SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
Querubismo
   Carlos Nelson
Caroline Vasconcelos
  Charles Junior
  Edlane Moraes
  Gabriel Hilário
  Ramon Rebelo
Histórico
●   Foi descrito pela primeira vez por Jones em 1933;
●   O termo “querubismo”, segundo Mangion et al. (1999),
    originou-se do fenótipo característico dos indivíduos
    acometidos;
Histórico
●   O querubismo também ocorre na síndrome de Ramon, descrita
    pela primeira vez em 1967 por Ramon et al. em duas
    crianças nascidas de casamento consangüíneo de primos
    em primeiro grau.
●   Principais características desta síndrome:
     –   Deficiência mental;
     –   Epilepsia;
     –   Fibromatose gengival;
     –   Hipertricose;
     –   Déficit de crescimento;
     –   Artrite reumatóide juvenil;
     –   Querubismo;
Epidemiologia

●   O querubismo é caracterizado como uma lesão pseudo-
    tumoral da infância de menor prevalência;
●   É raro, entre 1933 a 1975 foram registrados pouco mais
    de 40 casos;
●   Aparentemente há uma penetrância de 100% em meninos
    e somente 50% a 70% em meninas;
Do que se trata?
●   É hereditária e rara;

●   Tem penetrância incompleta e
    expressividade variável;

●   Tem caráter autossômico dominante;

●   Mutação ocorre no cromossomo 4p16.3
    mais precisamente no gene SH3BP2;

●   Acredita-se que um distúrbio de
    desenvolvimento na formação do
    mesênquima possa ser uma possível
    causa;
Classificação
●   Arnott sugeriu um sistema de graduação progressiva para
    as lesões do querubismo:
    –   Grau I, caracterizado por envolvimento de ambos os
        ramos ascendentes mandibulares;
    –   Grau II, por envolvimento de ambas as tuberosidades
        maxilares, assim como ramos ascendentes
        mandibulares;
    –   Grau III, por acometimento extenso de toda a maxila e
        mandíbula, exceto processos coronóides e côndilos. O
        acometimento maxilar pode ser assimétrico;
As lesões
●   Fibroóssea benigna;          ●   Firmes, rígidas e
                                     palpáveis;
●   Não neoplásica;
                                 ●   Progride por volta dos 3
●   Semelhante ao granuloma
                                     anos até a puberdade;
    de células gigantes;
                                 ●   Acredita-se que a lesão
●   Proliferativas;
                                     regride
●   No interior da mandíbula e       espontâneamente na
    da maxila causam expansão        puberdade pelo fato dos
    progressiva e indolor            hormônios sexuais
    geralmente bilateral e           diminuírem a produção
    simétrica;                       de osteoclastos;
Aspectos clínicos
●   Semelhança facial com anjos querubins;
●   Expansão de mandíbula e maxila bilateral;
●   Indolor;
●   Retração palpebral;
Aspectos Clínicos
●   De acordo com a severidade da lesão pode
    haver:
    –   Ausência de germes de permanentes;
    –   Esfoliação precoce dos decíduos;
    –   Reabsorção radicular em decíduos e
        permanentes também;
●   Podem ser encontradas:
    –   Deformações no palato;
    –   Impacção dental levando a má-oclusão;
    –   Distúrbios oculares;
    –   Obstrução respiratória e prejuízo da audição;
Diagnóstico
●   O diagnóstico do querubismo não apresenta dificuldades
    para ser efetuado quando da presença de familiaridade
●   Simetria e a bilateralidade
●   O aspecto radiográfico, as características clínicas e a
    anamnese são patognomônicos, sendo os exames adicionais
    geralmente desnecessários (BECELLI, MARINI e CARBONI,
    1998)
Aspectos radiológicos
●   Radiograficamente, evidenciam-se radiolucências bilaterais e
    multiloculares, com aspecto de bolhas de sabão
    (COLOMBO et al., 2001)
●   Inicialmente, atinge o ângulo goníaco e, a partir daí, ocorre
    progressão para o ramo ascendente e o corpo da mandíbula
●   O côndilo geralmente não se encontra afetado
Exame histopatológico
●   A avaliação histopatológica das lesões revela:
     –   Estroma fibroso frouxo muito vascularizado
     –   Grande número de células gigantes multinucleadas
         (vários osteoclastos unidos) e fibroblastos
     –   Caractetísticas fenotípicas de osteoclastos distribuídas sem
         uniformidade e próximas a focos hemorrágicos
     –   Hemossiderina degenerada
     –   Vasos sanguíneos bem formados com grande número de
         células endoteliais, podem ser observados no interior da
         lesão (SOUTHGATE et al., 1998)
Exame histopatológico
Exames complementares

●   pode-se lançar mão de biópsia, de
    tomodensiometria, de tomografia
    computadorizada e de ressonância
    magnética;

●   exames bioquímicos do sangue;

●   Análise genética;
Tratamento
●   Antigamente, a radioterapia era usada com sucesso nesses
    casos, mas atualmente esse método caiu em desuso por causa
    do potencial de malignização dessa lesão, do risco de
    osteoradionecrose e do atraso no desenvolvimentodas
    estruturas ósseas;
●   Uso de calcitonina para diminuir a reabsorção óssea
    ocasionada pelas células multinucleadas, controlando a doença
    na sua fase deformante mais ativa até que o paciente atinja a
    puberdade;
●   O controle rigoroso da higiene bucal é sempre fundamental;
●   O tratamento cosmético, a curetagem associada à extração
    dentária, a curetagem associada a contorno da cortical e o
    tratamento expectante são citados na literatura;
Referências
●   OLIVEIRA, Fernanda; CAVASIN, Júlio Cesar; COSTA,Cláudio ; DIB,
    Luciano. Artigo: Querubismo: Aspectos clínicos, radiográficos
    terapêuticos. Rev Inst Ciênc Saúde. 26(2):254-7. 2008.
●   PENA, Nilson; CAMPOS, Paulo Sérgio ; ALMEIDA, Solange Maria ;
    HAITER, Francisco; BÓSCOLO, Frab Noberto . Querubismo: Revisão de
    literatura.
●   CARVALHO, Tarsísio Nunes; et al. Publicação cientifica oficial do colégio
    brasileiro de radiologia. Querubismo: Relato de caso e revisão da
    literatura com aspectos imaginológicos; Vol. 37 nº 3 - Maio / Jun. De
    2004.
●   QUEIROZ, Alessandra Mussolino de; et al. Querubismo - Revisão de
    literatura, relato de caso e tratamento odontológico-cirúrgico em
    paciente portador da síndrome de Ramon. Passo Fundo, v. 10, n. 1, p.
    13-16, jan./jun. 2005.
●   NEVILLE, Brad W.; et al. Patologia Oral e Maxilofacial. Editora Guanabara
    Koogan. 2ª ed. 2008.
●   SHAFER,

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Anatomia, Histologia e Fisiologia do Periodonto - Arriba Dentista
Anatomia, Histologia e Fisiologia do Periodonto - Arriba DentistaAnatomia, Histologia e Fisiologia do Periodonto - Arriba Dentista
Anatomia, Histologia e Fisiologia do Periodonto - Arriba DentistaAndré Milioli Martins
 
Pacientes Especiais: Biossegurança e Anamnese
Pacientes Especiais:  Biossegurança e AnamnesePacientes Especiais:  Biossegurança e Anamnese
Pacientes Especiais: Biossegurança e AnamneseFlavio Salomao-Miranda
 
Anatomia e histofisiologia do periodonto
Anatomia e histofisiologia do periodontoAnatomia e histofisiologia do periodonto
Anatomia e histofisiologia do periodontoholetzlourenco
 
Caso Clínico odontológico
Caso Clínico odontológicoCaso Clínico odontológico
Caso Clínico odontológicoJuliana Blenda
 
Periodonto histo
Periodonto   histoPeriodonto   histo
Periodonto histoodonto123
 
Endodontia em odontopediatria - tratamento pulpar dente decíduo
Endodontia em odontopediatria - tratamento pulpar dente decíduoEndodontia em odontopediatria - tratamento pulpar dente decíduo
Endodontia em odontopediatria - tratamento pulpar dente decíduoCristhiane Amaral
 
Introdução ao Atendimento Odontologico de Pacientes Especiais
Introdução ao Atendimento Odontologico de Pacientes EspeciaisIntrodução ao Atendimento Odontologico de Pacientes Especiais
Introdução ao Atendimento Odontologico de Pacientes EspeciaisFlavio Salomao-Miranda
 
Cárie com interesse à Dentística
Cárie com interesse à DentísticaCárie com interesse à Dentística
Cárie com interesse à Dentísticaprofguilhermeterra
 
Patologia semi 001.2013 odontogência
Patologia semi 001.2013 odontogênciaPatologia semi 001.2013 odontogência
Patologia semi 001.2013 odontogênciaMarlus Pedrosa
 
Cistos odontogênicos e não odontogênicos
Cistos odontogênicos e não odontogênicosCistos odontogênicos e não odontogênicos
Cistos odontogênicos e não odontogênicosNadia Morais Tonussi
 
Parte 1 - Classificação e Etiologia das Doenças Periodontais e Peri-Implantar...
Parte 1 - Classificação e Etiologia das Doenças Periodontais e Peri-Implantar...Parte 1 - Classificação e Etiologia das Doenças Periodontais e Peri-Implantar...
Parte 1 - Classificação e Etiologia das Doenças Periodontais e Peri-Implantar...André Milioli Martins
 
Lesões potencialmente malignas da cavidade oral
Lesões potencialmente malignas da cavidade oralLesões potencialmente malignas da cavidade oral
Lesões potencialmente malignas da cavidade oralJoão Augusto Ribeiro
 
Cistos e Tumores Odontogànicos.pptx
Cistos e Tumores Odontogànicos.pptxCistos e Tumores Odontogànicos.pptx
Cistos e Tumores Odontogànicos.pptxDocOdonto1
 
Classificações das resinas compostas
Classificações das resinas compostasClassificações das resinas compostas
Classificações das resinas compostasprofguilhermeterra
 
Silicone de condensação- Materiais de Moldagem
Silicone de condensação- Materiais de MoldagemSilicone de condensação- Materiais de Moldagem
Silicone de condensação- Materiais de MoldagemMarcos Paulo Hutchison
 

Mais procurados (20)

Aumento de coroa clínica
Aumento de coroa clínicaAumento de coroa clínica
Aumento de coroa clínica
 
Anatomia, Histologia e Fisiologia do Periodonto - Arriba Dentista
Anatomia, Histologia e Fisiologia do Periodonto - Arriba DentistaAnatomia, Histologia e Fisiologia do Periodonto - Arriba Dentista
Anatomia, Histologia e Fisiologia do Periodonto - Arriba Dentista
 
Pacientes Especiais: Biossegurança e Anamnese
Pacientes Especiais:  Biossegurança e AnamnesePacientes Especiais:  Biossegurança e Anamnese
Pacientes Especiais: Biossegurança e Anamnese
 
Anatomia e histofisiologia do periodonto
Anatomia e histofisiologia do periodontoAnatomia e histofisiologia do periodonto
Anatomia e histofisiologia do periodonto
 
Caso Clínico odontológico
Caso Clínico odontológicoCaso Clínico odontológico
Caso Clínico odontológico
 
Periodonto histo
Periodonto   histoPeriodonto   histo
Periodonto histo
 
Endodontia em odontopediatria - tratamento pulpar dente decíduo
Endodontia em odontopediatria - tratamento pulpar dente decíduoEndodontia em odontopediatria - tratamento pulpar dente decíduo
Endodontia em odontopediatria - tratamento pulpar dente decíduo
 
Introdução ao Atendimento Odontologico de Pacientes Especiais
Introdução ao Atendimento Odontologico de Pacientes EspeciaisIntrodução ao Atendimento Odontologico de Pacientes Especiais
Introdução ao Atendimento Odontologico de Pacientes Especiais
 
doença periodontal
doença periodontaldoença periodontal
doença periodontal
 
Cárie com interesse à Dentística
Cárie com interesse à DentísticaCárie com interesse à Dentística
Cárie com interesse à Dentística
 
Patologia semi 001.2013 odontogência
Patologia semi 001.2013 odontogênciaPatologia semi 001.2013 odontogência
Patologia semi 001.2013 odontogência
 
Registro intermaxilar
Registro intermaxilarRegistro intermaxilar
Registro intermaxilar
 
Cistos odontogênicos e não odontogênicos
Cistos odontogênicos e não odontogênicosCistos odontogênicos e não odontogênicos
Cistos odontogênicos e não odontogênicos
 
Parte 1 - Classificação e Etiologia das Doenças Periodontais e Peri-Implantar...
Parte 1 - Classificação e Etiologia das Doenças Periodontais e Peri-Implantar...Parte 1 - Classificação e Etiologia das Doenças Periodontais e Peri-Implantar...
Parte 1 - Classificação e Etiologia das Doenças Periodontais e Peri-Implantar...
 
Lesões potencialmente malignas da cavidade oral
Lesões potencialmente malignas da cavidade oralLesões potencialmente malignas da cavidade oral
Lesões potencialmente malignas da cavidade oral
 
Ameloblastoma
AmeloblastomaAmeloblastoma
Ameloblastoma
 
Cistos e Tumores Odontogànicos.pptx
Cistos e Tumores Odontogànicos.pptxCistos e Tumores Odontogànicos.pptx
Cistos e Tumores Odontogànicos.pptx
 
Classificações das resinas compostas
Classificações das resinas compostasClassificações das resinas compostas
Classificações das resinas compostas
 
Aumento de coroa clínica
Aumento de coroa clínicaAumento de coroa clínica
Aumento de coroa clínica
 
Silicone de condensação- Materiais de Moldagem
Silicone de condensação- Materiais de MoldagemSilicone de condensação- Materiais de Moldagem
Silicone de condensação- Materiais de Moldagem
 

Semelhante a Querubismo revisado

Tumores Odontogenicos.pdf
Tumores Odontogenicos.pdfTumores Odontogenicos.pdf
Tumores Odontogenicos.pdfFagnerJunio3
 
Cicatrização Patológica .pdf
Cicatrização Patológica .pdfCicatrização Patológica .pdf
Cicatrização Patológica .pdfBrunno Rosique
 
querobismo.pptx
querobismo.pptxquerobismo.pptx
querobismo.pptxRgisVilela
 
Osteocondroma cervical
Osteocondroma cervicalOsteocondroma cervical
Osteocondroma cervicalzanamarques
 
carcinoma espinocelular
carcinoma espinocelularcarcinoma espinocelular
carcinoma espinocelularJoão Olivato
 
Sindrome de crouzon
Sindrome de crouzonSindrome de crouzon
Sindrome de crouzonAna Luzia
 
Síndrome de down e a Odontologia
Síndrome de down e a OdontologiaSíndrome de down e a Odontologia
Síndrome de down e a OdontologiaTiago Kaercher
 
Acompanhamento da PBMF em caso de Carcinoma Epidermóide em criança
Acompanhamento da PBMF em caso de Carcinoma Epidermóide em criançaAcompanhamento da PBMF em caso de Carcinoma Epidermóide em criança
Acompanhamento da PBMF em caso de Carcinoma Epidermóide em criançaFundecto
 
Doenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromesDoenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromesElda Aguiar Gama
 
Doenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: SíndromesDoenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: SíndromesMatheus Fellipe
 
Repercussões psicológicas do cancer de mama
Repercussões psicológicas do cancer de mamaRepercussões psicológicas do cancer de mama
Repercussões psicológicas do cancer de mamaPedro Antonio
 
Apresentação t cc final
Apresentação t cc finalApresentação t cc final
Apresentação t cc finalPedro Antonio
 
Tumor Odontogênico Adenomatoide-Claudio Mulau-Unilurio.pdf
Tumor Odontogênico Adenomatoide-Claudio Mulau-Unilurio.pdfTumor Odontogênico Adenomatoide-Claudio Mulau-Unilurio.pdf
Tumor Odontogênico Adenomatoide-Claudio Mulau-Unilurio.pdfedvandroremos
 

Semelhante a Querubismo revisado (20)

Tumores Odontogenicos.pdf
Tumores Odontogenicos.pdfTumores Odontogenicos.pdf
Tumores Odontogenicos.pdf
 
Sequencia de Moebius
Sequencia de MoebiusSequencia de Moebius
Sequencia de Moebius
 
Cicatrização Patológica .pdf
Cicatrização Patológica .pdfCicatrização Patológica .pdf
Cicatrização Patológica .pdf
 
querobismo.pptx
querobismo.pptxquerobismo.pptx
querobismo.pptx
 
Osteocondroma cervical
Osteocondroma cervicalOsteocondroma cervical
Osteocondroma cervical
 
Osteossarcoma
OsteossarcomaOsteossarcoma
Osteossarcoma
 
sindrome de Down.pdf
sindrome de Down.pdfsindrome de Down.pdf
sindrome de Down.pdf
 
carcinoma espinocelular
carcinoma espinocelularcarcinoma espinocelular
carcinoma espinocelular
 
Quelóide
QuelóideQuelóide
Quelóide
 
Caso clinico plect
Caso clinico  plectCaso clinico  plect
Caso clinico plect
 
Fraturas em Idade Pediatrica
Fraturas em Idade PediatricaFraturas em Idade Pediatrica
Fraturas em Idade Pediatrica
 
Sindrome de crouzon
Sindrome de crouzonSindrome de crouzon
Sindrome de crouzon
 
Síndrome de down e a Odontologia
Síndrome de down e a OdontologiaSíndrome de down e a Odontologia
Síndrome de down e a Odontologia
 
CORDOMA E CONDROSSARCOMA CRANIANO
CORDOMA E CONDROSSARCOMA CRANIANOCORDOMA E CONDROSSARCOMA CRANIANO
CORDOMA E CONDROSSARCOMA CRANIANO
 
Acompanhamento da PBMF em caso de Carcinoma Epidermóide em criança
Acompanhamento da PBMF em caso de Carcinoma Epidermóide em criançaAcompanhamento da PBMF em caso de Carcinoma Epidermóide em criança
Acompanhamento da PBMF em caso de Carcinoma Epidermóide em criança
 
Doenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromesDoenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromes
 
Doenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: SíndromesDoenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: Síndromes
 
Repercussões psicológicas do cancer de mama
Repercussões psicológicas do cancer de mamaRepercussões psicológicas do cancer de mama
Repercussões psicológicas do cancer de mama
 
Apresentação t cc final
Apresentação t cc finalApresentação t cc final
Apresentação t cc final
 
Tumor Odontogênico Adenomatoide-Claudio Mulau-Unilurio.pdf
Tumor Odontogênico Adenomatoide-Claudio Mulau-Unilurio.pdfTumor Odontogênico Adenomatoide-Claudio Mulau-Unilurio.pdf
Tumor Odontogênico Adenomatoide-Claudio Mulau-Unilurio.pdf
 

Querubismo revisado

  • 1. Querubismo Carlos Nelson Caroline Vasconcelos Charles Junior Edlane Moraes Gabriel Hilário Ramon Rebelo
  • 2. Histórico ● Foi descrito pela primeira vez por Jones em 1933; ● O termo “querubismo”, segundo Mangion et al. (1999), originou-se do fenótipo característico dos indivíduos acometidos;
  • 3. Histórico ● O querubismo também ocorre na síndrome de Ramon, descrita pela primeira vez em 1967 por Ramon et al. em duas crianças nascidas de casamento consangüíneo de primos em primeiro grau. ● Principais características desta síndrome: – Deficiência mental; – Epilepsia; – Fibromatose gengival; – Hipertricose; – Déficit de crescimento; – Artrite reumatóide juvenil; – Querubismo;
  • 4. Epidemiologia ● O querubismo é caracterizado como uma lesão pseudo- tumoral da infância de menor prevalência; ● É raro, entre 1933 a 1975 foram registrados pouco mais de 40 casos; ● Aparentemente há uma penetrância de 100% em meninos e somente 50% a 70% em meninas;
  • 5. Do que se trata? ● É hereditária e rara; ● Tem penetrância incompleta e expressividade variável; ● Tem caráter autossômico dominante; ● Mutação ocorre no cromossomo 4p16.3 mais precisamente no gene SH3BP2; ● Acredita-se que um distúrbio de desenvolvimento na formação do mesênquima possa ser uma possível causa;
  • 6. Classificação ● Arnott sugeriu um sistema de graduação progressiva para as lesões do querubismo: – Grau I, caracterizado por envolvimento de ambos os ramos ascendentes mandibulares; – Grau II, por envolvimento de ambas as tuberosidades maxilares, assim como ramos ascendentes mandibulares; – Grau III, por acometimento extenso de toda a maxila e mandíbula, exceto processos coronóides e côndilos. O acometimento maxilar pode ser assimétrico;
  • 7. As lesões ● Fibroóssea benigna; ● Firmes, rígidas e palpáveis; ● Não neoplásica; ● Progride por volta dos 3 ● Semelhante ao granuloma anos até a puberdade; de células gigantes; ● Acredita-se que a lesão ● Proliferativas; regride ● No interior da mandíbula e espontâneamente na da maxila causam expansão puberdade pelo fato dos progressiva e indolor hormônios sexuais geralmente bilateral e diminuírem a produção simétrica; de osteoclastos;
  • 8. Aspectos clínicos ● Semelhança facial com anjos querubins; ● Expansão de mandíbula e maxila bilateral; ● Indolor; ● Retração palpebral;
  • 9. Aspectos Clínicos ● De acordo com a severidade da lesão pode haver: – Ausência de germes de permanentes; – Esfoliação precoce dos decíduos; – Reabsorção radicular em decíduos e permanentes também; ● Podem ser encontradas: – Deformações no palato; – Impacção dental levando a má-oclusão; – Distúrbios oculares; – Obstrução respiratória e prejuízo da audição;
  • 10. Diagnóstico ● O diagnóstico do querubismo não apresenta dificuldades para ser efetuado quando da presença de familiaridade ● Simetria e a bilateralidade ● O aspecto radiográfico, as características clínicas e a anamnese são patognomônicos, sendo os exames adicionais geralmente desnecessários (BECELLI, MARINI e CARBONI, 1998)
  • 11. Aspectos radiológicos ● Radiograficamente, evidenciam-se radiolucências bilaterais e multiloculares, com aspecto de bolhas de sabão (COLOMBO et al., 2001) ● Inicialmente, atinge o ângulo goníaco e, a partir daí, ocorre progressão para o ramo ascendente e o corpo da mandíbula ● O côndilo geralmente não se encontra afetado
  • 12. Exame histopatológico ● A avaliação histopatológica das lesões revela: – Estroma fibroso frouxo muito vascularizado – Grande número de células gigantes multinucleadas (vários osteoclastos unidos) e fibroblastos – Caractetísticas fenotípicas de osteoclastos distribuídas sem uniformidade e próximas a focos hemorrágicos – Hemossiderina degenerada – Vasos sanguíneos bem formados com grande número de células endoteliais, podem ser observados no interior da lesão (SOUTHGATE et al., 1998)
  • 14. Exames complementares ● pode-se lançar mão de biópsia, de tomodensiometria, de tomografia computadorizada e de ressonância magnética; ● exames bioquímicos do sangue; ● Análise genética;
  • 15. Tratamento ● Antigamente, a radioterapia era usada com sucesso nesses casos, mas atualmente esse método caiu em desuso por causa do potencial de malignização dessa lesão, do risco de osteoradionecrose e do atraso no desenvolvimentodas estruturas ósseas; ● Uso de calcitonina para diminuir a reabsorção óssea ocasionada pelas células multinucleadas, controlando a doença na sua fase deformante mais ativa até que o paciente atinja a puberdade; ● O controle rigoroso da higiene bucal é sempre fundamental; ● O tratamento cosmético, a curetagem associada à extração dentária, a curetagem associada a contorno da cortical e o tratamento expectante são citados na literatura;
  • 16. Referências ● OLIVEIRA, Fernanda; CAVASIN, Júlio Cesar; COSTA,Cláudio ; DIB, Luciano. Artigo: Querubismo: Aspectos clínicos, radiográficos terapêuticos. Rev Inst Ciênc Saúde. 26(2):254-7. 2008. ● PENA, Nilson; CAMPOS, Paulo Sérgio ; ALMEIDA, Solange Maria ; HAITER, Francisco; BÓSCOLO, Frab Noberto . Querubismo: Revisão de literatura. ● CARVALHO, Tarsísio Nunes; et al. Publicação cientifica oficial do colégio brasileiro de radiologia. Querubismo: Relato de caso e revisão da literatura com aspectos imaginológicos; Vol. 37 nº 3 - Maio / Jun. De 2004. ● QUEIROZ, Alessandra Mussolino de; et al. Querubismo - Revisão de literatura, relato de caso e tratamento odontológico-cirúrgico em paciente portador da síndrome de Ramon. Passo Fundo, v. 10, n. 1, p. 13-16, jan./jun. 2005. ● NEVILLE, Brad W.; et al. Patologia Oral e Maxilofacial. Editora Guanabara Koogan. 2ª ed. 2008. ● SHAFER,