1. 1
Resumo Historial
• Relação SNervoso+Comportamento,
“Corpo/Espírito”, Cérebro/Comportamento:
– Relação entre matéria e espírito: subjacente a todas as filosofias da
Antiguidade:
• Egípcios: o centro da alma localiza-se nos testículos (cit?);
• Centro da alma localizado no coração;
• Cérebro como centro das faculdades mentais: sec. XIX (Descartes)
• Franz Joseph GALL [1758-1828] funda a Frenologia
(Phrenós (alma) + logia (ciência):
a cada parte do cérebro corresponde uma faculdade intelectual e
psíquica;
Descreve 27 Funoes/Qualidade, cada uma numa parte específica
do cérebro (de forma arbitrátria...)
Linguagem, cálculo, visão... Tb o idealismo, a combatividade, o ser
assassino,Tb o amor pelos pais,
Merito: correspondencia Função/Localização – teoria
localizacionista (embora de forma não científica, charlatã...)
2. 2
Resumo Historial
• Pierre Flourens [1794-1867]: Métodos experimentais de
estudo directo do Cérebro:
Ablação selectiva de partes do cérebro dos animais e estudo do
comportamento resultante
Estimulação eléctrica do cérebro de animais (começou com coelhos e
pombos...) e humanos para observar reacções;
Estudo clínico de cérebros de mortos para correlacionar o déficit
detectável no tecido cerebral
Flourens: contrariamente a Gall – as funções mentais são tratadas de
forma global pelo cérebro (teoria Globalista)
Remoção dos hemisférios cerebrais: afectava (abolia) todas as percepções,
motricidade voluntária e julgamento; (funções cognitivas superiores)
Remoção do Cerebelo: afectava o equilíbrio, a coordenação motora; (circulação,
respiração, estabilidade...)
Remoção do tronco cerebral: morte do animal (funções vitais)
• John Jackson[--]: hierarquia do sistema nervoso:
Os centros mais simples controlam as funções mais simples que podem
ser localizadas
Os centros mais complexos (elevados) são a resultante da combinação dos
mais simples, e agem de forma mais global
Conceber o cérebro na sua globalidade, no caso de funções superiores
• Pierre Broca
• Wernicke
3. Neurofisiologia: Breve Historial
• Evolução dos Métodos em Neuropsicologia:
• Métodos anátomo-clínicos, finais sec XIX: observação inicial de um sujeito com
perturbação funcional, análise do cérebro após a sua morte;
– Não analisa sujeitos normais, mas permitiu boas descrições
• Método de estimulação eléctrica das zonas corticais (Penfield, anos 50), o que
facilita a localização das principais funções motoras, sensitivas e sensoriais);
• Meios técnicos modernos permitem visualização do cérebro da pessoa viva
através:
– Arteriografia e encefalografia gasosa;
– Scanner
– Imagiologia por Ressonância Magnética (IRM);
– Tomografia por emissão de positrões (TEP)
– Tomografia Axial Computarizada (TAC)
• Estes métodos dão maior precisão no estudo das relações anátomo-clínicas com o
doente vivo
• Tendências teóricas actuais:
• Localizações cerebrais;
• Funcionamento global do cérebro
4. Neurofisiologia: Breve Historial dos Metodos de
Estudo
• Evolução dos Métodos em Neuropsicologia:
• Método anátomo-clínico, finais sec XIX: observação inicial de um sujeito com
perturbação funcional, análise do cérebro após a sua morte/ Observacao directa de
pacientes com lesoes cerebrais;
– Não analisa sujeitos normais, mas associa anomalias cerebrais a alteracoes observaveis do
comportamento
• Método de estimulação eléctrica das zonas corticais (Tecnicas invasivas) (Penfield, anos
50), o que facilita a localização das principais funções motoras, sensitivas e sensoriais);
– Estimulacao electrica fraca, ou introducao de produtos quimicos, calor ou frio
– O investigador avalia depois as alteracoes do comportamento
• Meios técnicos modernos permitem visualização do cérebro da pessoa viva (metodos
não invasivos) através:
– Tomografia Axial Computarizada (TAC) (fornece dados anatomicos, nao funcionais)
– Imagiologia por Ressonância Magnética (IRM); (dados anatomicos, nao funcionais)
– Tomografia por emissão de positrões (TEP)(a partir de injeccao de substancia radioactiva,
permite detectar celulas mais activas, consequentemente produtoras de mais positroes)/ risco
radiotavo, exposicao tem de ser muito breve o que nao facilita observacao
• Estes métodos dão maior precisão no estudo das relações anátomo-clínicas com o
doente vivo
• Resumo dos metodos em neuropsicologia
• Observacoes clinicas
• Tecnicas Invasivas
• Imagiologia Cerebral
– Anatomicas
– Fisiologicas
– Funcionais
5. Técnicas de Neuroimagem
• O eletroencefalograma (EEG) é um registador de atividade elétrica proveniente do
couro cabeludo. Tem sido muito bem usado para determinar regiões do cérebro
que são especializadas em modalidades específicas como a fala e sensações
físicas.
• Tomografia Axial computadorizada (TAC) e imagem por ressonância
magnética(MRI) ajudam a determinar a localização de tumores e lesões no cérebro
e ainda revelar o tamanho e forma de regiões cerebrais. – não mostram o cerebro
em actividade.
• Imagem por ressonância magnética funcional (fMRI), utiliza propriedades
magnéticas naturais de partículas moleculares encontradas nas substâncias (ex:
água)- : reações de claustrofobia em algumas pessoas; erros de inferência
estatística
• Tomografia por emissão de positrons (PET) podem revelar áreas activas.
14. 14
Medusas (agua-viva)
• Os Membros do filo dos
celenterados, tais como águas-vivas
e hidras, têm um sistema
nervoso simples intitulado
rede neural. Ela é formada por
neurônios, ligados por sinapses
ou conexões celulares. A rede
neural é centralizada ao redor
da boca, mas não há um
agrupamento anatômico de
nerônios. Algumas águas-vivas
possuem neurônios sensoriais
conhecidos como rhopalia, com os
quais podem perceber luz ou
gravidade.
15. 15
Vermes (Platyhelminthes)
• O grupo inclui cerca de 3000 espécies,
distribuidas por ambientes terrestres,
marinhos e de água doce. As planárias
são em geral animais de pequena
dimensão, mas algumas espécies
atingem 60 cm de comprimento. A
maioria das espécies é carnívora ou
necrófaga
• O sistema nervoso é difuso, em forma
de rede, e centrado num cérebro
ganglionar. A planária não tem olhos
funcionais mas tem percepção da luz
através de um, dois ou três pares de
ocelos.
16. 16
(Insectos – Artrópodes)
• Os Artrópodes (Filo Arthropoda) são o maior grupo de animais
existente no mundo e incluem os insetos, aracnídeos, crustáceos,
quilópodes e diplópodes.
• Os artrópodes têm o corpo segmentado (2), envolvido num
exoesqueleto de quitina (3), com vários apêndices articulados
(1). Os apêndices estão especializados para a alimentação, para a
percepção sensorial, para defesa e para a locomoção.
• Artrópodes, tais como insetos e crustáceos, têm um sistema
nervoso constituído de uma série de gânglios conectados por
uma corda nervosa ventral feita de conectores paralelos que
correm ao longo da barriga[1]. Tipicamente, cada segmento do
corpo possui um gânglio de cada lado, embora alguns deles se
fundam para formar o cérebro e outros grandes gânglios [2].
• O segmento da cabeça contém o cérebro, também conhecido
como gânglio supraesofágico. No sistema nervoso dos insetos, o
cérebro é anatomicamente dividido em protocérebro,
deutocérebro e tritocérebro. Imediatamente atrás do cérebro
está o gânglio supraesofágico que controla as mandíbulas.
• Muitos artrópodes possuem órgãos sensoriais bem
desenvolvidos, incluindo olhos compostos para visão e antenas
para olfato e percepção de feromônios. A informação sensorial
destes órgãos é processada pelo cérebro.
17. 17
Moluscos (Mollusca)
• Os moluscos (latim científico: Mollusca) constituem um
grande filo de animais invertebrados, marinhos, de água
doce ou terrestres, que compreende seres vivos como os
caramujos, as ostras e as lulas; Têm um corpo mole e não-
segmentado, muitas vezes dividido em cabeça (com os
órgãos dos sentidos), um pé muscular e um manto que
protege uma parte do corpo e que muitas vezes secreta
uma concha. A maior parte dos moluscos são aquáticos,
mas existem muitas formas terrestres como os caracóis.
• A maioria dos moluscos, tais como lesmas e bivalves, têm
vários grupos de neurônios intercomunicantes chamados
gânglios. O sistema nervoso da lebre-do-mar (Aplysia) tem
sido utilizado extensamente em experimentos de
neurociência por causa de sua simplicidade e capacidade
de aprender associações simples.
• Os cefalópodes, tais como lulas e polvos, possuem cérebros
relativamente complexos. Estes animais também
apresentam olhos sofisticados. Como em todos os
invertebrados, os axônios dos cefalópodes carecem de
mielina, o isolante que permite reação rápida nos
vertebrados. Para obter uma velocidade de condução rápida
o bastante para controlar músculos em tentáculos distantes,
os axônios dos cefalópodes precisam ter um diâmetro
avantajado nas grandes espécies de cefalópodes. Por este
motivo, os axônios da lula gigante são usados por
neurocientistas para trabalhar as propriedades básicas da
ação potencial.
18. 18
Vertebrados• Os vertebrados (latim científico:
Vertebrata) constituem um subfilo de
animais cordados, compreendendo os
ágnatos, peixes, anfíbios, répteis, aves e
mamíferos. Caracterizam-se pela presença
de coluna vertebral segmentada e de
crânio que lhes protege o cérebro.
• A maioria dos animais com maior grau de
organização a que estamos habituados:
peixes (com excepção das mixinas),
anfíbios, répteis, aves e mamíferos –
incluindo o Homem – pertencem a este
grupo.
• Outras características adicionais são a
presença de um sistema muscular
geralmente simétrico – a simetria bilateral
é também uma característica dos
vertebrados – e de um sistema nervoso
central, formado pelo cérebro e pela
medula espinal localizados dentro da parte
central do esqueleto (crânio e coluna
vertebral).
19. 19
Vertebrados (SN) - 1
• O sistema nervoso dos animais vertebrados são freqüentemente
divididos em:
1. Sistema nervoso central (SNC) e
2. Sistema nervoso periférico (SNP).
• O SNC consiste em:
1. do cérebro (encéfalo) e
2. da espinha dorsal.
• O SNP consiste de todos os outros nervos e neurônios que não possuem
vínculo com o SNC. A grande maioria do que comumente se denomina
nervos (que são realmente os apêndices dos axônios de células
nervosas) são considerados como constituintes do SNP.
• O sistema nervoso periférico (SNP)é dividido em:
1. sistema nervoso somático e
2. sistema nervoso autônomo.
20. 20
Vertebrados (SN) -2
• O sistema nervoso somático é responsável pela coordenação dos movimentos do corpo e
também por receber estímulos externos. Este é o sistema que regulas as a(c)tividades que
estão sob controle consciente.
• O sistema nervoso autônomo é dividido em:
1. sistema nervoso simpático,
2. sistema nervoso parassimpático e
3. sistema nervoso entérico.
• O sistema nervoso simpático responde ao perigo iminente ou stress, e é responsável pelo
incremento do batimento cardíaco e da pressão arterial, entre outras mudanças
fisiológicas, juntamente com a sensação de excitação que se sente devido ao incremento
de adrenalina no sistema.
• O sistema nervoso parassimpático, por outro lado, torna-se evidente quando a pessoa
está descansando e sente-se relaxada, e é responsável por coisas tais como a constrição
pupilar, a redução dos batimentos cardíacos, a dilatação dos vasos sangüíneos e a
estimulação dos sistemas digestivo e genitourinário.
• O papel do sistema nervoso entérico é a gestão de todos os aspectos da digestão, do
esôfago ao estômago, intestino delgado e cólon.
23. 23
Tamanho do Cérebro
Peso do Cérebro (gr) Espécie
6,000 Elefante
1,300 – 1,400 Humano Adulto
97 Macaco (Rhesus)
72 Cachorro
30 Gato
10 Coelho
2.2 Coruja
Só o Peso não explica, elefante seria mais “inteligente”
25. 25
Peso Relativo do Cérebro
• Os antropóides, em
particular os Homo,
têm o maior peso
relativo do cérebro na
escala animal
• Note-se os pesos do:
– Aligator, rato, camelo,
elefante....
26. 26
Evolução do Peso Cerebral
• As espécies que viveram a
3,5/3 milhões de anos tinham
um peso cerebral 3 a 4 vezes
menor que os antropóides
actuais (450 cc);
• Cerca de 2 a 1,5 milhões de
anos o cérebro volta a
aumentar para cerca de 800 cc;
• O homem actual tem cerca de
1400 cc, com um QE de 8, ou
seja, tem cerca de 3 vezes mais
cérebro do que outros
antropóides do mesmo
tamanho
31. 31
Hominídeos
• Os hominídeos constituíram uma
família da ordem dos primatas
cuja única espécie atual é o
homem (Homo sapiens sapiens).
Os fósseis indicam a existência,
no gênero Homo, das espécies
extintas H. habilis e H. erectus,
das subespécies de H. sapiens de
Neandertal e de Cro-Magnon e,
em épocas mais remotas, de
antecessores de outros gêneros,
o Ramapithecus e o
Australopithecus.
32. 32
Características dos Primatas
• Adaptação à vida nas árvores (excepto
homem), para facilitar a defesa, o que implica:
– Dedos preênseis, com um dedo oponível
– Dedos em vez de garras, o que facilita a
preensão
– Articulações (punho, cotovelo, ombro,
pescoço, ...) muito móveis, permitindo
grande agilidade
– Visão estereoscópica (cálculo da distância,
profundidade)
– Predomínio da visão sobre os outros
sentidos
• Adaptação à vida em sociedade
– Quase todos os primatas vivem em
grupos/bandos (excepto orangotangos);
– Os grupos podem ser de várias centenas,
– Por vezes, casais monogâmicos
– Sociedade: facilita protecção do grupo e
transmissão dos conhecimentos (cultura)
• Desenvolvimento de capacidades mentais (ver
características do SNervoso)
• Adaptação a uma alimentação omnívera
favorece dieta variável
33. 33
Antropóides e Uso de Instrumentos
• O Homem é capaz de:
– Inventar, manipular e usar
instrumentos;
– Usar sinais e signos
(abstractos) na linguagem
• Outros antropóides (gorilas,
chimpazés,
orangotangos,...):
– Podem usar instrumentos
simples, mas não podem
inventá-los;
– Podem compreender sinais
simples de linguagem
(imagens), mas não podem
usar signos abstractos
34. 34
Características dos Hominídeos
– Aspectos considerados de
diferenciação:
• Inteligência superior
• Linguagem articulada
• Conceitos abstractos (pe o
futuro...)
• Fabrico/manuseio de
instrumentos
• Vida social complexa, esforço
cooperativo
• Outros aspectos diferenciadores:
– Morfológicas:
• Capacidade cerebral (tamanho
relativo/complexidade
funcional)
• Caixa craniana maior que a face
• Face vertical
• Cabelo de crescimento contínuo,
com poucos pelos corporais
• Mãos com polegares
desenvolvidos e oponíveis;
• Pernas 30% mais compridos do
que os braços (e mais fortes)
• Infância e maturação esquelética
prolongadas;
• Bipedismo, com consequências
morfológicas e evolutivas
próprias
35. 35
Consequências do Bipedismo
• Aspectos de evolução:
– Liberta as mãos;
– As mãos fabricam e manuseiam instrumentos,
– O que desenvolve o cérebro
– Permite ainda percorrer grandes distâncias
• Aspectos morfológicos:
– Apoio exclusivo nos membros inferiores e posição vertical, o que provoca:
• Modificações na cabeça, coluna vertebral e membros
• Membros inferiores maiores do que os anteriores
• Orifício occipital horizontal, por baixo da cabeça (oblíquo nos macacos)
• Coluna vertebral vertical a sustentar o corpo, com vértebras articuladas e quatro
curvaturas que se compensam durante a marcha: cervical, dorsal, lombar e sacra
• Bacia em forma de cesto, para sustentar as víceras e apoiar os membros inferiores
• Centro de gravidade baixo, o peso está deslocado para os membros inferiores
• Pé, suporte de todo o corpo
36. 36
Outros Aspectos da Especificidade Humana
– Evolução do Cérebro:
• principal causa do desenvolvimento da espécie humana;
• simultaneidade entre o surgimento do bipedismo e o aumento de volume do
cérebro
• Tendo em conta o peso médio do Homem, o cérebro humano é o maior e o mais
pesado entre todos os animais (peso relativo, coeficiente encefálico)
• No caso humano o quociente de encefalização tem valor 8, ou seja, o cérebro é três
vezes mais pesado que o de um primata de peso semelhante.
– Linguagem articulada
• característica exclusivamente humana
• O que distingue a linguagem humana é a capacidade de veicular símbolos, ideias e
noções abstractas
• A capacidade de falar tem base genética mas a linguagem é essencialmente
aprendida
– Aspectos culturais
• marcantes para o Homem ,mas também existe em alguns outros primatas
• Além do programa genético e hereditário, existe a herança social, não ligada á
hereditariedade e que permitiu o progresso humano em cada geração