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malesque
afligem
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saúde?
Painel Viver fechou o Agenda Araraquara e teve a
saúde como tema de discussão. Dos problemas
apontados estão a falta de recursos, má formação
dos profissionais da saúde, corrupção
(existe e não é pouca) e a incapacidade de os
diversos órgãos envolvidos conversarem sobre o
tema. Mas, sobretudo, chegou-se à conclusão
de que falta, mesmo, é bom senso.
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queafligema
nossasaúde?
O Painel Viver fechou o Agenda Araraquara e teve a
saúde como tema de discussão. Problemas apontados:
a falta de recursos, a má formação
dos profissionais da saúde, a corrupção
(“existe de fato”) e a incapacidade de os
diversos órgãos envolvidos conversarem sobre o tema.
Mas, sobretudo, chegou-se à conclusão
de que falta, mesmo, é bom senso.
DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015
1ª Edição 2015 Compromisso com o futuro
2 DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015
PRODUZIR
VIVER
O que está errado
com o nosso Sistema
Único de Saúde?
Onde estão os Gargalos
do SUS? Como combater
a Corrupção?
Em um mundo globalizado,
a criatividade será
um bem imprescindível para
as cidades
OUTUBRO
16
José Sebastião dos SantosMédico, especialista em Gestão da Saúde e
ex-secretário de Saúde de Ribeirão Preto, falou
sobre os problemas do SUS. Mas, acima de tudo,
mostrou onde podem estar as possíveis soluções.
O painel Viver do Agen-
da Araraquara falou sobre
a saúde no Brasil e no mu-
nicípio. Em pouco mais de
uma hora, o especialista em
Gestão da Saúde e ex-secre-
tário da pasta em Ribeirão
Preto (2005-2006), José Se-
bastião dos Santos, apontou
os principais problemas do
sistema de saúde pública no
País. E as revelações não fo-
ram nada boas.
Ao falar sobre a soma
de problemas estruturais e
conjunturais, Santos mos-
trou que questões como a
falta de planejamento, cor-
rupção, má formação dos
profissionais, falta de recur-
sos e má gestão dos exis-
tentes formam um conjunto
perverso que ganham for-
ma nas intermináveis filas
de brasileiros à espera de
atendimento nas unidades
de saúde.
Além da palestra de Se-
bastião dos Santos, um dos
destaques do painel foi a
participação do público, so-
bretudo com a apresenta-
ção de diversas sugestões
(veja texto na página 8).
Apesar do diagnóstico
nada otimista, o próprio Se-
bastião dos Santos disse que
nem tudo está perdido. “As-
sim como a democracia, o
SUS no Brasil tem falhas,
mas ainda é o melhor siste-
ma que temos”, disse.
Painelfazaradiografiado
sistemapúblicodesaúde
Fatores como corrupção e má gestão de recursos afetam qualidade do SUS
Ana Carla FonsecaA economista, primeira doutora brasileira em
Urbanismo e consultora da ONU, falou sobre a
necessidade de cidades e regiões agregarem valor
com investimentos em atividades ligadas à própria
cultura e à criatividade, em geral.
FOTOS MARCOS LEANDRO / TRIBUNA ARARAQUARA
Especial
REPORTAGEM
José Manuel Lourenço
EDIÇÃO DE ARTE
Daniel Torrieri
EDIÇÃO DE FOTOGRAFIA
Mariana Martins
TRATAMENTO DE IMAGENS
Francieli Flamarini
OUTUBRO
30
EMPRESA JORNALÍSTICA TRIBUNA
ARARAQUARA LTDA.
DEPARTAMENTO COMERCIAL
comercial@tribunaimpressa.com.br
TELEFONE
(16) 3303-3320
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Antonio Carlos Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira Filho
André Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira Neto
Marcos Frateschi
Fernando Corrêa da Silva
DIRETOR GERAL
Rafael Corrêa
DIRETOR EXECUTIVO
Paulo Brasileiro
DIRETOR EDITORIAL
Josué Suzuki
3DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015
Quero dar
os parabéns ao
grupo EPTV pela
inciativa. Penso
que esse é o papel
da imprensa
responsável,
comprometida
com a
sociedade,
que não
só noticia.
EDINHO SILVA
MINISTRO DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO
SOCIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
JOÃO BAPTISTA GALHARDO JR.
JUIZ DA FAZENDA PÚBLICA DE ARARAQUARA
ANDRÉ COUTINHO NOGUEIRA
DIRETOR DO GRUPO EPTV
Tenho certeza de que hoje
damos um grande passo para
a melhoria da saúde pública
em Araraquara.
O nosso objetivo
com o Agenda
é, sobretudo,
responder à
pergunta “Que tipo
de futuro queremos
para Araraquara?”.
FOTOSMARCOSLEANDRO/TRIBUNAARARAQUARA
O nosso objetivo
pergunta “Que tipo
de futuro queremos
para Araraquara?”.
grupo EPTV pela
que esse é o papel
FOTOSMARCOSLEANDRO/TRIBUNAARARAQUARA
4 DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015
FRANÇA
US$ 3.013
BRASIL
US$ 431
REINO UNIDO
US$ 2.843
ARGENTINA
US$ 921
GASTOS NACIONAIS COM A SAÚDE
Quanto cada país aplica no setor, por pessoa
SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE
Onde estão os problemas
GASTOS COM SAÚDE
Total, por setor
O QUE PODE SER
FEITO PARA
TORNAR A
SAÚDE
MELHOR
SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE
Gastos com a saúde no Brasil em 2014
1) Insuficiência de
financiamento do setor
2) Insuficiências quantitativas e
qualitativas dos recursos humanos
3) Deficiências da gestão dos
serviços e sistemas de saúde
R$ 448,1
BILHÕES
GASTO PÚBLICO
R$ 216,2
BILHÕES
GASTO PRIVADO
R$ 231,9
BILHÕES
COMBATER A
CORRUPÇÃO
MELHORAR O
DIAGNÓSTICO DE
NECESSIDADES
MELHORAR E
DIVERSIFICAR A
OFERTA DE
SERVIÇOS
IMPLANTAR
PROTOCOLOS
CLÍNICOS E DE
GESTÃO
ADEQUAR A
COMPRA DE
EQUIPAMENTOS,
MATERIAIS E
MEDICAMENTOS
PLANOS/SEGUROS
28,4%
R$ 127,2 BILHÕES
DEMAIS GASTOS
7,2%
R$ 32,2 BILHÕES
MUNICÍPIOS
15%
R$ 67
BILHÕES
ESTADOS/DF
12,8%
R$ 57,3
BILHÕES
UNIÃO
20,5%
R$ 91,9
BILHÕES
MEDICAMENTOS
16,2%
R$ 72,5
BILHÕES
5DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015
6 DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015
Durante pouco mais de
uma hora, o médico Jo-
sé Sebastião dos Santos
apresentou o cenário pre-
ocupante da saúde no Pa-
ís. Entre os pontos desta-
cados por ele, três se des-
tacaram: insuficiência de
financiamento do setor,
insuficiências quantitavi-
vas e qualitativas dos re-
cursos humanos e defici-
ências da gestão dos se-
viços e sistemas de saúde.
Alguns problemas as-
sumiram uma dimensão
inesperada, como os que
envolvem a classe médi-
ca.
Entre as deficiências
apontadas estão a forma-
ção inadequada, relações
SaúdenoBra s
Temechama- -
VIVER
“Não é possível que,
em Araraquara, o
banco de leite precise
tanto de mães para
poder doar o leite e
que os médicos dos
postos de saúde que
fazem o pré-natal não
informem sobre isso.
“Mais da metade
dos diabéticos
que atendemos
não aderiram ao
tratamento. Mas fui
olhar as prescrições
dos médicos, e
percebemos que 86%
delas eram ilegíveis
ALINE VIDAL
ASSISTENTE FINANCEIRA
SÍLVIA CAVALHEIRO
FARMACÊUTICA
Faltam leitos em
Araraquara?
Para o secretário de Saúde,
Carlos Camargo,Araraquara
não há falta de leitos.“O que
faltam são leitos em clínica
médica “, disse. Segundo ele,
dos 91 leitos atualmente
disponibilizados no
contrato com a Santa Casa,
só 23 são desse tipo.
Cidade tem de pensar em
política voltada para o idoso
Para o provedor da Santa Casa,Valter
Cury Rodrigues, o município tem de
mudar o enfoque da sua política
de saúde e pôr o idoso no centro
das prioridades.“Hoje, 60% dos
atendimentos na Santa Casa são de
pessoas acima de 60 anos”.
E a Beneficência Portuguesa?
Um dos pontos surgidos do debate disse
respeito ao futuro desse hospital. O presidente
do Conselho Deliberativo da instituição, Moacir
Rodrigues, fez uma intervenção emocionada
solicitando ajuda para a recuperação do
“hospital-fantasma”, como o chamou. A
Beneficência tem cerca de 100 leitos ociosos.
A Gota de Leite gasta muito?
Tanto o promotor Raul de Mello Franco Jr. como
o provedor da Santa Casa, Valter Cury Rodrigues,
afirmaram que os gastos da Prefeitura com a
maternidade são altos. Ambos destacaram a
excelência dos serviços mas, segundo Cury, os
R$ 26,4 milhões previstos em orçamento para o
próximo ano são excessivos.
“O investimento que a
Beneficência precisa:
é só pegar um balde,
um pano, limpar tudo
e começar a trabalhar.
Não são necessários
milhões de reais em
investimentos para a
sua reativação.
MOACIR RODRIGUES
BENEFICÊNCIA PORTUGUESA
A radiografia do Sistema Público de Saúde, feita p
grande parte dos probloemas existentes podem s
FOTOS MARCOS LEANDRO / TRIBUNA ARARAQUARA
7DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015
a siltemjeito?
- -sebomsenso
“Alguém falou
aqui que não tem
corrupção. Claro que
existe corrupção na
saúde. Olha, eu vou ser
mais contundente: há
corrupção na saúde em
Araraquara.
“Secretário, faça
protocolos clínicos
na nossa cidade,
para dizer ao paciente
como fazer o seu
atendimento, onde ser
atendido e com quem
falar.
RAUL DE MELLO FRANCO JR.
PROMOTOR DE JUSTIÇA
JOÃO BAPTISTA GALHARDO JR.
JUIZ
“Uma das ideias que
devemos aproveitar
é a possibilidade de
fazermos parcerias
com as universidades,
utilizar o saber
específico que têm para
ajudar a sociedade.
COCA FERRAZ
ENGENHEIRO
a pelo médico Sebastião dos Santos, mostrou que
m ser resolvidos com procedimentos simples.
bastante questionáveis
com as grandes empresas
de tecnologia e de medi-
camentos e uma mistura
de atitudes que poderiam
ser resumidas na palavra
“arrogância”.
Para Santos, grande
parte dos gargalos no sis-
tema de saúde proderiam
ser evitados se os médi-
cos simplesmente paras-
sem para ouvir os seus
pacientes e conversassem
com eles.
Por isso, de todas as
propostas feitas para me-
lhorar o sistema, como a
unificação dos processos
de informação ou a apli-
cação de protocolos clíni-
cos, a mais importante foi
também a mais simples:
basta usar o bom senso.
Órgãos públicos têm
de conversar mais
O promotor de Justiça da
Cidadania, Raul de Mello Franco
Jr., citou uma espécie de ‘diálogo
de surdos’ na relação entre os
vários órgãos da saúde, nos
níveis municipal, estadual e
federal.‘Um não sabe o que
o outro está fazendo e isso
prejudica o usuário’, disse.
Saúde suplementar
também tem problemas
O presidente da Unimed
local, Sílvio Cardoso, disse
que a saúde suplementar tem
problemas semelhantes da área
pública e fez um alerta: se esse
sistema entrar em colapso, as
consequências para o sistema
público serão catastróficas.
Saúde mental deve ter
políticas específicas
Dados da OMS apresentados no
painel mostraram que, das dez
doenças que mais incapacitam,
quatro estão ligadas à saúde
mental. Vários espectadores
propuseram a criação de uma
política que abranja todas as
etapas do tratamento.
A importância das regras
O juiz João Baptista Galhardo Jr. apontou a
necessidade de o atendimento ao usuário do sistema
público de saúde ser regido por normas conhecidas
e que informem aos pacientes que procedimentos
adotar ao se depararem com algum problema de
saúde.
palestrante
JOSÉ SEBASTIÃO DOS SANTOS
FOTOS MARCOS LEANDRO / TRIBUNA ARARAQUARA
MARCOS LEANDRO / TRIBUNA ARARAQUARA
8 DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015
PARTICIPAÇÃO FORTE
Público deu testemunho
e questionou sempre
Um dos destaques do
painel Viver, que encerrou
o Agenda Araraquara no
dia 30 de outubro, foi a par-
ticipação do público, tanto
com a exposição dos pro-
blemas vividos diariamen-
te, como pela apresentação
de sugestões.
E grande parte delas di-
zia respeito a problemas
simples, às vezes imper-
ceptíveis, mas de graves
consequências.
Um deles foi apresenta-
do pela farmacêutica Sílvia
Cavalheiro, que atua em
um evento chamado “De
Olho no Diabético”. Um le-
vantamento feito por Sílvia
mostrou que, dos 750 dia-
béticos que participaram
do programa, 52% não ade-
riram ao tratamento.
Públicoapresentousugestõesparaosetor
Parte final do painel foi marcada por depoimentos e por propostas do público para a melhoria do sistema de saúde municipal
JOSÉ MANUEL LOURENÇO / A CIDADE
No entanto, a causa des-
sa situação não era descaso
ou esquecimento.
“Fui olhar as prescri-
ções médicas e percebi que
86% delas eram ilegíveis.
Como é que o paciente vai
saber usar o medicamen-
to desse jeito?”, perguntou.
A assistente financeira
Aline Vidal, voluntária em
uma ONG local, disse que
a falta de informação po-
de estar afetando o estoque
do banco de leite local.
Segundo ela, o banco
precisa do alimento com
frequência, “mas os médi-
cos que fazem o pré-natal
nos postos de saúde não
informam as mães sobre
isso”.
Outro ponto destacado
pela plateia no debate do
dia 30 de outubro teve a
ver com a necessidade de
se criar uma política muni-
cipal de saúde mental. Ao
mesmo tempo, dentro de-
la, linhas de ação que per-
mitam ao município lidar
com os usuários de drogas.

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Agenda Araraquara - Suplemento viver

  • 1. Quaisos malesque afligem anossa saúde? Painel Viver fechou o Agenda Araraquara e teve a saúde como tema de discussão. Dos problemas apontados estão a falta de recursos, má formação dos profissionais da saúde, corrupção (existe e não é pouca) e a incapacidade de os diversos órgãos envolvidos conversarem sobre o tema. Mas, sobretudo, chegou-se à conclusão de que falta, mesmo, é bom senso. Quaisosmales queafligema nossasaúde? O Painel Viver fechou o Agenda Araraquara e teve a saúde como tema de discussão. Problemas apontados: a falta de recursos, a má formação dos profissionais da saúde, a corrupção (“existe de fato”) e a incapacidade de os diversos órgãos envolvidos conversarem sobre o tema. Mas, sobretudo, chegou-se à conclusão de que falta, mesmo, é bom senso. DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 1ª Edição 2015 Compromisso com o futuro
  • 2. 2 DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 PRODUZIR VIVER O que está errado com o nosso Sistema Único de Saúde? Onde estão os Gargalos do SUS? Como combater a Corrupção? Em um mundo globalizado, a criatividade será um bem imprescindível para as cidades OUTUBRO 16 José Sebastião dos SantosMédico, especialista em Gestão da Saúde e ex-secretário de Saúde de Ribeirão Preto, falou sobre os problemas do SUS. Mas, acima de tudo, mostrou onde podem estar as possíveis soluções. O painel Viver do Agen- da Araraquara falou sobre a saúde no Brasil e no mu- nicípio. Em pouco mais de uma hora, o especialista em Gestão da Saúde e ex-secre- tário da pasta em Ribeirão Preto (2005-2006), José Se- bastião dos Santos, apontou os principais problemas do sistema de saúde pública no País. E as revelações não fo- ram nada boas. Ao falar sobre a soma de problemas estruturais e conjunturais, Santos mos- trou que questões como a falta de planejamento, cor- rupção, má formação dos profissionais, falta de recur- sos e má gestão dos exis- tentes formam um conjunto perverso que ganham for- ma nas intermináveis filas de brasileiros à espera de atendimento nas unidades de saúde. Além da palestra de Se- bastião dos Santos, um dos destaques do painel foi a participação do público, so- bretudo com a apresenta- ção de diversas sugestões (veja texto na página 8). Apesar do diagnóstico nada otimista, o próprio Se- bastião dos Santos disse que nem tudo está perdido. “As- sim como a democracia, o SUS no Brasil tem falhas, mas ainda é o melhor siste- ma que temos”, disse. Painelfazaradiografiado sistemapúblicodesaúde Fatores como corrupção e má gestão de recursos afetam qualidade do SUS Ana Carla FonsecaA economista, primeira doutora brasileira em Urbanismo e consultora da ONU, falou sobre a necessidade de cidades e regiões agregarem valor com investimentos em atividades ligadas à própria cultura e à criatividade, em geral. FOTOS MARCOS LEANDRO / TRIBUNA ARARAQUARA Especial REPORTAGEM José Manuel Lourenço EDIÇÃO DE ARTE Daniel Torrieri EDIÇÃO DE FOTOGRAFIA Mariana Martins TRATAMENTO DE IMAGENS Francieli Flamarini OUTUBRO 30 EMPRESA JORNALÍSTICA TRIBUNA ARARAQUARA LTDA. DEPARTAMENTO COMERCIAL comercial@tribunaimpressa.com.br TELEFONE (16) 3303-3320 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Antonio Carlos Coutinho Nogueira José Bonifácio Coutinho Nogueira Filho André Coutinho Nogueira José Bonifácio Coutinho Nogueira Neto Marcos Frateschi Fernando Corrêa da Silva DIRETOR GERAL Rafael Corrêa DIRETOR EXECUTIVO Paulo Brasileiro DIRETOR EDITORIAL Josué Suzuki
  • 3. 3DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 Quero dar os parabéns ao grupo EPTV pela inciativa. Penso que esse é o papel da imprensa responsável, comprometida com a sociedade, que não só noticia. EDINHO SILVA MINISTRO DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA JOÃO BAPTISTA GALHARDO JR. JUIZ DA FAZENDA PÚBLICA DE ARARAQUARA ANDRÉ COUTINHO NOGUEIRA DIRETOR DO GRUPO EPTV Tenho certeza de que hoje damos um grande passo para a melhoria da saúde pública em Araraquara. O nosso objetivo com o Agenda é, sobretudo, responder à pergunta “Que tipo de futuro queremos para Araraquara?”. FOTOSMARCOSLEANDRO/TRIBUNAARARAQUARA O nosso objetivo pergunta “Que tipo de futuro queremos para Araraquara?”. grupo EPTV pela que esse é o papel FOTOSMARCOSLEANDRO/TRIBUNAARARAQUARA
  • 4. 4 DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 FRANÇA US$ 3.013 BRASIL US$ 431 REINO UNIDO US$ 2.843 ARGENTINA US$ 921 GASTOS NACIONAIS COM A SAÚDE Quanto cada país aplica no setor, por pessoa SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE Onde estão os problemas GASTOS COM SAÚDE Total, por setor O QUE PODE SER FEITO PARA TORNAR A SAÚDE MELHOR SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE Gastos com a saúde no Brasil em 2014 1) Insuficiência de financiamento do setor 2) Insuficiências quantitativas e qualitativas dos recursos humanos 3) Deficiências da gestão dos serviços e sistemas de saúde R$ 448,1 BILHÕES GASTO PÚBLICO R$ 216,2 BILHÕES GASTO PRIVADO R$ 231,9 BILHÕES COMBATER A CORRUPÇÃO MELHORAR O DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES MELHORAR E DIVERSIFICAR A OFERTA DE SERVIÇOS IMPLANTAR PROTOCOLOS CLÍNICOS E DE GESTÃO ADEQUAR A COMPRA DE EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E MEDICAMENTOS PLANOS/SEGUROS 28,4% R$ 127,2 BILHÕES DEMAIS GASTOS 7,2% R$ 32,2 BILHÕES MUNICÍPIOS 15% R$ 67 BILHÕES ESTADOS/DF 12,8% R$ 57,3 BILHÕES UNIÃO 20,5% R$ 91,9 BILHÕES MEDICAMENTOS 16,2% R$ 72,5 BILHÕES
  • 5. 5DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015
  • 6. 6 DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 Durante pouco mais de uma hora, o médico Jo- sé Sebastião dos Santos apresentou o cenário pre- ocupante da saúde no Pa- ís. Entre os pontos desta- cados por ele, três se des- tacaram: insuficiência de financiamento do setor, insuficiências quantitavi- vas e qualitativas dos re- cursos humanos e defici- ências da gestão dos se- viços e sistemas de saúde. Alguns problemas as- sumiram uma dimensão inesperada, como os que envolvem a classe médi- ca. Entre as deficiências apontadas estão a forma- ção inadequada, relações SaúdenoBra s Temechama- - VIVER “Não é possível que, em Araraquara, o banco de leite precise tanto de mães para poder doar o leite e que os médicos dos postos de saúde que fazem o pré-natal não informem sobre isso. “Mais da metade dos diabéticos que atendemos não aderiram ao tratamento. Mas fui olhar as prescrições dos médicos, e percebemos que 86% delas eram ilegíveis ALINE VIDAL ASSISTENTE FINANCEIRA SÍLVIA CAVALHEIRO FARMACÊUTICA Faltam leitos em Araraquara? Para o secretário de Saúde, Carlos Camargo,Araraquara não há falta de leitos.“O que faltam são leitos em clínica médica “, disse. Segundo ele, dos 91 leitos atualmente disponibilizados no contrato com a Santa Casa, só 23 são desse tipo. Cidade tem de pensar em política voltada para o idoso Para o provedor da Santa Casa,Valter Cury Rodrigues, o município tem de mudar o enfoque da sua política de saúde e pôr o idoso no centro das prioridades.“Hoje, 60% dos atendimentos na Santa Casa são de pessoas acima de 60 anos”. E a Beneficência Portuguesa? Um dos pontos surgidos do debate disse respeito ao futuro desse hospital. O presidente do Conselho Deliberativo da instituição, Moacir Rodrigues, fez uma intervenção emocionada solicitando ajuda para a recuperação do “hospital-fantasma”, como o chamou. A Beneficência tem cerca de 100 leitos ociosos. A Gota de Leite gasta muito? Tanto o promotor Raul de Mello Franco Jr. como o provedor da Santa Casa, Valter Cury Rodrigues, afirmaram que os gastos da Prefeitura com a maternidade são altos. Ambos destacaram a excelência dos serviços mas, segundo Cury, os R$ 26,4 milhões previstos em orçamento para o próximo ano são excessivos. “O investimento que a Beneficência precisa: é só pegar um balde, um pano, limpar tudo e começar a trabalhar. Não são necessários milhões de reais em investimentos para a sua reativação. MOACIR RODRIGUES BENEFICÊNCIA PORTUGUESA A radiografia do Sistema Público de Saúde, feita p grande parte dos probloemas existentes podem s FOTOS MARCOS LEANDRO / TRIBUNA ARARAQUARA
  • 7. 7DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 a siltemjeito? - -sebomsenso “Alguém falou aqui que não tem corrupção. Claro que existe corrupção na saúde. Olha, eu vou ser mais contundente: há corrupção na saúde em Araraquara. “Secretário, faça protocolos clínicos na nossa cidade, para dizer ao paciente como fazer o seu atendimento, onde ser atendido e com quem falar. RAUL DE MELLO FRANCO JR. PROMOTOR DE JUSTIÇA JOÃO BAPTISTA GALHARDO JR. JUIZ “Uma das ideias que devemos aproveitar é a possibilidade de fazermos parcerias com as universidades, utilizar o saber específico que têm para ajudar a sociedade. COCA FERRAZ ENGENHEIRO a pelo médico Sebastião dos Santos, mostrou que m ser resolvidos com procedimentos simples. bastante questionáveis com as grandes empresas de tecnologia e de medi- camentos e uma mistura de atitudes que poderiam ser resumidas na palavra “arrogância”. Para Santos, grande parte dos gargalos no sis- tema de saúde proderiam ser evitados se os médi- cos simplesmente paras- sem para ouvir os seus pacientes e conversassem com eles. Por isso, de todas as propostas feitas para me- lhorar o sistema, como a unificação dos processos de informação ou a apli- cação de protocolos clíni- cos, a mais importante foi também a mais simples: basta usar o bom senso. Órgãos públicos têm de conversar mais O promotor de Justiça da Cidadania, Raul de Mello Franco Jr., citou uma espécie de ‘diálogo de surdos’ na relação entre os vários órgãos da saúde, nos níveis municipal, estadual e federal.‘Um não sabe o que o outro está fazendo e isso prejudica o usuário’, disse. Saúde suplementar também tem problemas O presidente da Unimed local, Sílvio Cardoso, disse que a saúde suplementar tem problemas semelhantes da área pública e fez um alerta: se esse sistema entrar em colapso, as consequências para o sistema público serão catastróficas. Saúde mental deve ter políticas específicas Dados da OMS apresentados no painel mostraram que, das dez doenças que mais incapacitam, quatro estão ligadas à saúde mental. Vários espectadores propuseram a criação de uma política que abranja todas as etapas do tratamento. A importância das regras O juiz João Baptista Galhardo Jr. apontou a necessidade de o atendimento ao usuário do sistema público de saúde ser regido por normas conhecidas e que informem aos pacientes que procedimentos adotar ao se depararem com algum problema de saúde. palestrante JOSÉ SEBASTIÃO DOS SANTOS FOTOS MARCOS LEANDRO / TRIBUNA ARARAQUARA MARCOS LEANDRO / TRIBUNA ARARAQUARA
  • 8. 8 DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 PARTICIPAÇÃO FORTE Público deu testemunho e questionou sempre Um dos destaques do painel Viver, que encerrou o Agenda Araraquara no dia 30 de outubro, foi a par- ticipação do público, tanto com a exposição dos pro- blemas vividos diariamen- te, como pela apresentação de sugestões. E grande parte delas di- zia respeito a problemas simples, às vezes imper- ceptíveis, mas de graves consequências. Um deles foi apresenta- do pela farmacêutica Sílvia Cavalheiro, que atua em um evento chamado “De Olho no Diabético”. Um le- vantamento feito por Sílvia mostrou que, dos 750 dia- béticos que participaram do programa, 52% não ade- riram ao tratamento. Públicoapresentousugestõesparaosetor Parte final do painel foi marcada por depoimentos e por propostas do público para a melhoria do sistema de saúde municipal JOSÉ MANUEL LOURENÇO / A CIDADE No entanto, a causa des- sa situação não era descaso ou esquecimento. “Fui olhar as prescri- ções médicas e percebi que 86% delas eram ilegíveis. Como é que o paciente vai saber usar o medicamen- to desse jeito?”, perguntou. A assistente financeira Aline Vidal, voluntária em uma ONG local, disse que a falta de informação po- de estar afetando o estoque do banco de leite local. Segundo ela, o banco precisa do alimento com frequência, “mas os médi- cos que fazem o pré-natal nos postos de saúde não informam as mães sobre isso”. Outro ponto destacado pela plateia no debate do dia 30 de outubro teve a ver com a necessidade de se criar uma política muni- cipal de saúde mental. Ao mesmo tempo, dentro de- la, linhas de ação que per- mitam ao município lidar com os usuários de drogas.