2. HISTÓRIA DE ADMINISTRAÇÃO
Até o século XIX, embora já houvesse a necessidade de se administra
organizações, como governo e negócios privados, ainda não existia a ciência
da Administração. Havia alguns estudos e praticas, desenvolvidos a partir da
tentativa e erro ou da experiência passada de pai para filho ou de mestre
para aprendiz.
Somente no inicio do século XX, as pessoas começaram a se preocupar em
ter um sistema administrativo. Nessa época ocorria a Revolução Industrial e
os conhecimentos empregados até então, que funcionavam relativamente
bem em uma pequena oficina com produção artesanal e rudimentar, já não
tinham resultados tão bons quando se administrava um grande fábrica. A
produção em larga escala for um dos principais fatores, principalmente nos
países mais desenvolvidos, que exigiu a criação de métodos de organização
e controle das produções.
Mas os conhecimentos que moldaram a ciência da administração, não
surgiram do nada. Grandes filósofos da Idade Antiga, como Sócrates, Platão
e Aristóteles, deixaram suas contribuições através de livros e trabalhos.
3. CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA
No Egito, a sociedade se dividia em algumas camadas, cada uma com
suas funções bem definidas. A mulher, ao contrário da maioria das
outras civilizações da antiguidade oriental, possuia posição
excêntrica, podendo ocupar altos cargos políticos e religiosos,
estabelecendo relativa igualdade com o homem.
A sociedade egípcia era heterogênea, dos quais se destacam 3 ordens
principais:
• Faraó e sua família;
• Nobreza (detentora real das terras), Escribas (burocratas) e o Clero
(sacerdotes);
• Felás (camponeses, trabalham presos a terra e em obras públicas);
Cabe ressaltar que entre a segunda e a terceira camada, havia ainda
pequenos artesãos, militares, o baixo clero, e comerciantes
incipientes que não bem representavam uma nova camada, mas
indivíduos sem ordenação política, dependente dos superiores.
4. TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO
Também conhecida como TGA, a Teoria Geral da Administração é o conjunto de
conhecimentos a respeito das organizações e do processo de administrá-las,
sendo composta por princípios, proposições e técnicas em permanente
elaboração.
A Teoria Geral da Administração começou com a "ênfase nas tarefas", na
Administração Científica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a
"ênfase na estrutura" com a Teoria Clássica de Fayol, e com outros princípios
como o Fordismo de Henry Ford e a Teoria Burocrática de Max Weber, seguindo-
se mais tarde a Teoria Estruturalista.
A Reação Humanística surgiu com a "ênfase nas pessoas", por meio da Teoria
Comportamental e pela Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO). A
"ênfase no ambiente" surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela
Teoria da Contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a "ênfase na
tecnologia".
Cada uma dessas cinco variáveis - tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e
tecnologia - provocou a seu tempo uma diferente teoria administrativa,
marcando um gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Cada teoria
procurou privilegiar ou enfatizar uma dessas cinco variáveis, omitindo ou
relegando a um plano secundário todas as demais.
5. TAYLORISMO
Há uma série de princípios enunciados por Taylor, no que concerne à administração. Eles
são entendidos como máximas pelas quais a organização deve se orientar para melhorar
sua eficiência, a partir de critérios supostamente científicos. Em seu Principles of Scientific
Management, Taylor enuncia[3] cinco princípio
substituir os métodos empíricos e improvisados (rule-of-thumb method) por métodos
científicos e testados (planejamento)
selecionar os trabalhadores para suas melhores aptidões e treiná-los para cada cargo
(seleção ou preparo)
supervisionar se o trabalho está sendo executado como foi estabelecido (controle)
disciplinar o trabalho (execução)
trabalhador fazendo somente uma etapa do processo de montagem do produto
(singularização das funções)
Taylor e outros teóricos da Administração científica adicionaram mais princípios, porém
estes seguem como fundamentais e orientadores. Críticos apontam que estes métodos
incorporam uma ideologia capitalista de redução do saber operário ao cumprimento de
ordens, e seu enunciado como científico faz uma identificação exagerada destas opções
administrativas com uma neutralidade (usualmente emprestada à Ciência)[4] . Mais grave,
os estudos carecem de comprovação científica segundo um método aceito: fundam-se
mais em conjecturas a partir de casos isolados e em evidências concretas, não em
abstração.
6. TEORIA CLÁSSICA DA
ADMINISTRAÇÃO
Henri era engenheiro de minas dedicou sua vida à empresas no setor de mineração. Chegou a
recuperar a Compagnie Commantry Fourchambault et Decazeville da falência, quando assumiu o seu
cargo de diretor geral. Creditava seu sucesso como administrador a um sistema de administração que
é descrito em Administration Industrialle et Genéralle (Administração industrial e geral), publicado em
1916.[2] Este sistema repousa sobre uma distinção das funções essenciais da empresa em seis
categorias e as funções do administrador em cinco elementos. Além disso, enuncia 14 princípios
gerais da administração, que refletem orientações gerais embutidas nele
Segundo Idalberto Chiavenato, Fayol procurou dividir qualquer empresa em seis funções básicas:
técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa
comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação
financeiras, relacionadas com a procura e gerência
segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas
contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas
administrativas, relacionadas com a integração das outras cinco funções[3]
As funções administrativas coordenam as demais funções da empresa.
7. TEORIA CLÁSSICA DA
ADMINISTRAÇÃOFayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de forma
complementar aos de Taylor:
Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até
os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a
produtividade.
Autoridade e responsabilidade - Autoridade é darem ordem teoricamente serão
obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade. Deve-se levar em
conta o direito de dar ordens e exigir obediência, chegando a um bom equilíbrio
entre autoridade e responsabilidade.
Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas
para todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização.
Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe,
evitando contra-ordens.
Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano
para grupo de atividades com os mesmos objetivos.
Subordinação dos interesses individuais ao bem comum - O interesse de todos os
funcionários da empresa não deve prevalecer sobre os interesses da organização
como um todo.
Remuneração - Remuneração de trabalho deve ser justa para ambos os
empregados e empregadores..
Centralização - Fayol acreditava que os gerentes devem manter a responsabilidade
final, mas eles também precisam de dar autoridade a seus subordinados que eles
possam realizar seu trabalho adequadamente. O problema é encontrar o melhor
grau de centralização em cada caso.
Linha de Comando (Hierarquia) - Defesa incondicional da estrutura hierárquica,
respeitando à risca uma linha de autoridade fixa.
Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar para cada
coisa e cada coisa em seu lugar.
Equidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e
a devoção de cada funcionário à empresa. Direitos iguais.
Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem consequências negativas
sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.
Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e
cumpri-lo.
Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação
dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de
classe, para que defendam seus propósitos.
8. TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
A Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações Humanas, é um conjunto de teorias
administrativas que ganharam força com a Grande Depressão criada na quebra da bolsa de
valores de Nova Iorque, em 1929. Com a "Grande Crise" todas as verdades até então aceitas são
contestadas na busca da causa da crise. As novas ideias trazidas pela Escola de Relações
Humanas trazem uma nova perspetiva para a recuperação das empresas de acordo com as
preocupações de seus dirigentes e começa a tratar de forma mais complexa os seres humanos.
Essas teorias criaram novas perspetivas para a administração, visto que buscavam conhecer as
atividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos. Até então, o
trabalhador era tratado pela Teoria Clássica, e de uma forma muito mecânica. Com os novos
estudos, o foco mudou e, do Homo economicus o trabalhador passou a ser visto como "homo
social". As três principais características desses modelos são
O ser humano não pode ser reduzido a um ser cujo comportamento é simples e mecânico.
O homem é, ao mesmo tempo, guiado pelo sistema social e pelas demandas de ordem
biológica.
Todos os homens possuem necessidades de segurança, afeto, aprovação social, prestígio, e
autorrealização.
9. TEORIA DA BUROCRACIA NA
ADMINISTRAÇÃO
O tipo de autoridade (burocrática ou racional-
legal) é justificado pela técnica, pela justiça,
pela lei e pela meritocracia. A autoridade
racional-legal prevalece nas sociedades
ocidentais. Este modelo, também chamado
burocrático, caracteriza-se pelos seguintes
elementos:
A lei representa o ponto de equilíbrio último,
ao qual se devem reportar as regras e
regulamentos, constituindo aplicações
concretas de normas gerais e abstratas;
A burocracia, em qualquer organização, é
estabelecida seguindo o princípio da
hierarquia. As relações hierárquicas entre
superiores e subordinados são preenchidas por
cargos de direção e chefia e cargos subalternos
claramente definidos, de forma que a
supervisão, a ordem e a subordinação sejam
plenamente assimiladas e realizadas;
A avaliação e a seleção dos funcionários são
As relações informais não têm razão de
existir. O funcionário burocrático é uma peça
de uma máquina, esperando-se dele um
comportamento formal e estandardizado, de
forma a cumprir com exatidão as tarefas e
funções que lhes estão destinadas;
O funcionário recebe regularmente um salário,
não determinado pelo trabalho realizado, mas
segundo as funções que integram esse
trabalho e o tempo de serviço;
O funcionário burocrata não é proprietário do
seu posto de trabalho, as funções que executa
e o cargo que ocupa são totalmente
independentes e separados da posse privada
dos meios de produção da organização onde
trabalha;
A profissão de funcionário de tipo burocrático
supõe um emprego fixo e uma carreira regular;
O desempenho de cada cargo por parte dos
10. TEORIA ESTRUTURALISTA
A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 50, como um desdobramento dos
autores voltados para a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as teses propostas
pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações Humanas. Os autores estruturalistas
procuram inter-relacionar as organizações com o seu ambiente externo, que é a
sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações, caracterizada pela
interdependência entre as organizações.
A Teoria Estruturalista, assim como a Teoria da Burocracia, faz parte também da
abordagem estruturalista. O enfoque da teoria estruturalista é na estrutura e ambiente,
assim, de acordo com Chiavenato (2003), essa teoria trouxe uma importante ruptura com
relação às anteriores. Ela mostra a organização como sendo um sistema aberto que se
relaciona com o ambiente e com outras organizações. A Teoria Estruturalista baseia-se no
conceito de estrutura, que é um todo composto por partes que se inter-relacionam.
Portanto, o todo é maior do que a simples soma das partes. O que significa que os
sistemas organizacionais não são a mera justaposição das partes.
De acordo com Chiavenato (2003), esta teoria caracteriza-se por sua múltipla abordagem,
englobando em sua análise a organização formal e informal, recompensas materiais e
sociais e entre outros, reconhecem os conflitos organizacionais, ditos como inevitáveis.
Por fim, os estruturalistas fazem uma análise comparativa entre as organizações,
propondo tipologias, como, a de Etzione (1980), na qual ele se baseia no conceito de
obediência, e a de Blau e Scott (1970), que se baseia no conceito de beneficiário principal.
11. TEORIA GERAL DE SISTEMAS
A teoria geral de sistemas (também conhecida pela sigla, T.G.S.) surgiu com os trabalhos
do biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy, publicados entre 1950 e 1968. A T.G.S. não
busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas sim produzir teorias e
formulações conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade empírica.
Os pressupostos básicos da T.G.S. são: Existe uma nítida tendência para a integração nas
várias ciências naturais e sociais; Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria
dos sistemas; Essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar
os campos não físicos do conhecimento científico, especialmente as ciências sociais; Essa
teoria de sistemas, ao desenvolver princípios unificadores que atravessam verticalmente
os universos particulares das diversas ciências envolvidas, aproxima-nos do objetivo da
unidade da ciência; Isso pode levar a uma integração muito necessária da educação
científica. A importância da TGS é significativa tendo em vista a necessidade de se avaliar
a organização como um todo e não somente em departamentos ou setores. O mais
importante ou tanto quanto é a identificação do maior número de variáveis possíveis,
externas e internas que, de alguma forma, influenciam em todo o processo existente na
Organização. Outro fator também de significativa importância é o feedback que deve ser
realizado ao planejamento de todo o processo. Teoria dos sistemas começou a ser
aplicada na administração principalmente em função da necessidade de uma síntese e
uma maior integração das teorias anteriores (Científicas e Relações Humanas,
Estruturalista e Comportamental oriundas das Ciências Sociais) e da intensificação do uso
da cibernética e da tecnologia da informação nas empresas. Os sistemas vivos, sejam
indivíduos ou organizações, são analisados como “sistema abertos”, mantendo um
continuo intercâmbio de matéria/energia/informação com o ambiente. A Teoria de
Sistema permite desconceituar os fenômenos em uma abordagem global, permitindo a
inter-relação e integração de assuntos que são, na maioria das vezes, de natureza
12. TEORIA DA CONTINGÊNCIA
A Teoria da contingência ou Teoria contingencial enfatiza que não há nada de
absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo
depende. A abordagem contingencial explica que existe uma relação funcional
entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o
alcance eficaz dos objetivos da organização. As variáveis ambientais são
variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis
dependentes dentro de uma relação funcional. Na realidade, não existe uma
causalidade direta entre essas variáveis independentes e dependentes, pois o
ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas. Em vez de relação
de causa e efeito entre as variáveis do ambiente (independentes) e as variáveis
administrativas (dependentes), existe uma relação funcional entre elas. Essa
relação funcional é do tipo "se-então" e pode levar a um alcance eficaz dos
objetivos da organização.A relação funcional entre as variáveis independentes e
dependentes não implica que haja uma relação de causa-e-efeito, pois a gestão
é ativa e não passivamente dependente na prática da gestão contingencial. O
reconhecimento, diagnóstico e adaptação à situação são certamente
importantes, porém, eles não são suficientes. As relações funcionais entre as
condições ambientais e as práticas administrativas devem ser constantemente
identificadas e especificadas. Segundo Chiavenato (Chiavenato, Idalberto;
Administração: Teoria, Processo e Prática, 3ª Edição, pág. 22), "as empresas bem
sucedidas são aquelas que conseguem adaptar-se adequadamente às demandas
ambientais." As características das organizações dependem das características
13. TEORIA DO DESENVOLVIMENTO
ORGANIZACIONAL
Segundo French e Bell, o DO pode ser
definido como um "esforço de longo
prazo, apoiado pela alta direção, no
sentido de melhorar os processos de
resolução de problemas de renovação
organizacional, particularmente por
meio de um eficaz e colaborativo
diagnóstico e administração da cultura
organizacional - com ênfase especial
nas equipes formais de trabalho,
equipes temporárias e cultura
intergrupal - com a assistência de um
consultor-facilitador e a utilização da
teoria e da tecnologia das ciências
comportamentais, incluindo ação e
pesquisa" [1]
Tem como Características:
Focaliza a organização como um
todo;
Processos grupais;
Orientação sistêmica e
abrangente;
Orientação contingencial;
Agentes de mudança;
Retroação dos dados;
Ênfase na solução de problemas;
Aprendizagem através de
experiências;
Desenvolvimentos de equipes;
Enfoque interativo.
14. O PERFIL DO ADMINISTRADOR
Os desafios, tendências e exigências para os Administradores na atualidade
são muito grandes, o trabalhador não mais poderá ter uma só profissão, é
muito importante ter uma profissão e também outra, pois daqui alguns
anos, para fechar um negócio, não será suficiente ter um diploma de
administração como aliado, ter duas profissões será algo primordial.
No Brasil, o administrador, tem algumas caracteristícas predominantes,
abaixo segue algumas delas:
Perfil atual do administrador no Brasil
• A maioria é do sexo masculino, casado e sem dependentes;
• Está na faixa etária de até 30 anos;
• É egresso de Universidades particulares;
• Concluiu o curso de Administração entre 2000 e 2005;
• Possui especialização em alguma área de Administração;
• Trabalha nos setores de serviços, da indústria e em órgãos públicos;
• Atua nas áreas de Administração geral e finanças;
• Ocupa cargos de gerência.
Fonte: Conselho Federal de Administração (CFA)
15. FONTES
Todos os textos referentes a história da administração foram
extraídos do Wikipédia, 17/10/2015 .