a volta do debate
sobre a briga de torcidas, o medo de confrontos durante as partidas ganha força dentro das
perspectivas do que pode ocorrer durante o torneio.
Pensando nisso, nosso grupo elencou principais riscos que o Brasil correrá durante
a Copa do Mundo, o que esperar deles, e qual seriam as soluções ideais para contorná-los.

4
Comércio

Há uma parcela grande de empresários e comerciantes que vê com receio a
capacidade do mercado. Fabrizio Quirino, gestor de comunicação e marketing da Associação
Comercial Empresarial do Brasil (Aceb), afirma que a falta de conhecimento do perfil de
consumo dos turistas é o principal argumento contra novos investimentos do setor comercial,
o que pesará negativamente na oferta de determinados produtos. “A preparação para a Copa
está sendo feita pensando em atender de maneira devida essa demanda nacional e
internacional. Porém, temos dois problemas a enfrentar: a falta de infraestrutura comercial e a
concorrência, que será forte, o que deixa todos com o pé atrás”, destaca o gerente.
Outra dificuldade que o comércio deve enfrentar também será a falta de
profissionais capacitados para isso. A Associação Comercial do Paraná (ACP), no fim de 2012,
anunciava projetos de capacitação dos profissionais do varejo, para garantir um atendimento
de qualidade aos estrangeiros. Porém, a entidade hoje diz que não vislumbra ainda a Copa, e
que projetos para o Mundial ainda serão elaborados.

5
Hotelaria

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril deste ano, já havia
publicado um estudo alertando que a quantidade de hotéis de qualidade disponíveis no país
não seria suficiente para abrigar todos os visitantes. Além disso, falta mão de obra capacitada
para atender esse público. Oito meses depois, pouco foi feito para melhorar esse cenário.
Segundo Luiz Alberto dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio
Hoteleiro, Meio de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba e Região (Sindehotéis), os
programas de capacitação que haviam sido prometidos pelo governo e por outros órgãos
nacionais não saíram do papel. “Essa história de que iam qualificar todos do setor não deu
certo. Houve iniciativas, mas não foi o suficiente”, disse. Santos ressaltou que outro problema
são os altos valores das diárias que serão cobradas. “É abusivo. Há hotéis que, em dias normais
cobram R$ 100, e durante a Copa terão diárias de R$ 2.000”, afirmou Santos. Algumas redes já
foram notificadas pela Justiça por superfaturar as tarifas.

6
Saúde

Intoxicação alimentar, dengue, febre maculosa, doenças virais, DST, são inúmeros os riscos
durante o fluxo de turistas.

Vigilância Epidemiológica
O renomado especialista em doenças infecciosas da Universidade de Oxford, na Inglaterra,
chamou atenção do mundo publicando na revista Nature, sobre o alto risco de dengue no
Brasil, mais intenso no Nordeste.
Por outro lado, é comum em outros países vírus que ainda não são encontrados aqui, como o
arbovírus, é transmitido aos seres humanos pelos mosquitos do gênero Aedes, os mesmos da
dengue, causando uma doença batizada de Chikungunya. "Este vírus está bastante presente na
Ásia e apareceu com força no Caribe. Já tivemos casos no Brasil, pessoas que viajaram e
voltaram com a doença. Corremos riscos de importar a Chikungunya se recebermos pessoas
infectadas. Ela lembra a dengue, mas é uma doença maisarrastada e debilitante. Por se
parecerem muito, isso preocupa, pois os profissionais da saúde podem confundir as duas",
alerta o infectologista.

Vigilância Sanitária
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em vistorias nos ESTÁDIOS durante a Copa
das Confederações, identificou uma série de falhas na estrutura e na oferta de serviços, que,
sem solução, representam uma ameaça à saúde do torcedor. A principal preocupação é com a
própria estrutura dos estádios. "Constatamos cozinhas instaladas em locais impróprios. E a
água usada para o preparo de alimentos em boa parte dos casos tinha fontes 'alternativas'",
avaliou a coordenadora do Grupo de Trabalho de Eventos, Denise Resende.

Infraestrutura
O caos na saúde pública é notícia durante o ano todo em todo o Brasil, não temos estrutura
suficiente para os brasileiros, e se estrangeiros precisarem ser atendidos? As cidades sedes

7
terão 512 unidades móveis do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e 66
unidades de Pronto Atendimento, utilizando cerca de 10000 profissionais de saúde. Mas e fora
dos estádios? Lembrando que estaremos em tempo de férias escolares, e que as famílias
dessas capitais sede viajarão para outras cidades como a nossa região. E fora das sedes?
Ficarão sem suporte?

Turismo Sexual e Doenças Sexualmente Transmissíveis
Não há como negar que o evento também vai estimular o turismo sexual e sexo casual. O
infectologista adverte que, na página do Ministério do Turismo, há uma pesquisa da FGV
(Fundação Getúlio Vargas) com 4.000 torcedores que aponta este perfil: maioria de público
masculino, na faixa etária entre 25 e 50 anos e que viaja sozinho. Esses homens todos vão
voltar para suas casas, mas as doenças sexualmente transmissíveis ficarão aqui, para serem
tratadas pelo SUS, onerando ainda mais o Sistema que já está um caos.

Entrevistas

Dra Roberta C. Robert Araújo – Diretora da Saúde de Morungaba
O Brasil está preparado em relação à saúde para receber a copa do mundo?
Infelizmente não, há uma grande falta de profissionais em hospitais, ambulâncias, postos de
saúde, falta de medicação, leitos e profissionais sem inglês.
Quais são as precauções em relação à saúde?
Doenças podem ser trazidas, como a cólera (da África) e eles podem levar doenças daqui como
a dengue e diarreia.
O número de ambulantes sem alvará irá aumentar. E há falta de funcionários na vigilância para
controlar esse aumento.
Sem esquecer que está havendo uma escassez de água, e o pouco que se tem pode ser
contaminado.

Dra Conceição Oliveira Camilo – Diretora da Vigilância Epidemiológica de Jaguariúna
Quais são as precauções em relação ao período da Copa?
Além do risco de contaminação dos alimentos em restaurantes, vejo maior problema quanto
aos ambulantes. A Vigilância Sanitária precisaria de mais funcionários para poder fiscalizar
todos os estabelecimentos e principalmente ambulantes durante o mês de Copa.
A intoxicação alimentar é um risco, mas o maior problema que vejo são as doenças que já
temos erradicadas aqui, que poderão ser trazidas, como sarampo, poliomielite, podemos
trocar cepas, como meningite e eles correm um grande risco com a Febre Maculosa, pois será
época de mucuim em nossa região, e essa doença mata rapidamente se não for detectada a
tempo, e certamente um médico estrangeiro não detectará a tempo.

8
Segurança Pública

Protestos
A Copa das Confederações, em junho, ocorreu em meio à onda de protestos
populares. Milhões de pessoas foram às ruas questionar os imensos gastos feitos pelo governo
com a Copa, pedindo mais recursos para saúde e educação. Contudo, durante os atos
pacíficos, cenas de violência e depredação das cidades também foram vistas, o que fez os
representantes da FIFA hesitarem na continuidade do projeto 2014.
Para o Mundial do ano que vem, há quem acredite que novos levantes serão
armados. “As atenções internacionais estarão todas voltadas para cá. A grande questão que irá
determinar se haverá ou não novas manifestações nas ruas será o tamanho da disposição das
pessoas naquele momento”, indica Marco Antônio Villa, historiador e professor da
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Um motivo que deve diminuir o número de protestos durante a Copa foram os
atos de violência vistos em junho, que segundo Villa, tiraram o ânimo de muitos envolvidos.
“Esses Black blocks afastaram muita gente das ruas. E com certeza eles estarão com receio de
que novamente um protesto se torne algo violento”.
Além disso, o fato de 2014 ser um ano de eleição para presidente deve contribuir
para um contenção maior por parte do poder público. “Não duvido que o governo mobilize
suas forças para controlar essas manifestações e diminuir suas aparições na mídia, porque eles
não querem propaganda negativa às vésperas da eleição”, completa o professor.

9
Brigas

O conflito entre torcedores em Joinville, que marcou o final do Brasileiro no início
do mês, reacendeu as discussões sobre os riscos da violência dentro dos estádios. Faltando um
semestre para a abertura da Copa, o debate ganha novas proporções, já que a possibilidade de
qualquer tipo de ocorrência durante os jogos do Mundial entra na lista de considerações do
poder público.
O delegado da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos da Polícia
Civil do Paraná, Clóvis Galvão, ressalta que a preparação para conter esse tipo de situação já
está sendo feita, em todas as esferas de segurança pública.
“Essa preocupação de ocorrer confrontos está dentro do planejamento do
Exército, da Polícia Federal, e das polícias civil e militar. Onde tiver movimentação de Copa
estarão todas essas forças. Estão sendo feitos exercícios de possíveis problemas que podem
acontecer. Tudo para estar preparado para todas as situações” ressaltou o delegado.
Alguns dados se sobressaem, como:

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








No Iraque e no Paquistão morre menos gente de morte violenta do que no Brasil.
São em média 50 mil homicídios por ano, uma base de 137 assassinatos por dia.
São Paulo chegou em um nível de crime tão absurdo que passou a contar com
guerrilhas urbanas.
As autoridades justificam o crescimento do crime dizendo que o mundo é assim.
Em casos mais violentos, se tem como exemplo o estupro de dois estrangeiros.
O numero de furtos e roubos nos sistemas de metro e trem de São Paulo aumentou
mais de 60%.
Se caso o Brasil venha a perder a copa o país ira virar um caos.
Cada vez se ouve mais brasileiros dizendo que desejam ir embora para outros países,
onde há segurança.
Temos como base as conseqüências ocorridas após a copa na África do Sul (gastos
excessivos na construção de estádios para depois demoli-los e inflação dos preços).
Policiais e bombeiros ameaçam abaixar a segurança na copa caso não haja reajuste
salarial.

10


A ANATEL já disponibilizou no Brasil alguns números de emergência para que os
estrangeiros possam ligar, mas faltam profissionais capacitados para atendê-los.

Transportes

Na Copa do Mundo proposta pelo Brasil à FIFA, havia a previsão de obras
ambiciosas de mobilidade urbana que dariam acesso aos estádios, mas o não cumprimento
das promessas nas cidades- sede colocara muitos torcedores em sistemas de transporte
publico deficientes.
Os planos para o Mundial previam projetos de transporte nas cidades para
facilitar o acesso às arenas, onde o padrão FIFA não permite o acesso dos torcedores de carro,
e os deslocamentos entre locais chave, como aeroportos e hotéis. Tidas como maior legado da
Copa do Mundo, as melhorias nos sistemas de transporte urbano, usado por 84% da
população do país, receberam um alto investimento do Governo Federal, via PAC da Copa,
para garantir um salto na qualidade dos sistemas das cidades-sede.
Ao todo, R$ 12 bilhões seriam injetados na reestruturação dos equipamentos de
transporte, a fim de garantir fluidez no trânsito das capitais durante os jogos e facilidade de
acesso aos turistas que vêm ao Brasil. Porém, não foi isso que aconteceu. Segundo Otávio
Cunha, presidente da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), desde o
anúncio do pacote, há cinco anos, até hoje, uma parte pouco significativa desse montante foi
de fato aplicada. “Para se habilitar aos recursos, era necessário projetos que estivessem
dentro das exigências que o Ministério das Cidades fez, o que dificultou muito as coisas”,
destacou. “Vamos ficar devendo e muito aos turistas no quesito transporte. Os municípios são
a favor de transformar em feriados os dias de jogo, para ajudar no tráfego, porém isso não
será o suficiente. Teremos muitos gargalos ainda”. Uma solução paliativa, que teria um efeito
“imediato”, seria a adoção, nas cidades em que fosse possível, do uso de faixas exclusivas para
ônibus, como as que têm sido implementadas em São Paulo.

11
Mobilidade urbana


Segundo dados dos comitês gestores locais do evento, 75,6% das obras de mobilidade
previstas para o Mundial estão atrasadas ou não serão entregues para a competição. Além
disso, muitas delas custarão mais caro do que o governo previu.

Oito das 53 obras de mobilidade urbana ainda não saíram sequer da fase de
planejamento, os investimentos nessa área ficaram 20% abaixo do esperado para o período.

Em São Paulo o único investimento em transporte público da matriz também deixou a
lista – a linha 17 Ouro do Metrô, que ligaria o aeroporto de Congonhas ao bairro do Morumbi
ao custo de R$2,8 bilhões. A obra buscava facilitar o transporte de visitantes ate o estádio do
Morumbi, inicialmente escolhido para sediar os jogos na cidade e posteriormente substituídos
pela Arena Itaquera, em construção.

Aeroportos


A maioria dos aeroportos não possui condições para receber um grande volume de
passageiros. Seja no terminal, como na pista ou nos portões de embarque.

O caos e a incerteza que dominam o setor aéreo são resultados de uma serie de
programas interligados. Os recursos de aérea são mal administrados; os aeroportos não têm
estrutura para atender a atual demanda; faltam controladores de tráfego aéreo, e os que
estão ai não tem boas condições de trabalho; os radares têm zonas cegas; as comunicações
por radio falham. Basta que um desses elos da corrente não funcione para que todos os outros
sejam comprometidos. Como estão todos na eminência de falhar, a vulnerabilidade do
sistema- que há muito ultrapassou o seu limite – é enorme.

Aeroportos já saturados com a demanda atual.

Entre as justificativas apontadas pelos gestores para o atraso ou cancelamento
das obras está a burocracia, chuvas, imprevistos, disputas judiciais sobre desapropriações,
impasse para obtenção de licenças, entre outros.

12
“Não tem como escoar tanta gente com essa estrutura de transporte. É
realmente preocupante esse caso. Iremos passar vergonha com essa situação se não
melhorar”, disse o administrador de empresa Luiz Cadena, de 36 anos, que assistiu ao duelo
Itália x Japão em Recife no ano passado.
Impacto Ambiental

O Brasil está prestes a sediar a Copa do Mundo de futebol e a promessa governamental é de
que as cidades-sede tenham muito mais do que novos estádios. A reestruturação esperada
parece não ter atingido os sistemas de coleta de lixo.
Uma pesquisa realizada pela BBC Brasil comprova que as 12 cidades que receberão jogos das
seleções internacionais não estão preparadas para a separação e destinação adequada dos
resíduos. Em nenhum caso, os índices de reciclagem chegaram a 10%. Porto Alegre foi à cidade
com melhores resultados, coletando adequadamente 9,1% do lixo produzido.
O montante de resíduos produzidos nestas cidades representa 35% de toda a produção
nacional, são, aproximadamente, 91 mil toneladas de lixo diário, que acabam em lixões ou
aterros sanitários. Os índices de reciclagem são mínimos, se comparados à produção. A
segunda cidade com o melhor coeficiente foi Belo Horizonte. A capital mineira recicla 7% de
seus resíduos totais. Curitiba tem 6%, Brasília 5%, Salvador 2,1%, São Paulo 2,1%, Recife 2%,
Rio de Janeiro 1,4%. As outras cidades – Fortaleza, Manaus, Natal e Cuiabá – não chegaram a
ter 1% de seu lixo reciclado.
Os especialistas explicam que este cenário é fruto de décadas sem que houvesse uma
preocupação específica com a estruturação das cidades para o descarte ecologicamente
correto do lixo. Apenas há três anos foi apoiada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que
determina o fim dos lixões e torna os fabricantes responsáveis pelo descarte adequado das
embalagens pós-consumo.
Atualmente, os sistemas municipais de coleta seletiva não alcançam toda a cidade. Um dos
exemplos disso acontece em São Paulo, com o programa de coleta seletiva atingindo apenas
41% dos domicílios da cidade. Mesmo que a logística funcione, muitas vezes os órgãos
governamentais não conseguem dar conta de tudo o que é coletado. Em São Paulo, são 20
centrais de triagem e reciclagem, que processam diariamente 221 toneladas de lixo. Para
melhorar esses números, o objetivo municipal é inaugurar mais quatro megacentrais de
reciclagem que processarão diariamente 250 toneladas de resíduos cada uma. O prazo para a
13
reestruturação expira em 2016. Em todo o Brasil, apenas 766 dos 5.565 municípios possuem
programa de coleta seletiva, conforme pesquisa realizada pelo Compromisso Empresarial pela
Reciclagem (Cempre). Apesar de ser baixo, o número já foi ainda pior. O órgão informa que em
1994, apenas 81 cidades brasileiras ofereciam esse tipo de serviço à população.
Impacto ambiental da Copa será equivalente a consumo anual de energia em Santos!
Segundo estudo de uma consultoria que trata de impactos ambientais, para que o Brasil
receba a Copa do Mundo em 2014 serão emitidos 11,1 milhões de toneladas de CO2e, gás
carbônico equivalente, medida para calcular os gases do efeito estufa. A quantidade é igual ao
consumo de energia de 181 mil domicílios, suficiente para iluminar um município do tamanho
de Santos durante um ano.
Essas 11,1 milhões de toneladas emitidas se referem apenas às obras de preparação para o
Mundial. Durante o torneio, que demora cerca de um mês, o consumo será de 3 milhões de
toneladas de CO2e, o mesmo que cerca de 49 mil domicílios consomem em energia durante 12
meses.
O Estudo de Impacto de Emissões em CO2 Equivalente da Copa 2014, da consultoria Personal
CO2Zero, indica que o transporte aéreo será o maior agente de emissão durante a Copa, sendo
responsável por 60% dos gases.
A redução da emissão de gases geradores do efeito estufa pode ser convertida em créditos de
carbono. O relatório da Personal CO2 Zero aponta que seria necessário um investimento de
US$ 18,5 milhões por parte da FIFA para neutralizar o evento, considerando um crédito de
carbono do mercado voluntário ao custo de US$ 5.
"As emissões que não forem passíveis de redução devem ser neutralizadas por meio de apoio
a projetos geradores de créditos de carbono", comentou Daniel Machado, executivo da
empresa de consultoria.
São Paulo, Salvador, Natal e Rio de Janeiro respondem por 56,7% das emissões estimadas,
considerando a construção de estádios e investimentos em infra-estrutura (mobilidade e
aeroportos).
De acordo com o estudo, a Copa das Confederações (2013) e a do Mundo (2014) lançarão
804.396 mil toneladas de Gases de Efeito Estufa (GEE) apenas em Minas. Cerca de 75% dessas
emissões são provenientes dos deslocamentos de avião, hospedagem e alimentação dos
turistas. Essas 804 mil toneladas de GEE correspondem a um quarto do total emitido
anualmente pela capital, Belo Horizonte."Por tratar-se de um país com dimensão continental,
os deslocamentos aéreos serão muito utilizados, o que vai gerar muitos poluentes no ar.
Segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com a Ernst &
Young, é estimado que a Copa do Mundo de 2014 tenha valores assemelhados aos do
percebido no evento anterior (Copa do Mundo da África/2010), cujo lançamento de dióxido de
carbono na atmosfera (“pegada de carbono”) representou 2,75 milhões de toneladas de CO2,
sendo 67,4% devido ao transporte aéreo internacional.

14
“Eu acho que o futebol não tem nada a ver com a corrupção dos políticos. O futebol sempre
enalteceu o Brasil. Deixa passar a Copa do Mundo e aí vamos reivindicar o que os políticos
estão roubando. O futebol só traz divisa e benefícios para o Brasil", declarou o “Rei”.
Em meio às manifestações ocorridas na Copa das Confederações, Pelé já havia feito o mesmo
pedido e sofreu críticas de parcela da população. À época, o ídolo divulgou uma mensagem em
vídeo na qual clamava: "vamos esquecer toda essa confusão que está acontecendo no Brasil e
vamos pensar que a seleção brasileira é o nosso país, é o nosso sangue. Não vamos vaiar a
seleção. Vamos apoiar até o final". Segundo o ídolo, Pelé...
O “rei” do futebol não está preocupado com os gases, água, lixos, mares poluídos que
causaram grandes problemas depois que a copa acabar. Tem como esquecer toda essa
confusão?
Experiências Anteriores

Vale expor as experiências de outros países com a ocorrência de grandes mundiais.
As estimativas sobre os impactos e legados positivos proporcionados pela realização de
megaeventos esportivos como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo de futebol costumam
ser extremamente otimistas. Experiências anteriores revelam que os resultados desse esforço
ficam muito aquém das projeções feitas tanto pelos dirigentes esportivos quanto pelas
autoridades dos países-sede. "Em geral, as avaliações são muito precárias ou levam em conta
condições que dificilmente serão concretizadas", afirma o professor Marcelo Weishaupt Proni,
do Instituto de Economia (IE) da Unicamp.
As pessoas ficam otimistas sobre o aumento do turismo no país, sobre como o evento cria
milhares de empregos e muitos podem ser beneficiados. Claro que inicialmente isso ocorre,
pois muitas pessoas disponibilizam suas casas por uma renda, muitos se tornam ambulantes,
desempregados viram mão de obra para a construção de estádios, mas e depois? Essas
pessoas estarão novamente desempregadas e ainda mais necessitadas.
Na África, em 2010, estádios foram construídos para um ou dois jogos e agora são elefantes
brancos, porque eles não têm a capacidade de enchê-los em nenhum outro evento, além do
que esses estádios custam milhões por ano para manutenção. A manutenção de alguns dos
estádios revelou-se um fardo e alguns dos municípios afetados estão procurando maneiras
inovadoras de tornar-los financeiramente sustentável. A intensificação dos custos de
construção também foi um sério desafio. Alguns dos empreiteiros conspiraram na fixação de
preços, uma questão que foi investigada.
A passagem de turistas estrangeiros na África foi bem rápida pelo tanto de doenças que não
eram conhecidas lá. Vírus estranhos abundaram novamente, como em 1995 depois do ultimo
maior evento lá, de Hugby.

15
Outro cenário que a maioria das pessoas não quer pensar sobre, mas que tem seu espaço é o
aumento da PROSTITUIÇÃO INFANTIL que aconteceu na África depois da Copa 2010.
Infelizmente, com o aumento de turistas estrangeiros, muitos comércios aumentaram seus
preços drasticamente (como já se ouve falar no Brasil, tanto que o governo lançou uma
campanha chamada “Eu jogo limpo com o Turista”). O problema é naqueles locais, os preços
subiram, mas os salários da população local não aumentaram com o passar dos anos. O turista
voltou e deixou a inflação, mais alta de todos os tempos. Os níveis de criminalidade continuam
a subir em resultado dos altos níveis de desemprego depois da Copa aliado à economia
inflacionada.

Conclusão

Com base em todas as pesquisas realizadas para formar este trabalho é possível concluir que o
nosso país ainda possui muitas fraquezas que pesam de forma bruta, para a não realização do
Mundial em 2014. Dentre tais fraquezas as que se destacam são:












Alto custo de passagens aéreas, terrestres, fluviais e ferroviárias.
País continental.
Limitação no entendimento de outros idiomas.
Má conservação das calçadas, ruas e rodovias.
Baixa capacidade para transporte de passageiros e cargas nos aeroportos.
Problemas na segurança pública.
Má conservação de transportes públicos.
Ausência de integração dos transportes aéreo, terrestre, aquaviário e ferroviário.
Pouco investimento no aprimoramento e na inovação da qualidade dos transportes
rodoviários.
Dificuldades de alcançar metas de custo e prazo.
Falta de infraestrutura em saúde

São altos os riscos de nos tornarmos uma nação com problemas ainda maiores:






Altos riscos de epidemias e pandemia
Risco de morte dos visitantes por doenças endêmicas com repercussão mundial
Aumento dos preços no Brasil
Aumento da prostituição infantil
Obras “Elefantes Brancos” que precisarão de muito dinheiro para manutenção

16
17
Bibliografia







http://article.wn.com/view/2013/12/03/Brazil_s_child_sex_tourism_set_to_rise_as_
World_Cup_draws_ne/
http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-2014/atrasos-e-obras-canceladas-reduzemlegado-da-copa-em-transporte,bd682aa7dc04f310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-2014/infraestrutura-e-o-ponto-negro-dobrasil-um-ano-antes-da-copa-dizemfranceses,982e40cbaf93f310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/12/mobilidade-na-copa-tem-75-das-obrasatrasadas-ou-descartadas.html
http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2013/11/08/policiais-ameacam-relaxarseguranca-na-copa/
http://shonaventer.hubpages.com/hub/The-Real-Cost-Of-The-Soccer-World-Cup-ToSouth-Africans
http://tribunadoceara.uol.com.br/noticias/tag/o-preco-da-copa/
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/sete-gargalos-para-resolver-antes-da-copa-de2014
http://www.brasil.gov.br/saude
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,anatel-determina-uso-dos-numeros911-e-112-em-chamadas-de-emergencia,1101870,0.htm
http://www.forbes.com/sites/andersonantunes/2013/06/12/can-brazil-really-handlethe-2014-fifa-world-cup/
http://www.gazetadopovo.com.br
http://www.uff.br/rpca/pdg/tccpdg10.pdf
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2011/ju508_pag5.php#
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1400028-na-copa-aeroporto-doceara-podera-ter-terminal-de-lona.shtml
https://www.youtube.com/watch?v=uiubjjDcgjE
www.estadao.com.br
www.g1.globo.com
www.gazetaesportiva.gov.sp.br



www.noticias.uol.com.br





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

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18
ANEXOS
Relatório de Participação
Pesquisaram sobre Transportes:
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Mariana
Angela
Rosano

Pesquisaram sobre Saúde:
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

Cinthia
Débora
Larissa

Pesquisaram sobre Segurança Pública:
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Gabriel
Luciano
Fernanda
Paulo

Pesquisaram sobre Impactos Ambientais:
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Luciana
Veridiana
Gabriela
Bárbara

Fizeram a Introdução e pesquisaram sobre Comércio, Hotelaria e Corrupção:



Julia
Camila

Power Point


Veridiana e Cinthia

Formatação


Gabriel

Lâminas


Barbara e Luciana

Documentário

 Gabriela

19
Figuras
Charge

Placas com in formações erradas

20
Ambulante sem higiene

21
Carrapato e Febre Maculosa

Falta de infraestrutura nos hospitais

22
Ameaça de manifestações violentas

Obras inacabadas

Caos no aeroporto em São Paulo

23
Menos de 10% do lixo é reciclado no Brasil

Ilusão de oportunidades Copa 2010 -África

Aumento de exploração sexual durante a Copa 2010 -África

24
Aumento da prostituição infantil Copa 2010 -África

Aumento da violência e ação policial Copa 2010 -África

25
Trabalho Digitalizado

26
Gastos com Copa e corrupção
tomam lugar de tarifa do
transporte em protestos pelo
país
"Copa do Mundo, eu abro mão. Quero dinheiro para a saúde e a
educação!". Este e outros gritos de teor semelhante deram o tom das
manifestações que tomaram as ruas das principais cidades brasileiras, de
Porto Alegre a Belém, na última segunda-feira, 17 de junho de 2013. Foi o
dia em que os protestos contra os aumentos nas tarifas de transporte
público se tornaram também e principalmente manifestações contra o
gasto de dinheiro público na organização da Copa do Mundo de 2014 e
contra a corrupção.
Somente com os estádios que estão sendo construídos ou reformados
para o Mundial da Fifa, mais de R$ 7 bilhões, ou 163% a mais do que o
previsto inicialmente, estão sendo consumidos. Deste total, 97% é dinheiro
público. No último dia 17 de junho, mais de 250 mil brasileiros espalhados
pelo país foram às ruas para dizer que isso é demais.
A maioria dos manifestantes são jovens. As propostas não são objetivas, é
difícil dizer exatamente o que querem os que foram às ruas. É certamente
mais fácil dizer o que eles não querem. "Um, dois, três. Quatro, cinco, mil.
Ou para a roubalheira, ou paramos o Brasil!", bradavam os manifestantes
nas ruas de Belo Horizonte. E do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Salvador,
de Curitiba, de Brasília, de Maceió.
"Com tanta coisa para fazer no país, foram gastar essa fortuna em
estádios. É o fim do mundo. Aí eles ainda têm coragem de vir com esse
papo de PEC 37 e acham que todo mundo aqui é palhaço. Acorda, Brasil",
conclamava Lucas Crexell, estudante, de 17 anos, um dos que subiram na
27
laje do prédio do Legislativo federal. A PEC 37 (Projeto de Emenda
Constitucional) propõe restringir o poder de investigação dos integrantes
do Ministério Público e deverá ser votada pelo Congresso na semana que
vem.
NA BOCA DO POVO

Puta que o pariu! A Fifa agora é quem manda no Brasil
Grito de manifestantes em Brasília

Em Fortaleza, o protesto terminou em frente ao hotel onde está concentrada
a seleção brasileira. Com cartazes nas mãos e gritos, os manifestantes
chamaram a atenção. A polícia acompanhou toda a situação e não houve
qualquer tipo de conflito. "O ato vai se costurando no seu transcorrer. Nós
vimos que seria importante, por tudo que está acontecendo em Fortaleza,
vir ao hotel da seleção", disse Livíno Neto, um dos manifestantes.
"Brasil, vamo acordar! Os professores valem mais do que o Neymar!",
gritavam os belo-horizontinos, em frente à sede da prefeitura da cidade,
depois de terem sido rechaçados com bombas e balas de borracha do
cordão de isolamento determinado pela Fifa em torno do estádio do
Mineirão, onde jogavam Taiti e Nigéria, pela Copa das Confederações. A
manifestação na capital mineira levou mais gente às ruas do que o jogo levou
ao Mineirão.
NA BOCA DO POVO
Brasil, vamo acordar! Os professores valem mais do que o Neymar!
Grito de manifestantes em Belo Horizonte

Entre os manifestantes estava o técnico de informática Daniel Sanabria,
30. Ele filmava a ação dos policiais próximo ao Mineirão quando foi
atingido por uma bala de borracha na mão. Teve sorte. "Eu vi que o
policial estava apontando a arma para mim, só tive tempo de proteger o
rosto com a mão e a bala veio direto em mim", contou. Dois dias antes,
em Brasília, manifestantes que filmavam a polícia também levaram bala
de borracha na cara.

* Colaboraram Aiuri Rebello, do UOL, em Brasília, e Gustavo Franceschini, do
UOL, em Fortaleza

28
Fonte: http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2013/06/18/gastos-comcopa-e-corrupcao-tomam-lugar-de-tarifa-do-transporte-em-protestos-pelo-pais.htm

Para o torcedor, Brasil-2014 vai ser a 'Copa da corrupção'
Uma pesquisa inédita mostra que o Mundial, por enquanto, desperta
sensações profundamente negativas. Para oito em dez pessoas, país
deixará imagem ruim
Giancarlo Lepiani

A história das Copas do Mundo ensina que receber o torneio aumenta as chances de vitória da
seleção que joga em casa. Nas últimas edições, porém, esse retrospecto vem sendo
contrariado - nas últimas três décadas, apenas a França, em 1998, festejou a conquista de um
Mundial como país-sede. Outro benefício atribuído à realização de uma Copa é o impulso no
crescimento econômico da nação que acolhe a festa. Esse efeito positivo, no entanto, também
provoca controvérsia: para muitos economistas, o reforço no PIB no ano do Mundial acaba
sendo pulverizado nos anos seguintes, quando os lucros colhidos com o evento desaparecem e
sobram apenas as contas deixadas pelas obras monumentais exigidas pela Fifa. Existe, ainda,
outro desdobramento comum de uma Copa em casa, algo que causa um impacto mais
evidente e imediato, ainda que seja mais difícil de ser mensurado. Trata-se de uma injeção
poderosa de confiança e orgulho nacional, que desperta na população um clima de euforia
pela chance de desfilar o sucesso de seu país diante do resto do planeta. Depois do oceano de
bandeiras tricolores que cobriu a Alemanha em 2006 e do rugido das vuvuzelas que uniu a
África do Sul em 2010 (leia mais no quadro no fim do texto), a Copa do Mundo corre o risco de
amargar seu anticlímax em 2014 - justamente num lugar fascinado pelo futebol e, segundo
consta, especialista em fazer uma grande festa. Se depender das expectativas atuais da
torcida, o Mundial do Brasil será uma estrepitosa decepção, talvez até um vexame
internacional. Pouca gente se sente satisfeita com a Copa. Menos gente ainda está ansiosa
para ver o maior evento esportivo do planeta acontecer em seu próprio país.

Edição especial VEJA-Placar
Organização: A Copa do Mundo é agora
Artigo: Só vale mesmo pela felicidade
História: Maracanã, um colosso improvisado
Infraestrutura: Corrida contra o tempo

29
Seleção brasileira: Vai faltar pressão
Negócios: Na Fifa, os senhores da bola
A pouco menos de três anos para o início do Mundial, o site de VEJA recorreu a seus leitores
para medir a percepção da torcida sobre 2014. Numa pesquisa de opinião realizada
pelo Departamento de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Abril entre os dias 20 e 25 de
julho, 1.879 pessoas de todas as regiões do país responderam a doze perguntas a respeito da
Copa. Os leitores foram consultados sobre os preparativos do país, sobre o papel do poder
público no evento, sobre as sensações provocadas pela realização do torneio e, claro, sobre as
chances da seleção brasileira. O cenário desenhado pelos resultados da sondagem é
absolutamente desastroso. Em todas as doze questões propostas, a opinião majoritária
sempre foi negativa. Ainda mais alarmante para a Fifa, a CBF e o governo - os responsáveis
pela escolha do país como sede, pela organização da Copa e pela realização das principais
obras - é a dimensão desse pessimismo. Em nenhuma questão incluída na pesquisa há
equilíbrio entre as respostas positivas e negativas. As piores opções possíveis foram
assinaladas por uma sólida maioria dos participantes da sondagem. As amplas margens que
separam os porcentuais favoráveis e desfavoráveis do levantamento não deixam dúvidas: hoje,
a Copa do Mundo de 2014 não empolga nem cativa o torcedor, desperta temores sobre a
imagem do brasileiro no exterior e provoca insatisfação por causa do gasto excessivo e pouco
inteligente de dinheiro público nas obras. A 34 meses da abertura, marcada para 12 de junho,
no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, ainda há tempo de sobra para que essas opiniões
se amenizem - principalmente se as obras enfim começarem a avançar de verdade. É de se
esperar, aliás, que o brasileiro se anime um pouco mais quando o clima da Copa começar a ser
sentido. Até agora, entretanto, o Mundial é um fiasco, conforme revelam os números
detalhados a seguir.

► Um dos principais argumentos dos defensores dos benefícios da realização da Copa do
Mundo no Brasil é a oportunidade rara de mostrar as virtudes do país ao resto do mundo. Em
alta no cenário econômico e com relevância crescente na comunidade internacional, o Brasil
poderia aproveitar o Mundial para se reinventar diante das outras nações, deixando para trás
sua velha imagem do país de um futuro que nunca chega. Para 78% dos participantes da
pesquisa, porém, os torcedores que virão ao país em 2014 voltarão para casa com uma
percepção ruim do Brasil. Só duas entre cada dez pessoas acreditam que a imagem geral da
Copa do Mundo será positiva.

30
► Os Mundiais de futebol costumam causar associações positivas na cabeça dos torcedores mesmo quando sua seleção não é a campeã. Palavras como "vitória", "festa" e "sucesso", por
exemplo, são frequentemente relacionadas com a experiência de participar de uma Copa.
Conforme os leitores, no entanto, há outros termos - muito mais negativos - que se encaixam
melhor no contexto da Copa de 2014. Entre as seis palavras propostas pela pesquisa, três eram
negativas e três, positivas. A campeã disparada foi talvez a mais forte e grave opção
apresentada. Com a convicção geral de que haverá desvio de dinheiro público,
superfaturamento de obras, troca de favores entre os envolvidos na organização e desperdício
de recursos, o termo "corrupção" foi citado por sete entre cada dez pessoas para definir a
Copa do Mundo no Brasil. Talvez por isso mesmo, o segundo termo mais citado é outro que
carrega sentido muito negativo. "Decepção", para 12% dos participantes da pesquisa, é a
palavra do Mundial. Provavelmente uma referência a tudo aquilo que o brasileiro esperaria de
uma Copa em casa - como "festa" (o termo citado por 7%), "sucesso" (3%) e "vitória" (apenas
2%).

► Foi a primeira promessa quebrada da Copa do Mundo no Brasil: quando o país foi escolhido
para sediar o torneio, o governo e a CBF tentaram contornar as críticas pelo altíssimo gasto

31
necessário para fazer um Mundial dizendo que, aqui, todas as obras nos estádios seriam
realizadas pela iniciativa privada ou através de parcerias com o poder público. Logo ficou bem
claro, no entanto, que isso seria impossível. E começou o festival da gastança de verbas
públicas na construção e na reforma dos palcos da Copa. Esse expediente, porém, só ganha a
aprovação de 15% dos participantes da pesquisa. Os outros 85% são contra gastar dinheiro
público em campos de futebol. A reprovação é ainda maior quando se trata de despejar altas
quantias de dinheiro - público ou não - para construir novos estádios em cidades que já têm
algum grande palco para jogos de futebol. É o que vai acontecer em São Paulo, por exemplo - o
Estádio do Morumbi, tradicionalíssimo palco do futebol brasileiro, poderia ser reformado, mas
foi preterido para que o Corinthians recebesse dinheiro público para construir um novo
estádio, cujo valor final pode ficar na casa dos 800 milhões de reais. Recife é outro exemplo de
cidade que já tem estádio mas ganhará um novo campo só por causa da Copa. Como os
investimentos parecem estar concentrados nos estádios, a população desconfia de que pouco
sobrará da Copa como real benefício para seu dia-a-dia. Um terço dos participantes da
pesquisa acredita que haverá um legado positivo para o país, sem contar os campos de
futebol. Os outros dois terços acham que não existirá avanço na infraestrutura, segurança e
outros aspectos que poderiam ser beneficiados pela Copa.

► Além da corrupção e do gasto desnecessário de dinheiro público, outra grande preocupação
do torcedor desde que a Fifa anunciou que a Copa aconteceria no Brasil é o risco de que as
obras prometidas para 2014 não fiquem prontas a tempo. E os últimos meses ajudaram a
consolidar esse temor: a própria Fifa manifestou publicamente sua irritação com a demora no
início das obras em vários estádios. Os notórios atrasos no começo das reformas e construções
tornaram-se a grande dor de cabeça dos organizadores da Copa. Hoje, só 12% dos
participantes da pesquisa proposta pelo site de VEJA acham que tudo o que foi prometido
ficará pronto em 2014. Para os outros 88%, a Copa começará com obras inacabadas ou
improvisadas. E a culpa, para a grande maioria, será do próprio poder público. Para 79%, um
possível fracasso do Mundial no Brasil deverá ser atribuído ao governo federal. A CBF
organizou a candidatura da Copa e comanda o Comitê Organizador Local, mas é apontada
como responsável por um eventual fiasco por apenas 14%. A Fifa, que entregou ao Brasil a
chance de sediar a Copa e agora faz intermináveis cobranças ao país, seria a culpada de acordo
com 4% dos leitores.

32
► Apesar da situação alarmante dos estádios projetados para o Mundial - dos doze, só quatro
estão dentro do prazo, e outros três estão muito atrasados -, esse não é o principal foco de
preocupação dos torcedores no caminho até 2014. Acostumados com uma rotina de atrasos e
apertos nos aeroportos, eles apontaram a aviação civil como setor que mais provoca temores
no momento. Entre as quatro opções apresentadas na pesquisa, os aeroportos foram
apontados pela metade das pessoas como o grande problema do país a três anos do evento.
Das doze sedes, oito têm aeroportos que operam acima de sua capacidade ideal. A conclusão
das obras em boa parte deles tem prazos perigosamente próximos da época da Copa - em sete
aeroportos, há o risco real de que o ano de 2014 comece com os terminais ainda em reforma
ou construção. A segunda opção mais votada pelos leitores também tem ligação direta com o
cotidiano das pessoas: as falhas do transporte urbano são vistas como principal problema por
29% dos participantes da pesquisa. Os estádios são apontados como o ponto crítico dos
preparativos para 2014 por 18% dos participantes da pesquisa. O quesito rede hoteleira é
motivo de preocupação para apenas 1%.

► Quando se trata de um país absolutamente fascinado por tudo o que se refere a futebol,
era de se esperar que a volta da Copa do Mundo depois de mais de seis décadas provocasse
uma enorme euforia entre os torcedores. Além da chance de ver sua seleção tentar o hexa
jogando em casa, o Brasil receberá as maiores equipes do planeta, assistirá a grandes clássicos
e acolherá torcedores de todas as partes do mundo. Esse cenário, entretanto, só empolga uma
entre cada quatro pessoas. Para os outros três quartos, a realização da Copa no Brasil não
provoca qualquer ansiedade. Da mesma forma, a chegada da maior festa do futebol ao país
provoca algum tipo de sensação positiva em apenas 27% dos leitores que responderam à

33
pesquisa. Os outros 73% afirmam que não estão satisfeitos com o fato de o país receber a
Copa.

► O ceticismo sobre a competência das autoridades na tarefa de organizar uma Copa do
Mundo já era de se prever. Igualmente esperadas - talvez não com doses tão elevadas de
pessimismo - eram as dúvidas em torno do sucesso da empreitada brasileira em 2014. Mas
pelo menos no quesito bola rolando era razoável projetar uma resposta mais confiante dos
participantes da pesquisa. A expectativa da torcida, porém, é terrível também no âmbito
esportivo. Apesar de ser a grande favorita a erguer o inédito sexto título mundial, a seleção
brasileira, por enquanto, não convence. O time vai jogar com o apoio das arquibancadas e
conta com uma geração talentosa, formada por atletas capazes de desequilibrar qualquer
partida. Ainda assim, só 17% apostam no triunfo brasileiro na finalíssima, marcada para 13 de
julho de 2014, no Maracanã, no Rio de Janeiro. Para os outros 83%, o estádio reconstruído a
um custo de 1 bilhão de reais servirá de palco para a festa de alguma outra seleção.

► As duas Copas que precedem o Mundial do Brasil foram muito diferentes entre si. A de
2006, na Alemanha, aconteceu dentro de um contexto muito mais favorável, num país com
estádios modernos e confortáveis, infraestrutura impecável e tradição na realização de
grandes competições esportivas. A de 2010, na África do Sul, teve uma organização muito mais
complicada. Só havia dois estádios próximos do grau de exigência da Fifa - todos os outros
foram construídos do zero ou totalmente remodelados. Também faltavam a experiência em
sediar eventos desse porte e um sistema de transporte capaz de aguentar a demanda de uma
Copa. Os dois Mundiais foram bem sucedidos - cada um à sua maneira, dentro de suas
possibilidades. Para os participantes da pesquisa do site de VEJA, o Brasil não fará um trabalho
tão bom quanto alemães e sul-africanos. Só 7% dizem que a Copa de 2014 será melhor que a
de 2006. Para 85%, nosso Mundial será pior que o dos alemães. Na comparação com os sul-

34
africanos, a desvantagem é menor, mas ainda assim ficamos atrás. Só 14% acham que o Brasil
fará uma Copa melhor do que a última. Para pouco mais da metade, ela será pior que a de
2010.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/para-o-torcedor-brasil-2014-vai-ser-acopa-da-corrupcao

35
71% dos brasileiros temem corrupção
em obras da Copa, revela pesquisa
Levantamento mapeou expectativas da população sobre a preparação
do Brasil para o Mundial

O brasileiro está receoso de que parte do dinheiro público usado para
financiar as obras de adequação do Brasil para a Copa do Mundo vá parar
em bolsos privados. É o que concluiu uma pesquisa inédita da
HelloResearch que investigou as expectativas da população quanto à
preparação e realização da Copa de 2014 no Brasil.
Os pesquisadores perguntaram a mil entrevistados de 70 cidades das
cinco regiões do país, se eles concordavam com a afirmação de que
haverá muito desvio de verba pública nas obras para a Copa. 71%
concordaram com a afirmação, 22% não emitiram opinião e apenas 6%
discordaram.
– Em linhas gerais o brasileiro é super cético quanto à máquina pública,
que reflete uma noção bem distorcida sobre política em si. A taxa de
desconfiança está normal. Alta, mas dentro do normal – analisa o diretor
executivo da HelloResearch e coordenador da pesquisa, Davi Bertoncello.
A impressão geral é de que haverá desvio até em áreas em que o poder
público não atua diretamente, como os investimentos em rede hoteleira e
criação de mais leitos para receber turistas durante o evento. Para 58%
dos entrevistados haverá desvio nos investimentos para rede hoteleira,
assim como nos estádios (60%), aeroportos (62%) e transporte público
(62%).
A despeito de toda desconfiança com a corrupção, 49% dos brasileiros
acreditam que esta Copa será melhor organizada que a da África do Sul.
Por outro lado, 58% discordam da liberação de bebidas alcoolicas nos
estádios, que vai acontecer nas competições Fifa.
A pesquisa concluiu também que o técnico da Seleção, Luiz Felipe Scolari,
está em alta: 63% concordaram que o treinador é a pessoa certa para
conduzir o Brasil ao hexacampeonato.
As entrevistas foram feitas com pessoas do sexo masculino e feminino, de
todas as classes sociais e faixa etária acima de 16 anos, entre fevereiro e
março deste ano.

36
Academia LANCE!
Ives Gandra Martins - advogado tributarista

Infelizmente, corrupção existe em todos os países, em toda
obra pública do mundo. Não sei se está tendo algum desvio de verba, mas
é função dos tribunais de conta fiscalizar. O O Tribunal de Contas da União
(TCU) tem procurado participar do controle com intensidade. O Ministério
Público também não está alheio ao que está acontecendo, tenho a
impressão que estamos tendo uma vigilância maior. Entendo que o Brasil
não está se preparando bem para a Copa não em função da corrupção,
mas por causa da falta de planejamento. Obras começando fora do prazo
e com projetos mal elaborados, por exemplo. Está mal preparado por
força de má gestão.
A população tem esse sentimento porque desde o episódio do Mensalão
ficou essa impressão de no país há muita corrupção. Por isso também a
importância da vigilância de órgãos como o TCU e o MP. Acredito que
estes órgãos estão mais atentos do que estavam há tempos atrás.

Fonte: http://www.lancenet.com.br/copa-do-mundo/brasileiros-corrupcao-Coparevela-pesquisa_0_932906955.html

37
BRASIL 2014 – A COPA da IMPUNIDADE, da
CORRUPÇÃO e do DESCASO com a POPULAÇÃO
Postado por yldogaucho em 11 de janeiro de 2014
Publicado em: Brasil, Opinião, POLITICAGEM. Deixe um comentário

Comunidades se ORGANIZAM PARA boicotar COPA DO
MUNDO, Manifestações ja estão marcadas com apoio do ANONIMOUS. E agora?
Vários eventos estão marcados e assim como nas manifestações de 2013 ha milhares de
presenças confirmadas. O governo federal deve estar em pânico e certamente tem agido por
baixo do pano para frear esse movimento. Mais de 10.000 homens já foram treinados para
conter manifestações violentas e ajudar a polícia de vários estados na manutenção da ordem.
Certamente causa pânico no PT a simples possibilidade de ter sua imagem afetada diante de
todo o planeta, e pior, dos eleitores que pouco depois da copa serão obrigados a “exercer a
cidadania”.

38
Estão sendo organizados também opfloodattacks, acessos em massa aos sites da Globo e
outros ligados ao evento mundial. Mas não são só os acessos e comentários em massa que
preocupam, depois da invasões em vários sites governamentais realizada por hackers ninguém
mais duvida da capacidade que estes tem de gerar uma grande confusão na época da copa do
mundo. Durante o ano passado vários sites do governo e de instituições bancárias foram
colocados offline, por várias horas técnicos do governo e de bancos, sem conseguir detectar de
onde vinham as invasões, lutavam para restabelecer as informações para os usuários.
Os sites do HSBC, Citybank, MPRJ, fazenda de São paulo e vários outros foram invadidos. Essa
semana o site http://anonopsbrazil.blogspot.com.br/ divulgou os dados de milhões de
brasileiros, segundo os editores a operação foi para mostrar a desorganização e facilidade com
que se obtém os dados de qualquer pessoa no Brasil, o site mostra em sua página principal os
dados da Presidente Dilma e José Dirceu.
Texto do anonimous divulgado na internet tenta desestimular os turistas que viriam ao Brasil
para a COPA2014. Veja abaixo:
Em 2014, o mundo viverá o “sonho brasileiro”. É o país da Copa, “tropical, abençoado por Deus
e bonito por natureza. Mas que beleza!” Que beleza? A Copa FIFA 2014 apresenta as
“atrações” implícitas também, mas essas o governo brasileiro optou por esconder do mundo.
Fazendo um tour você conhecerá um pouco mais sobre o Brasil.
Ao chegar ao país, você, turista, pode ser surpreendido por assaltos com armas de fogo. Os
registros do SIM (Subsistema de Informação sobre Mortalidade – do Ministério da Saúde)
permitem verificar que, entre 1980 e 2010, cerca de 800 mil cidadãos morreram por disparos
de algum tipo de arma de fogo. … Indo pro âmbito geral da população, classifica-se como o 7º
país com maior índice de assassinatos do MUNDO.
Sabe-se, também, outra “atração” que, infelizmente, estará em alta. Ela se chama prostituição
infantil. O Brasil é rota de turismo sexual e, segundo a UNICEF em dados de 2010, cerca de 250
mil crianças estavam se prostituindo. Se não bastasse tudo isso, ainda há a fome presente no
cotidiano de muitos brasileiros. A falta de alimento faz com que, aproximadamente, 32
milhões de pessoas passem fome, somados aos 65 milhões de pessoas que não ingerem a
quantidade mínima diária de calorias. Mesmo com o Bolsa Família, o famoso programa social
que garantiu vitória para muito político, mas que não deu garantia de acabar com a fome.
Como você pretende se locomover nas cidades que sediarão os jogos? Os meios de transporte
públicos, que são pagos, não suportam a atual quantidade de pessoas que fazem uso deles.

39
Por último, porém não menos importante, vem a precariedade na saúde pública. Observando
o tamanho das filas e a quantidade de mortes por falta de atendimento em hospitais, percebese que a necessidade de cuidar do povo como principal tesouro do país não tem sido
considerada. Na verdade, talvez a situação estivesse melhor em 1500, pois era mais fácil
encontrar um pajé ou curandeiro na rua, do que médico em hospital atualmente. O Ministério
da Saúde resolveu fazer um levantamento e pontuar de 0 a 10 a saúde no Brasil. A nota
nacional foi 5,4. Sendo que 27% do país vive com saúde classificada abaixo de 5 e a pior nota
entre os principais municípios brasileiros foi para o Rio de Janeiro: 4,3.
São essas algumas das “atrações” que o mundo vai conhecer em 2014. Mas a mídia não vai
mostrar isso para você. Então, abra seus olhos, busque informações reais, não acredite no que
é reportado pelos jornais de emissoras que compactuam com tudo isso. Os brasileiros não
estão indignados e protestando sem motivos contra a realização da Copa. Seguem mais alguns
dados que você precisa saber:
O Brasil é o país que mais paga imposto no MUNDO. Entre os impostos de retenção na fonte e
as tributações embutidas em todos os produtos que são consumidos, o valor é de 54% de tudo
que um brasileiro ganha. Imagina se o que sobra do salário do brasileiro fosse o dobro? Essas
seriam suas vidas sem impostos.
Aqui são investidos 3% do PIB (Produto Interno Bruto) em saúde. Isso dá R$ 340,00 por
brasileiro por ano. A Argentina, exemplo que aprecio por conta da proximidade geográfica e de
ser um país que vive imerso em luta popular, gasta 12% do PIB, o que significa R$ 2.500 por
argentino por ano. Só quem já teve um ente querido no SUS sabe o horror que é nossa saúde
pública.
O país que investe 4% do PIB em educação. Em um ranking realizado pela Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 65 países estudados, o Brasil ocupa a
55ª posição do ranking. A educação é uma das piores do MUNDO. O governo jogou “pérolas
aos porcos” ao prometer o lucro do pré-sal para educação, enquanto a Petrobrás mingua
deficitária (ou seja, sem lucro) e o governo leiloa os direitos para o exterior. Quantas vezes
todos nesse país ouviram “o pré sal é nosso” nos últimos anos? É, nosso, dos EUA, da China, da
Alemanha...
Investe-se 0,3% do PIB com cultura. Com um país que não investe em cultura, como se
surpreender com o quanto a mídia idiótica cria uma nação alienada ano após ano? Está tudo
bem,

contanto

que

tenha

Futebol,

Big

Brother

e

A

Fazenda.

E no meio disso tudo, o país está gastando mais em estádios na Copa do que a África do Sul e a
Alemanha juntas. Planejou-se, em 2007, o orçamento pra Copa.O que já foi gasto supera o

40
orçamento em 285%. Você prepara uma obra na sua casa, pretende gastar 10 mil reais e gasta
28.500, praticamente três vezes mais. Obras superfaturas, atrasos que geram gastos adicionais
para aceleração dos projetos na reta final, ineficiência, incompetência, CORRUPÇÃO.
Enquanto isso, Junho passou. Cadê a reforma política prometida pela presidenta Dilma? Via
plebiscito ou não, desapareceu. Não houve nenhuma mudança real no parâmetro político ou
social desde o começo dos levantes. Durante os jogos da Copa das Confederações em Junho,
todas as cidades lutaram pelo fim dos jogos. O Brasil precisa mudar, e não é no futebol. O
clamor popular de Janeiro em diante terá apenas uma voz: NÃO VAI TER COPA. Se você
também não concorda com as atitudes desse governo, junte-se a nós. Mostre que não aceita
mais este atentado à vida humana que é causada pela corrupção e falta de interesse dos
governantes deste país.
O intuito dos protestos contra a Copa 2014 é lutar pelos interesses do povo e de qualquer
pessoa que deseje um país mais justo e menos desigual. Instruir o povo, cada vez mais, a uma
democracia de verdade, participativa, cujo mesmo também governa, e não onde é governado
por supostos representantes.
Os protestos contra a Copa 2014 no Brasil apresenta cunho suprapartidário, ou seja, estão
acima dos interesses políticos de partidos específicos. Se houver alguma bandeira, que seja a
das reivindicações populares. Isto permite a união contra qualquer partido que pretenda usar
os protestos para promover as intenções de determinadas legendas ou políticos específicos.
Porém, isso não significa que deve-se rejeitar partidos no entanto esta não é uma organização
pré determinada que deve ser seguida, todo poder emana do povo e não de partidos, sem
mais. A intenção é colocar as causas populares acima deles e fazê-los repensarem seus papéis.
Antes de finalizar, é interessante ressaltar que o Brasil decreta leis arbitrárias, como a Lei de
Organizações Criminosas, para reprimir manifestações da sociedade civil. Não podemos
permitir que a repressão contra aqueles que querem mudar o país continue. Brasileiros, lutem.
Turistas, para não se decepcionarem, não venham.

Fonte: http://surfandonoassude.wordpress.com/2014/01/11/brasil-2014-a-copa-daimpunidade-da-corrupcao-e-do-descaso-com-a-populacao/

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  • 1. ETEC JOÃO BELARMINO TURISMO RECEPTIVO COPA DO TERROR GRUPO CONTRA A REALIZAÇÃO DA COPA 2014 AMPARO 2014
  • 2. ETEC JOÃO BELARMINO TURISMO RECEPTIVO Angela De Figueiredo Merola nº 2 Barbara De Carvalho E Silva nº 4 Carlos Augusto Teixeira nº 6 Cinthia Ap Murias De Oliveira nº 8 Debora Moraes Moura nº 10 Fernanda Dos Santos Lucas nº 12 Gabriela De Lima Pereira nº 14 Heloise Moretti Costa nº 16 Joyce Daiane Idalino Borges nº 18 Kariny Cechinato nº 20 Larissa Ciconato nº 22 Luana Segismundo Molessani nº 24 Luciano Bueno De Oliveira nº 28 Mariana Dias De Souza nº 30 Paulo Sergio Benedetti Junior nº 32 Rosano Parducci nº 34 Veridiana Da Silva Santos Trabaquini nº 36 Gabriel Pedrazzoli Goncalves nº 38 AMPARO 2014 2
  • 3. Sumário Introdução ..................................................................................................................................... 4 Comércio ....................................................................................................................................... 5 Hotelaria ........................................................................................................................................ 6 Saúde ............................................................................................................................................. 7 Vigilância Epidemiológica .......................................................................................................... 7 Vigilância Sanitária .................................................................................................................... 7 Infraestrutura ............................................................................................................................ 7 Turismo Sexual e Doenças Sexualmente Transmissíveis .......................................................... 8 Entrevistas ................................................................................................................................. 8 Segurança Pública ......................................................................................................................... 9 Protestos ................................................................................................................................... 9 Brigas ....................................................................................................................................... 10 Transportes ................................................................................................................................. 11 Mobilidade urbana .................................................................................................................. 12 Aeroportos .............................................................................................................................. 12 Impacto Ambiental .................................................................................................................. 13 Experiências Anteriores............................................................................................................... 15 Conclusão .................................................................................................................................... 16 Bibliografia .................................................................................................................................. 18 ANEXOS ....................................................................................................................................... 19 Relatório de Participação ........................................................................................................ 19 Figuras ..................................................................................................................................... 20 Trabalho Digitalizado............................................................................................................... 26 3
  • 4. Introdução Se o Brasil está preparado para a Copa, não parece! Faltando pouco menos de seis meses para o início da Copa do Mundo, o Brasil corre para deixar o país pronto para receber os milhares de turistas estrangeiros que são esperados durante os 30 dias do evento. Metade das arenas que irão receber os jogos ainda não está pronta, o que preocupa governantes e membros da FIFA. Porém, os problemas que devem envolver o torneio vão além dos campos de futebol, e alguns deles são fontes de preocupação para muitas entidades nacionais. Afinal, como será o deslocamento dessa massa de pessoas que irá ocupar o Brasil a partir do dia 12 de junho, e muitos de nossos aeroportos não terminaram de se adequar para o volume esperado de viajantes? Nossos sistemas de transporte urbano darão conta dessa demanda? E nossos hotéis, terão capacidade e gente preparada para atender os turistas? Além disso, há quem leve em conta a questão da segurança durante a Copa. Existem promessas de que as manifestações vistas em junho se repitam durante os jogos, com mais força e maior volume de pessoas. Com a volta do debate sobre a briga de torcidas, o medo de confrontos durante as partidas ganha força dentro das perspectivas do que pode ocorrer durante o torneio. Pensando nisso, nosso grupo elencou principais riscos que o Brasil correrá durante a Copa do Mundo, o que esperar deles, e qual seriam as soluções ideais para contorná-los. 4
  • 5. Comércio Há uma parcela grande de empresários e comerciantes que vê com receio a capacidade do mercado. Fabrizio Quirino, gestor de comunicação e marketing da Associação Comercial Empresarial do Brasil (Aceb), afirma que a falta de conhecimento do perfil de consumo dos turistas é o principal argumento contra novos investimentos do setor comercial, o que pesará negativamente na oferta de determinados produtos. “A preparação para a Copa está sendo feita pensando em atender de maneira devida essa demanda nacional e internacional. Porém, temos dois problemas a enfrentar: a falta de infraestrutura comercial e a concorrência, que será forte, o que deixa todos com o pé atrás”, destaca o gerente. Outra dificuldade que o comércio deve enfrentar também será a falta de profissionais capacitados para isso. A Associação Comercial do Paraná (ACP), no fim de 2012, anunciava projetos de capacitação dos profissionais do varejo, para garantir um atendimento de qualidade aos estrangeiros. Porém, a entidade hoje diz que não vislumbra ainda a Copa, e que projetos para o Mundial ainda serão elaborados. 5
  • 6. Hotelaria O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril deste ano, já havia publicado um estudo alertando que a quantidade de hotéis de qualidade disponíveis no país não seria suficiente para abrigar todos os visitantes. Além disso, falta mão de obra capacitada para atender esse público. Oito meses depois, pouco foi feito para melhorar esse cenário. Segundo Luiz Alberto dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Meio de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba e Região (Sindehotéis), os programas de capacitação que haviam sido prometidos pelo governo e por outros órgãos nacionais não saíram do papel. “Essa história de que iam qualificar todos do setor não deu certo. Houve iniciativas, mas não foi o suficiente”, disse. Santos ressaltou que outro problema são os altos valores das diárias que serão cobradas. “É abusivo. Há hotéis que, em dias normais cobram R$ 100, e durante a Copa terão diárias de R$ 2.000”, afirmou Santos. Algumas redes já foram notificadas pela Justiça por superfaturar as tarifas. 6
  • 7. Saúde Intoxicação alimentar, dengue, febre maculosa, doenças virais, DST, são inúmeros os riscos durante o fluxo de turistas. Vigilância Epidemiológica O renomado especialista em doenças infecciosas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, chamou atenção do mundo publicando na revista Nature, sobre o alto risco de dengue no Brasil, mais intenso no Nordeste. Por outro lado, é comum em outros países vírus que ainda não são encontrados aqui, como o arbovírus, é transmitido aos seres humanos pelos mosquitos do gênero Aedes, os mesmos da dengue, causando uma doença batizada de Chikungunya. "Este vírus está bastante presente na Ásia e apareceu com força no Caribe. Já tivemos casos no Brasil, pessoas que viajaram e voltaram com a doença. Corremos riscos de importar a Chikungunya se recebermos pessoas infectadas. Ela lembra a dengue, mas é uma doença maisarrastada e debilitante. Por se parecerem muito, isso preocupa, pois os profissionais da saúde podem confundir as duas", alerta o infectologista. Vigilância Sanitária A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em vistorias nos ESTÁDIOS durante a Copa das Confederações, identificou uma série de falhas na estrutura e na oferta de serviços, que, sem solução, representam uma ameaça à saúde do torcedor. A principal preocupação é com a própria estrutura dos estádios. "Constatamos cozinhas instaladas em locais impróprios. E a água usada para o preparo de alimentos em boa parte dos casos tinha fontes 'alternativas'", avaliou a coordenadora do Grupo de Trabalho de Eventos, Denise Resende. Infraestrutura O caos na saúde pública é notícia durante o ano todo em todo o Brasil, não temos estrutura suficiente para os brasileiros, e se estrangeiros precisarem ser atendidos? As cidades sedes 7
  • 8. terão 512 unidades móveis do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e 66 unidades de Pronto Atendimento, utilizando cerca de 10000 profissionais de saúde. Mas e fora dos estádios? Lembrando que estaremos em tempo de férias escolares, e que as famílias dessas capitais sede viajarão para outras cidades como a nossa região. E fora das sedes? Ficarão sem suporte? Turismo Sexual e Doenças Sexualmente Transmissíveis Não há como negar que o evento também vai estimular o turismo sexual e sexo casual. O infectologista adverte que, na página do Ministério do Turismo, há uma pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) com 4.000 torcedores que aponta este perfil: maioria de público masculino, na faixa etária entre 25 e 50 anos e que viaja sozinho. Esses homens todos vão voltar para suas casas, mas as doenças sexualmente transmissíveis ficarão aqui, para serem tratadas pelo SUS, onerando ainda mais o Sistema que já está um caos. Entrevistas Dra Roberta C. Robert Araújo – Diretora da Saúde de Morungaba O Brasil está preparado em relação à saúde para receber a copa do mundo? Infelizmente não, há uma grande falta de profissionais em hospitais, ambulâncias, postos de saúde, falta de medicação, leitos e profissionais sem inglês. Quais são as precauções em relação à saúde? Doenças podem ser trazidas, como a cólera (da África) e eles podem levar doenças daqui como a dengue e diarreia. O número de ambulantes sem alvará irá aumentar. E há falta de funcionários na vigilância para controlar esse aumento. Sem esquecer que está havendo uma escassez de água, e o pouco que se tem pode ser contaminado. Dra Conceição Oliveira Camilo – Diretora da Vigilância Epidemiológica de Jaguariúna Quais são as precauções em relação ao período da Copa? Além do risco de contaminação dos alimentos em restaurantes, vejo maior problema quanto aos ambulantes. A Vigilância Sanitária precisaria de mais funcionários para poder fiscalizar todos os estabelecimentos e principalmente ambulantes durante o mês de Copa. A intoxicação alimentar é um risco, mas o maior problema que vejo são as doenças que já temos erradicadas aqui, que poderão ser trazidas, como sarampo, poliomielite, podemos trocar cepas, como meningite e eles correm um grande risco com a Febre Maculosa, pois será época de mucuim em nossa região, e essa doença mata rapidamente se não for detectada a tempo, e certamente um médico estrangeiro não detectará a tempo. 8
  • 9. Segurança Pública Protestos A Copa das Confederações, em junho, ocorreu em meio à onda de protestos populares. Milhões de pessoas foram às ruas questionar os imensos gastos feitos pelo governo com a Copa, pedindo mais recursos para saúde e educação. Contudo, durante os atos pacíficos, cenas de violência e depredação das cidades também foram vistas, o que fez os representantes da FIFA hesitarem na continuidade do projeto 2014. Para o Mundial do ano que vem, há quem acredite que novos levantes serão armados. “As atenções internacionais estarão todas voltadas para cá. A grande questão que irá determinar se haverá ou não novas manifestações nas ruas será o tamanho da disposição das pessoas naquele momento”, indica Marco Antônio Villa, historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Um motivo que deve diminuir o número de protestos durante a Copa foram os atos de violência vistos em junho, que segundo Villa, tiraram o ânimo de muitos envolvidos. “Esses Black blocks afastaram muita gente das ruas. E com certeza eles estarão com receio de que novamente um protesto se torne algo violento”. Além disso, o fato de 2014 ser um ano de eleição para presidente deve contribuir para um contenção maior por parte do poder público. “Não duvido que o governo mobilize suas forças para controlar essas manifestações e diminuir suas aparições na mídia, porque eles não querem propaganda negativa às vésperas da eleição”, completa o professor. 9
  • 10. Brigas O conflito entre torcedores em Joinville, que marcou o final do Brasileiro no início do mês, reacendeu as discussões sobre os riscos da violência dentro dos estádios. Faltando um semestre para a abertura da Copa, o debate ganha novas proporções, já que a possibilidade de qualquer tipo de ocorrência durante os jogos do Mundial entra na lista de considerações do poder público. O delegado da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos da Polícia Civil do Paraná, Clóvis Galvão, ressalta que a preparação para conter esse tipo de situação já está sendo feita, em todas as esferas de segurança pública. “Essa preocupação de ocorrer confrontos está dentro do planejamento do Exército, da Polícia Federal, e das polícias civil e militar. Onde tiver movimentação de Copa estarão todas essas forças. Estão sendo feitos exercícios de possíveis problemas que podem acontecer. Tudo para estar preparado para todas as situações” ressaltou o delegado. Alguns dados se sobressaem, como:           No Iraque e no Paquistão morre menos gente de morte violenta do que no Brasil. São em média 50 mil homicídios por ano, uma base de 137 assassinatos por dia. São Paulo chegou em um nível de crime tão absurdo que passou a contar com guerrilhas urbanas. As autoridades justificam o crescimento do crime dizendo que o mundo é assim. Em casos mais violentos, se tem como exemplo o estupro de dois estrangeiros. O numero de furtos e roubos nos sistemas de metro e trem de São Paulo aumentou mais de 60%. Se caso o Brasil venha a perder a copa o país ira virar um caos. Cada vez se ouve mais brasileiros dizendo que desejam ir embora para outros países, onde há segurança. Temos como base as conseqüências ocorridas após a copa na África do Sul (gastos excessivos na construção de estádios para depois demoli-los e inflação dos preços). Policiais e bombeiros ameaçam abaixar a segurança na copa caso não haja reajuste salarial. 10
  • 11.  A ANATEL já disponibilizou no Brasil alguns números de emergência para que os estrangeiros possam ligar, mas faltam profissionais capacitados para atendê-los. Transportes Na Copa do Mundo proposta pelo Brasil à FIFA, havia a previsão de obras ambiciosas de mobilidade urbana que dariam acesso aos estádios, mas o não cumprimento das promessas nas cidades- sede colocara muitos torcedores em sistemas de transporte publico deficientes. Os planos para o Mundial previam projetos de transporte nas cidades para facilitar o acesso às arenas, onde o padrão FIFA não permite o acesso dos torcedores de carro, e os deslocamentos entre locais chave, como aeroportos e hotéis. Tidas como maior legado da Copa do Mundo, as melhorias nos sistemas de transporte urbano, usado por 84% da população do país, receberam um alto investimento do Governo Federal, via PAC da Copa, para garantir um salto na qualidade dos sistemas das cidades-sede. Ao todo, R$ 12 bilhões seriam injetados na reestruturação dos equipamentos de transporte, a fim de garantir fluidez no trânsito das capitais durante os jogos e facilidade de acesso aos turistas que vêm ao Brasil. Porém, não foi isso que aconteceu. Segundo Otávio Cunha, presidente da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), desde o anúncio do pacote, há cinco anos, até hoje, uma parte pouco significativa desse montante foi de fato aplicada. “Para se habilitar aos recursos, era necessário projetos que estivessem dentro das exigências que o Ministério das Cidades fez, o que dificultou muito as coisas”, destacou. “Vamos ficar devendo e muito aos turistas no quesito transporte. Os municípios são a favor de transformar em feriados os dias de jogo, para ajudar no tráfego, porém isso não será o suficiente. Teremos muitos gargalos ainda”. Uma solução paliativa, que teria um efeito “imediato”, seria a adoção, nas cidades em que fosse possível, do uso de faixas exclusivas para ônibus, como as que têm sido implementadas em São Paulo. 11
  • 12. Mobilidade urbana  Segundo dados dos comitês gestores locais do evento, 75,6% das obras de mobilidade previstas para o Mundial estão atrasadas ou não serão entregues para a competição. Além disso, muitas delas custarão mais caro do que o governo previu.  Oito das 53 obras de mobilidade urbana ainda não saíram sequer da fase de planejamento, os investimentos nessa área ficaram 20% abaixo do esperado para o período.  Em São Paulo o único investimento em transporte público da matriz também deixou a lista – a linha 17 Ouro do Metrô, que ligaria o aeroporto de Congonhas ao bairro do Morumbi ao custo de R$2,8 bilhões. A obra buscava facilitar o transporte de visitantes ate o estádio do Morumbi, inicialmente escolhido para sediar os jogos na cidade e posteriormente substituídos pela Arena Itaquera, em construção. Aeroportos  A maioria dos aeroportos não possui condições para receber um grande volume de passageiros. Seja no terminal, como na pista ou nos portões de embarque.  O caos e a incerteza que dominam o setor aéreo são resultados de uma serie de programas interligados. Os recursos de aérea são mal administrados; os aeroportos não têm estrutura para atender a atual demanda; faltam controladores de tráfego aéreo, e os que estão ai não tem boas condições de trabalho; os radares têm zonas cegas; as comunicações por radio falham. Basta que um desses elos da corrente não funcione para que todos os outros sejam comprometidos. Como estão todos na eminência de falhar, a vulnerabilidade do sistema- que há muito ultrapassou o seu limite – é enorme.  Aeroportos já saturados com a demanda atual. Entre as justificativas apontadas pelos gestores para o atraso ou cancelamento das obras está a burocracia, chuvas, imprevistos, disputas judiciais sobre desapropriações, impasse para obtenção de licenças, entre outros. 12
  • 13. “Não tem como escoar tanta gente com essa estrutura de transporte. É realmente preocupante esse caso. Iremos passar vergonha com essa situação se não melhorar”, disse o administrador de empresa Luiz Cadena, de 36 anos, que assistiu ao duelo Itália x Japão em Recife no ano passado. Impacto Ambiental O Brasil está prestes a sediar a Copa do Mundo de futebol e a promessa governamental é de que as cidades-sede tenham muito mais do que novos estádios. A reestruturação esperada parece não ter atingido os sistemas de coleta de lixo. Uma pesquisa realizada pela BBC Brasil comprova que as 12 cidades que receberão jogos das seleções internacionais não estão preparadas para a separação e destinação adequada dos resíduos. Em nenhum caso, os índices de reciclagem chegaram a 10%. Porto Alegre foi à cidade com melhores resultados, coletando adequadamente 9,1% do lixo produzido. O montante de resíduos produzidos nestas cidades representa 35% de toda a produção nacional, são, aproximadamente, 91 mil toneladas de lixo diário, que acabam em lixões ou aterros sanitários. Os índices de reciclagem são mínimos, se comparados à produção. A segunda cidade com o melhor coeficiente foi Belo Horizonte. A capital mineira recicla 7% de seus resíduos totais. Curitiba tem 6%, Brasília 5%, Salvador 2,1%, São Paulo 2,1%, Recife 2%, Rio de Janeiro 1,4%. As outras cidades – Fortaleza, Manaus, Natal e Cuiabá – não chegaram a ter 1% de seu lixo reciclado. Os especialistas explicam que este cenário é fruto de décadas sem que houvesse uma preocupação específica com a estruturação das cidades para o descarte ecologicamente correto do lixo. Apenas há três anos foi apoiada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina o fim dos lixões e torna os fabricantes responsáveis pelo descarte adequado das embalagens pós-consumo. Atualmente, os sistemas municipais de coleta seletiva não alcançam toda a cidade. Um dos exemplos disso acontece em São Paulo, com o programa de coleta seletiva atingindo apenas 41% dos domicílios da cidade. Mesmo que a logística funcione, muitas vezes os órgãos governamentais não conseguem dar conta de tudo o que é coletado. Em São Paulo, são 20 centrais de triagem e reciclagem, que processam diariamente 221 toneladas de lixo. Para melhorar esses números, o objetivo municipal é inaugurar mais quatro megacentrais de reciclagem que processarão diariamente 250 toneladas de resíduos cada uma. O prazo para a 13
  • 14. reestruturação expira em 2016. Em todo o Brasil, apenas 766 dos 5.565 municípios possuem programa de coleta seletiva, conforme pesquisa realizada pelo Compromisso Empresarial pela Reciclagem (Cempre). Apesar de ser baixo, o número já foi ainda pior. O órgão informa que em 1994, apenas 81 cidades brasileiras ofereciam esse tipo de serviço à população. Impacto ambiental da Copa será equivalente a consumo anual de energia em Santos! Segundo estudo de uma consultoria que trata de impactos ambientais, para que o Brasil receba a Copa do Mundo em 2014 serão emitidos 11,1 milhões de toneladas de CO2e, gás carbônico equivalente, medida para calcular os gases do efeito estufa. A quantidade é igual ao consumo de energia de 181 mil domicílios, suficiente para iluminar um município do tamanho de Santos durante um ano. Essas 11,1 milhões de toneladas emitidas se referem apenas às obras de preparação para o Mundial. Durante o torneio, que demora cerca de um mês, o consumo será de 3 milhões de toneladas de CO2e, o mesmo que cerca de 49 mil domicílios consomem em energia durante 12 meses. O Estudo de Impacto de Emissões em CO2 Equivalente da Copa 2014, da consultoria Personal CO2Zero, indica que o transporte aéreo será o maior agente de emissão durante a Copa, sendo responsável por 60% dos gases. A redução da emissão de gases geradores do efeito estufa pode ser convertida em créditos de carbono. O relatório da Personal CO2 Zero aponta que seria necessário um investimento de US$ 18,5 milhões por parte da FIFA para neutralizar o evento, considerando um crédito de carbono do mercado voluntário ao custo de US$ 5. "As emissões que não forem passíveis de redução devem ser neutralizadas por meio de apoio a projetos geradores de créditos de carbono", comentou Daniel Machado, executivo da empresa de consultoria. São Paulo, Salvador, Natal e Rio de Janeiro respondem por 56,7% das emissões estimadas, considerando a construção de estádios e investimentos em infra-estrutura (mobilidade e aeroportos). De acordo com o estudo, a Copa das Confederações (2013) e a do Mundo (2014) lançarão 804.396 mil toneladas de Gases de Efeito Estufa (GEE) apenas em Minas. Cerca de 75% dessas emissões são provenientes dos deslocamentos de avião, hospedagem e alimentação dos turistas. Essas 804 mil toneladas de GEE correspondem a um quarto do total emitido anualmente pela capital, Belo Horizonte."Por tratar-se de um país com dimensão continental, os deslocamentos aéreos serão muito utilizados, o que vai gerar muitos poluentes no ar. Segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com a Ernst & Young, é estimado que a Copa do Mundo de 2014 tenha valores assemelhados aos do percebido no evento anterior (Copa do Mundo da África/2010), cujo lançamento de dióxido de carbono na atmosfera (“pegada de carbono”) representou 2,75 milhões de toneladas de CO2, sendo 67,4% devido ao transporte aéreo internacional. 14
  • 15. “Eu acho que o futebol não tem nada a ver com a corrupção dos políticos. O futebol sempre enalteceu o Brasil. Deixa passar a Copa do Mundo e aí vamos reivindicar o que os políticos estão roubando. O futebol só traz divisa e benefícios para o Brasil", declarou o “Rei”. Em meio às manifestações ocorridas na Copa das Confederações, Pelé já havia feito o mesmo pedido e sofreu críticas de parcela da população. À época, o ídolo divulgou uma mensagem em vídeo na qual clamava: "vamos esquecer toda essa confusão que está acontecendo no Brasil e vamos pensar que a seleção brasileira é o nosso país, é o nosso sangue. Não vamos vaiar a seleção. Vamos apoiar até o final". Segundo o ídolo, Pelé... O “rei” do futebol não está preocupado com os gases, água, lixos, mares poluídos que causaram grandes problemas depois que a copa acabar. Tem como esquecer toda essa confusão? Experiências Anteriores Vale expor as experiências de outros países com a ocorrência de grandes mundiais. As estimativas sobre os impactos e legados positivos proporcionados pela realização de megaeventos esportivos como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo de futebol costumam ser extremamente otimistas. Experiências anteriores revelam que os resultados desse esforço ficam muito aquém das projeções feitas tanto pelos dirigentes esportivos quanto pelas autoridades dos países-sede. "Em geral, as avaliações são muito precárias ou levam em conta condições que dificilmente serão concretizadas", afirma o professor Marcelo Weishaupt Proni, do Instituto de Economia (IE) da Unicamp. As pessoas ficam otimistas sobre o aumento do turismo no país, sobre como o evento cria milhares de empregos e muitos podem ser beneficiados. Claro que inicialmente isso ocorre, pois muitas pessoas disponibilizam suas casas por uma renda, muitos se tornam ambulantes, desempregados viram mão de obra para a construção de estádios, mas e depois? Essas pessoas estarão novamente desempregadas e ainda mais necessitadas. Na África, em 2010, estádios foram construídos para um ou dois jogos e agora são elefantes brancos, porque eles não têm a capacidade de enchê-los em nenhum outro evento, além do que esses estádios custam milhões por ano para manutenção. A manutenção de alguns dos estádios revelou-se um fardo e alguns dos municípios afetados estão procurando maneiras inovadoras de tornar-los financeiramente sustentável. A intensificação dos custos de construção também foi um sério desafio. Alguns dos empreiteiros conspiraram na fixação de preços, uma questão que foi investigada. A passagem de turistas estrangeiros na África foi bem rápida pelo tanto de doenças que não eram conhecidas lá. Vírus estranhos abundaram novamente, como em 1995 depois do ultimo maior evento lá, de Hugby. 15
  • 16. Outro cenário que a maioria das pessoas não quer pensar sobre, mas que tem seu espaço é o aumento da PROSTITUIÇÃO INFANTIL que aconteceu na África depois da Copa 2010. Infelizmente, com o aumento de turistas estrangeiros, muitos comércios aumentaram seus preços drasticamente (como já se ouve falar no Brasil, tanto que o governo lançou uma campanha chamada “Eu jogo limpo com o Turista”). O problema é naqueles locais, os preços subiram, mas os salários da população local não aumentaram com o passar dos anos. O turista voltou e deixou a inflação, mais alta de todos os tempos. Os níveis de criminalidade continuam a subir em resultado dos altos níveis de desemprego depois da Copa aliado à economia inflacionada. Conclusão Com base em todas as pesquisas realizadas para formar este trabalho é possível concluir que o nosso país ainda possui muitas fraquezas que pesam de forma bruta, para a não realização do Mundial em 2014. Dentre tais fraquezas as que se destacam são:            Alto custo de passagens aéreas, terrestres, fluviais e ferroviárias. País continental. Limitação no entendimento de outros idiomas. Má conservação das calçadas, ruas e rodovias. Baixa capacidade para transporte de passageiros e cargas nos aeroportos. Problemas na segurança pública. Má conservação de transportes públicos. Ausência de integração dos transportes aéreo, terrestre, aquaviário e ferroviário. Pouco investimento no aprimoramento e na inovação da qualidade dos transportes rodoviários. Dificuldades de alcançar metas de custo e prazo. Falta de infraestrutura em saúde São altos os riscos de nos tornarmos uma nação com problemas ainda maiores:      Altos riscos de epidemias e pandemia Risco de morte dos visitantes por doenças endêmicas com repercussão mundial Aumento dos preços no Brasil Aumento da prostituição infantil Obras “Elefantes Brancos” que precisarão de muito dinheiro para manutenção 16
  • 17. 17
  • 18. Bibliografia      http://article.wn.com/view/2013/12/03/Brazil_s_child_sex_tourism_set_to_rise_as_ World_Cup_draws_ne/ http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-2014/atrasos-e-obras-canceladas-reduzemlegado-da-copa-em-transporte,bd682aa7dc04f310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-2014/infraestrutura-e-o-ponto-negro-dobrasil-um-ano-antes-da-copa-dizemfranceses,982e40cbaf93f310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/12/mobilidade-na-copa-tem-75-das-obrasatrasadas-ou-descartadas.html http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2013/11/08/policiais-ameacam-relaxarseguranca-na-copa/ http://shonaventer.hubpages.com/hub/The-Real-Cost-Of-The-Soccer-World-Cup-ToSouth-Africans http://tribunadoceara.uol.com.br/noticias/tag/o-preco-da-copa/ http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/sete-gargalos-para-resolver-antes-da-copa-de2014 http://www.brasil.gov.br/saude http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,anatel-determina-uso-dos-numeros911-e-112-em-chamadas-de-emergencia,1101870,0.htm http://www.forbes.com/sites/andersonantunes/2013/06/12/can-brazil-really-handlethe-2014-fifa-world-cup/ http://www.gazetadopovo.com.br http://www.uff.br/rpca/pdg/tccpdg10.pdf http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2011/ju508_pag5.php# http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1400028-na-copa-aeroporto-doceara-podera-ter-terminal-de-lona.shtml https://www.youtube.com/watch?v=uiubjjDcgjE www.estadao.com.br www.g1.globo.com www.gazetaesportiva.gov.sp.br  www.noticias.uol.com.br               18
  • 19. ANEXOS Relatório de Participação Pesquisaram sobre Transportes:    Mariana Angela Rosano Pesquisaram sobre Saúde:    Cinthia Débora Larissa Pesquisaram sobre Segurança Pública:     Gabriel Luciano Fernanda Paulo Pesquisaram sobre Impactos Ambientais:     Luciana Veridiana Gabriela Bárbara Fizeram a Introdução e pesquisaram sobre Comércio, Hotelaria e Corrupção:   Julia Camila Power Point  Veridiana e Cinthia Formatação  Gabriel Lâminas  Barbara e Luciana Documentário  Gabriela 19
  • 20. Figuras Charge Placas com in formações erradas 20
  • 22. Carrapato e Febre Maculosa Falta de infraestrutura nos hospitais 22
  • 23. Ameaça de manifestações violentas Obras inacabadas Caos no aeroporto em São Paulo 23
  • 24. Menos de 10% do lixo é reciclado no Brasil Ilusão de oportunidades Copa 2010 -África Aumento de exploração sexual durante a Copa 2010 -África 24
  • 25. Aumento da prostituição infantil Copa 2010 -África Aumento da violência e ação policial Copa 2010 -África 25
  • 27. Gastos com Copa e corrupção tomam lugar de tarifa do transporte em protestos pelo país "Copa do Mundo, eu abro mão. Quero dinheiro para a saúde e a educação!". Este e outros gritos de teor semelhante deram o tom das manifestações que tomaram as ruas das principais cidades brasileiras, de Porto Alegre a Belém, na última segunda-feira, 17 de junho de 2013. Foi o dia em que os protestos contra os aumentos nas tarifas de transporte público se tornaram também e principalmente manifestações contra o gasto de dinheiro público na organização da Copa do Mundo de 2014 e contra a corrupção. Somente com os estádios que estão sendo construídos ou reformados para o Mundial da Fifa, mais de R$ 7 bilhões, ou 163% a mais do que o previsto inicialmente, estão sendo consumidos. Deste total, 97% é dinheiro público. No último dia 17 de junho, mais de 250 mil brasileiros espalhados pelo país foram às ruas para dizer que isso é demais. A maioria dos manifestantes são jovens. As propostas não são objetivas, é difícil dizer exatamente o que querem os que foram às ruas. É certamente mais fácil dizer o que eles não querem. "Um, dois, três. Quatro, cinco, mil. Ou para a roubalheira, ou paramos o Brasil!", bradavam os manifestantes nas ruas de Belo Horizonte. E do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Salvador, de Curitiba, de Brasília, de Maceió. "Com tanta coisa para fazer no país, foram gastar essa fortuna em estádios. É o fim do mundo. Aí eles ainda têm coragem de vir com esse papo de PEC 37 e acham que todo mundo aqui é palhaço. Acorda, Brasil", conclamava Lucas Crexell, estudante, de 17 anos, um dos que subiram na 27
  • 28. laje do prédio do Legislativo federal. A PEC 37 (Projeto de Emenda Constitucional) propõe restringir o poder de investigação dos integrantes do Ministério Público e deverá ser votada pelo Congresso na semana que vem. NA BOCA DO POVO Puta que o pariu! A Fifa agora é quem manda no Brasil Grito de manifestantes em Brasília Em Fortaleza, o protesto terminou em frente ao hotel onde está concentrada a seleção brasileira. Com cartazes nas mãos e gritos, os manifestantes chamaram a atenção. A polícia acompanhou toda a situação e não houve qualquer tipo de conflito. "O ato vai se costurando no seu transcorrer. Nós vimos que seria importante, por tudo que está acontecendo em Fortaleza, vir ao hotel da seleção", disse Livíno Neto, um dos manifestantes. "Brasil, vamo acordar! Os professores valem mais do que o Neymar!", gritavam os belo-horizontinos, em frente à sede da prefeitura da cidade, depois de terem sido rechaçados com bombas e balas de borracha do cordão de isolamento determinado pela Fifa em torno do estádio do Mineirão, onde jogavam Taiti e Nigéria, pela Copa das Confederações. A manifestação na capital mineira levou mais gente às ruas do que o jogo levou ao Mineirão. NA BOCA DO POVO Brasil, vamo acordar! Os professores valem mais do que o Neymar! Grito de manifestantes em Belo Horizonte Entre os manifestantes estava o técnico de informática Daniel Sanabria, 30. Ele filmava a ação dos policiais próximo ao Mineirão quando foi atingido por uma bala de borracha na mão. Teve sorte. "Eu vi que o policial estava apontando a arma para mim, só tive tempo de proteger o rosto com a mão e a bala veio direto em mim", contou. Dois dias antes, em Brasília, manifestantes que filmavam a polícia também levaram bala de borracha na cara. * Colaboraram Aiuri Rebello, do UOL, em Brasília, e Gustavo Franceschini, do UOL, em Fortaleza 28
  • 29. Fonte: http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2013/06/18/gastos-comcopa-e-corrupcao-tomam-lugar-de-tarifa-do-transporte-em-protestos-pelo-pais.htm Para o torcedor, Brasil-2014 vai ser a 'Copa da corrupção' Uma pesquisa inédita mostra que o Mundial, por enquanto, desperta sensações profundamente negativas. Para oito em dez pessoas, país deixará imagem ruim Giancarlo Lepiani A história das Copas do Mundo ensina que receber o torneio aumenta as chances de vitória da seleção que joga em casa. Nas últimas edições, porém, esse retrospecto vem sendo contrariado - nas últimas três décadas, apenas a França, em 1998, festejou a conquista de um Mundial como país-sede. Outro benefício atribuído à realização de uma Copa é o impulso no crescimento econômico da nação que acolhe a festa. Esse efeito positivo, no entanto, também provoca controvérsia: para muitos economistas, o reforço no PIB no ano do Mundial acaba sendo pulverizado nos anos seguintes, quando os lucros colhidos com o evento desaparecem e sobram apenas as contas deixadas pelas obras monumentais exigidas pela Fifa. Existe, ainda, outro desdobramento comum de uma Copa em casa, algo que causa um impacto mais evidente e imediato, ainda que seja mais difícil de ser mensurado. Trata-se de uma injeção poderosa de confiança e orgulho nacional, que desperta na população um clima de euforia pela chance de desfilar o sucesso de seu país diante do resto do planeta. Depois do oceano de bandeiras tricolores que cobriu a Alemanha em 2006 e do rugido das vuvuzelas que uniu a África do Sul em 2010 (leia mais no quadro no fim do texto), a Copa do Mundo corre o risco de amargar seu anticlímax em 2014 - justamente num lugar fascinado pelo futebol e, segundo consta, especialista em fazer uma grande festa. Se depender das expectativas atuais da torcida, o Mundial do Brasil será uma estrepitosa decepção, talvez até um vexame internacional. Pouca gente se sente satisfeita com a Copa. Menos gente ainda está ansiosa para ver o maior evento esportivo do planeta acontecer em seu próprio país. Edição especial VEJA-Placar Organização: A Copa do Mundo é agora Artigo: Só vale mesmo pela felicidade História: Maracanã, um colosso improvisado Infraestrutura: Corrida contra o tempo 29
  • 30. Seleção brasileira: Vai faltar pressão Negócios: Na Fifa, os senhores da bola A pouco menos de três anos para o início do Mundial, o site de VEJA recorreu a seus leitores para medir a percepção da torcida sobre 2014. Numa pesquisa de opinião realizada pelo Departamento de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Abril entre os dias 20 e 25 de julho, 1.879 pessoas de todas as regiões do país responderam a doze perguntas a respeito da Copa. Os leitores foram consultados sobre os preparativos do país, sobre o papel do poder público no evento, sobre as sensações provocadas pela realização do torneio e, claro, sobre as chances da seleção brasileira. O cenário desenhado pelos resultados da sondagem é absolutamente desastroso. Em todas as doze questões propostas, a opinião majoritária sempre foi negativa. Ainda mais alarmante para a Fifa, a CBF e o governo - os responsáveis pela escolha do país como sede, pela organização da Copa e pela realização das principais obras - é a dimensão desse pessimismo. Em nenhuma questão incluída na pesquisa há equilíbrio entre as respostas positivas e negativas. As piores opções possíveis foram assinaladas por uma sólida maioria dos participantes da sondagem. As amplas margens que separam os porcentuais favoráveis e desfavoráveis do levantamento não deixam dúvidas: hoje, a Copa do Mundo de 2014 não empolga nem cativa o torcedor, desperta temores sobre a imagem do brasileiro no exterior e provoca insatisfação por causa do gasto excessivo e pouco inteligente de dinheiro público nas obras. A 34 meses da abertura, marcada para 12 de junho, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, ainda há tempo de sobra para que essas opiniões se amenizem - principalmente se as obras enfim começarem a avançar de verdade. É de se esperar, aliás, que o brasileiro se anime um pouco mais quando o clima da Copa começar a ser sentido. Até agora, entretanto, o Mundial é um fiasco, conforme revelam os números detalhados a seguir. ► Um dos principais argumentos dos defensores dos benefícios da realização da Copa do Mundo no Brasil é a oportunidade rara de mostrar as virtudes do país ao resto do mundo. Em alta no cenário econômico e com relevância crescente na comunidade internacional, o Brasil poderia aproveitar o Mundial para se reinventar diante das outras nações, deixando para trás sua velha imagem do país de um futuro que nunca chega. Para 78% dos participantes da pesquisa, porém, os torcedores que virão ao país em 2014 voltarão para casa com uma percepção ruim do Brasil. Só duas entre cada dez pessoas acreditam que a imagem geral da Copa do Mundo será positiva. 30
  • 31. ► Os Mundiais de futebol costumam causar associações positivas na cabeça dos torcedores mesmo quando sua seleção não é a campeã. Palavras como "vitória", "festa" e "sucesso", por exemplo, são frequentemente relacionadas com a experiência de participar de uma Copa. Conforme os leitores, no entanto, há outros termos - muito mais negativos - que se encaixam melhor no contexto da Copa de 2014. Entre as seis palavras propostas pela pesquisa, três eram negativas e três, positivas. A campeã disparada foi talvez a mais forte e grave opção apresentada. Com a convicção geral de que haverá desvio de dinheiro público, superfaturamento de obras, troca de favores entre os envolvidos na organização e desperdício de recursos, o termo "corrupção" foi citado por sete entre cada dez pessoas para definir a Copa do Mundo no Brasil. Talvez por isso mesmo, o segundo termo mais citado é outro que carrega sentido muito negativo. "Decepção", para 12% dos participantes da pesquisa, é a palavra do Mundial. Provavelmente uma referência a tudo aquilo que o brasileiro esperaria de uma Copa em casa - como "festa" (o termo citado por 7%), "sucesso" (3%) e "vitória" (apenas 2%). ► Foi a primeira promessa quebrada da Copa do Mundo no Brasil: quando o país foi escolhido para sediar o torneio, o governo e a CBF tentaram contornar as críticas pelo altíssimo gasto 31
  • 32. necessário para fazer um Mundial dizendo que, aqui, todas as obras nos estádios seriam realizadas pela iniciativa privada ou através de parcerias com o poder público. Logo ficou bem claro, no entanto, que isso seria impossível. E começou o festival da gastança de verbas públicas na construção e na reforma dos palcos da Copa. Esse expediente, porém, só ganha a aprovação de 15% dos participantes da pesquisa. Os outros 85% são contra gastar dinheiro público em campos de futebol. A reprovação é ainda maior quando se trata de despejar altas quantias de dinheiro - público ou não - para construir novos estádios em cidades que já têm algum grande palco para jogos de futebol. É o que vai acontecer em São Paulo, por exemplo - o Estádio do Morumbi, tradicionalíssimo palco do futebol brasileiro, poderia ser reformado, mas foi preterido para que o Corinthians recebesse dinheiro público para construir um novo estádio, cujo valor final pode ficar na casa dos 800 milhões de reais. Recife é outro exemplo de cidade que já tem estádio mas ganhará um novo campo só por causa da Copa. Como os investimentos parecem estar concentrados nos estádios, a população desconfia de que pouco sobrará da Copa como real benefício para seu dia-a-dia. Um terço dos participantes da pesquisa acredita que haverá um legado positivo para o país, sem contar os campos de futebol. Os outros dois terços acham que não existirá avanço na infraestrutura, segurança e outros aspectos que poderiam ser beneficiados pela Copa. ► Além da corrupção e do gasto desnecessário de dinheiro público, outra grande preocupação do torcedor desde que a Fifa anunciou que a Copa aconteceria no Brasil é o risco de que as obras prometidas para 2014 não fiquem prontas a tempo. E os últimos meses ajudaram a consolidar esse temor: a própria Fifa manifestou publicamente sua irritação com a demora no início das obras em vários estádios. Os notórios atrasos no começo das reformas e construções tornaram-se a grande dor de cabeça dos organizadores da Copa. Hoje, só 12% dos participantes da pesquisa proposta pelo site de VEJA acham que tudo o que foi prometido ficará pronto em 2014. Para os outros 88%, a Copa começará com obras inacabadas ou improvisadas. E a culpa, para a grande maioria, será do próprio poder público. Para 79%, um possível fracasso do Mundial no Brasil deverá ser atribuído ao governo federal. A CBF organizou a candidatura da Copa e comanda o Comitê Organizador Local, mas é apontada como responsável por um eventual fiasco por apenas 14%. A Fifa, que entregou ao Brasil a chance de sediar a Copa e agora faz intermináveis cobranças ao país, seria a culpada de acordo com 4% dos leitores. 32
  • 33. ► Apesar da situação alarmante dos estádios projetados para o Mundial - dos doze, só quatro estão dentro do prazo, e outros três estão muito atrasados -, esse não é o principal foco de preocupação dos torcedores no caminho até 2014. Acostumados com uma rotina de atrasos e apertos nos aeroportos, eles apontaram a aviação civil como setor que mais provoca temores no momento. Entre as quatro opções apresentadas na pesquisa, os aeroportos foram apontados pela metade das pessoas como o grande problema do país a três anos do evento. Das doze sedes, oito têm aeroportos que operam acima de sua capacidade ideal. A conclusão das obras em boa parte deles tem prazos perigosamente próximos da época da Copa - em sete aeroportos, há o risco real de que o ano de 2014 comece com os terminais ainda em reforma ou construção. A segunda opção mais votada pelos leitores também tem ligação direta com o cotidiano das pessoas: as falhas do transporte urbano são vistas como principal problema por 29% dos participantes da pesquisa. Os estádios são apontados como o ponto crítico dos preparativos para 2014 por 18% dos participantes da pesquisa. O quesito rede hoteleira é motivo de preocupação para apenas 1%. ► Quando se trata de um país absolutamente fascinado por tudo o que se refere a futebol, era de se esperar que a volta da Copa do Mundo depois de mais de seis décadas provocasse uma enorme euforia entre os torcedores. Além da chance de ver sua seleção tentar o hexa jogando em casa, o Brasil receberá as maiores equipes do planeta, assistirá a grandes clássicos e acolherá torcedores de todas as partes do mundo. Esse cenário, entretanto, só empolga uma entre cada quatro pessoas. Para os outros três quartos, a realização da Copa no Brasil não provoca qualquer ansiedade. Da mesma forma, a chegada da maior festa do futebol ao país provoca algum tipo de sensação positiva em apenas 27% dos leitores que responderam à 33
  • 34. pesquisa. Os outros 73% afirmam que não estão satisfeitos com o fato de o país receber a Copa. ► O ceticismo sobre a competência das autoridades na tarefa de organizar uma Copa do Mundo já era de se prever. Igualmente esperadas - talvez não com doses tão elevadas de pessimismo - eram as dúvidas em torno do sucesso da empreitada brasileira em 2014. Mas pelo menos no quesito bola rolando era razoável projetar uma resposta mais confiante dos participantes da pesquisa. A expectativa da torcida, porém, é terrível também no âmbito esportivo. Apesar de ser a grande favorita a erguer o inédito sexto título mundial, a seleção brasileira, por enquanto, não convence. O time vai jogar com o apoio das arquibancadas e conta com uma geração talentosa, formada por atletas capazes de desequilibrar qualquer partida. Ainda assim, só 17% apostam no triunfo brasileiro na finalíssima, marcada para 13 de julho de 2014, no Maracanã, no Rio de Janeiro. Para os outros 83%, o estádio reconstruído a um custo de 1 bilhão de reais servirá de palco para a festa de alguma outra seleção. ► As duas Copas que precedem o Mundial do Brasil foram muito diferentes entre si. A de 2006, na Alemanha, aconteceu dentro de um contexto muito mais favorável, num país com estádios modernos e confortáveis, infraestrutura impecável e tradição na realização de grandes competições esportivas. A de 2010, na África do Sul, teve uma organização muito mais complicada. Só havia dois estádios próximos do grau de exigência da Fifa - todos os outros foram construídos do zero ou totalmente remodelados. Também faltavam a experiência em sediar eventos desse porte e um sistema de transporte capaz de aguentar a demanda de uma Copa. Os dois Mundiais foram bem sucedidos - cada um à sua maneira, dentro de suas possibilidades. Para os participantes da pesquisa do site de VEJA, o Brasil não fará um trabalho tão bom quanto alemães e sul-africanos. Só 7% dizem que a Copa de 2014 será melhor que a de 2006. Para 85%, nosso Mundial será pior que o dos alemães. Na comparação com os sul- 34
  • 35. africanos, a desvantagem é menor, mas ainda assim ficamos atrás. Só 14% acham que o Brasil fará uma Copa melhor do que a última. Para pouco mais da metade, ela será pior que a de 2010. Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/para-o-torcedor-brasil-2014-vai-ser-acopa-da-corrupcao 35
  • 36. 71% dos brasileiros temem corrupção em obras da Copa, revela pesquisa Levantamento mapeou expectativas da população sobre a preparação do Brasil para o Mundial O brasileiro está receoso de que parte do dinheiro público usado para financiar as obras de adequação do Brasil para a Copa do Mundo vá parar em bolsos privados. É o que concluiu uma pesquisa inédita da HelloResearch que investigou as expectativas da população quanto à preparação e realização da Copa de 2014 no Brasil. Os pesquisadores perguntaram a mil entrevistados de 70 cidades das cinco regiões do país, se eles concordavam com a afirmação de que haverá muito desvio de verba pública nas obras para a Copa. 71% concordaram com a afirmação, 22% não emitiram opinião e apenas 6% discordaram. – Em linhas gerais o brasileiro é super cético quanto à máquina pública, que reflete uma noção bem distorcida sobre política em si. A taxa de desconfiança está normal. Alta, mas dentro do normal – analisa o diretor executivo da HelloResearch e coordenador da pesquisa, Davi Bertoncello. A impressão geral é de que haverá desvio até em áreas em que o poder público não atua diretamente, como os investimentos em rede hoteleira e criação de mais leitos para receber turistas durante o evento. Para 58% dos entrevistados haverá desvio nos investimentos para rede hoteleira, assim como nos estádios (60%), aeroportos (62%) e transporte público (62%). A despeito de toda desconfiança com a corrupção, 49% dos brasileiros acreditam que esta Copa será melhor organizada que a da África do Sul. Por outro lado, 58% discordam da liberação de bebidas alcoolicas nos estádios, que vai acontecer nas competições Fifa. A pesquisa concluiu também que o técnico da Seleção, Luiz Felipe Scolari, está em alta: 63% concordaram que o treinador é a pessoa certa para conduzir o Brasil ao hexacampeonato. As entrevistas foram feitas com pessoas do sexo masculino e feminino, de todas as classes sociais e faixa etária acima de 16 anos, entre fevereiro e março deste ano. 36
  • 37. Academia LANCE! Ives Gandra Martins - advogado tributarista Infelizmente, corrupção existe em todos os países, em toda obra pública do mundo. Não sei se está tendo algum desvio de verba, mas é função dos tribunais de conta fiscalizar. O O Tribunal de Contas da União (TCU) tem procurado participar do controle com intensidade. O Ministério Público também não está alheio ao que está acontecendo, tenho a impressão que estamos tendo uma vigilância maior. Entendo que o Brasil não está se preparando bem para a Copa não em função da corrupção, mas por causa da falta de planejamento. Obras começando fora do prazo e com projetos mal elaborados, por exemplo. Está mal preparado por força de má gestão. A população tem esse sentimento porque desde o episódio do Mensalão ficou essa impressão de no país há muita corrupção. Por isso também a importância da vigilância de órgãos como o TCU e o MP. Acredito que estes órgãos estão mais atentos do que estavam há tempos atrás. Fonte: http://www.lancenet.com.br/copa-do-mundo/brasileiros-corrupcao-Coparevela-pesquisa_0_932906955.html 37
  • 38. BRASIL 2014 – A COPA da IMPUNIDADE, da CORRUPÇÃO e do DESCASO com a POPULAÇÃO Postado por yldogaucho em 11 de janeiro de 2014 Publicado em: Brasil, Opinião, POLITICAGEM. Deixe um comentário Comunidades se ORGANIZAM PARA boicotar COPA DO MUNDO, Manifestações ja estão marcadas com apoio do ANONIMOUS. E agora? Vários eventos estão marcados e assim como nas manifestações de 2013 ha milhares de presenças confirmadas. O governo federal deve estar em pânico e certamente tem agido por baixo do pano para frear esse movimento. Mais de 10.000 homens já foram treinados para conter manifestações violentas e ajudar a polícia de vários estados na manutenção da ordem. Certamente causa pânico no PT a simples possibilidade de ter sua imagem afetada diante de todo o planeta, e pior, dos eleitores que pouco depois da copa serão obrigados a “exercer a cidadania”. 38
  • 39. Estão sendo organizados também opfloodattacks, acessos em massa aos sites da Globo e outros ligados ao evento mundial. Mas não são só os acessos e comentários em massa que preocupam, depois da invasões em vários sites governamentais realizada por hackers ninguém mais duvida da capacidade que estes tem de gerar uma grande confusão na época da copa do mundo. Durante o ano passado vários sites do governo e de instituições bancárias foram colocados offline, por várias horas técnicos do governo e de bancos, sem conseguir detectar de onde vinham as invasões, lutavam para restabelecer as informações para os usuários. Os sites do HSBC, Citybank, MPRJ, fazenda de São paulo e vários outros foram invadidos. Essa semana o site http://anonopsbrazil.blogspot.com.br/ divulgou os dados de milhões de brasileiros, segundo os editores a operação foi para mostrar a desorganização e facilidade com que se obtém os dados de qualquer pessoa no Brasil, o site mostra em sua página principal os dados da Presidente Dilma e José Dirceu. Texto do anonimous divulgado na internet tenta desestimular os turistas que viriam ao Brasil para a COPA2014. Veja abaixo: Em 2014, o mundo viverá o “sonho brasileiro”. É o país da Copa, “tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza. Mas que beleza!” Que beleza? A Copa FIFA 2014 apresenta as “atrações” implícitas também, mas essas o governo brasileiro optou por esconder do mundo. Fazendo um tour você conhecerá um pouco mais sobre o Brasil. Ao chegar ao país, você, turista, pode ser surpreendido por assaltos com armas de fogo. Os registros do SIM (Subsistema de Informação sobre Mortalidade – do Ministério da Saúde) permitem verificar que, entre 1980 e 2010, cerca de 800 mil cidadãos morreram por disparos de algum tipo de arma de fogo. … Indo pro âmbito geral da população, classifica-se como o 7º país com maior índice de assassinatos do MUNDO. Sabe-se, também, outra “atração” que, infelizmente, estará em alta. Ela se chama prostituição infantil. O Brasil é rota de turismo sexual e, segundo a UNICEF em dados de 2010, cerca de 250 mil crianças estavam se prostituindo. Se não bastasse tudo isso, ainda há a fome presente no cotidiano de muitos brasileiros. A falta de alimento faz com que, aproximadamente, 32 milhões de pessoas passem fome, somados aos 65 milhões de pessoas que não ingerem a quantidade mínima diária de calorias. Mesmo com o Bolsa Família, o famoso programa social que garantiu vitória para muito político, mas que não deu garantia de acabar com a fome. Como você pretende se locomover nas cidades que sediarão os jogos? Os meios de transporte públicos, que são pagos, não suportam a atual quantidade de pessoas que fazem uso deles. 39
  • 40. Por último, porém não menos importante, vem a precariedade na saúde pública. Observando o tamanho das filas e a quantidade de mortes por falta de atendimento em hospitais, percebese que a necessidade de cuidar do povo como principal tesouro do país não tem sido considerada. Na verdade, talvez a situação estivesse melhor em 1500, pois era mais fácil encontrar um pajé ou curandeiro na rua, do que médico em hospital atualmente. O Ministério da Saúde resolveu fazer um levantamento e pontuar de 0 a 10 a saúde no Brasil. A nota nacional foi 5,4. Sendo que 27% do país vive com saúde classificada abaixo de 5 e a pior nota entre os principais municípios brasileiros foi para o Rio de Janeiro: 4,3. São essas algumas das “atrações” que o mundo vai conhecer em 2014. Mas a mídia não vai mostrar isso para você. Então, abra seus olhos, busque informações reais, não acredite no que é reportado pelos jornais de emissoras que compactuam com tudo isso. Os brasileiros não estão indignados e protestando sem motivos contra a realização da Copa. Seguem mais alguns dados que você precisa saber: O Brasil é o país que mais paga imposto no MUNDO. Entre os impostos de retenção na fonte e as tributações embutidas em todos os produtos que são consumidos, o valor é de 54% de tudo que um brasileiro ganha. Imagina se o que sobra do salário do brasileiro fosse o dobro? Essas seriam suas vidas sem impostos. Aqui são investidos 3% do PIB (Produto Interno Bruto) em saúde. Isso dá R$ 340,00 por brasileiro por ano. A Argentina, exemplo que aprecio por conta da proximidade geográfica e de ser um país que vive imerso em luta popular, gasta 12% do PIB, o que significa R$ 2.500 por argentino por ano. Só quem já teve um ente querido no SUS sabe o horror que é nossa saúde pública. O país que investe 4% do PIB em educação. Em um ranking realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 65 países estudados, o Brasil ocupa a 55ª posição do ranking. A educação é uma das piores do MUNDO. O governo jogou “pérolas aos porcos” ao prometer o lucro do pré-sal para educação, enquanto a Petrobrás mingua deficitária (ou seja, sem lucro) e o governo leiloa os direitos para o exterior. Quantas vezes todos nesse país ouviram “o pré sal é nosso” nos últimos anos? É, nosso, dos EUA, da China, da Alemanha... Investe-se 0,3% do PIB com cultura. Com um país que não investe em cultura, como se surpreender com o quanto a mídia idiótica cria uma nação alienada ano após ano? Está tudo bem, contanto que tenha Futebol, Big Brother e A Fazenda. E no meio disso tudo, o país está gastando mais em estádios na Copa do que a África do Sul e a Alemanha juntas. Planejou-se, em 2007, o orçamento pra Copa.O que já foi gasto supera o 40
  • 41. orçamento em 285%. Você prepara uma obra na sua casa, pretende gastar 10 mil reais e gasta 28.500, praticamente três vezes mais. Obras superfaturas, atrasos que geram gastos adicionais para aceleração dos projetos na reta final, ineficiência, incompetência, CORRUPÇÃO. Enquanto isso, Junho passou. Cadê a reforma política prometida pela presidenta Dilma? Via plebiscito ou não, desapareceu. Não houve nenhuma mudança real no parâmetro político ou social desde o começo dos levantes. Durante os jogos da Copa das Confederações em Junho, todas as cidades lutaram pelo fim dos jogos. O Brasil precisa mudar, e não é no futebol. O clamor popular de Janeiro em diante terá apenas uma voz: NÃO VAI TER COPA. Se você também não concorda com as atitudes desse governo, junte-se a nós. Mostre que não aceita mais este atentado à vida humana que é causada pela corrupção e falta de interesse dos governantes deste país. O intuito dos protestos contra a Copa 2014 é lutar pelos interesses do povo e de qualquer pessoa que deseje um país mais justo e menos desigual. Instruir o povo, cada vez mais, a uma democracia de verdade, participativa, cujo mesmo também governa, e não onde é governado por supostos representantes. Os protestos contra a Copa 2014 no Brasil apresenta cunho suprapartidário, ou seja, estão acima dos interesses políticos de partidos específicos. Se houver alguma bandeira, que seja a das reivindicações populares. Isto permite a união contra qualquer partido que pretenda usar os protestos para promover as intenções de determinadas legendas ou políticos específicos. Porém, isso não significa que deve-se rejeitar partidos no entanto esta não é uma organização pré determinada que deve ser seguida, todo poder emana do povo e não de partidos, sem mais. A intenção é colocar as causas populares acima deles e fazê-los repensarem seus papéis. Antes de finalizar, é interessante ressaltar que o Brasil decreta leis arbitrárias, como a Lei de Organizações Criminosas, para reprimir manifestações da sociedade civil. Não podemos permitir que a repressão contra aqueles que querem mudar o país continue. Brasileiros, lutem. Turistas, para não se decepcionarem, não venham. Fonte: http://surfandonoassude.wordpress.com/2014/01/11/brasil-2014-a-copa-daimpunidade-da-corrupcao-e-do-descaso-com-a-populacao/ 41
  • 42. 42