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A SALA DE IMUNIZAÇÃO

  Enfa. Camila Marques da Silva Oliveira
Enfermeira Especialista em Saúde da Família e Comunidade
              Membro do LAPRACS - UECE




                Fortaleza, 11 de maio de 2012
•A história da imunização se confunde com a
história da saúde coletiva.
• Risco, vulnerabilidade, e práticas de
prevenção e promoção da saúde.
•Revolta da vacina às avessas no século XXI.
•Estratégia de apropriação da saúde.
•Programa Nacional de Imunização, 1973;
•Características: segurança, integralidade,
universalidade, territorialidade, equidade,
participação social. Parece com alguma coisa
que a gente conhece?
•Os últimos casos de poliomielite no Brasil
foram registrados em 1989.
•A orientação do PNI não é fiscalizar,
caçar culpados, mas analisar, trocar
informações, tomar providências para
corrigir.
•A meta operacional básica do PNI é
vacinar 100% das crianças menores de 1
ano com todas as vacinas indicadas no
calendário básico.
FUNDAMENTOS DE IMUNOLOGIA
• IMUNIDADE:
• A) natural;
• B) adquirida; de forma ativa ou passiva.

• RESPOSTA IMUNE:
• A) fatores relacionados às vacinas;
• B) fatores relacionados ao próprio organismo.
FUNDAMENTOS DE IMUNOLOGIA

• RESPOSTA IMUNE:
• A) mecanismos inespecíficos: resposta
  superficiais (da superfície);
• B) mecanismos específicos: resposta aprimorada
  antígeno anticorpo.
CONCEITUANDO

• “Vacinação é conseguida através da
  administração de antígenos preparados com
  uma suspensão de agentes infecciosos ou partes
  deles convenientemente processados com a
  finalidade de induzir o receptor ao
  desenvolvimento de um estado imunitário
  específico protetor e relativamente duradouro.”
  (Moreira, 2004)
AGENTES IMUNIZANTES
• Bactéria ou vírus vivo atenuado;
• Vírus inativo;
• Bactérias mortas;
• Componentes de antígenos purificados e/ou
  modificados química ou geneticamente.
• Líquido de suspensão: água destilada;
• Conservantes, estabilizadores, antibióticos e
  adjuvantes.
ORIGEM
• INSTITUTO BUTANTAN
• FIOCRUZ/ BIOMANGUINHOS;
• NOVARTIS;
• GSK.
• Cada empresa se responsabiliza pelo controle de
  qualidade, seguindo os padrões da OMS, WHO e
  MS.
• Conservação pela extensa Rede de Frio.
CONTRA-INDICAÇÕES GERAIS

•   Imunodeficiência congênita ou adquirida;
•   Neoplasias malignas;
•   Corticoterapia prolongada;
•   Ver cada vacina para avaliar as contra-indicações
    específicas.
ADIAMENTO DA VACINAÇÃO

•   Doenças agudas febris graves;
•   Transplantes de medula;
•   Terapia imunossupressora;
•   Uso de imunoglobulina;
•   Vacina contra febre amarela.
FALSAS CONTRA-INDICAÇÕES
•   Doenças benignas comuns;
•   Desnutrição;
•   Vacina contra raiva em andamento;
•   Doença neurológica estável;
•   Antecedente familiar de convulsão;
•   Uso de corticóide por terapia curta;
•   Prematuridade ou baixo peso ao nascer, exceto
    BCG;

                                     (OPAS, 2003)
ATENÇÃO

• Não há limite superior de idade para aplicação
  de vacina, COM EXCEÇÃO para DTP e DT
  infantil, cujo limite é 6 anos, 11 meses e 29 dias.
• HIV positivo: é possível aplicar todas as vacinas
  do PNI, implica dizer, carga viral baixa e alta
  contagem de linfócito CD4. Exceção: BCG
  contra-indicada;
• AIDS: evitar vacinas de vírus vivo

                                       (Opas, 2003)
EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAIS
• Estão relacionados a:
• A) situação de saúde do paciente no momento da
  aplicação;
• B) técnica asséptica de aplicação;
• C) instrumentalização;

• Vigilância e monitoramento.


                                   (Brasil, 2001)
REDE DE FRIO

• Rede de Frio – A rede de frio do Brasil interliga
  os municípios brasileiros em uma complexa rede
  de armazenamento, distribuição e manutenção
  de vacinas em temperaturas adequadas nos
  níveis nacional, estadual e municipal e local.

• Rede de Frio local – manter a temperatura dos
  imunobiológicos entre 2ºc e 8ºc. De quem é a
  responsabilidade?
REDE DE FRIO
• Cuidados básicos:
• A) fazer a leitura correta da temperatura da
  geladeira no termômetro externo no início e no
  fim da jornada;
• B) não permitir armazenamento de quaisquer
  outros materiais, sequer na porta;
• C) verificar constantemente a vedação da
  geladeira;
• D) uso de tomada exclusiva para cada geladeira.
REDE DE FRIO
• Caixa térmica:
• A) retirar as baterias de gelo e aguardar 20
  minutos pela retirada da “névoa”;
• B) organizar o espaço da caixa para que seja
  possível a circulação do ar frio.
• C) instalar o fio do termômetro externo;
• D) trocas as baterias na metade da jornada de
  trabalho.


                                    (Brasil, 2001)
REDE DE FRIO
• Quando os equipamentos deixam de funcionar
  por motivo de corte de energia elétrica ou
  defeito, as portas das geladeiras deverão
  permanecer fechadas até que a situação se
  normalize ou até que se verifique o tipo de
  problema. Quando o problema perdurar por um
  período maior que 6 horas ou quando não for
  possível prever sua duração deve-se tomar
  algumas providências pois este fato pode
  inutilizar os produtos imunobiológicos.
                                      (Brasil, 2001)
REDE DE FRIO
• Esse prazo de seis horas só deve ser tolerado
  caso se tenha controle diário de temperatura
  através do mapa de controle da temperatura.

• Caso o defeito não seja identificado ou não
  solucionado, esses imunobiológicos deverão ser
  transferidos para outro refrigerador com
  controle adequado de temperatura.
                                         (Brasil, 2001)
ASPECTOS OPERACIONAIS

• Vias de administração;
• Agulhas e seringas mais utilizadas;
• Organização do espaço de trabalho.
ASPECTOS OPERACIONAIS

• A sala de vacinas deverá ser utilizada
  somente para conservação e aplicação
  dos mesmos. Não é permitido que
  nesta mesma sala se realizem outros
  procedimentos como curativos,
  inalações, alimentação, aplicação de
  outros medicamentos injetáveis.
ASPECTOS OPERACIONAIS
ASPECTOS OPERACIONAIS
• Cuidados com o lixo na sala de vacinação:
• A) atenção redobrada ao descarte de perfuro-
  cortantes;
• B) verificação do dia do recolhimento do lixo
  perfuro-cortante por empresa especializada;
• C) uso do saco de lixo leitoso (material
  infectante).
CALENDÁRIOS DE VACINAÇÃO

• SBIM
• MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Preenchimento uniformizado do cartão de
  imunização (criança, adolescente, adulto e idoso);
• Observação dos tipos de cartão de cartão da
  criança;
• Observação dos grupos especiais.
CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS

• BCG;
• HEPATITE B;
     A) quarta dose do prematuro;
     B) vacinação do adolescente;
     C) dosagem diferenciada do adulto.
• TETRA (DTP+Hib)
• VOP; duas gotinhas que fizeram a diferença;
• TRIVIRAL ou SCR;
CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS

•   DTP;
•   DTPa; indicação específica;
•   PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE;
•   MENINGOCÓCICA C;
•   ROTA-VÍRUS;
•   INFLUENZA SAZONAL + H1N1.
CENTRO DE REFERÊNCIA EM
       IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS

•   Dupla infantil;
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ASPECTOS ÉTICOS

• O atendimento à clientela;
• O trabalho em equipe;
• A socialização do conhecimento;
• A segurança da informação dispensada;
• A contribuição com a saúde pública
  brasileira.
Referência bibliográficas
• Moreira, T.M.M., Enfermagem em saúde
  coletiva II. Imunização. Mimeo, 2004. 7p.
• Brasil, Ministério da Saúde. Manual de
  Procedimentos para Vacinação. Aranda et
  al. 4. ed. – Brasília, 2001. 316 p.
• Toscano, C., Kosim, L., Cartilha de vacinas:
  para quem quer mesmo saber das coisas.
  Brasília. Organização Pan-Americana da Saúde,
  2003. 40p.
MEUS AGRADECIMENTOS

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Hepatite B
 

Imunização

  • 1. A SALA DE IMUNIZAÇÃO Enfa. Camila Marques da Silva Oliveira Enfermeira Especialista em Saúde da Família e Comunidade Membro do LAPRACS - UECE Fortaleza, 11 de maio de 2012
  • 2. •A história da imunização se confunde com a história da saúde coletiva. • Risco, vulnerabilidade, e práticas de prevenção e promoção da saúde. •Revolta da vacina às avessas no século XXI. •Estratégia de apropriação da saúde.
  • 3. •Programa Nacional de Imunização, 1973; •Características: segurança, integralidade, universalidade, territorialidade, equidade, participação social. Parece com alguma coisa que a gente conhece? •Os últimos casos de poliomielite no Brasil foram registrados em 1989.
  • 4. •A orientação do PNI não é fiscalizar, caçar culpados, mas analisar, trocar informações, tomar providências para corrigir. •A meta operacional básica do PNI é vacinar 100% das crianças menores de 1 ano com todas as vacinas indicadas no calendário básico.
  • 5.
  • 6. FUNDAMENTOS DE IMUNOLOGIA • IMUNIDADE: • A) natural; • B) adquirida; de forma ativa ou passiva. • RESPOSTA IMUNE: • A) fatores relacionados às vacinas; • B) fatores relacionados ao próprio organismo.
  • 7. FUNDAMENTOS DE IMUNOLOGIA • RESPOSTA IMUNE: • A) mecanismos inespecíficos: resposta superficiais (da superfície); • B) mecanismos específicos: resposta aprimorada antígeno anticorpo.
  • 8. CONCEITUANDO • “Vacinação é conseguida através da administração de antígenos preparados com uma suspensão de agentes infecciosos ou partes deles convenientemente processados com a finalidade de induzir o receptor ao desenvolvimento de um estado imunitário específico protetor e relativamente duradouro.” (Moreira, 2004)
  • 9. AGENTES IMUNIZANTES • Bactéria ou vírus vivo atenuado; • Vírus inativo; • Bactérias mortas; • Componentes de antígenos purificados e/ou modificados química ou geneticamente. • Líquido de suspensão: água destilada; • Conservantes, estabilizadores, antibióticos e adjuvantes.
  • 10. ORIGEM • INSTITUTO BUTANTAN • FIOCRUZ/ BIOMANGUINHOS; • NOVARTIS; • GSK. • Cada empresa se responsabiliza pelo controle de qualidade, seguindo os padrões da OMS, WHO e MS. • Conservação pela extensa Rede de Frio.
  • 11. CONTRA-INDICAÇÕES GERAIS • Imunodeficiência congênita ou adquirida; • Neoplasias malignas; • Corticoterapia prolongada; • Ver cada vacina para avaliar as contra-indicações específicas.
  • 12. ADIAMENTO DA VACINAÇÃO • Doenças agudas febris graves; • Transplantes de medula; • Terapia imunossupressora; • Uso de imunoglobulina; • Vacina contra febre amarela.
  • 13. FALSAS CONTRA-INDICAÇÕES • Doenças benignas comuns; • Desnutrição; • Vacina contra raiva em andamento; • Doença neurológica estável; • Antecedente familiar de convulsão; • Uso de corticóide por terapia curta; • Prematuridade ou baixo peso ao nascer, exceto BCG; (OPAS, 2003)
  • 14. ATENÇÃO • Não há limite superior de idade para aplicação de vacina, COM EXCEÇÃO para DTP e DT infantil, cujo limite é 6 anos, 11 meses e 29 dias. • HIV positivo: é possível aplicar todas as vacinas do PNI, implica dizer, carga viral baixa e alta contagem de linfócito CD4. Exceção: BCG contra-indicada; • AIDS: evitar vacinas de vírus vivo (Opas, 2003)
  • 15. EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAIS • Estão relacionados a: • A) situação de saúde do paciente no momento da aplicação; • B) técnica asséptica de aplicação; • C) instrumentalização; • Vigilância e monitoramento. (Brasil, 2001)
  • 16. REDE DE FRIO • Rede de Frio – A rede de frio do Brasil interliga os municípios brasileiros em uma complexa rede de armazenamento, distribuição e manutenção de vacinas em temperaturas adequadas nos níveis nacional, estadual e municipal e local. • Rede de Frio local – manter a temperatura dos imunobiológicos entre 2ºc e 8ºc. De quem é a responsabilidade?
  • 17.
  • 18.
  • 19. REDE DE FRIO • Cuidados básicos: • A) fazer a leitura correta da temperatura da geladeira no termômetro externo no início e no fim da jornada; • B) não permitir armazenamento de quaisquer outros materiais, sequer na porta; • C) verificar constantemente a vedação da geladeira; • D) uso de tomada exclusiva para cada geladeira.
  • 20. REDE DE FRIO • Caixa térmica: • A) retirar as baterias de gelo e aguardar 20 minutos pela retirada da “névoa”; • B) organizar o espaço da caixa para que seja possível a circulação do ar frio. • C) instalar o fio do termômetro externo; • D) trocas as baterias na metade da jornada de trabalho. (Brasil, 2001)
  • 21. REDE DE FRIO • Quando os equipamentos deixam de funcionar por motivo de corte de energia elétrica ou defeito, as portas das geladeiras deverão permanecer fechadas até que a situação se normalize ou até que se verifique o tipo de problema. Quando o problema perdurar por um período maior que 6 horas ou quando não for possível prever sua duração deve-se tomar algumas providências pois este fato pode inutilizar os produtos imunobiológicos. (Brasil, 2001)
  • 22. REDE DE FRIO • Esse prazo de seis horas só deve ser tolerado caso se tenha controle diário de temperatura através do mapa de controle da temperatura. • Caso o defeito não seja identificado ou não solucionado, esses imunobiológicos deverão ser transferidos para outro refrigerador com controle adequado de temperatura. (Brasil, 2001)
  • 23. ASPECTOS OPERACIONAIS • Vias de administração; • Agulhas e seringas mais utilizadas; • Organização do espaço de trabalho.
  • 24. ASPECTOS OPERACIONAIS • A sala de vacinas deverá ser utilizada somente para conservação e aplicação dos mesmos. Não é permitido que nesta mesma sala se realizem outros procedimentos como curativos, inalações, alimentação, aplicação de outros medicamentos injetáveis.
  • 26. ASPECTOS OPERACIONAIS • Cuidados com o lixo na sala de vacinação: • A) atenção redobrada ao descarte de perfuro- cortantes; • B) verificação do dia do recolhimento do lixo perfuro-cortante por empresa especializada; • C) uso do saco de lixo leitoso (material infectante).
  • 27. CALENDÁRIOS DE VACINAÇÃO • SBIM • MINISTÉRIO DA SAÚDE • Preenchimento uniformizado do cartão de imunização (criança, adolescente, adulto e idoso); • Observação dos tipos de cartão de cartão da criança; • Observação dos grupos especiais.
  • 28. CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS • BCG; • HEPATITE B; A) quarta dose do prematuro; B) vacinação do adolescente; C) dosagem diferenciada do adulto. • TETRA (DTP+Hib) • VOP; duas gotinhas que fizeram a diferença; • TRIVIRAL ou SCR;
  • 29. CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS • DTP; • DTPa; indicação específica; • PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE; • MENINGOCÓCICA C; • ROTA-VÍRUS; • INFLUENZA SAZONAL + H1N1.
  • 30. CENTRO DE REFERÊNCIA EM IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS • Dupla infantil; • Tríplice acelular; • Hepatite A; • Varicela; • Pneumo 23 valente; • Penta (DTP+Hib+pólio)
  • 31. ASPECTOS ÉTICOS • O atendimento à clientela; • O trabalho em equipe; • A socialização do conhecimento; • A segurança da informação dispensada; • A contribuição com a saúde pública brasileira.
  • 32. Referência bibliográficas • Moreira, T.M.M., Enfermagem em saúde coletiva II. Imunização. Mimeo, 2004. 7p. • Brasil, Ministério da Saúde. Manual de Procedimentos para Vacinação. Aranda et al. 4. ed. – Brasília, 2001. 316 p. • Toscano, C., Kosim, L., Cartilha de vacinas: para quem quer mesmo saber das coisas. Brasília. Organização Pan-Americana da Saúde, 2003. 40p.